Você está na página 1de 5

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ____ VARA

CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE ____________.

MARLENE DE FÁTIMA VIEIRA, brasileira, divorciada, inscrita sob o CPF nº


509996996-07, com endereço Rua Manoel Martins Carvalho,82, bairro Industrial,
Araguari-MG, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por
intermédio de sua advogada e bastante procuradora (procuração anexa), com
fundamento nos artigos 890 e seguintes, do Código de Processo Civil, propor a
presente ação de CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face de LIBERTY
SEGUROS S/A, inscrita no CNPJ nº 61.550.141/0001-72, com sede no
endereço Rua Doutor Geraldo Campos Moreira, Broklin, São Paulo/SP,
CEP:0571-937 pelos fatos e fundamentos a seguir elencados.

I – INICIALMENTE

I. I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA:

Inicialmente, a parte autora roga pela concessão da gratuidade da justiça,

uma vez que, devido a sua pouca condição financeira, deve ser considerada

pobre na forma da lei e assim o sendo, faz jus, nos termos do artigo 5º,

inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988, bem como com fulcro

no art. 98 e seguintes do CPC/15, a gratuidade da justiça, tudo

conforme declaração de hipossuficiência anexa

2. FATOS
Em razão do sinistro nº9834173 ocorrido em 07/09/2020, envolvendo veículos
qualificados no contrato anexado, houve indenização por parte da Seguradora,
ora ré.
A autora, por ter sido considerada a causadora do acidente teve como ônus
ressarcir a empresa ré.
A autora recebeu proposta inicial para quitação no valor de R$8.000,00 (oito
mil reais), os quais seriam pagos em 24 parcelas de R$333,33 (trezentos e trinta
e três reais e trinta três centavos), conforme cópia contrato com reconhecimento
em cartório em anexo.
Quando do envio dos boletos para pagamentos o valor não mais era de
R$8.000,00 (oito mil reais), ou seja diferente do que constava no contrato
assinado pelas partes.
A procuradora da ré mesmo ciente do envio errôneo dos boletos, não
disponibilizou o envio das duplicatas corretas, alegando ter sido enviado contrato
errado. O que por si só não justifica, já que a ré deve cumprir com contrato
acordado e assinado pelas partes.
Pelas razões acima, a autora incorreu em mora, já que segundo reza o
contrato firmado o primeiro boleto venceria em 10/05/2021, o que a motivou a
procurar o requerido a fim de pagar o primeiro boleto colacionado no contrato
assinado pelas partes, o que efetivamente foi feito por meio de notificação
extrajudicial (comprovante AR eletrônico em anexo).
Ressalte-se que em nenhum momento a requerente se negou a pagar o
acordado, não o fez diante da impossibilidade e meios para efetuar o pagamento.
Registre-se que a Requerente tentou, de todas as formas, saldar o valor do
primeiro boleto, no montante de R$333,33 (trezentos e trinta e três reais e trinta
e três centavos), junto ao requerido, bem como ter em mão os demais boletos
para futuros pagamentos, contudo, não obteve êxito em sua empreitada. Aliás,
após envio da notificação acima mencionada, foi tentado resolução via telefone,
conforme protocolos ora informado, 03512476121085239 e ainda sob o número
202105171524377.
Assim, considerando que a Autora não tem condições de quitar a dívida
diretamente com o requerido em virtude de este se recusar a receber o valor
efetivamente devido pela autora, a ela não restou outra alternativa, a não ser
buscar a proteção do Judiciário, com vistas a liberar-se da obrigação.

3. DIREITO

A Autora pleiteia autorização para que possa efetuar o depósito judicial da


quantia acima referida, a fim de que não incorrer em mora e quebra de contrato,
já que não consegue realizar o pagamento diretamente ao requerido, que se
recusa a receber o valor devido.

Eis os fundamentos jurídicos para o exercício da pretensão:

CÓDIGO CIVIL

Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em


estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.

Art. 335. A consignação tem lugar:

I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma;

II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;

III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em
lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;

IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;

V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.”

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:


I – o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias
contados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º;

II – a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação.

Art. 893. O autor, na petição inicial, requererá:

I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias


contados do deferimento, ressalvada a hipótese do § 3odo art. 890;

II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta.

Diante do exposto, requer a procedência da ação para que seja validado o


referido contrato firmado entre as partes, bem como seja determinado a
Requerida a emissão dos demais boletos para que não seja necessário a Autora
ter que recorrer ao judiciário a cada vencimento dos demais boletos.

4. PEDIDOS

Diante do exposto, pugna a Autora a Vossa Excelência pelo seguinte:

a) Inicialmente, roga-se pela concessão da gratuidade da justiça, nos termos


do artigo 5º, inciso LXXIV e com fulcro no art. 98, do CPC/15, uma vez que
se trata de pessoa pobre na forma da lei, conforme declaração
anexa.

b) o deferimento liminar de sua pretensão, para que possa efetuar


o depósito judicial da quantia correspondente ao valor da primeira
parcela da dívida, R$ 333,33 (trezentos e trinta e três reais e trinta e três);

c) a citação do réu no endereço constante nos autos, para ciência da


demanda, bem assim contestá-la, se desejar, sob pena de declaração de
quitação da dívida;

d) a procedência do pedido, com validação do contrato firmado entre as


partes, para a Requerida envie os demais boletos para pagamento dentro
do prazo legais, sem a necessidade de recorrer ao judiciário;
e) Tendo em vista a aplicabilidade subsidiária do procedimento comum
(Código de Processo Civil, art. 318, parágrafo único) e em razão da
natureza do direito e demonstrando espírito conciliador, a par das
inúmeras tentativas de resolver amigavelmente a questão, o autor desde
já, nos termos do art. 334 do Código de Processo Civil, manifesta
interesse em autocomposição, aguardando a designação de audiência de
conciliação.

f) condenação da parte ré nas custas processuais e honorários


advocatícios;

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas.

Atribui-se à causa o valor de R$ 333,33 (trezentos e trinta e três reais).

Com essas breves considerações,

pede deferimento.

Araguari, 21/05/2021

Ana Karla Vieira


OAB/MG 15568____

Você também pode gostar