Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE MEDICINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO II
Agosto
2021
1
O que você sabe sobre o sistema APPCC?
BPF’s e POP’s
Englobam o controle higiênico das operações
Sistema APPCC
Define os controles críticos com ênfase ao controle sanitário
dos alimentos
3
Boas Práticas de Fabricação
4
Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos
de Controle (APPCC)
5
Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos
de Controle (APPCC)
• MERCOSUL
7
A Comissão do Codex Alimentarius decidiu adotar a sigla
HACCP, independente da tradução que se fizer para Hazard
Analysis and Critical Control Points, em qualquer dos
idiomas oficiais das Nações Unidas
8
APPCC no Brasil
• Projeto APPCC Indústria:
• Iniciado em março de 1998
• Em 2002 passou a ser chamado programa Alimentos Seguros
15
O Programa Alimentos Seguros - PAS
• O PAS, inicialmente conhecido como Projeto APPCC (Análise
de Perigos e Pontos Críticos de Controle), teve início em 1998,
através de uma parceria entre a CNI/SENAI-DN e o SEBRAE -
NA, com os seguintes objetivos gerais:
• Consolidar uma infraestrutura (desenvolvimento de
metodologias e conteúdos, capacitação de técnicos e
formação de consultores para divulgação e aplicação dessas
ferramentas);
• Mobilizar empresários, capacitar e apoiar as indústrias de
agronegócios na implantação das ferramentas de segurança
dos alimentos.
16
O Programa Alimentos Seguros - PAS
• Em 2000, o Projeto APPCC começou a contar com outros parceiros do
Sistema “S” (SENAC, SESC e SESI) para sua expansão aos Setores Campo
(produção primária) e Mesa (alimentos prontos para consumo), bem como
a previsão para atuar em toda a cadeia de produção de alimentos.
Também foi criado um sexto subprojeto, o APPCC-Ações Especiais, com a
finalidade de dar suporte e atuar em ações específicas de sustentação do
Projeto.
• Em 2001, duas importantes instituições aderiram ao Projeto: a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Conselho Nacional de
Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq). Nesse mesmo ano
iniciaram-se as ações do APPCC-Mesa, sob a coordenação técnica do
SENAC, para atuar em restaurantes, cozinhas industriais etc.
contemplando todo o país.
17
O Programa Alimentos Seguros - PAS
• Em 2002, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA) também aderiu ao Projeto e passou a coordenar
tecnicamente o subprojeto APPCC-Campo.
19
Pré-requisitos da implantação do Sistema APPCC
20
Elaboração do Plano APPCC
Definição dos objetivos
Avaliação de pré-requisitos
36
Elaboração do Plano APPCC
Análise dos perigos e medidas preventivas
37
Definição dos objetivos
38
Identificação e organograma da empresa
• Identificação da empresa
• Organograma: nomes e atribuições dos responsáveis pela
elaboração, implantação, acompanhamento e revisão do
programa.
• Responsável técnico pela execução do programa APPCC
deverá ter poder decisório sobre os assuntos pertinentes ao
mesmo
39
Avaliação de pré-requisitos
40
Programa de capacitação técnica
41
Descrição do produto e uso esperado
42
Elaboração do fluxograma do processo
43
Elaboração do fluxograma do processo
44
Anexo 1: Símbolos utilizados para confecção de fluxogramas.
Fonte: SENAC/DN, 2004. Qualidade e Segurança dos Alimentos.
PAS.
Símbolos
RECEBIMENTO
ARMAZENAMENTO (7°C)
47
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Objetivos:
– Identificar os perigos significativos e caracterizar as
medidas preventivas correspondentes
– Modificar um processo ou produto para a garantia da
segurança, quando necessário;
– Servir de base para a identificação dos pontos críticos de
controle (PCCs)
48
Análise dos perigos e medidas preventivas
49
Análise dos perigos e medidas preventivas
50
Análise dos perigos e medidas preventivas
51
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Perigos químicos:
– Toxinas naturais
– Toxinas fúngicas
– Metabólitos tóxicos de origem microbiana (aminas
bioativas)
– Pesticidas, herbicidas
– Contaminantes inorgânicos tóxicos
– Antibióticos, aditivos e coadjuvantes alimentares tóxicos
– Lubrificantes e pinturas
– Desinfetantes...
60
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Perigos físicos:
– Vidros
– Metais
– Madeira
– Outros objetos que podem causar dano ao consumidor
(ferimentos de boca, quebra de dentes e outros)
62
Análise dos perigos e medidas preventivas
GRAUS DE SEVERIDADE
64
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Perigos biológicos:
– Severidade alta: contaminação por micro-organismos ou
toxinas com quadro clínico muito grave:
• Toxina de Clostridium botulinum
• Salmonella Typhi
• Shigella dysenteriae
• Vi brio cholerae
• Vírus da hepatite
• Listeria monocytogenes (em alguns pacientes)
• Taenia solium...
65
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Perigos biológicos:
– Severidade média: contaminação por micro-organismos
de patogenicidade moderada, mas com possibilidade de
disseminação extensa:
• Escherichia coli enteropatogênica
• Salmonella spp.
66
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Perigos biológicos:
– Severidade baixa: contaminação por micro-organismos de
patogenicidade moderada, mas com possibilidade de
disseminação restrita:
• Bacillus cereus
• Clostridium perfringens tipo A
• Toxina de S. aureus
• Maioria dos parasitas...
67
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Perigos químicos:
• Severidade alta: contaminação por substâncias químicas
proibidas (certos agrotóxicos e produtos veterinários) ou
usados indevidamente
• Metais, como o mercúrio
• Aditivos químicos que podem causar alergias ou intoxicações
(quantidades elevadas)
• Micotoxinas
68
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Perigos químicos:
• Severidade baixa: substâncias químicas permitidas nos
alimentos que podem causar reações moderadas, como
alergias leves e passageiras:
– Uso inadequado de aditivos como os sulfitos
69
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Perigos físicos
• Severidade alta: pedras, vidros, agulhas, metais, objetos
pontiagudos ou cortantes
70
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Avaliação de riscos
• Deve levar em conta a frequência de sua manifestação nos
consumidores
• Qualitativa
• Obtida pela combinação de experiências, dados
epidemiológicos locais/regionais
• Consulta a literatura específica
71
Análise dos perigos e medidas preventivas
• Avaliação de riscos
• Dados epidemiológicos: ferramentas importantes pois
indicam os alimentos relacionados a surtos
• Exemplo:
• Conservas vegetais: botulismo
• Produtos a base de ovos: infecção por Salmonella Enteritidis
72
Análise dos perigos e medidas preventivas
73
Análise dos perigos e medidas preventivas
74
75
76
77
78
79
RESUMINDO...
A análise detalhada de perigos possíveis na matéria
prima pode ser subdividida nas seguintes etapas:
80
Identificação dos pontos críticos de controle
PCCs
82
Identificação dos pontos críticos de controle
Árvore decisória
83
Identificação dos pontos críticos de controle
84
Identificação dos pontos críticos de controle
85
Identificação dos pontos críticos de controle
86
Identificação dos pontos críticos de controle
87
Identificação dos pontos críticos de controle
88
89
90
Identificação dos pontos críticos de controle
Exemplos
Patógenos bacterianos podem ser controlados pela
etapa de cocção
109
Elaboração do Plano APPCC
Definição dos objetivos
Avaliação de pré-requisitos
110
Elaboração do Plano APPCC
Análise dos perigos e medidas preventivas
111
Estabelecimento dos limites críticos
Limite crítico:
• Valor máximo e/ou mínimo de parâmetros biológicos,
químicos ou físicos que assegure o controle do perigo.
112
Estabelecimento dos limites críticos
113
Estabelecimento dos limites críticos
Exemplos:
• Temperatura e tempo necessários para a inativação dos
micro-organismos patogênicos no processo de cocção e
reaquecimento
114
Estabelecimento dos limites críticos
Exemplos:
• Pode-se estabelecer limites de segurança com valores
próximos aos limites críticos medida de segurança para
minimizar a ocorrência de desvios nos limites críticos:
• Ex: Processo de cocção da carne assada: limite crítico:
“mínimo de 74°C”
• Limite de segurança: “mínimo de 80°C”
115
Estabelecimento dos limites críticos
116
Estabelecimento dos procedim. de monitorização
Monitorização:
• Sequência planejada de observações ou mensurações para
avaliar se um determinado perigo está sob controle e para
produzir um registro fiel para uso futuro na verificação
117
Estabelecimento dos procedim. de monitorização
118
Estabelecimento dos procedim. de monitorização
119
Estabelecimento dos procedimentos de monitorização
Exemplos:
• Observações visuais: evisceração de pescado, espículas de
ossos em carnes, presença de objetos em recipientes,
dizeres de rotulagem relacionados com a segurança de uso,
verificação de lacres
120
Estabelecimento dos procedim. de monitorização
Exemplos:
• Avaliações sensoriais: sentir o cheiro para identificar odores
anormais, observar a cor do alimento para identificar
coloração estranha e tocar para identificar texturas anormais
e viscosidade
121
Estabelecimento dos procedimentosde monitorização
Exemplos:
Medições químicas:
122
Estabelecimento dos procedim. de monitorização
Testes microbiológicos
• Não devem ser utilizados por fornecerem resultados
demorados
123
Estabelecimento dos procedim. de monitorização
124
Estabelecimento das ações corretivas
125
Estabelecimento das ações corretivas
126
Estabelecimento das ações corretivas
127
Estabelecimento das ações corretivas
128
Estabelecimento das ações corretivas
129
Estabelecimento dos procedim. de registros e documentação
130
Estabelecimento dos procedimentos de registros e
documentação
131
Estabelecimento dos procedim. de registros e documentação
Exemplos de registros:
• Relatórios de auditorias do cliente;
• Registros de temperatura de estocagem para ingredientes;
• Registros de desvios e ações corretivas;
• Registros de treinamentos;
• Relatórios de validação e modificação do plano APPCC;
• Registros de tempo/temperatura de processo térmico
132
Estabelecimento dos procedimentos de verificação
133
Estabelecimento dos procedimentos de verificação
134
Estabelecimento dos procedimentos de verificação
Processo de revalidação:
• Revalidações periódicas documentadas, independentes de
auditorias ou outros procedimentos de verificação para
assegurar a eficiência e exatidão do Sistema APPCC
135
Estabelecimento dos procedimentos de verificação
136
Estabelecimento dos procedimentos de verificação
137
Estabelecimento dos procedimentos de verificação
139
Auditoria do Sistema de APPCC
140
Auditoria do Sistema de APPCC
141
Durante a verificação serão examinados todos os
documentos relacionados ao Programa de APPCC, tais
como:
• relatórios de registros das leituras de temperatura
• gráficos da monitorização contínua
• relatórios de aferição de instrumentos
• sistema e plano de amostragem
• entrevista com os operadores sobre metodologia usada para
monitorar os PCCs
• verificação de mudanças na formulação desde a implantação do
programa
• relatórios de monitorização de matérias-primas
• controle de roedores, insetos e pragas
• controle de higiene e limpeza dos equipamentos e pessoal
• relatórios de análise de laboratório
• relatórios de monitorização dos PCCs, etc 142
COZINHA COMERCIAL E INDUSTRIAL
Higienização PCC1 B: Enterobactérias B: Reduzir Concentração da O quê? Solicitar a limpeza Planilha de Supervisão do
(B, Q, F) patogênicas; contaminantes solução clorada Concentração da do reservatório e Controle de Cloro. preenchimento das
Víbrio cholerae; patogênicos à entre 100 e 200 solução clorada, usar água mineral planilhas.
Vírus entéricos níveis aceitáveis ppm e tempo de tempo de ou água potável Planilha de
patogênicos; (uso de solução contato < 15 contato, enxágüe transportada até a
desinfecção de Supervisão da
Parasitos clorada entre 100 e minutos. e jateamento. realização da
humanos. 200 ppm por, no Como? Kit de limpeza.
hortifrutigran-jeiros etapa.
mínimo, 15 cloro test, relógio (Anexo 07).
minutos). Q: Cloro residual Não servir Programa de coleta
e observação
Q,: Níveis dentro do limite. hortifrutigranjeiros e análise de água e
visual.
elevados de cloro crus até a limpeza. de produto.
Quando? Uma vez
residual. Q: Enxágüe em F: Ausência de Compensar o cloro
a cada turno.
água potável. fragmentos na água.
Quem? Copeira.
F: Arame, pregos, sólidos.
Repetir o processo
madeiras. F: Retirada manual de cloração,
e jateamento de enxágüe e retirada
água potável. de fragmentos
sólidos.
Corte descasque e PC B: Enterobactérias Treinamento em Utensílios / O quê? Higiene Treinamento em BP: Check list semanal. Supervisão do
etc. patogênicas; BP: Higiene de Equipamentos e de manipuladores Higiene pessoal, preenchimento do
Staphylococcus utensílios/ mãos de e utensílios / limpeza e Planilhas de check list.
aureus. equipamentos e manipulador em equipamentos. desinfecção de treinamento. Supervisão do
mãos de condição aceitável Como? utensílios e Relatórios de procedimento.
manipuladores. de higiene. Supervisão. equipamentos. supervisão. Programa de
Quando? Diário. coleta e análise
Quem? Gerente. de amostras de
utensílios, mãos
de manipulador,
etc.
Montagem PC B: Enterobactérias Treinamento em Utensílios e mãos O quê? Higiene de Treinamento em BP: Check list semanal. Supervisão do
patogênicas; BP: Higiene de de manipulador manipuladores e Higiene pessoal, preenchimento do
Staphylococcus utensílios e mãos em condição utensílios; tempo limpeza e Planilhas de check list.
aureus. de aceitável de de montagem. desinfecção de treinamento.
manipuladores. higiene. Como? Supervisão utensílios. Relatórios de Supervisão do
e relógio. supervisão. procedimento.
Retirar o produto Máximo 30
Quando? Diário e
aos poucos para minutos à
a cada processo.
manipulação, por, temperatura Programa de
Quem? Gerente /
no máximo, 30 ambiente ou coleta e análise
Manipulador.
minutos à máximo 2 horas à de amostras de
temperatura temperatura utensílios, mãos
ambiente ou climatizada. de manipulador,
equivalente. etc.
9
Etapa PC ou PCC Perigo Medidas Limite Crítico Monitorização Ação Corretiva Registro Verificação
Preventivas
146