Gestão de
Alimentos
GR A D UAÇ ÃO
e Bebidas
Missão
“Promover a educação de qualidade nas
diferentes áreas do conhecimento, forman-
do profissionais cidadãos que contribuam
para o desenvolvimento de uma sociedade
justa e solidária”
DIREÇÃO UNICESUMAR
palavra do reitor
Reitor
Wilson de Matos Silva
Pró-Reitor de EaD
Willian V. K. de Matos Silva
boas-vindas
Diretora Pedagógica
Kátia Solange Coelho
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está conceitos teóricos em situação de realidade, de ma-
iniciando um processo de transformação, pois quando neira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja,
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou estes materiais têm como principal objetivo “provocar
profissional, nos transformamos e, consequente- uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta
mente, transformamos também a sociedade na forma possibilita o desenvolvimento da autonomia
qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? em busca dos conhecimentos necessários para a sua
Criando oportunidades e/ou estabelecendo mudanças formação pessoal e profissional.
capazes de alcançar um nível de desenvolvimento Portanto, nossa distância nesse processo de
compatível com os desafios que surgem no mundo crescimento e construção do conhecimento deve
contemporâneo. ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos
O Centro Universitário Cesumar mediante o pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA
durante todo este processo, pois conforme Freire – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos
(1996): “Os homens se educam juntos, na transfor- fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e partici-
mação do mundo”. pe das discussões. Além disso, lembre-se que existe
Os materiais produzidos oferecem linguagem uma equipe de professores e tutores que se encontra
dialógica e encontram-se integrados à proposta pe- disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em
dagógica, contribuindo no processo educacional, seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe
complementando sua formação profissional, desen- trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória
volvendo competências e habilidades, e aplicando acadêmica.
Gestão de Alimentos e Bebidas
Apresentação do Livro
Professora Especialista
Giovana Sacco Tintori
Professora Especialista
Samara Fernandes
Mercado A & B
15 Análise de Mercado e
Abertura de Empresa
23 Planejamento de Cardápios
33 Setores de Gestão
UNIDADE 2
Técnicas do Serviço
Gastronômico
49 Brigada de Salão
55 Qualidade e Padronização do
Serviço de Atendimento
UNIDADE 3
Hierarquia e Procedimento
Operacional Padrão
71 Layout da Cozinha
77 Brigada de Cozinha
81 Procedimento Operacional Padrão
Legendas de
Ícones
Dica do Chef: dicas rápidas para complementar um conceito, detalhar procedimentos e proporcionar
sugestões. Habilidades: elo entre as disciplinas do curso. Mão na massa: indicação de atividade
prática. Fatos e Dados: complementação do conteúdo com informações relevantes ou acontecimentos.
Minicaso: aplicação prática do conteúdo. Reflita: informações relevantes que proporcionam a reflexão de
determinado conteúdo. . Recapitulando: síntese de determinado conteúdo, abordando principais conceitos.
Saiba mais: Informações adicionais ao conteúdo.
Mercado A & B
GIOVANA SACCO TINTORI
SAMARA FERNANDES
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
Objetivos de Aprendizagem
• Buscar o entendimento da importância da análise de mercado antes de
abrir a empresa e um pouco do processo burocrático desse momento de
transição.
• Compreender a importância da gerência, da divisão de setores e saber as
responsabilidades de cada setor dentro do estabelecimento de A & B.
• Aprofundar os conhecimentos sobre a necessidade do marketing no
momento de abertura e, também, durante todo o tempo de funcio-
namento do estabelecimento, além de realizar o planejamento de
cardápios.
13
Introdução
Prezado(a) aluno(a), vamos iniciar nossos estudos sobre a Gestão de Alimentos e Bebidas abran-
gendo a importância do passo inicial, que antecede a abertura da empresa: análise de mercado.
Nesta unidade, buscaremos a compreensão da importância e do diferencial que essa análise faz
para a consolidação no mercado, e também iremos tratar um pouco sobre o processo burocrático
que todo estabelecimento alimentício encontra em seu início.
Também iremos conversar sobre todos os setores de um restaurante e, principalmente, sobre
o papel da gerência, já que gerenciar um estabelecimento relacionado a alimentos e bebidas é
complexo e envolve uma gama de diretrizes e cuidados que precisam ser seguidos e praticados
diariamente. Um restaurante, por exemplo, precisa ter como principais características a quali-
dade do serviço e dos produtos ali oferecidos, porém também é necessário prezar a padroniza-
ção (alimentos, bebidas, utensílios em geral), pela contratação e treinamento de funcionários
capacitados, por um menu e carta de bebidas diferenciados e, principalmente, pela higiene do
local, dos equipamentos, e dos funcionários, com uma atenção especial à contaminação cruzada.
Diante da concorrência atual, é necessário que profissionais qualificados foquem no marke-
ting e na publicidade do estabelecimento. Segundo a ABRASEL (Associação Brasileira de Bares
e Restaurantes), todo ano 80% dos locais voltados para vendas de alimentos e bebidas fecham,
principalmente por não usarem o marketing a favor, por não saberem inovar e se posicionar no
mercado diante das inúmeras novidades que surgem em todo momento. É preciso muito mais
do que um cardápio bonito, é preciso maestria para executá-lo, independentemente do tipo de
segmento proposto.
Gestão de Alimentos e Bebidas
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 15
Análise de Mercado e
Abertura de Empresa
O
gestor de alimentos e bebidas precisa refeição é atraente e gostosa; 34% da população
apresentar vasto conhecimento sobre optam por uma alimentação rápida e prática,
o mercado em que está inserido e normalmente por conta da correria diária de tra-
manter-se sempre atualizado; e como balho; e 21% buscam alimentos que lhes tragam
se não fosse o suficiente, é preciso criatividade. bem-estar ou que estejam relacionados à saúde,
Segundo dados do FIESP e do IBOPE (2010), sustentabilidade e ética.
em pesquisa realizada em São Paulo, Recife, A partir da análise dessas informações, é
Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, possível entender que a cultura alimentar no
Curitiba, Fortaleza e Salvador, em duas etapas, Brasil é diversificada e que as pessoas buscam
com homens e mulheres das classes ABC, notou- alimentos que se adéquam ao seu dia a dia e ao
-se que 23% dos consumidores (principalmente prazer de comer bem, sendo assim, inovações
os da classe C) se dispõem a pagar mais por pro- no ramo alimentício são sempre bem-vindas,
dutos que consideram de qualidade e de marcas pois dentro de cada um desses perfis identifi-
em que confiam; 22% são mais impulsivos e cados há uma gama de possibilidades a serem
escolhem onde comer com base no prazer, se a trabalhadas.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 17
O que isso quer dizer? Quer dizer que, ana- passo para se obter sucesso é unir as caracte-
lisando superficialmente, temos alguns dados rísticas do estabelecimento com o público que
que identificam nosso público e que esse mesmo se deseja atingir. E como saber qual o merca-
nicho pode estar inserido em subculturas que o do-alvo? A partir de pesquisas que apontem a
diferem em outros aspectos – como religioso ou renda mensal, escolaridade, hábitos de consumo,
de restrição alimentar, entre tantos outros – e idade, número de filhos, sexo, religião, clima etc.
essas informações são utilizadas para identificar Sendo que, para o levantamento desses dados,
e definir uma possibilidade de empreendimen- alguns órgãos nos dão respaldo de confiabilida-
to. Essas oportunidades encontradas a partir de, a exemplo, temos o IBGE, SEBRAE, alguns
de um mercado promissor são as que Kotler sindicatos e órgãos do governo – além de jornais
(2000, p. 177) identifica como megatendências: e revistas especializadas em pesquisas.
“importantes mudanças sociais, econômicas,
políticas e tecnológicas que têm influência du-
rante muito tempo”.
Além disso, o conceito e a identidade do
local devem estar claramente definidos. Estes são
alguns parâmetros fundamentais: público-alvo,
localização, serviço oferecido, temática, cardá- Você quer abrir seu próprio negócio? O
pio, decoração e média de preços. O primeiro SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas – oferece as-
sessoria para ingressantes no universo dos
negócios. No site desse serviço, você con-
fere várias informações, vídeos e links de
direcionamento sobre “o que você precisa
saber para iniciar bem”, como eles mesmos
apresentam. Afinal de contas, como você
está vendo, gerir um negócio não é tarefa
fácil, não é mesmo?
Confira a assessoria do SEBRAE para aber-
tura de empresas em:<http://www.sebrae.
com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/O-
-que-voc%C3%AA-precisa-saber-para-i-
niciar-bem>.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 19
Confira, a seguir, o ranking brasileiro da quantia gasta por família e por estado com alimentação fora do lar.
Note que o Brasil, visto num todo, está colocado em sexto lugar, ou seja, a média geral de gasto familiar
com alimentação fora do lar de cinco estados é maior que a média total brasileira.
Planejamento de
Cardápios
T
enha em mente, aluno(a), que a con-
corrência não está nos cardápios entre
estabelecimentos e, sim, entre os ser-
viços oferecidos, já que ninguém exe-
cuta o mesmo trabalho da mesma forma. Os
resultados dependem apenas da disciplina, de
técnicas e de habilidades de cada indivíduo.
Elaborar um menu não é fácil e exige, além
de muita experiência, uma interação e compa-
tibilidade de ideias entre o gestor e o chef de
cozinha, que, juntos, desenvolverão algo muito
mais criativo e certeiro.
O cardápio é a imagem e a identidade gas-
tronômica do estabelecimento. É ali que as
raízes pulsam (sejam elas clássicas, tailandesas,
mexicanas ou nordestinas). A definição das pro-
duções precisa estar alinhada com o público-al-
vo, hábitos, cultura local, insumos disponíveis,
criando, assim, a receita para o sucesso. Assim
como o tipo de serviço terá, também, influência
sobre o menu.
Depois de definir a identidade, é preciso
realizar uma extensa pesquisa, não apenas em
livros, sites ou receitas, mas, também, muitas
vezes é necessário fazer pesquisa de mercado,
diretamente nos locais que representam a es-
colha. Por exemplo, se o cardápio visa à cozinha
baiana, é sempre positivo fazer uma pesquisa de
mercado, verificando costumes, receitas feitas
na Bahia, com moradores locais.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 25
fermentação) das bebidas. É interessante que bebidas, mas também para calcular os custos
possua o conhecimento técnico apurado e que e, assim, gerar lucratividade. Quinzenalmente,
possa informar as graduações alcóolicas e possí- encarregados fazem o controle comparando o
veis classificações de drinks e bebidas no geral. estoque fixo, as vendas e a receita, para mini-
É importante que o profissional, ao sugerir mizar possíveis falhas e prejuízos.
a bebida, leve em consideração as características A lista de utensílios de que um bar necessita
do cliente, sexo, idade e que, também, não se para um bom funcionamento é vasta, porém de
esqueça de sugerir algum prato ou fazer a suges- extrema importância: abridor de garrafa, de lata,
tão da bebida ideal para algum prato específico. açucareiro, bandeja, coadores, bailarinas (colher
O controle do bar é realizado diariamente especial), colheres dosadoras, dosador de bebi-
pelo barman e sommelier, fazendo sempre in- das, balde de gelo, amassador de limão, jarras,
ventário. Todo estabelecimento deve trabalhar copos dos mais diversos tipos, coqueteleira,
com estoque fixo, facilitando o controle dos saca-rolhas, tábuas, facas, xícaras para café, por-
encarregados. Todos os cocktais necessitam de ta-guardanapos, canudos, enfeites, entre outros
fichas técnicas, não apenas para padronizar as que facilitam e qualificam o resultado final.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 27
FICHA TÉCNICA
PRODUÇÃO PDV
TIPO DE PRODUÇÃO RENDIMENTO: 2 Porções
Ingredientes Qtde. Líq. Unid. Rendimento Embalagem Qtde. Bruta Preço Unitário P. Bruto
Cebola 100 g 90% 1.000 111,11 R$1,90 R$0,21
Azeite 50 ml 100% 250 50,00 R$5,00 R$1,00
Escalope 250 g 60% 1.000 416,67 R$13,90 R$5,79
File Mignon
Manteiga 20 g 100% 200 20,00 R$2,50 R$0,25
Vinho 100 ml 100% 750 100,00 R$12,90 R$1,72
Branco
Alface 0,1 maço 90% 1 0,11 R$1,20 R$0,13
Salsa - - - - - - -
(Foto)
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 29
Legenda:
Setores de
Gestão
Compras
Bar
O bar é o local onde ficam estocadas as bebidas em para que todos trabalhem de forma harmo-
geral (exceto vinhos). É necessário um profissio- niosa. Se a cozinha depende de insumos e de
nal com conhecimento e experiência com bebidas, uma brigada para preparar os pratos ofertados
já que estas precisam ser armazenadas em tem- pelo cardápio do local, logo é necessário que o
peraturas adequadas para o consumo; e também responsável pelas compras esteja a par do que é
se torna um diferencial do estabelecimento se o servido e de quais ingredientes são necessários
mesmo possui um barman com experiência em no dia a dia do local; além disso, o gestor deve
drinks clássicos e contemporâneos. A limpeza e saber quanto está sendo gasto com essas pro-
a organização da bancada e utensílios de serviço duções e qual a necessidade diária de estoque.
são de inteira responsabilidade do barman. Cada um com suas obrigações, todos juntos
Você deve ter notado que, dentro de um formam um ciclo para o bom funcionamento
estabelecimento, um setor depende do outro de um restaurante.
Gestão de Alimentos e Bebidas
do local; além disso, o gestor deve saber quanto e tem sob sua responsabilidade o treina-
mento e a supervisão da brigada de ser-
está sendo gasto com essas produções e qual a
viço” (PACHECO, 2008, p. 11).
necessidade diária de estoque. Cada um com
suas obrigações, todos juntos formam um ciclo
para o bom funcionamento de um restaurante.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 39
considerações finais
Nesta unidade, pudemos entender um pouco mais sobre a necessidade de fazer
um estudo prévio do mercado, para assim poder abrir uma empresa de uma
forma inteligente, que não haja grandes riscos e se consolide em pouco tempo.
Citamos um pouco de planejamento de cardápios, porém deixei para
você se aprofundar melhor na disciplina que é totalmente voltada para esse
segmento.
Também passamos pelos principais setores de estabelecimentos de
Alimentos e Bebidas, para podermos compreender a importância dos diversos
tipos de funcionários presentes e, principalmente, a necessidade de ter um
bom gestor à frente de todas as atividades. Não basta ter apenas uma pessoa
que se apresenta como gerente, é preciso ter um profissional qualificado, com
experiências e vivências na área e que, além de tudo, saiba lidar com pessoas
e tenha as rédeas de todas as atividades do estabelecimento.
Com esse primeiro contato com os setores, podemos iniciar a próxima
unidade, em que vamos focar diversos tipos de restaurantes, os diferentes
papéis das brigadas de cozinha e como o serviço deve ser executado.
Gestão de Alimentos e Bebidas
atividades de estudo
leitura complementar
O Gerente
de um Restaurante
leitura complementar
Fonte: DAVIES, Carlos Alberto. Alimentos & Bebidas. 2. ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2001. p. 24.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 43
material complementar
Falando em criatividade, confira a proposta do Chef Pedro de Artagão ao abrir, no Rio de Janeiro,
um bistrô francês com toque brasileiro. O cardápio é a imagem e a identidade gastronômica
do estabelecimento.
<http://www.embarquenaviagem.com/2015/03/24/chef-pedro-de-artagao-inaugura-bistro-frances/>.
Confira, no link a seguir, o barman Pedro Cardoso preparando um coquetel bem brasileiro:
Cachaça Sunrise.
<https://vimeo.com/16400592>.
Editora: Bookman
Sinopse: um livro no qual pessoas de todas as áreas irão ter total en-
tendimento do assunto tratado: gerenciamento de estabelecimentos
de A & B. Com alguns tópicos históricos, a obra foca o papel do gestor e
que, em todos os aspectos, que necessitam de uma grande atenção no
momento de pensar e realizar a abertura de um negócio nessa área. O
livro é voltado, principalmente, para empresários do ramo, que já atuam,
mas que não conseguem disponibilizar recursos para complementar,
aperfeiçoar e alinhar profissionais de todos os setores.
Comentário: este livro irá abrir o teu campo de visão sob as perspectivas da gerência
de um estabelecimento voltado para alimentos e bebidas. Ele também irá abranger
todos os aspectos necessários para desenvolver uma gestão de sucesso.
Técnicas do Serviço
Gastronômico
GIOVANA SACCO TINTORI
SAMARA FERNANDES
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Brigada de salão
• Qualidade e padronização do serviço de atendimento
• Atendimento e etiqueta de serviço
Objetivos de Aprendizagem
• Entender e exemplificar os diferentes tipos de restaurantes.
• Apresentar toda a equipe do salão e suas respectivas funções.
• Compreender todas as técnicas de atendimento e de etiqueta utili-
zadas durante o serviço.
47
Introdução
Olá, aluno(a)!
Nesta unidade, iremos focar nossos estudos em brigadas de salão e hierarquias dentro da
cozinha, vamos também visar à importância de um atendimento qualificado. Para isso, é neces-
sário que você compreenda que o segmento de alimentos e de bebidas é responsável por 40%
da receita total de um hotel de grande porte, por exemplo. Lógico que esse percentual varia de
acordo com o segmento e com a ênfase dada.
Para o sucesso, é necessário criar um diferencial, mas, para isso, é preciso estar “antenado”
a tendências e a novidades em todo mundo, não apenas no setor de alimentos e de bebidas, mas
também em todo o âmbito cultural. O gestor também não pode se esquecer de que diminuir
custos operacionais e de pessoas é uma das chaves para o sucesso, entretanto, é preciso com-
preender a importância de uma equipe que trabalha em sintonia e visa ao bem-estar do cliente.
O atendimento é um dos pontos cruciais para o sucesso de todo estabelecimento relacio-
nado a alimentos e a bebidas. Os funcionários necessitam de um treinamento especializado e
padronizado, para garantir que todos se mantenham alinhados ao padrão e às metas as quais
o restaurante pretende atingir. Visando à importância do atendimento, vamos, nesta segunda
unidade, focar brigada de salão, seus cargos e funções e vamos compreender como o atendimento
tem participação direta no sucesso do estabelecimento.
Gestão de Alimentos e Bebidas
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 49
Brigada
de Salão
Joana e Amanda são amigas. Elas trabalham juntas e são frequentadoras assíduas de um restau-
rante de especialidades na cidade de São Paulo. Elas notaram que a qualidade do atendimento
vinha caindo, bem como alguns produtos servidos, que já não eram os mesmos. Certo dia, as
amigas foram ao restaurante almoçar, sentaram-se, fizeram seus pedidos e aguardavam. O garçom,
pouco tempo depois, depositou na mesa uma porção de entrada que elas não haviam pedido.
Joana alertou o rapaz a respeito do engano, porém, ele bravejou algumas vezes afirmando que o
pedido era daquela mesa antes de retirar o prato com um ato grosseiro. Insistente, o funcionário
retornou à mesa com um papel, mostrando às moças que aquele era o pedido delas, escrito por
Amanda – esta alegou que aquela sequer era sua letra, quando mais uma vez o rapaz virou as
costas rudemente e saiu andando. O garçom pediu que outra pessoa atendesse aquela mesa
e deixou a solicitação de um suco, feita por Joana, sem ser atendida. O pedido chegou a ela
quando estavam a pagar a conta. Elas pediram para conversar com o gerente, para registrar a
queixa a respeito do atendimento, porém, não havia ninguém que ocupasse o cargo disponível
no local. Por fim, Joana e Amanda concluíram que aquele não era o atendimento esperado em
um bom restaurante.
*Caso fictício.
Fonte: o autor.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 51
E
ntendendo cada função, você deve ter que saem da cozinha até o guéridon, cuidando
claro que o maître é aquele que ficará sempre para manter o tempo, para que o prato
responsável por toda a organização não sofra alterações de temperaturas e quali-
do salão e da equipe de atendimento, dade final.
além disso, ele organizará as escalas de folgas Sommelier é o responsável pela compra e
e férias de todo o seu pessoal, de modo que a pelo armazenamento dos rótulos. Também é
equipe nunca fique desfalcada. Além disso, é o quem atende os clientes que visam a uma har-
responsável pelo serviço dos pratos e pelo con- monização durante a refeição e oferece todo
tato com os clientes, seja para reclamações ou o suporte ao cliente em relação à enologia e à
elogios, já que ele possui contato direto com o enogastronomia.
chef de cozinha. É o espelho da empresa devido
ao contato com os clientes, por isso é necessário
ser gentil e educado com todos.
O chefe de fila dirige, supervisiona e cuida
do salão. Em caso especial, pode ser o subs-
tituto do maître no salão. Já garçom tem a
Na disciplina de Enogastronomia, estuda-
função de realizar o mise en place nas mesas,
mos em detalhes o profissional denomi-
como, por exemplo, montar a mesa de acordo nado Sommelier. Não deixe de aprofundar
com os padrões do estabelecimento, antes do seus conhecimentos!
CARGO FUNÇÃO
Agora que você entendeu como funciona a outro tópico de suma importância e que com-
hierarquia da brigada de um salão e a função pleta este: a qualidade necessária e que deve
que cada um exerce para que haja consonância ser exigida em um atendimento padronizado
entre as atividades realizadas, adentraremos e efetivo.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 53
Gestão de Alimentos e Bebidas
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 55
Qualidade e Padronização do
Serviço de Atendimento
Um empresário renomado foi a um restaurante famoso de sua cidade e se deparou com uma situ-
ação desagradável. Foi até o local pretendendo tomar um café da manhã em família, porém, ficou
em pé durante 20 minutos, até que conseguiu uma mesa. O empresário, ao sentar-se, chamou o
garçom educadamente e afirmou ter se sentido ofendido com a forma com que foi tratado por
este, que virou as costas sem sequer olhar para trás depois de responder ao pedido do empresário
de forma grosseira.
*Caso fictício.
Fonte: o autor.
Gestão de Alimentos e Bebidas
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 59
Atendimento e
Etiqueta de Serviço
Todo local que trabalha com A & B deve prezar o padrão de serviço,
a apresentação e os utensílios. Primeiramente, a padronização de
serviço é composta pelo recrutamento e pelo treinamento adequa-
do dos funcionários capacitados a ocupar o cargo. Todos devem
seguir a mesma linha de trabalho e dirigir-se ao cliente da forma
mais parecida possível. A desenvoltura dos funcionários que são
destinados a atender o público possui grande parcela no sucesso do
restaurante, do bar ou do hotel. Nenhum cliente retorna ao local
se, por algum motivo, tenha vivido uma experiência desagradável
com o setor de atendimento.
Gestão de Alimentos e Bebidas
T
odo cliente busca um serviço atencioso,
personalizado, porém não invasivo e,
para que o funcionário tenha a postura
correta, é necessário treinamento e
supervisão direta do gerente, para minimizar
Para fidelizar seu cliente, mantenha
possíveis erros, visando não apenas ao nível que
sempre o sorriso no rosto, a simpatia
o local deseja manter ou alcançar, mas também em alta, e deixe todo e qualquer pro-
à fidelização dos clientes. Para bons resultados, é blema longe da percepção dele. Não
considerações finais
A
luno(a), chegamos ao final de mais alimentício, afinal de contas, para o serviço de
uma unidade, na qual exploramos sala, também temos alguns padrões de bons
a brigada de salão, todos os cargos modos a serem seguidos e que fazem total dife-
e a responsabilidade de cada um rença à experiência do cliente. Se você se agrada
para que o serviço aconteça em total harmonia. de bons modos em sua vida, ao seu redor e em
Conceituamos cada responsável pelo salão e fo- público, lembre-se de que seu cliente partilha
camos, principalmente, a qualidade do serviço. do mesmo anseio!
Atualmente, o bom atendimento é tão im- Por fim, na próxima – última – unidade,
portante quanto o menu harmonioso. Nenhum iremos abranger um pouco sobre a hierarquia
estabelecimento fixa-se sem um atendimento dentro da cozinha, os principais cargos ali exis-
de alta qualidade, padronizado e que coloca o tentes e vamos também tratar da importância
cliente sempre em primeiro lugar. Porém para de todo restaurante seguir o procedimento
atingir esses objetivos, vimos que um treina- operacional padrão, visando minimizar (e de
mento especializado é extremamente necessário preferência anular) toda e qualquer possível
e que a hierarquia, tanto da cozinha quanto do forma de contaminação e também reforçar a
salão, deve ser respeitada para que as ordens e padronização do serviço oferecido. Vamos lá?
observações sejam acatadas.
Um atendimento de qualidade faz seu clien-
te se sentir especial e retornar ao seu estabeleci-
mento. Além disso, ele vai falar bem para outras
pessoas e, imagine só, isso nada mais é que uma
propaganda gratuita sendo gerada.
Você fecha esta unidade, caro(a) aluno(a),
compreendendo a importância da etiqueta. Se
pensarmos na nossa vida pessoal, dificilmente
nos sentiremos reconfortados com lembran-
ças desagradáveis ou próximos a pessoas sem
boas maneiras ou não sabendo se comportar
em público. Agora você consegue fazer essa as-
sociação por semelhança a um estabelecimento
Gestão de Alimentos e Bebidas
atividades de estudo
leitura complementar
Noções de
Brigada e Serviço
material complementar
• Layout da cozinha
• Brigada de cozinha
• Procedimento Operacional Padrão
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender a brigada da cozinha, diferenciar todas as funções ali
presentes.
• Reconhecer os setores de divisão de uma cozinha: a brigada.
• Identificar a função de cada colaborador de uma brigada de
cozinha.
• Entender a importância e a necessidade de se realizar o procedimen-
to operacional padrão (pop) dentro de estabelecimentos de A & B.
69
Introdução
A cozinha é o local principal em diversos ramos de negócios. A engenharia de alimentos tem
se desenvolvido rapidamente e com ela uma estrutura necessária para uma alimentação bem
preparada em locais como hospitais, lanchonetes ou até em empresas de congelados e alimentos
industrializados.
As cozinhas industriais são instaladas em restaurantes, plantas industriais e diversos luga-
res. O importante, além de obrigatório, é que ela possua um alvará ambiental, um do Corpo de
Bombeiros e outro de funcionamento, no caso de ser uma planta industrial a própria cozinha
industrial.
Sua função é o preparo de alimentos de forma rápida e dinâmica, por isso seu ambiente
deve proporcionar que as refeições sejam preparadas de forma a se produzir com higiene, fun-
cionalidade, qualidade e produtividade. Essa é a função de uma cozinha industrial. Para seu
planejamento, alguns passos são importantes.
Primeiro, deve-se encontrar engenheiros e arquitetos competentes e que tenham experiência
em projetos de cozinhas industriais. Os profissionais de projetos em obras recomendam que
não se deve fazer nenhum projeto com o tempo e orçamento apertado, ou seja, para planejar a
cozinha industrial, requer-se tempo, dedicação e orçamento.
Os projetos podem ser desenvolvidos em ambientes que já contam com uma cozinha que
está desatualizada ou, quando começa do zero, o importante é que sejam analisadas todas as
necessidades de produção. Por isso a importância em se encontrar profissionais que sejam sen-
síveis a essas necessidades na realização do projeto.
Um bom profissional de arquitetura e engenharia é aquele que visita o estabelecimento e
aponta todas as características do negócio antes de iniciar o projeto em si, ou seja, é necessário
observar qual o fluxo de processos que serão realizados na cozinha industrial, qual a intensidade
da clientela e qual o tipo de refeições. Com isso, ele projeta espaço, ambiente, equipamentos
e tudo que for necessário. Concluindo, é muito importante que haja uma observação do local.
Gestão de Alimentos e Bebidas
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 71
Layout
da Cozinha
O
lixo é um dos fatores mais impor- pouca utilidade, gerando apenas gastos.
tantes já que, se ele estiver localizado É preciso que as principais praças da co-
perto de alimentos, podem ocorrer zinha tenham o seu próprio espaço, evitando,
contaminação cruzada e inúmeros assim, que diferentes tipos de alimentos tenham
outros problemas muito sérios. Poucos imagi- contato, gerando contaminações. É muito im-
nam que um ambiente de cozinha abrigue tantos portante que o local siga as regras da Anvisa,
perigos, mas a realidade é que, hoje, a cozinha transmitindo segurança aos clientes e evitando
é um dos ambientes de trabalho com maiores possíveis contratempos e prejuízos.
riscos de acidentes. Para evitar, é necessário
que tenha um piso próprio (antiderrapante),
para evitar quedas, que possam ter resultados
até mais graves que o esperado. As lâmpadas
necessitam sempre de um lustre, para evitar
que resquícios de vidro possam cair dentro da
comida, e de preferência que elas estejam po-
“A lixeira deve ser local de fácil acesso
sicionadas de uma maneira estratégica, longe
para a retirada do lixo e estar situada de
dos principais locais de produção. modo que os odores provenientes dos re-
No momento da compra de equipamentos, síduos não se espalhem por outros locais
RECEPÇÃO
PRÉ-HIGIENIZAÇÃO
CONTROLE DE MATÉRIA-PRIMA
ARMAZENAGEM ARMAZENAGEM
DESPENSA SECA CÂMARAS FRIAS
PRÉ-PREPARO
SUCOS E SOBREMESAS CEREAIS E MASSAS VEGETAIS CARNES
HIGIENIZAÇÃO DE
COCÇÃO UTENSÍLIOS DA LIXO
COZINHA
HIGIENIZAÇÃO DE
DISTRIBUIÇÃO UTENSÍLIOS DA
COZINHA
SALÃO DE REFEIÇÕES
A
pesar de ser um grande investi-
mento inicial, com engenheiros,
arquitetos, equipamentos e ma-
quinários de alto custo, uma cozi-
nha montada de acordo com as necessidades
do estabelecimento gerará muito mais lucro
que outra cozinha qualquer, sem planejamento
prévio. Estudos comprovam que as cozinhas
bem estruturadas retornam o capital investido
em pouco tempo, devido à maior lucratividade
que gera. Assim, o layout da cozinha se torna um
ponto crucial, tão importante quanto qualquer
outro planejamento operacional.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 75
Gestão de Alimentos e Bebidas
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 77
Brigada de
Cozinha
Veja, a seguir, como Escoffier foi feliz em sua organização de cozinha. Ele
parte do chef de cuisine, considerando-o comandante da cozinha, e, abaixo,
organiza todo o organograma com as funções de uma brigada.
ORGANOGRAMA DE ESCOFFIER
CHEF DE CUISINE
(Chefe de Cozinha)
Procedimento
Operacional Padrão
Cada “POP” contém os procedimentos passo deverá ser retirado e destinado a outro local
a passo necessários a serem realizados em cada adequado, que não seja o ambiente das insta-
setor para que se obtenha o resultado espera- lações. O aspecto visual deve ser agradável e a
do: alimento seguro. Essas tarefas deverão ser circulação facilitada, bem como a ventilação,
distribuídas de forma inteligente: cada um fica para que se tenha um ambiente arejado e de
responsável por ações referentes aos próprios fácil higienização.
locais de trabalho. Quando o objeto for uma Sempre limpo, o local destinado ao recebi-
área comum e na falta de um responsável por ela mento de mercadorias deve possuir caixas ou
(zelador, por exemplo), essa tarefa será dividida pallets para recebimento das mercadorias, pois
igualmente entre os outros colaboradores. é imprescindível que os produtos não toquem
Para aperfeiçoar a realização das ações, é o solo, devido à contaminação ali presente. Os
importante a elaboração de um treinamento pallets devem estar a uma distância mínima
efetivo. O treinamento tem como objetivos de 10 cm da parede. Toda a mercadoria que
principais: apresentar os perigos que podem for recebida deverá ser tratada de forma a ser
afetar os alimentos e suas possíveis soluções e armazenada ou utilizada o mais rápido possível,
a execução correta das ações necessárias para para evitar que esse produto possa contaminar
eliminar os perigos eminentes. Portanto é dever o ambiente e outros produtos e para manter sua
de todos participar do treinamento, bem como segurança e validade. Produtos recebidos jamais
se dedicar a fundo na execução das tarefas de sua devem ser esquecidos na área de recebimento.
responsabilidade. Portanto para uma ótima re- O local deve ter proteção contra insetos
alização das atividades, é imprescindível que os e roedores como telas próprias, proteções no
procedimentos (POP’S) sejam executados. O não inferior das portas (borrachas tipo “rodo”). Não
cumprimento das orientações contidas nesses é recomendável encostar produtos na parede,
serão levados ao conhecimento dos gestores para isso, usamos a distância mínima de 10cm
e submetidos a uma avaliação. O responsável da parede. Devem ser separados os produtos
ficará sujeito a uma nova capacitação (orienta- com odores fortes dos suaves. Não deve exis-
ção/treinamento) ou penalidade. tir no local tubulação de água ou vapor. Os
As áreas externas devem ser mantidas produtos de limpeza devem ser estocados em
sempre limpas, evitando qualquer acúmulo de local separado dos alimentos; deve-se aplicar o
resíduos alimentares, para minimizar que pos- “PEPS” (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai),
síveis pragas apareçam. Portanto todo objeto em relação aos prazos de validade, e manter o
sem utilização ou que seja estranho ao local ambiente sempre limpo.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 83
rio que os panos sejam descartáveis. As caixas, doenças veiculadas por alimentos.
além de limpas, devem estar todas em perfeito Fonte: CEDRA (2013, online)
As lixeiras devem estar em um local de fácil exigidos pela Vigilância Sanitária e essa é uma
acesso e longe de qualquer área alimentar. O lixo etapa muito importante para a gestão e o fun-
deve ser separado entre orgânico e reciclável. cionamento de uma unidade alimentícia.
Atualmente as empresas já estão se conscien-
tizando sobre a importância de reciclar o lixo,
e a coleta seletiva é uma boa alternativa. Outra
forma de incentivar os funcionários a ajudarem
com a separação dos materiais é oferecer parte
do dinheiro arrecadado com a reciclagem para
a divisão entre eles.
Reutilize o óleo para a fabricação domés-
O óleo, um dos ingredientes mais utili- tica de sabão ou o envie para uma enti-
zados em inúmeros restaurantes, é um dos dade que o reaproveite. Muita gente não
sabe que, quando descartado no ralo da
maiores problemas no momento em que é des-
pia ou junto com o lixo de casa, o óleo
cartado, pois ele não pode ser jogado em pias usado para fritar pastéis, batatas e outros
ou ralos, pois entope o encanamento, pode ir alimentos é altamente prejudicial ao am-
para rios e represas causando uma maior po- biente. Segundo Alexandre D’Avignon,
do Centro de Estudos Integrados sobre
luição, e o óleo também pode agravar o efeito
o Meio Ambiente e Mudanças Climáticas
estufa. Para isso, é preciso que o óleo seja colo- da Universidade Federal do Rio de Janeiro
cado em garrafas ou recipientes para o descarte, (UFRJ), a decomposição do óleo de cozi-
nha usado emite na atmosfera metano,
e existem empresas específicas que passam nos
um dos principais gases causadores do
estabelecimentos recolhendo o óleo utilizado, efeito estufa, responsável pelo aqueci-
evitando, assim, inúmeros danos ao estabele- mento global. Além disso, ao atingir o solo,
considerações finais
Caro(a) aluno(a), nesta última unidade, falamos um pouco sobre a neces-
sidade de fazer um projeto inicial, antes da construção e/ou da reforma da
cozinha, da importância de ter uma cozinha funcional, que otimize o tempo
e o trabalho da brigada de cozinha. Também nos aprofundamos na divisão
feita pelo chef francês Auguste Escoffier, que realizou a divisão da brigada
de cozinha, delimitando, assim, praças e tarefas específicas para cada setor
dentro do ambiente de trabalho dos cozinheiros.
Também falamos um pouco sobre o Procedimento Operacional Padrão
- POP e a necessidade de todo estabelecimento voltado a alimentos e bebi-
das executar os procedimentos com periocidade, de acordo com cada setor,
dentro da área de trabalho. Também entramos em lixo reciclável e em como o
estabelecimento pode usar a reciclagem a seu favor, diminuindo desperdícios,
aumentando cada vez mais os lucros e educando os funcionários para serem
cidadãos do mundo e conscientes da necessidade de focar a sustentabilidade.
Gestão de Alimentos e Bebidas
atividades de estudo
leitura complementar
A Qualidade em Serviços de Alimentação
O que é qualidade? A cada dia que passa, mais se fala de qualidade nos locais onde há interesse
na melhoria do desempenho. A busca de informações em literatura pertinente e a frequência nos
cursos de qualidade são cada vez maiores. Fica evidente que essa busca vai ao encontro da com-
petição acirrada que existe hoje nas empresas prestadoras de serviço, pois se elas não estiverem
preocupadas com a satisfação de seus clientes, certamente, outras estarão buscando encantá-los!
Segundo Imai, “No sentido mais amplo, qualidade é qualquer coisa que pode ser melhorada.
Neste contexto, a qualidade é associada não apenas aos produtos e serviços, mas também a maneira
como as pessoas trabalham, como as máquinas são operadas e como os sistemas e procedimentos
são abordados. Ela inclui todos os aspectos do ser humano”.
[...]
Garvin diz que “a qualidade pode ser percebida através de várias dimensões: desempenho,
características, confiabilidade, conformidade, durabilidade, estética e qualidade percebida.”
[...]
As qualidades vistas pela ótica de um serviço de A&B são:
• Restaurante – quando se busca um local para fazer uma refeição;
• Tipo de cozinha – a escolha do tipo de comida: cozinha italiana, por exemplo;
• APPCC – são os métodos monitorados por um protocolo de Higiene e Segurança Alimentar.
• Menu – a carta de alimentos e bebidas do estabelecimento, indicando que os pratos ofere-
cidos são elaborados por procedimentos operacionais padrão, ou seja, toda massa servida
é “al dente”, e a descrição dos pratos corresponde ao que será servido;
• Data de validade – os alimentos servidos têm um período de vida útil;
• Serviço – a atuação da brigada tanto do salão como da cozinha;
• Apresentação e Ambiente – os pratos têm apelo visual, e o local é aprazível;
• “O nome” – indica um estabelecimento de reconhecido gabarito.
material complementar
Chef
Ano: 2014
Sinopse: Chef é um filme que conta a história de um cozi-
nheiro que perde seu emprego e, em busca de seus sonhos,
começa um food truck, que faz com que ele se redescubra e
comece a mudar sua relação com seus familiares.
GASTRONOMIA • UNICESUMAR 89
CONCLUSÃO
Querido(a) aluno(a), o nosso livro de Gestão de Alimentos e Bebidas está chegando ao
fim, e foi com imensa honra e prazer que contribuímos com esse material, plantando
também uma sementinha em você. O conhecimento é o que ninguém jamais conseguirá
tomar de você e, por esse motivo, espero que tenha absorvido os temas aqui trabalhados.
Não podemos deixar de lado o quanto a gastronomia vem se aperfeiçoando a cada
dia e, para isso, queremos formar profissionais altamente qualificados, prontos para o
mercado, e estimular em você a busca pelo novo, sempre. Neste livro, pudemos compre-
ender melhor a importância do gestor dentro de um restaurante, e saiba que, indepen-
dentemente da área que você optar, dentro da gastronomia, todos nós temos que manter
nossas qualidades gerenciais vivas. O sucesso do estabelecimento depende diretamente
do papel realizado pelo gerente. É preciso que esse tenha vasto conhecimento e experi-
ência no ramo de alimentos e bebidas, que possua espírito de liderança, saiba treinar,
cobrar e lidar com todos os funcionários, independentemente das particularidades de
cada um, e vise, acima de qualquer outro elemento, ao bem-estar do cliente.
É preciso que haja harmonia, união, respeito e conhecimento dentre todos os fun-
cionários da casa e que todos tenham postura madura e correta diante das divergências
e dos momentos atípicos, visando sempre ao cliente e às metas a serem alcançadas.
Não podemos jamais deixar de lado todas as regras básicas de recebimento de
mercadorias, de gestão de setores, a importância de cada funcionário, seja na parte
administrativa, no atendimento, no salão ou dentro da própria cozinha, que é preciso
que esteja tudo alinhado e que todos caminhem na mesma diretriz.
A nossa intenção é ter ampliado seu campo de visão e fazer com que você sinta-se
interessado em ir além, buscar sempre novos conhecimentos e aperfeiçoamento na área
gastronômica. Jamais que se esqueça de que a prática leva à perfeição! Esperamos nos
encontrar em breve!
Gestão de Alimentos e Bebidas
referências
BARRETO, Ronaldo Lopes Pontes. Passaporte para o sabor: tecnologias para a elaboração de car-
dápios. 6. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
DAVIES, Carlos Alberto. Alimentos & Bebidas. 2. ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2001.
FIESP/IBOPE. Brasil Food Trends 2020: pesquisa nacional Fiesp/IBOPE sobre o perfil do consumo de
alimentos no Brasil, 2010. Disponível em:<http://www.abic.com.br/media/EST_PESQFoodTrendsl.
pdf>. Acesso em: 27 abr. 2015.
FONSECA, M. T. Tecnologias gerenciais de restaurantes. 5. ed. São Paulo: Editora Senac, 1999.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. Tradução por Bazán
Tecnologia e Linguística. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
MARICATO, P. Como montar e administrar bares e restaurantes. 3. ed. São Paulo: Senac, 2001.
PACHECO, Aristides de Oliveira. Manual do bar. 6. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2008.
RUSCHMANN, D. SOLHA, K. Turismo: uma visão empresarial. São Paulo: Editora Manole, 2004.
referências
VASCONCELLOS, F; CALCALCANTI, E; BARBOSA, L. Menu: como montar um cardápio eficiente.
São Paulo: Roca, 2002.
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