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Licenciatura em Pedagogia EAD

Metodologias e Estratégias de Ensino de Ciências

LENILZA LUIZA DE PAULA CORBOLIN

AVALIAÇÃO FINAL

Avaliação final, como requisito de nota


parcial, da disciplina de Metodologias e
Estratégias de Ensino de Ciências, do Curso de
Licenciatura em Pedagogia, do IFRO-UAB,
sob orientação da Professora Formadora:
Tatiane Alves Pereira Gonçalves.

PROFESSORA FORMADORA

TATIANE ALVES PEREIRA GONÇALVES

BURITIS-RO, 2021
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INTRODUÇÃO

Esse trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisas e leituras em materiais disponíveis e


tem como objetivo apresentar a admirável importância do ensino de ciências para com a
formação cidadã em sociedade, tanto como a sua relação com a própria ciência, tornando o
papel do professor insubstituível quanto para a formação acadêmica de um aluno, que nessa
visão, é o principal protagonista do processo de aprendizado como um cidadão. Além disto,
também apresentar a importância do uso, do planejamento, da elaboração de materiais e da
execução de práticas adequadas para melhores resultados como profissional pedagógico.
No entanto, cabe aos professores de Ciências, o dever de assumir e admitir que o uso de
atividades práticas desperta um enorme interesse entre os alunos, elevando o aprendizado de
modo motivador e lúdico, atendendo as necessidades de cada um. Pois, o ensino de Ciências
com seus métodos, linguagem e conteúdos próprios, tem o objetivo de promover a formação
integral do cidadão(aluno), como ser pensante e atuante, e como corresponsável pelos destinos
da sociedade futuramente.

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DESENVOLVIMENTO

CIÊNCIA e o ENSINO DE CIÊNCIAS;

A ciência é definida como um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis


obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis que fazem referência a objetos de uma
mesma natureza é produção de cunho social e cultural, e acompanha as condições políticas
econômicas que estão acontecendo, já o ensino de ciências consiste em uma disciplina escolar
com grande relevância para o aprimoramento dos conhecimentos e articulação com as
vivencias e experiências envolvendo o meio ambiente, desenvolvimento humano,
transformações tecnológicas entre outras temáticas e acompanha as condições políticas
econômicas que estão acontecendo, priorizar os processos de construção de conhecimento é
aproximar a ciência nas aulas de ciências.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de ciências Naturais (BRASIL, 1997), o


ensino de ciências permite introduzir e explorar as informações relacionadas aos fenômenos
naturais, a saúde a tecnologia, a sociedade e ao meio ambiente favorecendo a construção e
ampliação de novos conhecimentos.

O ensino da ciência deve contribuir para o pleno exercício da cidadania fornecendo


instrumentos que possibilitem melhor compreensão do mundo em que vivemos. Portanto é
preciso estabelecer conexão entre o ensino de ciências e os conhecimentos comprovados
cientificamente para melhorar o desempenho dos cidadãos no campo de estudo das ciências que
são aplicadas no dia a dia.

Fumagalli(1998) explica que o ensino da ciência tem como objetivo formar o individuo
capaz de compreender a importância da ciência , da tecnologia e da sociedade .

A alfabetização científica pode ser compreendida como um processo que prioriza a


formação do sujeito. O ensino por meio da utilização de problemas possibilita que o aluno
desenvolva habilidades. Aproximar o ensino de ciências da ciência não tem por objetivo formar
mini cientistas, porem possibilitar o desenvolvimento das habilidades que permitam resignificar
os conteúdos dando condições para que o aluno seja critico e entenda as interações da ciência

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com a sociedade, dessa forma podendo ser de fato participativo nas decisões e discussões que
ocorra na sociedade. Para UNESCO (2005), o ensino de ciências é fundamental para que a
população tenha a capacidade usufruir dos conhecimentos científicos, para despertar vocações,
para a plena realização do ser humano e de sua integração social e, ainda, contribui para a
constituição de uma população cientificamente preparada, capaz de exercer sua cidadania.
Assim, o ensino de ciências naturais, ao se preocupar em desenvolver a capacidade crítica dos
educandos, estará contribuindo também para a formação do novo ator social.

O papel do professor no processo ensino e aprendizagem em ciências


naturais

A forma como o professor compreende a ciência esta diretamente relacionada com a


maneira como o professor ensina ciências. Cabe ao professor ser um articulador entre o
conhecimento sistematizado, ditado pelo plano curricular que se pretende e as práticas, ou seja,
que o aluno participe de situações-problema, que exijam reflexão e ação dentro do seu contexto
social e o seu grau de estudos. O professor precisa fortalecer a interação entre o aluno e a
cultura na qual está inserido, orientando-o na busca de significados contidos nas práticas
sugeridas nos conteúdos e sua aplicabilidade.

Segundo Ausubel (1968, p.37-41), a essência do processo de aprendizagem significativa


está em que idéias simbólicas expressas sejam relacionadas de maneira não-arbitrária e
substantiva (não-literal) ao que o aprendiz já sabe, ou seja, a algum aspecto relevante da sua
estrutura de conhecimento.

No entanto, uma aula de ciências poderá ser transformada em um dos espaços ideais em
que o professor e alunos expõem conhecimentos intuitivos, ou seja, condutas da vivencias de
cada um, adquiridos pelo senso comum e pela cultura, e nisso surge uma espécie de
contraponto a estrutura do conhecimento cientifico junto o processo de produção, que resulta
possivelmente, no amadurecimento de conceitos positivos em aprendizagens.

Para Marques (2002), o professor deve livrar-se de conceitos aprendidos e repassados aos
alunos. No seu entender o professor deve produzir com os alunos os conceitos que irão operar
para entender as relações com que lidam. Para o autor, deve-se problematizar a realidade, criar

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situações para estimular o aluno. A sala de aula deve ser o lugar de falar, de ouvir, de modo que
aconteça uma ampliação de conhecimentos dos envolvidos.

Os autores Freire (2005) e Delizoicov (2001), ao tratarem do processo de aprendizagem,


afirmam que o professor (a) deve manter uma interação com seus alunos, a fim de tornar a
aprendizagem significativa. Para os autores, conhecer a realidade dos alunos e relacionar os
conteúdos trabalhados em aula com essa realidade, com certeza torna a aprendizagem para os
alunos mais significativa, faz com que os alunos tenham maior compreensão sobre os
conteúdos.

O profissional de educação tem necessidade de em primeiro lugar ser capacitado para


atuar conforme modelo de educação e durante sua trajetória ir se aperfeiçoando para que não
venha cair na mesmice e possa capacitar os alunos através de estratégias de ensino e praticas
pedagógicas que realmente sirvam como base para a construção do conhecimento dos alunos,
levando em consideração que para que isso venha ocorrer de forma satisfatória o profissional
da educação deve fazer seus planejamentos de acordo com os documentos bases da educação.

As atividades práticas estão inclusas nos objetivos propostos pelos Parâmetros


Curriculares Nacionais (PCN) para o ensino de ciências indicam que são procedimentos
fundamentais aqueles que permitem a investigação, a comunicação e o debate de fatos e ideias,
possibilitados pela observação, experimentação, comparação, estabelecimento de relações entre
fatos ou fenômenos.

Borges(2002) relata que a meta principal das atividades praticas em sala de aula é mostrar
ao aluno o que ele aprendeu em suas aulas teóricas, para que através das aulas praticas ele
possa compreender como de fato ocorre o conteúdo trabalhado. Ele relata que:

Não se pode deixar de reconhecer alguns méritos deste tipo de atividade. Por
exemplo, a recomendação de se trabalhar com pequenos grupos, o que
possibilita a cada aluno a oportunidade de interagir com as montagens e
instrumentos específicos, enquanto divide a responsabilidade e ideias sobre o
que devem fazer e como fazê-lo. Um outro é o caráter mais informal do
laboratório, em contraposição à formalidade das demais aulas. (BORGES,
2002 p.5)

No entanto, o processo de ensino e aprendizagem, acaba de um modo proporcionando um

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aprendizado mais significativo aos discentes. O professor é ativamente participativo como


estimulador e mediador do processo, promovendo situações de aproximação à crítica do aluno
com a realidade.

Abordagem interdisciplinar dos conceitos científicos em ciências

A interdisciplinaridade é apresentada como uma das alternativas tanto no ensino de


Ciências, quanto em outra área de conhecimento, o que nos leva a enxergar o conhecimento
fragmentado com um novo olhar que reconhece a unidade do saber como caminho para o
enfrentamento desse desafio, a começar pela sala de aula. É preciso ressaltar, contudo, que para
ser interdisciplinar é imprescindível observar alguns pressupostos que indicarão a direção,
como: diálogo, atitude, planejamento, integração dos conteúdos disciplinares,
comprometimento e reflexão crítica do fazer interdisciplinar. De acordo com Tavares (2013),
um dos principais pressupostos para se caminhar interdisciplinarmente é o diálogo, que deve
ser reflexivo, crítico, entusiástico, que respeita e que transforma. Ademais, em um trabalho
interdisciplinar em equipe não pode faltar abertura ao diálogo em qualquer momento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entendemos assim que o ensino de ciências pode contribuir para que os alunos sejam
inseridos numa nova cultura, a cultura científica, que lhes possibilitara ver e compreender o
mundo com maior clareza e com conhecimentos para discernir, julgar e fazer escolhas
conscientes em seu cotidiano, com vista a uma melhor qualidade de vida. No entanto, a matéria
de ciências é muito importante ate mesmo intrigante, e estimuladora, de forma inovadora e
atrativa aos olhos dos alunos, pelo qual acaba se interessando pela natureza, pelas novas
descobertas, experimentos, enfim, o professor pode usar de muitos artifícios para conquistar
seu aluno, podendo ate mesmo trabalhar, com várias outras disciplinas.
Podemos afirmar que ensinar Ciências é fazer “ciência” aquilo que parece ser difícil,
pode ser simples se o professor souber aproveitar aquilo que já é natural nos alunos: o desejo de
conhecer, agir, dialogar, interagir, experimentar, podendo assim despertar o encantamento pela
área cientifica, fazer ciência na escola é utilizar procedimentos próprios da ciência, como
observar, formular hipóteses, experimentar, registrar, sistematizar, analisar, criar e transformar

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o mundo.

REFERÊNCIAS:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2233-8.pdf BRASIL.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: ciências naturais. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. Acesso em 14 de abril de 2021

http://loos.prof.ufsc.br/files/2016/03/O ENSINO DE CIENCIAS-NATURAIS-NAS-SERIES-


ANOS-INICIAIS-do-ensino-fundamental.pdf. Acesso em 15 de abril de 2021.

AUSUBEL, D.P. Educational psychology: a cognitive view. New York: Holt, Rinehart and
Winston, 1968.

BORGES, Tarciso; Caderno Brasileiro de Ensino de Física. 2002. Disponível em: Acesso
em: 15 Abril de 2021, 18:25:12

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997 .

DELIZOICOV, D. Problemas e Problematizações. In: PIETROCOLA, Mauricio (organizador)


Ensino de Física: Conteúdo, metodologia e epistemologia numa concepção integradora.
Florianópolis: UFSC, 2001. p 125-150.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

FUMAGALLI, Laura. O ensino de ciências naturais no nível fundamental de educação


formal: argumentos a seu favor. In: WEISSMANN, Hilda (Org.). Didática das ciências
naturais: contribuições e reflexões, Porto Alegre: ArtMed, 1998.

MARQUES, M. O. Educação nas Ciências: interlocução e complementaridade. Ijuí: Unijuí,


2002.

TAVARES, Dirce Encarnacion. Aspectos da história deste livro. In: FAZENDA, Ivani (Org.)
Práticas interdisciplinares na escola. 13ª. ed. São Paulo: Cortez, 2013.

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documento final do esquema internacional de implementação-Brasília, DF: UNESCO, 2005.

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