Leitura e Produção

de Texto
1. O Processo de Leitura, Produção de Texto 4

2. O ensino da produção de texto em perspectiva

dialógica 9

3. A leitura dos clássicos da literatura infantil

nos contos atuais 16

4. Referências Bibliográficas 23

02
03
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

1. O Processo de Leitura, Produção de Texto

Fonte: Leiturinha1

C om base nos levantamentos de

Andreza de Freitas Mendes e
Silandra Badch Rosa da Universi-
dade ULBRA de Cachoeira do Sul in-
titulado: “A prática da leitura e da
escrita nos anos iniciais”, As referi-
das autoras chamam a atenção para
a importância da leitura e da escrita
nesta fase inicial da criança.
Segundo as referidas autoras
“os objetivos fundamentais deste pro-
jeto consistem em perceber a impor-
tância da leitura e da escrita na socie-
dade.”2
Dentro da perspectiva aborda-
da pelas referidas autoras, é impor-
tante salientar que fora realizado um
trabalho de observação tendo como
foco a participação das atividades
propostas, socialização e expressão
oral, contribuindo para o desenvol-
vimento do senso crítico e refle-
xivo.
Com base nos estudos das re-
feridas autoras, “o presente traba-
lho tem como principal enfoque o
tema “Despertando para a magia
da leitura e escrita”, que tem por fi-
nalidade motivar e desenvolver a
escrita e leitura de forma lúdica.”
idem ibidem.

1Retirado em https://leiturinha.com.br/blog/qual-importancia-da-leitura-na-educacao-infantil/.
2MENDES, Andreza de Freitas. ROSA, Silandra Badch. A prática da leitura e da escrita nos anos iniciais. UL-
BRA. Disponível em: file:///C:/Users/User/Desktop/Ibra/Prontos/Falta%20Receber/Lei-
tura%20e%20Produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20Texto/Lei-
tura%20e%20Produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20Texto.pdf. Acesso em: 14/07/2021. Pág. 02

4
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
De acordo com o estudo dessas
autoras, as brincadeiras e jogos rela-
cionados à leitura possuem a função
de educar a partir do momento em
que os professores fazem uma adap-
tação dessas ferramentas à prática pe-
dagógica, com o objetivo de melhorar
o processo de aprendizagem da cri-
ança.
As referidas autoras deste es-
tudo afirmam também que “as práti-
cas educativas devem ser unidas à
ludicidade, já que o lúdico é indis-
pensável na sala de aula.” idem ibi-
dem.
Elas reiteram que isso “favo-
rece a aproximação das vivências do
educando com a realidade educacio-
nal e favorece muito a cognição,
através das relações que o indivíduo
faz.” Idem, Ibidem. Pág. 03.
Com isso, “a ludicidade tam-
bém é responsável por ajudar o pro-
fessor na avaliação, pois é possível
avaliar o aluno de modo mais com-
pleto, através da observação nas áreas
cognitiva, afetiva, psicomotora e so-
cial.” Idem, Ibidem. Pág. 03.
Fonte: https://querobolsa.com.br/re-
vista/saiba-a-importancia-da-leitura-na-
educacao-infantil.
As referidas autoras mencio-
nam também em seu estudo uma
importante contribuição de Casta-
nheira, Maciel e Martins (2008,
pag.14), onde o referido autor in-
forma que:
“Em 1990, a Conferência Mun-
dial sobre Educação para todos,
a alfabetização passa a ser “en-
tendida como instrumento efi-
caz para a aprendizagem, para o
acesso e para a elaboração da
informação, para criação de no-
vos conhecimentos e para a par-
ticipação na própria cultura e
na cultura mundial nascente.”
Dentro destas reflexões levan-
tadas por este referido autor, elas sa-
lientam que “partindo do princípio
de que o conhecimento se cria na in-
teração social com outros seres hu-
manos, em espaço e tempo determi-
nado, deve-se estimular na escola
que é um espaço social a apropriação
de relações saudáveis.” Idem, Ibi-
dem. Pág. 03.
Assim, “as atividades meto-
dológicas devem beneficiar o de-
senvolvimento do educando de for-
ma significativa.” E que contribua
para “o desenvolvimento da auto-
nomia, não somente dentro como
fora da escola e que esses ensina-
mentos sirvam para a vida, visando
formar cidadão críticos, atuantes
na sociedade.” Idem, Ibidem. Pág.
03.
5
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
Fonte:https://www.somos-
par.com.br/importancia-da-leitura-
para-a-formacao-de-bons-alunos
Parafraseando com as autoras
deste estudo, Castanheira, Maciel e
Martins (2008, Pág. 16) afirma que
“o ato de ensinar a ler e escrever,
mais do que possibilitar o simples
domínio de uma tecnologia”. Casta-
nheira afirma que ele também “cria
condições para a inserção do sujeito
em práticas sociais de consumo e
produção de conhecimento e em di-
ferentes instancias sociais e políti-
cas”
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-
premium/bonitos-alunos-e-
professor-lendo-na-
biblioteca_3463445.htm.
Dentro destas assertivas le-
vantadas neste estudo, as referidas
autoras informam também que faz-
se necessário voltar o olhar para o
processo de alfabetização, desper-
tando nos educadores o interesse em
aprofundar seus estudos aliando
esse processo à função do lúdico, ob-
servando seus benefícios na apren-
dizagem das crianças e no desenvol-
vimento infantil.
Segundo elas, “há décadas que
muitos estudiosos no Brasil vêm as-
sinalando para a importância do
jogo como um ótimo instrumento
pedagógico e de grande valor social.”
Idem, Ibidem. Pág. 03.
Pois é “responsável por multi-
plicar as possibilidades educacio-
nais e auxiliar a assimilação pelo
educando dos conhecimentos neces-
sários à escola. Idem, Ibidem. Pág.
03.
Fator também de extrema
importância a ser ressaltado no tra-
balho realizado pelas referidas au-
toras deste levantamento é a meto-
dologia deste trabalho.
Segundo elas “foram desen-
volvidas uma série de atividades,
tais como: dinâmicas; brincadeiras
recreativas; trabalhos manuais
com diversos materiais, técnicas
artísticas, poemas, construção de
livrinho e maquete, músicas, ví-
deos e histórias, entre outras.”
6
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
As quais visaram “despertar
para a magia de ler e escrever, resga-
tando o valor da leitura como ato de
prazer, articulando teoria e prática.”
Para isso, “foram utilizados
muitos jogos lúdicos para desenvol-
ver a escrita e leitura, já que os jogos
são benéficos para a socialização das
crianças, abordando a interação en-
tre alunos/alunos e alunos/profes-
sora.”
Fonte:
https://aracelymaziero.com.br/titulo-do-
artigo-escrito-em-duas-linhas-2-copy-
copy-copy/.
De acordo com todos os crité-
rios levantados em torno deste es-
tudo, vale aqui ressaltar também os
resultados obtidos pelas referidas
autoras deste estudo.
Segundo elas “ao final da prá-
tica do Estágio Curricular Anos Ini-
ciais e ou EJA constatou-se que o
projeto teve resultados relevantes, já
3MENDES, Andreza de Freitas. ROSA, Silandra Badch. A prática da leitura e da escrita nos anos iniciais. UL-
BRA. Disponível em: file:///C:/Users/User/Desktop/Ibra/Prontos/Falta%20Receber/Lei-
tura%20e%20Produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20Texto/Lei-
tura%20e%20Produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20Texto.pdf. Acesso em: 14/07/2021. Pág. 04.
que os alunos desenvolveram todas
as atividades propostas com entusi-
asmo e interesse.”3
Realizou-se também “um pla-
nejamento com atividades diversifi-
cadas, evitando a rotina de utiliza-
ção de folhas prontas e impressas.”
Nestes termos, “através da metodo-
logia utilizada foram alcançados os
objetivos propostos, pois os alunos
se empenharam para desenvolver as
atividades.” Idem, Ibidem. Pág. 04.
Com isso, “as atividades práti-
cas são muito importantes para que
os alunos desenvolvam várias
aprendizagens, tornando-se signifi-
cativas para os mesmos.”
Assim, “essa experiência foi
valiosa e muito positiva, já que con-
tei com uma turma muito criativa e
resultados significativos no projeto
desenvolvido.” Idem, Ibidem. Pág.
04.
7
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

2. O ensino da produção de texto em perspectiva di-

alógica

Fonte: moodle.ifsc.edu.br4

D ando ensejo à temática pro-

posta da apostila, apresentare-
mos neste segundo tópico a impor-
tância da produção de texto dentro
de uma perspectiva dialógica. Este
material têm como base um impor-
tante estudo realizado por Antônio
Flávio Ferreira de Oliveira, Ilderlân-
dio Assis de Andrade Nascimento e
Maria do Socorro Pereira da Silva, os
quais o título deste tópico da apos-
tila dá direcionamento ao nosso ra-
ciocínio.
Com base nos estudos destes
autores: “a escolha dessa temática se
justifica devido ao fato de, através da
literatura da área, termos observado
vários problemas que são oriundos do
resultado de uma prática pedagógica
que ainda prioriza aspectos voltados
para o ensino de texto em perspec-
tiva monológica.”5
Isto é, “é realizado um ensino
caracterizado por usar o texto ape-
nas como pretexto para a demons-

4Retirada em: moodle.ifsc.edu.br

5OLIVEIRA. Antônio Flávio Ferreira de. Nascimento, Ilderlândio Assis de Andrade. SILVA, Maria do Socorro
Pereira da Silva. O ensino da produção de texto em perspectiva dialógica: Implicações para o Ensino Funda-
mental I. Disponível em: https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1065/522. Acesso em:
14/07/2021. Pág. 01

9
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
tração de categorias de níveis de lin-
guagem.” Idem, Ibidem. Pág. 01
Com base nesse raciocínio,
“para os ditames da sociedade hodi-
erna, essa prática dita tradicional se
faz desnecessária, visto que, hoje,
defende-se uma ideologia Pedagó-
gica compromissada com as práticas
de letramentos sociais.
Fonte:
https://frasesparastatusdowhatsappa.bl
ogspot.com/2019/03/poemas-cecilia-
meireles-infantil.html.
6OLIVEIRA. Antônio Flávio Ferreira de. Nascimento, Ilderlândio Assis de Andrade. SILVA, Maria do Socorro
Pereira da Silva. O ensino da produção de texto em perspectiva dialógica: Implicações para o Ensino Funda-
mental I. Disponível em: https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1065/522. Acesso em:
14/07/2021. Pág. 02
Para os autores deste estudo,
“não existe mais razão para, ainda,
trabalhar o texto como produto da
lógica racional do sujeito ou como
produto imanente da estrutura
linguística.”6
Eles reiteram que “o texto
precisa ser visto como algo de maior
alcance e como uma instância de
interação na qual se orquestram
vozes que são imbricadas nas ma-
terialidades linguísticas.” Idem,
Ibidem. Pág. 02
Com isso, “é preciso consi-
derar a construção de texto como
um processo que abrange valores
cognitivos, enunciativos, discursivos
e linguísticos.” Pois, “é através da
operação desses recursos que os
sujeitos, em contexto de interação
com outros sujeitos, criam/expres-
sam suas ideias em forma de texto.”
Idem, Ibidem. Pág. 02
Fonte:
https://fce.edu.br/blog/alfabetizacao-e-
letramento-na-educacao-infantil/.
10
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

Os respectivos autores deste Para os autores deste estudo,

estudo salientam que “ao pensar “essa relação de aproximação entre
isso como uma possibilidade de as demandas da escola e as da so-
prática educacional nas últimas ciedade ainda não acontece de mo-
séries dos anos iniciais, defende- do efetivo/adequado nos livros di-
mos que o texto deve ser apresen- dáticos.” haja vista “questões parti-
tado aos alunos como uma instân- culares que abrangem a formação
cia discursivo-enunciativa.” dos professores, as metodologias
Na qual eles podem “criar, or- aplicadas, as condições prévias da
ganizar e expressar o seu dizer. formação dos alunos etc.” Idem,
Para tanto, os textos devem ser Ibidem. Pág. 02
Para eles, “ainda é possível ver
introduzidos em razão das necessi-
na literatura crítica dessa área de-
dades comunicativas.” Idem, Ibi-
mandas pertinentes que decorrem
dem. Pág. 02.
da irrelevância social de atividades
Eles argumentam também
de produção textual propostas em
que esse fator pode ocorrer “tanto
alguns livros didáticos.” Idem,
do período escolar como das possi-
Ibidem. Pág. 02
bilidades de uso que são exigidas
desse aluno na sociedade.” Idem,
Ibidem. Pág. 02
Eles argumentam também
que esse fator pode ocorrer “tanto
do período escolar como das possi-
bilidades de uso que são exigidas
desse aluno na sociedade.”

Fonte:
http://www.objetivoesplanada.com.br/q
ual-e-a-importancia-da-leitura-na-
educacao-infantil/.

Assim, “a crítica acontece em

razão da falta de objetivo para o
Fonte: alcance de letramentos sociais.”
https://www.bbc.com/portuguese/brasil Mas principalmente, “pelo fato de,
-51682664.
nessas atividades, não serem con-

11
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
templados usos da linguagem que
possam alcançar o todo de sua
heterogeneidade como, por exem-
plo, o emprego de variações mais
informais do cotidiano.” Idem,
Ibidem. Pág. 02
Com base nas intenções dos
referidos autores deste estudo, o
intuito é observar a produção textual
em caráter dialógico, discutindo
suas características no ambiente
escolar e aspectos relevantes desse
processo.
Fonte:
https://www.nit.pt/cultura/livros/novo-
clube-leitura-miudos-conta-escritores-
famosos.
Seguindo a linha de raciocínio
dos autores deste estudo, “o texto
corresponde ao conjunto multisse-
miótico sob o qual se materializam
os pontos de vista dos seres hu-
manos.” 7
7 OLIVEIRA. Antônio Flávio Ferreira de. Nascimento, Ilderlândio Assis de Andrade. SILVA, Maria do Socorro
Pereira da Silva. O ensino da produção de texto em perspectiva dialógica: Implicações para o Ensino Funda-
mental I. Disponível em: https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1065/522. Acesso em:
14/07/2021. Pág. 03.
Este fator “institui a instância
material criada flexivelmente para
representar as ações do (inter) agir de
sujeitos, constituídos consciente-
mente pelas valorações das diversas
esferas da criação ideológica.”
Idem, Ibidem. Pág. 03.
Eles reiteram que “é no texto
que se evidenciam as primeiras im-
pressões do produto das atividades
humanas, visto que, nele, manifes-
tam-se a lógica do pensamento, as
emoções, as paixões e as articula-
ções das habilidades cognitivas.”
Idem, Ibidem. Pág. 03
Fonte:
https://moemaeregiao.com.br/2021/04/1
8/dia-nacional-do-livro-infantil-2021/.
Desta forma, “no texto, cruzam-
se pontos de vista, digladiam-se acor-
dos e desacordos, refutam-se ideias,
irrompem-se as mais variadas apre-
ensões das realidades do mundo.”
Idem, Ibidem. Pág. 03
12
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

Assim, “além do texto, não

existe outro lugar discursivo-enun-
ciativo para que se manifeste o mo-
dus operandi do ser/existir em devir
de sujeitos sociais.” Idem, Ibidem.
Pág. 03
Os autores salientam que
“nessa tônica, a concepção de texto
se funda na ideia de que o dizer hu-
mano é realizado sob a forma de
uma teia constituída de camadas.”
Idem, Ibidem. Pág. 03

Fonte:
https://lcoe.wordpress.com/2017/04/18/a
-leitura-tem-camadas-um-biscoito-
recheado/.

Fonte: Dentro deste material de estu-

https://lcoe.wordpress.com/2017/04/18/a-
leitura-tem-camadas-um-biscoito-
recheado/.
O autores deste estudo endos-
sam também que “há a camada se-
miótica que reflete a organização
dos elementos materiais da criação e
da expressão do pensamento.” E
também a “camada discursivo-
enunciativa na qual são tecidos os
elementos representantes do ser, do
tempo, do espaço, da ideologia e das
condições que determinam a forma-
ção e a produção do dizer.” Idem,
Ibidem. Pág. 03
do desenvolvido pelos respectivos
autores é preciso destacar também
que “os elementos que principiam
a dialogia no texto são representa-
dos pela coesão (que articula a
organização e a ordem das palavras,
sentenças, parágrafos no todo do
texto).” Idem, Ibidem. Pág. 03.
Também “pela coerência (que
orquestra a produção de sentidos do
texto pela relação entre sujeito e
mundo); pela aceitabilidade (que
trata dos acordos entre a relação de
conhecimento dos (inter) locuto-
res).” Pela “informatividade (que

13
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

principia a quantidade, a qualidade, Nesse sentido, esses sujeitos

o modo e a relevância da informação
no texto); pela situacionalidade (que
instancia o lugar, o tempo e a neces-
sidade comunicativa dos sujeitos no
texto).” E por fim, “pela intertextua-
lidade (que determina o diálogo en-
tre textos); e pela intencionalidade
(que trata da construção de sentido
do querer dizer do sujeito-produtor
no texto).” 8
produzem “enunciados concretos, a
partir da interação nas relações de
alteridade, como respostas avaliati-
vas que determinam a produção do
dizer, especialmente, criando pa-
drões flexíveis de organização da co-
municação.”

Fonte: https://jujubarte.com.br/blog/a-
importancia-da-leitura-no-
desenvolvimento-da-crianca/.

O referido autor deste estudo

afirma também que “a primeira con-
cepção (os gêneros do discurso) es-
tabelece o posicionamento teórico
para entender que a produção de
texto deve acontecer como uma ne-
cessidade de sujeitos.” Ele reitera
também que eles “usam a linguagem
em determinadas esferas ideológi-
cas da sociedade.” Idem, Ibidem.
Pág. 03.

8 OLIVEIRA. Antônio Flávio Ferreira de. Nascimento, Ilderlândio Assis de Andrade. SILVA, Maria do Socorro
Pereira da Silva. O ensino da produção de texto em perspectiva dialógica: Implicações para o Ensino Funda-
mental I. Disponível em: https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1065/522. Acesso em:
14/07/2021. Pág. 03.

14
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

3. A leitura dos clássicos da literatura infantil nos

contos atuais

Fonte: Nova Escola9

D ando ensejo à dinâmica ado-

tada na construção desta apos-
tila, apresentaremos neste terceiro
tópico um importante levantamento
realizado por Mariângela Polacchini
Zanella em seu estudo o qual recebe
o título deste terceiro tópico deste
material de estudo.
Segundo a referida autora, é
muito importante que o profissional
de educação possua o devido “conhe-
cimento das obras clássicas que, no
exercício de suas funções como edu-
cador, deve ser capaz de reconhecer,
dentro dos mais variados materiais
utilizados como instrumentos no pro-
cesso de ensino e aprendizagem, o ar-
cabouço de significações que cada um
pode conter”. 10

9 Retirado em: https://novaescola.org.br/conteudo/11820/como-trabalhar-classicos-da-literatura-no-ensino-

fundamental
10 ZANELLA, Mariângela Polacchini. A leitura dos clássicos da literatura infantil nos contos atuais. Disponível

em: http://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem08pdf/sm08ss06_09.pdf. Acesso em:

06/07/2021. Pág. 01

16
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
Neste sentido, “reconhecendo
e compreendendo as significações
de um texto dentro de sua época, de
seu contexto histórico, progredimos
para a intertextualidade nas leituras,
nos textos.” Idem, Ibidem. Pág. 01
A autora considera-se que a in-
tertextualidade poderá ser observada
tanto nas obras fictícias, quanto na
programação cotidiana como jornais
por exemplo, pois as obras literárias
sofrem influência pela época vivida e
pelo contexto do autor.
Fonte:
https://leiturinha.com.br/blog/os-30-
melhores-livros-infantis-de-2019/.
A referida autora do estudo sa-
lienta que “tendo como ponto de
partida uma inquietação pessoal em
relação às práticas de leitura atuais.”
A importância da intertextualidade
como forma de refletir situações e
acontecimentos que envolvem nossa
realidade, este trabalho realizado
pela referida autora teve como pre-
tensão “apresentar uma prática de
leitura baseada na experiência da
leitura como propõe Jorge Larrosa,
professor do Departamento de Teo-
ria e História da Educação da Uni-
versidade de Barcelona.”
Para tanto, “as obras escolhi-
das para estudo, uma clássica e uma
contemporânea, estão diretamente
ligadas à possibilidade de poder re-
lacioná-las.” Idem, Ibidem. Pág. 01.
Fonte: https://leituri-
nha.com.br/blog/os-30-melhores-li-
vros-infantis-de-2017/.
Segundo a autora deste estu-
do, “as obras em questão, O Pequeno
Polegar, de Charles Perrault, tradu-
zido por Maria Luíza X. de A. Borges
para o livro de título Contos de Fa-
das - edição comentada e ilustrada -
da Jorge Zahar Editora, publicada
no ano de 2004, no Rio de Janeiro”
; E, “a maior flor do mundo, de José
Saramago, da Companhia das Letri-
nhas, publicado no ano de 2001, em
São Paulo, têm a figura de um me-
nino e o trajeto por ele realizado em
comum, possibilitando um ponto de
17
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
partida para a análise pretendida.”
Idem, Ibidem. Pág. 01
A referida autora deste estudo
afirma que a experiência da leitura
se encontra atrelada aos sentidos, ao
efeito produzido no leitor durante a
apreciação do texto e que não serão
imutáveis, pois tais sentidos se mo-
vimentam devido à condição hu-
mana, sua vivência é única e podere-
mos sentir esses efeitos quando con-
seguirmos nos desfazer da leitura
mecânica.
Fonte:
https://www.uol.com.br/splash/colun
as/pagina-cinco/2020/10/27/com-
livros-ineditos-colecao-vaga-lume-
volta-a-emitir-alguma-luz.htm.
A autora deste estudo argu-
menta que “trata-se da capacidade
de penetrarmos no texto, de nos dei-
xarmos penetrar, interagir com ele,
dialogar”. Com base nesse raciocínio
ela apresenta em seu trabalho uma
11LARROSA, J. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
Pág. 101. Apud. ZANELLA, Mariângela Polacchini. A leitura dos clássicos da literatura infantil nos contos atu-
ais. Disponível
res/anais16/sem08pdf/sm08ss06_09.pdf. Acesso em: 06/07/2021. Pág. 02.
abordagem feita por J. Larrosa o
qual afirma que:
“O poema contém três elemen-
tos que poderiam ser significa-
tivos para uma imagem da ex-
periência da leitura. Em pri-
meiro lugar, a relação entre o
presente no texto e o ausente,
entre o dito e o não dito, entre o
escrito e um mais além da es-
crita: a leitura situar-se-ia jus-
tamente no modo como o pre-
sente assinala o ausente, o dito
aponta para o não dito, o sen-
tido se situa para além do es-
crito. Em segundo lugar, uma
inversão da relação entre o lei-
tor e o texto: não é o leitor que
dá a razão do texto, aquele que
o interroga, o interpreta e o
compreende, aquele que ilu-
mina o texto ou que dele se
apropria, mas é o texto que lê o
leitor, o interroga e o coloca sob
sua influência. Por último, o
texto como origem de uma in-
terpelação: a leitura seria um
deixar dizer algo pelo texto,
algo que alguém não sabe nem
espera, algo que compromete o
leitor e o coloca em questão,
algo que afeta a totalidade de
sua vida na medida em que o
chama para ir mais além de si
mesmo, para tornar-se outro.”11
Com base no argumento apresen-
tado por J. Larrosa, a referida autora
salienta que “é imprescindível pene-
trarmos no sentido do texto, consi-
derando que este sentido não é
em: http://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anterio-
18
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

único; conduzirmo-nos pela direção

que o próprio texto nos dá, por sua
própria razão, e, finalmente, deixar-
mos que esta leitura nos seja incor-
porada, sobreviva em nós.”

Fonte:
https://blog.estantevirtual.com.br/20
15/09/14/colecao-vaga-lume-a-
curiosa-historia-de-um-sucesso-
nostalgico/.

Neste sentido, conforme afir-

ma a autora deste estudo, “a experi-
ência pessoal do leitor, neste caso
específico a experiência da autora do
trabalho com as narrativas, torna-se
ponto de partida, pois se entende
que esta vivência confere sentidos à
leitura.” Desta forma, “foi percebi-
do, durante a análise dos textos,
uma certa similaridade entre as his-
tórias, concebendo porém variações
devido às circunstâncias em que
cada uma foi escrita.” Idem, Ibidem.
Pág. 02.

19
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
Materiais Complementares
A importância da leitura na educa-
ção infantil. Disponível em:
https://leituri-
nha.com.br/blog/qual-importan-
cia-da-leitura-na-educacao-infan-
til/. Acesso em: 14/07/2021.
A importância da leitura nas fases
iniciais da criança. Disponível em:
https://www.educamaisbra-
sil.com.br/educacao/noticias/a-im-
portancia-dos-livros-e-da-leitura-
na-educacao-infantil. Acesso em:
14/07/2021.
Ludicidade e Leitura. Disponível
em: https://querobolsa.com.br/re-
vista/saiba-a-importancia-da-lei-
tura-na-educacao-infantil. Acesso
em: 14/07/2021.
A importância da leitura para a for-
mação de bons alunos. Disponível
em: https://www.somos-
par.com.br/importancia-da-leitura-
para-a-formacao-de-bons-alunos/.
Acesso em: 14/07/2021
Professores e alunos lendo na bibli-
oteca. Disponível em: https://br.fre-
epik.com/fotos-premium/bonitos-
alunos-e-professor-lendo-na-biblio-
teca_3463445.htm. Acesso em:
14/07/2021.
Professor e Aluno lendo juntos. Dis-
ponível em:
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