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de cálculo
MARÇO 2015
Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário
CEC Projeto
Tel (16) 3101-5555 Edifício Antares Office - Rua Marcos www.cecprojetos.com
Markarian, 1025 - sala 405 - Jardim Nova
Aliança - Ribeirão Preto SP
Sumário
Sumário
Dados do contrato ............................................................................................................ 1
Pré-tratamento ............................................................................................................. 3
Pré-tratamento ........................................................................................................... 11
Resumo .......................................................................................................................... 26
Dados do contrato
Dados do contratante
Dados do cliente
Nome Prefeitura Municipal de Gavião Peixoto
CNPJ 01.559.766/0001-73
Contato Gustavo Martins Piccolo
Informações do empreendimento
Estação de tratamento de esgoto sanitário, a ser instalada no município do Gavião
Peixoto, SP. A ETE será instalada com objetivo de atender a demanda de todo o município.
O esgoto tratado será lançado no Rio Jacaré-guaçu. A ETE será instalada na Rodovia Copper
Tanuri, SN, Centro.
Pág. 02 Alternativa adotada
Alternativa adotada
Para determinação da vazão de projeto, foi considerado para final de plano o montante
de 5.015 contribuintes contribuindo individualmente com 160 litros de esgoto por dia, além de
uma rede com extensão de 25 km e taxa de infiltração de 0,2 l/s.km, totalizando 1234,4 m³
por dia de esgoto.
O sistema proposto é composto por módulos, sendo 7 módulos compostos por 7 UASBs
e 7 FAS (Filtros Aerados Submersos), cada módulo tem capacidade de tratar 180 m³/dia,
totalizando 1.260 m³/dia. Todo o efluente gerado no município será encaminhado para o
sistema, ou seja, todo o esgoto irá passa pelo sistema anaeróbio e aeróbio.
Os FAS, instalados já possuem decantador acoplado, portanto, não é necessário a
instalação de novos decantadores.
Após passar pelo FAS, o efluente tratado será encaminhado para o clorador, onde
haverá a desinfecção do efluente, com adição de hipoclorito de sódio, para lançamento no
rio.
Memorial Descritivo
Pré-tratamento
Gradeamento
O gradeamento é padronizado e composto por uma grade de barras médias e uma grade
de barras finas, feitas em aço inox, dispostas sequencialmente e com inclinação de 60º.
As dimensões, inclinação e o espaçamento entre as barras foram projetados de acordo
com as normas da ABNT, de modo a permitir o fluxo normal dos esgotos, com retenção de
material e baixa perda de carga.
A NBR 12.208/92 determina que unidades de pré-tratamento com vazão afluente igual
ou superior a 250 L/s devem possuir sistema de limpeza mecanizada das grades. Uma vez
que o presente projeto possui vazão máxima inferior a 250 L/s, optou-se pela limpeza manual
do sistema de gradeamento, visto que a mecanização deste processo acarretaria custos
elevados.
Estima-se que a composição do material retido na grade seja de 30% de papéis, 10%
de trapos e panos, 20% de materiais diversos e 40% de material volátil. Devido à quantidade
de material volátil retido no gradeamento, sugere-se que o mesmo seja removido diariamente
e exposto à luz para secar e, em seguida, encaminhado a um destino adequado.
Caixa de Areia
A areia contida nos esgotos é, em sua maioria, constituída de material mineral, mas
também contém reduzida quantidade de matéria orgânica putrescível, como: vegetais,
gordura, pêlos, cabelos, etc.
A remoção de areia (ou desarenação) tem por finalidade eliminar ou abrandar os efeitos
adversos ao funcionamento das partes componentes das instalações a jusante. A unidade
de remoção de areia é comumente chamada de caixa de areia ou desarenador.
Basicamente, a Caixa de Areia deve ser projetada para realizar as seguintes operações:
Retenção da areia com características indesejáveis ao efluente;
Armazenamento do material retido durante o período entre as limpezas; e
Remoção e transferência do material retido e armazenado para dispositivos de
transporte para o destino final, dotando de condições adequadas o efluente
líquido para as unidades subsequentes.
A inadequabilidade do projeto e a não obediência às recomendações técnicas
constituem as principais causas das perturbações operacionais ou mau desempenho das
unidades de pré-tratamento.
Pág. 04 Memorial Descritivo
A Caixa de Areia padrão possui formato retangular. Ela possui dois canais, sendo que
um deverá estar em operação enquanto o outro estará em limpeza ou em “stand by”.
Reator UASB
O reator UASB é um reator biológico anaeróbio que apresenta inúmeras vantagens,
dentre as quais se destacam: sistema compacto com baixa demanda de área; baixo custo de
implantação e operação e baixa produção de lodo.
A digestão anaeróbia é um processo bioquímico complexo, no qual diversos grupos de
organismos anaeróbios e facultativos assimilam e destroem simultaneamente a matéria
orgânica.
De maneira simplificada, o processo anaeróbio ocorre em quatro etapas, sendo que
diversos microrganismos estão presentes em cada uma destas etapas.
Na primeira etapa, a matéria orgânica complexa é transformada em compostos mais
simples como ácidos graxos, aminoácidos e açúcares, pela ação dos micro-organismos
hidrolíticos.
Na segunda etapa as bactérias acidogênicas transformam os ácidos e açúcares em
compostos mais simples, como ácidos graxos de cadeia curta, ácido acético, H2 e CO2.
Na terceira etapa, estes produtos são transformados principalmente em ácido acético,
H2e CO2, pela ação das bactérias acidogênicas.
Na última etapa os micro-organismos metanogênicos transformam esses substratos em
CH4 e CO2.
Em muitos reatores, observa-se que existem caminhos preferenciais do esgoto, que
fazem com que existam “espaços mortos” no interior dos reatores e que o Tempo de
Detenção Hidráulico (TDH) teórico seja distante do real. Estes caminhos preferenciais levam
a um fenômeno conhecido por “curto-circuito hidráulico”.
Os reatores UASB possuem um sistema que otimiza a distribuição do efluente,
aproveitando assim, todo o espaço existente no equipamento e fazendo com que o Tempo
de Detenção Hidráulico teórico seja próximo do real, aumentando sua eficiência.
Na parte superior do reator existe uma unidade destinada ao controle de vazão,
denominada limitador de vazão ou caixa de controle operacional – a CCO. Com isto, a vazão
que entra no reator é sempre constante, ou seja, não ocorre sobrecarga hidráulica ou
sobrecarga orgânica. O eventual excesso de efluente recalcado será encaminhado
diretamente para o FAS.
Os reatores possuem, em sua parte interna, um dispositivo denominado separador
trifásico. Nele são separados os sólidos, líquidos e gases presentes no efluente. Assim,
quando o efluente em tratamento passa pelo separador trifásico, tem-se que o lodo formado
é encaminhado para a parte inferior do reator, a parte gasosa é coletada por uma tubulação
específica e o efluente líquido, já clarificado, segue pela parte superior do reator anaeróbio.
Pág. 06 Memorial Descritivo
Destinação do lodo
Todo sistema de tratamento de efluentes tem como resíduo o lodo gerado dentro dos
processos de redução e remoção da carga orgânica do efluente bruto. Dependendo do
tamanho e do modelo do sistema utilizado, o lodo pode ser acumulado na própria ETE e
posteriormente descartado.
Dentre as alternativas, para as ETE de pequeno porte e baixa vazão, o lodo gerado no
processo pode ser acumulado dentro do UASB (reator anaeróbio) e posteriormente retirado
por um caminhão a vácuo devidamente licenciado. Para estações de maior porte e vazão,
devem ser previstas outras alternativas, pois a produção de lodo é muito maior, dentre as
quais se destacam as seguintes:
- Leito de secagem: estrutura mais comumente utilizada, possui funcionamento e
operação simples, mas tem um custo relativamente alto de implantação e pode requerer a
utilização de uma grande área para atender toda a demanda de lodo produzida.
- Filtro prensa e centrífuga: são equipamentos mecânicos que tem por finalidade reduzir
consideravelmente a quantidade de água no lodo. Apesar de possuírem alta eficiência e baixa
demanda de área, requerem operação especializada.
- Bag para lodo: trata-se de um sistema produzido a partir de mantas geotêxtis, trançadas
ou com microfuros por onde a água é drenada do sistema. Pode ser uma boa alternativa para
locais com pouca disponibilidade de área e de manutenção. Sua desvantagem fica por conta
da necessidade de substituir o sistema saturado por um novo periodicamente, o que pode
acarretar em altos custos de operação.
Pág. 07 Memorial Descritivo
Sistema de desinfecção
Embora o sistema de tratamento de esgoto projetado tenha elevada eficiência, a
concentração de coliformes totais no efluente ainda é superior ao limite permitido pela
legislação, por isso é necessária a adição de medidas com a finalidade de reduzir a contagem
de coliformes.
Para isso será instalado, após o tratamento biológico, um sistema de dosagem e mistura
do cloro com o efluente tratado. O sistema proposto será do tipo chicanas, com tempo de
detenção de 30 min, para que haja a redução da quantidade de patógenos no efluente final.
Pág. 08 Memorial de cálculo
Memorial de cálculo
Determinação da vazão do sistema
A determinação da vazão do sistema é realizada a partir da quantidade de contribuintes
individuais, ou seja, da população atendida, que pode ser limitada a um bairro, uma cidade
ou um empreendimento industrial ou comercial e do valor da contribuição, que varia em
função da característica do empreendimento e da condição social do contribuinte.
Pré-tratamento
Dimensionamento do sistema de gradeamento
Parâmetros utilizados para o dimensionamento
Área útil
Au
Com a área útil do canal, é possível determinar a seção do canal das grades. Será,
portanto, calculada a seção para as grades grossa (3 cm) e fina (1 cm).
S
Seção do canal para grade grossa
Au (área útil) 0,022 m²
Eficiência 82 %
Área ocupada (materia retido na grade) 0,50
S = Seção do canal 0,05 m²
A velocidade do canal das grades é determinada pela vazão do efluente e pela seção
do canal calculada anteriormente.
A caixa de areia deve ser dimensionada para possuir uma taxa de aplicação superficial
entre 600 e 1300 m³/m².dia. Para dimensionar as dimensões da caixa, será feito um cálculo
inicial com a taxa de 600 m³/m².dia e depois os valores adotados serão confirmados.
Portanto a taxa de aplicação da caixa de areia, em função das medidas adotadas será
de:
Confirmação da taxa de escoamento
Qmax = Vazão máxima horária 1876,3 m³/dia
C adotado 3 m
L adotado 0,6 m
Tx final 1042,4 m³/m².dia
Calha Parshall
A calha Parshall utilizada nesse projeto será a calha com W = 3 polegadas, devido a
vazão do sistema.
Determinação do rebaixo Z
Reator UASB
Dimensionamento
Os reatores UASBs, receberão todo o efluente gerado no município.
Volume do reator
UASB
Quantidade 7 unidade
Modelo UASB 175
Capacidade de tratamento 180 m³/dia
Determinação do volume do UASB
V reator 68 m³
Q média 180 m³/h
TDH* 9,07 horas
* valor recomendado >8 horas
Velocidade ascensional
Velocidade ascencional
Decantador
Área Superficial
Produção de lodo
Volume de lodo
Vazão de gás
O volume mínimo do leito filtrante pode ser determinado de duas maneiras, por meio da
carga orgânica volumétrica e ou por meio da taxa de aplicação superficial. As duas maneiras
serão calculadas abaixo e por segurança, será adotada a que apresentar o maior valor.
Todo o efluente irá passar pelos UASBs e pelos FAS, para efeito de cálculo, será
adotado que o UASBs, possuem uma eficiência média de 70% de remoção de DBO, fator
que será considerado para o dimensionamento do material suporte.
Para dimensionamento do sistema de aeração, será considerada a remoção de 50% de
DBO no UASB, com isso o sistema será dimensionado com uma certa margem de segunraça.
Vazão de ar necessária
Decantador secundário
Como já citado anteriormente o decantador secundário, fica localizado na parte superior
do reator FAS.
Área superficial mínima
Volume de lodo
Volume de lodo
Produção diária de lodo 1,06 m³
Produção mensal de lodo 31,76 m³
Pág. 23 Memorial de cálculo
Sistema de desinfecção
Como o destino do efluente será o lançamento em corpo d’água, é necessário realizar a
desinfecção do efluente para reduzir a carga de patógenos presente e minimizar o risco de
contaminação da população que entrar em contato com o rio.
O tanque de contato pode ser de várias maneiras, o mais utilizado é o tanque de contato
em formato de chicanas.
Volume de lodo
Produção diária 0,73 m³
Produção mensal 22,02 m³
Resumo
Gradeamento
Largura do canal 0,6 m
Extensão do canal 4,5 m
Tipo de grade grossa - espaçamento 3 cm
Tipo de grade fina - espaçamento 1 cm
Altura das grades 1,1 m
Caixa de areia
Largura do canal 0,6 m
Extensão do canal 3 m
Profundidade 0,3 m
Calha Parshall
Modelo 3 "
Rebaixo Z 0,07 m
Estação Elevatória
Volume 10,60 m³
Diâmetro 3,00 m
Altura útil 1,50 m
Reator anaeróbio - UASB
Diâmetro 3,8 m
Altura útil 6,00 m
Quantidade 7 unidade
Tempo de detenção 8,00 horas
Produção de lodo por reator 27,00 kgSST/dia
Produção de biogás 43,47 m³/dia
Eficiência calculada 76,75 0,00
Eficiência esperada 70%
Reator aeróbio - FAS
Diâmetro 3,8 m
Quantidade 7 unidade
Q ar - vazão de ar no sistema 12600 m³/dia
Volume de lodo produzido no sistema 5,14 m³/dia
Sistema de desinfecção
Volume 40,5 m³
N. de chicanas 18 unidade
Comprimento das chicanas 1,5 m
Largura 1,5 m
Tempo de detenção 42 minutos
Eficiência de remoção de DBO do sistema
Eficiência de remoção de DBO 90%
Pág. 27 Lista de equipamentos
Lista de equipamentos
Gradeamento
Grade grossa
Espaçamento 3 cm
Largura 0,6 m
Comprimento 1,1 m
Grade fina
Espaçamento 1 cm
Largura 0,6 m
Comprimento 1,1 m
Caixa de areia
Comportas
Quantidade 2 unidades
Largura 0,6 m
Comprimento 3 m
Medidor de vazão
Calha Parshall
Quantidade 2 unidades
Modelo 3 pol
Tratamento anaeróbio
UASB
Quantidade 7 unidade
Modelo UASB 175
Capacidade de tratamento 180 m³/dia
Escada de acesso ao tanque
Quantidade 1 unidade
Material Aço carbono
Acabamento Pintura eletrostática anti ferrugem amarela
Passarelas entre os UASBs
Quantidade 4 unidade
Material Aço carbono
Acabamento Pintura eletrostática anti ferrugem amarela
Queimador de gas tipo flare
Quantidade 1 unidade
Modelo Queimador aberto tipo Flare com ignição
Alimentação placa solar
Pág. 28 Lista de equipamentos
Tratamento aeróbio
Caixa de distribuição
Quantidade 1 unidade
Modelo 1 Entrada 2 saídas
FAS
Quantidade 7 unidade
Modelo FAS 175
Capacidade de tratamento 180 m³/dia
Soprador
Quantidade 2 unidade
Marca Vazflux
Modelo RNT 31.20 DN 100
Potência 20 cv
Vazão 12600 m³/dia
Pressão de serviço 7 mca
Bomba de descarte de lodo
Quantidade 14 cv
Marca Dancor
Modelo AAE 715S - 0,5 cv
Vazão 10,5 m³/h
Pressão de serviço 6 mca
Desinfecção
Bomba dosadora de cloro
Quantidade 2 unidade
Modelo Etatron
Potência 75 W
Vazão 5 m³/h
Pressão de serviço 15 BAR
Elevatória de efluente da centrífuga
Bomba submersível
Quantidade 2 unidades
Marca Schneider
Modelo BCS 220
Potência 1 cv
Pressão de serviço 9 0
Controle de nível Chave boia
Centrífuga
Quantidade 1 unidade
Marca Gratt
Modelo Gmt 230L
Potência 12,5 cv
Pág. 29 Informações da Empresa
Informações da Empresa
CEC Projeto
Edifício Antares Office - Rua Marcos Markarian, 1025 - sala 405 - Jardim Nova
Aliança - Ribeirão Preto SP
Tel (16) 3101-5555
www.cecprojetos.com
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ENG.RODRIGO COURI DE ALMEIDA
CREA 5060129299-SP
N° ART: 92221220150435938