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As falas reproduzidas
Este artigcr se utiliza das gravações dos diálogos n.o 62,255, 333 e 343, publicados em castilho
& Preti (orgs.) A linguagem falada cuba na cidotle de Sao Paulo Ditilogos entre dois ínforman-
-
Íes. São Paulo: T.A. Queiroz: FAPES| 1987, v. IL
EsruDos DE Lírrrcun OnnL E EscRtrA
29
Exemplo I
Ëxemplo 2
trocado... o valor de uma passagem por uma palestra a oito mil metros de altitude
... quando do vôo inaugural... da VASP para Manaus... ah o vôo do :: One eleven...
um dos:: diretores da companhia me propôs como:: forma de promoçâo... uma
passagem aérea gratuita... e eu disse a ele que só poderia aceitar se fosse possível
levar minha esposa tamBÉM... então ele disse que nessa circunstância para
justificar perante a companhia a ida... da minha minha esposa... eu teria qtte fazer
alguma coisa pela companhia... e... a/aquilo que o professor sabe fazer... ahn... única
e exclusivamente é dar aula... então ele pediu... que:: eu preparasse uma aula para.'.
apresentar aos passageiros através do... microfone de::... de bordo... (NURC/SR D2
255. llnnas tuJ-z+l
Exemplo 3
L2 em Flori/ em Florianopolis
t
L 1 em Florianópolis
32 Drruo pnrrr
Exemplo 4
L2 uns dois..' uns dois meses e eu vou tirar sua graça ((rindo))
você espera um
pouquinho que você vai saber se" ((rindo))
Ll se a Maria morreu ou não (NURC/SP D2 333,linhas 432_45)
iï'.:1ï.ff
T;iï:Jnl:i:r*:* j"rrameo,..ã"-,,ì*"-,,a,vez,asua
ção para elas, mostrando chega a chamar a aren-
que uma aÌreraç;t::-1i*"d:r
;i;.ï*::, "
n, o d er
",
rui u,, t". õ;,,,:l ï:l,ï:ffi:l I ï ï: :*,ï:ï ï;
Exemplo 6
E faciÌ de compreender
o mecanismo
( Goffman, r97 r), se observarm"r-n""'ï de preservaç ão da facedo narrador
de discriminação racial àr, ,"or"oïrãu*'rl"ï"J^sentimento
..",ru'. pll'irro, .,o
dizer' a entonação reproduzid.a,
". leito aeu" t;;'u;" dita, quer
responsabilidade do
..ro.rïï'reu caráter marcado e ressaÌva
n:ïu.do_. (p"Ì, ;";";, em a
ce que' no centro da parte, d.e vez que L2reconhe_
cidade "-rito pouca
gente ainda mora Iá
assim de nível
34 Drrrro Pnrrr
As falas pressupostas
Em outras ocasiões, o falante revela que possui recursos para suprir uma
participação que julga incerta ou insuficiente do ouvinte, na interação. Ou,
então, ele domina a tal ponto determinados momentos da conversação, que lhe
parece melhor, ao invés de entregar o turno, pressupor, ele próprio, ao falar, a
contra-argumentação do ouvinte. Esse fenômeno de antecipação do discurso
de outrem na conversação denomina-se fala pressuposta, que pode ocorrer na
narrativas ou em qualquer outïa parte da interação verbal.
As falas pressupostas podem vir antecedidas ou não de marcadores conyer-
sacionais de pressuposição, do tipo você pode dizer, se você disser, se eu falo, eu
diria, você diria, etc. e podem referir-se ao ouvinte, ao próprio narrador ou a
terceiros mencionados na conversação:
Exemplo 7
Exemplo 8
Ll você entendeu? não está um grau alto... está um grau sei lá... menoÍ... a taxa de
suicídio não aumentou mui::to mais?
L2 uhn uhn
Ll porque está num grau mais alto né?... você ficava repressivo assim
Exemplo 9
L2 (...) como eu tenho colegas que às vezes não dão um passo... com medo.'. às
vezes eles falam "não... eu tenho tantos filhos... minha esposa... pago aluguel...
poderá não dar certo e ali é um negócio incerto"... que eu acho que seria o tipo da
coisa errada né?... acho que apareceu uma oportunidade... deveríamos aproveitar...
L1 uhn uhn
L2 amanhã ou depoisvocê casavocêvai...ter mais responsabilidade mais... mais medo
Ll uhn uhn é porque você::
t
L2 mais medo
Ll você passa a pensar inclusive em função da sua família também...
L2 entende é mais medo porque você fala ( )"poxa se eu ficar desempregado por
tanto tempo... se eu não tiver uma certa reserva... como é que eu vou me
arrumat?"... (NURC/SP D2 62,1inhas 772-91)
-,,'
36 DrNo PnErr
discurso indireto: JE
S(
Exemplo 10 \b
Nota-se que L2, mesmo jogando com o discurso indireto na fala pressu-
posta do ouvinte, não deixa de responder contra-argumentando, o que de-
monstra o seu interesse em manter o domínio do turno (pelo menos num
momento da conversação em que vinha participando, em sobreposição, ten-
tando divergir das idéias do interÌocutor): "talvez... mas... isso não quer dizer
que o processo não val não vai ser transmitido"; "mas se isso não acontecer:: a
ligação vai ser mantida".
As falas pressupostas, conforme estamos vendo, não deixam de ser igual-
mente uma manifestação de poder na conversação, uma liderança de que o
falante não quer abrir mão na interação.
Em conclusão, pode-se dizer que, tanto as falas reproduzidas, quanto as
pressupostas constituem recursoso tipicamente expressivos, por meio dos quais
o falante dramatiza seus argumentos, buscando como um ator colocar em cena
certo evento acontecido ou que poderia ter acontecido. As estratégias de repro-
dtrzir, tanto quanto as de pressupor, dependem da situação de interação, do
tipo de interlocutor, do grau de liderança do falante, de seu papel social em
relação ao ouvinte, de sua capacidade inventiva, muito mais do que da capaci-
dade de memorizar os fatos oassados.
5
.
48
DrNo Pnrrr
Exemplo I
L1 e::: sempre... quem manda é::... (4 segundos)
os... a:::... - como é que se diz? ...(5
segundos) especulação imobiliária né? (Nuc/sB
343D2,linhas 7|-g,falante d,e26
anos, masculino)
Exemplo 2
Ll. a ganga regra geral::... (2 segundos) é::...(3
segundos) vemos ver se tem uma
coisa que::... (2 segundos) era uma espécie de
que se chama esse negócio aqui:: meu Deus
de de de de de de de de:: _
como é
do céu? (3 segundos) esta:::... ( 4
segundos) (NURC/SR 396 D2,rinhas 734-37, falante
de g"r anos, mascurino)
Ë,xemplo 3
L2 ai jánão sei já não entrei::.'. (2 segundos) porque
lá es/ éh:::... (2 segundos) tem os
kren-akarore não sei mais o que mai são,::...
iz segundor; t.ibo, urrià que têm mais
ou menos a mesma estrutura todos no no... AIto
Xingu eu acho baixo não sei... (2
segundos) e'.. (2 segundos) aí eu não entrei... (NunÕsp
343 D2,linhas 750_55,
falante de 26 anos feminina)
ll"1otot retirados do corpus NURC/SB publicado em castilho & preti (r987) . A linguagem
falada culta na cidade de são pauro - DìáIogos entre dois informantes.são pauro:
T.A. eueiroz:
FAPESP. v. II.
EsruDos DE Lírrrcun Onnt E Escntrn 49
2 O engate ocorre, quando o interlocutor' reconhecendo a estrutura que está sendo desenvolvi-
da pelo falante que está com a palavra' resohre completá-la, antes que ele o faça.
50
Dlruo PnErr
Exemplo 5
L2 quando ficou viúva... e::: mas você nao pagava porque
vovó tinha casas
depois... você cedeu a casa::... para o:::
o::...
t
L1
Macedo Soares
(NURC/SP 396D2,linhas 1097-1
100, falantes com mais de B0 anos)
Exemplo 6
Ll o rapaz iria iria iria tirar uma moça... ele
estava sujeito a levar uma tábua
mesmo...
Documentadora ((risot t
Ll estava sujeito a levar porque as moças... eram muito mais... mais:::... bom
costumes eram muito ma/ evidentemente os
Doc.
Ll muitomais
Doc. sei
Ll mais severos... do que hoje... (NURC/SP, idem, linhas 269_80)
Exemplo 7
L2 tinha uma uma
umas primas (NUC/Sp,
idem, linha 764)
Exemplo g
de corete
e:: nos no no no::::nos
.*i.,túïï:fïïï:*Jï,ïíï.ï,ïï#estão
te... (NURC/Sp, idem, tos assustados não
tinha qualquer toale-
linhas 6l_4)
Exemplo 9
Ll mesmo essas essas:::... firmas
como La Saison e ouftas...
(NURC/SB idem, ünha g9l
)
Exemplo l0
Llentão o guarda cívico quase
todos eles .r1l'-"flrrr eram:::...
QUAse Todos eram portugueses... (NURC/SR era::::... portugueses...
idem, Ìinhas 327_g)
as preposições,
interrompendo
3:.npOr
Há |4o/o de ocorrí3ncias na
g,uuuçao,."lïlï:ïïJ:t:Ë-"ïui,"po,i-
ção de:
52 Drno Pnrrr
Exemplo 1l
Ll nunca freqüentamos:: essas soirées assim de::... do Clube Internacional ou desses
cÌubes assim de... dos grã-finos (NURCiSR idem,linhas 508-10)
Exemplo 12
Ll essa guarda-civil que existiu até há pouco tempo... foi feita exclusivamente paÍa
recepções... e teatros... não tinha outra função ... depois passou a... a a a exercer
o::... a fiscalização de rua... (NURC/SR idem,linhas 331-5)
Exemplo 13
Ll ... houve a::... a invaSÃO:: de São Paulo... por...
por por pessoas:: não só de
fora... principalmente de fora... cresceu muito depois da guerra... imigração... e::::...
e do norte sobretudo do norte... (NURC/SP, idem, linhas 62I-5\
Exemplo 14
Llo:::: sírios já foram modificando um pocadinho o::... o o::: sistema de negócios
mas até mil novecentos e... e::: vinte::... (NURC/SR idem, linhas 672-4)
Exemplo 15
Ll por volta de mil novecentos e:::.. . talvez mil novecentos e::
L2 e vin::te...
t
Ll e TRInta e que começou com:: como... passou a a a ater tecidos... (NURC/
SP, idem, linhas 843-7)
Estrategias conversacionais
no
dialogo de ficção: em busca
de uma
teoria da "conversação fite raria"
permitem compreender
nt.r,i.i;;;;mentos que nos AU
merhor o p"rfiipsicológico
estado no diárogo, justificando dos interrocutores, seu reaÌ çÕ
as tecnicìs hngüísticas que empregam po
dar certos temas, influir para abor_
sobre o .;;r., reverar poder ou submissão,
dar rea_ exl
escondem;;;' de espirito
l,*l*t:*'J::,:;: -,,i,o air",entes do que
co1
Intervenções oportunas do
narrador. Ìan
recerosftaçosda,;,:";*;;:;,;ffi
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*11ÌlD narrador, dírante o rerato,' (urbano, ger
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tos pragmáticos fundamentais 2000:2r),eremen_
''|| para percebermo, ;;r;;ì;;ãï'.or,rr.rrucionais pel
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Este artigo decorre de um
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EsruDos DE Lírrrcun Onnl E EscRtrA 153
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Da mesma forma, no diárogo riterário,
o contexto e a qualificação das per-
sonagens poderão facilitar-nos
a compreensão da linguagem ut'izada.
mos' este fragmento de diárogo .- veja-
q.r., entre os vários interlocutores, um é
promotor público. Durante a interação,
que ocorre num salão de bilhar,
pretende valer-se de sua condição ele
profissional, para justifi.u. ua,
cometera e que resultaram na liberdade .r.udos que
de um criminoso:
Ex. 1
- Escravo da lei, fique sabendo. Firme, entende como é? Escravo da lei, fique
saben-
do. como é em cima do direito, percebe? Desde pequeno. A minha viáa é clara.
cabeça levantada, como desassombro, na trilha do ãever, ali na linha reta. com-
preende? Não ando seduzindo mulheres casadas-
- Como?
- É isto mesmo. Não vivo com saltos de pulga, ninguém encontra em mim rabo de
palha. Amigo de todos, mas com seriedade, sem maroteiras.
como foi pego de surpresa por foão valério, que já o provocara antes, pois
reconhecia nele um homem que se defendia mal, recorreu à acusação moral,
valendo-se de um conhecimento partilhado pelo interlocutor, embora só hou-
vesse suspeitas sobre o caso amoroso.
A sua constante referência à lei, ao direito, à sua condição de bacharel, sua
propensão para o discurso marcam bem sua linguagem como própria de um
homem que trabalha no júri.
Por outro lado, a provocação de João valério se deve menos ao seu senso de
justiça do que ao fato de o Dr. castro ser o futuro genro de Nazaré, seu conhe-
cido, que revelara em cena anterior, por meio de indiretas, ter conhecimento
de seu caso com Luísa. Não podendo vingar-se de Nazaré, passara a provocar
o
Dr. Castro.
vemos, pois, que o levantamento das variáveis socioculturais das persona-
gens' seu tipo psicológico (valério, poï exemplo, é um tímido e essa condição
se evidencia na sua insegurança e formas indiretas de acusação), bem como
justificativas de ordem pragmáticas, relativas aos fatos que lhe antecedem,
nos
permitem compreender melhor o comportamento verbal dos interlocutores.
Mas, ainda assim, é insuficiente para analisarmos as estratégias conversacio-
nais de cada um, durante a interação.
Além disso, é importante na interação que o falante conheça o estilo nor-
mal de seu interlocutor, isto é, o que pode ser esperado de sua competência
lingüística, baseado em conhecimentos anteriores do mesmo interlocutor. É
uma suposição, às vezes, mas lhe permite :utilizar certos recursos, como, no Ex l,
a ironia em relação aos valores morais do Dr. castro, no exercício de sua profis-
são, colocando em perigo suaface e colaborando para a sua disfluência na fala.
esrudam*,**ïiiïi1H;,ïn',',ïïï:'.H:J::ïï?'ïïïïiïï.ïtr:
nicativa; o encadeamento
de suas intervenções e aí
de estratégias de clnyeao estreitamente dependente
da paravra, de.um trabarho
permanente. (...) o dirilogo impÍcìto de negociação
é menos um intercâmuio
rrurãorrioso de informa_
ções do que uma rede flexíver nu quur
cada um tenta aprisionar
ciador.', (Maingueneau, seu co_enun_
1996:23) Ë nesses embates,
violência, os farantes tentam que podem chegar até a
evitar as ameaças de desvatoii
gem social na conversação, zação d,esua ima_
salvando ou_perden do a
& L*i";;i face,para usarmos
iirtt,que
a co_
;H'*:1ïïâï-*" reracionu uìi,,g,ug.- ao com_
U:n dos problemas que tem
merecid atenção por parte
AnáÌise da cànversação dos estudiosos da
refere-se às difer
várias persp".ti,uì de anárise
tem sido à-e-seeïç#Ìnï:iliï1ï.i:fï
139), mas hoje se insisre
na idéia a" uÃ-*ntinuum
ï#,,ili_
"mesmo porque existe entre, ;;;, modaridades,
uma irrãrmar que ,. up*i_JJu
formal que se aproxim,a "r.ritu
du r",itu, d"f""ã*g"
fara e uma fara
va' Assim, o que se pod
do tipo de situaçao comunicati-
e dizere q"" u ir.ri,a
formal ea fala informaÌ
os pólos opostos de.um constituem
contínuo, ao longo do qual
," ,ir""- diversos tipos
", em
ff Ïï,i:ïïï:3Ï,i:::l; ï:ïjïj*:' "*bo.u," .uit" raá, direrenças
mento na ríngua fatadae,,u ao pru,,"ju-
pectiva interacional em
e,.,ita.E;:ilr":::i*ï,ï:'ïeito
que se
De uma maneira gerar, lembru-o, au..r,rutÇi;J:::ï:#:.
coloca este estudo
EX.2
(Denunciados por uma carta anônima na verdade escrita pelo Dr. castro Luísa
- -
e /oão valério são forçados a separar-se. Adrião, que já se encontrava doente, tenta
o suicídio. Ferido gravemente, sobrevive apenas oito dias. Valério, ante a repercus-
são do fato, afasta-se da casa de Luísa por mais de dois meses. Reconhece para si
mesmo que o amor terminara e não sente mais vontade de reencontrar a amante.
Mas, instado por um amigo que conhecia o caso, resolve seguir seu conselho e pro-
por casamento a Luísa como forma de reparar-lhe os danos morais causados no
contexto da pequena cidade, onde a história se passa.
Procura-a, sem êxito, várias vezes. Ela sempre lhe dá uma desculpa para não recebê-
lo. Por fim, resolve tentar por uma última vez e ela dispõe-se a recebê-lo. valério
arrepende-se de ter ido e a surpresa da decisão de Luísa o deixa indeciso sobre as
EsruDos DE Lírrrcun ORAL E Escnrrn
161
Ref e
como ele caracterrzabem
Ainda podemos observar neste diálogo de ficção
se constrói com a colaboração de
am-
o "discurso a dois", em que todo o texto !
bos os interlocutores.
Deumaformageral,podemosdizerqueotextodefinebemasestratégias F::
vimos' procura Luísa constran-
conversacionais dos falantes' Valério' conforme
gido, porque realmente nào quer continuar
o relacionamento e utiliza uma
cujo signifìcado pode dar
dissimulação constante, com frases incompletas'
intenção é tet cetteza se Luísa quer
margem a várias interpretações, pois sua
apenas saber se valério irá res-
efetivamente continuai o caso. Luísa pretende
sentir-secomaseparação,nocasodeaindaamá-la'seuobjetivoéomesmo:
romperorelacionamento.Suaestratégiaconversacional,aprincípio,também
éadasondagem,depoistorna.Semaisdireta:advinhaasfrasesincompletasde
muda de estratégia e torna-se
valério e sua intenção. Descoberta a verdade, de
de ambos. E essa nova estratégia
clara edecisiva na análise dos sentimentos
interação'
Luísa deÍìnirá os rumos defìnitivos da
Emresumo,ValérioeLuísa,usandoestratégiasconversacionaisdiferentes'
sem conflito' A essa estratégia de con-
chegam a um objetivo final: a separação
versação,TânneneLakoffdenominamdesinonímiapragmática(..ousodedi-
fins semelhantes")'
ferentes artifícios lingüísticos pata alcançar
absolutamente banal, não pode-
Embora se trate de uma situação amorosa
mos deixar d. ,..oti.ter que este diálogo de ficção guarda muitas semelhan-
çascomafalanatural""""lu,sobmuitosaspectos'ousoperfeitodeestraté-
resultado desejado'
giu, .on r..racionais, com vistas a obter um
Considerações finais