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LITOSFERA
Prof. Giba
O tempo geológico tem início com a formação da Terra, há cerca de 4,56 bilhões de anos.
Durante esse tempo muitas mudanças ocorreram no nosso planeta, continentes se formaram,
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surgiram e desapareceram oceanos, o clima se modificou, surgiram e desapareceram várias espécies
de animais, etc.
O tempo histórico se inicia por volta de 2 milhões de anos quando apareceram os primeiros
ancestrais do ser humano. É o tempo no qual os seres humanos, podemos dizer assim, deixou
marcas. Ele é muito recente se comparado ao tempo geológico, o ser humano não assistiu grandes
alterações no planeta Terra, do ponto de vista geológico. Pois quando ele surgiu a configuração
geológica do planeta era praticamente a mesma.
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Uma diferença notável entre a Terra e os demais planetas rochosos é a variedade de formas
da superfície terrestre. A superfície de Mercúrio parece-se bastante com a da Lua, com extensas
planícies cravejadas por crateras. Marte apresenta feição desse tipo em parte de sua superfície, o
que se explica pela pequena densidade da atmosfera que o envolve. Vênus é predominantemente
recoberto por suaves planícies vulcânicas. Existem algumas grandiosas montanhas em Marte e
Vênus, maiores que as do Himalaia, mas não se observa nesses dois planetas o caleidoscópio de
formas de relevo que, quase por toda parte, caracteriza o nosso planeta.
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A estrutura interna da Terra não é conhecida por observações diretas, pois as perfurações
mais profundas, realizadas em programas de pesquisa geológica, não ultrapassam 15 quilômetros.
O que sabemos sobre a composição interior do planeta deve-se, essencialmente, ao estudo da
propagação das ondas sísmicas geradas pelos terremotos. Essas ondas são propagações de energia
que produzem vibração na crosta. Por meio de sismógrafos, é possível medir a velocidade de
propagação das ondas de energia dos terremotos.
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O manto é formado por
materiais silicáticos em estado
pastoso, chamado de magma.
Ocupa cerca de 80% do volume do
planeta e fica logo abaixo da
litosfera e chega até a 2900km
abaixo da superfície. Sua
temperatura varia de 100ºC, na
região em contato com a litosfera,
até a 3500ºC próximo ao núcleo. Estas diferenças de temperatura são responsáveis pelas correntes
de convecção formadas no manto, que vão provocar o movimento das placas tectônicas na superfície
terrestre.
Profundidade Temperatura
Camada Constituição Densidade
(km) (°C)
Crosta
SIAL 2,7 800
Superior
30 - 70
Crosta
SIMA 3 1.000
Inferior
Descontinuidade de Mohorovic
Silicatos de ferro
2.900 Manto de 3,3 a 5,5 2.000
e de magnésio
Descontinuidade de Wiechert-Gutenberg
Núcleo
5.100 9 a 11 3.000
Externo
Núcleo Níquel e Ferro
6.370 12 a 14 5.000
Interno (NIFE)
De acordo com determinadas teorias científicas, a crosta terrestre não é uma camada rochosa
inteiriça, e sim, fragmentada. A primeira teoria a defender essa tese ficou conhecida como Deriva
Continental. Exposta pela primeira vez em 1912 pelo geofísico e meteorologista alemão Alfred Lothar
Wegener (1880-1930), a teoria estabelece que continentes e oceanos estariam se deslocando "à
deriva". Wegener utilizava como evidência o contorno de continentes, que se encaixavam como um
grande "quebra-cabeças", como no caso do litoral do Brasil e da África Ocidental. Para ele, tal fato
não era mera coincidência, mas sim a prova de que, em um passado remoto, todas as terras emersas
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do planeta formaram um único continente, chamado Pangea ("Terra Total"), circundado por um
único oceano, denominado Pantalassa ("Mar Total").
Contudo, a comprovação das idéias de Wegener aconteceria somente na década de 1960, por
meio de pesquisas realizadas por geofísicos ingleses que analisaram e dataram amostras de rochas
e sedimentos recolhidos do fundo oceânico. Esses dados fundamentaram a chamada teoria da
tectônica Alfred Lothar global de placas, cuja tese propunha que as partes da crosta, denominadas
Wegener placas litosféricas ou tectônicas, "flutuavam" sobre o magma do manto, compreendendo
partes de continentes e o fundo de oceanos e mares.
Recentemente, a análise dos resultados de medições periódicas feitas por satélites artificiais
em órbita terrestre comprovaram os movimentos das placas litosféricas. Os dados indicaram um
processo extremamente lento de colisão ou afastamento, a uma velocidade média de 2 a 3
centímetros por ano.
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As rochas constituem a parte sólida do planeta e são compostas de um ou vários minerais. Os
minerais são compostos de elementos químicos. Certos elementos químicos podem ser encontrados
na natureza em estado puro, mas em geral eles se combinam formando os minerais. Como existem
muitos minerais diferentes, as diversas combinações e agrupamentos dão origem a uma grande
variedade de rochas.
Os metais fazem parte da composição dos minerais. As rochas magmáticas podem conter
minerais metálicos, formando jazidas importantes do ponto de vista econômico. O mineral do qual
se pode extrair economicamente um ou mais metais é denominado minério.
Qualquer rocha exposta à ação do vento, da chuva, da temperatura passa a sofrer a ação do
intemperismo, ou seja, do conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que provocam a
desintegração das rochas. Quando as rochas perdem a coesão, seus sedimentos passam a ser
transportados por diferentes agentes, como o vento, a chuva e a gravidade. Esse processo é
conhecido como erosão. A deposição desse material em outro ambiente é denominada
sedimentação.
As rochas sedimentares se formam pela deposição dos detritos de outras rochas, pelo
acúmulo de detritos orgânicos ou de precipitados químicos. Esses detritos são consolidados por meio
de cimentação natural, compactação por pressão ou reações químicas num processo conhecido
como diagênese, que transforma sedimentos inconsolidados em rocha sedimentar.
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As rochas formadas pelo acúmulo de fragmentos de outras rochas são denominadas rochas
sedimentares clásticas ou detríticas. Um exemplo é o arenito, formado pela deposição de areia. As
que se formam por meio de processos químicos, como as estalactites e estalagmites de cavernas,
são denominadas rochas sedimentares químicas. As que se formam a partir de restos de animais e
vegetais, como o carvão mineral, são as rochas sedimentares orgânicas.
A análise dessas rochas permite identificar condições e eventos que ocorreram no passado.
Por exemplo, a deriva dos continentes e sua colisão submeteram parte das rochas a pressões e
temperaturas elevadas.
As rochas se modificam com o tempo. O chamado ciclo das rochas se refere às diversas
possibilidades de formação e transformação de um tipo de rocha em outro. É um processo
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ininterrupto, que ocorre com os movimentos da crosta terrestre, com o vulcanismo, com o
intemperismo, com a erosão etc.
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