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são partículas que possuem spin inteiro (em unidades de ) e obedecem à estatística de

Bose-Einstein. Têm este nome em homenagem ao físico indiano Satyendra Nath Bose.

Exemplos de bósons:

• fótons,
• glúons,
• átomos de Hélio-4,
• bóson de Higgs.

[editar] Motivação
As partículas microscópicas exibem propriedades que, no começo do século XX,
motivaram o surgimento da mecânica quântica. O problema da identidade das
partículas, antes tido como ponto pacífico pela mecânica clássica, toma feição
inteiramente nova.

Duas partículas que podem ser distingüidas pela posição na mecânica clássica já não o
podem ser pela mecânica quântica. Isso decorre pela imprecisão inerente às medidas
efetuadas sobre os observáveis, que correspondem, grosso modo, à noção de
propriedade da mecânica clássica.

A imprecisão da mecânica quântica decorre do princípio da incerteza de Heisenberg,


que estipula restrição para a medição simultânea de propriedades incompatíveis,
que são aquelas que são relacionadas pelo princípio da incerteza.

[editar] Estatística quântica


Com o advento da mecânica quântica as noções de distinguibilidade das partículas
subatômicas e da ocupação de estados de energia sofreu sérias reformulações.

No começo do século XX, Boltzmann havia chegado a forma correta da distribuição do


número de partículas em função do nível de energia. Mas isso no âmbito da mecânica
clássica.

Contudo, principalmente com o surgimento da moderna teoria quântica, o conceito de


trajetória se torna seriamente prejudicado, quando não totalmente desnecessário e
contraditório.

Uma trajetória implica no deslocamento, no espaço (e é claro, no tempo) de uma


partícula, idealizada como um ponto matemático. Nesse sentido, uma trajetória física
corresponderia, na matemática, a uma curva suave e diferenciável, completamente
contínua em todos os seus pontos.

Porém, mesmo no trabalho de Einstein sobre o movimento browniano em 1905


(publicado juntamente com outros três trabalhos: sobre o efeito fotoelétrico, sobre o
calor específico dos sólidos e sobre a relatividade), esse cientista postulou trajetórias em
zig-zag, descontínuas em inúmeros (para não dizer infinitos) pontos, para as moléculas e
átomos, assim como também as partículas movidas, fossem elas partículas de pó, pólen,
dentre outras. Assim, ainda no cenário da física clássica, as trajetórias suaves já eram
admissíveis.

Com o entendimento trazido à luz pela interpretação do princípio da incerteza de


Heisenberg, e pela interpretação estatística da função de onda dada por Max Born foi
totalmente por terra a noção de que a partícula tinha trajetória definida.

Assim sendo, não se podem distinguir partículas cujas características sejam idênticas se
se aproximam muito uma da outra, porque então não se pode identifica-las pela
trajetória, já que para pontos muitos próximos, dependendo da velocidade, os pontos já
não são discerníveis. A relação matemática que rege essa indeterminação fundamental é
a relação da incerteza de Heisenberg:

[Xk,Pl] = i

onde Xk representa o operador posição e Pl representa o operador de momento linear

Dentro desse entendimento, a distribuição de Boltzmann não é mais válida, senão como
aproximação. Verificou-se que as distribuições válidas para partículas com carácter
manifestamente quântico, são as seguintes:

• Distribuição de Fermi-Dirac
• Distribuição de Bose-Einstein

A primeira é válida para partículas de spin semi-inteiro ( 1/2, 3/2, 5/2...),em unidades de
, ou seja, para os férmions, ao passo que a segunda é a distribuição válida para
partículas de spin inteiro (0,1,2,3...), ou seja, para os bósons, assunto deste artigo.

Pode-se explicar qualitativa e sucintamente, de forma simplificada, que os bósons


podem ter as suas funções de onda explicitadas separadamente em coordenadas
espaciais e nas coordenadas de spin. A função de onda para os bósons são funções
simétricas perante a inversão simultânea das coordenadas espaciais e das coordenadas
de spin.

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%B3son"
Bóson de Higgs
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Bóson de Higgs (ou Bosão de HiggsPortuguês europeu) é uma partícula elementar escalar
maciça hipotética predita para validar o modelo padrão atual de partícula. É a única
partícula do modelo padrão que ainda não foi observada, mas representa a chave para
explicar a origem da massa das outras partículas elementares. Todas as partículas
conhecidas e previstas são divididas em duas classes: férmions (partículas com spin da
metade de um número ímpar) e bósons (partículas com spin inteiro).

As massas da partícula elementar e as diferenças entre o eletromagnetismo (causado


pelo fóton) e a força fraca (causada pelos bósons de W e de Z), são críticas em muitos
aspectos da estrutura da matéria microscópica e macroscópica; assim se existir, o bóson
de Higgs terá um efeito enorme no mundo em torno de nós.

Até o ano de 2006, nenhuma experiência detectou diretamente a existência do bóson de


Higgs, mas há alguma evidência indireta de sua existência. O bóson de Higgs foi
predito primeiramente em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs, trabalhando as ideias
de Philip Anderson. Em 10 de setembro de 2008 entrou em funcionamento o Grande
Colisor de Hádrons, onde se espera encontrar a prova definitiva do bóson de Higgs.

Índice
[esconder]

• 1 Detalhes teóricos
• 2 Medidas experimentais
• 3 Alguns bósons
• 4 Ver também
• 5 Leitura adicional

• 6 Referências gerais

[editar] Detalhes teóricos


A partícula chamada Bóson de Higgs é de fato o quantum (partícula) de um dos
componentes de um campo de Higgs. No espaço vazio, o campo de Higgs adquire um
valor diferente de zero, que permeia a cada lugar no universo todo o tempo. Este valor
da expectativa do vácuo (VEV) do campo de Higgs é constante e igual a 246 GeV. A
existência deste VEV diferente de zero tem um papel fundamental: dá a massa a cada
partícula elementar, incluindo o próprio bóson de Higgs. No detalhe, a aquisição de um
VEV diferente de zero quebra espontaneamente a simetria de calibre da força
eletrofraca, um fenômeno conhecido como o mecanismo de Higgs. Este é o único
mecanismo conhecido capaz de dar a massa aos bóson de calibre (particulas
transportadoras de força) que é também compatível com teorias do calibre.
No modelo padrão, o campo de Higgs consiste em dois campos carregados neutros e
duas componentes, um do ponto zero e os campos componentes carregados são os
bósons de Goldstone. Transformam os componentes longitudinais do terceiro-
polarizador dos bósons maciços de W e de Z. O quantum do componente neutro restante
corresponde ao bóson maciço de Higgs. Como o campo de Higgs é um campo escalar, o
bóson de Higgs tem a rotação zero. Isto significa que esta partícula não tem nenhum
momentum angular intrínseco e que uma coleção de bósons de Higgs satisfaz as
estatísticas de Bose-Einstein.

O modelo padrão não prediz o valor da massa do bóson de Higgs. Discutiu-se que se a
massa do bóson de Higgs se encontrasse entre aproximadamente 130 e 190 GeV, então
o modelo padrão pode ser válido em escalas da energia toda a forma até a escala de
Planck (TeV 1016). Muitos modelos de super-simetria predizem que o bóson de Higgs
terá uma massa somente ligeiramente acima dos limites experimentais atuais e ao redor
120 GeV ou menos..

[editar] Medidas experimentais


A massa do bóson de Higgs não foi medida experimentalmente. Dentro do modelo
padrão, a não observação de sinais desobstruídos em aceleradores de partícula conduz a
um limite mais baixo experimental para a massa do bóson de Higgs de 114.4 GeV no
nível da confiança de 95%. Não o bastante, um pequeno número de eventos foi gravado
pela experiência do LEP no CERN que poderia ser como resultado de bósons
interpretados de Higgs, mas a evidência é inconclusiva. Espera-se entre os físicos que o
Grande Colisor de Hádrons, construído no CERN, confirme ou negue a existência do
bóson de Higgs. As medidas de precisão observáveis da força eletrofraca indicam que a
massa modelo padrão do bóson de Higgs tem um limite superior de 175 GeV no nível
da confiança de 95% até a data de março de 2006 (que usam uma medida acima da
massa superior do quark).

[editar] Alguns bósons


• Fótons, mediadores da interação eletromagnética;
• Bósons W e Z, mediadores da força nuclear fraca;
• Glúons, mediadores da força forte.

[editar] Ver também


• Modelo padrão
• Grande Colisor de Hádrons

[editar] Leitura adicional


• Y Nambu; G Jona-Lasinio (1961). "Modelo dinâmico das partículas elementares
baseadas em uma analogia com Superconductivity". I Phys. Rev. 122:345 - 358.
• J Goldstone, um Salam e S Weinberg (1962). "Simetrias quebradas". Revisão
física 127:965.
• P W Anderson (1963). "Plasmons, Invariance do calibre, e massa". Revisão
física 130:439.
• Um Klein e um B W Lee (1964). "Faz a avaria espontânea da simetria implicam
partículas da Zero-Massa?". A revisão física Letters 12:266.
• W Gilbert (1964). "Simetrias quebradas e partículas Massless". A revisão física
Letters 12:713.
• Peter Higgs (1964). "Simetrias quebradas, partículas Massless e campos do
calibre". A física Letters 12:132.
• F Englert e R Brout (1964). "Simetria quebrada e a massa de mesons do vetor do
calibre". A revisão física Letters 13:321.
• Peter Higgs (1964). "Simetrias quebradas e as massas de Bosons do calibre". A
revisão física Letters 13:508.
• G S Guralnik, C R Hagen e T W B Kibble (1964). "Leis globais do
Conservation e partículas Massless". A revisão física Letters 13:585.
• Peter Higgs (1966). "Avaria espontânea da simetria sem Bosons Massless".
Revisão física 145:1156.

[editar] Referências gerais


• O grupo de funcionamento do LEP Elétron
• Grupo dos dados da partícula: Revisão das buscas para bósons de Higgs
• A partícula Deus: Se o universo for a resposta. O que é a pergunta?, por Leon
Lederman, Dick Teresi, ISBN 0-395-55849-2 do hardcover, ISBN 0-385-31211-
3 do paperback, Houghton Mifflin Co; (Janeiro 1993)
• Os resultados de Fermilab estimaram a massa do bóson postulado de Higgs
• Física de Higgs no LHC
• A experiência de Quark prediz um Higgs mais pesado
• A partícula Deus e a grade por Richard Martin
• O bóson de Higgs pelo exploração do CERN
• Rádio 4 de BBC: Em nosso Bóson de Tempo "Higgs - a busca para a partícula
Deus"
Em busca da "Partícula de Deus"
Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/04/2007

Atlas era um dos titãs da mitologia grega, condenado para sempre a sustentar
os céus sobre os ombros. Aqui, Atlas é um dos quatro gigantescos detectores que farão
parte do maior acelerador de partículas do mundo, o LHC, que está em fase adiantada
de testes e deverá entrar em operação nos próximos meses.

LHC é uma sigla para "Large Hadron Collider", ou gigantesco colisor de prótons. Parece
difícil exagerar as grandezas desse laboratório que está sendo construído a 100 metros
de profundidade, na fronteira entre a França e a Suíça. A estrutura completa tem a
forma de um anel, construída ao longo de um túnel com 27 quilômetros de
circunferência.

As partículas são aceleradas por campos magnéticos ao longo dessa órbita de 27 Km,
até atingir altíssimos níveis de energia. Mais especificamente, 7 trilhões de volts. Em
quatro pontos do anel, sob temperaturas apenas levemente superiores ao zero
absoluto, as partículas se chocam, produzindo uma chuva de outras partículas,
recriando um ambiente muito parecido com as condições existentes instantes depois do
Big Bang.

Nesses quatro pontos estão localizados quatro detectores. O Atlas, mostrado na foto
nas suas etapas finais de montagem, é um deles. O Atlas, assim como o segundo
detector, o CMS ("Compact Muon Detector"), é um detector genérico, capaz de detectar
qualquer tipo de partícula, inclusive partículas ainda desconhecidas ou não previstas
pela teoria. Já o LHCb e o ALICE são detectores "dedicados", construídos para o estudo
de fenômenos físicos específicos.

Bóson de Higgs

Quando os prótons se chocam no centro dos detectores as partículas geradas espalham-


se em todas as direções. Para capturá-las, o Atlas e o CMS possuem inúmeras camadas
de sensores superpostas, que deverão verificar as propriedades dessas partículas, medir
suas energias e descobrir a rota que elas seguem.
O maior interesse dos cientistas é descobrir o Bóson de Higgs, a única peça que falta
para montar o quebra-cabeças que explicaria a "materialidade" do nosso universo. Por
muito tempo se acreditou que os átomos fossem a unidade indivisível da matéria.
Depois, os cientistas descobriram que o próprio átomo era resultado da interação de
partículas ainda mais fundamentais. E eles foram descobrindo essas partículas uma a
uma. Entre quarks e léptons, férmions e bósons, são 16 partículas fundamentais: 12
partículas de matéria e 4 partículas portadoras de força.

A Partícula de Deus

O problema é que, quando consideradas individualmente, nenhuma dessas partículas


tem massa. Ou seja, depois de todos os avanços científicos, ainda não sabemos o que
dá "materialidade" ao nosso mundo. O Modelo Padrão, a teoria básica da Física que
explica a interação de todas as partículas subatômicas, coloca todas as fichas no Bóson
de Higgs, a partícula fundamental que explicaria como a massa se expressa nesse mar
de energias. É por isso que os cientistas a chamam de "Partícula de Deus".

O Modelo Padrão tem um enorme poder explicativo. Toda a nossa ciência e a nossa
tecnologia foram criadas a partir dele. Mas os cientistas sabem de suas deficiências.
Essa teoria cobre apenas o que chamamos de "matéria ordinária", essa matéria da qual
somos feitos e que pode ser detectada por nossos sentidos.

Mas, se essa teoria não explica porque temos massa, fica claro que o Modelo Padrão
consegue dar boas respostas sobre como "a coisa funciona", mas ainda se cala quando
a pergunta é "o que é a coisa". O Modelo Padrão também não explica a gravidade. E
não pretende dar conta dos restantes 95% do nosso universo, presumivelmente
preenchidos por outras duas "coisas" que não sabemos o que são: a energia escura e a
matéria escura.

É por isso que se coloca tanta fé na Partícula de Deus. Ela poderia explicar a massa de
todas as demais partículas. O próprio Bóson de Higgs seria algo como um campo de
energia uniforme. Ao contrário da gravidade, que é mais forte onde há mais massa,
esse campo energético de Higgs seria constante. Desta forma, ele poderia ser a fonte
não apenas da massa da matéria ordinária, mas a fonte da própria energia escura.

Em dois ou três anos saberemos se a teoria está correta ou não. Ou, talvez, nos
depararemos com um mundo todo novo, que exigirá novas teorias, novos equipamentos
e novas descobertas.

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