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FICHAMENTO – Livros da disciplina de Geografia do Nordeste/

Capítulos de História Colonial: (1500 – 1800) – Capistrano de Abreu


Antecedentes indígenas: A quase totalidade do Brasil demora no hemisfério meridional,
e entre o Equador e o Trópico de Capricórnio alcança o país as maiores dimensões.
No início do texto, o autor destaca aspectos físico-naturais do brasil. Como: clima, solo,
vegetações, costa... (ver marcados)
Considerações físicas sobre o Rio S. Francisco (ver marcados no texto)
Primeiras populações: O povo brasileiro, começando pelo oriente a ocupação do
território, concentrou-se principalmente na zona da mata, que lhe fornecia pau-brasil,
madeira de construção, terrenos próprios para cana, para fumo e, afinal, para café. A
mata amazônica forneceu também o cravo, o cacau, a salsaparrilha, a castanha e, mais
importante que todos os outros produtos florestais, a borracha.
Modo de vida: Entre estes animais nem um pareceu próprio ao indígena para colaborar
na evolução social, dando leite, fornecendo vestimenta ou auxiliando o transporte;
apenas domesticou um ou outro, os mimbabas da língua geral -- em maioria aves,
principalmente papagaios, só para recreio. De caça e principalmente de pesca era
composta sua alimentação animal. Possuía agricultura incipiente, de mandioca, de
milho, de várias frutas. Como eram-lhe desconhecidos os metais, o fogo, produzido pelo
atrito, fazia quase todos os ofícios do ferro. A plantação e colheita, a cozinha, a louça,
as bebidas fermentadas competiam às mulheres; encarregavam- se os homens das
derrubadas, das pescarias, das caçadas e da guerra.
A respeito do modo de vida dos indígenas da época, olhar as marcações na página 22.
Animais: A fauna do Brasil é muito rica em insetos, répteis, aves, peixes e pequenos
quadrúpedes. São formas características as emas, os papagaios, os beija-flores, os
desdentados, os marsúpios, os macacos platirrínios. Na baixada litorânea, muitas formas
de moluscos, peixes e aves há comuns ao Atlântico do Sul; o colorido de alguns por tal
modo se assemelha à areia que custa descobri-los em repouso. A fauna da mata
apresenta, ao contrário, o colorido mais vistoso, principalmente nas borboletas, que às
vezes atingem tamanho enorme, e nas aves. A maior parte das espécies adaptou-se à
vida arbórea e algumas, como a arcaica preguiça, vão desaparecendo com as
derrubadas.

Fatores exóticos:
Ao começar o século XVI, Portugal labutava na transição da Idade Média para a era
moderna.
Igreja = PODER. A igreja dominava todos os sentidos da vida e da morte, temor à Deus.
A estrutura do PODER (três estados): IGREJA – REI – NOBREZA – POVO –
SERVOS E ESCRAVOS.
A prosperidade e o povoamento do Brasil provaram fatais a esta venerável instituição.
Por uma coincidência nada fortuita, reuniram-se as últimas Cortes em 1697, quando o
ouro das Gerais começava a deslumbrar o mundo, e só reviveram com a revolução
francesa, as guerras napoleônicas e a independência real do Brasil, depois de trasladada
para aqui a sede da monarquia portuguesa.
Português do século VX: BRUTO. Ao português estranho ao continente cumpre juntar o
negro, igualmente alienígena. A importação começou desde o estabelecimento das
capitanias e avultou nos séculos seguintes, primeiro por causa da cultura da cana, mais
tarde por causa do fumo, das minas, do algodão e do café. Depois da supressão do
tráfico em 1850, o café provocou deslocamentos consideráveis na distribuição interna; o
mesmo efeito produziu a Abolição.
Os primeiros negros vieram da costa ocidental, e pertencem geralmente ao grupo banto;
mais tarde vieram de Moçambique. Sua organização robusta, sua resistência ao trabalho,
indicaram-nos para as rudes labutas que o indígena não tolerava. Destinados para a
lavoura, penetraram na vida doméstica dos senhores pela ama-de-leite e pela mucama e
tornaram-se indispensáveis pela sua índole carinhosa. NEGROS: PRÓSPEROS.

Os descobridores
A posição geográfica de Portugal destinava-o à vida marítima, e data da dominação
romana o conhecimento de ilhas alongadas ao Ocidente.
Buscavam alcançar as “Índias” pelo mar. Portugueses: exímios navegadores
Vicente Pínzon e Pedro Álvares Cabral: Comandando uma armada de treze navios
partiu de Belém segunda-feira, 9 de março de 1500.
A partir da chegada dos portugueses ao Brasil, o autor trata de aspectos físicos do
território, como presença de animais, plantas, pessoas, água e metais preciosos.
Descreve desde o momento da chegada até os primeiros 10 anos após a chegada. Retrata
principalmente, o interesse de Portugal em prosperar suas riquezas a partir da
exploração dos territórios do litoral brasileiro, sobretudo, destaca a ação para a
exploração do pau-brasil no Nordeste brasileiro. Descreve a ação dos portugueses em
Pernambuco, Rio grande do Norte, Paraíba, Fernando de Noronha, Rio de Janeiro e
Cabo Frio.
Pau-brasil, papagaios, escravos, mestiços, condensam a obra das primeiras décadas.

Capitanias hereditárias:
Faixas de terra que o rei de Portugal, repartiu e dividiu entre a população portuguesa
com o intuito de povoar o território brasileiro. Tendo em vista a superioridade europeia,
o rei decidiu que a migração de portugueses garantiria, o povoamento e o
embranquecimento do povo.
Escrevendo a Martim Afonso de Sousa a 28 de setembro de 32, anuncia-lhe o rei a
resolução de demarcar a costa, de Pernambuco ao rio da Prata, e doá-la em capitanias de
cinquenta léguas: a de Martim teria cem; seu irmão Pero Lopes seria um dos donatários.
Os documentos mais antigos da doação das capitanias datam de 1534.
Donatários: provinham da segunda nobreza. No texto, o autor destaca algumas das
funções e também alguns privilégios dos donatários sob a terra.
calar-se entre um e outro pelo menos a distância de duas léguas; a redízima (1 10 da
dízima) das rendas pertencentes à coroa e ao mestrado; a vintena do pau-brasil
(declarado monopólio real, como as especiarias), depois de forro de todas as despesas; a
dízima do quinto pago à Coroa por qualquer sorte de pedraria, pérolas, aljôfares, ouro,
prata, coral, cobre, estanho, chumbo ou outra qualquer espécie de metal; todas as
moendas d’água, marinhas de sal e quaisquer outros engenhos de qualquer qualidade,
que na capitania e governança se viessem a fazer; as pensões pagas pelos tabeliães; o
preço das passagens dos barcos nos rios que os pedissem; certo número de escravos, que
poderiam ser vendidos no reino, livres de todos os direitos; a redízima dos direitos
pagos pelos gêneros exportados, etc.
As capitanias foram doze, embora divididas em maior número de lotes. Começavam
todas à beira-mar e prosseguiam com a mesma largura inicial para o ocidente, até a
linha divisória das possessões portuguesas e espanholas acordada em Tordesilhas, linha
não demarcada então, nem demarcável com os conhecimentos do tempo. Tacitamente
fixou-se o limite na costa de Santa Catarina ao sul, e na costa do Maranhão ao norte. A
testada litorânea agora dividida estendia-se assim por 735 léguas.
No texto (ver marcações), o autor traz os nomes dos respectivos donatários que
correspondem às capitanias. Ao todo, 12 capitanias foram distribuídas entre membros
da pequena nobreza. Francisco Pereira Coutinho e Duarte Coelho (ver no google).
LIVRO: GEOGRAFIA ECONÔMICA DO NORDESTE
1. O ESPAÇO NORDESTINO
1.1 O BRASIL E A GRANDE REGIÃO NORDESTINA
NE – Uma das grandes regiões geográficas do brasil. É mais próximo da África e da
Europa do que de outras regiões do país. = Facilidade de comércio exterior no período
colonial;
Inicialmente, a formação do NE era composta pelos seguintes estados: MA, PI, CE,
RN, PB, PE, AL e Fernando de Noronha. NORDESTE: OCIDENTAL (Composto
por PI e MA) – NORDESTE ORIENTAL (Composto pelos demais estados).
Intervenção do governo federal: Criação de órgãos que orientam o desenvolvimento da
economia, como por exemplo: SUDENE e o Banco do Nordeste. (PP Federais);
Atualmente, a região Nordeste compreende 9 estados e 18% do território nacional.
1.2 CONDIÇÕES NATURAIS DO NORDESTE
Relevos aplainados, com altitudes de 300 até 700 metros. Planaltos/ Cristas: grande
presença de serras/ rochas sedimentares: chapadas/ Escarpas de planalto: serras.
A distribuição do relevo, exerce influência sobre a vida humana/
Litoral nordestino: praias de barreiras (formação de falésias), praias largas
(deposição quaternária), costas baixas (mangue), recifes (que colaboraram para a
atividade pesqueira de famílias que ali habitavam). Possui um litoral diferenciado.
Condições climáticas: latitudes inferiores à 20° sul. Clima típico das regiões
equatoriais e tropicais/ clima sempre quente.
Climas do NE: a) quente e úmido – faixa costeira do MA, PI e CE; chuvas no verão;
b) quente e úmido – estação seca – Amazonas e porção ocidental do MA;
c) quente e úmido com chuvas no outono: MA, PI, BA.
d) quente com chuvas em todo o estado: BA
e) quente e semiárido: domina grande parte do sertão nordestino: PI, CE, PE, AL,
BA, PB e RN;
f) temperaturas elevadas e chuvas outono-inverno: porção oriental do NE;
g) clima tropical e de altitude: verões quente e invernos longos;
NE: Mosaico pedológico/ solos: vermelhos profundos, solos pedocais, aluviais e
coluviais, massapê e barro vermelho (cana de açúcar no NE), tabuleiros (solos
pouco férteis);
Vegetação: depende do clima e do solo/ floresta latifoliada equatorial (MA),
cerrados (PI e BA), cocais (MA, PI, CE e RN), mata atlântica (RN ao Sul do país),
caatingas (ocupam maiores porções do NE) e formações vegetais litorâneas.
1.3 AS SUB-REGIÕES E ZONAS GEOECONÔMICAS DO NORDESTE
IBGE – Dividiu o NE em mesorregiões e depois microrregiões
Geografia econômica: caracterizar regiões geoeconômicas: analisar a organização
do espaço dada pelo homem (produção, técnicas de exploração da terra, função
polarizadora dos principais centros urbanos, cidades que comandam a vida
regional).

As 5 sub-regiões geoeconômicas do NE: GUIANA-MARANHENSE, MEIO


NORTE, SERTÃO, AGRESTE E MATA, E LITORAL OCIDENTAL.

GUIANA MARANHENSE: Muito mais Amazônia que Nordeste/ fez parte das regiões
plano da SUDENE, vasta área do nordeste do maranhão, que é drenada pelos rios
Gurupi, Turiaçu e Pindaré, possui formas alongadas que partem do litoral ou da
margem de algum rio.
2 zonas geoeconômicas: 1 de povoamento antigo ao norte e povoamento recente ao
sul,
1: Alcântara, Viana, Guimarães e S. Bento: 1 fase – esplendor econômico
(esgotamento de recursos naturais) culminou na 2 fase: centros urbanos decadentes
2: cortada pelos cursos do Pindaré e Turiaçu/ primeira metade do séc. XX ocupada por
tribos selvagens que dificultavam a entrada do homem branco (preservação da área);
exploração – dificultada também pelas condições climáticas.
Auto- estrada Belém – Mearim (1973): migração e implantação de projetos agrícolas.
Cultura do arroz. Alimentação: caça e pesca; arroz torna-se produto comercial , e
dessa forma, os antigos centros urbanos são ignorados, e surgem novos núcleos que
dispõem de condições favoráveis e polarizam a economia regional . Pequenos polos
de crescimento. O povoamento é feito de forma predatória, saque aos recursos
naturais da região. Culturas: arroz – mandioca – banana. Agricultores: vida
miserável/ COMÉRCIO: ARMA DE CONTROLE ECONÔMICO E SOCIAL (nesta
sub-região).
MEIO NORTE: Povoamento: Antigo/ Compreende: parte do MA, quase todo PI, e
noroeste do CE. Vegetação: cocais e cerrado. Cocais: várzeas e vales fluviais;
babaçuais e carnaubais.
Economia extrativa: MA- extração do óleo do coco babaçu/ PI e CE- cera de
carnaúba. Essa sub-região se destacou no passado, ora por sua produção de arroz,
açúcar e algodão, atividades agrícolas, que em certos períodos, contribuíram largamente
para o povoamento do meio norte e exerceu influência sob a composição étnica da
população.
Importância de: Sobral, Parnaíba, São Luiz e Luiz Correa. (Ver marcados)
Divisão em Zonas: babaçu, carnaúba, pecuária, algodão e pecuária extensiva.
A divisão em zonas, não está ligada a existência suprema de um produto, mas sim,
ligada à importância econômica e a forma como marcam a paisagem.
Beneficiamento de produtos: desenvolvimento industrial de cidades como Parnaíba e
sobral. (Algodão e cera).
ALTO SERTÃO: PI e MA/ economia mais fechada e voltada apenas para a
agricultura de subsistência e pecuária ultra extensiva em campo aberto.
Pecuária: condições pouco econômicas/ Corrente, sul do Piauí – aglomerado
importante
Clima: semiárido. É a sub-região que mais representa o NE, estende-se desde o
litoral cearense até o norte de minas gerais, e ocupa metade do território nacional.
Nesta sub-região, é possível distinguir uma série de zonas: caatingas, cerrados, oeste
da bahia, várzeas dos grandes rios secos, serras frescas, margens do rio s.
Francisco, zonas de pecuária semi intensivas do sul da bahia e do norte de minas.
(VER MARCADOS)
Caatingas: grandes secas, grandes propriedades, baixa densidade demográfica, pecuária
extensiva e cultura do algodão.
Cerrados: economia de pecuária ultra extensiva e agricultura de subsistência;
imigração e disputa pela terra;
Várzeas: desenvolvimento de téc. Agrárias, relativa concentração populacional,
proximidade de centros urbanos, utilização de recursos naturais (transporte)
Serras: população, produção agrícola, industrias, café, cana, frutas e hortaliças. s.
Francisco: agricultura de vazante, produtos de rentabilidade, irrigação.
BA e MG: clima tropical, pastagens naturais, pecuária – padrões técnicos, produção de
carne.
AGRESTE: Pequena extensão/ elevada população/ RN até a BA \|/ porção oriental
da Borborema/ clima seco e úmido ao extremo/ identificar 3 tipos de zonas: brejo,
caatinga e agreste. Economia: agricultura, pecuária leiteira;
MATA E LIOTRAL ORIENTAL: sub-região mais importante do Nordeste/
compreende 5 capitais nordestinas/ aglomerados humanos – associado ao sistema
de plantations/ 3 – zonas: zona litorânea, canavieira, recôncavo baiano, e zona do
cacau/
Economia: coqueirais, canaviais, cana, lagostas, fumo, cacau;

2. POPULAÇÃO
2.1 POPULAÇÃO NORDESTINA E POPULAÇÃO BRASILEIRA
(Dados desatualizados, por isso, não é interessante fazer um resumo).
POVOAMENTO: POSIÇÃO GEOGRÁFICA E CONDIÇÕES CLIMÁTICAS.
3. EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS:
3.1 RECURSOS NATURAIS E EXTRATIVISMO
O que é extrativismo: o termo extrativismo é empregado para designar toda a
atividade do homem explorando os recursos naturais, sem que ele haja contribuído
para cria-los.
NE: extrativismo – mineral (pontos diversos), vegetal e animal (porção ocidental).
Extrativismo vegetal e animal: áreas subpovoadas e subdesenvolvidas;
3.2 O EXTRATIVISMO VEGETAL
Grande importância como atividade econômica/ importância de vários produtos
oriundos dessa atividade/ coco babaçu – MA/ várias formas de aproveitamento da
planta/ Dessa forma, MA é a civilização do babaçu/
Carnaúba: vales secos/ semiárido nordestino/ desenvolve-se nas várzeas pois necessita
de umidade nas raízes/ cera = indispensável/ mata ciliar/
Tucum: palmeira de pequeno porte muito abundante no MA e PI/
Caroá: fibras/ fabricação de cordas e estopas/ BA/ produz tecido, porém tecido fraco
sem estabilidade/
Oiticica: fruto semelhante ao coco/ planta semelhante a carnaúba/ CE, PI, PB.
Castanha de Caju: cajueiro – litoral nordestino/ RN, CE, PB, políticas para desenvolver
o cajueiro – embrapa? /
Produção extrativista: predatória
3.3 O EXTRATIVISMO ANIMAL:
CAÇA E PESCA/ tatus, pacas, veados e aves/ pesca: fluvial, lacustre ou marinha/
DNOCS: Introduz a piscicultura (introdução de peixes importados e de outras regiões).
Pesca marítima: estuários, litorâneas e alto mar.
3.4 EXTRATIVISMO MINERAL
Pequena expressão/ exploração de petróleo: MA, AL, SE, CE, RN;
Exploração de calcário/ sal marinho/ sal-gema/ minério de chumbo/ minério de
manganês/ cromo/ titânio e ouro/ estudo de prospecção de jazidas/

4. AGRICULTURA
4.1 A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA NORDESTINA
NE – Pequeno desenvolvimento industrial, e a agricultura é a principal atividade, neles
desenvolvida. A agricultura, se destaca como grande empregadora de mão-de-obra no
NE, considerando que a população rural, é maior que a urbana.
Grande contribuição à produção nacional (culturas alimentícias e industriais);

Principais produtos de exportação do NE: ALGODÃO, AÇUCAR, SISAL, FUMO,


CACAU E CERA DE CARNAÚBA; (1987);

Proálcool: programa de incentivo ao plantio de cana-de-açúcar, devido à crise do


petróleo;
4.2 OS SISTEMAS AGRÍCOLAS:
Consequência do sistema colonial – agriculturas de exportação e de subsistência/
C. de exportação: cana-de-açúcar e algodão; senhores de terras
C. de subsistência: mandioca, milho e feijão; escravos
Abertura de estradas – facilita comércio e acesso/ produtos: exportação e consumo
regional/
Distribuição dos sistemas agrícolas no NE: condições naturais, acessibilidade, e
momento histórico/ existem: monoculturas e policulturas/
SISTEMAS AGRÍCOLAS DO NORDESTE:
Culturas destinadas à exportação: CANA – localizada na faixa costeira oriental do
NE, áreas contínuas no litoral e nas matas de PE, RN, AL, PB . É cultivada nos
baixos cursos dos rios (SERGIPE) / (recôncavo da Bahia) / (cariri) / vales do Parnaíba/
Itapecuru – PROÁLCOOL/ INCENTIVOS/ favorece à concentração fundiária;
Fora esses lugares citados, a cana é encontrada em todo o Nordeste, destina a produção
de cachaça e açúcar/ trabalhadores assalariados/
CACAU – planta não muito comum em climas semiáridos/ Sul da Bahia/ cacau –
responsável pelo povoamento da área e pelo desenvolvimento de importantes centros
urbanos: ILHÉUS E ITABUNA/ é cultivada nas várzeas dos rios e nas encostas/ o
plantio do cacau, favorece uma distinção de classes, assim como a cana – grandes
proprietários e muitos trabalhadores, no período da entressafra, grande parte dos
trabalhadores perde sua remuneração, já no período das safras, é exigido uma grande
demanda de trabalhadores, o que provoca a necessidade de migrações de caráter
sazonal.
FUMO – colonial – usado como moeda de troca/ encontra-se com facilidade no
agreste/ condições pedológicas/ é aplicado à esta cultura o sistema de rotação de
culturas/
ALGODÃO – no Nordeste, são cultivadas as 2 espécies de algodoeiro: herbáceo
(maior área de expansão) e arbóreo (semiárido) / oeste do planalto da Borborema/
PB e CE/
Comercial – fazendeiros que associam à pecuária (recebem assistência técnica do
governo federal e estadual) / sob o controle de empresas estrangeiras e nacionais/
beneficiamento do óleo das sementes e da fibra/ produtividade no NE (inferior à
nacional) /
SISAL – Borborema e chapa diamantina/ PE e BA/ grande poder de expansão no NE –
adaptação aos climas quentes/ cultura feita por grandes e médios empresários/
Culturas destinadas ao consumo regional:
ARROZ – sequeiro (PI e MA), inundação (depressões inundadas do Parnaíba); a
cultura é desenvolvida por pequenos proprietários/ grande penetração no mercado:
preços baixos
COQUEIRO – feita em toda a orla litorânea/ se estende do maranhão até a Bahia/
foi introduzido pelos portugueses (Oceania) / uso do fruto- consumo e habitações
MILHO E FEIJÃO – Alimentos básicos da população brasileira/ agricultura de
subsistência, onde se comercializa os excedentes da produção/ milho- agreste e sertão/
feijão- necessidades especiais do solo/
MANDIOCA – base para alimento básico da população pobre – FARINHA/ se
expande por grandes extensões do Nordeste/ casa de farinha (tração manual, goma e
farinha);
4.3 OS GRANDES PROBLEMAS DA AGRICULTURA NORDESTINA
Os problemas da agricultura nordestina, são semelhantes aos problemas do restante do
país. Em alguns momentos, observa-se uma baixa produtividade quanto a relação
produção/área cultivada, ou produção/ trabalhador agrícola.
BAIXA PRODUTIVIDADE: Associado à exploração da terra/ resultado do sistema de
exploração da terra; a alta concentração de terras (problema/ brasil e nordeste)
Baixo nível técnico-cultural, concentração fundiária, e descapitalização da maioria dos
agricultores: CONTRIBUEM PARA A BAIXA PRODUTIVIDADE
O que falta? Preparo técnico e investimentos/ divulgação agrícola: termo utilizado
para destacar a preparação de técnicos, com conhecimentos e facilidade de comunicação
para que divulguem no meio rural as inovações que devem ser feitas, a fim de se obter
maior produtividade.
CRÉDITO AGRÍCOLA: (Carteira de crédito agrícola industrial CREAI – 1937):
beneficiou de fato, apenas os grandes e médios proprietários. Nordeste – não dispõe de
um banco (estrutura) que auxilie o agricultor. Agricultores – por muitas vezes, vendem
seus produtos para comerciantes. Dinamizar o movimento cooperativista.
2° dificuldade – baixo nível de mecanização – aumento do nível de trabalhadores –
dispõe de pouco recurso para bancar uma mão de obra mais qualificada/
3° dificuldade: condições naturais – nordeste possui áreas de grande declividade, o
que impede a utilização de máquinas, e também ao fato de que em algumas áreas do
sertão e do agreste a camada de solo pode ser pouco espessa o que provocaria uma
corrosão mais acelerada a partir do uso de máquinas.
4° comercialização: armazéns – pouco numerosos e mal localizados/ ação
cooperativista.
4. MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA:
Governo – solução de alguns problemas do Nordeste;
1877 – Primeira grande seca/ governo imperial nomeou uma comissão para estudar e
apresentar sugestões a respeito do problema. Estimulação da migração de nordestinos
para a Amazônia – trabalhar em seringais/
Período republicano: foram criados órgãos com a finalidade de tentar corrigir e
atenuar os problemas que afligiam a região. (Indução – problemas sempre de ordem
climática);
1999 – Gov. Nilo Peçanha – política de construção de açudes que serviam como
fornecedores de água a agriculturas irrigadas – IFOCS – Inspetoria de obras contra
as secas (Atual DNOCS); facilitar para a população o acesso à água no período das
secas;
Ação do DNOCS – Restrita a obras de engenharia e infraestrutura;
ESTRADAS – Contribuição para a MODERNIZAÇÃO/ INTEGRAÇÃO:
INTERIOR COM CAPITAIS/ facilitar a movimentação de pessoas e mercadorias/
1951-1960: duas grandes secas: 1952 e 1958/ evidenciar a preocupação do governo
federal com a região-problema/
1958- GTDN: Grupo de trabalho para o desenvolvimento do Nordeste: Celso Furtado:
ANALISAR AS CAUSAS DO SUBDESENVOLVIMENTO DA REGIÃO E
APONTAR MEDIDAS NECESSÁRIAS PARA COLOCAR NO CAMINHO DO
DESENVOLVIMENTO. Plano de ação e 4 diretrizes: intensificação de
investimentos industriais; transformação da economia agrícola da faixa úmida;
transformação progressiva da economia e das áreas semiáridas; deslocamento da
fronteira agrícola do Nordeste.
SUDENE: CRIADA PARA POR EM PRÁTICA OS PROJETOS
DESENVOLVIDOS PELO GTDN – EXERCUTAR PLANO DE AÇÃO/ fraqueza
do setor agropecuário: incapacidade estrutural e impacto das secas/ efeito das secas: NE
não tinha capacidade para gerar alimento – importações advindas de outras regiões/
SUDENE – desenvolver projetos no setor agropecuário= aumento de oferta de terras;
reorganizar as economias em áreas semiáridas; orientar a pesquisa agronômica;
Recomendações: traduziram-se na implantação de vários projetos: povoamento do
maranhão;
AMPLIAÇÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA: terras públicas em áreas úmidas
situadas próximas a centros urbanos;
PESQUISA- introdução de novas plantas e melhoria da produtividade das existentes/
1966- Comercialização e abastecimento de produtos agrícolas/ investimentos – visando
a melhoria dos sistemas de comercialização dos produtos agrícolas;
Indústria açucareira: GERAN (Grupo especial para a racionalização da agroindústria
açucareira no Nordeste) e o IAA (instituto do açúcar e álcool) – RACIONALIZAÇÃO
DA AGROINDÚSTRIA TRADICIONAL/
INCRA (Instituto nacional de colonização e reforma agrária): estudos nas áreas
prioritárias da RA e orientou programas de colonização.
MODERNIZAÇÃO DA AGRI – Não vem correspondendo aos objetivos visados/
PROJETOS DE M. A.= SUDENE limitou-se a instalar os projetos no MARANHÃO/
áreas irrigáveis a cargo do DNOCS/

5. PECUÁRIA
5.1. A IMPORTÂNCIA DA PECUÁRIA NORDESTINA:
Uma das principais atividades econômicas do Nordeste/ ocupa grandes funções na área
regional/ obtém grande participação na renda regional/
A pecuária foi responsável pelo do povoamento de grande parte da região
Nordeste;
Contribuição ao desenvolvimento de culturas de exportação: evolução econômica e
regional/ cana – recebia animais para o trabalho (tração animal) / (abastecimento de
carne)
Algodão: cultura associada à pecuária (algodão-gado-cereais) /
Áreas ocupadas pela pecuária: inteiramente pecuaristas/ subpovoadas/ capazes de
consumir sua produção/ pecuária ultra-extensiva/ substituição da ultra-extensiva –
pela pecuária associada à agricultura = população tornou-se mais densa/
Agricultura: serve alimento (subprodutos) para o gado – milho, feijão, algodão,
semente de algodão/ cultura de pastagens – poupa o gado de longas caminhadas e
melhora a alimentação do animal/ população – modo de vida rural: agricultura e
pecuária= subsistência/ pecuária-= oferta de emprego e mão de obra/ importância da
economia pecuária = participação significativa na renda regional/ pop. Pecuária=
bovinos no NE – pop. Elevada/ mais bovinos do que humanos = PI e BA – Estados de
pop pecuária mais importantes/ 2 tipos de gado: Gado GRAÚDO: alto valor, produtor
de carne e alta tração/ Gado MIÚDO: fornecedor de carne, peles e leite para a
população/
2. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS REBANHOS
Áreas de maior concentração de rebanho= elevada população pecuária/ condições
favoráveis ao desenvolvimento desta atividade – mercado consumidor acessível e
níveis técnicos mais elevados/
Atividade pecuária está sujeita a migrações sazonais/ concentração de animais em
áreas próximas a planícies inundáveis/ no texto o autor indica as localizações dos
rebanhos de gado: MA – baixada maranhense, região banhada pelo rio Tocantins/
PI – vale médio e inferior do rio Parnaíba, campo maior/ CE - porções ocidentais,
sopé das serras grande e Ibiapaba, vale do Jaguaribe/ RN – Vale do Apodi, Açu,
Seridó/ agreste dos estados orientais: RN, PB, PE, AL, SE – Condições favoráveis à
pecuária/
BA – Concentração de pecuária no NE/ encosta ocidental da chapada diamantina, baixo
rio Paraguaçu, médios vales dos rios contas e pardo.
Principais centros consumidores: Recife, Salvador e Fortaleza – transporte do
gado em larga escala = das áreas produtoras para as áreas comerciais/
Sergipe = pastagem para a engorda do animal requerido em outras regiões de criação
e destinado a centros consumidores/ FEIRAS DE GADO – CE e RN/ predominância
de pastagens naturais/
3. OS SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Variam de acordo com a região ou sub-região/ influência de diversos fatores: climáticos
– regiões úmidas são ocupadas pela agricultura, áreas menos úmidas: cerrados,
caatingas e pecuária/ rebanhos na área oriental da mata – canaviais, cacauais e arrozais/
rebanhos nas serras dos sertões/
Densidade demográfica: importação e exportação de culturas – expandir áreas
cultivadas/ limitações da área de pastagem – impedir que o gado ande muito
Disponibilidade de terras: migrações do gado/
Distância dos centros consumidores – facilidade de escoamento da mercadoria/
Desenvolvimento cultural e técnico da população – bom aproveitamento de pastagens
e boa qualidade do rebanho.
OS QUATRO SISTEMAS DE CRIAÇÃO:
1. ultra extensivo em campo aberto: primitivo/ latifundiários/ porção ocidental do
Nordeste/ baixo valor da terra e criação em campos cercadas/ alimento abundante na
estação das chuvas e escasso nas estações mais secas/ diferenças entre as migrações
sazonais: MA – úmidos e NE – secas/ migrações: gado de inferior qualidade/ sistema de
baixa rentabilidade/
2. extensivo em cerrados: propriedade cercada/ cercar áreas úmidas para o animal ter
acesso à água no período mais seco/ propriedades no agreste e no sertão/ oferece
vantagens sobre o solo/
3. semi-intensivo: áreas de condições mais favoráveis/ cercados e instalações/
alimentação servida em manjedouras/ triângulo leiteiro de Pernambuco/ construção de
silos trincheira/
4. estabulado (leite): proteger o gado com práticas sanitárias (vacinas e assistência
veterinária) / sistema em decadência/ sistema de semi-confinamento/
4. DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA

5. A SUDENE E O DESENVOLVIMENTO DA PECUÁRIA


Economia agrária – uma das maiores preocupações da SUDENE, no desenvolvimento e
execução de seus planos diretores/ reorganização da economia semiárida: investimento
a cultura do algodão, multiplicação de sementes selecionadas e pecuária bovina –
fomento a economia forrageira e aumento da oferta de água/ falta de recurso e esforço
dos órgãos = impediram o êxito dos programas/
1965- Extensão do setor agrícola: projetos agropecuários foram apresentados e
aprovados pela SUDENE/ problema: projetos de grandes latifúndios/
Mais projetos pecuários (bovinocultura, suinocultura e avicultura) do que
agrícolas (culturas mais tradicionais, apesar da inserção de novas espécies) /
PB, PE, BA e MG – estados mais beneficiados/ incentivos – APLICADOS e extensão
da atividade rural/
Nova república: SUDENE pretende beneficiar pequenos e médios projetos/ corrigir
distorções/

6. INDÚSTRIA
6.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS – INDÚSTRIA E ARTESANATOS
Importância da indústria na economia nordestina/ geradora de renda e fonte de emprego/
1967 – art. 34/18: atração de capitais/ 1970- Aumento significativo do número de
trabalhadores na indústria;
PE e BA: maior desenvolvimento industrial – indicam que o grande setor artesanal
também é importante, sobretudo como empregadora de mão de obra e abastecedora de
mercado regional. Artesanato – destina-se a atender um mercado local, utilizando um
mínimo de maquinaria e de técnica. Sua participação no processo de desenvolvimento é
precária. Mesmo absorvendo um alto contingente de mão de obra em toda região, ainda
permanece estagnado pela rigidez dos processos tecnológicos e operacionais, a par do
empirismo da organização empresarial.
Atividades artesanais são quase sempre tradicionais/ se originam na época colonial /
economia do interior mais ou menos fechada/ tendo se desenvolvido em função do
abastecimento de pequenos e médios núcleos populacionais/ tecelagem: BA, CE,
RN.
Cestaria e trançado: utilizam a palha de vegetais/ CE, MA, PE, PB.
Bordados de renda: Praias do nordeste/ labirintos/ CE e Baixo s. f.
Cerâmicas: confecção de louças de barro/ PE
Couro: acessórios e vestimentas/ devido a importância da pecuária/ CE, RN
Metalurgia: cutelaria/ PB
Artesanato ligado a produção de fumo, móveis e reparos/
NE: 2 fases de desenvolvimento industrial – 1 precedeu-se espontaneamente, sem
planejamento e feita por grupos econômicos locais, que utilizavam capitais que
dispunham/ estava ligada principalmente a produção agrícola regional.
2 – A partir de uma política de planejamento organizada e dirigida pela SUDENE,
visando transferir para o NE, capitais de grupos econômicos nacionais e
estrangeiros, instalados no sudeste do país. Recursos: produtos agrícolas e minerais/
INDUSTRIA TRADICIONAL: AÇUCAR, ALCCOL E TÊXTIL, e ÓLEO VEGETAL.
1985/6 indústria açucareira – PE, AL/ engenhos – CE/ 1882 indústria têxtil – algodão
egípcio – NE portos/ indústria de beneficiamento de óleos vegetais/
Indústria nordestina – em vias de diversificação/
6.2 OS GRANDES PROBLEMAS QUE DIFICULTAM O DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL
Grandes complexos industriais – se desenvolvem próximos a condições favoráveis/ no
caso, a proximidade de matéria prima, mão de obra, energia, dentre outros fatores/
Dispomos de grande quantidade de matéria prima – mineral animal e vegetal – que
poderia ser beneficiada para a indústria de bens de consumo/
Mão de obra – abundante em termos quantitativos, porém a indústria moderna emprega
pouca mão de obra. Deve salientar-se a baixa qualificação da mão de obra/
Energia – até a década de 1970/ fator importante ao desenvolvimento industrial.
Construção de usinas hidrelétricas beneficiaram o desenvolvimento da região/
Transportes: deficiência na área/ portos facilitam a entrada e saída de mercadoria/ setor
ferroviários – deixa a desejar/ as estradas de ferro possuem rotas limitadas – 1955 pós-
guerra/
Aeroportos: grandes centros industriais – recife, salvador e fortaleza/
A preocupação da SUDENE, foi criar um mecanismo que facilitasse a aplicação de
capitais do sudeste no Nordeste.
Artigos: 34/18: os débitos oriundos de imposto de renda poderiam ser reduzidos à
metade se os devedores se comprometessem a emprega-lo em empreendimentos, a
princípio industriais e também agrários no NE. A aplicação do dinheiro seria feita em
estabelecimentos oriundos de projetos aprovados pelo corpo técnico da SUDENE.
Mercado consumidor: grande problema que entrava o desenvolvimento regional –
baixa renda per capita da região. Mais da metade da população do Nordeste, está
abaixo da economia de consumo.
6.3 A SUDENE E A POLÍTICA DE INDUSTRIALIZAÇÃO:
Política desenvolvimentista da SUDENE – INDUSTRIALIZÇÃO
Sua ação: atração de capitais (34/18), e no desenvolvimento de uma política de
planejamento. Equipe técnica da SUDENE afirma que qualquer projeto só goza dos
benefícios se admitir sua viabilidade econômica.
ATIVIDADES INDUSTRIAIS MAIS BENEFICIADAS MAIS ATINGIDAS PELA
POLÍTICA DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA SUDENE: BENEFICIAMENTO DE
PRODUTOS AGRÍCOLAS, (cana, algodão, sisal, mamona, mandioca, café, carnaúba).
Outra crítica: a forma como foram implantados os projetos. Valorizando algumas
cidades: Salvador, Recife e Fortaleza. Essas grandes cidades, concentravam os projetos
de desenvolvimento. Surgiram então, planos de desenvolvimento que vieram para
auxiliar nessa distribuição.

7. COMÉRCIO
7.1 A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIO NA ECONOMIA REGIONAL
Colonização nordestina – economia de exportação/ NE – desde o início, desenvolveu
atividades comerciais intensas/ destacou-se como: exportadora de pau-brasil, açúcar,
peles, algodão, fumo e posteriormente, cera de carnaúba, cacau, sisal.
Sistema econômico responsável pela ocupação regional: voltado para o mercado
externo, e se concentrava em porções mais desenvolvidas economicamente – São Luís,
Fortaleza, Recife e Salvador.
Caráter aberto da economia regional: importância de atividades agrícolas de
subsistência, tendo em vista que havia dificuldade de escoamento de produtos devido ao
alcance das estradas de ferro. Comunidades mais distantes – encontravam unidades
voltadas inteiramente para o consumo.
O comércio nordestino é dividido em quatro grandes categorias:
Local, intra-regional, inter-regional, internacional.
7.2 O COMÉRCIO LOCAL:
População rural: expressiva/ em áreas mais afastadas, dominam atividades realizadas
por pequenos proprietários/ Esse fato, e a ausência de uma moderna estrutura de
comercialização fazem com que haja intensa atividade comercial de importância local.
Movimento cooperativista (produtores e agricultores) / ao lado de pequenos e médios
estabelecimentos comerciais, aparecem as feiras, como um ponto de encontro entre o
meio rural e urbano. As feiras se localizam, sobretudo no agreste e no sertão/
importância local e inter-regional: Caruaru, Campina grande, Feira de Santana.
7.3 COMÉRCIO INTRA-REGIONAL:
É o comércio realizado entre várias regiões e sub-regiões/ região litorânea produtora
de coco/ mata produtora de açúcar, álcool e cachaça/ agreste produção de leite,
carne, algodão, cereais, sisal/ sertão carne e algodão/ meio-norte algodão, cera de
carnaúba, babaçu.
Produtos industriais: centros urbanos (concentração) / grande importância do comércio
intra-regional/ exemplo do gado e feiras de gado (comércio intra)
BA e CE – Abastecem a região de petróleo, pois são os únicos estados que dispõem
de destilaria de petróleo/ PE – Açúcar, álcool, cimento, tecidos/ CE – Óleos
vegetais, couros e peles, carne e algodão/ PB – Algodão e minérios/ AL – Açúcar e
fumo/ RN – Algodão, gado e sal/ PI – Gado/ MA – Arroz/
7.4 COMÉRCIO INTER-REGIONAL
Relações com as demais regiões do BR, intensas/ NE- Fornece ao sul e sudeste,
matérias primas, produtos primários e maquino faturados.
Produtos fornecidos: açúcar, gipsita, jaborandi, algodão e sal marinho.
NE – Destacou-se como exportador/ óleo de babaçu, fibra de caroá, casca de anjico,
castanha de caju, cera de carnaúba, óleo de oiticica, abacaxi, arroz, cacau, cebola, coco,
óleo de mamona, fibra de sisal, e minérios/ alguns produtos tem maior importância do
que outros/ para outros países: tecidos, papel, papelão, fósforo, perfumaria, produtos de
vidro, entre outros.
Importância dos grandes centros urbanos: Recife e Salvador.
Abertura de grandes estradas que ligam o sudeste ao NE: fortalecem o comércio inter-
regional, de forma que as relações comerciais, se realizem entre a grande metrópole
nacional e os pólos sub-regionais do NE/
7.5 COMÉRCIO INTERNACIONAL:
Tem grande importância para a região/ texto explica a importância de portos e
aeroportos (voltar no texto para ver os exemplos).
8. TRANSPORTES
8.1 A EVOLUÇÃO DOS TRANSPORTES DO NORDESTE
NE – Ciclo do açúcar – ocupação na faixa litorânea – existência de portos naturais
Esse capitulo fala, basicamente, sobre estradas.
Estrada de ferro de sobral – 1881/2
Estrada de ferro de Baturité – 1882
Natal e nova cruz – 1882
Ferro cond’eu – 1889
Recife ao são Francisco – 1862
Palmares Guaranhuns – 1887
Recife e limoeiro – 1881
Recife caruaru – 1887
Paulo afonso – 1881
Central de alagoas -
Bahia ao s. f. – 1860
Central da Bahia- 1881
Santo amaro – 1883
Bahia – Minas – 1882
Recife e salvador – Começaram a construir suas ferrovias nos anos 50 e 60/
Tendência a se formarem 3 redes: Fortaleza, Recife e Salvador/ companhias inglesas se
desinteressaram por conta do alto valor das obras e baixo valor dos produtos/
IFOCS – DNOCS; Ajudou a construir rodovias no sertão
1 – período pioneiro: 1912-30 construindo primeiras estradas
2 – período terraplanagem mecanizada: 1931 – 46 condições técnicas razoáveis
3 – lei joppert: 1946 -59 eficiencia técnica
1951- DNOCS planeja a abertura/construção de oito troncos ferroviários de
grande importância econômica para a região/
NE – Possui estradas pavimentadas, facilitando o transporte de produtos

9. DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO DO NE
9.1 CARACTERÍSTICAS DO SUB-DESENVOLVIMENTO
Região de povoamento antigo e elevada densidade demográfica/ sudeste – supremacia
nacional: ocasionou grandes desequilíbrios regional em decorrência de migrações
(polarização das áreas) / brasil dispõe de 2 tipos de sub-desenvolvimento: regiões
subpovoadas e superpovoadas/ luta contra o subpovamento no NE
9.2 A LUTA CONTRA O SUB-DESENVOLVIMENTO
Séc. passado, preocupação com problemas nordestinos/ grande problema do NE:
SECAS
IOCS/ IFOCS: 1909 – contratou grande número de técnicos e realizou série de estudos/
Seca/ construção de estradas e açudes/ DNOCS – 1945: não desenvolveu um estudo de
aproveitamento das águas dos açudes em áreas passíveis de receberem irrigação/
mínima utilização dos açudes/ erro do dnocs: pensar que o problema do NE era
estritamente o clima, e não a economia.
Seca de 1952 – fez o governo enxergar que o problema do NE não era apenas físico/
cria o BNB e o polígono das secas
Uma política de desenvolvimento econômico do NE – celso furtado – GTDN
CODENO – começo de 1959 coordenar e executar os projetos/ SUDENE - 1959
Ação da SUDENE (ver no texto)

O NORDESTE E A QUESTÃO REGIONAL:


1. O Nordeste e a questão regional – O que é o Nordeste?
Existe uma região nordestina = afirmação relativamente nova/ tendo em vista que: a
região nordeste possui subdivisões em sub-regiões, e as sub-regiões divididas em zonas;
Subdivisão da região Nordeste em sub-regiões => subdivisão das sub-regiões em
zonas

NE – É diferenciado, e cada estado possui particularidades, o que não permite uma


paisagem, clima, relevo, hidrografia constante/ por isso o conceito de região
administrativa é equivocado/
Contexto histórico: Império e 1 República= os estados do NE eram chamados de
NORTE, reforçando a concepção de que o BR poderia ser facilmente dividido em 2
porções, a porção norte e a porção sul.
Primeira República= dividir o pais em regiões – para fins administrativos
(federalismo?)
Para delimitar as regiões= era necessário atentar para determinados elementos que
contribuíam para esta divisão.
Divisão oficial do país= 1941, pelo IBGE, que foi criado pelo governo Vargas.
Política federal buscava diminuir a autonomia dos estados e procura fazer uma
integração nacional – fortalecimento do poder central/
As REGIÕES= serviriam para basear ações administrativas e estatísticas, formando
unidades intermediárias – país e estados/
DIVISÃO REGIONAL= levava em consideração principalmente as condições
naturais/
NE – Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas,
Sergipe, Bahia/ 9 Estados/
2 Guerra Mundial- governo brasileiro atentou para problemas de planejamento – 1% da
renda nacional para o desenvolvimento do vale do são Francisco/ 1946
1952 – 1° Grande Seca= provocou grandes apreensões sobre a problemática
Nordestina/ Governo federal lança um programa para a região ser executada pelo BNB
– banco do NE do Brasil – no qual: deveria atuar na área sujeita a secas, e por isso
foi determinado um polígono de atuação: se expandia por SE e BA e compreendia
parte de MG/ NE- maior porção da área da Bacia do S. Francisco/
1958 – 2° Grande Seca= Comissão que desenvolveria a Operação NE (OPENO) – gov.
federal/
GTDN – Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do NE – elaborou um
diagnóstico sucinto da região, demonstrando que o grande problema da região não
era de ordem climática, mas de ordem ECONÔMICA. A região se encontrava em
atraso perante as outras regiões/ região mais pobre – subsidiar o desenvolvimento
das regiões mais desenvolvidas.
Nessa perspectiva, foi proposta a criação da Superintendência de Desenvolvimento
do NE (SUDENE) – PLANEJAR E ORIENTAR A ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS
FEDERAIS NA REGIÃO.
Existência da Região= caracterização e delimitação. IBGE- 1960= reestruturação da
divisão, adicionando SE e BA, ao NE.
Existe uma questão regional?
Observa-se a existência de desníveis econômicos e políticos entre as áreas do
território/ Existem diferenças entre as várias regiões do país/ diferenças que são
resultado das desigualdades de desenvolvimento econômico = áreas mais desenvolvidas
controlam a atividade industrial, onde as áreas menos desenvolvidas oferecem matéria-
prima e mão-de-obra mais barata.
Causas econômicas – provocam rivalidades regionais e em muitas vezes, movimentos
separatistas.
As desigualdades regionais no Brasil
R. Sudeste- satisfatórios níveis de desenvolvimento econômico/
R. Norte e Centro-Oeste – regiões subpovoadas/ objeto de expansão da economia
paulista
R. Nordeste – região de povoamento antigo, estruturas consolidadas e economia
em processo de estagnação. Desde XVIII transformada em fornecedora de mão de
obra ao Sudeste/ economia de exportação/ NECESSIDADE: de implantação de uma
política econômica que vise não apenas o crescimento da produção, a intensificação da
exploração dos seus recursos naturais, mas que tenha como preocupação central o
atendimento às necessidades de sua população.
Região e nação:
Nacional e regional= compreender a diferenciação/
Brasil não apresenta uniformidade étnica e cultural. Intensa colonização estrangeira no
BR/ no BR não existe uma questão nacional, mas regional. Questão regional=
relacionada as grandes desigualdades.
2. A IMPORTÃNCIA DO NORDESTE
Introdução:
NE – Região com grande importância econômica e social/
Corresponde à 18,2% do território nacional/ dispõe de solos e subsolos ricos, é
grande produtor de açúcar, cana, álcool, cacau, fumo algodão, soja e cera de
carnaúba. Ponderável rebanho, e dispõe de recursos minerais – petróleo, sal gema,
sal marinho, xilita, minério de ferro e manganês, e Magnesita. Atividades
econômicas em fase de modernização.
Aspectos demográficos:
Abriga cerca de 28,6% da população do brasil; população se encontra em centros
urbanos de certa expressão – Recife, salvador, fortaleza; cidades de porte médio: são
luis, imperatriz, teresina, crato, juazeiro do norte, Mossoró, natal, joão pessoa, campina
grande, caruaru, juazeiro Petrolina, Maceió, aracaju, feira de Santana e vitória da
conquista. Essas cidades, se localizam a menos de 200km da faixa litorânea;
Início do povoamento: XVI – porção oriental – Olinda (1537) e Salvador (1549),
juntas foram pontos de irradiação da ocupação portuguesa/ CANA= fator de fixação
de população, no primeiro séc. da colonização, essa concentração demográfica
determinou a expansão para o interior, a procura de áreas de criação de gado/
expansão para o interior= em função da atividade PECUÁRIA/ e em seguida, da
cultura do ALGODÃO – XVIII
CICLOS DA ECONOMIA NORDESTINA: CANA, PECUÁRIA E ALGODÃO.
Algumas áreas de ocupação ponderável – brejos/ilhas/
Brejos – culturas diversificadas cana, frutas, café e legumes
Áreas secas – Pecuária extensiva e domínio das xerófitas/
Populações próximas as áreas banhadas sob os rios perenes: S. Francisco e
Parnaíba – culturas irrigadas/
(Rever alguns aspectos relacionados à população)
Aspectos econômicos:
Concepção equivocada do NE/ Pobreza do NE- deriva da má distribuição de renda
Agricultura nordestina: Período colonial/ cana/ cacau, fumo, algodão e produtos
alimentícios: arroz, banana, feijão, mandioca e milho.
Cana: faixa litorânea oriental/ RN até Recôncavo baiano/ 78 usinas de açúcar e 89
destilarias de álcool, se encontram em atividade. Modernização – gov. autoritário
Cacau: produto de exportação/ bahia/ Amazônia cacaueira
Algodão: foi uma das principais culturas nordestinas/ em decadência/ associado à
pecuária extensiva;
Arroz: maranhão/ produção – mercado nordestino e sudeste, centro oeste. Estrada
Belém – Brasília/ cultura em declínio/
Café: início do séc. XX/ diminuiu – política de erradicação de cafezais de baixa
produtividade/
Coco e banana: expressivas/ coco – cultivado em solos arenosos/ banana- encostas,
serras e chapadas.
Fumo: recôncavo baiano/ alagoas hoje é o principal produtor de fumo no
Nordeste/
Mamona e sisal: produtos nordestinos/ produção para exportação/
Milho, feijão e mandioca: pequenos produtores/ baixa produtividade, porém
contribuem para o abastecimento regional. Base da alimentação sertaneja;
Sogro: alimentação animal/ soja: cultivada largamente no Nordeste/
Irrigação: a jusante dos açudes/ margens do S. F./ vem sendo estimulada por
programas do gov. federal/ possibilitando o desenvolvimento de culturas: banana,
tomate, uva, melão e melancia.
Pecuária: ponderável rebanho de bovinos, caprinos e suínos/ bovinos – criados
através de um sistema semi-intensivo/ visando a produção de carne – chapada
diamantina e sudeste da Bahia/
Recursos minerais: região bastante rica/ produtor de (ver acima)
NE – Muitos recursos e pouco aproveitamento
A opção industrial:
Industrialização do NE- 2° Metade do séc. XIX – agricultura de cana e algodão –
implantação de usinas de açúcar e fábricas de fiação e tecelagem;
Indústrias metalúrgicas/ fábricas de extração de sementes de algodão, oiticica e
mamona; fábricas têxtis/ Surto industrial: desacelerou nos meados do séc. XX, mas
foi reativado após a implantação da SUDENE/
SUDENE – desenvolvimento industrial/ indústria = criação de novos empregos, a
fim de reter na região a mão de obra/
Plano de desenvolvimento: criação de incentivos fiscais que permitiam às pessoas
jurídicas descontar até 50% do imposto de renda para aplica-los em projetos industriais
por ela aprovados. Maior sucesso: industrias de beneficiamento de matérias primas
locais/
A princípio: os incentivos poderiam ser dados apenas a empresas nacionais/ a partir de
1963, compreendiam também as empresas estrangeiras/ Votorantim
Processo de industrialização desenvolvido pela SUDENE: trouxe benefícios à região/
produção de mercadorias, atenuação de importação, abertura do mercado
ponderável, atividades na área do serviço; 60 e 70: industrialização do NE
IAA – Instituto do açúcar e do álcool – visava a modernização e o aumento da
capacidade das usinas, estimulando a produção de álcool.
Aspectos sociais: população em sua maioria rural/ estimulo p migrações – êxodo
rural/ governo militar: difusão de serviços industriais/ meio urbano – diversificação
profissional e social, incentivo de serviços de educação, saúde e bancários/ visando
oportunidades de desenvolvimento de profissionais e de trabalho no futuro/
Lavoura: área do campo/ concentração fundiária e consequentemente de renda/
Área canavieira: engenhos, fazendas, e propriedades vizinhas transforma-se em grandes
fábricas. Usina de S. F./ pecuária: introdução de gramíneas resistentes a seca e
construção dos silos – melhorias para o criador e agricultor/ FINOR – desmatamento e
expansão de paisagens e culturas/ grande proprietário – agricultura moderna/ campo –
fortalecimento de grupos oligárquicos/ transformações sociais – desaparecimento de
algumas áreas/ passando o pequeno produtor de classe média do campo, para
assalariado, no processo de introdução da agricultura capitalista/

3. COMO O NORDESTE FOI PRODUZIDO


A produção do território – séculos XVI e XVIII
Explicar como a formação econômico-social foi produzida desde o início da
colonização/
Conquista do brasil (NE) = resultou da expansão portuguesa no além-mar,
incentivada e possibilitada pelo desenvolvimento do capitalismo comercial/
Portugueses – encontraram um território habitado por indígenas que viviam num estágio
de civilização primitiva/
Tentativa de colocar os indígenas em circuitos espaciais de produção – fornecedor
de produtos, inicialmente – produtos florestais/
Séc. XVII – Coleta do pau-brasil: indústria de tinturaria/ não necessitavam fazer
apropriação particular da terra – população trabalhava nas feitorias em troca de
escambo/ depois disso os portugueses, buscavam apropriar-se da terra, criando núcleos
permanentes de povoamento/ trabalho – regime de escravidão indígena e africana
Tráfico de escravos africanos – virou atividade comercial/ supria a nova colônia de
força de trabalho indispensável à expansão canavieira. CANA – uma das principais
atividades econômicas do brasil XIX/
O sistema introduzido pela colonização consagrou a grande exploração agrícola/
Primeiras cidades- litoral/ porto – fundamental a uma civilização/ XVI –
penetração no sertão – visava produzir animais de trabalho e alimentação para a
população que se adensava na área canavieira/ GADO
Revolução industrial do séc. XVIII – provocaria alterações no sistema capitalista/
expansão da cultura do algodão na região semiárida/ companhias de comércio para
estimular o desenvolvimento das culturas de exportação.
PAU-BRASIL – CANA – GADO – ALGODÃO
A renovação agrícola do século XIX:
Caio Prado Jr. (1943): sistema colonial em crise/ decadência de Portugal e
dependência da Inglaterra/ corte portuguesa no Brasil: abertura dos portos ao comércio
inglês e posteriormente a outros povos/ estimulando a elevação dos preços de produtos
tropicais e consequentemente das forças produtivas/
Corte portuguesa no RJ: provocar o controle do território nacional pela elite sulista –
processo de desapropriação e de transferência de recursos para o nordeste, fazendo
decair a região, em benefício da que se desenvolvera posteriormente/ região sudeste –
ganhou importância econômica a partir da mineração e café/ Pernambuco – revoluções
de 1817 e 1824/
Modificações na agricultura: introdução do arado por meio da tração animal.
2° metade do séc. XIX – produzir variedades da cana na própria região, e buscaram
aperfeiçoar os velhos engenhos para melhorar a produção de açúcar;
Renovações nas relações de trabalho – passam de trabalho livre para escravo;
A industrialização a nível regional:
1870 – Processo de industrialização/ ampliação de ferrovias, o desaparecimento do
sistema escravocrata e a implantação das industrias de certo porte/ esse sistema visava
não só fortalecer a economia regional no mercado internacional, como estimular o
crescimento do mercado interno.
2 ramos industriais:
O 1°: representado pela cana de açúcar e pela a implantação de engenhos centrais,
pertencentes a companhias nacionais e estrangeiras. Presente nos estados da PB,
PE, AL, BA. Produziam açúcar cristal, e procuravam separar a atividade agrícola
da industrial/ proprietário deveria ser apenas agricultor, enquanto a empresa seria
industrial/
Criação do IAA - Instituto do açúcar e do álcool – política de limitação da
produção: estabeleceu-se cotas de produção por estado.
O 2°: indústria de tecidos, que se desenvolveu em consequência do crescimento da
produção de algodão da índia e do egito, controlado pela Inglaterra e grandes
fornecedores da indústria localizada. Nordeste teve dificuldade na colocação do seu
mercado na Inglaterra, frente a outros países. Nesse sentido, a implantação de
portos comerciais, e também fábricas que produziam tecidos de inferior qualidade,
para serem consumidos pela população mais pobre. O algodão era produzido no
interior e levado para a capital e comercializado no sertão e litoral.
O desenvolvimento dessas industrias... promoveram o surgimento e o crescimento de
atividades industriais dela dependentes.
A industrialização moderna:
Após segunda guerra mundial/ governo brasileiro = maiores preocupações com o
problema/ política de aproveitamento da energia hidrelétrica – 1954/
Nordeste para se industrializar necessitava de energia elétrica abundante e barata –
Usina de Paulo Afonso – Rio S. Francisco/ depois surgiram: 3 marias, boa esperança e
itaparica/
1952 – Criação do BNB: Fortaleza, levar o crédito aos empreendimentos agrícolas e
industriais.
1959 – Criação da SUDENE – racionalizar a intervenção na região, encarando a sua
globalidade e procurando incorporá-la à economia brasileira como um todo,
modernizando-a e dinamizando-a. intervenção a partir do momento em que se criava um
mercado nacional unificado – industrias nordestinas não tinham condições de
competitividade com as áreas mais dinâmicas, provocando a falência de numerosos
estabelecimentos. Intervenção da SUDENE, facilitaria a integração do Nordeste ao
mercado nacional, diversificação industrial e concentração de industrias em algumas
cidades, criando uma nova espacialização da economia.

4. A ação da SUDENE
SUDENE: Discurso e ação:
Nasceu da política de desenvolvimento do governo JK, em que se procurava: objetivar o
crescimento econômico do país, de forma acelerada, com a integração de áreas
consideradas periféricas ao núcleo mais dinâmico. JK desenvolveu uma política de
estímulo à industrialização, incentivo à entrada de capitais estrangeiros e de
construção de rodovias que ligassem os vários pontos do país à área mais
dinâmica.
Construção de hidrelétricas, estradas, desenvolver uma política que atenuasse o
processo de esvaziamento econômico regional.
Governo federal – organizar um grupo de estudos para analisar os problemas
nordestinos – transformado na Operação Nordeste (OPENO), e em seguida, na
Comissão de Desenvolvimento do Nordeste (CODENO) = 1959 = SUDENE.
1° superintendente da SUDENE – Celso Furtado economista do BNDE e ligado à
CEPAL (Comissão econômica para a américa latina)
DOCUMENTO QUE DIAGNOSTICOU AS CAUSAS DO
SUBDESENVOLVIMENTO DO REGIONAL DO NORDESTE (VER OUTRO
LIVRO): falta de obras de infraestrutura, necessidade de modernização agrícola,
implantação de propriedades familiares e poli cultoras, e na melhor adaptação da
economia nordestina as condições ecológicas, desenvolvimento industrial e na
correção da política financeira.
Era atribuído o subdesenvolvimento ás causas naturais, porém, o mesmo era
provocado por causas sociais e não físicas.
Solução da SUDENE: corrigi-lo através de uma política transformadora – política
de desenvolvimento regional.
A ação da SUDENE no setor agrícola:
Trazer fortes impactos à organização agrícola, modernizando-a e fazendo-a atender
às aspirações sociais. Planejou uma política que financiava os grandes proprietários
na implantação de obras de infraestrutura em suas propriedades e que seriam
pagas pelos mesmos com a doação de terras.
A ação reformista da SUDENE conseguiu organizar algumas cooperativas rurais, como
a de Tiriri, na zona canavieira pernambucana.
SUDENE – passou a integrar o ministério do interior e procurou desenvolver entre
os proprietários o espírito empresarial. Desenvolvimento de culturas comerciais,
incentivos fiscais, facilitando o empréstimo a proprietários rurais e a empresas que
formulassem projetos de modernização da atividade pecuária e de explorações
agroindustriais.
Amplas áreas: BA e MA, PI. Objeto de projetos financiados pela SUDENE, terras para
cercamentos.
Ditadura: estímulo ao desenvolvimento da irrigação, nas áreas semiáridas, com a
introdução de novas culturas.
Polonordeste (1974) – visava desenvolver áreas consideradas mais favoráveis a
projetos integrados ou uma política voltada para a consolidação das propriedades
de porte médio, como o Projeto Sertanejo (1976). Projeto Nordeste (1980) que
deveria receber abundantes recursos do BIRD.
Pecuária: Introdução de técnicas de conservação de alimentos e de difusão de
gramíneas resistentes à seca;
SUDENE – AÇÕES MODERNIZADORAS/ No campo, a SUDENE, realizou não
uma ação reformadora, como havia combinado, mas sim uma orientação
modernizadora, exaltando grandes proprietários e excluindo o pequeno produtor.
A SUDENE e o setor mineral:
Estudos desenvolvidos nas áreas de geologia e hidrologia/ localizar e racionalizar a
produção mineral e caracterizar tipos de solos e as carências pelos mesmos
apresentadas.
ARTIGO 34/18: incentivos fiscais e subsídios – 1970 – do FINOR (Fundo de
desenvolvimento do NE) estimulou as pesquisas minerais e financiou empresas que
realizam não apenas a exploração mineral como também a transformação do
minério. NE desenvolveu várias industrias, ex: construção civil (cimento e
cerâmica vermelha). Produção mineral: xilita, petróleo, cloreto de sódio e potássio.
Problemas da economia mineral: falta de uma indústria de transformação destes
produtos;
A SUDENE e as indústrias de bens de consumo:
Preocupação básica da SUDENE/ industrialização – chave do desenvolvimento/
estudo e estímulo a empresas viáveis, projetos de empresariado, e áreas que se
propunham a implantar industrias novas no Nordeste/ dinâmicas/
Subsídios – grande arma que a agência de desenvolvimento dispôs para atrair
capitais para a região/
Essa política atraiu grandes capitais para o NE e as industrias foram localizadas de
preferência nas proximidades do Recife e de Salvador/
Governos Estaduais – Implantação de Distritos Industriais, e estabelecer isenções de
imposto para que os procurassem. Novas industrias: diversificadas: fábricas que
importavam matéria prima e produziam para atender demanda regional/ beneficiadoras
de matéria prima regional que produziam para o mercado nacional e internacional/
Apesar de numerosos projetos terem se desenvolvido na região nordestina, a maior
concentração era no norte de MG, em torno de Recife, Salvador, Fortaleza e João
Pessoa.
O processo de industrialização trouxe várias vantagens para o NE – Fez cair sua
dependência, provocou melhoria nas obras de infraestrutura e estimulou o
desenvolvimento de serviços.
Em contrapartida, os estabelecimentos pertencem em sua maioria, a empresas do
Sudeste ou multinacionais, lucros transferidos, não contribuindo expressivamente para
acumulação a nível regional; aumento de problemas ecológicos.
A SUDENE, as infraestruturas básicas e os serviços:
SUDENE – criação e ampliação de estradas e ferrovias – promovendo a integração
entre as cidades/ e comunicação geral.
Serviços: rede bancária/
Educação: crescimento de estabelecimentos de educação – escolas, faculdades e cursos
técnicos/
Saúde: abastecimento de água/
Desse modo, pode se afirmar que houve um considerável crescimento, em termos
econômicos e estatísticos da região, mas o modelo de crescimento apresentado está
divorciado da realidade existente, despreocupado com o ecológico e social, tendo feito
decair consideravelmente a qualidade de vida da população.
5. Os grandes problemas do Nordeste
Os problemas fundamentais: pobreza, pobreza estrutural, elite excludente, grupos
dominantes – propostos por grupos nacionais
Desenvolvimento – acarreta em acentuação da pobreza/

LIVRO: O PROCESSO DE OCUPAÇÃO DO ESPAÇO NORDESTINO.

1. INTRODUÇÃO: O processo de regionalização, é dinâmico. E que as regiões


resultam tanto, da influência das ações naturais, quanto da ação do homem, na
figura de organizador de paisagens. Tem-se que compreender, a elaboração de um
modelo racional.
KAYSER: as regiões bem organizadas, são típicas de países desenvolvidos,
portanto, existem pelo sentimento de solidariedade regional. (Espontâneo).
Portanto, entende-se que as cidades se reestruturam em torno de um pólo, e tem
consciência de participarem de um todo maior.
Existe uma série de tipos ou de fases na organização do espaço nos países
subdesenvolvidos. Assim, existem áreas de dispersão de pessoas em grandes áreas
de extensão territorial, que vivem num estágio anterior da vida urbana (caça e
coleta, sem fluxos de capitais organizados). Portanto, é reforçada a ideia da existência
de um espaço indiferenciado.
Quando chegamos em uma área de grupos humanos mais desenvolvidos, formam-se
enclaves dinâmicos, onde o colonizador instala seu aparelho de exploração, formando o
que Kayser chama de região de especulação.
O maior adensamento populacional, e a formação de condutos que ligam a áreas
produtoras ao porto exportador, leva a formação de estradas de penetração, que
partem do porto da hinterlândia e forma uma bacia urbana. A bacia urbana pode
evoluir até a formação de uma região organizada.
2. O PROCESSO DE OCUPAÇÃO DO ESPAÇO NORDESTINO:
O espaço nordestino, antes da chegada do colonizador, era caracterizado por relações de
caça e coleta. A colonização provocou a formação de dois enclaves dinâmicos, os
produtores de cana de açúcar – na região da mata de PE e no Recôncavo Baiano,
caracterizados como: região de especulação. A dinamização dessas áreas e a ameaça de
ocupação das áreas vizinhas pelos franceses, provocaram a expansão do povoamento e o
desenvolvimento da pecuária, levando a construção dos caminhos que dominavam os
dois centros economicamente mais dinâmicos: Olinda-Recife – Salvador;
provocando a formação de bacias urbanas. (A cultura da cana de açúcar, estava
diretamente associada à cultura da pecuária extensiva).
Desenvolvimento comercial – atribui-se ao descobrimento e organização do território
brasileiro em geral, e do nordestino em particular. A necessidade de prover o mercado
europeu com produtos tropicais, foi a grande propulsora da ocupação do espaço
regional. O povoamento do NE fundamentou uma economia primário exportadora. O
efetivo domínio do território regional significou uma especialização de atividades em
distintas áreas, assim, praticou-se o extrativismo no litoral; instalou-se agroindústria na
zona da mata; dominou-se o interior com a pecuária; algodão e arroz que foram
desenvolvidos no meio norte; e o cacau no sudeste baiano.
3. O RECONHECIMENTO DO LITORAL E A EXPLORAÇÃO DO PAU – BRASIL:
Após a chegada dos portugueses no brasil, eles logo trataram de estabelecer relações
comerciais com os povos originários, na esperança de lucros rápidos, utilizando
estruturas de exploração do espaço já existentes. Os portugueses ficaram surpresos com
o nível de civilização em que viviam os grupos indígenas (caça e coleta), desse modo,
coube aos portugueses explorarem a costa, a fim de reconhecer o território.
Os produtos encontrados na costa, não eram muito animadores. Coube aos portugueses,
a organização de feitorias, onde em pontos favoráveis da costa, construíam armazéns e
deixavam indivíduos banidos, encarregados da prática do escambo (promover, a troca
de produtos europeus por produtos da terra, sobretudo o pau-brasil).
Primeiros contatos – conhecer a terra/ e elaborar um sistema de exploração de um
espaço pouco povoado e sem fluxo organizado de pessoas e mercadorias.
A população indígena, vivia em regime de subsistência, utilizando técnicas primitivas
de exploração dos recursos disponíveis, e realizando migrações sazonais determinadas
por condições naturais.
A produção era pequena: mão de obra era escassa e a logística de transportes para a
Europa era feita nos moldes da pequena produção de produtos da terra. Nesse sentido,
os portugueses se satisfaziam com a prática do escambo, com o estabelecimento de
feitorias, pois ainda não havia condições de maior penetração para o interior.
Na fase da exploração do pau brasil, não chegaram os colonizadores a estruturar uma
sociedade colonial, limitando-se a manter contato com os indígenas e a consolidar o
conhecimento sobre o continente brasileiro.
Após esse primeiro contato, que durou cerca de 30 anos, os portugueses, obtiveram
conhecimentos ligados aos produtos que poderiam ser destinados à exportação. Além
disso, acresce que os primeiros colonizadores, iniciaram o processo de miscigenação
com mulheres indígenas, que 20 anos depois traria facilidade à política de
expansão e de utilização do espaço a ocupar.
Com o reconhecimento da costa: iniciava-se o processo de aculturação – favorecia
o desenvolvimento da colonização;
Compreendendo a potencialidade econômica do território, e a forte concorrência dos
franceses, os portugueses partiram para uma nova experiência: o povoamento, a
ocupação do território por imigrantes originários da europa de religião católica.
4. A OCUPAÇÃO DA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO E DO RECÔNCAVO
BAIANO
O povoamento de uma região tropical pela transferência de portugueses, se feita em
grande escala, era uma aventura. Os portugueses já possuíam experiência com as ilhas
do atlântico, no caso brasileiro, o maior desafio seria ocupar a costa.
A ocupação do litoral, tinha como objetivo a produção de artigos tropicais; a
organização da defesa em face das pretensões francesas, e a possibilidade de instalação
de pontos habitados de onde pudessem partir expedições para o interior, à procura de
ouro e pedras preciosas.
Dentre os produtos agrícolas, o diretamente visado pelos portugueses era o AÇUCAR.
Pois, era a grande demanda do mercado europeu, e o brasil possuía as condições
climáticas ideais para a sua produção.
1 momento – mobilizar a mão de obra indígena; instituindo o sistema de escravidão,
chegaram a até a exportar mão de obra indígena para a europa. Essa novas estratégia,
era chamada de “antigo sistema colonial” no qual, o povoamento era feito a partir da
exploração da terra. (proprietários utilizavam: mão de obra escrava ameríndia,
inicialmente e logo após, africana, visando a produção de cana).
A divisão do Brasil em capitanias e posteriormente na criação do governo geral –
permitiram o desenvolvimento de duas áreas produtoras de açúcar: Zona da mata
pernambucana e Recôncavo baiano; nelas se instalaram regiões de especulação, em
que os colonizadores ocuparam áreas costeiras, instalando culturas, indústrias e
pequenas cidades. Destaque para: Olinda e Salvador;
Cultura da cana: favorecida pelas condições naturais (clima, umidade, solos de
massapê); o mercado europeu; legislação portuguesa;
O sistema colonial instaurado, tentava conciliar a prática de uma economia de
mercado, com o modo de produção escravocrata e a formação de unidades de
produção baseadas no latifúndio. Distribuição de sesmarias – cristãos portugueses que
tivessem posses, e estivessem abertos à exploração de terras e uso da mão de obra
escrava.
Escravo – importância até o séc. XVIII nas regiões periféricas da colônia/
Mão de obra indígena era insuficiente, logo, passou-se a importar escravos negros, que
apresentavam uma série de vantagens. Sobretudo, o não conhecimento do território, a
relação pouco amistosa com os indígenas, e o desconhecimento da fauna e flora.
Formação de uma sociedade hierarquizada:
Topo ada pirâmide: senhor de engenho – latifundiário
Meio da pirâmide: comerciantes e funcionários públicos
Base da pirâmide: escravo negro
Essa estratificação social, era reforçada por uma estratificação étnica: negro – pobre/
branco – senhor/ proprietário de terras: adquiria uma série de direitos sobre os bens e as
pessoas. E a inexistência de uma organização política a qual o pobre pudesse recorrer ao
se sentir prejudicado em seus direitos.
Desníveis sociais – estratificaram-se em diferenças objetivas e facilmente perceptíveis.
SOCIEDADE AÇUCAREIRA: economia baseada no mercado externo – teve fases
de esplendor e decadência.
Séc. XVI e XVII – o açúcar teve sua produção incrementada, com a ampliação
constante do número de engenhos. (facilidade de créditos na Holanda).
Civilização açucareira: promovendo uma concentração populacional em área de
extensão limitada e voltada para o mercado externo, provocou a formação de uma série
povoações e vilas na área em que dominou.
Provocou grande apropriação da renda pelo grupo proprietário de terras e engenhos, e
pelos comerciantes que se dedicavam a atividade de exportação do açúcar e a
importação dos produtos europeus, consumidos pelas classes dominantes. Enquanto a
massa trabalhadora – reprodução de mão de obra.
Essa acumulação que se processava em nível local e internacional, naturalmente teve
repercussão sobre a rede urbana europeia e provocou o surgimento das primeiras vilas e
cidades brasileiras. Vilas e cidades surgiam em função do comércio internacional,
através da implantação de capitanias donatárias. A rede urbana surgia em função
do exterior, das áreas consumidoras dos produtos tropicais, e não do
abastecimento da área produtora.
1° vilas – portos de escoamento de mercadoria; e só à medida que a colonização se
afastava da costa, é que se formavam vilas no interior. As estradas eram abertas em
função do escoamento da produção até os portos. Não havendo rede viária.
Área açucareira do NE: dividida em 2 partes: Olinda-Recife: foi fundada por uma
série de vilas no séc. XVI; Salvador: Vila do Pereira, Francisco Pereira Coutinho/
implantação do governo geral 1549 – Salvador - Tomé de Souza;
1935- Igarassu e 1937- Olinda/ passou o donatário a colonizar as áreas próximas
implantando canaviais e engenhos; Olinda, construída sobre uma colina, e tendo suas
ruas descendo nas encostas, atingia a margem esquerda do rio Beberibe, onde foi
construído um pequeno porto, para onde subiam as embarcações que, ao sul,
penetravam na foz do Capibaribe. Beberibe era um rio pequeno, o que dificultava a
navegação, o que levou o donatário a projetar um canal, que alcançasse o oceano. Desse
modo, passam a desenvolver a cultura da cana na várzea do Capibaribe, construindo
armazéns na península arenosa. Daí, deu-se a povoação do que deu origem ao Recife,
chamada inicialmente de poço, com aglutinação de armazéns de açúcar e casas pobres.
Olinda-recife: Capital Duartina/ expedições para o Sul e Norte: provocando
adensamentos populacionais nos vales dos rios. Para o Norte: a expansão
pernambucana provocou o surgimento de várias cidades.
O estabelecimento de aldeamentos indígenas nas áreas de solo que não se prestavam à
cultura da cana, (tabuleiros) mas nas proximidades das várzeas de solos ricos, visava
manter os senhores de engenho uma reserva de mão de obra a ser utilizada. Olinda,
graças aos negócios do açúcar crescera bastante no séc. XVI/ a razão da escolha de
recife, pelos batavos, foi mais de ordem econômica do que militar. Após o incêndio de
Olinda, os holandeses construíram recife (construção de cacimbas).
Recôncavo baiano e Salvador – deu-se o processo de formação das cidades semelhante
à Pernambuco. Salvador passa a ser ponto de partida para a conquista do recôncavo
(solos de massapê – férteis). Séc. XVI Paripe – área muito rica (produção de açúcar e
tabaco).
1635- Holandeses e a conquista do interior – com a finalidade de se apossar da
produção de açúcar;
Príncipe João Maurício – o governo do príncipe alemão proporcionou o momento áureo
de Recife, instalação de 2 palácios na cidade – palácio das torres, e da boa vista.
Construção de jardim zoológico; Recife tinha uma vida cultural intensa; a arquitetura
era inspirada nas casas de Amsterdã;
O que se trata esse capítulo: a infraestrutura das cidades, a abertura de caminhos,
estradas para o escoamento de mercadorias, sobretudo, mercadorias do centro para o
interior.
5. A CONQUISTA DO LITORAL SETENTRIONAL E A LUTA CONTRA O
FRANCÊS.
Foi comandada pelo pólo Olinda-Recife;
Governadores de PE – Apoiaram a marcha para o Norte, com 2 objetivos: conquistar
terras para criar animais e expulsar franceses;
Haviam formas mistas de ocupação: 1° paraíba, 2° natal – ocupadas pela cultura da
cana/ as demais aglomerações, eram meros pontos de aglomeração de pessoas dedicada
a atividades rurais;
Litoral: apenas RN; CE – povoamento dava origem não só a Fortaleza como outros
diversos municípios; MA – ilha de são luis e baixada maranhense – relação existente
entre o MA e o PA, cidade de Belém, extração de drogas florestais e de escravização
indígena; séc. XVII e XVIII – pecuária alimentou a indústria da carne seca – carne do
Ceará, nos estados do PI e CE;
Séc. XVIII- especialização nas zonas de criatório; as mais distantes focaram na
produção de charque, e as mais próximas da região açucareira se especializaram em
animais de tração; extinção da indústria do charque: secas dizimaram os rebanhos.
Área semiárida: civilização da carnaúba/
Utilização do espaço de forma hierarquizada; relações de trabalho escravista e depois
assalariada; promovia a exploração de forma extensiva;
6. OCUPAÇÃO DO INTERIOR PECUÁRIA EXTENSIVA E ALGODÃO:
Ocupação do interior do Nordeste: necessidade de prover a área açucareira de
animais para o trabalho e alimento. Teve origem em dois pólos: Recife e Olinda.
Animais eram isolados por cercas de pau-a-pique, a pecuária só podia ser feita em
porções mínimas, próximo a agricultura.
Tomé de Souza: ideia de separar as áreas de criação das áreas de agricultura, por
grandes extensões de terra não aproveitadas. Separação feita por travessão;
2 foram as vias de penetração para o interior: a mais importante: partiu de Salvador
para o Norte, ocupando principalmente toda a costa baiana, ao norte da capital e a
sergipana.
A segunda rota: penetração do sertão; feita pelos pernambucanos saindo de Olinda em
duas direções: sul e norte; povoamento para o sul – atingiu o s.f. vila de penedo.
Criadores de gado caminharam ainda mais para o interior; Guerra dos Bárbaros: durou
10 anos; apenas um episódio da conquista do sertão pelos criadores de gado.
A grande importância geoeconômica da pecuária extensiva: decorre do fato de se
ter podido ocupar uma grande faixa territorial com uma população bastante
reduzida; várias vantagens acerca da criação do gado na caatinga.
O espaço foi organizado em função dos interesses dos grandes proprietários, que
vivendo em Olinda e Salvador, conseguiam dos governadores grandes extensões de
terra, que depois eram divididas em sítios e distribuída a vaqueiros que se estabeleciam
no sertão para cuidar do gado com o auxílio dos escravos e moradores livres.
Homens que viviam no sertão, desenvolviam uma economia amonetária: utilizando o
máximo de produtos que dispunham. Produzindo alimentos, colhendo e cultivando
algodão, e empregando o couro para diversas atividades. Capistrano de Abreu –
Civilização do couro;
Sistema de transporte do gado: áreas onde o gado parava para descansar e repor o peso
que perdera nas caminhadas; teve grande importância no surgimento das primeira
povoações e vilas do sertão; nesses pontos fixaram-se povoadores que visavam uma
pequena agricultura, visando abastecer as pessoas e implantar uma atividade comercial
primitiva;
As primeiras vilas surgiram no séc. XVIII;
*Séc. XVIII e XIX – desenvolvimento da cultura do algodão; provocou grande
crescimento populacional na região; sobral e Aracati;
A cultura do algodão, teve a sua expansão condicionada por períodos favoráveis e
desfavoráveis, de avanço e recuo; o problema do algodão: países europeus, tinham
outros fornecedores (concorrência); a partir da segunda metade do séc. XVIII, a
cultura do algodão passou a experimentar a expansão e o recuo.
A sociedade algodoeira, não se hierarquizou como a açucareira; embora se tenham
formado grandes unidades de produção empregando o braço escravo.
Deveu-se isso a uma série de fatores: cultura do algodoeiro podia coexistir com
outras culturas alimentares; auto abastecimento e formação de pequenas
propriedades; algodão herbáceo curto ciclo de vida – rápido retorno de capital, e
arbóreo ciclo de vida grande; lucro sem novos investimentos; algodão – atividade
agrícola industrial;
Clima semiárido e sub-úmido – o algodão trouxe modificações às estruturas instaladas
com a expansão da pecuária.
Pecuária e cotonicultura – atividade base dos proprietários; maior dependência do
mercado externo – meeiros e terceiros.
Houve também, um maior adensamento da população, contribuindo para restringir
os campos abertos ao gado e fazendo coexistir áreas pecuárias e agrícolas . Núcleos
populacionais nos entroncamentos de estradas: desenvolveram-se em povoados, vilas e
cidades, em função do comércio e atividades industriais. A fazendo de gado e algodão,
não desenvolvendo atividade industrial, foi menos resistente pela sucessão hereditária,
do que os engenhos de açúcar, daí, resultando uma concentração fundiária menor nas
áreas úmidas e sub úmidas do sertão e do agreste.
O ALGODÃO CONTRIBUIU PARA UMA MAIOR INTEGRAÇÃO ENTRE
INTERIOR E LITORAL, PORQUE PROVOCOU A FORMAÇÃO DE VIAS DE
ESCOAMENTO, QUE PERMITIRAM O TRANSPORTE DOS PONTOS DE
PRODUÇÃO E CONSUMO. Séc. XIX integrar Nordeste e Sudeste/
7. A OCUPAÇÃO NO VALE DO ITAPECURU – ARROZ E ALGODÃO
1595 – Colonização do MA pelos franceses; que fundaram a cidade de são luis;
1615 – Portugueses expulsam franceses do território do MA;
Problemas ligados à clima e solo dificultavam a expansão agrícola. (Estação chuvosa e
seca);
Companhia de comércio criada pelo governo a fim de favorecer a economia maranhense
– 1775 – a atuação da companhia consolidou a tendência à formação de uma sociedade
aristocrata, baseada nas relações da indústria açucareira da região da mata de
Pernambuco e do Recôncavo baiano;
Alega a existência de população indígena e áreas agricultáveis – ação de jesuítas;
impacto da abolição no MA: mais forte, em que os escravos tornaram-se trabalhadores
assalariados;
8. DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO CACAU NO SUL DA BAHIA
Séc. XIX – Ilhéus e Porto Seguro; foram fundadas nos primeiros tempos coloniais,
mas tiveram curto período de florescimento, interrompido pela hostilidade dos
indígenas.
Partindo de salvador em direção ao sul, no séc. XVIII, foram fundadas uma série de
vilas, que abrigavam indígenas, jesuítas e colonizadores;
Durante dois séc, permaneceu a capital de ilhéus estagnada; a partir do séc. XVIII teve
sua economia dinamizada com a introdução de nova cultura que tinha grande
demanda internacional: o cacau. O desenvolvimento da cacauicultura, se deu ao
fato de que no sul da Bahia, as condições ecológicas eram semelhantes à Amazônia,
de onde proveio o cacaueiro. Clima era quente e úmido, com elevadas taxas de
precipitação; cacaueiro e as condições naturais; planta que necessita de sombra e
umidade; roças – demora do cacaueiro para produzir o fruto; exportação do cacau
90% dos frutos; enorme oscilação da demanda de mão de obra – culmina em
migrações temporárias do cacau; ss

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