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Fatores exóticos:
Ao começar o século XVI, Portugal labutava na transição da Idade Média para a era
moderna.
Igreja = PODER. A igreja dominava todos os sentidos da vida e da morte, temor à Deus.
A estrutura do PODER (três estados): IGREJA – REI – NOBREZA – POVO –
SERVOS E ESCRAVOS.
A prosperidade e o povoamento do Brasil provaram fatais a esta venerável instituição.
Por uma coincidência nada fortuita, reuniram-se as últimas Cortes em 1697, quando o
ouro das Gerais começava a deslumbrar o mundo, e só reviveram com a revolução
francesa, as guerras napoleônicas e a independência real do Brasil, depois de trasladada
para aqui a sede da monarquia portuguesa.
Português do século VX: BRUTO. Ao português estranho ao continente cumpre juntar o
negro, igualmente alienígena. A importação começou desde o estabelecimento das
capitanias e avultou nos séculos seguintes, primeiro por causa da cultura da cana, mais
tarde por causa do fumo, das minas, do algodão e do café. Depois da supressão do
tráfico em 1850, o café provocou deslocamentos consideráveis na distribuição interna; o
mesmo efeito produziu a Abolição.
Os primeiros negros vieram da costa ocidental, e pertencem geralmente ao grupo banto;
mais tarde vieram de Moçambique. Sua organização robusta, sua resistência ao trabalho,
indicaram-nos para as rudes labutas que o indígena não tolerava. Destinados para a
lavoura, penetraram na vida doméstica dos senhores pela ama-de-leite e pela mucama e
tornaram-se indispensáveis pela sua índole carinhosa. NEGROS: PRÓSPEROS.
Os descobridores
A posição geográfica de Portugal destinava-o à vida marítima, e data da dominação
romana o conhecimento de ilhas alongadas ao Ocidente.
Buscavam alcançar as “Índias” pelo mar. Portugueses: exímios navegadores
Vicente Pínzon e Pedro Álvares Cabral: Comandando uma armada de treze navios
partiu de Belém segunda-feira, 9 de março de 1500.
A partir da chegada dos portugueses ao Brasil, o autor trata de aspectos físicos do
território, como presença de animais, plantas, pessoas, água e metais preciosos.
Descreve desde o momento da chegada até os primeiros 10 anos após a chegada. Retrata
principalmente, o interesse de Portugal em prosperar suas riquezas a partir da
exploração dos territórios do litoral brasileiro, sobretudo, destaca a ação para a
exploração do pau-brasil no Nordeste brasileiro. Descreve a ação dos portugueses em
Pernambuco, Rio grande do Norte, Paraíba, Fernando de Noronha, Rio de Janeiro e
Cabo Frio.
Pau-brasil, papagaios, escravos, mestiços, condensam a obra das primeiras décadas.
Capitanias hereditárias:
Faixas de terra que o rei de Portugal, repartiu e dividiu entre a população portuguesa
com o intuito de povoar o território brasileiro. Tendo em vista a superioridade europeia,
o rei decidiu que a migração de portugueses garantiria, o povoamento e o
embranquecimento do povo.
Escrevendo a Martim Afonso de Sousa a 28 de setembro de 32, anuncia-lhe o rei a
resolução de demarcar a costa, de Pernambuco ao rio da Prata, e doá-la em capitanias de
cinquenta léguas: a de Martim teria cem; seu irmão Pero Lopes seria um dos donatários.
Os documentos mais antigos da doação das capitanias datam de 1534.
Donatários: provinham da segunda nobreza. No texto, o autor destaca algumas das
funções e também alguns privilégios dos donatários sob a terra.
calar-se entre um e outro pelo menos a distância de duas léguas; a redízima (1 10 da
dízima) das rendas pertencentes à coroa e ao mestrado; a vintena do pau-brasil
(declarado monopólio real, como as especiarias), depois de forro de todas as despesas; a
dízima do quinto pago à Coroa por qualquer sorte de pedraria, pérolas, aljôfares, ouro,
prata, coral, cobre, estanho, chumbo ou outra qualquer espécie de metal; todas as
moendas d’água, marinhas de sal e quaisquer outros engenhos de qualquer qualidade,
que na capitania e governança se viessem a fazer; as pensões pagas pelos tabeliães; o
preço das passagens dos barcos nos rios que os pedissem; certo número de escravos, que
poderiam ser vendidos no reino, livres de todos os direitos; a redízima dos direitos
pagos pelos gêneros exportados, etc.
As capitanias foram doze, embora divididas em maior número de lotes. Começavam
todas à beira-mar e prosseguiam com a mesma largura inicial para o ocidente, até a
linha divisória das possessões portuguesas e espanholas acordada em Tordesilhas, linha
não demarcada então, nem demarcável com os conhecimentos do tempo. Tacitamente
fixou-se o limite na costa de Santa Catarina ao sul, e na costa do Maranhão ao norte. A
testada litorânea agora dividida estendia-se assim por 735 léguas.
No texto (ver marcações), o autor traz os nomes dos respectivos donatários que
correspondem às capitanias. Ao todo, 12 capitanias foram distribuídas entre membros
da pequena nobreza. Francisco Pereira Coutinho e Duarte Coelho (ver no google).
LIVRO: GEOGRAFIA ECONÔMICA DO NORDESTE
1. O ESPAÇO NORDESTINO
1.1 O BRASIL E A GRANDE REGIÃO NORDESTINA
NE – Uma das grandes regiões geográficas do brasil. É mais próximo da África e da
Europa do que de outras regiões do país. = Facilidade de comércio exterior no período
colonial;
Inicialmente, a formação do NE era composta pelos seguintes estados: MA, PI, CE,
RN, PB, PE, AL e Fernando de Noronha. NORDESTE: OCIDENTAL (Composto
por PI e MA) – NORDESTE ORIENTAL (Composto pelos demais estados).
Intervenção do governo federal: Criação de órgãos que orientam o desenvolvimento da
economia, como por exemplo: SUDENE e o Banco do Nordeste. (PP Federais);
Atualmente, a região Nordeste compreende 9 estados e 18% do território nacional.
1.2 CONDIÇÕES NATURAIS DO NORDESTE
Relevos aplainados, com altitudes de 300 até 700 metros. Planaltos/ Cristas: grande
presença de serras/ rochas sedimentares: chapadas/ Escarpas de planalto: serras.
A distribuição do relevo, exerce influência sobre a vida humana/
Litoral nordestino: praias de barreiras (formação de falésias), praias largas
(deposição quaternária), costas baixas (mangue), recifes (que colaboraram para a
atividade pesqueira de famílias que ali habitavam). Possui um litoral diferenciado.
Condições climáticas: latitudes inferiores à 20° sul. Clima típico das regiões
equatoriais e tropicais/ clima sempre quente.
Climas do NE: a) quente e úmido – faixa costeira do MA, PI e CE; chuvas no verão;
b) quente e úmido – estação seca – Amazonas e porção ocidental do MA;
c) quente e úmido com chuvas no outono: MA, PI, BA.
d) quente com chuvas em todo o estado: BA
e) quente e semiárido: domina grande parte do sertão nordestino: PI, CE, PE, AL,
BA, PB e RN;
f) temperaturas elevadas e chuvas outono-inverno: porção oriental do NE;
g) clima tropical e de altitude: verões quente e invernos longos;
NE: Mosaico pedológico/ solos: vermelhos profundos, solos pedocais, aluviais e
coluviais, massapê e barro vermelho (cana de açúcar no NE), tabuleiros (solos
pouco férteis);
Vegetação: depende do clima e do solo/ floresta latifoliada equatorial (MA),
cerrados (PI e BA), cocais (MA, PI, CE e RN), mata atlântica (RN ao Sul do país),
caatingas (ocupam maiores porções do NE) e formações vegetais litorâneas.
1.3 AS SUB-REGIÕES E ZONAS GEOECONÔMICAS DO NORDESTE
IBGE – Dividiu o NE em mesorregiões e depois microrregiões
Geografia econômica: caracterizar regiões geoeconômicas: analisar a organização
do espaço dada pelo homem (produção, técnicas de exploração da terra, função
polarizadora dos principais centros urbanos, cidades que comandam a vida
regional).
GUIANA MARANHENSE: Muito mais Amazônia que Nordeste/ fez parte das regiões
plano da SUDENE, vasta área do nordeste do maranhão, que é drenada pelos rios
Gurupi, Turiaçu e Pindaré, possui formas alongadas que partem do litoral ou da
margem de algum rio.
2 zonas geoeconômicas: 1 de povoamento antigo ao norte e povoamento recente ao
sul,
1: Alcântara, Viana, Guimarães e S. Bento: 1 fase – esplendor econômico
(esgotamento de recursos naturais) culminou na 2 fase: centros urbanos decadentes
2: cortada pelos cursos do Pindaré e Turiaçu/ primeira metade do séc. XX ocupada por
tribos selvagens que dificultavam a entrada do homem branco (preservação da área);
exploração – dificultada também pelas condições climáticas.
Auto- estrada Belém – Mearim (1973): migração e implantação de projetos agrícolas.
Cultura do arroz. Alimentação: caça e pesca; arroz torna-se produto comercial , e
dessa forma, os antigos centros urbanos são ignorados, e surgem novos núcleos que
dispõem de condições favoráveis e polarizam a economia regional . Pequenos polos
de crescimento. O povoamento é feito de forma predatória, saque aos recursos
naturais da região. Culturas: arroz – mandioca – banana. Agricultores: vida
miserável/ COMÉRCIO: ARMA DE CONTROLE ECONÔMICO E SOCIAL (nesta
sub-região).
MEIO NORTE: Povoamento: Antigo/ Compreende: parte do MA, quase todo PI, e
noroeste do CE. Vegetação: cocais e cerrado. Cocais: várzeas e vales fluviais;
babaçuais e carnaubais.
Economia extrativa: MA- extração do óleo do coco babaçu/ PI e CE- cera de
carnaúba. Essa sub-região se destacou no passado, ora por sua produção de arroz,
açúcar e algodão, atividades agrícolas, que em certos períodos, contribuíram largamente
para o povoamento do meio norte e exerceu influência sob a composição étnica da
população.
Importância de: Sobral, Parnaíba, São Luiz e Luiz Correa. (Ver marcados)
Divisão em Zonas: babaçu, carnaúba, pecuária, algodão e pecuária extensiva.
A divisão em zonas, não está ligada a existência suprema de um produto, mas sim,
ligada à importância econômica e a forma como marcam a paisagem.
Beneficiamento de produtos: desenvolvimento industrial de cidades como Parnaíba e
sobral. (Algodão e cera).
ALTO SERTÃO: PI e MA/ economia mais fechada e voltada apenas para a
agricultura de subsistência e pecuária ultra extensiva em campo aberto.
Pecuária: condições pouco econômicas/ Corrente, sul do Piauí – aglomerado
importante
Clima: semiárido. É a sub-região que mais representa o NE, estende-se desde o
litoral cearense até o norte de minas gerais, e ocupa metade do território nacional.
Nesta sub-região, é possível distinguir uma série de zonas: caatingas, cerrados, oeste
da bahia, várzeas dos grandes rios secos, serras frescas, margens do rio s.
Francisco, zonas de pecuária semi intensivas do sul da bahia e do norte de minas.
(VER MARCADOS)
Caatingas: grandes secas, grandes propriedades, baixa densidade demográfica, pecuária
extensiva e cultura do algodão.
Cerrados: economia de pecuária ultra extensiva e agricultura de subsistência;
imigração e disputa pela terra;
Várzeas: desenvolvimento de téc. Agrárias, relativa concentração populacional,
proximidade de centros urbanos, utilização de recursos naturais (transporte)
Serras: população, produção agrícola, industrias, café, cana, frutas e hortaliças. s.
Francisco: agricultura de vazante, produtos de rentabilidade, irrigação.
BA e MG: clima tropical, pastagens naturais, pecuária – padrões técnicos, produção de
carne.
AGRESTE: Pequena extensão/ elevada população/ RN até a BA \|/ porção oriental
da Borborema/ clima seco e úmido ao extremo/ identificar 3 tipos de zonas: brejo,
caatinga e agreste. Economia: agricultura, pecuária leiteira;
MATA E LIOTRAL ORIENTAL: sub-região mais importante do Nordeste/
compreende 5 capitais nordestinas/ aglomerados humanos – associado ao sistema
de plantations/ 3 – zonas: zona litorânea, canavieira, recôncavo baiano, e zona do
cacau/
Economia: coqueirais, canaviais, cana, lagostas, fumo, cacau;
2. POPULAÇÃO
2.1 POPULAÇÃO NORDESTINA E POPULAÇÃO BRASILEIRA
(Dados desatualizados, por isso, não é interessante fazer um resumo).
POVOAMENTO: POSIÇÃO GEOGRÁFICA E CONDIÇÕES CLIMÁTICAS.
3. EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS:
3.1 RECURSOS NATURAIS E EXTRATIVISMO
O que é extrativismo: o termo extrativismo é empregado para designar toda a
atividade do homem explorando os recursos naturais, sem que ele haja contribuído
para cria-los.
NE: extrativismo – mineral (pontos diversos), vegetal e animal (porção ocidental).
Extrativismo vegetal e animal: áreas subpovoadas e subdesenvolvidas;
3.2 O EXTRATIVISMO VEGETAL
Grande importância como atividade econômica/ importância de vários produtos
oriundos dessa atividade/ coco babaçu – MA/ várias formas de aproveitamento da
planta/ Dessa forma, MA é a civilização do babaçu/
Carnaúba: vales secos/ semiárido nordestino/ desenvolve-se nas várzeas pois necessita
de umidade nas raízes/ cera = indispensável/ mata ciliar/
Tucum: palmeira de pequeno porte muito abundante no MA e PI/
Caroá: fibras/ fabricação de cordas e estopas/ BA/ produz tecido, porém tecido fraco
sem estabilidade/
Oiticica: fruto semelhante ao coco/ planta semelhante a carnaúba/ CE, PI, PB.
Castanha de Caju: cajueiro – litoral nordestino/ RN, CE, PB, políticas para desenvolver
o cajueiro – embrapa? /
Produção extrativista: predatória
3.3 O EXTRATIVISMO ANIMAL:
CAÇA E PESCA/ tatus, pacas, veados e aves/ pesca: fluvial, lacustre ou marinha/
DNOCS: Introduz a piscicultura (introdução de peixes importados e de outras regiões).
Pesca marítima: estuários, litorâneas e alto mar.
3.4 EXTRATIVISMO MINERAL
Pequena expressão/ exploração de petróleo: MA, AL, SE, CE, RN;
Exploração de calcário/ sal marinho/ sal-gema/ minério de chumbo/ minério de
manganês/ cromo/ titânio e ouro/ estudo de prospecção de jazidas/
4. AGRICULTURA
4.1 A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA NORDESTINA
NE – Pequeno desenvolvimento industrial, e a agricultura é a principal atividade, neles
desenvolvida. A agricultura, se destaca como grande empregadora de mão-de-obra no
NE, considerando que a população rural, é maior que a urbana.
Grande contribuição à produção nacional (culturas alimentícias e industriais);
5. PECUÁRIA
5.1. A IMPORTÂNCIA DA PECUÁRIA NORDESTINA:
Uma das principais atividades econômicas do Nordeste/ ocupa grandes funções na área
regional/ obtém grande participação na renda regional/
A pecuária foi responsável pelo do povoamento de grande parte da região
Nordeste;
Contribuição ao desenvolvimento de culturas de exportação: evolução econômica e
regional/ cana – recebia animais para o trabalho (tração animal) / (abastecimento de
carne)
Algodão: cultura associada à pecuária (algodão-gado-cereais) /
Áreas ocupadas pela pecuária: inteiramente pecuaristas/ subpovoadas/ capazes de
consumir sua produção/ pecuária ultra-extensiva/ substituição da ultra-extensiva –
pela pecuária associada à agricultura = população tornou-se mais densa/
Agricultura: serve alimento (subprodutos) para o gado – milho, feijão, algodão,
semente de algodão/ cultura de pastagens – poupa o gado de longas caminhadas e
melhora a alimentação do animal/ população – modo de vida rural: agricultura e
pecuária= subsistência/ pecuária-= oferta de emprego e mão de obra/ importância da
economia pecuária = participação significativa na renda regional/ pop. Pecuária=
bovinos no NE – pop. Elevada/ mais bovinos do que humanos = PI e BA – Estados de
pop pecuária mais importantes/ 2 tipos de gado: Gado GRAÚDO: alto valor, produtor
de carne e alta tração/ Gado MIÚDO: fornecedor de carne, peles e leite para a
população/
2. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS REBANHOS
Áreas de maior concentração de rebanho= elevada população pecuária/ condições
favoráveis ao desenvolvimento desta atividade – mercado consumidor acessível e
níveis técnicos mais elevados/
Atividade pecuária está sujeita a migrações sazonais/ concentração de animais em
áreas próximas a planícies inundáveis/ no texto o autor indica as localizações dos
rebanhos de gado: MA – baixada maranhense, região banhada pelo rio Tocantins/
PI – vale médio e inferior do rio Parnaíba, campo maior/ CE - porções ocidentais,
sopé das serras grande e Ibiapaba, vale do Jaguaribe/ RN – Vale do Apodi, Açu,
Seridó/ agreste dos estados orientais: RN, PB, PE, AL, SE – Condições favoráveis à
pecuária/
BA – Concentração de pecuária no NE/ encosta ocidental da chapada diamantina, baixo
rio Paraguaçu, médios vales dos rios contas e pardo.
Principais centros consumidores: Recife, Salvador e Fortaleza – transporte do
gado em larga escala = das áreas produtoras para as áreas comerciais/
Sergipe = pastagem para a engorda do animal requerido em outras regiões de criação
e destinado a centros consumidores/ FEIRAS DE GADO – CE e RN/ predominância
de pastagens naturais/
3. OS SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Variam de acordo com a região ou sub-região/ influência de diversos fatores: climáticos
– regiões úmidas são ocupadas pela agricultura, áreas menos úmidas: cerrados,
caatingas e pecuária/ rebanhos na área oriental da mata – canaviais, cacauais e arrozais/
rebanhos nas serras dos sertões/
Densidade demográfica: importação e exportação de culturas – expandir áreas
cultivadas/ limitações da área de pastagem – impedir que o gado ande muito
Disponibilidade de terras: migrações do gado/
Distância dos centros consumidores – facilidade de escoamento da mercadoria/
Desenvolvimento cultural e técnico da população – bom aproveitamento de pastagens
e boa qualidade do rebanho.
OS QUATRO SISTEMAS DE CRIAÇÃO:
1. ultra extensivo em campo aberto: primitivo/ latifundiários/ porção ocidental do
Nordeste/ baixo valor da terra e criação em campos cercadas/ alimento abundante na
estação das chuvas e escasso nas estações mais secas/ diferenças entre as migrações
sazonais: MA – úmidos e NE – secas/ migrações: gado de inferior qualidade/ sistema de
baixa rentabilidade/
2. extensivo em cerrados: propriedade cercada/ cercar áreas úmidas para o animal ter
acesso à água no período mais seco/ propriedades no agreste e no sertão/ oferece
vantagens sobre o solo/
3. semi-intensivo: áreas de condições mais favoráveis/ cercados e instalações/
alimentação servida em manjedouras/ triângulo leiteiro de Pernambuco/ construção de
silos trincheira/
4. estabulado (leite): proteger o gado com práticas sanitárias (vacinas e assistência
veterinária) / sistema em decadência/ sistema de semi-confinamento/
4. DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA
6. INDÚSTRIA
6.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS – INDÚSTRIA E ARTESANATOS
Importância da indústria na economia nordestina/ geradora de renda e fonte de emprego/
1967 – art. 34/18: atração de capitais/ 1970- Aumento significativo do número de
trabalhadores na indústria;
PE e BA: maior desenvolvimento industrial – indicam que o grande setor artesanal
também é importante, sobretudo como empregadora de mão de obra e abastecedora de
mercado regional. Artesanato – destina-se a atender um mercado local, utilizando um
mínimo de maquinaria e de técnica. Sua participação no processo de desenvolvimento é
precária. Mesmo absorvendo um alto contingente de mão de obra em toda região, ainda
permanece estagnado pela rigidez dos processos tecnológicos e operacionais, a par do
empirismo da organização empresarial.
Atividades artesanais são quase sempre tradicionais/ se originam na época colonial /
economia do interior mais ou menos fechada/ tendo se desenvolvido em função do
abastecimento de pequenos e médios núcleos populacionais/ tecelagem: BA, CE,
RN.
Cestaria e trançado: utilizam a palha de vegetais/ CE, MA, PE, PB.
Bordados de renda: Praias do nordeste/ labirintos/ CE e Baixo s. f.
Cerâmicas: confecção de louças de barro/ PE
Couro: acessórios e vestimentas/ devido a importância da pecuária/ CE, RN
Metalurgia: cutelaria/ PB
Artesanato ligado a produção de fumo, móveis e reparos/
NE: 2 fases de desenvolvimento industrial – 1 precedeu-se espontaneamente, sem
planejamento e feita por grupos econômicos locais, que utilizavam capitais que
dispunham/ estava ligada principalmente a produção agrícola regional.
2 – A partir de uma política de planejamento organizada e dirigida pela SUDENE,
visando transferir para o NE, capitais de grupos econômicos nacionais e
estrangeiros, instalados no sudeste do país. Recursos: produtos agrícolas e minerais/
INDUSTRIA TRADICIONAL: AÇUCAR, ALCCOL E TÊXTIL, e ÓLEO VEGETAL.
1985/6 indústria açucareira – PE, AL/ engenhos – CE/ 1882 indústria têxtil – algodão
egípcio – NE portos/ indústria de beneficiamento de óleos vegetais/
Indústria nordestina – em vias de diversificação/
6.2 OS GRANDES PROBLEMAS QUE DIFICULTAM O DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL
Grandes complexos industriais – se desenvolvem próximos a condições favoráveis/ no
caso, a proximidade de matéria prima, mão de obra, energia, dentre outros fatores/
Dispomos de grande quantidade de matéria prima – mineral animal e vegetal – que
poderia ser beneficiada para a indústria de bens de consumo/
Mão de obra – abundante em termos quantitativos, porém a indústria moderna emprega
pouca mão de obra. Deve salientar-se a baixa qualificação da mão de obra/
Energia – até a década de 1970/ fator importante ao desenvolvimento industrial.
Construção de usinas hidrelétricas beneficiaram o desenvolvimento da região/
Transportes: deficiência na área/ portos facilitam a entrada e saída de mercadoria/ setor
ferroviários – deixa a desejar/ as estradas de ferro possuem rotas limitadas – 1955 pós-
guerra/
Aeroportos: grandes centros industriais – recife, salvador e fortaleza/
A preocupação da SUDENE, foi criar um mecanismo que facilitasse a aplicação de
capitais do sudeste no Nordeste.
Artigos: 34/18: os débitos oriundos de imposto de renda poderiam ser reduzidos à
metade se os devedores se comprometessem a emprega-lo em empreendimentos, a
princípio industriais e também agrários no NE. A aplicação do dinheiro seria feita em
estabelecimentos oriundos de projetos aprovados pelo corpo técnico da SUDENE.
Mercado consumidor: grande problema que entrava o desenvolvimento regional –
baixa renda per capita da região. Mais da metade da população do Nordeste, está
abaixo da economia de consumo.
6.3 A SUDENE E A POLÍTICA DE INDUSTRIALIZAÇÃO:
Política desenvolvimentista da SUDENE – INDUSTRIALIZÇÃO
Sua ação: atração de capitais (34/18), e no desenvolvimento de uma política de
planejamento. Equipe técnica da SUDENE afirma que qualquer projeto só goza dos
benefícios se admitir sua viabilidade econômica.
ATIVIDADES INDUSTRIAIS MAIS BENEFICIADAS MAIS ATINGIDAS PELA
POLÍTICA DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA SUDENE: BENEFICIAMENTO DE
PRODUTOS AGRÍCOLAS, (cana, algodão, sisal, mamona, mandioca, café, carnaúba).
Outra crítica: a forma como foram implantados os projetos. Valorizando algumas
cidades: Salvador, Recife e Fortaleza. Essas grandes cidades, concentravam os projetos
de desenvolvimento. Surgiram então, planos de desenvolvimento que vieram para
auxiliar nessa distribuição.
7. COMÉRCIO
7.1 A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIO NA ECONOMIA REGIONAL
Colonização nordestina – economia de exportação/ NE – desde o início, desenvolveu
atividades comerciais intensas/ destacou-se como: exportadora de pau-brasil, açúcar,
peles, algodão, fumo e posteriormente, cera de carnaúba, cacau, sisal.
Sistema econômico responsável pela ocupação regional: voltado para o mercado
externo, e se concentrava em porções mais desenvolvidas economicamente – São Luís,
Fortaleza, Recife e Salvador.
Caráter aberto da economia regional: importância de atividades agrícolas de
subsistência, tendo em vista que havia dificuldade de escoamento de produtos devido ao
alcance das estradas de ferro. Comunidades mais distantes – encontravam unidades
voltadas inteiramente para o consumo.
O comércio nordestino é dividido em quatro grandes categorias:
Local, intra-regional, inter-regional, internacional.
7.2 O COMÉRCIO LOCAL:
População rural: expressiva/ em áreas mais afastadas, dominam atividades realizadas
por pequenos proprietários/ Esse fato, e a ausência de uma moderna estrutura de
comercialização fazem com que haja intensa atividade comercial de importância local.
Movimento cooperativista (produtores e agricultores) / ao lado de pequenos e médios
estabelecimentos comerciais, aparecem as feiras, como um ponto de encontro entre o
meio rural e urbano. As feiras se localizam, sobretudo no agreste e no sertão/
importância local e inter-regional: Caruaru, Campina grande, Feira de Santana.
7.3 COMÉRCIO INTRA-REGIONAL:
É o comércio realizado entre várias regiões e sub-regiões/ região litorânea produtora
de coco/ mata produtora de açúcar, álcool e cachaça/ agreste produção de leite,
carne, algodão, cereais, sisal/ sertão carne e algodão/ meio-norte algodão, cera de
carnaúba, babaçu.
Produtos industriais: centros urbanos (concentração) / grande importância do comércio
intra-regional/ exemplo do gado e feiras de gado (comércio intra)
BA e CE – Abastecem a região de petróleo, pois são os únicos estados que dispõem
de destilaria de petróleo/ PE – Açúcar, álcool, cimento, tecidos/ CE – Óleos
vegetais, couros e peles, carne e algodão/ PB – Algodão e minérios/ AL – Açúcar e
fumo/ RN – Algodão, gado e sal/ PI – Gado/ MA – Arroz/
7.4 COMÉRCIO INTER-REGIONAL
Relações com as demais regiões do BR, intensas/ NE- Fornece ao sul e sudeste,
matérias primas, produtos primários e maquino faturados.
Produtos fornecidos: açúcar, gipsita, jaborandi, algodão e sal marinho.
NE – Destacou-se como exportador/ óleo de babaçu, fibra de caroá, casca de anjico,
castanha de caju, cera de carnaúba, óleo de oiticica, abacaxi, arroz, cacau, cebola, coco,
óleo de mamona, fibra de sisal, e minérios/ alguns produtos tem maior importância do
que outros/ para outros países: tecidos, papel, papelão, fósforo, perfumaria, produtos de
vidro, entre outros.
Importância dos grandes centros urbanos: Recife e Salvador.
Abertura de grandes estradas que ligam o sudeste ao NE: fortalecem o comércio inter-
regional, de forma que as relações comerciais, se realizem entre a grande metrópole
nacional e os pólos sub-regionais do NE/
7.5 COMÉRCIO INTERNACIONAL:
Tem grande importância para a região/ texto explica a importância de portos e
aeroportos (voltar no texto para ver os exemplos).
8. TRANSPORTES
8.1 A EVOLUÇÃO DOS TRANSPORTES DO NORDESTE
NE – Ciclo do açúcar – ocupação na faixa litorânea – existência de portos naturais
Esse capitulo fala, basicamente, sobre estradas.
Estrada de ferro de sobral – 1881/2
Estrada de ferro de Baturité – 1882
Natal e nova cruz – 1882
Ferro cond’eu – 1889
Recife ao são Francisco – 1862
Palmares Guaranhuns – 1887
Recife e limoeiro – 1881
Recife caruaru – 1887
Paulo afonso – 1881
Central de alagoas -
Bahia ao s. f. – 1860
Central da Bahia- 1881
Santo amaro – 1883
Bahia – Minas – 1882
Recife e salvador – Começaram a construir suas ferrovias nos anos 50 e 60/
Tendência a se formarem 3 redes: Fortaleza, Recife e Salvador/ companhias inglesas se
desinteressaram por conta do alto valor das obras e baixo valor dos produtos/
IFOCS – DNOCS; Ajudou a construir rodovias no sertão
1 – período pioneiro: 1912-30 construindo primeiras estradas
2 – período terraplanagem mecanizada: 1931 – 46 condições técnicas razoáveis
3 – lei joppert: 1946 -59 eficiencia técnica
1951- DNOCS planeja a abertura/construção de oito troncos ferroviários de
grande importância econômica para a região/
NE – Possui estradas pavimentadas, facilitando o transporte de produtos
9. DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO DO NE
9.1 CARACTERÍSTICAS DO SUB-DESENVOLVIMENTO
Região de povoamento antigo e elevada densidade demográfica/ sudeste – supremacia
nacional: ocasionou grandes desequilíbrios regional em decorrência de migrações
(polarização das áreas) / brasil dispõe de 2 tipos de sub-desenvolvimento: regiões
subpovoadas e superpovoadas/ luta contra o subpovamento no NE
9.2 A LUTA CONTRA O SUB-DESENVOLVIMENTO
Séc. passado, preocupação com problemas nordestinos/ grande problema do NE:
SECAS
IOCS/ IFOCS: 1909 – contratou grande número de técnicos e realizou série de estudos/
Seca/ construção de estradas e açudes/ DNOCS – 1945: não desenvolveu um estudo de
aproveitamento das águas dos açudes em áreas passíveis de receberem irrigação/
mínima utilização dos açudes/ erro do dnocs: pensar que o problema do NE era
estritamente o clima, e não a economia.
Seca de 1952 – fez o governo enxergar que o problema do NE não era apenas físico/
cria o BNB e o polígono das secas
Uma política de desenvolvimento econômico do NE – celso furtado – GTDN
CODENO – começo de 1959 coordenar e executar os projetos/ SUDENE - 1959
Ação da SUDENE (ver no texto)
4. A ação da SUDENE
SUDENE: Discurso e ação:
Nasceu da política de desenvolvimento do governo JK, em que se procurava: objetivar o
crescimento econômico do país, de forma acelerada, com a integração de áreas
consideradas periféricas ao núcleo mais dinâmico. JK desenvolveu uma política de
estímulo à industrialização, incentivo à entrada de capitais estrangeiros e de
construção de rodovias que ligassem os vários pontos do país à área mais
dinâmica.
Construção de hidrelétricas, estradas, desenvolver uma política que atenuasse o
processo de esvaziamento econômico regional.
Governo federal – organizar um grupo de estudos para analisar os problemas
nordestinos – transformado na Operação Nordeste (OPENO), e em seguida, na
Comissão de Desenvolvimento do Nordeste (CODENO) = 1959 = SUDENE.
1° superintendente da SUDENE – Celso Furtado economista do BNDE e ligado à
CEPAL (Comissão econômica para a américa latina)
DOCUMENTO QUE DIAGNOSTICOU AS CAUSAS DO
SUBDESENVOLVIMENTO DO REGIONAL DO NORDESTE (VER OUTRO
LIVRO): falta de obras de infraestrutura, necessidade de modernização agrícola,
implantação de propriedades familiares e poli cultoras, e na melhor adaptação da
economia nordestina as condições ecológicas, desenvolvimento industrial e na
correção da política financeira.
Era atribuído o subdesenvolvimento ás causas naturais, porém, o mesmo era
provocado por causas sociais e não físicas.
Solução da SUDENE: corrigi-lo através de uma política transformadora – política
de desenvolvimento regional.
A ação da SUDENE no setor agrícola:
Trazer fortes impactos à organização agrícola, modernizando-a e fazendo-a atender
às aspirações sociais. Planejou uma política que financiava os grandes proprietários
na implantação de obras de infraestrutura em suas propriedades e que seriam
pagas pelos mesmos com a doação de terras.
A ação reformista da SUDENE conseguiu organizar algumas cooperativas rurais, como
a de Tiriri, na zona canavieira pernambucana.
SUDENE – passou a integrar o ministério do interior e procurou desenvolver entre
os proprietários o espírito empresarial. Desenvolvimento de culturas comerciais,
incentivos fiscais, facilitando o empréstimo a proprietários rurais e a empresas que
formulassem projetos de modernização da atividade pecuária e de explorações
agroindustriais.
Amplas áreas: BA e MA, PI. Objeto de projetos financiados pela SUDENE, terras para
cercamentos.
Ditadura: estímulo ao desenvolvimento da irrigação, nas áreas semiáridas, com a
introdução de novas culturas.
Polonordeste (1974) – visava desenvolver áreas consideradas mais favoráveis a
projetos integrados ou uma política voltada para a consolidação das propriedades
de porte médio, como o Projeto Sertanejo (1976). Projeto Nordeste (1980) que
deveria receber abundantes recursos do BIRD.
Pecuária: Introdução de técnicas de conservação de alimentos e de difusão de
gramíneas resistentes à seca;
SUDENE – AÇÕES MODERNIZADORAS/ No campo, a SUDENE, realizou não
uma ação reformadora, como havia combinado, mas sim uma orientação
modernizadora, exaltando grandes proprietários e excluindo o pequeno produtor.
A SUDENE e o setor mineral:
Estudos desenvolvidos nas áreas de geologia e hidrologia/ localizar e racionalizar a
produção mineral e caracterizar tipos de solos e as carências pelos mesmos
apresentadas.
ARTIGO 34/18: incentivos fiscais e subsídios – 1970 – do FINOR (Fundo de
desenvolvimento do NE) estimulou as pesquisas minerais e financiou empresas que
realizam não apenas a exploração mineral como também a transformação do
minério. NE desenvolveu várias industrias, ex: construção civil (cimento e
cerâmica vermelha). Produção mineral: xilita, petróleo, cloreto de sódio e potássio.
Problemas da economia mineral: falta de uma indústria de transformação destes
produtos;
A SUDENE e as indústrias de bens de consumo:
Preocupação básica da SUDENE/ industrialização – chave do desenvolvimento/
estudo e estímulo a empresas viáveis, projetos de empresariado, e áreas que se
propunham a implantar industrias novas no Nordeste/ dinâmicas/
Subsídios – grande arma que a agência de desenvolvimento dispôs para atrair
capitais para a região/
Essa política atraiu grandes capitais para o NE e as industrias foram localizadas de
preferência nas proximidades do Recife e de Salvador/
Governos Estaduais – Implantação de Distritos Industriais, e estabelecer isenções de
imposto para que os procurassem. Novas industrias: diversificadas: fábricas que
importavam matéria prima e produziam para atender demanda regional/ beneficiadoras
de matéria prima regional que produziam para o mercado nacional e internacional/
Apesar de numerosos projetos terem se desenvolvido na região nordestina, a maior
concentração era no norte de MG, em torno de Recife, Salvador, Fortaleza e João
Pessoa.
O processo de industrialização trouxe várias vantagens para o NE – Fez cair sua
dependência, provocou melhoria nas obras de infraestrutura e estimulou o
desenvolvimento de serviços.
Em contrapartida, os estabelecimentos pertencem em sua maioria, a empresas do
Sudeste ou multinacionais, lucros transferidos, não contribuindo expressivamente para
acumulação a nível regional; aumento de problemas ecológicos.
A SUDENE, as infraestruturas básicas e os serviços:
SUDENE – criação e ampliação de estradas e ferrovias – promovendo a integração
entre as cidades/ e comunicação geral.
Serviços: rede bancária/
Educação: crescimento de estabelecimentos de educação – escolas, faculdades e cursos
técnicos/
Saúde: abastecimento de água/
Desse modo, pode se afirmar que houve um considerável crescimento, em termos
econômicos e estatísticos da região, mas o modelo de crescimento apresentado está
divorciado da realidade existente, despreocupado com o ecológico e social, tendo feito
decair consideravelmente a qualidade de vida da população.
5. Os grandes problemas do Nordeste
Os problemas fundamentais: pobreza, pobreza estrutural, elite excludente, grupos
dominantes – propostos por grupos nacionais
Desenvolvimento – acarreta em acentuação da pobreza/