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Caro leitor, pessoas cristãs, ou simplesmente honestas, não necessitam do jugo da lei para
fazerem o que é certo. Pensando nisso, a RCC Brasil está lhe dando cinco bons motivos para
não copiar o material contido nesta publicação (fotocopiar, reimprimir, etc), sem permissão dos
possuidores dos direitos autorais. Ei-los:
1) A RCC precisa do dinheiro obtido com a sua venda para manter as obras de evangelização
evangelizaç ão
que o Senhor a tem chamado a assumir em nosso País;
2) É desonesto com a RCC que investiu gra grandes
ndes recursos
recursos para viabilizar esta publicação;
publicação;
3) É desonesto com relação aos autores
autores que investiram
investiram tempo e dinheiro parapara colocar o fruto
do seu trabalho à sua disposição;
4) É um furto denominado juridicamente
juridicamente de plágio com punição previsprevista
ta no artigo 184 do
Código Penal Brasileiro, por constituir violação de direitos autorais (Lei 9610/98);
5) Não copiar material literário publicado é prova de maturidade cristã e oportunidade de
exercer a santidade.
IMPRESSO NO BRASIL
Printed in Brazil 2010
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ..............................
..............................................................
................................ 81
I
O CARISMA DA PREGAÇÃO
8
Formação de Pregadores
9
3
Lc 24,45; Jo 14,26; 16,13; 2Tm 2,7; 1Jo 2,27.
10
II
FUNDAMENTOS DA ORATÓRIA SACRA
11
4
DESCARTES, René. Discurso do método.
5
MENDES, Eunice; COSTACURTA JUNQUEIRA, L. A. Comunicação sem
medo, p. 63; POLITO Reinaldo. Como Falar Corretamente e sem
Inibições, p.25; FURINI, Isabel Florinda. A arte de falar em público. p. 9;
FURINI, Isabel Florinda. Praticas de oratória. 12; QUEIROZ, Jerônimo
Geraldo de, in Manual do orador.
6
PIRES DA SILVA. Dercides
Dercides.. Formação de pregadores e formadores,
Oratória Sacra, volumes 1 e 2.
12
Formação de Pregadores
Formação de Pregadores
15
Oratória Sacra
formador. Ela éutiliza
o instrumento
a mesma de trabalho doque
metodologia pregador e doa
compõe
Retórica e a Oratória, todavia difere destas em dois aspectos:
conteúdo evangelizador e dependência da unção do Espírito
Santo, necessariamente. É por isso que necessitamos de formar
pregadores e formadores que consigam reunir a um só tempo
três atributos: conhecimento bíblico-doutrinário, metodologia e
unção, pois é a junção destes três elementos que faz a Oratória
8
At 16,9-10.
9
GOIS, Maurício. Curso prático de comunicação verbal, p. 285.
16
Formação de Pregadores
3. PARTES DO DISCURSO
a) Divisão antiga10
10
SOUSA, Américo de. A persuasão: estratégias para uma comunicação
influente.
17
b) Divisão moderna
Modernamente, conservaram-se três fases do discurso:
invenção, disposição e elocução.
É na invenção que o orador planeja o seu discurso
estrategicamente. Estratégia do ponto de vista pedagógico. É
na invenção que ele busca as ideias que utilizará, escolhendo o
11
“Decor: prep. lat. de + subst. lat. cor, cordis „cor ação,
ação, sede da
afetividade e tb. da inteligência e da memória‟”, Dicionário Eletrônico
Houaiss.
18
Formação de Pregadores
12
DESCARTES, René. Discurso do método, p. 41.
19
13
GOIS, Maurício. Curso prático de comunicação verbal, p. 285.
20
Formação de Pregadores
21
14
“Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34).
22
Formação de Pregadores
24
Formação de Pregadores
26
Formação de Pregadores
Formação de Pregadores
Formação de Pregadores
16
Mt 16,16-23.
32
Formação de Pregadores
E mais:
Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados.
Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos
amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício
de agradável odor. Quanto à fornicação, à impureza, sob
qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção
entre vós, como convém a santos. Nada de obscenidades, de
conversas tolas ou levianas, porque tais coisas não convêm; em
vez disto, ações de graças. Porque sabei-o bem: nenhum
dissoluto, ou impuro, ou avarento - verdadeiros idólatras! - terá
herança no Reino de Cristo e de Deus. E ninguém vos seduza
com vãos discursos. Estes são os pecados que atraem a ira de
Deus sobre
sobre os rrebeldes.
ebeldes. Não vos comprometais com eeles les (Ef
5,1-7).
33
34
Formação de Pregadores
chegava a ser gago. Diz a tradição dos filósofos que ele, para
se tornar um bom orador, submeteu-se a um autotreina-
mento muito rigoroso, porém eficaz. Seu rigor consistiu em
treinar exaustivamente. Ele discursava várias horas por dia.
Para isso, raspou os cabelos da metade de sua cabeça,
ocultou-se no porão da casa de sua irmã, serviu-se de alimen-
tação leve e usou pedras na boca para vencer a gagueira e se
tornar eloquente. Por certo, dizem que sim, sua boca se feria
a ponto de sangrar, mas ele venceu as barreiras naturais e
culturais que lhe impediam de ser um bom orador. Depois
disso, quando discursava, o povo parava para ouvi-lo e aplau-
dir.
O treinamento não pode ser somente do ponto de vista
didático ou retórico; deve ser também no quesito oração. Li
num livro17 um episódio interessante que ilustra essa
necessidade. Havia um pregador da Ordem Dominicana que
pregava muito bem. Em certo dia ele quis saber a opinião de
um leigo de sua paróquia sobre sua pregação. O leigo disse
que ele pregava bem, mas faltava alguma coisa. Ao tentar
saber o que faltava, o leigo sugeriu que ele orasse. Surpreen-
dentemente, ele, um padre, seguindo a direção espiritual de
um leigo, orou por cerca de dois anos. Neste tempo não
pregou. Após aquele período, inusitadamente, indagou ao
leigo o que deveria fazer, ouvindo daquele homem a resposta
de que ele deveria pregar novamente. Narra o livro que na
próxima missa que celebrou, enquanto pregava, muitas
pessoas caíram repousando no Espírito Santo.
Os campos de treinamentos do pregador e das prega-
doras são a oração e a formação; formação teórica e prática.
A teoria pode ser adquirida estudando a Sagrada Escritura, os
17
MacNUTT, Francis. O poder de curar, pp. 152-153.
35
36
Formação de Pregadores
7. RUÍDOS DE COMUNICAÇÃO
37
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Formação de Pregadores
39
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Formação de Pregadores
41
42
Formação de Pregadores
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44
Formação de Pregadores
45
principais: unção, na
atual, equilibrada eloquência, clareza,pratos
balança cujos linguagem direta e
são cultura
linguagem coloquial, coerência, bem fundamentada, conca-
tenada, empática, concisa, convincente, confiável, coloquial,
comovente, circunstancial, congratulante, comunicativa, ade-
quada aos ouvintes, frutífera, conceitual, criativa, conveniente,
geradora de ação, bilateral, liberal, lógica, amorosa.
Além dessas qualidades, é muito bom que oratória sacra,s acra,
como pregação, tenha um piloto: você, e que também seja ela
um sinal de contradição. O piloto ideal para dirigir sua
pregação é você contando com a unção do Espírito Santo.
46
Formação de Pregadores
47
ajuda da mensagem
contradição transmitida,
com o mundo, commotivos paracom
a injustiça, se colocar em
o pecado,
com o seu antigo modo de vida.
Da unção tratamos no livro Ardor Missionário;18 de
clareza, linguagem direta e atual, concatenação e lógica
tratamos no livro Formação de Pregadores e Formadores,
Oratória Sacra, Roteirização, Volume 2, e sobre a eloquência já
comentamos antes. Agora resumiremos alguns pensamentos
sobre as outras qualidades.
É bom que a pregação seja recheada de boa cultura
religiosa para que o povo seja convenientemente instruído no
caminho do Senhor. Ela não deve se perder nas escorregadias
curvas da linguagem rebuscada, de difícil entendimento ou
pedante. Nem mesmo formal deve ser; ao contrário, a
linguagem utilizada na pregação deve ser coloquial para que
os ouvintes entendam a mensagem sem muito esforço. Além
disso, a pregadora e o pregador devem primar pela coerên-
cia; não falamos aqui de coerência de vida, que também é
muito importante. Falamos de coerência comunicativa, de
forma que uma ideia não contradiga outra. Ideias contra-
ditórias impedem o bom entendimento da mensagem.
Já que a pregação se assemelha à apresentação de uma
tese, mesmo que seja minúscula, necessita de boa fundamen-
tação; afinal, ninguém é obrigado a aceitar as palavras dos
pregadores somente porque eles são deste ou daquele movi-
mento eclesial, ou desta ou daquela pastoral. De mais a mais,
todos os ouvintes merecem o respeito das pregadoras e dos
18
48
Formação de Pregadores
no ânimo dos
mensagem, ouvintes,
e deriva no sentido
também de uma de
boaajudá-los a acolher
fundamentação; pora
isso, é bom caprichar nos fatos e argumentos, assim como no
sábio uso da Sagrada Escritura, da Doutrina da Igreja, de bons
livros, dos exemplos de pessoas respeitáveis e do próprio
testemunho.
Uma função da pregação, que se for bem aproveitada se
torna uma qualidade, é que ela deve ser apta a gerar empatia
nos ouvintes. Falando doutro modo, é muito útil para aceita-
ção da mensagem, que a pregação atinja a assembleia também
emocionalmente e não somente com a razão. A pregação
precisa gerar nos ouvintes a capacidade de compreendê-la
com emoção. De uma pregação assim, diz-se que é empática,
por ser capaz de produzir empatia nas pessoas. Pregações
empáticas normalmente são concisas, convincentes, co-
moventes, circunstanciais, congratulantes, comunicativas, ade-
quadas aos ouvintes, conceituais, criativas, convenientes,
bilaterais, liberais, amorosas.
Sobre a concisão, é preciso dizer que existem pregadoras
e pregadores que insistem em tentar convencer os ouvintes
pelo muito falar, e não pela unção e por argumentos verda-
deiros e consistentes. Para pregar nos grupos de oração não é
necessário muito tempo, mas de muita unção, fé e amor. É
preferível um minuto de pregação ungida, a um milhão de
anos de falatório desprovido de unção, pois, com certeza, um
segundo de unção é suficiente para produzir algum fruto.
Antecipadamente, peço desculpas pelo que vou dizer, mas
não resisti: Nossos grupos são grupos de oração; não são
grupos de pregação, embora neles haja espaço para muitas
49
Parasão
minutos quem sabe pregar,
suficientes tendo fé,nãoamor
para transmitir e unção,sobre
a catequese dez
o amor de Deus, mas a experiência viva desse amor; não a
infelicidade de ser pecador, mas a ventura de se preparar
para a salvação, reconhecendo a necessidade de ser salvo por
experimentar em si a dor do pecado; não a mensagem de
salvação, mas o próprio salvador; não a esperança de cura,
mas o próprio milagre; não a obrigação da conversão, mas a
própria santidade; não somente o conhecimento de que há
uma Trindade Divina, mas o batismo experiencial do Espírito
Santo. Isso, de fato, é possível, e muito mais, em poucos
minutos de pregação ungida.
Pregação convincente é aquela que serve de veículo ao
Espírito Santo, no qual possa ele percorrer livremente os
corações dos ouvintes a fim de iluminar-lhes o entendimento,
a compreensão e a fé para que possam, com a liberdade de
filhos de Deus, optar pela mensagem divina que lhes chega
aos ouvidos.
Por muitos anos os seres por demais “inteligentes” do
mundo ocidental negligenciaram a graça inata ao ser humano
de serem dotados não somente de razão e inteligência pura,
mas também de sentimentos e emoções. Ainda bem que já se
fala em inteligência emocional. Já se fala também em memória
emocional. Sou muito simpático a estas ideias, pois sempre
identifiquei essas coisas em mim, em meus pais, em meus
irmãos, em meus colegas, em meus professores, enfim, em
todas as pessoas que convivem comigo. A emoção é um
importante componente do ser humano. Negligenciar isso, ou
considerar que as pessoas devem ser vistas somente do ponto
50
Formação de Pregadores
reconhecer
nem sequer que
ama.Deus
Por ama
amarcom o coração,
é que Deus, aoé fazer
pensardoque Deus
homem
seu semelhante, o dotou da capacidade de sentir e se
emocionar. Deus também sente e se emociona: “Meu
coração se revolve dentro de mim, eu me comovo de dó e
compaixão (Os 11,8)”, diz o Deus que nos ama. Os senti -
mentos e as emoções dos filhos e das filhas de Deus devem
ser levados em consideração pelos pregadores e pelas prega-
doras. Não se deve pregar somente para o intelecto, como a
robôs; prega-se também para os sentimentos e as emoções
dos ouvintes, como a filhos de Deus completos, pois se o
convencimento ocorre no campo das ideias, na seara da
razão, é na cidadela da emoção e do sentimento que se
experimenta o sabor de ter feito a opção certa.
Pregações circunstanciais levam em consideração as
circunstâncias de vida dos ouvintes, como o lugar onde vivem,
como trabalham, estudam e se divertem; como participam da
vida social, religiosa e política. Não se pode negligenciar
nenhum pormenor. Tudo deve ser considerado em prol de
uma boa pregação.
Há duas formas básicas de pregar: ranzinzamente,
ressaltando os problemas dos ouvintes, ou alegremente, de
forma congratulante. Pregação congratulante é aquela que
cria um ambiente de fraternidade enquanto o pregador prega.
Numa situação dessas, naturalmente as pessoas começam a
se ver na pregação, a simpatizar com o que ouvem e a
compreender a mensagem empaticamente. Isso é importante
para que aceitem a mensagem com disposição de praticá-la.
51
devem
for se comunicarmais
a comunicação, bemas enquanto pregam.
pessoas ficarão Quantoa acolher
dispostas melhor
a mensagem divina que na pregação se lhes transmite.
Não adequar a pregação aos ouvintes é erro crasso. A
pregação não é um livro do qual se interrompe a leitura para
consultar o dicionário. O que se ouve na pregação deve ser
entendido imediatamente, sob pena de prejudicar a
compreensão e o acolhimento da mensagem.
Por pregação conceitual entende-se aquela que traz
ideias, conceitos, pensamentos originais e engenhosos. Aqui
vale o provérbio oriental: “Cale ou fale, mas se falar, diga uma
palavra que valha o silêncio”. Ninguém é obrigado a ser
pregador ou pregadora, mas se aceitar a vocação de pregar,
precisa merecer a atenção dos ouvintes. Deus não reúne seus
filhos para perder tempo. O povo que ouve uma pregação,
mas não escuta nada que seja novo, pode ter perdido o
tempo. Pior do que isso: pessoas sedentas, se não forem
saciadas por nossas pregações, poderão abandonar o redil e
saírem à procura de quem lhes dê qualquer espécie de bebida
ou de comida.
É muito bom ouvir uma pregação criativa. Os pregadores
deveriam aprender com Jesus sobre a criatividade. Ele repetiu
o ensinamento sobre o Reino de Deus muitas vezes, porém o
fez de forma criativa, variando a forma do ensino por meio de
parábolas diferentes.
Conveniente é a pregação que está de acordo com a
situação do público ouvinte. Nem sempre uma verdade,
somente por ser verdade, é conveniente. Para entender o
que seja conveniente, pense no seu contrário, no inconve-
52
Formação de Pregadores
acusá-la de de
isso depois idólatra? Acaso,
anunciar conveniente
a salvação nãoenriquecida
de Jesus, seria dizer-lhe
com
os demais temas do querigma? Cada evangelizador, bem
como a evangelizadora, deve se esforçar para ser conve-
niente, para evangelizar convenientemente.
Pensemos noutra situação: Isso ou aquilo, se for dito vai
ajudar as pessoas a se entregarem a Jesus ou vai afastá-las
dele? Vai ajudar as pessoas acolherem a mensagem de
salvação ou vai dificultar? Se a resposta não for “vai ajudar”, é
inconveniente e não deve ser usada.
Para ajudar a entender a conveniência, leiamos uma his-
torinha que a tradição dos filósofos atribui a Sócrates:
53
19
54
Formação de Pregadores
Uma Sendo
amorosa. das melhores
amorosa, aqualidades daouvintes
resposta dos pregação
vemécheia
ser
de confiança no amor de Deus, particularmente a confiança
de que não serão rejeitados quer aceitem, quer recusem a
mensagem. Acreditem, isso faz nascer nos evangelizandos
respostas positivas duradouras e comprometidas, pois nascem
de uma resposta a um amor que só pode nascer de outro
amor.
Vendo o amor na pregação, os ouvintes acreditam em
quem prega e confiam em Deus, pois todos sabem por
experiência que o “amor é paciente, o amor é bondoso. Não
tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem
escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se
irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas
se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo es-
pera, tudo suporta. O amor jamais acabará” (1Cor 13,4-8a).
O Senhor deseja que cada semente produza cem frutos.
Esse é o significado de cem por um.20 Não podem, portanto,
os pregadores e as pregadoras pregarem como se não
tivessem responsabilidade pelos frutos. É certo que os
pregadores são semeadores e que os frutos são colhidos pelo
ceifador, isto é, por Jesus. Mas é bom lembrar que uma boa
colheita começa com uma boa semeadura.
Por fim, a pregação deve ser apta a gerar ações positivas
por parte de todos que a ouvem. Ninguém poderá ficar
indiferente ao ouvir um pregador ou uma pregadora anunci-
ando a palavra de Deus, pois de fato é a Palavra do Senhor
20
Mt 13,23.
55
21
Ap 3,16.
56
Formação de Pregadores
57
58
Formação de Pregadores
59
60
Formação de Pregadores
serveNopara
queaumentar
toca à aparelhagem
o volume de
e osom, todosdasabem
alcance quepré-
fala do ela
gador, mas parece que quase todos têm se esquecido de
outras funções muito importantes desempenhadas por estes
equipamentos, como a melhoria da qualidade da voz.
Outra função que também parece estar sendo relegada, é
a de que o som deve sair da aparelhagem de forma que seja
agradável aos ouvinte; isso se não for prazerosa. O contrário
disso é uma sonoridade agressiva aos ouvidos e irritante aos
sentimentos,
prega e de quemdaquelas quedefazem
ouve; quemextinguir
ora e adeunção
quemderecebe
quem
oração.
Assim, resumamos as qualidades do som com essas pala-
vras: clareza, inteligibilidade, e, principalmente, agradável ao
ouvinte.
O ideal é que os pregadores sejam treinados a usar os
equipamentos nas oficinas de pregação, até conseguirem
utilizá-los bem, principalmente aqueles que são fáceis de
serem empregados indevidamente, como os microfones e os
datashows.
61
62
Formação de Pregadores
b) Partes da oratória:
b.1) Antiga:
b.2) Moderna:
63
c) Eloquência:
Eloquência é qualidade fundamental da boa oratória, ou,
como queiram, do bom discurso. O que equivale a dizer que
o é também da boa pregação. Em estudos de linguagem,
eloquência significa a arte de falar bem. Para entender melhor
a eloquência, é bom dizer que ela é também a capacidade de
exprimir-se com facilidade. Todavia, há quem sustente que
ela é a arte e o talento de persuadir, convencer, deleitar ou
comover por meio da palavra. É bom ouvir oradores que
conhecem o ofício da oratória; é ótimo ouvir pregadores que
pregam bem. Grande parte do pregar bem é fruto da
eloquência. Eloquência conduzida pelo dom da sabedoria que
o Espírito Santo concede aos que são de Jesus.
64
Formação de Pregadores
f) Ruídos da comunicação:
65
66
Formação de Pregadores
A pregadora ou o pregador
pr egador é, a um só tempo, filho, formador,
soldado, atleta, lavrador, pescador dedicado e filósofo que emprega
a inteligência, dom de Deus, para entender todas as coisas. Por
isso, entendendo a missão de pescador de homens que lhes cabe,
ligamos nossa conclusão à exortação do Apóstolo, pois, além da
unção do Espírito Santo, sem trabalho, consagração e disciplina,
assunto subjacente a este pequeno livro, nenhum pregador irá
longe:
“Tu, portanto, meu filho, procura progredir na graça de Jesus
Cristo. O que de mim ouviste em presença de muitas testemunhas,
confia-o a homens fieis que, por sua vez, sejam capazes de instruir a
outros. Suporta comigo os trabalhos, como bom soldado de Jesus
Cristo. Nenhum soldado pode implicar-se em negócios da vida civil,
67
68
APÊNDICE
ROTEIROS DE ENSINOS
FUNDAMENTOS DA ORATÓRIA SACRA
(Primeira Parte)
I – INTRODUÇÃO
(Pedir oração)
1. APRESENTAÇ
APRESENTAÇÃO
ÃO DO FORMADOR
FORMADOR
- (nome), casado, Ministério de Pregação.
2. MOTIVAÇÃO
Um dono de um pequeno comércio, amigo do grande
poeta Olavo Bilac, abordou-lhe na rua:
− Senhor Bilac, estou precisando vender meu sítio, que
o senhor tão bem conhece. Poderia redigir um anúncio
para mim?
Olavo Bilac apanhou um papel e escreveu:
− Vende-se
pássaros ao encantadoranopropriedade,
amanhecer onde cantam
extenso arvoredo, os
cortada
por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A
casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra
tranquila das tardes na varanda.
Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-
lhe se havia vendido o sítio, mas, surpreendentemente,
o homem respondeu:
− Nem pense mais nisso! – Disse o homem – Quando li
o anúncio é que percebi a maravilha que eu tinha.
69
II – DESENVOLVIMENTO
23
DESCARTES, René. Discurso do método, p. 37.
70
Formação de Pregadores
71
4. ELOQUÊNCIA
- “A eloqüência tem forças e belezas incomparáveis.” 24
- Habilidade de falar e exprimir-se com facilidade. É a arte e
o talento de persuadir, convencer, deleitar ou comover
por meio da palavra.
- Em estudos da linguagem é a arte de falar bem.
5. ORATÓRIA: MÉTODO DA PREGAÇÃO
- Método é um processo ou técnica de ensino
- A oratória é a técnica natural
na tural para o pregador
pr egador evangelizar,
pelos seguintes motivos:
= Uma das funções da oratória é apresentar uma tese,
sustentá-la e deixar os ouvintes em condições de decidir
por ela.
= Cada tema de pregação assemelha-se a uma tese
6. DECÁLOGO DO ORADOR SACRO
- OS DA PAZ ETC.
- Orar diariamente
- Simplicidade na exposição e profundidade nas ideias
- Docilidade ao Espírito Santo
- A mar
mar as pessoas
- Pregar o que
- A
prender
prender comseosvive
bons pregadores
- Zelar pela própria santidade
- Escolher cuidadosamente o tema e as ideias principais
para compor o roteiro
- Treinar exaustivamente
- Começar a pregação com serenidade (os arroubos são
para depois)
24
DESCARTES, René. Discurso do método, p. 41.
72
Formação de Pregadores
III – CONCLUSÃO
1. RESUMO
b) Avaliação
a) Recapitulação (retomarresponder
(indagar, Itens) perguntas, sanar
dúvidas, complementar, etc).
c) Fecho (fixação-síntese)
2. CONVITE À AÇÃO
3. ORAÇÃO FINAL
Amém. Deus os abençoe. Muito obrigado.
73
74
Formação de Pregadores
I – INTRODUÇÃO
(Pedir oração)
1. APRESENTAÇ
APRESENTAÇÃO ÃO DO FORMADOR
FORMADOR
– (nome), casado, Ministério de Pregação.
2. MOTIVAÇÃO
3. APRESENTAÇ
APRESENTAÇÃO ÃO DO ENSINO
a) TEMA : FUNDAMENTOS DA ORATÓRIA SACRA
(segunda parte)
b) Itens:
b.1) Ruídos da comunicação
b.2) Qualidades da oratória sacra
b.3) Vitória sobre o medo
b.4) Utilização dos equipamentos com sabedoria
II – DESENVOLVIMENTO
75
Insegurança
Desconhecimento das leis da comunicação verbal
coletiva
Emprego
concisão) inadequado da concisão (falta ou excesso de
Prolixidade
Exagero de expressões desconhecidas e de palavras
“difíceis”
Discurso decorado de forma robotizada
Usar a imaginação em desfavor de si mesmo
Velocidade vocal inadequada
inadequada
Mau uso do aparelho fonador (má colocação da voz,
má articulação).
Exagero de citações comentadas (bíblicas,
doutrinárias)
Exagero de citações sem comentários
Exagero de ilustrações e exemplos
Imitação inconsciente de outro pregador
Excessos de cortesias (delicadezas artificiais,
maneirismo)
Exagero no uso das figuras de linguagem
Excesso de movimento
Imobilidade
Expressão de abatimento e de inferioridade (cansaço,
depressão)
Expressão de superioridade (narcisismo, excesso de
altivez, presunção, excesso de autoconfiança).
Repetição constante de um mesmo gesto
Citar fontes sem variedade retórica
Levar os ouvintes para trechos e não para a ideia
principal
76
Formação de Pregadores
- Linguagem
pratos direta eelinguagem
são cultura atual (equilibrada
coloquial) na balança cujos
- Mensagem coerente, bem fundamentada, concatenada,
concisa, convincente, confiável, coloquial, comovente.
- Empatia (desenvolve empatia com os ouvintes)
- Tem um piloto: você (orador sacro, pregador).
- Circunstancial.
- Congratulação (ambiente de fraternidade).
- Sinal de contradição
- Comunicativa
- Adequada aos ouvintes
77
77
- Frutífera
- Conceitual (Cale ou fale, mas se falar, diga uma palavra
que valha o silêncio).
- Criativa
- Conveniente
- Geradora de ação
- Bilateral
- Liberal
- Lógica
- Amorosa.
3. VITÓRIA SOBRE O MEDO
- Reconhecer que todos os seres humanos normais têm
medo
- Momentos do medo:
= Antes da pregação
= No início da pregação
= Durante a pregação (não é normal, precisa
precisa de ajuda).
- Batalhas contra o medo (armas):
= Falar na sua língua (temos duas línguas: transmitida,
pela família; adquirida, na escola).
= Conhecer as regras, porém sem se escravizar.
= À medida que repetir a mesma pregação, buscar em
Jesus coisas novas para ela.
= Preparar a pregação para vocêvocê e preparar-se para ela.
= Começar a pregação de maneira serena
= Confessar o medo, criativa e sabiamente, no início da
pregação.
= Conhecer suas qualidades e limitações.
= Vencer a inibição (inibição sim, silêncio jamais: o
pregador é aquele que fala).
78
Formação de Pregadores
III – CONCLUSÃO
1. RESUMO
a) Recapitulação (retomar Itens)
b) Avaliação (indagar, responder perguntas, sanar
dúvidas, complementar, etc).
c) Fecho (fixação-síntese)
2. CONVITE À AÇÃO
3. ORAÇÃO FINAL
Amém. Deus os abençoe. Muito obrigado.
79
Formação de Pregadores
REFERÊNCIAS
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www.rccbrasil.org.br
www.rccbrasil.org.br