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Teoria do Patrimônio

Curso de Arquitetura e Urbanismo – Puc Minas

Isabela Cristina Antunes de Barcelos – 591382/Noite

Fichamento de Artigo Científico

Obra em Fichamento

CANDAU, Joel. Memória e Identidade. 1ª Edição. São Paulo: Contexto,


2011.

Resumo

Nessa obra, o autor aborda algumas análises sobre as analogias entre


memória e identidade. Ele diz que uma depende da outra, dizendo que é
impossível existir uma lembrança sem esquecimento, pois somente a
memória permite a criação da duração de cada momento e com isso
permite entender questões como continuidade ou ruptura. Partindo dessa
perspectiva, reforça a ideia da dependência entre memória e identidade e
afirma que o surgimento de elos entre os diversos estágios da vida da
pessoa só é possível se ela tem o entendimento de que haverá sempre
uma sequência de tempo em sua vida e isso será muito significante para
si, porque tudo o que vivemos no passado faz parte do nosso futuro. A
autor diz que a memória é a identidade em ação, mas ela pode trazer
consequências, arruinar o sentimento da identidade.

Especificação do Objetivo geral

O objetivo geral do texto é explicar a identidade como um estado


psicológico e social e a memória como algo individual e um conjunto de
representações coletivas, além de diferenciar as memórias fortes e fracas.
A memória forte é aquela capaz de organizar sentido.
Citações

“A memória, ao mesmo tempo em que nos modela, é também por nos


modelada. Isso resume perfeitamente a dialética da memória e da
identidade que se conjugam, se nutrem mutuamente, se apoiam uma na
outra para produzir uma trajetória de vida, uma história, um mito, uma
narrativa...” (p.16)

“A memória é a identidade em ação, mas ela pode, ao contrário,


ameaçar, perturbar e mesmo arruinar o sentimento de identidade, tal
como mostram os trabalhos sobre as lembranças de traumas e
tragédias...” (p.18)

“As noções de “identidade” e “memoria” são ambíguas, pois ambas


estão subsumidas no termo representações, um conceito operatório no
campo das Ciências Humanas e Sociais, referindo-se a um estado em
relação à primeira e a uma faculdade em relação à segunda” (p.21)

“Um argumento mais forte é o da confusão entre a evocação (as


lembranças manifestadas quando são, por exemplo, verbalizadas ou
transcritas) e as lembranças propriamente ditas. As lembranças
manifestadas não se confundem com as lembranças tais como são
conservadas...” (p.33)

“Entre as categorias organizadas de representações vou privilegiar aqui


a memória. Seu efeito será proporcional a sua força. Denomino memoria
forte, uma memória massiva, coerente, compacta e profunda...” (p.44)

“[...]longe de ser o compartilhamento espontâneo de uma experiência


viva e transmitida, a memória coletiva foi também orquestrada, não
menos que a memória histórica, como uma estratégia favorecendo a
solidariedade e mobilização de um grupo através de um processo
permanente de eliminação e escolha. ” (p.47)
Comentário

Diante do exposto no texto, observa-se que o autor apresenta discussões


direcionadas para o campo da antropologia social, mostrando interesse nas
diversas formas de memória e no seu compartilhamento. Pelas citações
podemos perceber que a memória e a identidade “andam juntas” porem cada
uma com sua característica. A identidade é só uma, mas a memória pode se
dividir em algumas partes.

Opinião do leitor

Achei um texto com uma linguagem de fácil entendimento e sobre um assunto


interessante que é a memória e a identidade, algo que está em nossa vida e o
autor mostra como transitamos entre as formas individuais e coletivas.

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