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DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
Luanda, 2019
UNIVERSIDADE LUSÍADA DE ANGOLA
CENTRO DE ESTUDO, INVESTIGAÇÃO E PÓS – GRADUAÇÃO LUANDA
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
Luanda, 2019
II
DECLARAÇÃO
__________________________ ____________________
Rodrigo Domingos Aguiar Rosa Data
III
“Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado
que, quanto mais eu trabalho, mais sorte eu tenho”.
“Thomas Jefferson”
IV
DEDICATÓRIA
A Deus pai todo-poderoso que me concedeu o dom da vida, por cuidar de mim
sempre e dotou de capacidade que vai para além da minha natureza.
Aos meus irmãos, primos, sobrinhos e tios pelo grande apoio moral e social.
V
AGRADECIMENTOS
Agradeço acima de tudo a Deus que sempre deu-me saúde e luz para
caminhar e chegar na meta certa.
Ao Professor Doutor Fernando Ribeiro Director do Centro de Estudo,
Investigação e Pós-Graduação da Universidade Lusíadas de Angola pela
oportunidade concedida para a realização deste trabalho e as recomendações
de alguns sites com categorias científicas.
Ao Professor Doutor. Ernesto Paulo Luciano, orientador do trabalho pela
paciência, ensinamento e orientação que me foi prestada;
Ao Professor Engenheiro Agrónomo. Tomas Hungulo, cô-orientar do trabalho
pela paciência, ensinamento e que me foi prestada;
Ao Professora Mestre. Dionisia Auzenda Castro, apoio, paciência,
ensinamento e que me foi prestada para o êxito do trabalho;
Ao Professor Doutor. Muradali Ibrahimo, pelo apoio, paciência, ensinamento
que me foi prestado;
À Professora Doutora Leonor da Silva que desde sempre se disponibilizou em
apoiar neste trabalho com espírito de vontade, força, habilidade intelectual, e
pelo imprescindível aconselhamento;
À Dra. Bárbara do Centro de Estudo, Investigação e Pós-Graduação da
Universidade Lusiada de Angola pelo prestimoso apoio e contribuição para o
êxito deste trabalho;
Ao Eng.º. Braga do Ministério da Agricultura Natural pelo prestimoso apoio na
aquisição dos materiais bibliográficos para a elaboração do trabalho;
A todas as pessoas que contribuíram directa ou indiretamente para a reflexão
e realização deste trabalho, especialmente, aos meus pais.
VI
RESUMO
O presente estudo definiu como tema de pesquisa: Contribuição da Agricultura
Familiar na Comunidade da Funda. Foi escolhido como área de estudo, o
município de Cacuaco, Comuna da Funda, por apresentar condições
agroclimáticas, vegetação, sistemas agrícolas familiares e fonte de escoamento
de produto para cidade capital. Como objectivo geral da pesquisa: 1) Analisar
com base na abordagem da agricultura familiar, o sistema de contribuições
para o melhoramento da economia das coopertivas e das famílias da Comuna
da Funda do qual foram definidos os objectivos específicos: 1) Fazer uma
breve abordagem sobre o contributo da agricultura familiar para a economia na
região da Funda;2) Avaliar medidas que visam o aumento da produção agrícola
da região da Funda; 3) Sugerir estratégias de capacitação de agricultores de
novas técnicas, material de cultivo, monitoramento fitossanitário e apoio
financeiro, da região da Funda. Identificou como problema de investigação, a
falta do apoio local para o dinamismo de uma agricultura por forma a melhorar
e desenvolver a actividade agrária, a dificuldade no escoamento dos produtos
pelo facto das vias de acesso não estarem em altura de satisfazer as
necessidades quanto ao transporte e a comercialização dos bens, a falta das
novas técnicas e inputs para o desenvolvimento agrícola na região, assim
como crédito para fazer face as necessidades dos camponeses e agricultores
da cooperativa na região. Para este estudo aplicou-se o método quantitativo. O
presente trabalho teve como contribuição, o aumento de oportunidade de
emprego, a distribuição dos produtos para a região de Luanda, mercados
formais e informais, no combate a fome e da pobreza. Tendo-se chegado à
conclusão de que (i) A reformulação da estratégia de diversificação do sector
agrícola na comunidade é oportuno para o desenvolvimento da economia na
comunidade da Funda. Concluiu-se que os objectivos alcançados pela
pesquisa foram alcançados.
VIII
Lista de Tabelas
49
Tabela.6 Distribuição dos 250 Indivíduos Comuna da Funda por Tipo de
Agricultura …………………………………………………………...
59
Tabela.7 Frequência e Percentagem das termos de existência de outras 61
Variedades
agrícolas…………………………………………………………..
Tabela.8 Frequência e Percentagem dos termos Participação do Género e 64
Idade…………………………………………………………..
IX
Lista de Figuras
X
Lista de Abreviaturas e Agrónimas
XI
ÍNDICE
XII
Segundo a Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP), no primeiro
semestre de 2012, o investimento privado nos setores não - petrolíferos terá
superado mais de mil milhões de dólares. O setor da indústria transformadora
lidera a lista dos investimentos, seguindo-se a prestação de serviços, o comércio
por grosso e a retalho, a construção e o design. As províncias de Luanda,
Benguela e Bengo, são as regiões do país que mais beneficiarão com estes
investimentos privados...................................................................................................28
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL DE MÉDIO
PRAZO:............................................................................................................................30
Promoção de Diversificação Económica:...............................................................30
Promover o crescimento equilibrado dos vários sectores de actividade
económica, centrado no crescimento económico e na expansão das
oportunidades de emprego;...........................................................................................31
Ampliar a diversificação da economia através do fomento empresarial
privado;.............................................................................................................................31
Promover a criação de uma classe empresarial preparada para dinamizar a
actividade económica e o surgimento de novas empresas, nomeadamente de
base nacional;..................................................................................................................31
Aumentar e diversificar as exportações não-petrolíferas, promovendo os
sectores com vantagens comparativas de custos nos mercados internacionais.. .31
CAPÍTULO III - MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................37
3.1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................38
3.2. DESIGN DA PESQUISA............................................................................................38
3.3. FILOSOFIA DA PESQUISA......................................................................................39
3.4. ESTRATÉGIA DA PESQUISA..................................................................................40
3.5. POPULAÇÃO DA PESQUISA..................................................................................43
3.6. AMOSTRA....................................................................................................................44
3.7. INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS..........................................................44
3.8. ANÁLISE DE DADOS................................................................................................45
3.9. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS.....................................................................................46
3.10. CONCLUSÕES........................................................................................................46
CAPÍTULO IV–APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.......................48
4.1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................49
4.2. CARACTERIZAÇÃO DO PAÍS E DA REGIÃO EM ESTUDO..............................49
4.3. CARACTERÍSTICAS SOCIAIS E ECONÓMICAS DA REGIÃO.........................52
4.4. TRABALHO.................................................................................................................53
4.5. PRODUTIVIDADE.......................................................................................................53
4.6. CARACTERÍSTICA GEOGRÁFICA E AMBIENTAIS DA REGIÃO DE ESTUDO
58
XIII
4.6.1. Localização.....................................................................................................58
4.6.2. Clima.................................................................................................................59
4.6.3. Solo...................................................................................................................59
4.6.4. Preparação do Solo.......................................................................................59
4.6.5. Área Cultivada................................................................................................60
4.7. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.....................................60
4.7.1. Caracteristicas Sócio – Demográficas dos Locais dos Inquiridos....63
4.7.2. Caracteristicas Sócio- Económico............................................................64
4.7.3. Caracteristicas do Sistema de Armazenamento....................................74
4.7.4. Práticas de Cultivo........................................................................................75
CAPÍTULO V - CONCLUSÕES.............................................................................................78
5.1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................79
5.2. RESULTADO DA PESQUISA...................................................................................79
5.2.1. Conclusões da Revisão Bibliográfica.......................................................79
5.2.2. Conclusões da pesquisa principal............................................................80
5.3. RECOMENDAÇÕES...................................................................................................83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................85
ANEXOS...................................................................................................................................94
XIV
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1. INTRODUÇÃO
2
Para a boa prática do sector agrário foram criados regulamentos necessários
para de uma forma organizada junto de outras cooperativas congéneres e
afins, desempenhe bem o seu papel em cada região dentro das suas
localidades como, por exemplo:
A cooperação surgiu como necessidade, como meio de sobrevivência e,
principalmente, como agrupamento de pessoas que na reciprocidade de seu
trabalho, no conjunto de suas ideias e no esforço continuado de suas ações,
realizavam seus propósitos e seus objetivos.
a) Cooperativa agrícola são caracterizadas na literatura pela sua
capacidade de organizar o espaço e a produção rural, de aumentar o
volume de produção, de permitir a geração de uma renda e melhoria de
vida dos agricultores (Kochhann, 2014);
b) Cooperativa apícola é uma atividade tradicionalmente ligada à
agricultura, normalmente encarada como um complemento ao
rendimento das explorações, sendo porém de assinalar um crescente
universo de apicultores para os quais a apicultura é a base das receitas
de exploração. Representa, contudo, um serviço vital para a agricultura
através da polinização e contribui para a preservação da biodiversidade
ao manter a diversidade genética das plantas e o equilíbrio ecológico
(Relatório de Programa Apícola Nacional, 2017-2019:5);
c) Cooperativa de floricultura ou Cooperativa Veiling Holambra (CVH)
demonstra em sua missão a preocupação com o seu produtor, a
comercialização justa de seus produtos, bem como, a qualidade ofertada
de seus produtos e serviços, além do foco na inovação e pesquisa,
como é possível observar na declaração de sua visão: "Ser o melhor
centro de comercialização de flores e plantas, buscando constantemente
inovação, eficiência, solidez e conhecimento em produtos e serviços
(António 2017)1.
3
Todas “constituídas num interesse público obedece aos procedimentos
estabelecidos e compete ao título do poder Executivo regulamentar os ramos
de actividade das cooperativas”2.
Á agricultura contribui no aumento de técnicas para aumento da produção e
redução da pobreza para a integração efectiva das comunidades rurais no
desenvolvimento do futuro da económica agrária (Moreira, 2006).
Bem como o seu “objectivo socio-económico através de políticas que venham
reforçar cada vez mais o bom funcionamento do sector como motor da
economia futura” Lei das Cooperativas de Angola”2.
O país atingiu a primeira meta dos objectivos de desenvolvimento do milénio,
ou seja, reduziu para metade o número de cidadãos que vivem no limiar da
pobreza. Ascendendo para a reduzida lista dos 20 países africanos
classificados pelo Banco Mundial, como países de rendimento médio, ao lado
da África do Sul, da Nigéria e do Egipto, entre outros.
De forma a reforçar a capacidade de organização dos produtores em
associações e cooperativas dos camponeses e agricultores e, reforçar a
capacidade de assistência técnica.
As cooperativas agropecuárias têm sido vistas ao longo dos anos como meio
de coordenação dos actores no sector primário da economia e importantes vias
de acesso dos produtores ao mercado. Entretanto, nota-se ainda um baixo
número de cooperativas no meio rural, o que levanta dúvidas quanto à
efetividade e ao impacto das cooperativas na atividade agrícola.
2
Lei das Cooperativas de Angola, Lei nº 23/15 de 31 de Agosto.
4
Uma das preocupações que a comissão cooperativa enfrenta é o fraco
desenvolvimento do trabalho, por ser uma área de grande cultivo, com um solo
bastante rico para a prática agrícola, além dos grandes problemas que certos
camponeses passam na região da funda.
Mais apoio de material (adubos como crédito agrícola para fazer face as
actividades da cooperativa) aumentará um grande número de empregadores
de forma a tornar os produtos mais desenvolvidos.
1.3. JUSTIFICATIVA
O presente trabalho justifica-se pelo facto da Comuna da Funda ser uma das
áreas com grandes dimensões para a prática da agricultura, presença de solos
férteis, água abundante formando uma cintura verde nas áreas e nos arredores
da Funda nomeadamente Kikuxi e na foz do rio Kwanza.
5
O melhoramento e o aumento das vias de acesso aumentaram melhor na
circulação de bens e serviços e o dinamismo, o incentivo das cooperativas no
desenvolvimento da agricultura da região.
Nos últimos anos com a crise económica dos citadinos o Governo, tem vindo a
diversificar a economia de forma a não tornar dependente de um só recurso no
caso do Petróleo como nosso único potencial na contribuição para o
desenvolvimento de outros sectores da economia actual Segundo o Relatório
do Banco Internacional de Crédito (BIC), (2014:3).
Em Luanda, a região da Funda devido a passagem do rio Zenza que
desemboca no mar Atlântico é uma região de grande potencial na produção
agrícola familiar e como base de sustento das suas famílias local e mercados
de Luanda, para além da comercialização dos seus produtos cultivados, daí ser
um bom indicativo como sugestão de reforço no investimento para o aumento
desta produção na diversificação da economia, União Nacional dos
Camponeses de Angola (UNACA, 2018).
1.4. OBJECTIVOS
1.4.1.Objectivo Geral:
Analisar com base na abordagem da agricultura familiar, o sistema de
contribuições para o melhoramento da economia das coopertivas e das
famílias da Comuna da Funda.
6
2. Avaliar medidas que visam o aumento da produção agrícola da região
da Funda;
3. Sugerir estratégias de capacitação de agricultores de novas técnicas,
material de cultivo, monitoramento fitossanitário e apoio financeiro da
região da Funda.
1.5. VARIÁVEIS
Testes de Normalidade
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
1.6. HIPÓTESES
H0: Agricultura familiar não contribui para a diversificação da economia.
H1: Agricultura familiar contribui para a diversificação da economia.
7
1.7. Estrutura do Trabalho
8
Segundo UNACA (2018) a agricultura familiar contribui na produção de
importantes produtos alimentícios presentes em nossa alimentação diária,
como por exemplo: da mandioca, do Feijão, do Milho, do Arroz, da Banana, do
Repolho, da Cenoura, do Alface, do Couve, do Usse, da Bringela, da Cebola,
do Alho, da Gimboa, do Espinafre, da Batata – Doce, da Batata – rena, do
Tomate entre outros.
9
CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. INTRODUÇÃO
11
disso, a variância total de um portfólio diminuirá pelo facto de que a variação do
preço individual de um activo pode ser compensada por variações
complementares nos preços dos demais, ou seja, minimizar o peso de um
papel específico sobre a performance geral de todos os investimentos.
2.2.3 Cooperativas
12
De outro modo pode-se dizer que são associações de pessoas, que
reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício
de uma actividade econômica, de proveito comum, sem objectivo de lucro.
13
Segundo (Cardoso, 2014:9) cooperativa é uma associação autônoma de
pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e
necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um
empreendimento de propriedade colectiva e democraticamente gerido.
Fundamenta-se na economia solidária e se propõe a obter um desempenho
econômico eficiente, por meio da produção de bens e serviços com qualidade
destinada a seus cooperados e clientes.
15
fiscalização e licenciamento das actividades florestais e de extração de
madeira.
O Executivo faz tudo para que os jovens possam se estabilizar no meio rural,
trabalhar e estudar. É por isso que todos projectos da agricultura estão
dirigidos para o meio rural”, justificou o titular da pasta da Agricultura.
16
Relatório da Avaliação Sectorial dos Projectos de Desenvolvimento Rural e
Segurança Alimentar em Angola (Hendrik H; Rainer.T; Guilherme S; Walter
Vieigas. 2004:16).
Segundo (Relatório do BIC, 2014:30), sobre o Plano Nacional de
Desenvolvimento de Médio Prazo, 2013-2017, a elaborado pelo Governo de
Angolano, com base na Estratégia Nacional “Agenda 2025” fixando as Grandes
Orientações para o Desenvolvimento de Angola, estacando-se alguns
objectivos importantes para elaboração de uma Estratégia de Desenvolvimento
Sustentável e Rumo a uma Economia Verde:
1. Promover o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação;
2. Apoiar o Desenvolvimento do Empreendedorismo e do Sector Privado;
3. Promover o Desenvolvimento Sustentável, Competitivo e Equitativo,
garantindo o Futuro das Gerações Vindouras.
Relativamente aos objectivos nacionais do Plano Nacional de Desenvolvimento
de Médio Prazo (2013-2017) são a destacar:
1. Preservação a coesão nacional
2. Melhorar a qualidade de vida
3. Desenvolver o sector privado
4. Garantir os pressupostos básicos necessários ao desenvolvimento.
Estas parcerias, não devem apenas ser vista no âmbito da agricultura familiar,
mas também numa perspectiva empresarial, tal como indicam as políticas
17
públicas do Executivo angolano para a coabitação dos dois modelos
(agricultura familiar e empresarial).
Quanto ao crédito agrícola de campanha lançado nos últimos anos para apoiar
a agricultura familiar, o mesmo deve ser reformulado, sobretudo no seu modelo
de implementação entrega de instrumentos de trabalho, fertilizantes e
sementes aos agricultores para a busca de produtos melhorados em
quantidade e qualidade.
18
2.3.2. Situação actual da Agricultura Familiar Como Subsistência na
Alimentação, dos Países da CPLP (Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa)
Segundo: (Correia, 2013:6), é fácil perceber a importância da agricultura
familiar na segurança alimentar, nomeadamente nos PALOP, pois ela será
tanto mais importante quanto mais pobres forem as regiões e as comunidades
onde elas se desenvolvem.
a) ANGOLA
b) CABO VERDE
19
embora só 15 a 20% da produção se destina à comercialização
fundamentalmente frutas, hortícolas e queijo e naturalmente o café que
pertence quase exclusivamente às unidades de produção familiar. Em Cabo
Verde, 41.000 famílias dependem do mundo rural ou seja, cerca de 60% de
toda a população.
c) BRASIL
d) GUINÉ - BISSAU
Segundo (Correia,2014:10), os pequenos agricultores de tipo familiar e as
organizações dos produtores estão no centro das políticas do sector e são
dirigidas a eles. As políticas estão traduzidas no documento Carta de
Politica de Desenvolvimento Agrário (CPDA). Os objectivos de política
foram:
20
Os instrumentos de implementação de política estão traduzidos em programas
e acções no Programa Nacional de Investimento Agrário (PNIA).
I. A curto prazo:
21
2) Apoio à melhoria das técnicas de cultivo de produção de caju através da
pesquisa e da vulgarização.
e) MOÇAMBIQUE
22
As condições climatéricas e a constituição do terreno de Moçambique sempre
abriram vastas perspectivas ao cultivo de plantas de interesse económico. A
agricultura em Moçambique emprega cerca de 80% da população activa e
representa cerca de 34% do PNB.
f) TIMOR LESTE
g) PORTUGAL
23
Tomé e Príncipe; e mais de 90% em Cabo Verde, Guiné-Bissau e Mo
çambique) são produtores familiares. Assim, em março de 2015 decorreu
em São Tomé e Príncipe o I Fórum de Agricultura Familiar e Segurança
Alimentar e Nutricional na CPLP, onde representantes de 500 organiza
ções da Sociedade Civil e de 17 milhões de agricultores (reunidos na
Plataforma de Camponeses da CPLP) concluíram ser necessário alertar os
Governos dos Estados-membros da CPLP para a urgente necessidade de
reconhecer a importância dos agricultores familiares e camponeses em todos
os países da CPLP, a necessidade de fortalecer a capacitação específica para
estes actores e o acesso a informação adequada para a promoção de
políticas activas de apoio à agricultura familiar, acesso e controlo dos
recursos naturais e proteção da biodiversidade = (redsan-cplp.org, acedido
em 12/6/2016).
A declaração das Nações Unidas que instituiu o ano de 2014 como o Ano
Internacional da agricultura familiar e as iniciativas daí decorrentes vieram
reanimar o debate sobre esta forma de organização da produção agrícola face
aos desafios que se colocam atualmente à agricultura, à economia e à
sociedade em geral.
A data não podia ter sido melhor escolhida já que coincidiu com o agravar da
contradição entre o crescente reconhecimento da importância social,
económica e ambiental da agricultura familiar pela sociedade e a
marginalização a que é votada por certos actores do mercado e pelas políticas
públicas, na maior parte dos países.
24
Também ocupa um espaço importante na agenda de desenvolvimento
sustentável do país, seja pela contribuição econômica que pode dar seja em
virtude dos aspectos distributivos e de entidade que estão associados à
agricultura familiar.
Segundo: (Diniz, 1998: 35), para agricultura familiar é, e pode ser ainda mais
importante, pelas contribuições econômicas (geração de riquezas), sociais
(efeitos distributivos) e políticos (distribuição do poder). Portanto, um
fortalecedor da democracia.
25
mercados e investir na potencialidade das vantagens e na redução das
desvantagens competitivas inerentes à agricultura familiar.
As oportunidades de emprego,
Alimentos para a região de Luanda e mercados formais e informais,
Contribuindo no combate da fome e pobreza.
2.3.4. Indicadores dos produtos agrícolas angolanos, mais utilizados nas
18 províncias:
26
12 Banana; Cabinda, Uíge, Malange, Cuanza-Sul,
Bengo, Namibe
13 Citrinos; Cunene, Huíla, Namibe, Huambo, Bié,
Benguela, Cuanza-Sul, Cuanza-
Norte e Bengo
14 Manga; Cunene, Huíla, Namibe, Huambo, Bié,
Benguela, Cuanza-Sul e Bengo
15 Ananás; Bengo, Benguela, Bié, Cuanza-Sul,
Uíge
16 Abacate Huambo, Bié, Cuanza-Norte.
Tabela. 1 – Produtos mais utilizadas nas 18 províncias
Com uma população a crescer a 3% ao ano, com apenas 47% dos alunos em
idade escolar a completar o ensino primário, de quatro anos, e com um forte
problema estrutural de falta de qualidade no ensino, a missão da escola pública
é enorme.
27
componentes (agrícola) para as quais se criaram tectos máximos anuais
encadeados a partir dos dados anuais. Posteriormente foram
compiladososindicadoresde volume para os produtos da agricultura commaior
representatividade, provenientes do Ministério da Agricultura.
28
Segundo (BIC, 2014:4:5), A aposta na diversificação setorial da economia
deverá conceder a primazia às actividades com maior potencial de crescimento
e de criação de emprego. Tendo em conta a posição geográfica, o clima
favorável, a aptidão dos solos e a riqueza dos recursos piscícolas, a
agricultura, silvicultura, pecuária e pescas deverão ser setores estratégicos; e,
tendo em conta as respetivas relações de input-output, as agroindústrias, os
materiais de construção e o comércio em geral tenderão a crescer
rapidamente, reduzindo a actual excessiva dependência das importações.
29
continue a ser robusto, e a registar progressos na desinflação em curso. Nos
anos subsequentes, espera-se que o crescimento do PIB comece a ter uma
forte contribuição do sector não-petrolífero que deverá continuar a crescer, em
termos reais, em torno ou acima de 7% ao ano. Em 2017, a produção de
petróleo aumentou significativamente em alguns poços importantes que,
todavia, darão como substituídos pela entrada em produção de novos poços
entretanto descobertos.
30
fontes de financiamento da economia (impostos para o Estado, crédito e
empréstimos para o restante dos agentes), tecnologia (a deslocalização de
algumas fábricas chinesas para Angola recentemente anunciada pelo Governo
como forma de acelerar a industrialização do país pode ser uma má opção,
tratando-se de fábricas com tecnologias ultrapassadas e equipamentos
reciclados, tendo sido esta a via escolhida durante os anos fortes de
cooperação). Assim sendo, estão disponíveis diferentes indicadores estatístico-
económicos que medem o grau de diversificação das economias.
31
desempenhar na diversificação da actividade económica, compensando uma
tendência para a redução do protagonismo do sector extrativo no PIB.
O sector agrário e o seu desenvolvimento, gera produção que tem cada vez
mais efeitos no desenvolvimento agroindustrial. Por outro lado, geram-se
efeitos directos em indústrias situadas a jusante do processo de produção
agrícola, como por exemplo a produção de rações para alimentação animal
que, por sua vez, terá impacto no desenvolvimento pecuário, criando-se desta
forma um ciclo de crescimento positivo.
32
mas igualmente descentralizada em unidades operativas, especializadas por
produtos, visando a implantação dos seguintes centros:
33
O objectivo destas políticas é ir ao encontro da já referida janela de
oportunidade determinada pelo mercado interno, e concorrer para os objectivos
da segurança alimentar, promovendo o aparecimento de agentes económicos
privados, num sector cujas expectativas de rendimento imediato poderão
menos atrativas para o investidor nacional (face a outros sectores mais
intensivos), mas de importância estratégica central, para o país.
Estas ações têm em vista promover uma resposta mais rápida aos desafios do
sector, enquadrar economias de escala, garantir a integração da cadeia de
valor, assegurando em simultâneo, pressupostos de qualidade, competitividade
do preço dos produtos, quantidade e regularidade nos fornecimentos, no
abastecimento do mercado interno.
34
Fazenda Pungo Andongo.
35
Estado e 19 bancos comerciais onde o Estado assume o papel de fiador de
empréstimos a conceder pela banca comercial ao investimento na agricultura,
essencialmente aos segmentos das micro e pequenas e médias empresas, até
ao valor de 1,4 mil milhões de dólares.
Agricultura
Programa de Financiamento para a Produção de Sementes de Cereais e
Leguminosas de Qualidade;
Programa de Financiamento para a Produção em Escala de Cereais e
Leguminosas;
Programa de Financiamento para Produção, Descaroçamento e
Prensagem de Algodão;
Programa de Financiamento para a Mecanização Agrícola
Programa de Financiamento para a Produção e Transformação de
Mandioca.
Pecuária
Programa de Financiamento para a Ciprinicultura e a Ovinicultura
Programa de Financiamento para a Suinicultura;
Programa de Financiamento para Avicultura de Corte e de Postura;
Programa de Financiamento para a Bovinicultura de Corte e de Leite.
36
Agroindústria
Programa de Financiamento para a Industrialização de Produtos
Agrícolas;
Programa de Financiamento para a Indústria de Produtos Pecuários e
Serviços de Apoio à Pecuária.
37
CAPÍTULO III - MATERIAL E METODOLOGIA
3.1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho de investigação faz mensão sobre a contribuição da
agricultura familiar na economia da comunidade da Funda – Luanda.
1- Design da Pesquisa;
2- Filosofia da pesquisa;
3- Estratégia da Pesquisa;
4- População da pesquisa;
5- Amostra;
6- Instrumento de recolha de dados;
7- Análisede Dados;
8- Considerações Éticas;
9- Conclusões.
39
torne-se objectivo e claro. Os positivistas consideram que cada conceito de
uma teoria deve ter como referência algo observável, e defendem a
verifcabilidade dos enunciados científcos e a construção de relações lógicas
entre os mesmos, impondo um critério preestabelecido (método científco) para
agir e pensar, ou seja, possuem um forte carácter normativo.
Segundo (Iber, 2016:9) diz que a filosofia é “a ciência dos fins últimos”,
portanto, do bem. Aquele todo, ao qual a filosofia se refere, aqui é
compreendido praticamente. “Prático” signifca: aquilo pelo qual o homem se
orienta no seu agir. Kant diz: ele se orienta pelo bem. O prático é, portanto,
sempre ainda um momento da ciência da filosofia que tem em vista o todo.
Assim, também em outros autores, mas especialmente em Kant e Platão, a
referência ao bem tem prioridade.
40
Tipos de filosofia:
1- Filosofia Moderna;
2- Contemporânea.
41
suas competências e deficiências internas relativas, mudanças no ambiente
antecipadas e providências contingentes realizadas por oponentes inteligentes.
42
Abordagem evolucionária – apoia-se na metáfora fatalista da evolução
biológica, mas substitui a disciplina do mercado pela lei da selva.
43
As abordagens clássica e evolucionária veem a maximização do lucro como o
resultado natural do desenvolvimento da estratégia. As abordagens sistêmica e
processual são mais pluralistas, pressentindo outros resultados possíveis além
do lucro.
44
Dimensão da população é o número dos seus elementos.
3.6. AMOSTRA
Para este estudo a amostra foi constituida pela população em estudo, 150
agricultores e 100 vendedores (conforme ponto 3.5.) No total, a amostragem
abrangiu 250 agricultores e vendedores da comunidade da Funda.
45
Angola: Huambo, Benguela, Huíla e Bié e representantes locais dos serviços
de extensão e apoio ao desenvolvimento da actividade agrícola junto dos
agricultores Institudo de Desenvolvimento Agrário, União Nacional dos
Agricultores de Angola (IDA/UNACA), da Administração e das comunidades
locais na elaboração do plano de recolha de informações, colheitas e amostras.
46
Para interpretação dos dados, foram usadas análises estatísticas descritivas do
conteúdo de (Minayo 1993), baseando-se principalmente nas entrevistas semi-
estruturadas relacionadas com o referencial teórico pesquisado e a visão do
pesquisador.
47
3.10. CONCLUSÕES
48
CAPÍTULO IV–APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
4.1. INTRODUÇÃO
3. Trabalho;
4. População;
5. Produtividade;
7. Localização;
8. Clima;
9. Solo;
50
de acordo com as estimativas disponíveis, apresentou um universo
populacional de 25,5 milhões de habitantes (Censo 2014).
O relevo é caracterizado por uma faixa costeira baixa que se estende desde a
Namíbe até província de Cabinda e por planalto interior que inclinam para
Leste e Sudoeste, alguns deles com altitudes superiores a 1500 m (Cabral,
2007 & Diniz, 2006).
51
agricultores que têm conhecimento sobre as plantas úteis nas suas áreas de
cultivo e sua importância.
Uma vez que a comuna da Funda apresenta um solo de terra arável para a
prática da agricultura,os camponeses segundo inquérito local vão de uma faixa
etária dos 05 aos 90 anos de idade sendo a região mais forte para a prática
agrícola actualmente na região de Luanda.
52
Tem uma população de 1.915 famílias de camponeses, as lavras são alugadas
por camponeses num valor de AKZ 20.000,00 (Vinte Mil Kwanzas) por ano e as
lavras que se encontram próximas do rio Zenza são chamadas de Malengue.
53
O mau estado de conservação da via de acesso dificulta os produtores no
transporte dos bens e serviços.
4.4. TRABALHO
Agricultura é uma das actividades que emprega uma maior parte da população
com um nível de renda baixa, dos 300 camponeses fora da cooperativa são
negociados, os trabalhadores são pagos ou remunerados consoante a
dimensão da lavra ou da área de cultivo.
Segundo os inquiridos, os valores variam de AKZ 16.000,00 (Dezasseis Mil
Kwanzas) à 20.000,00 (Vinte Mil Kwanzas), para irrigação e corte do capim
para limpeza da lavra/campo, dessas remunerações serve também para o
auto-sustento das suas famílias desde a alimentação ao vestuário e na
preparação dos materiais didáticos das crianças para escola (UNACA, 2018).
Sendo jovens, crianças e idosos na prática destes serviços evitam a má
influência e ocupação dos próprios jovens, incentivando outros, uma lavra de
uma família os trabalhadores são os mesmos filhos em troca lhes são dados
uma parceira e cada parceira de couve ou gimboa pode vender a 40.000,00
54
(Quarenta Mil Kwanzas) e o que incentivam cada vez mais os jovens a prática
da agricultura (UNACA, 2018).
4.5. PRODUTIVIDADE
Segundo o Relatório do Banco Internacional de Crédito (BIC, 2014:14), a
viabilidade dos investimentos no sector agrícola é afectada por diversos
condicionalismos. A dependência do mercado externo e a economia
inflacionada, incrementa os custos de produção agrícola e de equipamentos
que maioritariamente são importados, existindo também a agravante dos
baixos níveis de produtividade na maioria dos produtos no contributo do sector
agrário assim como a elevada representatividade do sector mercantil.
A maior parte dos produtos cultivados, produzidos dos campos, são para
consumo e para comercialização. Os consumos destes produtos servem para
satisfazer as suas necessidades básicas (alimentação), uma vez que os
produtos saem directamente das lavras/campo para os seus consumos dando
um melhor modo de saúde, sendo produtos frescos e contribuem para a
redução da fome e da pobreza de várias famílias camponesas (FAO, 2011).
A comercialização dos produtos é feita de forma a ganhar receitas para a
compra de outros meios como matérias para o desenvolvimento da
lavra/campo como: enxada, adubos, fertilizantes, sementes, catána,
motobombas e mangueiras (MINADER, 2004).
55
Tabela. 2 - Lista dos 37 Principais produtos na Comuna da Funda como
Principais Culturas da Região (UNACA, 2018).
Nº de Espécies Nome Província Local de
Ordem /Lunda recolha
Pipino
Pimento
1 Leguminosas/oleogino Senoura Cacuaco/Fun
sas Beringela Província da
/Lunda
Laranja
Tangerina
2 Citrinos Abacaxis
Limão Província Cacuaco/Fun
/Lunda da
Tomate
Cebola
Couve
Gimboa
Repolho
Quiabo
3 Hortícolas: Rama de batata
Mandioca
Milho Província Cacuaco/Fun
Ginguba /Lunda da
Abobora
Palmeira
Gindungo
Batata – Doce
Batata – Rena
Feijão espera cunhado
Chá - de - Caxinde
4 Raiz e Tubérculo
Feijão manteiga
Província Cacuaco/Fun
Feijão macunde /Lunda da
Mandioca
Goiaba
Múcua
Maçã
Manga
Tambarino
5 Frutas:
Gajajeira
Roma
56
Sape-sape Província
Mamão /Lunda Cacuaco/Fun
da
57
Tabela. 3 - Lista de algumas espécies identificadas nos campos agrícolas da
Comuna da Funda
Fonte: Elaboração própia do autor
58
Nº de
Ordem Família Nomes Científicos Nome Vulgar
1 Amaranthus Gimboa
caudatus L.
AMARANTHACEAE
2 Spinacia oleracea Espinafre
10 Abelmoschus Usse
esculentos (L.)
MALVACEAE
Moench
11 Hibiscus ventricosa Quiabo
L.
12 SOLANACEAE Solanum sp (Jacq) Bringela
13 8 Famílias 12 Espécies
59
Região Luanda -Funda
4.6.2. Clima
O clima é de tropical húmido tendo duas estações, cacimbo e verão. O verão é
o tempo chuvoso como época de plantação/colheita das sementes e varia de
Janeiro a 15 de Maio, o verão de 15 de Agosto a Dezembro. O cacimbo é o
tempo seco época, mas para recolha dos produtos.
60
23°c e os 30ºc. Segundo (Diniz,2006:187).
4.6.3. Solo
Existem também os “solos de rochas lávicas cor laranja” de textura fina, baixo
teor em matéria orgânica, reação ácida e teores de fósforo e potássio médios.
Estes solos evoluídos argiláceos, de média ou boa capacidade produtiva,
relacionam-se com rochas eruptivas do Pré-Câmbrico e depósitos Quaternários
diversos (Diniz, 1998).
61
Os produtos que servem para fortificar as plantas são os adubos, amorio e
orelho, e em termos de tratamento utilizam os produtos biológicos que dão para
duas épocas como o cacimbo e o verão.
62
A obtenção das informações foi de acordo com as qualidades e conhecimentos
dos agricultores locais e vendedores que responderam questões específicas da
pesquisa.
Após definido o objectivo da pesquisa, procedeu-se a elaboração de um
inquérito, que se tornou o principal material de campo na comuna da Funda e
mercados informal do pesquisador na étapa de colhetas de dados.
Para o processamento dos dados, fes-se a descrição e identificação do nome
botânico das plantas que foram utilizadas as literaturas disponíveis nos
arquivos do Centro de Recursos Fitogenéticos-UAN, do Museu Nacional de
História Natural, do Ministério da Agricultura e nos livros de identificação da
Vegetação da África Austral e Internet.
A biblioteca disponível em Luanda que trata da área de investigação da matéria
da presente pesquisa foi relativamente limitada, exemplos de bibliografias que
foram utilizadas e que permitiram a identificação das espécies (Gossweiller,
1950) “Flora Exótica de Angola”, (Gossweiller, 1953) “Nome Indígenos de
Plantas de Angola”, (Van-Dúnem, 1994) “Plantas Medicinas de Angola”,
(Ferrão, 1999, 2001 e 2002) “Fruticultura Tropical; Espécies com Frutos
Comestíveis.
A actividade agrícola na comuna da Funda tem sido desenvolvida em
diferentes tipos de propriedades sendo:
• Individual – quando a propriedade pertence ao agricultor;
• Comunitária – quando pertence as associações de agricultores da
comunidade;
• Individual/Comunitária – quando os agricultores para além das
actividades individual, desenvolvem também actividades na propriedade
comunitária.
63
Nº Termos
64
1 Género
2 Idade
3 Nome Vulgar da Espécie
4 Nome Local
5 Nome Científico
6 Práticas de Cultivo
7 Época do ano em que se faz a recolha
8 Local do Crescimento
9 Tipo de Solo
10 Parte Cultivada
11 Tipo de Cultivo
12 Áreas Cultivadas
13 Modo de Preparação do Solo
14 Tipo de Irrigação
15 Origem dos Agricultores
16 Tipos de Propriedade
17 Tipo de Agricultura
18 Local de Aquisição das Sementes
19 Local de Aquisição das Verduras
20 Local de Aquisição do Material de Trabalho
21 Importância da Cooperativa na Comunidade
22 Local de Aquisição de Financiamento
23 Modo de Escoamento dos Produtos
24 Fontes de Consumo
25 Modo de Consumo
26 Idade de Consumo
27 Como são Armazenadas as Sementes
28 Existência de outras Variedades
65
As características das variáveis quantitativas sócio-demográficos que é os
dados dos inquéritos como: Géneros, Idade (Agricultor/Vendedor) foram as
seguintes:
66
Géneros
46% Masculino
Femenino
54%
Indivíduos Entrevistados
6%
14%
9% 15…20
21…30
31…40
41…50
17% 51…60
24%
Mais de 61
30%
67
Dos 150 agricultores familiar inqueridos na comuna da Funda foi possível notar
que em relação a origem dos agricultores (Figura 4) os resultados mostraram
que a maioria dos agricultores 45 (30%) são agricultores locais, 77 (51%), são
emigrantes do território nacional provenientes das restantes províncias de
Angola e apenas 28 (19%) dos inqueridos são agricultores estrangeiros
provenientes dos vários pontos de África que emigraram para Angola à procura
de melhor condições de vida fruto da crise mundial.
51%
68
Tipo de Propiedade
Individual Comunitário Comunitário/Individual
11%
54%
35%
Tipo de Agricultura
7%
Familiar
Comercial
Outros
35%
57%
69
Os resultados obtidos na região em estudo, em relação a variável Local de
Aquisição das Sementes, mostraram que a maioria dos inqueridos 36% (91)
adquirem as suas sementes em cooperativas agrícolas, 30% (75) adquirem as
suas sementes nos mercados informais vulgo praças, 25% (61) dos
agricultores inqueridos subtem as suas sementes por intermédio das ONGs
apenas,9% (23) que é a menoria dos agricultores obtêm as suas sementes em
propriedades agrícolas privadas Figura 7.
9% 24%
70
Local de Aquisição das Verduras
8%
Propiedades Agrícolas
Mercado Informal;
Outros
39% 53%
42%
38%
71
Figura. 9 - Frequência e Percentagem das variáveis Local de Aquisição do
Material Agrícola na comuna da Funda.
NÃO
36%
SIM
64%
72
vez que o retorno do capital nem sempre é satisfatório devido aos juros que
têm sido muito alto Figura 11.
9%
Cooperativas Agrícolas
28% ONGs
Outros
63%
Este serviço é composto por uma equipa educativa que presta todo apoio as
salas de ATL, serviço este formado por professores de diferentes áreas e
auxiliares de acção educativa, que diariamente recebem as crianças e as suas
famílias de forma a responder às suas necessidades.
73
sua família e dividem-se entre actividades de estudo e actividades lúdico-
pedagógicas, 1% (2) são escoados por outras fontes Figura 12.
61%
Para variável fonte de consumo dos vegetais os dados indicaram, que 59%
(148) dos vegetais são para consumo alimentar, 38% (94) indicaram que os
produtos são consumidos para fins medicinais uma vez que a prática da
naturopatiase tornou frequente devido o surgimento de muitas doenças que a
medicina convencional não dá resposta, 2% (6) indicaram que os produtos são
consumidos como ração animal, apenas 1% (2) indicaram que os produtos têm
outros fins de consumo. Figura13.
74
Fonte de Consumo
1%
38% Medicinal
Ração Animal
Alimentar
59% Outros
2%
Modo de Consumo
4% Crua
7%
1% Cozido
36% Seco
Processado
53% Outros
75
Tabela 6 - Distribuição dos 250 indivíduos inqueridos na província de Luanda,
município do Cacuaco, Comuna da Funda. Frequência e Percentagem das
variáveis e participação de quantitativas de Origem dos Agricultores, Tipos de
Propriedade, Tipo de agricultura, Local de aquisição das Sementes, Local de
Aquisição das Verduras, Local de Aquisição do Material de Trabalho,
Importância da cooperativa na comunidade, Local de Aquisição de
Financiamento, Modo de escoamento dos Produtos, Fontes de consumo, Modo
de consumo.
Emigrantes Extrangéiros 28 19
Individual 81 54
Tipos de Propriedade Comunitário 53 35
Comunitário/Individual 16 11
Familiar 86 64
Tipo de agricultura Comercia 53 35
Outros 11 7
Mercado Informal 75
Local de aquisição 30
das Sementes ONGs 61
25
Propiedades Agrícola 23 9
Cooperativas Agrícolas 91 36
Propriedades Agrícolas 53 53
Local de Aquisição Mercado Informal; 39 39
das Verduras
Outros 8 8
Local de Aquisição do Mercado Informal 22 15
Material de Trabalho ONGs 57 38
Cooperativas Agrícolas 63 42
Outros 8 5
Importância da SIM 96 64
cooperativa na
comunidade NÃO 54 36
Mercado Formal 24 16
Modo de escoamento Mercado Informal 91 61
dos Produtos Hospitais 11 7
Creche 17 12
Escolas 5 3
76
Outros 2 1
Medicinal 94 38
Fontes de consumo Ração Animal 6 2
Alimentar 148 59
Outros 2 1
Crua 17 7
Cozido 133 53
Modo de consumo
Seco 89 36
Processado 9 3
Outros 2 1
Fonte: Elaboração própia do autor
77
Tabela. 7 - Variedades Agrícola na comuna da Funda.
78
solos Arenoso, 17% (25) em solos Pedregoso, apenas 10% (15) responderam
que o cultivo é feito Outros. Tabela 8.
79
Variáveis Classes Frequências Percentagem (%)
Sequeiro 45 30
Práticas de Cultivo Regadio 87 58
Outros 18 12
Época seca 44 29
Época do ano em que se Época chuvosa 23 15
faz a recolha Todo ano 83 56
Áreas húmidas 66 44
Local do Crescimento Em toda a região 73 49
Zona restrita 11 7
Argiloso 77 51
Tipo de Solo Arenoso 33 22
Pedregoso 25 17
Outros 15 10
Raiz 24 16
Folha 41 27
Frutos 3 2
Parte Cultivada Tubérculos 22 15
Rizoma 9 6
Sementes 35 23
Flores 5 4
Boldos 11 7
Hortícolas 67 44
Tipo de Cultivo Leguminosas/Oleoginosas 43 22
Citrinos 7 5
Raízes e Tubérculos 12 8
Frutas 21 14
Hectares 65 44
Áreas Cultivadas Parcelas 47 31
Talhão 38 25
Charrua/Puxador 48 32
Modo de Preparação do Manual 68 45
Solo Outros 34 23
Gotojamento 28 19
Tipo de Irrigação Aspersão 37 25
Sulco 66 44
Outros, 19 12
Fonte: Elaboração própia do autor
80
CAPÍTULO V - CONCLUSÕES
5.1. INTRODUÇÃO
O trabalho de investigação faz mensão sobre a contribuição da agricultura
familiar na economia da comunidade da Funda – Luanda.
O trabalho em estudo resultou uma maior abordagem sobre a potencialidade
territorial da comuna da Funda na área agrícola uma vez que apresenta um
solo de terra arável para a prática da agricultura, os camponeses segundo
inquérito local vão de uma faixa etária dos 05 aos 90 anos de idade sendo a
região mais forte para a prática agrícola actualmente na região de Luanda.
82
tanto para seu auto-consumo como para a comercialização, e vivendo em
pequenas comunidades ou povoados rurais.
83
fertilizantes, pesticidas prevenindo o surgimento de futuros danos na
colheita tais como pragas e infertilidade no solo.
A existência da feira ou praça local como meio de escoamento dos
produtos produzidos naquela região, tem atraído fornecedores e
compradores sem grandes dificuldades, que possibilitam a dispersão do
mesmo do campo para a cidade facilitando o rendimento económico
das famílias dos agricultores e vendedores.
Em termos de financiamento, concluiu-se que os camponeses
organizados em cooperativas beneficiam de finaciamentos (créditos
agrícolas), por parte do Estado, ONGs e por outras fontes. Mas que
mesmo assim os créditos. Concedidos não são suficientes para fazer
face as suas necessidades agrícolas.
Em termos de escoamento concluiu-se a maior dos produtos produzidos
são ecoados para o mercado informal.
O estudo concluiu ainda que, quando ao modo de consumo, o modo de
preparo dos alimentos é maioritariamente cozido e que apenas 3% da
produção é destinada ao processamento.
O ambiente macroeconómico actual na comunidade e no escoamento
dos produtos é caracterizado pela estabilidade da moeda nacional
(Kwanza) em relação ao Dólar, com taxa de câmbio estabelecida no
mercado nacional, controlada através de políticas do banco central que
está inflacionado pelo mercado informal. Esta circunstância favorece
uma sobrevalorização da taxa de câmbio que tem sido prejudicial na
gerência da gestão financeiras das famílias da capital, situação que faz
fugir de controlo quando o assunto é a competitividade da produção da
agrícola local em relação aos produtos importados.
85
5.3. RECOMENDAÇÕES
86
As cooperativas devem criar parcerias privadas (como superfícies
comerciais) nas zonas urbanas e suburbanas no sentido de escoarem
os seus produtos, não só em mercados informais como também em
mercados formais de forma a contribuir aos pagamentos de imposto
para arregadação de receitas ao Estado.
87
de modo a despertar o interesse pela investigação neste campo do
saber.
88
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
89
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Familiar, agroecologica e desenvolvimento sustentável: questão para
debate, Brasília: IICA. pp51.
90
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Botanica- Universidade agostinho Neto, 1ª Ed. Angola.
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91
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Comestíveis. Volume II, Instituto de Investigação Cientifica Tropicais.
Lisboa.
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Rural e Segurança Alimentar em Angola”. Angola, pp13.
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sucesso organizacional. Curitiba: Ed. Comemorativa dos Autores.
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Ed. rce.casadasciencias.Lisboa org V1(01):044.
doi.org/10.24927/rce2013.044.
55. OCERGS – Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul. OCERGS/
SESCOOP/RS Revista Expressão do Cooperativismo Gaúcho, 2012. Disponível em:
<http://intranet.sescooprs.coop.br/arquivos/arqs/20120719102955.pdf>. Acesso em: 22
maio 2014.
94
58. Pacheco, F. (2003). Contribuição para definição de uma estratégia de
agricultura sustentável para Huambo. (Comunicação do Workshop,
Huambo, novos tempos, novos desafios). Angola: PluralEditores pp. 1-
13.
95
68. Rede de Cooperação de Fileira das Tecnologias e Serviços do
Agronegócio. (2014).agrocluster. Angola. p63.
96
79. Vilella, M.R. Brássicas, (1983). Hortaliças de Alto valor Alimentício. Informe
Agropecuário. Belo Horizonte. V.9, n.98, p.1, fev. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_familiar acessado aos 3 de
Setembro de 2017.
80. Waldemar F. Junior, Fleming. S, L. Assi, Fleming, Paulo, Florencio Silva, V.
Silva. Cyro Gomes. (2006) “Organização de cooperativas agropecuárias
de acordo com a Lei nº 5.764, de 16-12-1971, e o Código Civil (Lei nº
10.406, de 10-01-2002)” São Paulo:Ed. ICA, p 38.
97
ANEXOS
98
i) Local de Aquisição de Financiamento: 1= Cooperativas Agrícolas; 2=ONGs; 3=
Outros,
j) Modo de escoamento dos Produtos: 1= Mercado Formal; 2= Mercado Informal;
3= Hospitais; 4= Creche; 5= Escolas; 6= Outros,
k) Fontes de consumo: 1=Medicinal; 2=Ração Animal; 3=Alimentar; 4=Outros.
l) Modo de consumo: 1=Crua; 2=Cozido; 3=Seco; 4= Processado; 5=Outros,
m) Idade de consumo: 1=Crianças; 2=Adultos; 3=Todas as Idades;
4 – Sistemas de Armazenamento
a) Como são Armazenadas as Sementes: 1=em frascos; 2=em lata;
3=celeiros; 4= outros,
b) Existência de outras Variedades: 1=Exóticas; 2=Melhoradas 3= Locais,
______________________________________________________________
99
Questiónario
Masculino
Femenino
Idade
Seca
Chuvosa
Todo ano
Área húmida
Em toda região
Zona restrita
Arenoso
Pedregoso
Outros
Argiloso
100
7 – Qual é a parte cultivada?
Raiz
Folha
Tubérculo
Rizonho
Sequeiro
Flora
Boldo
Leguminosa/
Oleoginosas
Raizes/
tuberculo
Frutas
Leguminosa/
Oleoginosas
Raizes/
tuberculo
Frutas
Talhão
101
Parcelas
Hectares
Outros
Manual
Charrua/
Pucxador
Sulco
Aspresão
Gotojamento
Outros
102
Anexo II – Imagens do Perímetro Agrário da Região da Funda
103
Anexo III - Imagem da mandioqueira e seus derivados
Fig.
16, 17, 18 e 19 - (Foto: Rodrigo Rosa)
104
Anexo IV - Imagem da Gimboa e Espinafre
Fig.
20 - (Foto: Rodrigo Rosa)
105
Fig.
21 - (Foto: Rodrigo Rosa)
106
Fig.23 - ( Foto: Rodrigo Rosa)
.
Fig. 24- ( Foto: Rodrigo Rosa)
107
Fig. 25 - ( Foto Rodrigo Rosa)
F
ig. 26 - ( Foto: Rodrigo Rosa)
108
Fig. 27 - ( Foto: Rodrigo Rosa)
109
Fig.3
1 - ( Foto: Rodrigo Rosa)
Fig.
32 - ( Foto: Rodrigo Rosa)
110
Fig
.33 - ( Foto: Rodrigo Rosa )
Anexo IX - Forma de transformação da (mandioca e milho), a moagem dos
produtos do campo
111
Fig.34 - ( FotoRodrigo Rosa )
112
Fig.37 - ( FotoRodrigo Rosa )
113