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E.E.E.M.

GALÓPOLIS

HISTÓRIA

ANA JÚLIA PERGHER


GLÓRIA J. LIMA DUARTE
LARISSA DA SILVA ROSA

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL

CAXIAS DO SUL
2021
ANA JÚLIA PERGHER
GLÓRIA J. LIMA DUARTE
LARISSA DA SILVA ROSA

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL

Trabalho escolar como requisito parcial para


aprovação na disciplina de História na
E.E.E.M Galópolis.
Professor: Gregory Alves Nunes.

CAXIAS DO SUL
2021
RESUMO

A independência do Brasil aconteceu em 1822, tendo como grande marco o grito


da independência que foi realizado por Pedro de Alcântara (D.Pedro I durante o
Primeiro Reinado), às margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de Setembro de 1822. Com a
independência do Brasil declarada, o país transformou-se em uma monarquia com a
coroação de D.Pedro I. Como legado, um conjunto de documentos impressos foram
deixados, revelando as diferentes formas com que indivíduos e grupos imaginavam
uma nação brasileira ideal.

O presente trabalho tem como objetivo principal analisar e descrever da melhor


forma como ocorreu a Independência política brasileira, como a colonização
portuguesa afetou e melhorou o país.

Palavras-chave: Independência do Brasil; Monarquia; Primeiro reinado.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5
2 DESENVOLVIMENTO................................................................................................................6
2.1 MARQUÊS DE POMBAL.....................................................................................................6
2.2 REVOLTA NA COLÔNIA.....................................................................................................6
2.3 A FAMÍLIA REAL NO BRASIL............................................................................................7
2.4 A REGÊNCIA DE DOM PEDRO E A INDEPENDÊNCIA....................................................8
3 CONSIDERÇÕES FINAIS..........................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho analisa a chegada da família portuguesa ao Brasil e a


independência do mesmo. Este estudo tem como objetivo compreender, e explicar
como o Brasil transformou-se após a independência declarada por Pedro de
Alcântara, Dom Pedro I.

Partindo da libertação de Portugal, controlado pela Espanha, a história conta com


o desenvolvimento econômico nos estados brasileiros, em especial a região
Sudeste, em detrimento de outros, que por consequência acarretaram em inumeras
revoltas por parte do povo, que contribuiram para a sua independência.
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2 DESENVOLVIMENTO

“Viver com autonomia é produzir a seiva da própria vida” (Roberto Shinyashiki)

1640. Após Portugal libertar-se dos domínios espanhóis, aliou-se à Inglaterra


beneficiando-se com uma série de acordos, entre eles o Tratado de Methuen o
qual facilitava a entrada do vinho português nos mercados e Portugal, permitia
livre entrada dos artigos de lã inglesa. A dívida portuguesa com a Inglaterra fora
crescendo, e, boa parte desta dívida foi paga com o ouro e os diamantes extraídos
do Brasil.

2.1 MARQUÊS DE POMBAL

Sebastião José de Carvalho e Mello, ou mais conhecido como o Marquês de


Pombal, tomou sérias medidas que afetaram Portugal e a sua colônia, O Brasil, na
medida em que se empenhou para fortalecer a economia e o Estado e tirar
Portugal da posição de inferioridade em que se encontrava em relação a outros
países. Algumas das medidas tomadas por ele foram:

 Incentivou o comércio ultramarino português com o objetivo de acumular e


reter capital;
 Protegeu mercadores portugueses da concorrência, constituindo
companhias privilegiadas de comércio (ex.: Companhia Geral do Grão-Pará
e Maranhão e Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba).
 Aumentou o controle sobre a economia brasileira, instituindo o real Erário,
órgão cuja função era de cobrar impostos e combater o contrabando de
sonegação fiscal.

Sua sucessora preservou a orientação absolutista, deu continuidade à política


de Marques de Pombal, combateu o contrabando e defendeu fortemente o exclusivo
comercial metropolitano. Continuou também a perseguir o desenvolvimento
manufatureiro de Portugal, motivo por que proibiu as manufaturas de tecidos no
Brasil.

2.2 REVOLTAS NA COLÔNIA

A opressão contribuiu para a ocorrência de movimentos de rebeldia no Brasil,


gerando, os quais cabem citar: a Conjuração Mineira, a Conjuração Baiana, a
Insurreição Baiana e a Insurreição Pernambucana.

Da primeira, Conjuração Mineira, vale-se comentar que o clima de revolta


contra impostos, abusos e desmandos do governador tomou conta da população,
fazendo com que os mesmos planejassem uma conjuração contra a metrópole.

Resumidamente, a revolta não chegou a ocorrer, de acordo com o estudioso


do assunto a derrama fora suspendida antes de o movimento ter sido denunciado,
com as denúncias inciaram-se a perseguição e prisão dos principais envolvidos.
Acusados de cometer crime de lesa-majestade, alguns foram exilados na outra
colônia portuguesa, na África, portanto nem todos tiveram a mesma sorte, como por
exemplo, Joaquim José da Silva Xavier, ou mais conhecido como Tiradentes, teve
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um fim trágico, o qual fora enforcado e depois esquartejado, suas partes foram
distribuidas pelos lugares por onde pregou a libertação de Minas Gerais.

A Revolta Baiana, ou conhecida também como a Revolta dos Alfaiates, pois


muitos dos envolvidos exerciam o oficio de alfaiate, começou com o aumento
constante de preço dos alimentos. Roupas, calçados e ferramentas tornaram-se
produtos caros e raros. Os impostos abusivos também contribuiram para aumentar a
insatisfação social. Rebeldes baianos afixaram em locais públicos “avisos”,
convocando o povo baiano a participar de uma revolução contra a metrópole, nestes
comunicados os rebeldes defendiam:

 A proclamação de uma república em que todos tivessem liberdade e


igualdade de tratamento;
 A abertura do porto de Salvador para o livre-comércio;
 Dinamizar o comércio de pau-brasil, tabaco e açúcar;
 A diminuição dos impostos e o aumento dos soldos para 200 réis diários;
 Aumento da oferta de alimentos;
 Isonomia (princípio geral do direito segundo o qual todos são iguais perante a
lei);
 O fim do preconceito contra negros.

Assim que os cartazes ganharam as ruas, o governador da Bahia deu início a


investigações e prisões de dezenas de rebeldes.

Do último, Insurreição Pernambucana, podemos grifar que Dom João


beneficiava somente a elite do Rio, São Paulo e Minas, o que causou grande
insatisfação a outras partes do Brasil, que tinham de sustentar com impostos o luxo
da Corte e os altos salários pagos. Essa insatisfação era mais forte no Nordeste,
aonde os preços do açúcar e do algodão vinham caindo, e a escassez de alimentos
e a fome atingiam a muitos. Esse contexto favoreceu a disseminação das ideias
liberais, vindas da resistência à dominação portuguesa. Em Março de 1817, os
rebeldes pernambucanos tomaram o poder e proclamaram uma república separada
de Portugal e do Rio de Janeiro, instituiram um governo provisório. No entanto,
duraram apenas 74 dias, as tropas mobilizadas por Dom João VI conseguiu sufocá-
la rapidamente.

2.3 A FAMÍLIA REAL NO BRASIL

Bloqueio continental - proibia países europeus de comercializarem com a


Inglaterra ou receberem navios ingleses em seus portos. Portugal não cedeu às
ameaças de Napoleão Bonaparte, fazendo com que se obrigassem a migrar
temporariamente para sua colônia, o Brasil, levando também cerca de 10 a 15 mil
pessoas, a comitiva de Dom João.

Depois de sua chegada ao Rio de Janeiro, Dom João decretou a abertura dos
portos brasileiros às nações amigas e estipulou um imposto de 24% para as
mercadorias estrangeiras. Para a Inglaterra, a abertura dos portos brasileiros foi
extremamente vantajosa, já que com os tratados de Aliança e Amizade e
Comércio e Navegação ele obtinha o privilégio de que para entrar no Brasil, as
mercadorias deveriam pagar um imposto de 15%, enquanto as outras nações
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continuariam pagando os 24%. Em 1808, Dom João liberou a indústria no Brasil,


isentou o pagamento de impostos as matérias-primas destinadas a ela e prometeu
subsídios às fábricas de tecidos, lã e algodão. O governo empenhou-se a
modernizar a cidade do Rio de Janeiro: abriram-se vias, construíram-se novas
habitações e instalaram-se importantes órgãos político-administrativos, como o
Ministério e o Conselho de Estado, a Intendência da Polícia, o Erário Régio, o Banco
do Brasil e a Casa da Moeda. Além disso, importantes instituições cientifico-culturais
foram criadas, dando abertura para ser feito o primeiro jornal brasileiro.
Dom João justificou sua permanência no Rio de Janeiro, onde seu governo tinha
fincado raízes e obtido vantagens para si e seus protegidos.

2.4 A REGÊNCIA DE DOM PEDRO E A INDEPENDÊNCIA

Enquanto no Brasil, a corte desfrutava do poder e privilégio, em Portugal a


maioria da população vivia pobremente e enfrentava um misto de crise econômica e
caos político. Com a queda de Napoleão, forças inglesas instalaram-se no Reino.
Revolucionários organizaram a Corte Constituinte, a qual os deputados começaram
a trabalhar para limitar o poder absoluto de D. João VI. Assim que a notícia chegou
ao Brasil, manifestações espalharam-se exigindo que D. João aderisse
imediatamente à Revolução e à Constituição que estava sendo elaborada pelas
Cortes de Lisboa. Diante das pressões sofridas, Dom João VI partiu com sua família
para Lisboa, deixando no Brasil seu filho e herdeiro Dom Pedro, na condição de
príncipe regente.

Dom Pedro assumiu em meio à crise econômica e financeira, agravada pelo


fato de seu pai ter levado consigo as reservas do Banco do Brasil. Essa situação
levou ao encarecimento do custo de vida; à diminuição das moedas em circulação e
ao atraso nos pagamentos de soldados e funcionários públicos. Diante desta
situação, deputados brasileiros foram a Lisboa, com a expectativa de participar da
elaboração da Constituição. E, em Outubro de 1821, chegaram ao Rio de Janeiro
com decretos das Cortes contendo as decisões tomadas pelos deputados reunidos
em Lisboa:

 As províncias brasileiras deveriam ser administradas por Juntas de governo


eleitas localmente;
 As tropas, a polícia e as milícias ficariam sob a ordem de um comandante de
armas nomeado pela Junta;
 Tanto a Junta de governo quanto o comandante de armas deveriam
obediência às Cortes de Lisboa;
 A regência de Dom Pedro foi dada como extinta, devendo o príncipe regente
voltar para Portugal imediatamente.

Com o apoio de importantes políticos, iniciou-se uma campanha visando à


permanência de Dom Pedro e ao rompimento com Portugal. Em Janeiro de 1822,
Dom Pedro anunciou sua decisão de permanecer no Brasil, tornando este dia
conhecido como o “Dia do Fico”, meses depois D.Pedro foi agraciado com o título de
Defensor Perpétuo do Brasil.
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Cartas foram recebidas, tanto das Cortes portuguesas, como de Leopoldina,


esposa de Pedro, e de seu ministro, José Bonifácio. Nas cartas vindas de Portugal,
ameaças, onde os deputados diziam começar uma guerra enviando tropas para o
Rio de Janeiro, caso o príncipe não voltasse para Lisboa. Já na carta de José
Bonifácio dizia que só existiam dois caminhos: ou voltar para Portugal como
prisioneiro das Cortes portuguesas ou proclamar a Independência, tornando-se
imperador do Brasil. Em sete de Setembro de 1822, às margens do Ipiranga, retirou
do chapéu as fitas com as cores vermelha e azul das Cortes portuguesas, e lá ecoou
“Independência ou morte".
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dessa maneira, o reinado de Dom João VI fez com que o Brasil se


desenvolvesse economicamente, porém os benefícios eram somente direcionados a
corte portuguesa e a “elite” paulistana e carioca, sendo eles os detentores de toda
riqueza brasileira. Diante de tal governo injusto, revoltas ocorreram, e colaboraram
para que depois, de tantas inquinidades, a população escolhesse livremente Dom
Pedro I para governar e administrar o país, logo acarretando na libertação de
Portugal, a notável e respeitavel independência brasileira; Por conseguinte, entende-
se que o Processo de Independência do Brasil ainda se constitui como um evento de
real importância para a história do país e nação brasileira, e isso reflete diretamente
na produção historiográfica que circula no meio escolar, e acadêmico.
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4 REFERÊNCIAS

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