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Ortodontia Resumo Ortondotia e Ortopedia Facial

Ortodontia (Universidade Federal de Uberlândia)

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Baixado por Lara Novaes (novaeslara@hotmail.com)
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL

Histórico:

 Ortodontia vem da união das palavras Orthos = correto / Dons = dentes ”dentes corretos”.
 Foi a primeira especialidade da odontologia.
 Finalidade: identificar o diagnóstico e o desenvolvimento maxilo/mandibular.

Definição:

É o ramo da odontologia que tem por objetivo estudar:

 Crescimento e desenvolvimento crânio-facial.


 Cronologia das dentições.
 Fisiologia das oclusões decíduas e permanentes.
 Classificação das más oclusões.
 Etiologia das más oclusões (pré-disposição como principal agente etiológico).
 Bases do diagnóstico.
 Biomecânica da movimentação ortodôntica e/ou ortopédica.

Intenções da Ortondontia:

PREVENÇÃO

 Clínico geral e odontopediatria.


 Importância dos dentes decíduos.
 Extração precoce.
 Hábitos bucais (sucção digital, respiração deficiente e etc).
 Dentes supranumerários.
 Agenesias.

OBS: aos 4 anos de idade, pode se ver em radiografias, 20 dentes decíduos e 28 dentes permanentes.

Mantenedores de Espaço:

 BANDA ALÇA  aparelho fixo, passivo, indicado para crianças que perderam precocemente um dos molares
decíduos. Tem como função preservar o perímetro do arco e é constituído de uma banda e uma alça metálica.
Genericamente é indicado para perdas unitárias de dentes posteriores.

 ARCO LINGUAL DE NANCE  mantenedor fixo, indicado para situações em que há perda precoce de mais de um
molar decíduo no arco inferior. É constituído de uma estrutura metálica que contorna a face lingual dos dentes
inferiores e se une a duas bandas (1º molar permanente ou 2º molar decíduo) dispostas simetricaente, uma em cada
hemi-arco.

 BARRA TRANSPALATINA (PALATINA)  quando ativo, movimenta os molares no sentido vestíbulo-lingual (V-L);
quando passiva, promove a ancoragem dos dentes posteriores, podendo, inclusive, substituir o botão de Nance. É

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constituída de duas bandas, adaptadas geralmente nos primeiros molares permanentes, e de uma estrutura
metálica, que cruza o palato bilateralmente, sem tocá-lo, e que se une às bandas.

 BOTÃO DE NANCE  aparelho restrito a maxila, constituído de duas bandas com arco no palato e acrílico. É indicado
para perdas múltiplas (semelhante à barra palatina), porém sua higienização é prejudicada.

 APARELHO REMOVÍVEL  tem como vantagem sobre os fixos, a estética, e permite a função durante a mastigação,
porém necessita mais da colaboração do paciente.

INTERCEPTAÇÃO

Ação que faz com que um processo com desvio, seja interrompido e corrigido. São situações em que há
interceptação na ortodontia:

 Más oclusões incipientes.


 Discrepância de modelo (falta ou excesso de espaço).
 Diastema (positiva para o excesso de espaço).
 Apinhamento (negativa para a falta de espaço).
 Hábitos bucais (sintomas: palidez, olhar caído, cansaço).

CORREÇÃO

 Correção das anomalias de posição, relação e harmonia dento-maxilo-facial.


 Estende-se até o desenvolvimento, após esta fase, é necessária a correção associada à cirurgia, quando há disfunção
óssea.
 Mecânica ortodôntica: alinhamento.
 Bionator: aparelho removível que fica totalmente solto na cavidade bucal. Usado, em fase de crescimento, para
promover um reposicionamento anterior da mandíbula (correção do retrognatismo mandibular).
Mecanismo de ação: paciente faz a mordida forçada, onde deveria estar, haverá montagem dos modelos no
articulador, posicionamento do aparelho bionator; retorno para a boca; esticamento da região condilar e túber
proporcionando a formação de osso e o reposicionamento dos arcos.

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Fisiologia da Oclusão

Com o fim do reestabelecimento da oclusão e as funções bucais normais que conduzem ao equilíbrio das proporções
e a estética facial. O melhor quadro estético é aquele que a fisiologia da oclusão está devidamente superposta.

Ortodontia e Ortopedia facial

É o ramo da odontologa que tem por objetivo o estudo, a prevenção, a interceptação e a correção das anomalias de
posição, relação e harmonia dento-maxilo-faciais, com o fim de restabelecer a oclusão e as funções bucais normais que
conduzem ao equilíbrio das proporções e a éstetica facil.

CLASSIFICAÇÃO DAS MÁS OCLUSÕES

Oclusão Normal: é baseada na relação cêntrica (RC) juntamente com a máxima intercuspidação habitual (MIH). Uma
oclusão normal apresenta características anatômicas normais e uma oclusão estética. Segundo Andrews, para uma oclusão
normal, existem uma relação de seis chaves de oclusão, nas quais foram baseadas:

 120 modelos
 Dentes sem tratamento ortodôntico.
 Dentes bem alinhados e de boa aparência anatômica.
 Oclusão não seria beneficiada do tratamento ortodôntico.

Baseado nestes pontos, as chaves de oclusão são:

1) RELAÇÃO MOLAR  vertende distal da cúspide disto-vestibular do 1º molar superior oclui com a vertente mesial da
cúspide mésio vestibular do 1º molar inferior.

2) ANGULAÇÃO MÉSIO-DISTAL DAS COROAS CLÍNICAS  formam a curva de Spee. Positivo: para mesial, Negativo: para
distal.

3) INCLINAÇÃO VESTÍBULO-LINGUAL DAS COROAS CLÍNICAS  formam a curva de Wilson. Positivo: vestibular
(incisivos), próximo a 0°. Negativo: lingual (molares) posterior 25 a 30°. Os dentes decíduos não formam curva, pois
são implantados verticalmente.

4) PONTOS DE CONTATO  devem ser justapostos (justos) e não devem ter diastemas (linha média) ou espaçamento
(fora da linha média).

5) AUSÊNCIA DE ROTAÇÕES DENTAIS.

6) CURVA DE SPEE  (1) plana e/ou suave. (2) profundidade normal está em torno de 2 mm. (3) vai do último dente em
oclusão até a cúspide do canino. OBS: a curva de Spee reversa (mordida aberta resultaria numa extrusão dental,
invertendo a curva).

O que é classificar as más oclusões?

É separar os diversos tipos de más oclusões de forma a agrupá-las em classes que apresentam características
comuns.

Por que classificar as más oclusões?

 Comunicação: rapidez na ientificação do aspecto clínico.


 Comparação: casos clínicos com aspectos semelhantes.
 Autocomunicação: ortodontista raciocina sobre fatores etiológicos e possíveis foras de tratamento.

CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE, 1899

 Baseado na avaliação ântero-posterior (relação sagital) da mandíbula x maxila, classificou a oclusão.


 Acreditava-se que o 1º molar superior permanente tinha posição estável (conceito falso atualmente).
 Cúspide mésio-vestibular do 1º molar superior relaciona com o sulco mésio vestibular do 1º molar inferior quando
em oclusão (Chave de Molar).

Vantagens:

 É a mais utilizada.
 Fácil e simples.
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 Com acréscimo de outros termos, que não foram propostos por Angle, se torna mais completa. Ex: Classe I com
mordida aberta.

Prevalência:

 Más oclusões (88,53%)


 Oclusão normal (11,47%)
 Classe I (55%)
 Classe II (42% - divisão 1 (7%) e divisão 2 (3%)).
 Classe III (3%).

Pontos de Referência:

 Sulco mésio-vestibular do 1º molar inferior.


 Cúspide mésio-vestibular do 1º molar superior.
OBS: na ausência ou impossibilidade de se classificar com os 1º molares permanentes, os caninos serão as
referências.

CLASSE I  são englobados aqueles casos de má-oclusão em que a relação ântero-posterior dos 1° molares superiores e
inferiores é normal. Isto significa que a mandíbula e o arco dentário à ela superposto, estão em correta relação mésio-distal
com a maxila e demais ossos da face. A cúspide mésio-vestibular do 1° molar superior oclui com o sulco central do 1° molar
inferior. A má-oclusão está geralmente confinada aos dentes anteriores.

 Bilateral.
 Oclusão justa (eixo cúspide x sulco apresentam encaixe).
 Relação oclusal da cúspide M-V do 1° molar superior como sulco M-V do
1° molar inferior.
 Equilíbrio entre maxila-mandíbula.
 Equilíbrio das funções musculares periorais.
 Perfil facial harmonioso (selamento labial).
 Apinhamentos.
 Presença de espaços (pequeno número de dentes em relação à massa
óssea).
 Mordidas cruzadas.
 Mordidas abertas.
 Sobremordidas.
 Biprotrusões (torna o perfil convexo).
 Más posições dentárias individuais.
OBS: para se obter espaços, há quatro formas: distalização, expansão,
desgaste ou extração.

CLASSE II  são aqueles casos em que a arcada inferior se encontra em relação distal com a arcada superior. A cúspide
mésio-vestibular do primeiro molar inferior e a face distal da cúspide vestibular do segundo pré-molar inferior. Apresenta
duas divisões:

 DIVISÃO 1  relação molar em disto-oclusão. Os incisivos superiores apresentam uma


inclinação vestibular. Há presença de uma sobressaliência acentuada (maxila e mandíbula
em desarmonia, crescimento deficiente). Outra característica é a curva de Spee acentuada
(incisivos ocluem na mucosa). A arcada dentária superior se mostra em V. O paciente
apresenta o perfil facial convexo. Há um desequilíbrio muscular perioral proveniente da
sobressaliência acentuada.
 DIVISÃO 2
 Melhor tratamento.
 Vestibularização do incisivo lateral superior.
 Verticalização ou lingualização do incisivo central superior.
 Sobremordida acentuada.
 Equilíbrio muscular perioral
 Perfil facial tente a reto ou suavemente convexo.

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CLASSE III  são aqueles casos em que o primeiro molar inferior encontra-se em posição mesial na relação com o primeiro
molar superior. A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui no espaço entre a cúspide distal do primeiro
molar inferior e a cúspide mésio-vestibular do 2° molar inferior.

 Relação molar mésio-oclusão (1° molar inferior permanente).


 Incisivo inferior com inclinação lingual.
 Mordida cruzada anterior topo a topo.
 Perfil facial côncavo.
 Musculatura perioral pode estar desequilibrada.
 Tratamento: cirurgia ortognática para prognatismo
mandibular, e aparelho quando é maxila.

 SUBDIVISÃO  quando apenas um lado apresenta CLASSE


II ou CLASSE III, e no lado oposto a relação dos molares é
de CLASSE I. Exemplos:
1. Classe III subdivisão direita.
2. Classe II divisão 1 subdivisão direita.
3. Classe II divisão 2 subdivisão direita com mordida
cruzada unilateral do lado direito.
4. Classe I com mordida cruzada (dento alveolar).

CLASSE IV

 Classe II de um lado e Classe III de outro.


 Geralmente ocorre devido a perda dental precoce.

Críticas à classificação de Angle:

 Radiografia cefalométrica comprovou que o primeiro molar superior permanente não era estável.
 Considerava somente o sentido ântero-posterior das más oclusões, deixando de fora os planos vertical e transversal.
 Baseado no posicionamento dentário não considerava a base esquelética.

CLASSIFICAÇÃO DE LISHER, 1912

1. Relação antero-posterior dos arcos.

 Neutro-oclusão (Classe I de Angle).


 Disto-oclusão (Classe II de Angle).
 Mésio-oclusão (Classe III de Angle).
 Normo-oclusão (Oclusão Normal).

2. Alterações verticais

 Sobremordida profunda.
 Mordidas abertas / anterior (mesial a canino) e posterior (distal a canino).
 Trespasse é normal. Em dentes permanentes o trespasse é de 3,0 mm, e em dentes decíduos será de 0 a 25%
do comprimento da coroa.

3. Alterações transversais.

 Mordidas cruzadas:
 Anterior (sagital).
 Posterior (unilateral / bilateral).
 Funcionais.
 Dento alveolares (apenas inclinação dental sem envolvimento ósseo).
 Esqueléticas (ortognáticas).

Mordida Cruzada Posterior

 Geralmente está associada à hábitos deletérios. Ex: sucção digital, sucção de “chupetas”.
 Dentadura mista ou decídua.
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Mordida Cruzada Anterior

 Tendência a Classe III em dentes decíduos.

Mordida Cruzada Funcional

 Interferências dentárias (atresia maxilar).


 Ajustes musculares (látero-oclusão).
 Desvio da linha média em oclusão habitual.
 Relação cêntrica ou boca aberta a linha média são coincidentes.
 Mordida unilateral.

OBS: prevalência de 80 a 97% das mordidas cruzadas unilaterais (associadas à DTM).

Alterações:

 Deslocamento do côndilo.
 Lado cruzado (para dentro e acima na cavidade articular).
 Lado descruzado (para baixo e fora da cavidade articular).
 Resultado: assimetria facial.

Mordida Cruzada Esquelética Dentro Alveolar

 Pacientes jovens com dentições mistas apresentando inclinação dental, mantendo o alvéolo é classificado como
dento-alveolar, já quando a base maxilar está comprometida e envolve o osso, é classificada como esquelética
(desenvolvida por hábitos).

Sobressalência (overjet)

 Acentuada: mordida cruzada anterior.


 Negativa: mordida cruzada invertida.

4. Posicionamento dentário individual

Indicam a posição ocupada pelo dente na arcada dentária. Quando o elemento dentário encontra-se posicionado de modo
na não ocluir fisiologicamente, acrescenta-se o sufixo “versão”. Os tipos de “versões” existentes são:

 Vestibuloversão.
 Linguoversão.
 Mesioversão.
 Distoversão.
 Supraversão (acima da linha de oclusão).
 Infraversão (abaixo da linha média de oclusão).
 Giroversão.
 Axiversão (eixo invertido).
 Transversão ou transposição (dentes trocados de posição).

CRESCIMENTO CRÂNIOFACIAL

CRESCIMENTO: aumento de tamanho.

MATURAÇÃO: mudanças de proporções.

DESENVOLVIMENTO: complexidade progressiva.

OSTEOGÊNESE:

ENDOCONDRAL: processo de crescimento ósseo originado a partir de tecido cartilaginoso.

 Mecanismo de ação: fatores genéticos ou ambientais que geram pressão na área. Ocorre hipertrofia de condrócitos
na base do côndilo, aumentando o espaço intramedular, degenerando, onde ficou o espaço. O mesmo é invadido

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pelo tecido conjuntivo, tecido, sanguíneo e células mesenquimais mais diferenciadas que transformam em
osteoblastos preenchendo a matriz óssea que se mineraliza formando osso.
 Adaptação morfogenética, que propicie a formação constante de tecido ósseo em regiões que suportam níveis de
compressão.

Condrócitos (hipertrofiação)  cavidades separadas por tabiques  invasão de capilares  células mesenquimais
indiferenciadas  osteoblastos  matriz óssea (mineralização)  formação óssea.

 Locais de ocorrência da ossificação endocondral:


 Côndilo mandibular.
 Epífise de ossos longos.
 Maior parte occipital.
 Septo nasal.
 Sincondroses (suturas com cartilagem – articulações da base do crânio).
 Há dependência de ação do hormônio de crescimento.

INTRAMEMBRANOSA: quando o processo tem origem na superfície óssea (periósteo).

 Mecanismo de ação: nas superfícies ósseas, durante o desenvolvimento ósseo quando o mesmo é comprimido, há
reabsorção. Quando este tecido sofre uma tensão, haverá uma formação óssea. Há regiões em que há reabsorção
(periósteo) e outras há formação (endósteo).

Células do tecido conjuntivo (diferenciação)  formação de osteoblastos  deposição óssea  mineralização desta matriz
óssea  formação óssea.

Em tecidos moles o crescimento se dá a partir do interstício.

Em tecidos ósseos (processo aposicional nas superfícies, direto e acumulativo).

REMODELAÇÃO ÓSSEA

Processo seletivo de aposição e reabsorção óssea que permite a alteração na forma, dimensões e proporções de
cada região do osso. Ao nascer o neurocrânio do recém-nascido apresenta seu tamanho oito vezes maior que o viscerocrânio
(face). Em adultos o neurocrânio tem o dobro do tamanho do viscerocrânio (face).

RECOLOCAÇÃO ÓSSEA

Movimentos de crescimento real, onde é observado apenas um ponto.

Aposição    Reabsorção.

 Área anterior do ramo: ocorre reabsorção.


 Área posterior do ramo: ocorre formação.
 Ambos sofrem uma aposição, ou seja, modificação de um ponto (todo ponto sempre sofrerá uma aposição).

Movimentos de Crescimento

 DESLIZAMENTO  crescimento real, resultante do processo de aposição e reabsorção (remodelação). Observado em


uma região.
 DESLOCAMENTO PRIMÁRIO  resultante do deslocamento do próprio osso, observado regional.

 Crescimento da maxila e mandibula ocorre para baixo e para frente.


 Movimentação de crescimento da maxila ocorre por sí mesma.

 Deslocamento secundário  movimento do osso (crescimento) pela formação de ossos secundários.

 Movimento de crescimento pela formação da base do crânio.


 Resultante de aposição de um outro osso.

Centros de Crescimento

 Côndilo e borda posterior do ramo.

 Parede posterior ocorre formação e parede anterior ocorre uma reabsorção, para aumentar o corpo maxilar.
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 Maior crescimento: mulher (menarca), homem (antes dos 13 anos de idade).

 Tuberosidade lingual mandibular.

 Regiões vitais para erupção dos dentes posteriores, onde há reabsorção do ramo anterior.

 Tuberosidade maxilar

 Erupção dos dentes pela formação de osso na tuberosidade maxilar


.
 Processo alveolar.

 Só existe pela presença dos dentes.


 Ao nascer: mandíbula praticamente apresenta só a área basal.

 Suturas.

 Adapta tensões que respondem as forças produzidas pelos tecidos moles que estão crescendo, afastando-se e
depois unindo-se por aposição óssea.

 Septo nasal.

 O compleso naso-maxilar é feita pelo processo de sutura.


 Septo é uma cartilagem que quando comprimido sofre deformação.
 Crescimeno intersticial gerando uma pressão para baixo e para frente. Este crescimento pode gerar um trauma
precoce.

 Superfície.

 Responde por crescimento intra-membranoso por remodelação.


 Proporcionam aumentos regionais e remodelações concomitantes aos outros tipos de crescimento.

BIOGÊNESE DOS DENTES DA OCLUSÃO

 Os dentes iniciam sua formação no embrião na 6ª semana intra-uterina.

Mecanismo: proliferação ectodérmica em lâmina dentária, no qual em cada uma se encontra um broto dentário (matriz do
que será um dente).

Germe dentário:

 Órgão do esmalte.
 Papila dentária.
 Saco dentário (folículo).

ODONTOGÊNESE:

 Iniciação: os 3 tecidos começam a invadir o mesênquima.


 Proliferação: após a invação, proliferam (se expandindo).
 Histodiferenciação: diferenciação dos tecidos.
 Aposição: aposição do tecido específico que foi gerado.

ERUPÇÃO DENTÁRIA:

 O que se deve avaliar quando há perda de dentes decíduos: saber o estágio de formação dental (informação que
determina a terapêutica com o uso de mantenedores de espaço); radiografia (verifica o estágio de formação do
dente permanente).

Estágio de Nolla (1960)

0. Ausência de cripta.
1. Presença de cripta.
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2. Calcificação inicial.
3. 1/3 da coroa formada.
4. 2/3 da coroa formada.
5. Coroa quase completa.
6. Coroa completa  dente começa seu trajeto em direção à cavidade bucal.
7. 1/3 da raiz formada.
8. 2/3 da raiz formada  metade ou 2/3 – atinge a cavidade buca.
9. Raiz quase completa.
10. Ápice completa  quando o dente atinge seu antagonista.

 Alta correlação: estágio radicular x época de irrupção.


 Início: coroa clínica completa.
 Nível da crista óssea = 2/3 da raíz formada.
 Cavidade bucal = ¾ da raiz formada.

Um dente começa a irromper depois da coroa formada, ultrapassa a crista depois de 2/3 de raiz formada e aparece na
cavidade bucal depois de ¾ de raiz formada.

Desenvolvimento da dentadura decídua

 Sempre a dentadura inferior prescede a superior, sendo o incisivo central, o primeiro a surgir por volta dos 6 meses
de idade.
 Entre 6 a 24 meses: irrupção de todos os decíduos.
 16 meses: estabelecimento da primeira dimensão vertical.

(1°) ICI  (2°) LI  (3°) ICS  (4°) ILS  (5°) 1° MI  (6°) 2° MS  (7°) CI  (8°) CS  (9°) 2° MI  (10°) 2° MS.

OBS: o 1° molar decíduo antecede o canino, pois nesta fase há necessidade de estabelecer a dimensão vertical e de se
estabelecer a oclusão, pois determina a deglutição.

Quando o paciente possui um desvio além do padrão de normalidade, pode-se desconfiar de alteração hormonal ou
manifestação sindrômica. Ex.: síndrome de Down (irrupção tardia).

Recém Nascido

 Todo recém nascido apresenta a mandíbula medindo 2,5 mm aquém da maxila – um crescimento para frente.
 Relação entre os roletes gengivais.
 Não há contato dos rebordos anteriores, apenas contato na região dos molares.
 Base da mandíbula retruída em relação ao crânio.
 Inferiores se encontram posicionados 2,5 mm mais posteriores. Quando os dentes posteriores (1° molares decíduos)
irrompem, é necessário corrigir essa retrusão (mais ou menos 1 ano e meio de vida).
 Essa discrepância se corrige até irrupção dos 1º molares decíduos.
 Não existe correlação na separação entre os roletes gengivais e o desenvolvimento de mordidas abertas.

Características da Dentadura Decídua

 Incisivos superiores e inferiores encontram-se verticalizados em relação ao plano oclusal e a face.


 Dentes decíduos estão implantados verticalmente na base óssea, resultando na ausência das curvas de Spee
(vestibular) e Wilson (mesial).
 O crescimento, entre 3,5 e 5,5 anos de idade, só ocorre dimensionalmente, ou seja, em altura da dentição é relativa
aos germes em formação dentária.
 Plano oclusal relativamente aproximado da ATM.

BIOGÊNESE:

A verticalização somada à proximidade do plano oclusal e ATM, provocarão atrição normal. Só não é normal quando há
desgaste acentuado, hipercementose, mobilidade dentária, hipersensibilidade e aumento do espaço periodontal (bruxismo).

Atrição

 Desgaste normal logo que os dentes entram em oclusão.


 Varia com a alimentação e hábitos.

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 Dentes decíduos se desgastam mais rapidamente que os permanentes e resulta em dentes anteriores com coroas
clínicas mais curtas e um aplainamento oclusal nos posteriores.

Presença de Diastemas

 Tipo I: presença de diastemas normais


 Tipo II: ausência de diastemas – maior incidência de apinhamento.

O apinhamento depende do tamanho do rebordo dos dentes permanentes e não quando há presença ou não de diastemas.

Espaço Primata

Espaço existente tanto em maxila quanto em mandíbula e fazem parte do mecanismo compensatório de espaço para
acomodação dos dentes permanentes nos arcos inferiores e superiores.

 TIPO I  possui espaços generalizados tanto no arco inferior quanto no superior.


 TIPO II  não possui espaços generalizados ou diastemas.

 Superior: mesial a canino (função de estabelecer o espaço funcional para incisivos superiores – alinhamento).
Discrepância entre incisivos decíduos e permanentes: 3,8 x 2,0 = 7,6.
 Inferior: distal a canino (serve para relação molar final)
Discrepância: 3 x 2 = 6 mm.

OBS: o pré-molar permanente irrompe dos 2° molares decíduos. É relação terminal entre 2° molares decíduos favorecendo a
mesialização do molar inferior.

Dentadura Mista

 Relação terminal entre os 2° molares decíduos


2° Molar Decíduo Porcentagem (%) 1° Molar Permanente
Plano 76 Topo
Degrau Mesial 14 Neutro oclusal
Degrau Distal 10 Classe II
Entre 76% dos casos, a relação terminal entre os 2° molares decíduos é reta. No plano terminal reto, oclusão ocorre
cúspide – cúspide (Classe II), distalizando-se. Para resolver esta relação, há 2 soluções: dente permanente do 1°
molar superior sofrerá distalização. A outra opção é a mesialização do 2° molar inferior e por esse motivo, necessita-
se de espaço.

Ajuste da Relação dos 1° Molares Permanentes

 Fechamento dos espaços primatas inferiores.


 Crescimento diferencial maxilo-mandibular.
 Utilização do espaço disponível de Nance.
 Combinação dos 3 fatores associados.

Espaço Disponível de Nance

 Decíduos: Canino + 1° Molar Decíduo + 2° Molar Decíduo (Maior).


 Permanentes: Canino + 1° Pré-Molar + 2° Pré-Molar (espaço menor que o espaço dos dentes decíduos).
 Nem todo dente permanente é maior que o seu predecessor decíduo.
 Superior: 0,9 x 2 = 1,8
 Inferior: 1,7 x 2 = 3,4

CLASSIFICAÇÃO

 1° período transitório: compreende a primeira troca de incisivos e 1° molares permanentes.


 Período inter-transitório: irrupção dos incisivos e 1º molares permanentes, porém caninos e pré estão em fase de
desenvolvimento.
 2° Período transitório: troca dos remanescentes caninos e pré-molares.

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Irrupção e Alinhamento dos Incisivos Permanentes

 Desenvolvimento dos permanentes se dá por lingual aos decíduos e posição final proveninente do equilíbrio entre
lábio e língua.

OBS: como se obtém o espaço para alinhamento dos incisivos?

 Superiores: espaço primata, trajeto vestibularizado de irrupção e aumento do crescimento transversal (intercaninos).
 Inferiores: crescimento transversal e trajeto de irrupção.

ALTERAÇÕES DIMENSIONAIS

Crescimento Transversal

 Maior aumento na época de irrupção dos incisivos permanentes: superior (3 a 5 mm) e inferior (1 a 3 mm).

DENTES CRESCIMENTO TRANSVERSAL (mm)


13 – 23 5
16 – 26 4
33 – 43 3
36 – 46 2

Comprimento do Arco

SUPERIOR – Variável

 Espaço disponível de Nance (fator de perda de crescimento)


 Desgaste Interproximais (redução) – proveniente do desgaste natural, mastigação e etc, reduzindo o comprimento.
 Componente anterior de forças (reduz)
 Trajeto de irrupção (aumenta), por isso que no arco superior é variável, às vezes o trajeto supera os 3 fatores de
perda.

INFERIOR – Diminuição (mesial Molar)

 Espaço disponível de Nance.


 Desgaste interproximal.
 Componente anterior de forças.
 Espaço primata inferior.
 Inclinação lingual dos incisivos inferiores – ocorre quando a tumba palatina regride, gerando um maior espaço para a
acomodação da linha, portanto, ela atua sobre os incisivos inferiores, neutralizando-os.
 Ganho: trajeto de irrupção.

Perímetro:

SUPERIOR – Variável

 Espaço disponível de Nance (diminui).


 Desgaste interproximal (diminui).
 Componente de forças anteriores (diminui).
 Trajeto de irrupção (aumenta).
 Crescimento transversal (aumenta).

INFERIOR

 Espaço disponível de Nance (diminui)


 Desgaste interproximal (diminui)
 Componente de forças anteriores (diminui)
 Espaço primata (diminui)
 Inclinação lingual dos incisivos inferiores (diminui)
 Trajeto de irrupção (aumenta)
 Crescimento transversal (aumenta).

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FASE DO PATINHO FEIO

1. Divergência dos longos eixos (caninos encontram-se na raiz do incisivo lateral, divergindo as coroas, posteriormente
a coroa é pressionada alinhando a mesma).
2. Aparecimento de diastemas.
3. Duração de 3 a 4 anos.

Estágio do Patinho Feio

 Posição dos incisivos laterais contra superfícies distais dos incisivos centrais.
 Posição dos caninos: incialmente tendem a agravar, porém ao final, há correção natural.

Dentadura Permanente

 Oclusão ideal (3%).


 Oclusão aceitável (27%)
 Má oclusão (70%).

Apinhamento:

CARACTERÍSTICAS PRIMÁRIAS  (1) hereditário. (2) discrepância entre tamanho do dente x arco dentário. (3) ocorre durante
a troca dos incisivos.

CARACTERÍSTICAS SECUNDÁRIAS  (1) acomete região posterior. (2) pode ser de origem hereditária e/ou ambiental.

CARACTERÍSTICAS TERCIÁRIAS  (1) ocorre entre 16 – 18 anos. (2) apinhamento em adultos, acomete preferencialmente os
incisivos inferiores. (3) tem sua origem no crescimento mandibular, principalmente, pela erupção dos 3°s molares.

OBS: difiodontes (apresentam 2 dentições, sendo 1 decídua e 1 permanente) e dentaduras (apresentam 3 fases distintas de
formação dos dentes: distal, mesial e palatina).

ETIOLOGIA DAS MÁS OCLUSÕES

Tem por objetivo determinar as causas de anomalias dentofaciais, com intuito de facilitar:

 Prevenção.
 Interceptação.
 Correção, após instalada a má oclusão.
 Prevenir recidivas.

FATORES ETIOLÓGICOS

Fatores Gerais: agem a distância, muitas vezes durante a formação do indivíduo no período embrionário.

1. Hereditariedade:

 Misturas raciais aumentam a frequência das discrepâncias no tamanho dos maxilares e os transtornos oclusais são
mais significantes.
Tipos faciais são:

 BRAQUIFACIAL (1) face quadrada, coroas curtas,


arco amplo, raso e presença de sobremordida.
 MESIOFACIAL (3) face mais equilibrada,
proporcional, equilíbrio de altura e largura.
 DOLICOFACIAL (2) face mais longa, arcos
dentários estreitos e profundos, mordida aberta e padrão de
musculatura mais frágil.

2. Deformidades congênitas (ao nascimento):

 Paralisia cerebral: isquemia e distúrbios nas seguintes funções: mastigação, deglutição, fonética, respiração e
postura.
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 Fissuras lábiopalatais: falta de coalescência entre os segmentos que formam os lábios e palato (1° arco
braquial) entre a 6° e 7° semana intrauterina, ocorre a fusão e formação dos botões dentários.

A) Parte central do nariz e lábio


B) Região infraorbitária e asa do nariz.
C) Região infraorbitária ao lábio lateral.
D) Região inferior da face.

 Disostose cleidocraniana:
 Hipoplasia de clavícula.
 Retenção prolongada dos dentes decíduos.
 Protrusão mandibular.
 Dentes supranumerários.
 Erupção tardia dos permanentes.
 Rizólise não compatível com a rizogênese.

 Displasia ectodérmica:
 Conjunto de síndromes: quando 3 ou mais tecidos de origem ectodérmica estão alterados.
Ex.: alterações dentofaciais, nariz em sela e lábios protrusos.
 Pouca transpiração (hipertermia).
 Alterações morfológicas (hipoidrótica: funcionamento deficiente das glândulas sudoríparas).

3. Fatores Ambientais:

 Pré-natais:
 Posição intrauterina.
 Fibromas uterinos.
 Dieta e metabolismo materno.
 Enfermidades.
 Drogas.

 Pós-natais:
 Lesões traumáticas ao nascer.
 Traumatismo.
 Tecidos cicatriciais.
 Anquilose condilar.
 Fraturas de côndilo (micrognatismo maxilo-mandibular).

4. Enfermidades Sistêmicas:

 Poliemielites.
 Distrofias musculares.
 Endocrinopatias (hipófise, tireóide, paratireóide).
 Nutrição: raquitismo (carência de vitamina D) ou escorbuto (carência de vitamina C).
 Postura: crescimento anormal dos maxilares, Classe II.
 Traumatismo (alterações musculares).

5. Hábitos Bucais Deletérios:

 Ornicofagia.
 Sucção digital, lábios ou chupetas.
 Respiração bucal.
 Interposição atípica da língua.

OBS: grade lingual fixa (aparelho recordativo para não haver sucção digital e não ocorrer a sobreposição da língua)

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Fatores Locais:

Anomalias de Número

 Supranumerários.
 Extranumerários
 Ausências dentais (agenesias)
 Hipodontia (poucos dentes).
 Oligodontia (vários dentes ausentes).
 Anodontia (todos os dentes ausentes).

Anomalias de Tamanho

 Macrodontia: localizada, generalizada e relativa (dente normal para ossos alterados).


 Microdontia: localizada, generalizada e relativa (dente menor para osso normal).

Anomalias de Forma

 Conóides
 Germinação (separação de coroa).
 Concrescência (unidos pela raiz).
 Fusão (coroas unidas).
 Cúspide extra (Tubérculo de Carabelli).

Freios e Bridas

 Inserções baixas dos freios labiais.


 Freios: inserções em linha média.
 Bridas: inserções laterais.
 Verificar origem dos diastemas: mesiodens, hábitos, hereditariedade e agenesias de laterais.

OBS: para se diagnosticar freios labiais com inserções patologicas, deve-se realizar uma radiografia para identificar se há ou
não a presença de algum obstáculo. Traciona-se o lábio e verifica-se a inserção na região uma leve isquemia da papila.

Tratamento: caso o freio atrapalhe as funções mastigatórias e fonéticas, pode-se realizar uma frenectomia, que consiste em
seccionar o freio labial em sua inserção. Caso contrário devido a recidiva, fazer apenas após a dentadura permanente se
formar (irrupção dos caninos), fechamento mecânico dos diastemas com terapêutica ortodôntica.

6. Perda precoce de dentes decíduos

 Migrações dentárias.
 Diminuição do perímetro do arco.
 Extrusão do antagonista.
 Propicia a instalação de hábitos.
 Atraso da irrupção dos dentes permanentes.
 Problemas psicológicos na criança.

7. Retenção prolongada de decíduos:

Causas:

 Falta de sincronia entre risólize e risogênese.


 Anquilose de decíduo.
 Ausência de permanente.

Consequências:

 Atraso da erupção dos dentes permanentes.


 Erupção ectópica.
 Modificações no perímetro do arco.

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8. Irrupção Tardia dos Permanentes:

Causas:

 Presença de supranumerários.
 Raiz residual de decíduos.
 Fibrose gengival.

Consequências:

 Dilaceração radicular.
 Migrações dentárias.

Tratamento:

 Bulectomia

9. Erupção Ectópica

Causa:

 Falta de espaço no arco dentário, por fatores genéticos ou fatores ambientais.

Dentes mais acometidos:

 Caninos superiores e 2° pré molar inferior, devido a cronologia de erupção, estes são os últimos dentes a
irromperem.

Tratamento:

 Extração dos prés molares e tração dos caninos

OBS: Transposição  troca dos dentes no arco (remover o dente transposto, porém, caso não queira a extração dentária,
pode-se alterar a anatomia dos mesmos).

10. Anquilose

 Formação de ponte óssea ligando o cemento à lâmina dura alveolar (princípio de reabsorção).
 Dentes acometidos:
 Molares decíduos (apoptose dos cementoblastos).
 Incisivos superiores (traumatismos dentoalveolares).
 Caninos superiores (impacções devido à sua cronologia de erupção).

11. Cárie Dental


 Perda prematura de dentes.
 Perda de pontos de contato interdentais.
 Migrações dentárias: inclinação, giroversão e extrusão.
 Diminuição do perímetro do arco.

12. Fatores Iatrogênicos


 Próteses inadequadas.
 Cirurgias mal realizadas.
 Ortodontia mal conduzida.
 Dentística (excesso ou falta de material restaurador)

GRANDES CAUSAS:

 Genética: fatores que ficam impossibilitados de serem alterados.


 Ambientais: fatores externos oriundos de problemas na prevenção: cárie, hábitos nocivos, traumatismos e
iatrogenias.

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HÁBITOS BUCAIS

HÁBITOS DA INFÂNCIA:

 Sucção digital ou de chupetas.


 Respiração bucal.
 Interposição e língua entre os dentes.
 Ornicofagia.

HÁBITOS:

 Disposição adquirida pela repetição frequente de um ato.


 Os movimentos interiores ou tensões são revelados por meio de algum movimento muscular ou ação.

CAVIDADE BUCAL:

 Paladar tátil e posição da mandíbula.


 Acuidade tátil: percepção do tamanho, textura e forma do objeto (lábio e porção anterior da língua).
 A estabilidade do complexo maxilo-mandibular é determinada pelo equilíbrio das forças intrínsecas que o rodeiam.

OBS: equivalência de forças contrárias da musculatura, forças iguais, porém, contrárias  Lábio  Dentes  Língua.

HÁBITOS BUCAIS:

 Equação ortodôntica: as causas atuam em épocas sobre os tecidos produzindo resultados (intensidade, frequência,
duração (tempo) do hábito; e a época que houve atuação enquanto criança).
 Respirardo bucal.
 Sucção digital ou chupeta.
 Deglutição atípica (intrerposição labial ou lingual).
 Outros hábitos (ornicofagia, postura, fonação e etc).

RESPIRADOR BUCAL:

Vias aéreas superiores   adaptação funcional   respirador bucal.

Etiologia da Respiração Bucal:

Qualquer fator que obstrua a passagem de ar pela cavidade nasal, seja parcial ou total; assim respirar pela boca é uma forma
compensatória para a obstrução nasal. Existem alguns fatores que possibilitam a respiração bucal:

 Hipertrofia dos cornetos: devido à alergia (provocam edemas locais), crises de rinites alérgicas.
 Hipertrofia da adenóide.
 Vegetações adenoideanas muito proeminentes.
 Desvio de sépto.
 Rinites alérgicas.

OBS: reduzem a capacidade de entrada de ar na cavidade nasal.

Funções da Mucosa Nasal:

 Filtragem.
 Aquecimento. AR
 Umidificação.

Respiração Bucal:

 Efeitos Imediatos: ressecamento e irritação da mucosa bucal e faringeana, consequente da passagem do ar impuro,
frio e seco.
 Efeitos Mediatos: quebra do equilíbrio muscular; prováveis alterações dento-esqueléticas durante o crescimento
crâniofacial.
 Genética + ambiente: determina o crescimento, fazendo com que o palato cresça para baixo e para frente
(respirador nasal). Já os respiradores bucais, possuem o palato profundo, impedindo o crescimento das vias nasais
para baixo e para os lados, assim o palato apresenta o aspecto mais profundo.

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 A língua em contato com o palato (boca fechada e respiração pelo nariz), no respirador bucal a língua não fica em
contato com o palato.
 Ao abrir a boca para respirar perde-se a força do lábio e língua, e língua e palato, gerando uma mordida cruzada
posterior e um palato ogival (atrésico e profundo).

Características Dentoesqueléticas do Respirador Bucal:

 Face adenoidiana.
 Palato profundo.
 Palatro atrésico.
 Mordida cruzada posterior.
 Incisivo superior vestibularizado.
 Lábio superior hipotônico e curto.
 Lábio inferior hipertônico, interpondo 11 e 21.
 Incisivos inferiores verticalizados.
 Sobressalência acentuada.
 Pode ocorrer casos de uma mordida aberta anterior e classe II.
 Ângulo goniaco aberto.
 Plano mandibular inclinado.
 Terço ântero-inferior aumentado.
 Selamento labial deficiente.
 Gengivite.
 Face longa e estreita (nariz).
 Perfil convexo.
 Palidez (falta de oxigenação).
 Caixa toráxica estreita e saliente (peito de pombo).

OBS: nem todos os respiradores bucais apresentam todas as características supracitadas, depende da intensidade, duração,
frequência e predisposição que cada um tem.

Relação Causa x Efeito:

 Predisposição.
 Graus de obstrução.
 Postura lingual e mandibular.
 Interação, herança genética e ambiente.

Diagnóstico Diferencial na Respiração:

NASAL:

 Selamento labial.
 Narinas se dilatam (ação do músculo elevador da asa do nariz).

BUCAL:

 Lábios entreabertos.
 Narinas imutáveis (hipotrofia do músculo elevador da asa do nariz).

Terapêutica do Respirador Bucal:

 Avaliação médica.
 Remoção do hábito.
 Correção das alterações morfológicas.

SUCÇÃO DE DEDO OU CHUPETA

Impulso de sucção: importante para o desenvolvimento da face.

Etiologia:

 Alimentação deficiente.
 Irrupção de molar decíduo.
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 Satisfação do instinto de sucção.


 Tensão emocional: insegurança.
 Atrair a atenção (psicológico).

OBS: estímulo ambiental para desenvolvimento da face: amamentação.

Impulso de sucção  alimentação  resíduo do esforço (frustração)  sucção digital e/ou chupeta  satisfação.

Persistência do Hábito de Sucção Digital:

 Incisivos superiores vestibularizados.


 Incisivos inferiores verticalizados.
 Retrusão mandibular (Classe II).
 Mordida aberta difusa (interposição lingual).
 Palato atrésico.
 Mordida cruzada posterior.
 Selamento labial deficiente.
 Lábio superior hipotônico e inferior hipertônico.

Persistência do Hábito de Sucção de Mamadeiras / Chupetas:

MORDIDA ABERTA CIRCUNSCRITA:

 Crescimento vertical inibido.


 Interposição lingual.
 Palato atrésico.

MORDIDA CRUZADA POSTERIOR:

 Retrusão lingual.
 Ação muscular das bochechas.
 Incisivos verticalizados ou vestibularizados.

MANIFESTAÇÕES DAS MÁS OCLUSÕES

 Predisposição.
 Posição dedo/chupeta.
 Contração muscular bucofacial.
 Postura mandibular.
 Padrão crâniofacial.
 Força aplicada aos dentes e processo alveolar.
 Frequência e duração do hábito.

Cuidados:

 Chupeta ortodôntica: estreita, curta, achatada e com bisel (chanfrado) na ponta (não impede o risco de alteração,
porém, acontece com menos intensidade).
 Mamadeira: retirar quando a criança estiver preparada (2 a 3 anos); furo para saida do leite deve ser o menor
possível; uso de um bico ortodôntico.

A interrupção brusca, pode causar: trauma e transferência, por isso deve ser feito de maneira gradual e de modo a não
afetar o desenvolvimento psicológico da criança.

Protocolo Terapêutico:

 Dependente de algumas variáveis: idade (5 anos), duração, frequência, intensidade, posição do dedo/chupeta.
 Correção das alterações morfológicas.
 Aparelho retardatário: evitar que o paciente volte a realizar a sucção digital.
 Acompanhamento psicológico.
OBS: trata-se primeiro a mordida cruzada, devido à atresia muscular, ao tratar, a mordida aberta, vai conseguindo
chegar ao lugar devido.
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DEGLUTIÇÃO ATÍPICA:

 Interposição lingual/labial.
 Projeção forçada da língua ou do lábio inferior contra ou entre os dentes, alterando o equilíbrio fisiológico entre as
estruturas bucofaciais.
 Funções da lingua: deglutição, proteção das vias aéreas, posicionamento dos dentes.

Fisiologia da Deglutição:

Deglutição Infantil Normal:

 Maxilares separados: lingua entre os rebordos gengivais.


 Estabilidade mandibular via contração dos músculos faciais e interposição lingual.
 Deglutição controlada pelo intercâmbio sensorial entre o lábio e língua.
 Desaparece com a irrupção dos molares (16 meses).

Deglutição Madura Normal:

 Pouca atividade dos lábios e musculaturas faciais.


 Contração dos elevadores de mandíbula (dentes em oclusão).

Etiologia da interposição lingual:

 Desequilíbrio do controle nervoso.


 Amigdalas hipertrofiasas.
 Macroglossia.
 Anquiloglossia.
 Freio lingual extenso.
 Estado de nutrição (redução nos níveis de vitaminas D e E).
 Hábitos alimentares.
 Perda precoce ou diastemas anteriores.
 Fatores simbióticos (mordida aberta).
 Respiração bucal.
 Hábitos de sucção.
 Ornicofagia.

Exame Clínico:

INICIAL:

 Espelho ou abaixador de língua, lábio inferior.


 Exame de oclusão, deglutição, averiguando a normalidade.
 Interposição, desoclusão/ contração do lábio inferior e mento.

COMPLEMENTARES:

 Macroglossia (sobre coroas/dentições).


 Freio lingual extenso (localizado entre os ductos sublinguais).
 Amigdalas hipertrofiadas.
 Perda precoce de elementos dentários ou diastemas anteriores.
 Hábitos simbióticos (respiração bucal, sucção digital, ornicofagia).

TERAPÊUTICA:

 Ortodontia.
 Ortopedia. Método Mecânico
 Cirurgias corretivas (ortognática).

 Otorrinolaringologia.
 Fonoaudiologia. Método Educativo.
 Outras áreas afins.

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