GESTÃO HOSPITALAR:

COMPETÊNCIAS PARA
SER UM MÉDICO-GESTOR
2. 8.
VISÃO DO TODO
SUMÁRIO

3. 10.
INTRODUÇÃO
AGREGANDO VALOR

5. 13.
O GERENTE MÉDICO
CAPACITAÇÃO

Blog www.secad.com.br 2
INTRODUÇÃO

3
 Introdução

A função do médico-gestor começa a ganhar mais Neste eBook, fazemos uma reflexão sobre as

espaço. Os hospitais têm buscado profissionais competências necessárias para um médico se

perspicazes, com conhecimentos teóricos e práti- tornar um gestor por excelência. Confira as dicas e

cos, para gerir seus projetos. Isso porque a com- boa leitura!

plexidade dos fluxos existentes nos hospitais

Leia mais: Conheça as atualizações profissionais das
exige essa combinação, que dificilmente é encon-
principais sociedades médicas brasileiras
trada em profissionais egressos de outras áreas.

Ainda assim, a gestão de projetos em saúde exige

um esforço de capacitação e adaptação por parte

do médico. As suas atividades não se limitam a

controlar cronogramas e cobrar prazos às equi-

pes. É preciso um nível maior de sensibilidade, em

razão do impacto e da relevância que suas deci-

sões terão.

4
Blog www.secad.com.br
O GERENTE
MÉDICO

5
 O gerente médico

O caráter humano que pauta a medicina como um Um de seus desafios foi conduzir o Projeto

todo também faz parte da lista de competências Paciente Seguro. Criada em 2016, a iniciativa faz

necessárias ao médico-gestor. A médica Eleonora parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento

Ribas sabe bem disso. Ela é coordenadora de proje- Institucio-nal do Sistema Único de Saúde

tos do Hospital Moinhos de Vento (HMV), de Porto (Proadi-SUS). O propósito é oferecer

Alegre (RS). “O profissional precisa ter capacidade de aprimoramento das práticas assistenciais,

trabalhar em equipe e de desenvolver habilidades treinamento especializado e organi-zação de

relacionais. Envolver as pessoas certas é uma tarefa metodologias para fortalecer o cuidado com os

fundamental”, afirma Ribas. pacientes.

6
Blog www.secad.com.br
Liderado pelo HMV, o projeto une instituições públi-

cas de saúde localizadas em 15 estados. É, portanto,

uma missão complexa e que depende da sinergia de

diferentes forças. Ribas coordenou esse trabalho até

2018, quando assumiu o Projeto Melhorando a Segu-

rança em Larga Escala no Brasil. A iniciativa,

também ligada ao Proadi-SUS, pretende reduzir a

taxa de infecções nas 24 UTIs vinculadas ao HMV.

7
Blog www.secad.com.br
VISÃO DO TODO

8
 Visão do todo

A multidisciplinaridade é um dos pontos centrais da O médico-gestor funciona como um apoio a todos

gestão de projetos em saúde. E isso pode represen- os setores envolvidos no projeto. Ele é responsável

tar um desafio para os médicos. Ao longo da forma- por manter a comunicação entre as pessoas-cha-

ção, o profissional é orientado a lidar com pacientes. ve do processo. Saber escutar e, acima de tudo,

O relacionamento com equipes de outras áreas é saber transmitir as diretrizes aos demais envolvi-

menos abordado, embora ganhe cada vez mais rele- dos no projeto são quesitos fundamentais para o

vância no sistema de saúde. "Para que algo mude de profissional que está à frente de um projeto.

fato, é preciso saber atingir as pessoas que vão fazer

acontecer", aconselha Ribas.

Blog www.secad.com.br 9
AGREGANDO
VALOR

10
 Agregando valor

Outro desafio para o gestor de projetos em saúde é

agregar valor ao negócio. Muitas vezes, uma ideia

não evolui por não estar alinhada aos fins estratégi-

cos da organização. Ou seja, esse é um processo

que deve ser iniciado antes mesmo da colocação do

projeto em prática. É preciso estudar as ações pro-

fundamente, buscando seus possíveis gaps. Aparar

essas arestas e realizar as adequações necessárias

também é tarefa do médico-gestor.

Blog www.secad.com.br 11
O feedback, aliás, deve ser constante. É possível que

um projeto sofra transformações quando for aplica-

do de fato. Ainda mais quando se tratar de ações

adaptadas a diferentes locais. "Nenhum hospital ou

unidade de terapia é igual", lembra Ribas. Existem

idiossincrasias regionais, financeiras e organizacio-

nais entre cada instituição.

A flexibilidade e a perspicácia, assim, se configuram

em habilidades necessárias à gestão de projetos em

saúde. O médico-gestor precisa conhecer o cenário,

saber driblar as restrições e adaptar a proposta a

diferentes realidades.

Blog www.secad.com.br 12
CAPACITAÇÃO

13
 Capacitação

Diversas instituições de ensino oferecem MBAs e

especializações em gestão de saúde. Os cursos,

além de trazer subsídios importantes aos médicos

que pretendem migrar à área administrativa, incluem

tópicos sobre o gerenciamento de projetos.

Também existem protocolos que podem ser estuda-

dos de forma isolada. São modelos utilizados no

gerenciamento de projetos em diversas áreas – e

que podem ser adaptados ao segmento de saúde.

Leia mais: 6 aplicativos para auxiliar nos diagnósticos

clínicos

14
Blog www.secad.com.br
O Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI, na
sigla em inglês) oferece oito tipos de certificações
em metodologias de gerenciamento. É uma das prin-
cipais instituições de acreditação em gerenciamento
de projetos do mundo.
"Tem muita coisa para ser feita no sistema de saúde
e nós precisamos de médicos que tenham essa
visão", finaliza Ribas. Como se vê, o horizonte reserva
muitas oportunidades para esse segmento.

Leia mais: Saiba como a educação continuada pode ajudar

a alavancar a sua carreira!
O PMI criou o Guia do Conhecimento em Gerencia-

mento de Projetos (PMBOK, na sigla em inglês). Mais

do que uma metodologia, o PMBOK oferece uma atu-

alização das melhores práticas de gerenciamento de

projetos, possibilitando um alinhamento do profis-

sional aos padrões mundiais do setor.

15
Blog www.secad.com.br
Blog www.secad.com.br