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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Campus I

Processamento de Materiais Poliméricos

Outros Processos – Termofixos e


Compósitos

Profa. Amélia S. F. e Santos


Termofixos

Possuem estrutura tridimensional, reticulada, com ligações


cruzadas, tornando-se insolúveis e infusíveis.

- São rígidos e quebradiços;


- Não-fusíveis e por isso estáveis à variação de temperatura;
- Após curados/reticulados, retêm a forma;
- Se decompõem quando aquecidos;
- Rede tridimensional de ligações fortes;
- São insolúveis e infusíveis.

Ex: resinas fenol-formaldeído (baquelite), epóxi (araldite).


Tipos de resina termofixa

• Poliéster
insaturado

• Resina epóxi

• Resina fenólica
Termofixos

 Parâmetros importantes:

 Viscosidade

 Temperatura de gel

 Tempo de gel
Cura de termofixos

Curva ideal no curômetro

T90 - tempo ótimo de


vulcanização

Tempo de Scorch - tempo de pré-vulcanização: representa o início da vulcanização, também denominado tempo
de segurança de processo, ou seja, o tempo em que o composto pode ser processado sem que ocorra
vulcanização prematura.

Gráfico obtido usado para determinar as características de processamento e


vulcanização
Cura de termofixos

• Resina epóxi
Cura de termofixos

• Poliéster insaturado
Características gerais de um
compósito

• Um compósito industrial consiste em um material artificialmente multifásico


onde as fases devem ser quimicamente diferentes, separadas por uma
interface

Logo, todo material compósito apresenta duas fases:

• FASE MATRIZ: É contínua e envolve a fase dispersa

• FASE DISPERSA:
Características gerais de um
compósito

Aplicações

– Construções feitas de barro e palha utilizadas pelos


egípcios.
– Indústria aeroespacial
– Esporte
– Automotiva
– Construção
Propriedades de um compósito
dependem:

• Propriedades das fases constituintes

• Das quantidades relativas das fases constituintes

• Da geometria da fase dispersa


Tipos de compósitos

3 tipos de compósitos
• Reforçados com partículas
• Reforçados com fibras
• Estrutural
Tipos de compósitos reforçados
com fibra
Compósito reforçado com
fibras:
• Continuo e alinhado (Fig. (a)
ao lado) boa melhora na
resistência

• Descontínuo (curto) : Fibra


curta pouca melhora na
resistência.

- Alinhado (Fig. (b) ao lado)

-Orientado aleatoriamente
(Fig. (c) ao lado)

Fibras trançadas
Tipos de fibra

• Fibra de vidro: Diâmetro da fibra de 3 a 20 μm (pisos


industriais, recipientes para armazenamento, tubulações)

• Fibra de carbono: (equipamentos esportivos, componentes


estruturais de aeronaves, Hélice de helicóptero)

• Fibra de aramida: Nome comercial Kevlar (Cordas,coletes a


prova de bala, carcaça de mísseis, substituição do amianto
em freios, embreagem, gaxetas, etc)
Tipos de fibra
Processamento de termofixos e
compósitos
Processos à seco

Pre-preg:
• Processo mais utilizado para estruturas.

• Fibras contínuas pré-impregnadas com resina polimérica em espessuras de


0,08mm a 0,25 mm e larguras de 2,5 mm a 1525 mm.

• Esse material é enviado ao fabricante em forma de fita. Essa fita molda e cura por
completo o produto sem a necessidade de adicionar qualquer componente
adicional apenas com calor e pressão.

• Teor de resina: 35 a 45 % em vol. termofixa ou termoplástica.

• O prepreg deve ser mantido a 0 oC, pois a cura prosseguiria à temperatura


ambiente.

• Após a remoção do papel de suporte várias camadas são colocadas, em geral


com as fibras cruzadas para se ter mesma resistência nos dois sentidos.

http://www.youtube.com/watch?v=kaoq8Mc4xxw&playnext=1&list=PL9FC6FF2112573125&feature=results_main
Processos à seco
Pré-impregnados – Pré-pregs

Métodos

Solução
polimérica

Percolação

Escoamento do polímero ao longo do


plano do material de reforço

http://www.youtube.com/watch?v=W0By_CHDaF0
http://www.youtube.com/watch?NR=1&feature=endscreen&v=NkglzlBaT2s
Processos à seco

BMC

Armazenados em câmara fria


 Evitar cura prematura

Controle da viscosidade da resina 


eficiência no molhamento das fibras
http://www.youtube.com/watch?v=B-dRNi_1DJw
Processos de fabricação

• Molde aberto • Molde fechado


– Acabamento apenas em uma face – Acabamento nas duas faces
– Controle de temperatura precário – Aplicação de pressão
– Moldes baratos – Moldes mais caros

Molde aberto Molde fechado


Laminação manual Moldagem por compressão
Spray-up RTM
Enrolamento filamentar RTM light
Infusão à vácuo
Pultrusão
Preparação do molde
Limpeza
Desmoldante
Gel coat
Laminação manual

PARÂMETROS IMPORTANTES NA MOLDAGEM


- Laminação de camadas sucessivas de reforço impregnadas com resina em
etapas para garantir aderência entre camadas e evitar exotermia acelerada sobre a peça.
- Passagens sucessivas de roletes para consolidar o laminado e eliminar ar
aprisionado.

VANTAGENS
- Baixo investimento
- Simplicidade
- Flexibilidade de projeto
- Laminação em campo
- Sem restrições no tamanho das peças

DESVANTAGEM
- Dependente da habilidade do laminador
Laminação por projeção
(spray-up)

PARÂMETROS IMPORTANTES NA MOLDAGEM


- Ajuste automático e simultâneo das matérias-
primas.
- Passagens sucessivas de roletes para
consolidar o laminado e eliminar ar aprisionado.
Laminação por projeção
(spray-up)

VANTAGENS
- Sem restrições no tamanho das peças
- Laminação em campo
- Maior produtividade
- Maior homogeneidade do teor de fibra

DESVANTAGEM
- Mão-de-obra mais especializada
Enrolamento Filamentar
(filament winding)

Processo no qual as fibras de reforço


contínuas são posicionadas segundo um
padrão pré-determinado para compor uma
forma oca geralmente cilíndrica. Há controle
da orientação da fibra usando o movimento
relativo da rotação e deslocamento
horizontal.
• Fios individuais ou em mechas são
alimentados através de um banho de resinas
e em seguida enroladas continuamente ao
redor de um mandril (processo automático).
• Após um número apropriado de camadas a
cura é executada em forno ou a temperatura
ambiente após a retirada do mandril.

• Como alternativa pode-se enrolar prepregs


estreitos e delgados (até 10 mm) ao redor do
mandril.
Enrolamento Filamentar
(filament winding)

©2003 Brooks/Cole, a division of Thomson Learning, Inc. Thomson Learning ™ is a trademark used herein under license.

Figure 16.23 Producing composite shapes by filament winding.


Enrolamento Filamentar
(filament winding)

• Produtos típicos:

– Vasos de pressão

– Postes de luz

– Varas de pescar

http://www.youtube.com/watch?v=1WA3sE1WvdE
http://www.youtube.com/watch?v=MWUxhC6-q0c
Enrolamento Filamentar
(filament winding)

PARÂMETROS IMPORTANTES NA MOLDAGEM


- tensão de bobinagem
- viscosidade e ciclo de cura da matriz
- orientação do reforço / ângulo de bobinagem da fibra
e velocidade de rotação do mandril
- Controle da viscosidade da matriz para impregnação
adequada da fibra
VANTAGENS
- Obtenção de peças com melhor relação
resistência/peso, pois explora o potencial
de propriedades que a fibra apresenta na
direção longitudinal
DESVANTAGEM
- Configuração geométrica restrita para
peças cilíndricas
Moldagem por compressão

Dão a forma à produtos primários obtidos por extrusão, laminação, BMC, SMC

Prensa é acionada, o molde é fechado, pré-pressão para amolecimento do


material, seguida de aumento progressivo de pressão para que o material se
acomode no formato do molde.

Decorrido o tempo de cura ou tempo de acomodação do material no molde, o


molde é aberto e peça removida.

Extração
 TERMOFIXOS à quente
 TERMOPLÀSTICOS à frio
Moldagem por compressão
Moldagem por compressão
Moldagem por compressão

VANTAGENS
- Peças simples, moldes mais baratos
- fluxo relativamente baixo do material reduz o desgaste dos moldes

DESVANTAGENS
- Difícil produzir peças com formas complexas
- Peças geralmente com rebarbas
Moldagem por compressão
• Exemplos de peças moldadas:
componentes elétricos
bases de ar condicionado
frisos laterais de automóveis
Moldagem por transferência de
resina - RTM

- Resina pré-acelerada é inserida sob pressão numa cavidade que o reforço já está
devidamente posicionado
PARÂMETROS IMPORTANTES NA MOLDAGEM
- Temperatura (opcional)
- Pressão
- Tempo de injeção
- Viscosidade da resina
- Tempo de cura
VANTAGENS
- Relativamente baixo investimento para peças
acabadas em ambas as faces
DESVANTAGENS
- Processo em pequena escala
- Peças pequeno-médio porte
Moldagem por transferência de
resina - RTM

Pressurized
Resin

Air Air

The RTM Process


RTM light

- Resina pré-acelerada é inserida numa cavidade que o reforço já está devidamente


posicionado sob vácuo
PARÂMETROS IMPORTANTES NA MOLDAGEM
- Pressão reduzida
- Tempo de injeção
- Viscosidade da resina
- Tempo de cura;
VANTAGENS
- Acabamento em ambas as faces
- Redução da emissão de voláteis
- Maior produtividade e maior qualidade em relação aos
processos de molde aberto
- Moldes mais baratos e simples que o RTM convencional

http://www.youtube.com/watch?NR=1&feature=fvwp&v=yTsXKGUdtCE
http://www.youtube.com/watch?v=MWUxhC6-q0c
Infusão à vácuo

- Resina pré-acelerada é inserida sobre uma cavidade com o reforço devidamente


posicionado sob vácuo e fechada com um saco de vácuo
PARÂMETROS IMPORTANTES NA MOLDAGEM
- Pressão reduzida
- Distância entre pontos de injeção e pontos extremos do
reforço
- Viscosidade da resina
- Permeabilidade do reforço
- Tempo de cura
VANTAGENS
- Simplicidade
- Peças de pequeno à grande porte
- Redução da emissão de voláteis
- Moldes mais baratos e simples que o RTM convencional
DESVANTAGENS
- Baixa produtividade
- Acabamento em apenas uma das faces
http://www.youtube.com/watch?v=fD8kmx96khY
Pultrusão

- Conjunto de fios/mantas/tecidos é impregnado por resina e depois conformados numa


matriz aquecida, curados e tracionados continuamente.

PARÂMETROS IMPORTANTES NA MOLDAGEM


- Viscosidade da resina
- Tempo de cura
- Temperatura
- Velocidade de tracionamento
VANTAGENS
- Peças cortadas sob medida
- Alta resistência longitudinal

DESVANTAGENS
- Limitações de resistência na flexão e na direção transversal
- Geometrias limitadas http://www.youtube.com/watch?v=1sH9rIGWNvc
Pultrusão

• Matrizes usuais: Poliésteres, ésteres vinílicos, resinas epoxi.


• Fibras usuais: fibras de vidro , carbono, aramida.
• Produtos: perfis de seção reta constante (barras, tubos, vigas).

©2003 Brooks/Cole, a division of Thomson Learning, Inc. Thomson Learning™ is a trademark used herein under license.
Pultrusão

http://www.youtube.com/watch?v=RL8xdMA7apg
http://www.youtube.com/watch?v=1sH9rIGWNvc
Moldagem por injeção reativa
(RIM)

Moldagem de termofixo a quente para acelerar a reação de cura  frequentemente


denominada de RIM.
RIM é um processo de alta produtividade destinado à produção de peças grandes e
complexas a partir dos monômeros ou oligômeros. Os reagentes que possuem baixa
viscosidade são misturados e injetados a baixas pressões no molde, onde a reação é
completada e a solidificação ocorre.
RIM do PU

Devido a necessidade de um processo de polimerização controlado e rápido, esse


processo é apropriado para sistemas com cinética de polimerização favorável.

O líder de mercado é o PU que representa mais que 95% da produção total de RIM. O
PU é preparado a partir da reação de diisocianatos com diols e extensores de cadeia:

http://www.youtube.com/watch?v=
7iITFBVA_0w

http://www.youtube.com/watch?v=
NetoRlYwJIk&list=PLo91k0dpDW
6K4nIcPJt9Wi73m4593H_-J
Autoclave

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