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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de Tucuruí-PA.

Bella, brasileira, menor impúbere, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) n..., nascida em ...,
neste ato, representada por sua genitora Luiza, brasileira, solteira, desempregada, portadora do
documento de identidade Registro Geral (RG) nº..., inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) n...,
residente e domiciliada na Rua...., e-mail, por seu advogado que esta subscreve (procuração anexa),
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos termos do art. 1.696, do Código Civil e Lei n.
5.478/68, propor:

AÇÃO DE ALIMENTOS

em face de REQUERIDO, brasileiro, estado civil, profissão, portador do documento de identidade


Registro Geral (RG) nº..., inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) n..., residente e domiciliado na
Rua...., e-mail, pelas razões de fato e direito a seguir delineados.

DOS FATOS

Inicialmente, o requerente é legitimo filho do requerido, conforme certidão de nascimento, nascido


em decorrência de relacionamento entre a sua genitora e o requerido, que chegaram a conviver
juntos em um relacionamento amoroso.

Acontece que o relacionamento do casal não prosperou devido ao requerido afirmar logo após o
nascimento da criança, que não estava apto a ser pai naquele momento, nem tampouco iria
contribuir economicamente com os cuidados a criança.

Consequentemente, o requerido deixou de frequentar a cidade em que o requerente reside, deixado


para trás a genitora desempregada e sem estabilidade econômica para sustentar uma criança.

Diante disso, não restou outra alternativa ao autor, senão a propositura da presente ação com vistas
a ver satisfeito o seu direito e como medida de justiça.

DO DIREITO

A) DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR DO PAI

O direito a alimentos, está expresso na nossa Constituição Federal, mais precisamente no seu artigo
229, que assim nos diz:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
carência ou enfermidade.

A ação de alimentos é regulada pela lei 5.478/68 e prevista no artigo 1.696


do CC, que assim nos diz:

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos,


e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais
próximos em grau, uns em falta de outros

Mais incisivo ainda é o artigo 1.695 do mesmo diploma legal:

Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem
bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e
aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no
necessário ao seu sustento.
Ora, está claro o dever de prestação de alimentos não é exclusivo na genitora, e sim também do seu
pai, o réu deve cumprir com suas obrigações de forma a contribuir para que o autor tenha uma
qualidade de vida razoável.

A genitora do requerente no momento não possui a menor condição de arcar com despesas que
proporcionem uma qualidade de vida justa a seu filho devido o desemprego relatado.

Por outro lado, a situação financeira do réu bastante primorosa, conforme relatos de inúmeras
testemunhas e fotos que demonstra a total possibilidade de arcar com as despesas mínimas
necessárias a proporcionar uma qualidade de vida digna a sua filha.

B) DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Depreende, portanto, que se mostra necessária a fixação de alimentos provisórios em favor do


autor, ante a sua necessidade urgente de obtenção de recursos financeiros designado a prover uma
justa qualidade de vida.

Não obstante, está evidente que a nossa legislação protege aquele que necessita de alimentos, no
caso, está validado a filiação do autor, a necessidade e possibilidade de pagamentos dos valores
pleiteados, fazendo-se necessária a fixação de alimentos provisórios em favor da criança.

Diz assim o artigo 300, caput do CPC:


Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Mais certeiro ainda é o artigo 4º da Lei 5.478/68:

Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos


provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita.

Logo, o autor tem plena confiança e espera serenamente que vossa excelência, ao analisar a
presente inicial, de pronto, defira os alimentos requeridos, como medida da mais pura e lídima
justiça.

DOS PEDIDOS

Diante de todo exposto, requer o autor:

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