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Competência:
A competência para processar e julgar o MS dependerá da categoria
da autoridade coatora e sua sede funcional, sendo definida nas leis
constitucionais, bem como na própria CF. No tocante à competência
do mandado de segurança contra atos e omissões diz a doutrina “o
Supremo Tribunal Federal carece de competência constitucional
originária para processar e julgar mandado de segurança impetrado
contra qualquer ato ou omissão de Tribunal Judiciário, tendo sido o
art. 21, VI, da Lei orgânica da Magistratura Nacional (Lom.)
inteiramente recepcionado. Por essa razão, a jurisprudência do
Supremo é pacífica em reafirmar a competência dos próprios
tribunais para processarem e julgarem os mandados de segurança
impetrados contra seus atos e omissões.” O mesmo se aplica ao STJ,
conforme súmula 41. E CF, ainda, súmula 624/STF.
Portanto, quanto à competência:
• MS impetrado na Justiça Estadual tem competência na Justiça
estadual, bem com na Lei orgânica da Magistratura.
• Com relação a atos “ilegatio” praticado por juízes de 1º grau, a
competência é do TJ/SP., no que tange a competência para
impetração da “mandadus” relativa a atos “ilegitis” de
magistrados vinculados ao Juizado Especial.
• Há entendimento que seja na turma recursal, que por outro
lado alguns sustentam que deve prevalecer a competência do
TJ ou da Justiça Federal conforme o caso, em virtude da lei
orgânica da magistratura.
• Na Cf. é estabelecida a competência: no STF – art. 102, I, “b”;
no STJ – art. 102, I, “b”; TRF – art. 109, VIII; Justiça Eleitoral
– 121, §4º, V.
O mandado de segurança pode ser repressivo de ilegalidade ou
abuso de poder já praticados, ou preventivo, quando estivermos
diante de ameaça a violação de direito líquido e certo do
impetrante. Muitas vezes, para evitar p perecimento do objeto, o
impetrante poderá solicitar concessão de liminar, desde que, é
claro, demonstre o fumus boni iuris e o periculum in mora (Art. 7º,
II, Lei nº 1533/51)
Prazo:
O prazo para impetração do mandado de segurança, de acordo
com o art. 18 da lei em comento, é de 120 dias, contado da
ciência, pelo interessado, do ato a ser impugnado. O STF já se
posicionou pela recepção do art. 18 da lei, considerando
perfeitamente possível o estabelecimento de prazo decadencial
pela lei do mandado de segurança.
Ex.: se o último dia caiu num sábado, o prazo fatal é na sexta.
Quando há uma omissão a autoridade deve ser
Petição Inicial:
Segue os requisitos do art. 282, inclusive com o valor da causa.
Petição em duas vias, com Xerox de documentos.
Obs.: Obrigatório sob pena do art. 284, prazo de 20 dias para
correção. Caso se estiver inepta, quando é indeferido de plano,
art. 295. Documentos têm força probatória absoluta.
Procedimento:
O juiz poderá conceder a liminar desde preenchido os requisitos:
fundamento relevante e ineficácia da medida ao final (perigo de
demora).
O juiz determina que a autoria coatora preste informações no
prazo de 10 dias. Caso não preste, não tem revelia., embora tenha
natureza jurídica de defesa, são apenas informações.
Recursos:
Liminar – Agravo de Instrumento (art. 7º, § 1º da lei 16016/2009.
Partidos políticos:
No tocante aos partidos políticos, bastará a existência de um único
parlamentar na Câmara ou no Senado, filiado ao partido, para que
se configure a “representação no Congresso Nacional”.
A questão discutida é: os partidos políticos poderão representar
somente seus filiados e na defesa de, apenas, direitos políticos?
Entende-se que não, podendo defender qualquer direito inerente à
sociedade, pela própria natureza do direito de representação
previsto no art. 1º, parágrafo único. Esta, todavia, não é a posição
adotada pelo STF, no entender do doutrinador, data vênia,
restritiva do previsto na CF, burlando objetivo maior de defesa da
sociedade, já que o constituinte originário não colocou qualquer
limitação à atuação dos partidos políticos, a não ser a
representação no Congresso Nacional.
Liminar:
A liminar só poderá ser decidida após audiência (no sentido de
ouvir) do representante da pessoa jurídica de direito público que
deverá se pronunciar no prazo de 72 hrs, nos termos do § 2º do
art. 22 da lei 12016/09. Aqui está se exigindo um contraditório
antecipado desde que não atrapalhe.
O procedimento são os mesmos que o do mandado de segurança
individual. Assim funciona também para os efeitos dos recursos.
Tendo aplicação subsidiária ao CPC.
Objetivos:
Os dois objetivos buscados com a criação do mandado de
segurança coletivo, no entender de Michel Temer: fortalecimento
das organizações classistas e pacificar as relações sociais pela
solução que o judiciário dará a situações controvertidas que
poderiam gerar milhares de litígios com a conseqüente
desestabilização da ordem social.