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PROJETO INTEGRADOR
Observação Do Desenvolvimento Humano: Bebês, Crianças e Adolescentes.
São Paulo
2021
UNINOVE
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
PROJETO INTEGRADOR
Observação Do Desenvolvimento Humano: Bebês, Crianças e Adolescentes.
São Paulo
2021
RESUMO
The present work consists of presenting an integrative Project whose focus is the observation
of the child's development from the understanding of the various phases of this process.
Therefore, it aims to present relevant information about the human development process,
focusing on child development, more precisely, of children aged 2, 6 and 7 years. The
theoretical part focuses on developmental psychology, addressing all stages of human
development: physical-motor, intellectual, emotional-emotional and social, from birth to
adulthood in which all aspects reach the most complete degree of stability and maturity .
Among the authors selected in this study, we can highlight Bock, Furtado and Teixeira
(2001), which help in better understanding about the common characteristics present in each
age group of development, the theories of Papalia, Olds and Feldman (2006) also stand out )
when they talk about the constant evolution and transformation of the human being,
presenting some characteristics that remain throughout life. It is also possible to highlight
Corrêa (2017) when studying Piaget and his deep interest in studying the process of
development of thought and how it relates to development throughout childhood. The present
study deepens the thinking of Sigmund Freud who understood human development through
psychosexual theory, which is divided into phases that are: oral, anal, phallic, latency and
genital phase. This is a field study carried out through observation, using as a theoretical basis
books, scientific articles and e-books published on digital platforms. In the field study, the
importance of each stage was observed in the development process of babies, children and
adolescents, for example, it was observed in the attitudes of some children that they were in
the genital locomotor stage, since they demonstrated a feeling of guilt and interest in resolving
the situation, demonstrating autonomy and self-will. It was also noticed that children in the
latency stage, these children demonstrated to have self-confidence in carrying out some
activities, also revealing the issue of cooperativism and solidarity in their attitudes.
1. Introdução.............................................................................................................3
2. Objetivo e Justificativa.........................................................................................5
2.1. Objetivo.........................................................................................................5
2.2. Justificativa....................................................................................................5
5. Método................................................................................................................17
5.2. Participantes.................................................................................................17
5.3. Equipamento................................................................................................17
5.4.2. Pintura.....................................................................................................17
6. Resultados...........................................................................................................20
7. Discussão............................................................................................................34
8. Conclusão............................................................................................................36
9. Referências..........................................................................................................38
Lista de Tabelas
Tabela 1: AQUISIÇÕES PSICOMOTORAS DE T. (2 ANOS)...............................................20
Tabela 2: AQUISIÇÕES INTELECTUAIS DE T. (2 ANOS).................................................21
Tabela 3: AQUISIÇÕES SOCIAIS DE T. (2 ANOS)..............................................................22
Tabela 4: ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA DE T. (2 ANOS)..............................................22
Tabela 5: AQUISIÇÕES PSICOMOTORAS DE J. (6 ANOS)...............................................23
Tabela 6: AQUISIÇÕES INTELECTUAIS DE J. (6 ANOS)..................................................24
Tabela 7: AQUISIÇÕES SOCIAIS DE J. (6 ANOS)...............................................................24
Tabela 8: ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA DE J. (6 ANOS)...............................................24
Tabela 9: AQUISIÕES PSICOMOTORAS DE E. (7 ANOS).................................................25
Tabela 10: AQUISIÇÕES INTELECTUAIS DE E. (7 ANOS)...............................................26
Tabela 11: AQUISIÇÕES SOCIAIS DE E. (7 ANOS)............................................................27
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO E JUSTIFICATIVA
2.1. Objetivo
2.2. Justificativa
Em 1884 iniciou pesquisas de uma nova droga a cocaína, acreditando que lhe traria
muito sucesso, pois havia escutado sobre os efeitos terapêuticos que ela teria despertado em
soldados austríacos. Durantes o desenvolvimento desse estudo Freud também começa a fazer
uso desta droga para amenizar sua ansiedade e dores de cabeça. Começa a defender
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publicações sobre o uso da cocaína como complemento terapêutico, não tinha consciência dos
efeitos viciantes que essa droga possuía.
Visitou paris na França, onde conheceu Charcot, um famoso hipnoterapeuta, que
ensinou os métodos da hipnose que o levaram a se aprofundar ao chamado inconsciente,
mostrando que era possível sugerir ideias aos hipnotizados e criando possíveis sintomas
físicos. Charcot defendia a ideia de que as crenças não estavam apenas no corpo, mas também
na mente o que ele denominou de segunda mente o que mais tarde Freud chamou de
inconsciente.
Freud começou a usar a hipnose por conta própria, mas percebeu que não conseguiria
atingir seu objetivo, pois não era tão eficaz. Diante disto ele começou a fazer certos estudos a
respeito do inconsciente.
Em 5 de abril de 1886 abriu seu próprio escritório. Freud encorajava os seus pacientes
a falarem livremente e assim fazia analogias com possíveis sintomas, ou seja, fazendo
associações do passado de seus pacientes ao sintoma, esse método vai se chamar depois de
método da associação livre em 1896.
Em 1900 escreveu um livro que mudou muito a forma de ver os processos psíquicos
que foi a interpretação dos sonhos, no ano seguinte lançou um livro chamado à psicopatologia
da vida cotidiana.
Em 1933 Hitler assume o poder na Alemanha e os piores temores de Freud sobre as
forças obscuras do subconsciente se concretizava. Os livros Sigmund Schlomo Freud foram
os primeiros a serem queimados por Hitler, um deles era sua a obra mais recente e sombria “O
mal está na civilização” nele o mesmo indaga sobre guerra psíquica entre cultura e barbárie.
Neste período Freud teve que fugir para Londres para escapar de Hitler e da
perseguição imposta pelo Nazismo aos judeus. Quatro de suas irmãs morreram em campos de
concentração.
No final de sua vida ele encarou a psicanalise como a terra prometida a si mesmo
como uma espécie de Moisés, mas não acreditava que a análise acabaria com o sofrimento
humano ou as tornaria felizes, pois, o máximo que as pessoas conseguiriam era trocar o
sofrimento neurótico pela infelicidade costumeira.
Em 1923 Freud foi diagnosticado com um tumor cancerígeno na boca ocasionando na
necessidade de remover grande parte de sua mandíbula. Esse quadro clínico fez com que ele
realizasse mais de 30 cirurgias em 16 anos, pois a doença afetava sua vida, tendo dificuldades
para falar e comer. Em 1939 faleceu em decorrência desta doença.
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De acordo com Hall e Lindzey (1984), na fase oral que acontece do 0 aos 18 meses da
criança (aproximadamente), comer é a atividade mais prazerosa e que é produzida pela boca,
comer estimula os lábios e a cavidade oral, podendo ser jogado fora o alimento que não
agradar. Quando acontece o crescimento dos dentes, a boca também servirá para morder e
fazer a mastigação dos alimentos. A mastigação e o morder, podem dizer muito sobre a
personalidade, o caráter que pode aparecer futuramente em alguém, assim os autores trazem
como exemplo a personalidade ingênua de alguém, que “se fixou no nível de receptividade
oral da personalidade; tal pessoa, em geral “engole” tudo o que lhe dizem”. Já uma pessoa que
morde ou agride oralmente tem tendências a ser sarcástico e a discussões. Portanto, a fase oral
está relacionada com o prazer saciado ao se alimentar.
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Segundo Hall e Lindzey (1984) a fase anal ocorre dos 18 meses aos 3 anos
(aproximadamente) de vida da criança, e é nesse estágio que após ocorrer a digestão dos
alimentos, eles ficam acumulados no intestino, para depois ser expelido. As fezes quando são
expulsas levam junto o que dá desconforto promovendo certa sensação de alívio ao sujeito. Os
esfíncteres começam a ser controlados a partir dos dois anos de vida, e é nesse momento que a
criança tem a sua primeira experiência de decidir o controle de um impulso que vem de seu
próprio instinto, pois ela começa a aprender a segurar sua necessidade de aliviar as tensões
anais. O modo como à criança é educado e o jeito que a mãe encara as situações de proscrição
das fezes pode produzir nas crianças efeitos que dizem respeito com a formação de valores da
criança.
De acordo com Hall e Lindzey (1992, 42) Essa fase acontece dos 3 aos 6 anos da
criança (aproximadamente), e é nele que surge as primeiras sensações sexuais e uma certa
agressividade no que diz respeito ao funcionamento dos genitais. É nesse estágio que aparece
o complexo de Édipo, que decorre do início da masturbação e de fantasias que a criança
produz em sua vida. Os autores ainda salientam que, Freud considerou que identificar o
Complexo de Édipo se tornou uma de suas maiores descobertas no estudo da sexualidade. A
denominação desse complexo se deu por conta do Rei de Tebas que haveria matado o próprio
pai, e após teria se casado com a própria mãe. O complexo de Édipo se caracteriza pelo fato
de o menino desejar a mãe e a menina desejar o pai, e com isso segue-se o desejo do menino
de afastar o pai e a menina de afastar a mãe.
Nessa fase é observado dos seis até a puberdade (aproximadamente), é marcada pelo
desenvolvimento sexual da criança. Nesse estágio também se vê uma irregularidade, podendo
acontecer completo ou parcialmente, como descreve Freud:
Conforme NUNES e SILVA (2000, p.48- 49) o período da Latência pode se dar por
completo ou parcialmente. Nesse período o psicológico ganha mais força, podendo fazer com
que mais adiante no processo de desenvolvimento sexual da criança aconteçam obstáculos a
serem vencidos, pois é aí que aparecem as inibições sexuais, que fazem com que nessa fase
aconteça o desgosto, a moralidade, o pudor e o desejo estético. É considerado que a infância
acontece do nascimento da criança até o Período da Latência, que pode ser tida como o
intermédio da infância com a puberdade.
O último período das fases psicossexuais segundo Freud é o estágio genital. Notasse
seu início a partir dos 12 anos (aproximadamente), acompanhando os primeiros indícios da
puberdade. Hall e Lindzey (1984) dizem que estas que antecedem o período Genital são
narcisistas em relação ao caráter, pois neles os indivíduos podem adquirir satisfação
estimulando o próprio corpo, e a satisfação com outras pessoas pode se dar porque apresentam
outras maneiras de prazer físico a criança. Quando chega o período da adolescência o
narcisismo vai sendo deixado de lado, canalizado, pois o adolescente começa a aprender a
amar outras pessoas, e esse amor não é apenas de forma pessoal ou de maneira egoísta. Na
adolescência aparecem às primeiras manifestações de atração sexual a outras pessoas, é maior
a socialização do indivíduo, cresce o interesse profissional, e aparece a preparação para o
casamento e para a constituição de família. Quando a adolescência termina, esses interesses se
tornam estáveis e é então que o indivíduo abandona a ideia de criança narcisista que só pensa
nela mesma e passa a se tornar um adulto socializável, que está preparado para enfrentar as
realidades e obstáculos da vida adulta. Mesmo com a chegada do período Genital, as fases que
o indivíduo passou anteriormente não são apagadas e nem substituídas, pois eles se juntam
para formar os impulsos genitais. Como já citado, no período Genital a pessoa está em
momento de preparação para constituir uma família, sendo que o principal exercício do
Estágio Genital é a reprodução. Para que isso aconteça o psicológico trabalha de uma forma
que lhe dê segurança e estabilidade para tal responsabilidade.
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Nascido em 9 de agosto de 1896, em Neuchâtel, Suíça, Jean William Fritz Piaget foi
um biólogo, psicólogo e epistemologista genético importante do século XX (RIBEIRO,
2018). Seu pai, historiador especialista em história medieval, em menor grau, à história de
Neuchâtel, era um homem de mente meticulosa e crítica, que não tinha medo de começar uma
briga quando encontrava a verdade histórica e que detestava generalizações improvisadas.
Piaget considerava sua mãe esperta e enérgica, dotada de um temperamento neurótico
(PIAGET, 1951).
Dos sete aos dez anos de idade despertou certo interesse por mecânica, pássaros,
fósseis da Era Secundária e Terciária e por conchas do mar e ao entrar para a Latin School
decidiram se tornar uma pessoa mais séria. Ao avistar um pássaro pardal em um parque
público, desenvolveu um artigo para uma página do jornal História Natural de Neuchâtel
(PIAGET, 1951).
Trabalhou durante quatro anos em troca de certa quantidade de espécies raras para a
própria coleção. Durante os encontros semanais, que aconteciam aos sábados, com o diretor
em seu gabinete particular o criou um estimulo pela pesquisa, tanto que dispunha do seu
tempo à colheita de moluscos. Em 1911, Paul Godet falece, e Piaget já dispunha de
conhecimentos suficientes para começar a publicar artigos sozinhos, uma série de artigos
sobre os moluscos da Suíça, da Savóia, da Bretanha e mesmo da Colômbia (PIAGET, 1951).
O diretor do museu de História Natural de Genebra, Sr. Bedot que publicava diversos
de seus artigos na Revue Suisse de Zoologie, o oferece um cargo de zelador da coleção de
moluscos, mas Piaget recusa a proposta, respondendo que ainda teria que estudar por mais
dois anos para tirar seu diploma do Bacharelado, visto que ainda não era estudante de ensino
superior. Piaget então, frequentou a Universidade de Neuchâtel, onde se graduou em Biologia
e Filosofia, recebendo seu doutorado em 1918 com a tese sobre moluscos de Valais (PIAGET,
1951).
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Depois de obter seu diploma de Doutorado, Piaget foi para Zurich (Suíça) a fim de
trabalhar em um laboratório de psicologia, registrando então seu trabalho em dois ambientes
G. E. Lipps e o de Wreschner e também na clínica psiquiátrica de Bleuler.
Em 1919, tomou um trem a Paris, onde passou dois anos na Sorbonne. Completou o
curso Dumas em Psicologia Patológica, onde aprende a entrevistar pacientes mentais em
Saint-Anne, e os cursos de Piéron e Delacroix. Estuda também Lógica e Filosofia da Ciência
com Lalande e Brunschwieg, onde sofre grande influência devido ao seu método histórico-
crítico e suas referências à Psicologia (PIAGET, 1951).
A convite de Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolve testes
padronizados para crianças, o convida para trabalhar em seu gabinete, onde Piaget nota que
crianças francesas da mesma idade cometem erros semelhantes durante a aplicação dos testes,
onde conclui que o pensamento lógico se desenvolve gradualmente, onde no mesmo ano,
inicia o seu estudo sobre a mente humana.
Em 1921, retorna a Suíça para assumir o cargo de Diretor no Instituto J. J. Rousseau,
de Genebra a convite de E. Claparède. Lá, desenvolve grande parte de sua pesquisa, onde os
resultados estão contidos em seus cinco livros: Psicologia Infantil: A linguagem e o
pensamento na criança (1923); O Raciocínio na criança (1924); A representação do mundo na
criança (1926); A causalidade física na criança (1927); O juízo moral na criança (1931)
(PIAGET, 1951).
Casa-se com Valentine Châtenay em 1923, procriando então três filhas. Grandes
partes de suas teorias foram baseadas nas observações de suas filhas em convivência com sua
esposa.
Enquanto publicava diversos livros e artigos, Piaget lecionou em diversas
universidades internacionais, em países como França. Até o seu falecimento, Piaget fundou e
dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética e ao longo de sua carreira,
desenvolveu e publicou diversos livros e artigos que se tornam conjunto do currículo nos
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cursos de psicologia e áreas da educação. Jean Piaget falece, aos 84 anos, em 17 de setembro
de 1980, em Genebra, Suíça.
Em seu livro, “Seis Estudos de Psicologia” destaca essa fase como o período que vai
até a aquisição da linguagem. É marcado pelo extraordinário desenvolvimento mental. No
recém-nascido, a vida mental se reduz aos exercícios de aparelhos reflexos, ou seja, desde o
início os reflexos de sucção melhoram com o exercício, exemplo, o feto mama melhor depois
de uma ou duas semanas do que nos primeiros dias (PIAGET, 1964).
Por volta dos cinco meses, à criança já é capaz de coordenar os movimentos das mãos
e os olhos e pegar objetos, aumentando a capacidade de adquirir novos costumes. No final
deste período a criança á é capaz de utilizar instrumentos a fim de um objeto, por exemplo, ao
puxar a toalha da mesa, percebe que a bolacha ficará mais perto dela, utilizando a inteligência
sensório-motora, envolvendo percepções e movimentos. (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA;
2001).
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Nesta fase também ocorre diferenças no aspecto afetivo, como por exemplo, aparição
de medos ao escutar um barulho muito forte. Manifesto de escolha e preferências por
brinquedos, objetos, familiares e etc. Por volta dos dois anos, evolui-se a um comportamento
interativo ao ambiente, embora compreenda algumas palavras, mesmo no final do período, só
é capaz de reproduzir uma fala imitativa (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA; 2001).
Bock et al. (2001) destaque que o que possibilita isto é o surgimento de uma nova
capacidade: as operações. A criança consegue realizar ações físicas ou mentais com um
objetivo, um exemplo é quando uma criança está montando um jogo de quebra cabeças,
quando nota o erro, é capaz de desmanchar o jogo e recomeça-lo. Neste período a criança
começa a ter a capacidade de reflexão, pensar antes de agir, recuperar fatos do passado e etc.
A criança adquire uma autonomia crescente, em relação ao adulto, passando a organizar seus
valores morais caracterizados como: respeito, honestidade, companheirismo e etc. A
satisfação de pertencer a um grupo de amigos se torna mais forte, o que torna a criança mais
forte para poder, no final do período, enfrentar opiniões e ideias dos adultos.
5. MÉTODO
5.2. Participantes
5.3. Equipamento
5.4.2. Pintura
Foi proposto a uma criança de 6 anos o desafio de jogar bolas no cesto. A atividade
foi realizada em uma sala de estar, onde havia esse cesto. A criança foi orientada por um
adulto a amassar folhas de revista formando bolinhas de papel e a jogar de uma distância de
aproximadamente um metro, o objetivo era acertar dentro do cesto. O tempo de duração foi de
5 minutos e 50 segundos, totalizando 16 tentativas.
A participante dessa vez foi uma criança de 7 anos do sexo feminino. A brincadeira foi
realizada em um quarto, onde a mesma deveria agachar quando o adulto dissesse a palavra
“morto” e levantar, permanecendo em pé quando o adulto dissesse “vivo”. Foram 20
tentativas, tendo duração de 1 minuto e 20 segundos.
6. RESULTADOS
O observado aparece nos vídeos em alguns momentos usando frauda e isso indica que
ele ainda não controla o intestino e a bexiga. Porém, por estar numa idade intermediaria da
fase anal, ele está em processo de treinamento para o uso do toalete (conforme relato da mãe).
Esse treinamento tem como finalidade fazer com que a criança tenha uma conclusão da fase
bem-sucedida. Segundo Hall e Lindzey (1984) a fase anal tem grande importância na
construção da personalidade dessa criança quando estiver na vida adulta.
Em um artigo de Cherry (2020) ela descreve que a personalidade nesta fase se divide
em duas consequências anal-retentiva e anal-expulsiva. A anal-retentiva se refere ao
treinamento precoce ou severo dos pais com a criança no uso do banheiro. Se os pais tentarem
forçar a criança, ele pode começar a agir deliberadamente segurando – se como rebelião. Vão
se tornar um adulto que odeia bagunça, pontual e respeitoso com autoridade. A autora diz
também que esses adultos podem também ser muito teimosos e ter cuidado excessivo com o
dinheiro. A anal-expulsiva Cherry explica que são crianças que tiveram seu treinamento de
higiene pessoal liberal, em oposição à retentiva. Na expulsiva as crianças defecam ou urinam
em momentos ou lugares inapropriados, sujam as calças como ato de rebelião contra ao uso
do banheiro e se tornarão adultos que gostam de compartilhar e distribuir coisas a colegas, às
vezes confusos, desorganizados e rebeldes. Eles também não vão considerar o sentimento dos
outros.
A criança observada brincou de “boia ou afunda” onde a finalidade era colocar objetos
em um recipiente completado com água e falar se o objeto iria boiar ou afundar. Durante a
brincadeira é possível observar que a criança mostrou o desenvolvimento do Superego
(valores e ideais) da qual segundo Freud é através da identificação com o pai que ele usa para
superar o conflito do Complexo de Édipo (possuir a mãe e matar o pai). Durante a aplicação
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das brincadeiras foi observado que a criança obedeceu aos comandos da mãe a todo o
momento, o que indica uma noção de hierarquia estabelecida.
Conforme Cherry (2020) ela descreve em seu artigo que uma fixação não resolvida no
estágio fálico poderia levar ao egoísmo, à baixa autoestima, às mulheres sedutoras e
promíscuas, à timidez, à inutilidade e aos homens que tratam as mulheres com desprezo. Uma
fixação neste estágio produz personalidades resolutas, autônomas, orgulhosas e egoístas.
Freud acreditava que esta era a fase em que a homossexualidade se desenvolve. Essas pessoas
mostram sinais de promiscuidade ou assexualidade, amoralidade ou puritanismo. Eles mudam
comportamentos de acordo com a doutrina dos opostos. Se o conflito não for resolvido, o
adulto pode não querer ou ser incapaz de desenvolver um relacionamento amoroso com outras
pessoas.
Dentre todas as crianças filmadas, essa foi a que mais brincou e jogou. Foram 4
brincadeiras diferentes, e isso para Freud tem um grande significado. O foco em brincadeiras
e interação social são pontos que desenvolvem e tem maior importância para a criança na fase
latência. No final do vídeo da brincadeira “vivo ou morto” a mãe pergunta a criança
“Cansou?’ e ela diz “Não”. Assim a mãe prossegue dizendo que vai fazer outra brincadeira.
Entende que esse comportamento emitido é baseado numa fase fálica que passou de forma
bem-sucedida com o conflito do Complexo de Édipo resolvido.
Segundo artigo de Cherry (2020) a criança então começa a se identificar com o pai do
mesmo sexo. A libido é transferida dos pais para amigos do mesmo sexo, clubes, figuras de
heróis/modelos, brincadeiras e bonecas. Os impulsos sexuais e agressivos são expressos em
formas socialmente aceitas através dos mecanismos de defesa da repressão e sublimação.
Ressaltando que o presente trabalho tem como finalidade entender as várias fases que
uma criança vivencia, observamos os comportamentos de crianças de 2, 6 e 7 anos através de
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que percebemos durante as atividades com massinha de modelar e pintura com tinta T.
buscava por itens e objetos que não estavam ao seu alcance.
A segunda criança que participou das nossas observações foi JP do sexo masculino,
com seis anos de idade, que segundo Piaget está na segunda infância classificado como
estágio pré-operacional, que segundo PAPALI et al (2006) este é o segundo maior estágio que
marca seu início aproximadamente dos dois aos sete anos de idade, nesta fase mostra- se
através do aprimoramento da linguagem mesmo ainda não utilizando a lógica, ou seja, o uso
do pensamento é simbólico.
A primeira brincadeira foi a do boia ou afunda o que nós forneceu a perspectiva exata
sobre o uso do pensamento simbólico, pois durante a atividade JP ficou muito focado saber o
que aconteceria com o objeto não se preocupando em alguns momentos de responder as
perguntas do seu recriador se tal objeto boiaria ou afundaria focado apenas em ver o resultado
exato.
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A segunda atividade desenvolvida foi bola no cesto, JP teve que amassar folhas de
jorna e revistas e arremessa-las no cesto, demostrando um bom controle voluntário dos
movimentos, mantendo-se empenhado durante a brincadeira recebendo e arremessando
rapidamente a bola no cesto, mostrando competitividade e intergeração bastante reciproca
com seu recriador sempre o chamando para participar do jogo e pontuando seus erros e
acertos.
A nossa última análise foi realizada com uma criança de sete anos do sexo feminino
que iremos chama-la como E. Segundo Piaget E. está no final do período pré-operatório e no
início do período das operações concretas.
Segundo Bock et al (2001) o estágio pré-operatório é caracterizado pelo surgimento da
linguagem (desenvolve a fala), acelerando o pensamento, acarretando modificações nos
aspectos intelectual, afetivo e social da criança.
imaginário segundo suas crenças, suas ideias de moral e leis, pois quando conta sua história
ela faz associação do imaginário com o real, com o ambiente que está inserido e com a
situação que está vivenciando, em determinado momento ele entrega uma máscara descartável
para um dos seus personagens explicando a importância do uso e fazendo referência ao
momento pandêmico que estamos vivenciando.
Percebemos que E. desenvolve bem a aquisição psicomotora permanecendo sentada e
atenta a atividades durante períodos longos.
Para Bock et al (2001) o estágio das operações concretas é caracterizado pelo início da
construção lógica, compreendendo ponto de vistas diferentes, conseguindo trabalhar em grupo
e ao mesmo tempo mantendo sua autonomia.
Através da realização das brincadeiras percebemos que ela consegue estabelecer
corretamente as relações de causa, efeito, meio e fim, pois quando está contando sua história
consegue sequenciar ideias e os eventos que vão ocorrendo, pontuando as causas e efeitos
através da importância do uso da máscara, pontuando que o ursinho não pode sair sem a
autorização da mãe.
Portanto, através da realização de todas as brincadeiras identificamos que E.
compreende e coopera com as regras propostas, permanecendo sempre atenta aos
direcionamentos fornecidos por seu recriador, característica bem presentes neste estágio, pois
Piaget aponta que a compreensão e cooperação é a capacidade que vai sendo desenvolvida ao
longo deste período, facilitando principalmente o trabalho em grupo. As crianças que estão
nessa fase começam a elaborar suas próprias maneiras de organização de grupo, reconhecendo
as regras e normas presente como validas e verdadeiras.
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7. DISCUSSÃO
8. CONCLUSÃO
algumas têm maiores pretensões ao prazer e outras ao aspecto social, conforme foi possível
perceber nesta pesquisa.
Algumas crianças têm mais dificuldades em se socializar, outras têm mais facilidade
em se comunicar com os colegas, do mesmo modo ocorre com relação a autonomia para
realizar algumas atividades, algumas demandam um tempo maior e precisam ser estimuladas,
outras, possuem agilidade e autonomia para perceber as coisas a sua volta.
Foi observada a importância de cada estágio no processo de desenvolvimento de
bebês, crianças e adolescentes, por exemplo, observou-se nas atitudes de algumas crianças
que elas se encontravam no estágio locomotor genital, uma vez que elas demonstravam
sentimento de culpa e interesse em resolver a situação, demonstrando autonomia e vontade
própria. Também se percebeu crianças em estágio de latência, estas crianças demonstraram ter
autoconfiança na realização de algumas atividades, revelando-se ainda a questão do
cooperativismo e solidariedade em suas atitudes.
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9. REFERÊNCIAS
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Transi.
Psicologias, Uma Introdução ao Estudo de Psicologia, 13º edição, Ed. Saraiva, 2001.
BEE e BOYD. A criança e desenvolvimento. 12ª Edição. São Paulo. Editora Artmed. 2011
CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis E. Educação Infantil – Para que te quero? Rio
Grande do Sul: Artmed Editora S. A, 2001.
FADIMAN, J. & FRAGER, R. Teorias da Personalidade. São Paulo: Ed. Harbra, 1986.
HALL, Calvin Springer; LINDZEY, Garnder. Teorias da personalidade. São Paulo, E.P.U.,
1984.
KUPFER, M.C. Freud e a Educação. O mestre do impossível. 2 ed. São Paulo: Editora
Scipione, 2006.
PIAGET, Jean. Autobiografia. in EVANS, Richard. Jean Piaget: o homem e suas ideias.
Rio de Janeiro: Forense, 1980. Pág. 125-153.
PIAGET, Jean. Seis Estudos da Psicologia. Tradução de Maria Alice Magalhães D’Amorim
e Paulo Sérgio Lima Silva. 24º edição. Ed. Forence Universitária, Rio de Janeiro, 1999.