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Motores | Automação l Energia | Transmissão & Distribuição | Tintas

Motores elétricos de indução


trifásicos de baixa e alta tensão
Linha M - Rotor de gaiola - Horizontais

Manual de Instalação, Operação e Manutenção

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Manual de Instalação, Operação e Manutenção

Nº do documento: 11066437
Modelos: MGA, MGP, MGD, MGT, MGV, MGF, MGR, MGI, MGW e MGL
Idioma: Português
Revisão: 4
Junho 2013

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Prezado Cliente,

Obrigado por adquirir o motor da WEG. É um produto desenvolvido com níveis de qualidade e
eficiência que garantem um excelente desempenho.
Como exerce um papel de relevante importância para o conforto e bem-estar da humanidade, o
motor elétrico precisa ser identificado e tratado como uma máquina motriz, cujas características
envolvem determinados cuidados, dentre os quais os de armazenagem, instalação e manutenção.
Todos os esforços foram feitos para que as informações contidas neste manual fossem fidedignas às
configurações e aplicações do motor.
Assim, recomendamos ler atentamente este manual antes de proceder à instalação, operação ou
manutenção do motor para assegurar uma operação segura e contínua do motor e garantir a sua
segurança e de suas instalações. Caso as dúvidas persistam, consultar a WEG.
Mantenha este manual sempre próximo do motor para que possa ser consultado sempre que for
necessário

ATENÇÃO
1. É imprescindível seguir os procedimentos contidos neste manual para que a garantia tenha validade;
2. Os procedimentos de instalação, operação e manutenção do motor deverão ser feitos apenas por
pessoas capacitadas.

NOTAS
1. A reprodução das informações deste manual, no todo ou em partes, é permitida desde que a fonte
seja citada;
2. Caso este manual seja extraviado, uma cópia em formato PDF poderá ser baixada do website
www.weg.net ou poderá ser solicitada outra cópia impressa junto à WEG.

WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A.

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ÍNDICE
1  INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11 
1.1  NOMENCLATURA ...........................................................................................................................11 
1.2  AVISOS DE SEGURANÇA NO MANUAL .........................................................................................11 

2  INSTRUÇÕES GERAIS ........................................................................................ 12 


2.1  PESSOAS CAPACITADAS ..............................................................................................................12 
2.2  INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA .....................................................................................................12 
2.3  NORMAS ........................................................................................................................................12 
2.4  CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE ...............................................................................................13 
2.5  CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO ...........................................................................................................13 
2.6  TENSÃO E FREQUÊNCIA ...............................................................................................................13 

3  RECEBIMENTO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO .................................................. 14 


3.1  RECEBIMENTO ...............................................................................................................................14 
3.2  ARMAZENAGEM .............................................................................................................................14 
3.2.1  Armazenagem interna ......................................................................................................................... 14 
3.2.2  Armazenagem externa ........................................................................................................................ 14 
3.2.3  Armazenagem prolongada .................................................................................................................. 14 
3.2.3.1  Local de armazenagem ....................................................................................................... 15 
3.2.3.1.1  Armazenagem interna ..................................................................................... 15 
3.2.3.1.2  Armazenagem externa .................................................................................... 15 
3.2.3.2  Peças separadas................................................................................................................. 15 
3.2.3.3  Resistência de aquecimento ................................................................................................ 15 
3.2.3.4  Resistência de isolamento ................................................................................................... 15 
3.2.3.5  Superfícies usinadas expostas............................................................................................. 15 
3.2.3.6  Mancais .............................................................................................................................. 15 
3.2.3.6.1  Mancal de rolamento lubrificado a graxa ......................................................... 15 
3.2.3.6.2  Mancal de rolamento lubrificado a óleo ........................................................... 16 
3.2.3.6.3  Mancal de deslizamento ................................................................................. 16 
3.2.3.7  Caixa de ligação .................................................................................................................. 16 
3.2.3.8  Preparação para entrada em operação ............................................................................... 16 
3.2.3.8.1  Limpeza.......................................................................................................... 16 
3.2.3.8.2  Lubrificação dos mancais ............................................................................... 16 
3.2.3.8.3  Verificação da resistência de isolamento ......................................................... 16 
3.2.3.8.4  Outros ............................................................................................................ 17 
3.2.3.9  Inspeções e registros durante a armazenagem .................................................................... 17 
3.2.3.10  Plano de manutenção durante a armazenagem ................................................................... 18 
3.3  MANUSEIO .....................................................................................................................................19 

4  INSTALAÇÃO ..................................................................................................... 20 


4.1  LOCAL DE INSTALAÇÃO ................................................................................................................20 
4.2  SENTIDO DE ROTAÇÃO .................................................................................................................20 
4.3  RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO ....................................................................................................20 
4.3.1  Instruções de segurança ..................................................................................................................... 20 
4.3.2  Considerações gerais ......................................................................................................................... 20 
4.3.3  Medição nos enrolamentos do estator ................................................................................................ 20 
4.3.4  Resistência de isolamento mínima....................................................................................................... 21 
4.3.5  Índice de polarização .......................................................................................................................... 21 
4.3.6  Conversão dos valores medidos ......................................................................................................... 21 
4.4  PROTEÇÕES ..................................................................................................................................21 
4.4.1  Proteções térmicas ............................................................................................................................. 22 
4.4.1.1  Sensores de temperatura .................................................................................................... 22 
4.4.1.2  Limites de temperatura para os enrolamentos ..................................................................... 22 
4.4.1.3  Temperaturas para alarme e desligamento .......................................................................... 22 
4.4.1.4  Temperatura e resistência ôhmica das termorresistências Pt100 ......................................... 23 
4.4.1.5  Resistência de aquecimento ................................................................................................ 23 
4.4.2  Sensor de vazamento de água............................................................................................................ 23 
4.5  REFRIGERAÇÃO .............................................................................................................................24 
4.5.1  Motores fechados ............................................................................................................................... 24 
4.5.2  Motores abertos ................................................................................................................................. 24 
4.5.3  Radiadores de água............................................................................................................................ 25 
4.5.3.1  Radiadores para aplicação com água do mar ...................................................................... 25 

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4.5.4  Ventiladores independentes ............................................................................................................... 25 


4.6  ASPECTOS ELÉTRICOS ................................................................................................................ 25 
4.6.1  Conexões elétricas ............................................................................................................................. 25 
4.6.1.1  Conexão principal ............................................................................................................... 25 
4.6.1.2  Aterramento ....................................................................................................................... 26 
4.6.2  Esquema de ligação ........................................................................................................................... 27 
4.6.2.1  Esquema de ligação IEC60034-8 ....................................................................................... 27 
4.6.2.2  Esquema de ligação NEMA MG1 ........................................................................................ 28 
4.6.2.2.1  Sentido de rotação ........................................................................................ 28 
4.6.2.3  Esquema de ligação dos acessórios ................................................................................... 28 
4.7  ASPECTOS MECÂNICOS .............................................................................................................. 29 
4.7.1  Fundações ......................................................................................................................................... 29 
4.7.2  Esforços nas fundações ..................................................................................................................... 29 
4.7.3  Tipos de bases .................................................................................................................................. 29 
4.7.3.1  Base de concreto ............................................................................................................... 29 
4.7.3.2  Base deslizante .................................................................................................................. 29 
4.7.3.3  Base metálica ..................................................................................................................... 30 
4.7.3.4  Chumbadores .................................................................................................................... 30 
4.7.4  Conjunto da placa de ancoragem....................................................................................................... 31 
4.7.5  Frequência natural da fundação ......................................................................................................... 32 
4.7.6  Alinhamento e nivelamento ................................................................................................................. 32 
4.7.7  Acoplamentos .................................................................................................................................... 32 
4.7.7.1  Acoplamento direto ............................................................................................................ 33 
4.7.7.2  Acoplamento por engrenagem ........................................................................................... 33 
4.7.7.3  Acoplamento por meio de polias e correias ........................................................................ 33 
4.7.7.4  Acoplamento de motores equipados com mancais de deslizamento .................................. 34 

5  PARTIDA ............................................................................................................ 35 


5.1  PARTIDA DIRETA ........................................................................................................................... 35 
5.2  FREQUÊNCIA DE PARTIDAS DIRETAS .......................................................................................... 35 
5.3  CORRENTE DE ROTOR BLOQUEADO (Ip/In) ................................................................................. 35 
5.4  PARTIDA COM CORRENTE REDUZIDA ......................................................................................... 35 

6  COMISSIONAMENTO ......................................................................................... 36 


6.1  INSPEÇÃO PRELIMINAR................................................................................................................ 36 
6.2  PARTIDA INICIAL............................................................................................................................ 36 
6.3  OPERAÇÃO.................................................................................................................................... 37 
6.3.1  Geral .................................................................................................................................................. 37 
6.3.2  Temperaturas..................................................................................................................................... 37 
6.3.3  Mancais ............................................................................................................................................. 37 
6.3.4  Radiadores ........................................................................................................................................ 37 
6.3.5  Vibração ............................................................................................................................................ 37 
6.3.6  Limites de vibração do eixo ................................................................................................................ 38 
6.3.7  Desligamento ..................................................................................................................................... 38 

7  MANUTENÇÃO .................................................................................................. 39 


7.1  GERAL ........................................................................................................................................... 39 
7.2  LIMPEZA GERAL ............................................................................................................................ 39 
7.3  INSPEÇÕES NOS ENROLAMENTOS ............................................................................................. 39 
7.4  LIMPEZA DOS ENROLAMENTOS .................................................................................................. 39 
7.5  MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO ....................................................................... 40 
7.5.1  Manutenção dos radiadores ............................................................................................................... 40 
7.6  MOTOR FORA DE OPERAÇÃO ...................................................................................................... 40 
7.7  DISPOSITIVO DE ATERRAMENTO DO EIXO .................................................................................. 40 
7.8  MANUTENÇÃO DOS MANCAIS ..................................................................................................... 41 
7.8.1  Mancais de rolamento a graxa ........................................................................................................... 41 
7.8.1.1  Instruções para lubrificação ................................................................................................ 41 
7.8.1.2  Procedimentos para a relubrificação dos rolamentos .......................................................... 41 
7.8.1.3  Lubrificação dos rolamentos com dispositivo de gaveta para remoção da graxa ................. 41 
7.8.1.4  Tipo e quantidade de graxa ................................................................................................ 42 
7.8.1.5  Graxas alternativas ............................................................................................................. 42 
7.8.1.6  Procedimento para troca da graxa ...................................................................................... 44 
7.8.1.7  Graxas para baixas temperaturas ....................................................................................... 44 
7.8.1.8  Compatibilidade de graxas ................................................................................................. 44 

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7.8.1.9  Desmontagem / montagem do mancal................................................................................ 45 


7.8.2  Mancais de rolamento a óleo .............................................................................................................. 46 
7.8.2.1  Instruções para lubrificação ................................................................................................. 46 
7.8.2.2  Tipo de óleo ........................................................................................................................ 46 
7.8.2.3  Troca do óleo ...................................................................................................................... 46 
7.8.2.4  Operação dos mancais ....................................................................................................... 46 
7.8.2.5  Desmontagem e montagem dos mancais ........................................................................... 47 
7.8.3  Mancais de deslizamento .................................................................................................................... 47 
7.8.3.1  Dados dos mancais ............................................................................................................ 47 
7.8.3.2  Instalação e operação dos mancais..................................................................................... 47 
7.8.3.3  Refrigeração com circulação de água .................................................................................. 47 
7.8.3.4  Troca de óleo ...................................................................................................................... 48 
7.8.3.5  Vedações ............................................................................................................................ 48 
7.8.3.6  Operação dos mancais de deslizamento ............................................................................. 48 
7.8.3.7  Manutenção dos mancais de deslizamento ......................................................................... 48 
7.8.3.8  Desmontagem e montagem do mancal ............................................................................... 49 
7.8.4  Proteção dos mancais ........................................................................................................................ 50 
7.8.4.1  Ajuste das proteções........................................................................................................... 50 
7.8.4.2  Desmontagem/montagem dos sensores de temperatura dos mancais ................................ 50 

8  DESMONTAGEM E MONTAGEM DO MOTOR ...................................................... 52 


8.1  DESMONTAGEM ............................................................................................................................52 
8.2  MONTAGEM ...................................................................................................................................52 
8.3  TORQUE DE APERTO .....................................................................................................................52 
8.4  MEDIÇÃO DO ENTREFERRO..........................................................................................................52 
8.5  PEÇAS DE REPOSIÇÃO .................................................................................................................52 

9  PLANO DE MANUTENÇÃO ................................................................................. 53 

10  ANORMALIDADES, CAUSAS E SOLUÇÕES ........................................................ 54 


10.1  MOTORES ......................................................................................................................................54 
10.2  ROLAMENTOS................................................................................................................................56 

11  TERMO DE GARANTIA ....................................................................................... 57 

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1 INTRODUÇÃO
Este manual visa atender aos motores padrão.
Motores com especialidades podem ser fornecidos com documentos específicos (desenhos, esquema de ligação, curvas
características etc.). Estes documentos juntamente com este manual devem ser avaliados criteriosamente antes de
proceder à instalação, operação ou manutenção do motor.
Consultar a WEG caso haja a necessidade de algum esclarecimento adicional para os motores com grandes especialidades
construtivas. Todos os procedimentos e normas constantes neste manual deverão ser seguidos para garantir o bom
funcionamento do motor e a segurança do pessoal envolvido na operação do mesmo. Observar estes procedimentos é
igualmente importante para assegurar a validade da garantia do motor. Assim, recomendamos a leitura minuciosa deste
manual antes da instalação e operação do motor. Caso persistir alguma dúvida, consultar a WEG.

1.1 NOMENCLATURA

M G F 560 A

LINHA DO MOTOR
M - Linha Master

TIPO DE ROTOR
G - Gaiola

SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
A – Aberto, auto-ventilado – IP23W
P – Aberto, auto-ventilado – IP24W
D - Auto-ventilado, entrada e saída de ar por dutos
T - Ventilação forçada, entrada e saída de ar por dutos
V - Ventilação forçada, ventilação sobre o motor e saída por dutos
F - Auto-ventilado com trocador de calor ar-ar em cima do motor
R - Auto-ventilado com trocador de calor ar-ar em volta do motor
I - Ventilação forçada no circuito interno e externo de ar, trocador de calor ar-ar
W - Trocador de calor ar-água
L - Trocador de calor ar-água, ventilação forçada no circuito interno de ar

CARCAÇA IEC
Altura da ponta de eixo em mm (450 a 5000)

FURAÇÃO DOS PÉS


ABNT / IEC (S, M, L, A, B, C, D, E)

1.2 AVISOS DE SEGURANÇA NO MANUAL


Neste manual são utilizados os seguintes avisos de segurança:

PERIGO
A não consideração dos procedimentos recomendados neste aviso pode levar à morte, ferimentos graves
e danos materiais consideráveis.

ATENÇÃO
A não consideração dos procedimentos recomendados neste aviso pode levar a danos materiais.

NOTA
O texto objetiva fornecer informações importantes para o correto atendimento e bom funcionamento do
produto.

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2 INSTRUÇÕES GERAIS
Todos que trabalham com instalações elétricas, quer seja na montagem, na operação ou na manutenção, deverão ser
permanentemente informados e estar atualizados sobre as normas e prescrições de segurança que regem o serviço e são
aconselhadas a observá-las rigorosamente. Antes do início de qualquer trabalho, cabe ao responsável certificar-se de que
tudo foi devidamente observado e alertar seu pessoal sobre os perigos inerentes à tarefa que será executada. Motores
deste tipo, quando aplicados inadequadamente ou receberem manutenção deficiente, ou ainda quando receberem
intervenção de pessoas não capacitadas, podem vir a causar sérios danos pessoais e/ou materiais. Assim, recomenda-se
que estes serviços sejam executados sempre por pessoal capacitado.

2.1 PESSOAS CAPACITADAS ATENÇÃO


Entende-se por pessoas capacitadas aquelas que, em O não cumprimento das normas de instalação
função de seu treinamento, experiência, nível de e de segurança pode anular a garantia do
instrução, conhecimentos em normas relevantes, produto.
especificações, normas de segurança, prevenção de Equipamentos para combate a incêndio e
acidentes e conhecimento das condições de operação, avisos sobre primeiros socorros deverão estar
tenham sido autorizadas pelos responsáveis para a no local de trabalho em lugares bem visíveis e
realização dos trabalhos necessários e que possam de fácil acesso.
reconhecer e evitar possíveis perigos.
Estas pessoas capacitadas também devem conhecer os
Devem observar também:
procedimentos de primeiros socorros e serem capazes de
ƒ Todos os dados técnicos quanto às aplicações
prestar estes serviços, se necessário.
permitidas (condições de funcionamento, ligações e
Pressupõe-se que todo trabalho de colocação em
ambiente de instalação), contidos no catálogo, na
funcionamento, manutenção e consertos sejam feitos
documentação do pedido, nas instruções de operação,
unicamente por pessoas capacitadas.
nos manuais e demais documentações;
ƒ As determinações e condições específicas para a
2.2 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA instalação local;
ƒ O emprego de ferramentas e equipamentos adequados
PERIGO para o manuseio e transporte;
ƒ Que os dispositivos de proteção dos componentes
Durante a operação, estes equipamentos individuais sejam removidos pouco antes da instalação.
possuem partes energizadas ou girantes As peças individuais devem ser armazenadas em
expostas, que podem apresentar alta tensão ambientes livres de vibrações, evitando quedas e
ou altas temperaturas. assegurando que estejam protegidas contra agentes
Assim, a operação com caixas de ligação agressivos e/ou coloquem em risco a segurança das
abertas, acoplamentos não protegidos, ou pessoas.
manuseio errôneo, sem considerar as
normas de operação, pode causar graves 2.3 NORMAS
acidentes pessoais e materiais.
Os motores são especificados, projetados, fabricados e
testados de acordo com as seguintes normas:
ATENÇÃO
Tabela 2.1: Normas aplicáveis a motores de indução trifásicos
Quando se pretende utilizar aparelhos e
equipamentos fora do ambiente industrial, o IEC NBR NEMA
cliente final terá que garantir a segurança do Especificação 60034-1 7094 MG1-1,10,20
equipamento através da adoção das devidas
Dimensões 60072 5432 MG1-4,11
medidas de proteção e segurança durante a
montagem (por exemplo, impedir a Ensaios 60034-2 5383 MG1-12
aproximação de pessoas, contato de crianças Graus de
60034-5 9884 MG1-5
e outros). proteção
Refrigeração 60034-6 5110 MG1-6
Os responsáveis pela segurança da instalação devem Formas
60034-7 5031 MG1-4
garantir que: Construtivas
ƒ Somente pessoas capacitadas efetuem a instalação e Ruído 60034-9 7565 MG1-9
operação do equipamento; Vibração
60034-14 7094 MG1-7
ƒ Estas pessoas tenham em mãos este manual e demais mecânica
documentos fornecidos com o motor, bem como
realizem os trabalhos observando rigorosamente as
instruções de serviço, as normas pertinentes e a
documentação específica dos produtos;

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Legenda da Figura 2.1:


2.4 CARACTERÍSTICAS DO 1. Tensão
AMBIENTE 2. Zona A
3. Frequência
Os motores foram projetados para as seguintes 4. Zona B (exterior a zona A)
5. Tensão de características nominais
condições de operação:
ƒ Temperatura ambiente: -15ºC a +40ºC;
O motor deve ser capaz de desempenhar continuamente
ƒ Altitude até 1.000 m;
sua função principal na Zona A, mas pode não atender
ƒ Ambiente de acordo com o grau de proteção do motor.
completamente às suas características de desempenho
na tensão e frequência nominais (ver ponto das
ATENÇÃO características nominais nominais na Figura 2.1), quando
pode apresentar alguns desvios. As elevações de
Para utilização de motores com refrigeração à temperatura podem ser superiores àquelas na tensão e
água com temperatura ambiente inferior a frequência nominais.
+5ºC, devem ser adicionados aditivos O motor deve ser capaz de desempenhar sua função
anticongelantes na água. principal na Zona B, mas no que se refere às
características de desempenho na tensão e frequência
Condições especiais de operação podem ser atendidas nominais, pode apresentar desvios superiores àqueles da
sob pedido, que devem estar especificadas na ordem de Zona A. As elevações de temperatura podem ser
compra e são descritas na placa de identificação e folha superiores às verificadas na tensão e frequência nominais
de dados específica para cada motor. e, muito provavelmente, superiores àquelas da Zona A.
A operação prolongada na periferia da Zona B não é
2.5 CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO recomendada.

Para que o termo de garantia do produto tenha validade,


o motor deve ser operado de acordo com os dados
nominais indicados na sua placa de identificação, seguir
as normas e códigos aplicáveis e as informações contidas
neste manual.

2.6 TENSÃO E FREQUÊNCIA


É muito importante assegurar uma correta alimentação de
energia elétrica para o motor. Os condutores e todo o
sistema de proteção devem garantir uma qualidade de
energia elétrica nos bornes do motor dentro dos
parâmetros, conforme norma IEC60034-1:
ƒ Tensão: poderá variar dentro de uma faixa de ±10% do
valor nominal;
ƒ Frequência: poderá variar dentro de uma faixa entre -5
e +3% do valor nominal.

Figura 2.1: Limites das variações da tensão e frequência

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3 RECEBIMENTO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO


3.1 RECEBIMENTO 3.2.1 Armazenagem interna

Todos os motores fornecidos são testados e estão em Caso o motor não seja instalado imediatamente após o
perfeitas condições de operação. As superfícies usinadas recebimento, deverá permanecer dentro da embalagem e
são protegidas contra corrosão. A embalagem deverá ser armazenado em lugar protegido contra umidade, vapores,
checada logo após sua recepção para verificar se não rápidas trocas de calor, roedores e insetos.
sofreu eventuais danos durante o transporte. Para que os mancais não sejam danificados, o motor
deve ser armazenado em locais isentos de vibrações.

ATENÇÃO 3.2.2 Armazenagem externa


Toda e qualquer avaria deverá ser
fotografada, documentada e comunicada O motor deve ser armazenado em local seco, livre de
imediatamente à empresa transportadora, à inundações e de vibrações.
seguradora e à WEG. A não comunicação Repare todos os danos na embalagem antes de
acarretará a perda da garantia. armazenar o motor, o que é necessário para assegurar
condições apropriadas de armazenamento.
Posicione o motor sobre estrados ou fundações que
garantam a proteção contra a umidade da terra e que
ATENÇÃO impeçam que o mesmo afunde no solo. Deve ser
Peças fornecidas em embalagens adicionais assegurada uma livre circulação de ar por baixo do motor.
devem ser conferidas no recebimento. A cobertura ou lona usada para proteger o motor contra
intempéries não devem estar em contato com as
superfícies do mesmo. Para assegurar a livre circulação
ƒ Ao levantar a embalagem (ou o contêiner), devem ser de ar entre o motor e tais coberturas, coloque blocos de
observados os locais corretos para içamento, o peso madeira como espaçadores.
indicado na embalagem ou na placa de identificação,
bem como a capacidade e o funcionamento dos 3.2.3 Armazenagem prolongada
dispositivos de içamento;
ƒ Motores acondicionados em engradados de madeira Quando o motor fica armazenado por um longo período
devem ser levantados sempre pelos seus próprios antes da colocação em operação, ele fica exposto a
olhais ou por empilhadeira adequada, mas nunca influências externas, como flutuações de temperatura,
devem ser levantados por seu madeiramento; umidade, agentes agressivos etc.
ƒ A embalagem nunca poderá ser tombada. Coloque-a Os espaços vazios no interior do motor, como dos
no chão com cuidado (sem causar impactos) para rolamentos, caixa de ligação e enrolamentos, ficam
evitar danos aos mancais; expostos à umidade do ar, que se pode condensar e,
ƒ Não remova a graxa de proteção contra corrosão da dependendo do tipo e do grau de contaminação do ar,
ponta do eixo nem as borrachas ou bujões de também substâncias agressivas podem penetrar nestes
fechamento dos furos das caixas de ligações; espaços vazios.
ƒ Estas proteções deverão permanecer no local até a Como consequência, após períodos prolongados de
hora da montagem final. Após retirar a embalagem, armazenagem, a resistência de isolamento do
deve-se fazer uma completa inspeção visual do motor; enrolamento pode cair a valores abaixo dos admissíveis,
ƒ O sistema de travamento de eixo deve ser removido componentes internos como rolamentos podem oxidar e
somente pouco antes da instalação e armazenado em o poder de lubrificação do agente lubrificante nos mancais
local seguro para futuro transporte do motor. pode ser afetado adversamente.
Todas estas influências aumentam o risco de dano antes
3.2 ARMAZENAGEM da partida do motor.

Qualquer dano na pintura ou nas proteções contra


ferrugens das partes usinadas deverão ser retocadas.
ATENÇÃO
Para não perder a garantia do motor, deve-se
assegurar que todas as medidas preventivas
ATENÇÃO descritas neste manual, como aspectos
As resistências de aquecimento devem construtivos, manutenção, embalagem,
permanecer ligadas durante a armazenagem armazenagem e inspeções periódicas, sejam
para evitar a condensação de água no interior seguidas e registradas.
do motor.
As instruções descritas a seguir são válidas para
motores que são armazenados por longos períodos
e/ou ficam parados por dois meses ou mais antes de
serem colocados em operação.

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3.2.3.1 Local de armazenagem 3.2.3.2 Peças separadas

Para assegurar as melhores condições de armazenagem ƒ Caso tenham sido fornecidas peças separadas (caixas
do motor durante longos períodos, o local escolhido deve de ligação, tampas etc.), estas peças deverão ser
obedecer rigorosamente aos critérios descritos a seguir. embaladas conforme especificado nos itens
Armazenagem interna e Armazenagem externa
3.2.3.1.1 Armazenagem interna deste manual;
ƒ A umidade relativa do ar dentro da embalagem não
ƒ O ambiente deve ser fechado e coberto; deverá exceder 50%.
ƒ O local deve estar protegido contra umidade, vapores,
agentes agressivos, roedores e insetos; 3.2.3.3 Resistência de aquecimento
ƒ Não pode haver a presença de gases corrosivos,
como cloro, dióxido de enxofre ou ácidos; As resistências de aquecimento do motor devem
ƒ O ambiente deve estar livre de vibrações contínuas ou permanecer energizadas durante o período de
intermitentes; armazenagem para evitar a condensação da umidade no
ƒ O ambiente deve possuir sistema de ventilação com interior do motor e assim assegurar que a resistência do
filtro de ar; isolamento dos enrolamentos permaneça em níveis
ƒ Temperatura ambiente entre 5°C e 60°C, não devendo aceitáveis.
apresentar flutuação de temperatura súbita;
ƒ Umidade relativa do ar <50%;
ƒ Possuir prevenção contra sujeira e depósitos de pó; ATENÇÃO
ƒ Possuir sistema de detecção de incêndio; A resistência de aquecimento do motor deve
ƒ Deve estar provido de eletricidade para alimentação ser ligada obrigatoriamente quando o mesmo
das resistências de aquecimento. estiver armazenado em local com
temperatura < 5°C e umidade relativa do ar >
Caso algum destes requisitos não seja atendido no local 50%.
da armazenagem, a WEG sugere que proteções
adicionais sejam incorporadas na embalagem do motor
durante o período de armazenagem, conforme segue: 3.2.3.4 Resistência de isolamento
ƒ Caixa de madeira fechada ou similar com instalação
elétrica que permita que as resistências de Durante o período de armazenagem, a resistência de
aquecimento possam ser energizadas; isolamento dos enrolamentos do motor deve ser medida e
ƒ Caso exista risco de infestação e formação de fungos, registrada a cada três meses e antes da instalação do
a embalagem deve ser protegida no local de motor.
armazenamento, borrifando-a ou pintando-a com Eventuais quedas do valor da resistência de isolamento
agentes químicos apropriados; devem ser investigadas.
ƒ A preparação da embalagem deve ser feita com
cuidado por uma pessoa experiente. 3.2.3.5 Superfícies usinadas expostas
3.2.3.1.2 Armazenagem externa Todas as superfícies usinadas expostas (por exemplo,
ponta de eixo e flanges) são protegidas na fábrica com
Não é recomendada a armazenagem externa do motor um agente protetor temporário (inibidor de ferrugem).
(ao tempo). Esta película protetora deve ser reaplicada pelo menos a
Caso a armazenagem externa não puder ser evitada, o cada seis meses ou quando for removida e/ou danificada.
motor deve estar acondicionado em embalagem Produtos Recomendados:
específica para esta condição, conforme segue: Nome: Dasco Guard 400 TX AZ, Fabricante: D.A. Stuart
ƒ Para armazenagem externa (ao tempo), além da Ltda
embalagem recomendada para armazenagem interna, Nome: TARP, Fabricante: Castrol.
a embalagem deve ser coberta com uma proteção
contra poeira, umidade e outros materiais estranhos, 3.2.3.6 Mancais
utilizando para esta finalidade uma lona ou plástico
resistente; 3.2.3.6.1 Mancal de rolamento lubrificado a
ƒ Posicionar a embalagem sobre estrados ou fundações
graxa
que garantam a proteção contra a umidade da terra e
que impeçam que a mesma afunde no solo;
Os rolamentos são lubrificados na fábrica para realização
ƒ Depois que o motor estiver coberto, um abrigo deve
dos ensaios no motor.
ser erguido para proteger o mesmo contra chuva
Durante o período de armazenagem, a cada dois meses,
direta, neve e calor excessivo do sol.
deve-se retirar o dispositivo de trava do eixo e girar o eixo
manualmente para distribuir a graxa dentro do rolamento
ATENÇÃO e conservar o mancal em boas condições.
Após 6 meses de armazenagem e antes de colocar o
Caso o motor permanecer armazenado por motor em operação, os rolamentos devem ser
longos períodos, recomenda-se inspecionar relubrificados.
regularmente conforme especificado no item Caso o motor permanecer armazenado por um período
Plano de manutenção durante a superior a 2 anos, os rolamentos deverão ser
armazenagem deste manual. desmontados, lavados, inspecionados e relubrificados.

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3.2.3.6.2 Mancal de rolamento lubrificado a Se o período de armazenagem for superior a 6 meses:


óleo ƒ Repita o procedimento descrito acima;
ƒ Coloque novas bolsas de desumidificador (sílica-gel)
ƒ Dependendo da posição de montagem, o motor pode dentro do mancal.
ser transportado com ou sem óleo nos mancais; Se o período de armazenagem for superior a 2 anos:
ƒ O motor deve ser armazenado na sua posição original ƒ Desmonte o mancal;
de funcionamento e com óleo nos mancais; ƒ Preserve e armazene as peças do mancal.
ƒ O nível do óleo deve ser respeitado, permanecendo na
metade do visor de nível; 3.2.3.7 Caixa de ligação
ƒ Durante o período de armazenagem, a cada 2 meses,
deve-se retirar o dispositivo de trava do eixo e girar o Quando a resistência de isolamento dos enrolamentos do
eixo manualmente para distribuir o óleo uniformemente motor for medida, deve-se inspecionar também a caixa de
no interior do rolamento e conservar o mancal em boas ligação principal e as demais caixas de ligações,
condições. considerando especialmente nos seguintes aspectos:
ƒ Após 6 meses de armazenagem e antes de colocar o ƒ O interior deve estar seco, limpo e livre de qualquer
motor em operação, os rolamentos devem ser deposição de poeira;
relubrificados; ƒ Os elementos de contato não podem apresentar
ƒ Caso o motor permanecer armazenado por um período corrosão;
superior a 2 anos, os rolamentos deverão ser ƒ As vedações devem estar em condições apropriadas;
desmontados, lavados, inspecionados e relubrificados; ƒ As entradas dos cabos devem estar corretamente
seladas.
3.2.3.6.3 Mancal de deslizamento Se algum destes itens não estiver correto, deve-se
fazer uma limpeza ou reposição de peças.
ƒ Dependendo da posição de montagem, o motor pode
ser transportado com ou sem óleo nos mancais e deve 3.2.3.8 Preparação para entrada em operação
ser armazenado na sua posição original de
funcionamento com óleo nos mancais; 3.2.3.8.1 Limpeza
ƒ O nível do óleo deve ser respeitado, permanecendo na
metade do visor de nível. ƒ O interior e o exterior do motor devem estar livres de
óleo, água, pó e sujeira. O interior do motor deve ser
limpo com ar comprimido com pressão reduzida;
ATENÇÃO ƒ Remover o inibidor de ferrugem das superfícies
Durante o período de armazenagem, a cada expostas com um pano embebido em solvente à base
dois meses, deve-se remover o dispositivo de de petróleo;
travamento do eixo e girar o eixo a uma ƒ Certificar-se que os mancais e cavidades utilizadas
rotação de 30 rpm para recircular o óleo e para lubrificação estejam livres de sujeira e que os
conservar o mancal em boas condições de plugues das cavidades estejam corretamente selados e
operação. apertados. Oxidações e marcas nos assentos dos
mancais e eixo devem ser cuidadosamente removidas.

Caso não seja possível girar o eixo do motor, o 3.2.3.8.2 Lubrificação dos mancais
procedimento a seguir deve ser utilizado para proteger o
mancal internamente e as superfícies de contato contra Utilizar apenas o lubrificante especificado para lubrificação
corrosão: dos mancais. As informações dos mancais e lubrificantes
ƒ Drenar todo o óleo do mancal; estão indicadas na placa de identificação dos mancais e a
ƒ Desmontar o mancal; lubrificação deve ser feita conforme descrito no item
ƒ Limpar o mancal; Manutenção dos mancais deste manual, considerando
ƒ Aplicar o anticorrosivo (ex.: TECTIL 511, Valvoline ou sempre tipo de mancal em questão.
Dasco Guard 400TXAZ) nas metades superiores e
inferiores do casquilho do mancal e na superfície de
contato no eixo do motor; NOTA
ƒ Montar o mancal;
ƒ Fechar todos os furos roscados com plugues; Mancais de deslizamento, onde foi aplicado
ƒ Selar os interstícios entre o eixo e o selo do mancal no anticorrosivo e desumidificadores, devem ser
eixo através da aplicação de fita adesiva à prova desmontados, lavados e os
d’água; desumidificadores removidos.
ƒ Todos os flanges (ex.: entrada e saída de óleo) devem Montar novamente os mancais e fazer a
estar fechadas com tampas cegas; lubrificação.
ƒ Retirar o visor superior do mancal e aplicar o spray
anticorrosivo no interior do mancal; 3.2.3.8.3 Verificação da resistência de
ƒ Colocar algumas bolsas de desumidificador (sílica-gel)
isolamento
no interior do mancal. O desumidificador absorve a
umidade e previne a formação de condensação de
Antes de colocar o motor em operação, deve-se medir a
água dentro do mancal;
resistência de isolamento, conforme item Resistência de
ƒ Fechar o mancal com o visor superior.
isolamento deste manual.

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3.2.3.8.4 Outros

Siga os demais procedimentos descritos no item


Comissionamento deste manual antes de colocar o
motor em operação.

3.2.3.9 Inspeções e registros durante a


armazenagem

O motor armazenado deve ser inspecionado


periodicamente e os registros de inspeção devem ser
arquivados.

Os seguintes pontos devem ser inspecionados:


1. Danos físicos;
2. Limpeza;
3. Sinais de condensação de água;
4. Condições do revestimento protetivo;
5. Condições da pintura;
6. Sinais de vermes ou ação de insetos;
7. Operação satisfatória das resistências de
aquecimento. Recomenda-se que seja instalado um
sistema de sinalização ou alarme no local para
detectar a interrupção da energia das resistências de
aquecimento;
8. Registre a temperatura ambiente e umidade relativa
ao redor da máquina, a temperatura do enrolamento
(utilizando RTDs), a resistência de isolamento e o
índice de polarização;
9. Inspecione também o local de armazenagem para que
esteja de acordo com os critérios descritos no item
Local de armazenagem.

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3.2.3.10 Plano de manutenção durante a armazenagem

Durante o período de armazenagem, a manutenção do motor deverá ser executada e registrada de acordo com o plano
descrito na Tabela 3.1.

Tabela 3.1: Plano de armazenagem


Antes de
2 6
Mensal 2 anos entrar em
meses meses
operação
Local de Armazenagem
Inspecionar as condições de limpeza X X
Inspecionar as condições de umidade e temperatura X
Verificar sinais de infestações de insetos X
Medir o nível de vibração X
Embalagem
Inspecionar danos físicos X
Inspecionar a umidade relativa no interior X
Trocar o desumidificador na embalagem (se houver)1 X
Resistência de aquecimento
Verificar as condições de operação X
Motor completo
Realizar limpeza externa X X
Verificar as condições da pintura X
Verificar o inibidor de oxidação nas partes usinadas expostas X
Repor o inibidor de oxidação X
Enrolamentos
Medir a resistência de isolamento X X
Medir o índice de polarização X X
Caixa de ligação e terminais de aterramento
Limpar o interior das caixas X X
Inspecionar os selos e vedações X X
Mancais de rolamento a graxa ou a óleo
Girar o eixo X
Relubrificar o mancal X X
Desmontar e limpar o mancal X
Mancais de deslizamento
Girar o eixo X
Aplicar anticorrosivo e desumidificador X
Limpar os mancais e relubrificá-los X
Desmontar e armazenar as peças X
1)
Quando necessário

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3.3 MANUSEIO

Figura 3.1: Manuseio de motores

1. Nunca levantar o motor utilizando os olhais do trocador de calor (se houver);


2. Levantar o motor conforme indicado na placa ou na documentação do motor. Se necessário, retirar o trocador de calor
para levantar o motor;
3. Caso o centro de gravidade não esteja perfeitamente no centro dos olhais de suspensão, utilizar uma das formas
mostradas no item 3 da Figura 3.1.

NOTAS
ƒ Observar o peso indicado do motor. Não levantar o motor aos solavancos ou o colocar bruscamente no
chão, pois isso poderá causar danos aos mancais;
ƒ Para levantar o motor, usar somente os olhais providos para esta finalidade. Caso se faça necessário, usar
uma travessa para proteger partes do motor;
ƒ Os olhais no trocador de calor, tampas, mancais, radiador, caixa de ligação etc., servem apenas para
manusear estes componentes separadamente;
ƒ Nunca usar o eixo para levantar o motor;
ƒ Para movimentar o motor, o seu eixo tem que estar travado com o dispositivo de trava fornecido com o
motor.

ATENÇÃO
Os cabos de aço, manilhas e os equipamentos para içamento devem ter capacidade para suportar o peso do
motor.

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4 INSTALAÇÃO
4.1 LOCAL DE INSTALAÇÃO da máquina (pó, óleo, graxa, sujeira) e com a qualidade e
condições do material isolante utilizado.
Os motores devem ser instalados em locais de fácil A avaliação dos registros periódicos de acompanhamento
acesso, que permitam a realização de inspeções é útil para concluir se o motor está apto a operar.
periódicas, de manutenções locais e, se necessário, a
remoção dos mesmos para serviços externos. 4.3.3 Medição nos enrolamentos do estator
As seguintes características ambientais devem ser
A resistência de isolamento deve ser medida com um
asseguradas:
megôhmetro. A tensão do teste para os enrolamentos
ƒ Local limpo e bem ventilado;
dos motores deve ser conforme Tabela 4.1 e conforme a
ƒ Instalação de outros equipamentos ou paredes não
norma IEEE43.
deve dificultar ou obstruir a ventilação do motor;
ƒ O espaço ao redor e acima do motor deve ser Tabela 4.1: Tensão para teste de resistência de isolamento dos
suficiente para manutenção ou manuseio do mesmo; enrolamentos
ƒ O ambiente deve estar de acordo com o grau de Tensão nominal do Teste de resistência de
proteção do motor. enrolamento (V) isolamento - tensão contínua (V)
< 1000 500
4.2 SENTIDO DE ROTAÇÃO 1000 - 2500 500 - 1000
2501 - 5000 1000 - 2500
O sentido de rotação do motor é indicado por uma placa 5001 - 12000 2500 - 5000
fixada na carcaça no lado acionado. > 12000 5000 - 10000

Antes de fazer a medição da resistência de isolamento no


ATENÇÃO enrolamento do estator, verifique o seguinte:
Motores fornecidos com sentido único de ƒ Se as conexões do secundário dos TC´s (se houver)
rotação não devem operar no sentido não estão abertas;
contrário ao especificado. ƒ Se todos os cabos de força estão desconectados;
Para operar o motor na rotação contrária ao ƒ Se a carcaça do motor está aterrada;
especificado, consultar a WEG. ƒ Se a temperatura do enrolamento foi medida;
ƒ Se todos os sensores de temperatura estão aterrados.

A medição da resistência de isolamento dos enrolamentos


4.3 RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO do estator tem que ser feita na caixa de ligação principal.
O medidor (megôhmetro) deve ser conectado entre a
4.3.1 Instruções de segurança carcaça do motor e o enrolamento. A carcaça tem que
estar aterrada.
PERIGO
Para fazer a medição da resistência de
isolamento, o motor deve estar desligado e
parado.
O enrolamento em teste deve ser conectado
à carcaça e aterrado até remover a carga
eletrostática residual. Aterre também os Figura 4.1: Conexão de megôhmetro
capacitores (se houver) antes de desconectar
e separar os terminais e medir com o Se a medição total do enrolamento apresentar um valor
megôhmetro a resistência de isolamento. abaixo do recomendado, as conexões do neutro devem
A não observação destes procedimentos ser abertas e a resistência de isolamento de cada fase
pode resultar em danos pessoais. deve ser medida separadamente.

ATENÇÃO
4.3.2 Considerações gerais
Com motores em operação durante muito tempo
Quando o motor não é colocado imediatamente em podem ser obtidos frequentemente valores muito
operação, deve ser protegido contra umidade, maiores. A comparação com valores obtidos em
temperatura elevada e sujeira, evitando assim que a ensaios anteriores com o mesmo motor, em
resistência de isolamento seja afetada. condições similares de carga, temperatura e
A resistência de isolamento do enrolamento deve ser umidade, pode ser um excelente auxílio para
medida antes de colocar o motor em operação. avaliar as condições de isolação do enrolamento
Se o ambiente for muito úmido, a resistência de do que apenas basear-se apenas no valor obtido
isolamento deve ser medida em intervalos periódicos num único ensaio. Reduções muito grandes ou
durante a armazenagem. É difícil estabelecer regras fixas bruscas são consideradas suspeitas.
para o valor real da resistência de isolamento de um
motor, uma vez que ela varia com as condições
ambientais (temperatura, umidade), condições de limpeza

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Tabela 4.2: Limites orientativos da resistência de isolamento em


máquinas elétricas
Valor da resistência do
Avaliação do isolamento
isolamento
2MΩ ou menor Ruim
< 50MΩ Perigoso
50...100MΩ Regular

Coeficiente de variação da resistência do isolamento Kt40ºC


100...500MΩ Bom
500...1000MΩ Muito Bom
> 1000MΩ Ótimo

4.3.4 Resistência de isolamento mínima

Se a resistência de isolamento medida for menor do que


100MΩ a 40ºC antes de colocar o motor em operação, os
enrolamentos devem ser secados de acordo com o
procedimento abaixo:
ƒ Desmontar o motor e remover o rotor e os mancais;
ƒ Aquecer a carcaça com o enrolamento do estator a
uma temperatura de 130°C em uma estufa por um
período mínimo 8 horas (para motores acima da
carcaça 630 IEC ou 104 série NEMA, é necessário um
período mínimo de 12 horas). Para utilizar outros
métodos, consultar a WEG;
ƒ Verificar se a resistência de isolamento está de dentro
de valores aceitáveis, conforme Tabela 4.2. Se não
estiver, consultar a WEG.

4.3.5 Índice de polarização

O índice de polarização é tradicionalmente definido pela


relação entre a resistência de isolamento medida em 10
min. e a resistência de isolamento medida em 1 min.,
medição sempre feita em uma temperatura relativamente
constante.
Para converter a resistência do isolamento
O índice de polarização permite avaliar as condições do medida (Rt) para 40ºC multiplicar pelo
isolamento do motor conforme Tabela 4.3. coeficiente de temperatura (Kt)

Tabela 4.3: Índice de polarização (relação entre 10 e 1 minuto)

Índice de polarização Avaliação do isolamento


Temperatura do enrolamento ºC
1 ou menor Ruim R40ºC = Rt x Kt40ºC
< 1,5 Perigoso
1,5 a 2,0 Regular Figura 4.2: Coeficiente de variação da resistência de isolamento
com a temperatura
2,0 a 3,0 Bom
3,0 a 4,0 Muito Bom
> 4,0 Ótimo
4.4 PROTEÇÕES
De princípio, os circuitos de motores estão providos de
PERIGO dois tipos de proteção: a proteção dos motores contra
sobrecarga/rotor bloqueado e proteção dos circuitos
Para evitar acidentes, aterre o enrolamento do (terminais e de distribuição) contra curto-circuito.
motor imediatamente após a medição da Os motores utilizados em regime contínuo devem ser
resistência de isolamento. protegidos contra sobrecargas por meio de um dispositivo
integrante do motor ou um dispositivo de proteção
independente, que geralmente é um relé térmico com
4.3.6 Conversão dos valores medidos corrente nominal ou de ajuste igual ou inferior ao valor
obtido multiplicando-se a corrente nominal da alimentação
A resistência de isolamento deve ser medida a 40°C. Se à plena carga do motor por:
a medição for feita em temperatura diferente, será ƒ 1,25 para motores com fator de serviço igual ou
necessário corrigir a leitura para 40ºC, utilizando uma superior a 1,15;
curva de variação da resistência do isolamento em função ƒ 1,15 para motores com fator de serviço igual a 1,0.
da temperatura, obtida no próprio motor. Se esta curva Os motores ainda possuem dispositivos de proteção
não estiver disponível, pode ser empregada a correção contra sobre-elevação de temperatura (para casos de
aproximada fornecida pela curva da Figura 4.2, conforme sobrecargas, travamento do motor, baixa tensão, falta de
NBR 5383 / IEEE43. ventilação do motor).

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4.4.1 Proteções térmicas Tabela 4.4: Classe de isolamento

Classe de isolamento F H
Os dispositivos de proteção contra sobre-elevação de
temperatura são instalados no estator principal, nos Temperatura ambiente °C 40 40
mancais e demais componentes que necessitam de T = elevação de temperatura (método de
monitoramento da temperatura e proteção térmica. medição da temperatura pela variação da °C 105 125
resistência)
Estes dispositivos devem ser ligados a um sistema
Diferença entre o ponto mais quente e a
externo de monitoramento de temperatura e proteção. °C 10 15
temperatura média
Total: temperatura do ponto mais quente °C 155 180
4.4.1.1 Sensores de temperatura
Termostato (bimetálico) - São detectores térmicos do
ATENÇÃO
tipo bimetálico, com contatos de prata normalmente
fechados. Estes se abrem em determinada temperatura. Caso o motor opere com temperaturas no
Os termostatos são ligados em série ou independentes enrolamento acima dos valores limites da
conforme esquema de ligação. classe térmica do isolamento, a vida útil do
isolamento e, consequentemente, a do motor,
Termistores (tipo PTC ou NTC) - São detectores será reduzida significativamente ou até
térmicos, compostos de semicondutores que variam sua mesmo pode resultar na queima do motor.
resistência bruscamente ao atingirem uma determinada
temperatura. Os termistores são ligados em série ou
independentes conforme esquema de ligação. 4.4.1.3 Temperaturas para alarme e
desligamento
NOTA
O nível de temperatura para o disparo do alarme e o
Os termostatos e os termistores deverão ser desligamento deve ser parametrizado no valor mais baixo
conectados a uma unidade de controle que possível. Este nível de temperatura pode ser determinado
interromperá a alimentação do motor ou com resultados de testes ou através da temperatura de
acionará um dispositivo de sinalização. operação do motor. A temperatura de alarme pode ser
ajustada em 10ºC acima da temperatura de operação da
máquina em plena carga, considerando sempre a maior
Termorresistência (Pt100) - É um elemento de
temperatura ambiente do local. Os valores de temperatura
resistência calibrada. Seu funcionamento baseia-se no
ajustadas para desligamento não devem ultrapassar as
princípio de que a resistência elétrica de um condutor
metálico varia linearmente com a temperatura. Os temperaturas máximas admissíveis para a classe do
terminais do detector devem ser ligados a um painel de isolamento do enrolamento do estator e para os mancais
controle, que inclui um medidor de temperatura. (considerando o tipo e o sistema de lubrificação).

Tabela 4.5: Temperatura máxima do estator


NOTA Classe Temperaturas máximas de ajuste
As termorresistências tipo RTD permitem o de Temperatura para as proteções (ºC)
Alarme Desligamento
monitoramento através da temperatura
F 130 155
absoluta informada pelo seu valor de
H 155 180
resistência instantânea. Com esta informação,
o relé poderá efetuar a leitura da temperatura, Tabela 4.6: Temperatura máxima dos mancais
como também a parametrização para alarme e
Temperaturas máximas de ajuste para as proteções (ºC)
desligamento conforme as temperaturas pré-
Alarme Desligamento
definidas.
110 120

4.4.1.2 Limites de temperatura para os


ATENÇÃO
enrolamentos
Os valores de alarme e desligamento podem
A temperatura do ponto mais quente do enrolamento ser definidos em função da experiência,
deve ser mantida abaixo do limite da classe térmica do porém não devem ultrapassar aos valores
isolamento. A temperatura total é composta pela soma da máximos indicados na Tabela 4.5 e Tabela
temperatura ambiente com a elevação de temperatura (T), 4.6.
mais a diferença que existe entre a temperatura média do
enrolamento e a ponto mais quente do enrolamento.
A temperatura ambiente por norma é de, no máximo, ATENÇÃO
40°C. Acima desse valor, as condições de trabalho são
consideradas especiais. Os dispositivos de proteção do motor estão
A Tabela 4.4. mostra os valores numéricos e a relacionados no desenho WEG - Esquema de
composição da temperatura admissível do ponto mais ligações específico de cada motor.
quente do enrolamento. A não utilização destes dispositivos é de total
responsabilidade do usuário e, em caso de
danos, pode ocasionar a perda de garantia.

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4.4.1.4 Temperatura e resistência ôhmica das termorresistências Pt100

A Tabela 4.7 mostra os valores de temperatura em função da resistência ôhmica medida para as termorresistências tipo Pt
100.
Fórmula: Ω - 100 = °C
0,386

Tabela 4.7: Temperatura X Resistência (Pt100)


ºC 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 100.00 100.39 100.78 101.17 101.56 101.95 102.34 102.73 103.12 103.51
10 103.90 104.29 104.68 105.07 105.46 105.95 106.24 106.63 107.02 107.40
20 107.79 108.18 108.57 108.96 109.35 109.73 110.12 110.51 110.90 111.28
30 111.67 112.06 112.45 112.83 113.22 113.61 113.99 114.38 114.77 115.15
40 115.54 115.93 116.31 116.70 117.08 117.47 117.85 118.24 118.62 119.01
50 119.40 119.78 120.16 120.55 120.93 121.32 121.70 122.09 122.47 122.86
60 123.24 123.62 124.01 124.39 124.77 125.16 125.54 125.92 126.31 126.69
70 127.07 127.45 127.84 128.22 128.60 128.98 129.37 129.75 130.13 130.51
80 130.89 131.27 131.66 132.04 132.42 132.80 133.18 133.56 133.94 134.32
90 134.70 135.08 135.46 135.84 136.22 136.60 136.98 137.36 137.74 138.12
100 138.50 138.88 139.26 139.64 140.02 140.39 140.77 141.15 141.53 141.91
110 142.29 142.66 143.04 143.42 143.80 144.17 144.55 144.93 145.31 145.68
120 146.06 146.44 146.81 147.19 147.57 147.94 148.32 148.70 149.07 149.45
130 149.82 150.20 150.57 150.95 151.33 151.70 152.08 152.45 152.83 153.20
140 153.58 153.95 154.32 154.70 155.07 155.45 155.82 156.19 156.57 156.94
150 157.31 157.69 158.06 158.43 158.81 159.18 159.55 159.93 160.30 160.67

4.4.1.5 Resistência de aquecimento

Quando o motor está equipado com resistência de


aquecimento para impedir a condensação de água em
seu interior durante longos períodos fora de operação,
deve-se assegurar que as mesmas sejam ligadas logo
após o desligamento do motor e que sejam desligadas
tão logo o motor for ligado novamente.
Os valores da tensão de alimentação e da potência das
resistências instaladas são informados no esquema de
ligação do motor e na placa específica fixada no motor.

4.4.2 Sensor de vazamento de água

Motores com trocador de calor ar-água são providos de


sensor de vazamento de água que serve para detectar
eventual vazamento de água do radiador para o interior
do motor. Este sensor deve ser ligado ao painel de
controle, conforme esquema de ligação do motor. O sinal
deste sensor deve ser utilizado para disparar o alarme.
Quando esta proteção atuar, deve ser feita uma inspeção
no trocador de calor e, caso seja constatado vazamento
de água no radiador, o motor deve ser desligado e o
problema corrigido.

11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 23


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4.5 REFRIGERAÇÃO
Apenas uma correta instalação do motor e do sistema de refrigeração pode garantir seu funcionamento contínuo e sem
sobreaquecimentos.

4.5.1 Motores fechados

2 3

MGF MGD

Trocador de calor Autoventilado,


ar-ar, entrada e saída de
autoventilado ar por dutos
1. Recinto contaminado
2. Recinto não contaminado
3. Recinto não contaminado
1

2 3

MGW MGT

Trocador de calor Ventilação


ar-água, independente,
autoventilado entrada e saída de
1. Recinto contaminado
2. Recinto não contaminado
ar por dutos
3. Recinto não contaminado

MGL
MGR
Trocador de calor
ar-água, com Autoventilado, com
ventilação trocador de calor
independente ar-ar em volta do
motor.

MGI

Trocador de calor
ar-ar, com
ventilação
independente

4.5.2 Motores abertos

2 3

MGV
MGA ou MGP
Ventilação
Autoventilado independente

1. Ar quente
2. Ar frio
3. Ar frio

24 l 11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção


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4.5.3 Radiadores de água

O radiador de água (quando utilizado) é um transmissor


de calor de superfície, projetado para dissipar calor de
equipamentos elétricos ou outros de forma indireta, isto
é, o ar, em circuito fechado, é resfriado pelo radiador
após retirar calor proveniente de equipamentos que
devem ser refrigerados.
Desta forma, a transmissão de calor se dá do Anodos de sacrifício
equipamento para o ar e deste para a água.

NOTA
Os dispositivos de proteção do sistema de
refrigeração devem ser monitorados
periodicamente.
Figura 4.3: Radiador com anodos de sacrifício

NOTA
NOTA
As entradas e saídas de ar e de água não
devem ser obstruídas, pois podem causar O tipo, a quantidade e a posição dos anodos
sobreaquecimento e até mesmo a queima do de sacrifício podem variar de aplicação para
motor. aplicação.

Como fluido de resfriamento deve ser utilizada água 4.5.4 Ventiladores independentes
limpa, com as seguintes características:
ƒ PH : entre 6 e 9; Os ventiladores independentes (quando utilizados)
ƒ Cloridos: máximo 25,0 mg/l; possuem, normalmente, motor assíncrono trifásico para
ƒ Sulfatos: máximo 3,0 mg/l; o acionamento. A caixa de ligação deste motor está
ƒ Manganês: máximo 0,5 mg/l; normalmente localizada na carcaça do mesmo. Os
ƒ Sólidos em suspensão: máximo 30,0 mg/l; dados característicos (frequência, tensão etc.) são
ƒ Amônia: sem traços. indicados na placa de características deste motor,
enquanto que o sentido de rotação é indicado por uma
placa indicativa na carcaça do ventilador ou próximo
ATENÇÃO dele.
Os dados dos radiadores que compõem o
trocador de calor ar-água são indicados na NOTA
placa de identificação dos mesmos e no
desenho dimensional do motor. Verifique visualmente o sentido de rotação do
Estes dados devem ser observados para o ventilador independente antes de partir a
correto funcionamento do sistema de máquina.
refrigeração do motor e assim evitar Se o ventilador estiver girando em sentido
sobreaquecimento. errado, a conexão entre 2 fases do ventilador
deve ser invertida.

4.5.3.1 Radiadores para aplicação com água


do mar Também os filtros de ar que protegem o interior do
motor contra contaminação devem ser inspecionados
periodicamente. Os filtros têm que ser mantidos em
ATENÇÃO perfeitas condições de uso para assegurar a correta
operação do sistema de refrigeração e segura proteção
No caso de radiadores para aplicação com das partes internas do motor.
água do mar, os materiais em contato com a
água (tubos e espelhos) devem ser resistentes
à corrosão. 4.6 ASPECTOS ELÉTRICOS
Além disso, os radiadores podem ser
equipados com anodos de sacrifício (por 4.6.1 Conexões elétricas
exemplo: de zinco ou magnésio), conforme
mostrado na Figura 4.3. Nesta aplicação, os 4.6.1.1 Conexão principal
anodos são corroídos durante a operação,
protegendo os cabeçotes do trocador. Dependendo da forma construtiva do motor, os terminais
Para manter a integridade dos cabeçotes do do estator do motor são fixados em isoladores ou
radiador, estes anodos devem ser através de bornes de cobre na caixa de ligação principal.
substituídos periodicamente, sempre A localização das caixas de ligação de força, do neutro e
considerando o grau de corrosão do rotor está identificada no desenho dimensional
apresentado. específico de cada motor.
As conexões aos terminais devem ser feitas de acordo
com o diagrama de conexão do estator específico para o
motor.
11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 25
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Certifique-se de que a seção e a isolação dos cabos de


ligação sejam apropriadas para a corrente e tensão do
motor.
A identificação dos terminais do estator e do rotor e a
correspondente ligação são indicadas no esquema de
ligação específico para cada motor, atendendo às
normas IEC60034-8 ou NEMA MG1.
O sentido de rotação do motor pode ser alterado pela
inversão da conexão de duas fases quaisquer entre si,
porém, o motor deve girar no sentido de rotação
especificado na placa de ligação e na placa indicativa
fixada no motor.

NOTA
O sentido de rotação é convencionado
olhando-se para a ponta do eixo do lado
acionado do motor.
Motores com sentido único de rotação devem
girar somente no sentido indicado, visto que
os ventiladores e outros dispositivos são
unidirecionais.
Para operar o motor no sentido de rotação
contrário ao indicado, consultar a WEG.

ATENÇÃO
Antes de fazer as conexões entre o motor e a
rede de energia elétrica, é necessário que seja
feita uma medição cuidadosa da resistência
de isolamento do enrolamento.

Para conectar os cabos de alimentação principal do


motor, desparafuse a tampa das caixas de ligação do
estator, corte os anéis de vedação (motores normais
sem prensa-cabos) conforme os diâmetros dos cabos a
serem utilizados e insira os cabos dentro dos anéis de
vedação. Corte os cabos de alimentação no
comprimento necessário, desencape as extremidades e
coloque os terminais a serem utilizados.

4.6.1.2 Aterramento

A carcaça do motor e a caixa de ligação principal devem


ser aterradas antes de conectar o motor ao sistema de
alimentação.
Conectar o revestimento metálico dos cabos (se houver)
ao condutor de aterramento comum. Cortar o condutor
de aterramento no comprimento adequado e ligá-lo ao
terminal existente na caixa de ligação e/ou o existente na
carcaça.
Fixar firmemente todas as conexões.

ATENÇÃO
Não utilizar arruelas de aço ou outro material
de baixa condutividade elétrica para a fixação
dos terminais.

Antes de fazer as ligações, aplique uma graxa de


proteção em todos os contatos das conexões.
Insira todos os anéis de vedação nas respectivas
ranhuras. Feche a tampa da caixa de ligação, cuidando
para que os anéis de vedação estejam colocados
corretamente.

26 l 11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção


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4.6.2 Esquema de ligação

4.6.2.1 Esquema de ligação IEC60034-8

Os esquemas de ligação a seguir mostram a identificação dos terminais na caixa de ligação e as ligações possíveis para o
estator (fases) e o rotor dos motores de indução trifásicos de gaiola. Os números descritos em cada esquema permitem
identificar o esquema de ligação através de uma placa fixada no motor, onde estão descritos os números dos códigos que
correspondem aos esquemas de ligação do estator e dos acessórios:

3 BORNES 6 BORNES 6 BORNES - DAHLANDER


9100 9101 9102 9103 9104 9105 9106
Δ YY Y YY Δ
Δ Y

3 BORNES +
NEUTRO
9121
MENOR MENOR MENOR MAIOR
MAIOR
VELOCIDADE VELOCIDADE VELOCIDADE VELOCIDADE
VELOCIDADE

9 BORNES 12 BORNES
9107 9108 9109 9110 9111 9112 9113 9114
ΔΔ Δ YY Y ΔΔ YY Δ Y

12 BORNES - (part winding)


9115 9116 9117 9118

PARA PARTIDA PARA PARTIDA Y SÓ PARA PARA VELOCIDADE


EM Y EM Δ PARTIDA NOMINAL

NOTA
Quando forem utilizados 2 ou mais cabos de ligação do motor em paralelo com o objetivo de dividir a
corrente elétrica, a identificação destes cabos é feita com um sufixo adicional separado por hífen, conforme
mostrado no exemplo abaixo:

11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 27


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4.6.2.2 Esquema de ligação NEMA MG1


3 BORNES 6 BORNES 6 BORNES - DAHLANDER
9200 9201 9202 9203 9204 9205 9206
Δ YY Y YY Δ
Δ Y

3 BORNES +
NEUTRO
9221

MENOR MAIOR MENOR MENOR MAIOR


VELOCIDADE VELOCIDADE VELOCIDADE VELOCIDADE VELOCIDADE

9 BORNES 12 BORNES
9207 9208 9209 9210 9211 9212 9213 9214
ΔΔ Δ YY Y ΔΔ YY Δ Y

12 BORNES - (part winding)


9215 9216 9217 9218

PARA PARTIDA PARA PARTIDA Y SÓ PARA PARA VELOCIDADE


EM Y EM Δ PARTIDA NOMINAL

NOTA
Quando forem utilizados 2 ou mais cabos de ligação do motor em paralelo com o objetivo de dividir a corrente
elétrica, a identificação destes cabos é feita com um sufixo adicional separado por hífen, conforme mostrado
no exemplo abaixo:

4.6.2.2.1 Sentido de rotação

ƒ O sentido de rotação está indicado na placa de identificação e deve ser observado olhando para a ponta do eixo do lado
acionado do motor. O sentido de rotação deve ser verificado antes de acoplar o motor a máquina acionada;
ƒ Motores com a identificação dos terminais e ligações descritas nos itens 4.6.2.1 e 4.6.2.2 deste manual possuem
sentido de rotação horário;
ƒ Para inverter o sentido da rotação, deve-se inverter a ligação de duas fases quaisquer entre si;
ƒ Os motores com sentido único de rotação, conforme indicados na placa de identificação e por meio de uma placa
indicativa fixada na carcaça, possuem ventilador unidirecional e devem ser operados somente no sentido de rotação
especificado. Para inverter o sentido de rotação de motores unidirecionais, consultar a WEG.

4.6.2.3 Esquema de ligação dos acessórios

Para a correta instalação dos acessórios, consultar o desenho do esquema de ligação específico do motor.

28 l 11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção


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4.7 ASPECTOS MECÂNICOS 4.7.3 Tipos de bases

4.7.1 Fundações 4.7.3.1 Base de concreto

ƒ A fundação ou estrutura onde o motor será instalado As bases de concreto são as mais usadas para a
deverá ser suficientemente rígida, plana, isenta de instalação destes motores.
vibrações externas e capaz de resistir aos esforços O tipo e o tamanho da fundação, parafusos e placas de
mecânicos aos quais será submetida durante as ancoragem dependem do tamanho e do tipo do motor.
partidas ou em caso de curto-circuito do motor.
ƒ A escolha do tipo de fundação dependerá da natureza Exemplo de preparação:
do solo no local da montagem ou da resistência dos ƒ Remover toda a sujeira da fundação para garantir uma
pisos. adequada amarração entre os blocos de fundação e a
ƒ Se o dimensionamento da fundação não for argamassa.
criteriosamente executado, isso poderá ocasionar ƒ Fixar os blocos de fundação junto aos pés do motor,
sérios problemas de vibração no conjunto da fundação, usando parafusos.
no motor e na máquina acionada. ƒ Colocar calços de diferentes espessuras (espessura
ƒ O dimensionamento estrutural da fundação deve ser total de aproximadamente 2mm) entre os pés do motor
feito com base no desenho dimensional, nas e as superfícies de apoio da fundação para assim
informações referentes aos esforços mecânicos sobre posteriormente poder fazer um alinhamento vertical
as fundações e na forma de fixação do motor. preciso.
ƒ Para garantir a centralização dos parafusos em relação
aos furos dos pés, embuchar com uma chapa metálica
ATENÇÃO ou papel rígido (prespan), possibilitando um posterior
alinhamento preciso em sentido horizontal.
Colocar calços de diferentes espessuras ƒ Colocar calços ou parafusos de nivelamento sob os
(espessura total de aproximadamente 2mm) blocos de fundação para assegurar um adequado
entre os pés do motor e as superfícies de nivelamento e um perfeito alinhamento do motor com a
apoio da fundação para assim posteriormente máquina acionada. Após colocar a argamassa, deve-se
poder fazer um alinhamento vertical preciso. fazer um preciso controle do alinhamento. Eventuais
pequenas correções podem ser feitas com arruelas ou
chapas metálicas ou através do reajuste da folga dos
NOTA parafusos de fixação.
ƒ Apertar firmemente todos os parafusos de fixação.
O usuário é responsável pelo
Deve-se ter o devido cuidado para que as superfícies
dimensionamento e construção da fundação.
de apoio dos pés do motor estejam uniformemente
apoiadas sem distorcer a carcaça do motor.
4.7.2 Esforços nas fundações Para fixação correta, introduzir dois pinos cônicos após o
término de teste. Para isso devem ser usados os furos
pré-broqueados no pé do motor.
Baseado na Figura 4.4, os esforços sobre a fundação
podem ser calculados pelas equações:
4.7.3.2 Base deslizante
(4C max)
F1 = +0.5.m.g . +
( A) No caso de acionamento por polias, o motor deve ser
(4C max) montado sobre uma base deslizante (trilhos) e a parte
F2 = +0.5.m.g . − inferior da correia deve estar tracionada.
( A)
O trilho mais próximo da polia motora de ser montado de
Onde: F1 e F2 - Reação dos pés sobre a base (N) tal forma que o parafuso de posicionamento fique entre o
g - Aceleração da gravidade (9,81m/s²) motor e a máquina acionada. O outro trilho deve ser
m - Massa do motor (kg) montado com o parafuso na posição oposta, como
Cmáx - Torque máximo (Nm) mostra a Figura 4.5.
A - Obtido no desenho dimensional do motor (m) O motor é aparafusado sobre trilhos e posicionado na
fundação.
A polia motora é então alinhada de tal forma que seu
centro esteja no mesmo plano do centro da polia movida
e os eixos do motor e da máquina estejam perfeitamente
paralelos.
A correia não deve ser demasiadamente esticada. Após o
alinhamento, os trilhos são fixados.

Figura 4.4: Esforços nas fundações

Figura 4.5: Base deslizante

11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 29


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4.7.3.3 Base metálica

Os pés do motor tem que estar apoiados uniformemente


sobre a base metálica para assim evitar deformações na
carcaça. Eventuais erros de altura da superfície de apoio
dos pés do motor podem ser corrigidos com chapas de
compensação (recomenda-se uma altura máxima de 2
mm).
Não remover as máquinas da base comum para fazer o
alinhamento. A base deve ser nivelada na própria
fundação, usando níveis de bolha ou outros instrumentos
de nivelação.
Quando uma base metálica é utilizada para ajustar a altura
da ponta de eixo do motor com a ponta de eixo da
máquina acionada, esta deve ser nivelada na base de
concreto.
Após a base ter sido nivelada, os chumbadores apertados
e os acoplamentos verificados, a base metálica e os
chumbadores são concretados.

4.7.3.4 Chumbadores

Os chumbadores são dispositivos para a fixação de


motores diretamente sobre a fundação, quando os
motores são aplicados com acoplamento elástico. Este
tipo de acoplamento é caracterizado pela ausência de
esforços sobre os rolamentos, além de apresentar custos
de investimento menores.
Os chumbadores não devem ser pintados, nem
apresentar ferrugem, pois isto seria prejudicial à aderência
do concreto e provocaria o afrouxamento dos mesmos.

Figura 4.6: Chumbadores

30 l 11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção


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4.7.4 Conjunto da placa de ancoragem


O conjunto da placa de ancoragem é composto de placa de ancoragem, parafusos de nivelamento, calços para
nivelamento, parafusos para alinhamento e chumbadores.
Quando for necessária a utilização de uma placa de ancoragem para fixação e alinhamento do motor, esta será fornecida
com o mesmo.

Procedimento para montagem, nivelamento e grauteamento das placas de ancoragem


1
Etapa 1
Construir a fundação (1) com as barras de
ancoragem (2) conforme desenho dimensional,
respeitando os esforços a que esta base será
submetida.

2 3 Etapa 2
Posicionar os chumbadores (3) nas barras de
4 ancoragem e apoiar os parafusos para nivelamento
sobre o concreto primário.

5
Etapa 3
Apoiar as placas de ancoragem (5) sobre os
parafusos de nivelamento (4).

Etapa 4
Nivelar as placas de ancoragem, utilizando a
instrumentação necessária considerando que entre
as placas de ancoragem e a base do motor deve
existir uma folga de até 2mm para colocação de
calços necessários para o alinhamento vertical do
motor.

6 Etapa 5
Após o nivelamento das placas de ancoragem, estas
devem ser grauteadas (6) juntamente com os
chumbadores em sua fixação definitiva.

Motor
7 7
Etapa 6
Após a cura do graute, apoiar o motor sobre as
placas de ancoragem, alinhá-lo com os parafusos do
alinhamento horizontal (7 e 8) e fixá-lo através dos
furos de sua base aos chumbadores.

8
8
Nivelamento e graute com as placas de
ancoragem fixadas no motor.
O nivelamento e graute das placas de ancoragem
também podem ser feitos com estas já fixadas na
base do motor com calços de até 2 mm entre a
base do motor e as placas de ancoragem.
Para isso, o motor com as placas de ancoragem
devem ser apoiados sobre os parafusos de
nivelamento (4). Fazer o nivelamento com estes
parafusos de nivelamento e fazer o pré-alinhamento
do motor, utilizando os parafusos de alinhamento (7
e 8).
Figura 4.7: Placa de ancoragem

11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 31


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4.7.5 Frequência natural da fundação Quando são utilizados acoplamentos flexíveis, valores
maiores que os indicados acima são aceitáveis, desde
Para assegurar uma operação segura, além de uma que não excedam o valor permitido pelo fabricante do
fundação estável, o motor tem que estar precisamente acoplamento. Recomenda-se manter uma margem de
alinhado com o equipamento acoplado e com os segurança para estes valores.
componentes montados no seu eixo, que têm que estar
devidamente balanceados. Desalinhamento angular Medição axial
Com o motor montado e acoplado, a relação entre a
frequência natural da fundação é:
ƒ A frequência de giro do motor;
ƒ O dobro da frequência de giro;
ƒ O dobro da frequência da linha.

Estas frequências naturais devem estar conforme


Figura 4.9: Alinhamento angular
especificado abaixo:
ƒ Frequência natural de 1ª ordem da fundação ≥ +25%
A Figura 4.9 mostra o desalinhamento angular e a forma
ou ≤ -20% em relação às frequências acima.
prática para fazer esta medição.
ƒ Frequências naturais da fundação de ordens superiores
A medição é feita em 4 pontos deslocados 90º entre si,
≥ +10% ou ≤ -10% em relação às frequências acima.
com os dois meio-acoplamentos girando juntos para
assim eliminar os efeitos devido a irregularidades da
4.7.6 Alinhamento e nivelamento superfície de apoio da ponta do relógio comparador.
Escolhendo o ponto vertical superior 0º, a metade da
O motor deve ser alinhado corretamente com a máquina diferença da medição do relógio comparador nos pontos
acionada, principalmente quando for usado o em 0º e 180º representa o desalinhamento vertical. No
acoplamento direto. caso de desvio, este deve ser corrigido adequadamente
Um alinhamento incorreto pode resultar em danos nos acrescentando ou removendo calços de montagem
mancais, gerar excessivas vibrações e até levar à ruptura debaixo dos pés do motor.
do eixo. A metade da diferença da medição do relógio
O alinhamento deve ser feito de acordo com as comparador nos pontos em 90º e 270º representa o
recomendações do fabricante do acoplamento. desalinhamento horizontal, que deve ser corrigido
Principalmente em acoplamentos diretos, os eixos do adequadamente com deslocamento lateral/angular do
motor e da máquina acionada devem ser alinhados axial e motor.
radialmente, conforme mostrado na Figura 4.8 e Figura A metade da diferença máxima da medição do relógio
4.9. comparador em uma rotação completa representa o
máximo desalinhamento angular encontrado.
Desalinhamento paralelo Medição radial O desalinhamento numa volta completa para
acoplamento rígido ou semiflexível não pode ser superior
a 0,03mm
Quando são utilizados acoplamentos flexíveis, valores
maiores que os indicados acima são aceitáveis, desde
que não excedam o valor permitido pelo fabricante do
acoplamento..
Figura 4.8: Alinhamento paralelo Recomenda-se manter uma margem de segurança para
estes valores.
A Figura 4.8 mostra o desalinhamento paralelo das 2 No alinhamento/nivelamento deve-se considerar a
pontas de eixo e a forma prática de medição utilizando influência da temperatura sobre o motor e a máquina
relógios comparadores adequados. acionada. Dilatações distintas dos componentes podem
A medição é feita em 4 pontos deslocados 90º entre si e alterar o estado do alinhamento/nivelamento durante a
com os dois meio-acoplamentos girando juntos para operação.
assim eliminar os efeitos devido a irregularidades da
superfície de apoio da ponta do relógio comparador. 4.7.7 Acoplamentos
Escolhendo o ponto vertical superior 0º, a metade da
diferença da medição do relógio comparador nos pontos Só devem ser utilizados acoplamentos apropriados, que
em 0º e 180º representa o erro coaxial vertical. No caso transmitem apenas o torque, sem gerar forças
de desvio, este deve ser corrigido adequadamente, transversais.
acrescentando ou removendo calços de montagem. A Tanto para os acoplamentos elásticos quanto para os
metade da diferença da medição do relógio comparador rígidos, os centros dos eixos do motor e máquina
nos pontos em 90º e 270º representa o erro coaxial acionada têm que estar numa única linha.
horizontal. O acoplamento elástico permite a amenizar os efeitos de
Esta medição indica quando é necessário levantar ou desalinhamentos residuais e evitar a transferência de
abaixar o motor, ou movê-lo para a direita ou para a vibração entre as máquinas acopladas, o que não
esquerda no lado acionado para eliminar o erro coaxial. acontece quando são usados acoplamentos rígidos.
A metade da diferença máxima da medição do relógio O acoplamento sempre deve ser montado ou retirado
comparador em uma rotação completa representa a com a ajuda de dispositivos adequados e nunca por meio
máxima excentricidade encontrada. de dispositivos rústicos, como martelo, marreta etc.
O desalinhamento numa volta completa do eixo não pode
ser superior a 0,03mm.

32 l 11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção


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4.7.7.3 Acoplamento por meio de polias e


ATENÇÃO
correias
Os pinos, porcas, arruelas e calços para
nivelamento podem ser fornecidos com o
Correto
motor, quando solicitados no pedido de
compra.

Incorreto
NOTAS
O usuário é responsável pela instalação do Incorreto
motor.
A WEG não se responsabiliza por danos no Figura 4.11: Acoplamento por polias e correias
motor, equipamentos associados e
instalação, ocorridos devido a: Quando uma redução ou aumento de velocidade é
ƒ Transmissão de vibrações excessivas; necessária, a transmissão por correia é a mais usada.
ƒ Instalações precárias; Para evitar esforços radiais desnecessários sobre os
ƒ Falhas no alinhamento; mancais, os eixos e as polias têm que estar perfeitamente
ƒ Condições de armazenamento alinhados entre si.
inadequadas; Correias que trabalham enviesadas transmitem batidas de
ƒ Não observação das instruções antes da alternantes ao rotor e poderão danificar os mancais.
partida; O escorregamento da correia poderá ser evitado com
ƒ Conexões elétricas incorretas. aplicação de um material resinoso, como o breu, por
exemplo.
A tensão na correia deverá ser apenas o suficiente para
4.7.7.1 Acoplamento direto evitar o escorregamento durante o funcionamento.
Por questões de custo, economia de espaço, ausência de
deslizamento das correias e maior segurança contra NOTA
acidentes, deveria ser preferido, sempre que possível, o
acoplamento direto. Também no caso de transmissão por Correias com excesso de tensão aumentam o
engrenagem redutora deve ser dada preferência ao esforço sobre a ponta do eixo, causando
acoplamento direto. vibrações e fadiga, podendo chegar até a
fratura do eixo.

ATENÇÃO
Evite usar polias demasiadamente pequenas, pois estas
Alinhar cuidadosamente as pontas de eixos e, provocam flexões no eixo do motor devido à força de
sempre que possível, usar acoplamento tração da correia que aumenta à medida que diminui o
flexível, deixando folga mínima de 3mm entre diâmetro da polia.
os acoplamentos.
ATENÇÃO
Em cada caso específico de
dimensionamento da polia, a WEG deverá ser
consultada para garantir uma aplicação
correta.

Folga axial
NOTA
Figura 4.10: Folga axial
Sempre utilizar polias devidamente
4.7.7.2 Acoplamento por engrenagem balanceadas. Evitar sobras de chavetas, pois
estas representam um aumento da massa de
Acoplamentos por engrenagens mal alinhadas geram desbalanceamento. Caso isso não for
vibrações na própria transmissão e no motor. Portanto, observado, ocorrerá um aumento nos níveis
deve-se cuidar para que os eixos estejam perfeitamente de vibração.
alinhados, rigorosamente paralelos no caso de
transmissões por engrenagens retas e em ângulo
corretamente ajustado, no caso de transmissões por
engrenagens cônicas ou helicoidais.
O engrenamento dos dentes poderá ser controlado com
inserção de uma tira de papel, na qual aparece, após uma
volta da engrenagem, o decalque de todos os dentes.

11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 33


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4.7.7.4 Acoplamento de motores equipados


NOTA
com mancais de deslizamento
Caso não seja possível movimentar o eixo,
1 deve-se considerar a posição do eixo, o
1 deslocamento do eixo para frente (conforme
as marcações no eixo) e a folga axial
recomendada para o acoplamento.

ƒ Antes da entrada em operação, deve-se verificar se o


eixo do motor permite a livre movimentação axial
dentro das condições de folgas mencionadas;
ƒ Em operação, a seta deve estar posicionada sobre a
2 marca central (vermelha), que indica que o rotor se
encontra em seu centro magnético;
3 ƒ Durante a partida ou mesmo durante a operação, o
motor poderá mover-se livremente entre as duas
marcações externas limites;
Figura 4.12: Mancal de deslizamento

Legenda do Figura 4.12: ATENÇÃO


1. Folga axial
2. Eixo Em hipótese nenhuma o motor pode operar
3. Casquilho continuamente com esforço axial sobre o
mancal.
Motores equipados com mancais de deslizamento
devem operar com acoplamento direto à máquina
acionada ou por meio de um redutor. Este tipo de ƒ Os mancais de deslizamento utilizados não são
mancal não permite o acoplamento através de polias e projetados para suportar esforço axial constante.
correias.
Os motores equipados com mancais de deslizamento Após o alinhamento do conjunto e a verificação do
possuem três marcas na ponta de eixo, sendo que a perfeito alinhamento (tanto a frio como a quente), deve-
marca central (pintada de vermelho) é a indicação do se fazer a pinagem do motor na placa de ancoragem ou
centro magnético e as duas marcas externas indicam os na base, conforme mostrado na Figura 4.14.
limites permitidos para o movimento axial do rotor.

Folga axial

Soldar em 4 pontos

Figura 4.14: Pinagem do motor

Figura 4.13: Marcação do centro magnético

Para o acoplamento do motor devem ser considerados os


seguintes fatores:
ƒ Folga axial do mancal;
ƒ O deslocamento axial da máquina acionada (se
existente);
ƒ A folga axial máxima permitida pelo acoplamento.

ATENÇÃO
ƒ Deslocar o eixo totalmente para frente e
desta forma fazer a medição correta da
folga axial;
ƒ Alinhar cuidadosamente as pontas de
eixos e, sempre que possível, usar
acoplamento flexível, deixando uma folga
axial mínima de 3 a 4 mm entre os
acoplamentos.

34 l 11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção


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5 PARTIDA
5.1 PARTIDA DIRETA permite-se o religamento do motor logo após o
restabelecimento da energia.
Sempre que possível, a partida de um motor trifásico com
rotor de gaiola deve ser direta (a plena tensão) por meio 5.3 CORRENTE DE ROTOR
de um contator. Este método de partida é o método mais BLOQUEADO (Ip/In)
simples e viável, porém, deve ser usado apenas quando a
corrente de partida não causa distúrbio na rede de De acordo com a norma NBR 7094, a placa de
alimentação. identificação do motor deve indicar o valor de IP/In, que é
Devemos considerar que a corrente de partida de a relação entre a corrente de rotor bloqueado e a corrente
motores de indução atinge valores de ordem de 6 a 7 nominal.
vezes a corrente nominal. Deve-se assegurar que essa
corrente (Ip) não venha a alterar as condições de
alimentação de outros consumidores, por causa da maior 5.4 PARTIDA COM CORRENTE
queda de tensão na rede. REDUZIDA
Essa situação é satisfeita em uma das três condições a
seguir: Caso a partida direta não seja possível, podem ser
a) Quando a rede é suficientemente "forte" e a usados os seguintes sistemas de partida indireta para
corrente de partida do motor é desprezível em reduzir a corrente de partida:
relação à capacidade da rede. ƒ Com chave em estrela-triângulo;
b) A partida do motor é feita sempre sem carga, o que ƒ Com chave em série-paralelo;
sobretudo reduz o tempo de partida e, ƒ Com chave compensadora ou auto-transformador;
consequentemente, a duração da corrente de ƒ Com chave de partida estática ou soft-starter;
partida, e da queda de tensão, o que é tolerável para ƒ Com inversor de frequência.
os outros consumidores
c) Quando a partida direta estiver devidamente
autorizada pela concessionária de energia elétrica da
região.

Correntes de partida muito altas durante a partida do


motor pode trazer as seguintes consequências
prejudiciais:
a) Elevada queda de tensão no sistema de alimentação
da rede, causando interferências em equipamentos
instalados neste sistema;
b) Os componentes da instalação elétrica (cabos,
contatores) deverão ser sobredimensionados, que
gera elevados custos;
c) Multas por parte das concessionárias de energia
elétrica que limitam a queda de tensão da rede.

5.2 FREQUÊNCIA DE PARTIDAS


DIRETAS
Como os motores de indução possuem uma elevada
corrente de partida, o tempo gasto para acelerar cargas
de alta inércia resulta numa rápida elevação da
temperatura do motor. Se os intervalos entre sucessivas
partidas sucessivas forem muito curtos, isto levará a uma
rápida elevação da temperatura dos enrolamentos,
reduzindo sua vida útil ou chegando até a queimá-los. A
norma NBR 7094 estabelece um regime de partida
mínimo que os motores devem ser capazes de atender:
a) Duas partidas sucessivas, sendo a primeira feita com
o motor frio, isto é, com seus enrolamentos na
temperatura ambiente e a segunda partida logo a
seguir, porém somente após o motor ter
desacelerado até o repouso;
b) Uma partida com o motor quente, ou seja, com os
enrolamentos na temperatura de regime.
A primeira condição simula o caso em que a primeira
partida do motor é abortada, por exemplo, por causa do
desligamento através da proteção do motor, quando
permite-se uma segunda partida do motor logo a seguir.
A segunda condição simula o caso de um desligamento
acidental do motor em funcionamento normal, por
exemplo, devido à falta de energia na rede, quando

11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 35


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6 COMISSIONAMENTO
6.1 INSPEÇÃO PRELIMINAR
6.2 PARTIDA INICIAL
Antes da primeira partida do um motor ou após longo
tempo fora de operação, devem ser verificados os Após terem sido feitas todas as inspeções descritas
seguintes itens: anteriormente, os seguintes procedimentos para efetuar a
1. Os parafusos de fixação do motor deverão estar partida inicial do motor devem ser seguidos:
apertados; 1. Desligar as resistências de aquecimento;
2. Medir a resistência de isolamento dos enrolamentos, 2. Ajustar as proteções no painel de controle;
certificando-se de que está dentro do valor prescrito; 3. Em mancais lubrificados a óleo, verificar o nível de
3. Verificar se o motor está limpo e se foram removidas óleo;
as embalagens, instrumentos de medição e 4. Em mancais com lubrificação forçada, ligar o sistema
dispositivos de alinhamento da área de trabalho do de circulação do óleo e verificar o nível, a vazão e a
motor; pressão de óleo, certificando-se de que estão de
4. Os componentes de conexão do acoplamento acordo com os dados indicados na placa.
devem estar em perfeitas condições de operação, 5. Caso o sistema possua equipamento para detecção
devidamente apertados e engraxados, quando de fluxo de óleo, deve-se aguardar o sinal de retorno
necessário; de fluxo do sistema de circulação de ambos os
5. O motor deve estar alinhado corretamente; mancais, que assegura que o óleo chegou aos
6. Verificar se os mancais estão devidamente mancais;
lubrificados. O lubrificante deve ser do tipo 6. Ligar o sistema de água industrial de resfriamento
especificado na placa de características. Checar o verificando a vazão e pressão necessária (motores
nível de óleo nos motores com mancais lubrificados a com trocador de calor ar-água);
óleo e mancais com lubrificação forçada devem estar 7. Ligar os ventiladores (motores com ventilação
com a vazão e pressão de óleo, conforme descrito forçada);
em sua placa de identificação; 8. Girar o eixo do motor lentamente para verificar se não
7. Inspecionar as conexões dos cabos dos acessórios há nenhuma peça arrastando ou ruídos anormais
(protetores térmicos, aterramento, resistências de estejam ocorrendo;
aquecimento etc.); 9. Após as etapas anteriores terem sido concluídas
8. Verificar se todas as conexões elétricas estão de satisfatoriamente, pode-se prosseguir com a
acordo com o esquema de ligação do motor; sequência de partida do motor;
9. Os condutores da rede ligados aos bornes principais 10. Verificar o sentido da rotação com o motor
do motor devem estar adequadamente apertados desacoplado;
para impossibilitar um curto-circuito ou que 11. Para inverter o sentido da rotação, basta inverter a
eventualmente se soltem; ligação de duas fases quaisquer entre si;
10. Inspecionar o sistema de refrigeração. Nos motores
com refrigeração a água, inspecionar o ATENÇÃO
funcionamento do sistema de alimentação de água
dos radiadores. Nos motores com ventilação Para inverter o sentido de rotação de motores
independente, verificar o sentido de rotação dos com sentido único de rotação, é necessário
ventiladores; consultar a WEG.
11. As entradas e saídas de ar do motor devem estar
desobstruídas; 12. Manter o motor girando na rotação nominal e anotar
12. As partes móveis do motor devem ser protegidas os valores das temperaturas nos mancais em
para evitar acidentes; intervalos de 1 minuto até que elas se tornem
13. As tampas das caixas de ligação devem estar fixadas constantes. Qualquer aumento repentino da
corretamente; temperatura no mancais indica anormalidade na
14. Todos os parafusos do motor devem estar lubrificação ou na superfície de atrito;
devidamente apertados; 13. Monitorar a temperatura, o nível de óleo dos mancais
15. Verificar se a tensão e a frequência de alimentação e os níveis de vibração. Caso haja uma variação
estão de acordo com os dados de placa de significativa de um valor, interromper a partida do
identificação do motor. motor, detectar as possíveis causas e fazer a devida
correção;
14. Quando as temperaturas dos mancais se tornarem
constantes, pode-se continuar com os demais
passos para operação do motor;

ATENÇÃO
A não observância dos procedimentos
descritos acima pode prejudicar o
desempenho do motor, causar danos e até
mesmo levar à queima a queima do mesmo, e
resultar na perda da garantia.

36 l 11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção


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6.3 OPERAÇÃO corrigir aas causas que geraram esta sobre-elevação


de temperatura;
Os procedimentos de operação variam consideravelmente ƒ Após a temperatura dos mancais se estabilizar,
em função da aplicação do motor e do tipo de verifique se não há vazamento pelos plugues, juntas ou
equipamento de controle utilizado. pela ponta de eixo.
Neste manual são descritos apenas os procedimentos
gerais de operação. Para os procedimentos de operação 6.3.4 Radiadores
do sistema de controle deve-se consultar o manual
ƒ Controlar a temperatura na entrada e na saída do
específico deste equipamento.
radiador e, se necessário, corrigir a vazão de água;
6.3.1 Geral ƒ Regular a pressão da água para apenas vencer a
resistência nas tubulações e no radiador;
Após um primeiro teste de partida bem sucedido, acoplar ƒ Para controle da operação do motor, recomenda-se
o motor à carga acionada e então o procedimento de instalar termômetros na entrada e na saída do ar e da
partida pode ser reiniciado conforme segue: água do radiador e fazer registro destas temperaturas
ƒ Acionar o motor acoplado à carga até atingir sua em determinados intervalos de tempo;
estabilidade térmica e verificar se não estão ocorrendo ƒ Por ocasião da instalação de termômetros podem ser
ruídos e vibrações anormais ou aquecimentos instalados instrumentos de registro ou sinalização
excessivos. Caso ocorrerem variações significativas na (sirene, lâmpadas) em determinados locais.
vibração, entre a condição inicial de funcionamento e a
condição após atingir a estabilidade térmica, é Verificação do desempenho do radiador
necessário verificar o alinhamento e o nivelamento. ƒ Para controle de operação, recomenda-se que as
ƒ Medir a corrente elétrica absorvida e comparar com o temperaturas da água e do ar na entrada e na saída do
valor indicado na placa de identificação. radiador sejam medidas e registradas periodicamente.
ƒ Em regime contínuo, sem variação da carga, o valor da ƒ O desempenho do radiador é expresso pela diferença
corrente medida não deve exceder o valor do produto de temperaturas entre água fria e ar frio durante
da corrente nominal e do fator de serviço indicado na operação normal. Esta diferença deve ser controlada
placa multiplicado pelo fator de serviço. periodicamente. Caso se constate um aumento nesta
ƒ Todos os instrumentos e aparelhos de medição e de diferença desta diferença após longo período de
controle devem ser monitorados permanentemente operação normal, isso pode ser sinal de que o radiador
para detectar eventuais alterações, determinar as deve ser limpo.
causas e fazer as devidas correções. ƒ Uma redução do desempenho ou dano no radiador
poderá também ocorrer por acúmulo de ar no interior
6.3.2 Temperaturas do mesmo. Nesse caso, uma desaeração do radiador e
das tubulações de água poderá corrigir o problema.
ƒ A temperatura dos mancais, do enrolamento do estator ƒ O diferencial de pressão do lado da água pode ser
e do ar de ventilação deve ser monitorada enquanto o considerado como um indicador de necessidade de
motor estiver operando; limpeza do radiador.
ƒ As temperaturas dos mancais e do enrolamento do ƒ Recomenda-se também a medição e registro dos
estator devem estabilizar num período de 4 a 8 horas valores da pressão diferencial da água antes e após o
de funcionamento; radiador. Periodicamente, os novos valores medidos
ƒ A temperatura do enrolamento do estator depende da devem ser comparados com o valor original, sendo que
carga da máquina, por isso os valores a potência da um aumento da pressão diferencial indica a
carga acionada também devem ser monitorada durante necessidade de limpeza do radiador.
o funcionamento do motor.
6.3.5 Vibração
6.3.3 Mancais
Os motores são balanceados na fábrica atendendo os
A partida do sistema bem como as primeiras horas de limites de vibração estabelecidos pelas normas
operação devem ser monitoradas continuamente. IEC60034-14, NEMA MG1 - Parte 7 e NBR 11390 (exceto
quando o contrato de compra especificar valores
Antes da partida verifique:
diferentes).
ƒ Se o sistema de lubrificação externa (se houver) está
As medições de vibração são realizadas no mancal
ligado;
traseiro e dianteiro, nas direções vertical, horizontal e
ƒ Se o lubrificante utilizado está de acordo com o
axial.
especificado;
Quando o cliente envia a meia luva de acoplamento para
ƒ As características do lubrificante;
a WEG o motor é balanceado com a meia luva montada
ƒ O nível de óleo (mancais lubrificados a óleo).
no eixo. Caso contrário, de acordo com as normas acima,
ƒ As temperaturas de alarme e desligamento ajustadas
o motor é balanceado com meia chaveta (isto é, o canal
para o mancal;
de chaveta é preenchido com uma barra de mesma
ƒ Durante a primeira partida deve-se ficar atento para
largura, espessura e altura que o canal de chaveta
vibrações ou ruídos anormais;
durante o balanceamento).
ƒ Caso o mancal não trabalhe de maneira silenciosa e
Os níveis máximos de vibração atendidos pela WEG para
uniforme o motor deve ser desligado imediatamente;
motores em operação são informados na Tabela 6.1.
ƒ O motor deve operar durante várias horas até que a
Esses valores são orientativos e genéricos, sendo que
temperatura dos mancais se estabilize dentro dos
sempre devem ser consideradas as condições da
limites especificados anteriormente;
aplicação.
ƒ Caso ocorra uma sobre-elevação de temperatura, o
motor deverá ser desligado imediatamente e fazer uma
inspeção dos mancais e sensores de temperatura e

11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 37


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Tabela 6.1: Vibração (RMS) As principais causas para aumento na vibração do eixo
Níveis de Vibração (mm/s RMS)
são:
Rotação nominal ƒ Problemas de desbalanceamento, do acoplamento ou
(rpm) Carcaça < 355 355 a 630 > 630 outros problemas podem gerar vibração da máquina;
ƒ Problemas de forma do eixo na região de medição,
Alarme 4,5 4,5 5,5
600 ≤ n ≤ 1800 minimizados durante a fabricação;
Desligamento 7,0 7,0 8,0 ƒ Tensão ou magnetismo residual na superfície do eixo
onde é feita a medição;
Alarme 3,5 4,5 5,5 ƒ Arranhões, batidas ou variações no acabamento do
1800 < n ≤ 3600
Desligamento 5,5 6,5 7,5 eixo na região de medição.

As causas de vibração mais frequentes são: 6.3.7 Desligamento


ƒ Desalinhamento entre o motor e o equipamento
acionado; O desligamento do motor depende da sua aplicação, mas
ƒ Fixação inadequada do motor à base com “calços as principais orientações são:
soltos” debaixo de um ou mais pés do motor, e ƒ Reduzir a carga do equipamento acionado, se possível;
parafusos de fixação mal apertados; ƒ Abrir o disjuntor principal;
ƒ Base inadequada, ou com falta de rigidez; ƒ Ligar a resistência de aquecimento (se houver), se não
ƒ Vibrações externas provenientes de outros for feito automaticamente por dispositivos de comando;
equipamentos. ƒ Desligar o sistema de circulação de óleo dos mancais
(se houver);
ƒ Desligar o sistema de fornecimento de água para os
ATENÇÃO radiadores do trocador de calor (se houver).
Operar o motor com valores de vibração
acima dos descritos na Tabela 6.1 pode PERIGO
prejudicar a sua vida útil e/ou seu
desempenho. Enquanto o motor estiver girando, mesmo
depois de desligado, existe perigo de vida
ao tocar em qualquer uma de suas partes
6.3.6 Limites de vibração do eixo ativas.

Nos motores equipados ou com previsão para instalação


de sensor de proximidade (normalmente utilizados em ATENÇÃO
mancais de deslizamento), as superfícies do eixo são
preparadas com acabamento especial nas áreas As caixas de ligação de motores equipados
adjacentes aos mancais, visando garantir a correta com capacitores não devem ser abertas
medição da vibração do eixo. antes da sua completa descarga.
A vibração do eixo medida nestes motores deve atender Tempo de descarga dos capacitores: 5
às normas IEC 60034-14 ou NEMA MG 1. minutos após o desligamento do motor.
Os valores de alarme e desligamento da Tabela 6.2
representam valores de vibração do eixo admissíveis para
máquinas elétricas acopladas conforme norma
ISO7919-3.
Esses valores são orientativos e genéricos, sendo que
sempre devem ser consideradas as condições específicas
da aplicação principalmente a folga diametral entre o eixo
e o mancal.

Tabela 6.2: Vibração do eixo


Vibração do Eixo (μm pico-a-pico)
Rotação
Nominal (rpm) 280 e 355 a
Carcaça > 450
315 450
Alarme 110 130 150
1800
Desligamento 140 160 190
Alarme 85 100 120
3600
Desligamento 100 120 150

ATENÇÃO
Operar o motor com valores de vibração do
eixo na região de alarme ou desligamento
pode causar danos ao casquilho do mancal.

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7 MANUTENÇÃO
7.1 GERAL 7.3 INSPEÇÕES NOS
ENROLAMENTOS
Um programa adequado de manutenção para motores
elétricos, quando usado corretamente, inclui as seguintes As medições da resistência de isolamento dos
recomendações: enrolamentos devem ser feitas em intervalos regulares,
ƒ Manter o motor e os equipamentos associados limpos; principalmente durante tempos úmidos ou depois de
ƒ Inspecionar periodicamente níveis de isolamento; prolongadas paradas do motor.
ƒ Medir periodicamente a elevação de temperatura Os enrolamentos deverão ser submetidos a inspeções
(enrolamentos, mancais e sistema de refrigeração); visuais completas em intervalos freqüentes, anotando e
ƒ Verificar eventuais desgastes, o funcionamento do consertando todo e qualquer o dano ou defeito
sistema de lubrificação e a vida útil dos mancais; observado.
ƒ Inspecionar o sistema de ventilação, quanto ao correto Valores baixos ou variações bruscas da resistência do
fluxo de ar; isolamento deverão ser investigados cuidadosamente.
ƒ Inspecionar o trocador de calor; A resistência de isolamento poderá ser aumentada até um
ƒ Medir os níveis de vibração da máquina; valor adequado nos pontos em que ela estiver baixa (em
ƒ Inspecionar todos os equipamentos associados consequência de poeira e umidade excessiva) por meio
(unidade hidráulica, sistema de água etc.) da remoção da poeira e uma secagem da umidade do
ƒ Inspecionar todos os acessórios, proteções e conexões enrolamento.
do motor e assegurar seu correto funcionamento.
ƒ Para facilitar a troca de calor com o meio, a carcaça
deve ser mantida limpa, sem acúmulo de óleo ou 7.4 LIMPEZA DOS ENROLAMENTOS
poeira na sua parte externa.
Para obter uma operação mais satisfatória e uma vida
mais prolongada do enrolamento isolado, recomenda-se
ATENÇÃO manter o mesmo livre de sujeira, óleo, pó metálico,
contaminantes etc.
ƒ A não observância de um dos itens Para isso é necessário que o enrolamento seja
anteriormente relacionados pode resultar inspecionado e limpo periodicamente e que trabalhe em
em paradas não desejadas do ar limpo. Se houver a necessidade de reimpregnação,
equipamento. consultar a WEG.
ƒ A frequência com que estas inspeções O enrolamento poderá ser limpo com aspirador de pó
devem ser feitas depende das condições industrial com ponteira fina não metálica ou apenas com
locais da aplicação. pano seco.
ƒ Quando for necessário recondicionar o Para condições extremas de sujeira, poderá haver a
motor ou substituir alguma peça necessidade da limpeza com um solvente líquido
danificada, consultar a WEG. apropriado. Esta limpeza deverá ser feita rapidamente
ƒ Sempre que for necessário transportar o para não expor os enrolamentos por muito tempo à ação
motor, deve-se cuidar para que o eixo dos solventes.
esteja devidamente travado para não Após a limpeza com solvente, o enrolamento deverá ser
danificar os mancais. Para o travamento secado completamente.
do eixo, utilizar o dispositivo fornecido Medir a resistência do isolamento e o índice de
com o motor. polarização para determinar se o enrolamento está
completamente seco.
O tempo requerido para secagem do enrolamento após a
7.2 LIMPEZA GERAL limpeza varia de acordo com as condições do tempo,
como temperatura, umidade etc.
ƒ Para facilitar a troca de calor com o meio, a carcaça do
motor deve ser mantida limpa, sem acúmulo de óleo ou
poeira na sua parte externa. PERIGO
ƒ Também o interior do motor deve ser mantido limpo,
isento de poeira, detritos e óleos. A maioria dos solventes atualmente usados
ƒ Para a limpeza utilizar escovas ou panos limpos de são altamente tóxicos, inflamáveis ou
algodão. Se a poeira não for abrasiva, a limpeza deve ambas as coisas.
ser feita com um aspirador de pó industrial, Os solventes não devem ser aplicados nas
“aspirando” a sujeira da tampa defletora e todo o partes retas das bobinas dos motores de
acúmulo de pó contido nas pás do ventilador e na alta tensão, pois podem afetar a proteção
carcaça. contra efeito corona.
ƒ Os detritos impregnados com óleo ou umidade podem
ser removidos com pano embebido em solventes Inspeções
adequados. As seguintes inspeções devem ser executadas após a
ƒ Também é recomendado fazer a limpeza das caixas de limpeza cuidadosa do enrolamento:
ligação. Os bornes e conectores de ligação ser ƒ Verificar as isolações do enrolamento e das ligações.
mantidos limpos, sem oxidação e em perfeitas ƒ Verificar as fixações dos distanciadores, amarrações,
condições de operação. Evitar a presença de graxa ou estecas de ranhuras, bandagens e suportes.
zinabre nos componentes de ligação. ƒ Verificar se não ocorreram eventuais rupturas, se não
há soldas deficientes, curto-circuito entre espiras e
contra a massa nas bobinas e nas ligações. No caso

11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 39


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de detectar alguma irregularidade, contate A camada externa de todas as partes do radiador deve
imediatamente a WEG. ser mantida sempre em bom estado.
ƒ Certificar-se de que os cabos estejam ligados
adequadamente e que os elementos de fixação dos Instruções para remoção e manutenção do radiador
terminais estejam firmemente apertados. Caso A remoção do trocador de calor para manutenção deve
necessário, faça o reaperto. seguir os seguintes passos:
1. Fechar todas as válvulas da entrada e saída da água
Reimpregnação depois de parar a ventilação;
Caso alguma camada da resina dos enrolamentos tenha 2. Drenar a água do radiador através dos plugues de
sido danificada durante a limpeza ou inspeções, tais drenagem;
partes devem ser retocadas com material adequado 3. Soltar os cabeçotes, guardando os parafusos, porcas
(neste caso, consultar a WEG). e arruelas e juntas (gaxetas) em local seguro;
4. Escovar cuidadosamente o interior dos tubos com
Resistência de Isolamento escovas de nylon para remoção de resíduos. Se
A resistência de Isolamento deve ser medida quando durante a limpeza forem constatados danos nos
todos os procedimentos de manutenção estiverem tubos do radiador, os mesmos podem ser reparados;
concluídos. 5. Remontar os cabeçotes, substituindo as juntas, se
necessário.
ATENÇÃO
7.6 MOTOR FORA DE OPERAÇÃO
Antes de re-energizar o motor, caso o
mesmo tenha permanecido por algum Os seguintes cuidados especiais devem ser tomados
tempo fora de operação, é imprescindível caso o motor venha a permanecer por um longo período
medir a resistência de isolamento dos fora de operação:
enrolamentos do estator e assegurar que ƒ Ligar as resistências de aquecimento para que a
os valores medidos atendam aos temperatura no interior do motor seja mantida
especificados. ligeiramente acima da temperatura ambiente, evitando
assim a condensação da umidade e consequente
queda na resistência de isolamento dos enrolamentos e
7.5 MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE oxidação das partes metálicas.
REFRIGERAÇÃO ƒ Os radiadores e todas as tubulações de água (se
houver) devem ser drenados para reduzir a corrosão e
ƒ Os tubos dos trocadores de calor ar-ar (quando houver) o depósito de materiais em suspensão na água de
devem ser mantidos limpos e desobstruídos para resfriamento.
assegurar uma perfeita troca de calor. Para remover a Seguir os demais procedimentos de descritos no item
sujeira acumulada no interior dos tubos, pode ser Armazenagem prolongada deste manual.
utilizada uma haste com escova redonda na ponta.
ƒ Em caso de trocadores de calor ar-água, é necessária Armazenagem do radiador após operação
uma limpeza periódica nas tubulações do radiador para Quando o radiador permanecer fora de operação por
remover toda e qualquer incrustação. longo período, o mesmo deve ser drenado e secado. A
secagem pode ser feita com ar comprimido pré-aquecido.
Durante o inverno, caso haja perigo de congelamento, o
NOTA radiador deve ser drenado, mesmo quando estiver
apenas por curto período fora de operação, para evitar
Caso o motor estiver equipado com filtros na
deformação ou danos.
entrada e ou na saída do ar, os mesmos
deverão ser limpos com a aplicação de ar
comprimido. NOTA
Caso a poeira seja de difícil remoção, lave o
filtro com água fria e detergente neutro e Durante curta paradas de operação, é
depois o seque na posição horizontal. preferível manter a circulação da água a
baixas velocidades do que interromper a sua
circulação pelo trocador de calor sem sua
7.5.1 Manutenção dos radiadores drenagem, assegurando assim que produtos
nocivos como compostos de amônia e sulfeto
Se for utilizada água limpa, o radiador pode permanecer de hidrogênio sejam carregados para fora do
em operação por vários anos sem necessidade de radiador e não se depositem sem seu interior.
limpeza. Com água suja, é necessária uma limpeza a
cada 12 meses.
O grau de sujeira no radiador pode ser detectado pelo 7.7 DISPOSITIVO DE ATERRAMENTO
aumento das temperaturas do ar na saída. Quando a DO EIXO
temperatura do ar frio, nas mesmas condições de
operação, ultrapassar o valor determinado, pode-se supor Em alguns motores de indução, principalmente onde há
que os tubos estão sujos. necessidade de controle da velocidade com inversor de
Caso seja constatada uma corrosão, é necessário frequência, é utilizada uma escova para aterramento do
providenciar uma proteção contra corrosão adequada eixo. Este dispositivo evita a circulação de corrente
(por exemplo, anodos de zinco, cobertura com plástico, elétrica pelos mancais, que é altamente prejudicial ao seu
epóxi ou outros produtos similares de proteção) para funcionamento. A escova é colocada em contato com o
assim prevenir um dano maior das partes já afetadas.

40 l 11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção


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eixo e ligada através de um cabo à carcaça do motor, que o motor durante aproximadamente 1 minuto em plena
deve estar aterrada. Assegure que a fixação do porta- rotação;
escovas e sua ligação com a carcaça tenham sido feitas ƒ Parar o motor e injetar o restante da graxa. A injeção de
corretamente. toda a graxa com o motor parado pode causar a
penetração de parte do lubrificante para o interior do
motor através da vedação interna do anel do rolamento.

ATENÇÃO
É importante limpar as graxeiras antes da
lubrificação, para evitar que materiais
estranhos sejam arrastados para dentro do
rolamento.
Figura 7.1: Escova para aterramento do eixo Para lubrificação, use exclusivamente pistola
engraxadeira manual.
Para não haver dano ao eixo dos motores durante o
transporte, estes são protegidos com um óleo secativo.
Para assegurar um perfeito funcionamento da escova de NOTA
aterramento, este óleo, bem como qualquer resíduo entre
Os dados dos rolamentos, quantidade e tipo
o eixo e a escova devem ser removidos antes de colocar
de graxa e intervalos de lubrificação são
o motor em operação.
informados em uma placa de identificação
A escova deverá ser monitorada constantemente durante
fixada no motor.
seu funcionamento e, ao chegar ao fim de sua vida útil,
Verifique estas informações antes de fazer a
deverá ser substituída por outra de mesma qualidade
lubrificação.
(granulação).

7.8 MANUTENÇÃO DOS MANCAIS ƒ Os intervalos de lubrificação informados na placa


consideram uma temperatura de trabalho do rolamento
de 70ºC.
7.8.1 Mancais de rolamento a graxa
ƒ Baseado nas faixas de temperatura de operação
1 relacionadas abaixo, aplique os seguintes fatores de
correção para os intervalos de lubrificação dos
rolamentos:
ƒ Temperatura de operação menor que 60ºC: 1,59.
ƒ Temperatura de operação de 70ºC a 80ºC: 0,63.
ƒ Temperatura de operação de 80ºC a 90ºC: 0,40.
ƒ Temperatura de operação de 90ºC a 100ºC: 0,25
ƒ Temperatura de operação de 100ºC a 110ºC: 0,16.

7.8.1.2 Procedimentos para a relubrificação


dos rolamentos

2 1. Retirar a tampa do dreno;


2. Limpar com pano de algodão ao redor do orifício da
Figura 7.2: Mancal de rolamento a graxa graxeira;
3. Com o rotor em operação, injetar a graxa por meio de
Legenda da Figura 7.2: engraxadeira manual até que a graxa comece a sair
1. Entrada de graxa pelo dreno ou até ter sido introduzida a quantidade de
2. Saída de graxa graxa informada na Tabela 7.2;
4. Operar o motor durante o tempo suficiente para que o
7.8.1.1 Instruções para lubrificação excesso de graxa se escoe pelo dreno;
5. Inspecione a temperatura do mancal para certificar-se
O sistema de lubrificação foi projetado de tal modo que de que não houve nenhuma alteração significativa;
durante a relubrificação dos rolamentos, toda a graxa 6. Recolocar novamente a tampa do dreno.
velha seja removida das pistas dos rolamentos e expelida
através de um dreno que permite a saída da mesma, mas
7.8.1.3 Lubrificação dos rolamentos com
impede a entrada de poeira ou outros contaminantes
nocivos para dentro do rolamento. dispositivo de gaveta para remoção
Este dreno também evita a danificação dos rolamentos da graxa
pelo conhecido problema de relubrificação excessiva.
É aconselhável fazer a relubrificação com o motor em Para efetuar a relubrificação dos mancais, a remoção da
operação, para assim assegurar a renovação da graxa no graxa velha é feita pelo dispositivo com gaveta instalado
alojamento do rolamento. em cada mancal.
Se isso não for possível devido à presença de peças
girantes perto da engraxadeira (polias etc.), que podem Procedimentos para lubrificação:
por em risco a integridade física do operador, proceda da 1. Antes de iniciar a lubrificação do mancal, limpar a
seguinte maneira: graxeira com pano de algodão;
ƒ Com o motor parado, injetar aproximadamente a 2. Retirar a vareta com gaveta para a remoção da graxa
metade da quantidade total da graxa prevista e operar velha, limpar a gaveta e colocar de volta;

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3. Com o motor em funcionamento, injetar a quantidade


de graxa especificada na placa de identificação dos
rolamentos, por meio de engraxadeira manual;
4. O excesso de graxa sai pelo dreno inferior do mancal e
se deposita na gaveta;
5. Manter o motor em funcionamento durante o tempo
suficiente para que escoe todo o excesso de graxa;
6. Esta graxa deve ser removida, puxando a vareta da
gaveta e limpando a gaveta. Este procedimento deve
ser repetido tantas vezes quanto for necessário até que
a gaveta não mais retenha graxa;
7. Inspecionar a temperatura do mancal para assegurar
de que não houve nenhuma alteração significativa.

7.8.1.4 Tipo e quantidade de graxa

A relubrificação dos mancais deve ser feita sempre com a


graxa original, especificada na placa de características
dos mancais e na documentação do motor.

ATENÇÃO
A WEG não recomenda a utilização de graxa
diferente da graxa original do motor.

7.8.1.5 Graxas alternativas

Caso não seja possível utilizar a graxa original, podem ser


utilizadas graxas alternativas listadas na Tabela 7.2, desde
que sejam atendidas as condições a seguir:
1. É necessário verificar se a rotação do motor não
ultrapassa a rotação limite permitida para a graxa para
cada tipo de rolamento, conforme Tabela 7.2;
2. Deve ser corrigido o intervalo de lubrificação dos
mancais, multiplicando o intervalo informado na placa
dos mancais pelo fator de multiplicação informado na
Tabela 7.1;
3. Utilizar o procedimento correto para troca da graxa,
conforme item Procedimento para troca da graxa
deste manual.

Tabela 7.1: Opções e características das graxas alternativas


para aplicações normais
Temperatura
Fator de
Fabricante Graxa de trabalho
multiplicação
constante (°C)
UNIREX N3
Exxon Mobil (Sabão de (-30 até +150) 0.90
Complexo de Lítio)
ALVANIA RL3
Shell (-30 até +120) 0.85
(Sabão de Lítio)
LUBRAX
INDUSTRIAL
Petrobras (0 até +130) 0.85
GMA-2
(Sabão de Lítio)
STAMINA RL2
Shell (-20 até +180) 0.94
(Sabão de Diuréia)
LGHP 2
SKF (-40 até +150) 0.94
(Sabão de Poliuréia)

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A Tabela 7.2 mostra os tipos de rolamentos mais utilizados nos motores horizontais, a quantidade de graxa e a rotação
limite de utilização das graxas opcionais.

Tabela 7.2: Aplicação das graxas opcionais


Rotação Limite da Graxa [rpm]
Motores horizontais*
Rolamento Qtde. de graxa (g) Lubrax
Stamina Unirex Alvania
LGHP 2 Industrial
RL2 N3 RL3
GMA-2
6220 30 3000 3000 1800 1800 1800
6232 70 1800 1800 1500 1200 1200
6236 85 1500 1500 1200 1200 1200
6240 105 1200 1200 1200 1000 1000
6248 160 1200 1200 1500 900 900
6252 190 1000 1000 900 900 900
6315 30 3000 3000 3000 1800 1800
6316 35 3000 3000 1800 1800 1800
6317 40 3000 3000 1800 1800 1800
6319 45 1800 1800 1800 1800 1800
6320 50 1800 1800 1800 1800 1800
6322 60 1800 1800 1800 1500 1500
6324 75 1800 1800 1800 1500 1500
6326 85 1800 1800 1500 1500 1500
6328 95 1800 1800 1500 1200 1200
6330 105 1500 1500 1500 1200 1200
NU 232 70 1500 1500 1200 1200 1200
NU 236 85 1500 1500 1200 1000 1000
NU 238 95 1200 1200 1200 1000 1000
NU 240 105 1200 1200 1000 900 900
NU 248 160 1000 1000 900 750 750
NU 252 195 1000 1000 750 750 750
NU 322 60 1800 1800 1800 1500 1500
NU 324 75 1800 1800 1500 1200 1200
NU 326 85 1800 1800 1500 1200 1200
NU 328 95 1500 1500 1200 1200 1200
NU 330 105 1500 1500 1200 1000 1000
NU 336 145 1200 1200 1000 900 900
* Para motores verticais, consultar a WEG

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7.8.1.6 Procedimento para troca da graxa


ATENÇÃO
Para a troca de graxa POLYREX EM103 por uma das
graxas alternativas, os mancais devem ser abertos para 1. Quando o mancal for aberto, injetar a graxa
remover a graxa velha e preenchidos com a graxa nova. nova através da graxeira para expelir a
Caso não seja possível abrir os mancais, deve-se purgar graxa velha que se encontra no tubo de
toda a graxa velha, aplicando graxa nova até que a entrada da graxa e aplicar a graxa nova no
mesma comece a aparecer na gaveta de saída com o rolamento, no anel interno e anel externo,
motor em funcionamento. preenchendo 3/4 dos espaços vazios. No
Para a troca de graxa STABURAGS N12MF por uma caso de mancais duplos (rolamento de
das graxas alternativas, é necessário que os mancais esfera + rolamento de rolo), preencher
sejam abertos e a graxa velha seja totalmente removida, também 3/4 dos espaços vazios entre os
para então preencher com a graxa nova. anéis intermediários.
2. Nunca limpar o rolamento com panos a
base de algodão, pois podem soltar fiapos,
ATENÇÃO servindo de partícula sólida.
Como não existe graxa compatível com a 3. É importante fazer uma lubrificação correta,
graxa STABURAGS N12MF, não se deve isto é, aplicar a graxa correta e em
injetar outra graxa na tentativa de purgá-la. quantidade adequada, pois tanto uma
Através deste procedimento não é possível lubrificação deficiente quanto uma
expulsar totalmente a graxa velha, ocorrendo lubrificação excessiva trazem efeitos
até a mistura das mesmas, o que pode prejudiciais ao rolamento.
ocasionar danos aos mancais. 4. Uma lubrificação em excesso acarreta
elevação de temperatura, devido à grande
resistência que oferece ao movimento das
7.8.1.7 Graxas para baixas temperaturas partes rotativas e, principalmente, devido
ao batimento da graxa, que acaba por
Tabela 7.3: Graxa para aplicação em baixas temperaturas perder completamente suas características
Temperatura de lubrificação.
Fabricante Graxa de trabalho Aplicação
constante (°C)
MOBILITH SHC
100 Baixa
NOTA
Exxon Mobil (Sabão de (-50 até +150) temperatur A WEG não se responsabiliza pela troca da
Complexo de Lítio e a
graxa ou mesmo por eventuais danos
Óleo Sintético)
oriundos da troca.

NOTA
ATENÇÃO
Para utilização de graxas alternativas em
aplicações de baixa temperatura em Graxas com diferentes tipos de base nunca
substituição à graxa MOBILITH SHC 100, deverão ser misturadas.
consultar a WEG. Exemplo: Graxas à base de Lítio nunca
devem ser misturadas com outras que
tenham base de sódio ou cálcio.

7.8.1.8 Compatibilidade de graxas

A compatibilidade dos diversos tipos de graxas pode


constituir ocasionalmente um problema. Pode-se dizer
que as graxas são compatíveis, quando as propriedades
da mistura se encontram dentro das faixas de
propriedades das graxas individuais.
Em geral, graxas com o mesmo tipo de sabão são
compatíveis entre si mas, dependendo da proporção de
mistura, pode haver incompatibilidade. Assim, não é
recomendada a mistura de diferentes tipos de graxas,
sem antes consultar o fornecedor da graxa ou a WEG.
Alguns espessantes e óleos básicos, não podem ser
misturados entre si, pois não formam uma mistura
homogênea. Neste caso, não se pode descartar uma
tendência de endurecimento ou, ao contrário, um
amolecimento da graxa ou queda do ponto de gota da
mistura resultante.

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7.8.1.9 Desmontagem / montagem do Montagem


mancal ƒ Limpar os mancais completamente e inspecione as
peças desmontadas e o interior dos anéis de fixação;
ƒ Certificar-se de que as superfícies do rolamento, eixo e
anéis de fixação estejam perfeitamente lisas;
ƒ Colocar a graxa recomendada em ¾ do depósito dos
anéis de fixação interno e externo (Figura 7.4) e
lubrificar o rolamento com quantidade suficiente de
graxa antes de montá-lo;
ƒ Antes de montar o rolamento no eixo, aqueça-o a uma
temperatura entre 50ºC e 100ºC;
ƒ Para montagem completa do mancal, seguir as
instruções para desmontagem na ordem inversa.

Figura 7.3: Partes do mancal de rolamento a graxa

Legenda da Figura 7.3:


1. Anel de fixação interno
2. Feltro branco Figura 7.4: Anel de fixação externo do mancal
3. Parafuso de fixação dos anéis
4. Parafuso de fixação do disco
5. Anel de fixação externo Substituição dos rolamentos
6. Anel com labirinto A desmontagem dos rolamentos deve sempre com a
7. Parafuso de fixação do centrifugador utilização de ferramentas adequadas (extrator de
8. Centrifugador de graxa rolamentos).
9. Gaveta para saída da graxa As garras do extrator deverão ser aplicadas sobre a face
10. Rolamento
lateral do anel interno a ser desmontado ou sobre uma
11. Graxeira
12. Protetor térmico peça adjacente.
13. Disco de fechamento externo

Antes de desmontar:
ƒ Retirar os tubos de prolongamento da entrada e saída
de graxa;
ƒ Limpar completamente a parte externa do mancal;
ƒ Retirar a escova de aterramento (se houver);
ƒ Retirar os sensores de temperatura do mancal e, para
evitar danos ao rolamento, providenciar um suporte
para o eixo.

Desmontagem
Tenha cuidado especial para não causar danos às Figura 7.5: Dispositivo para sacar o rolamento
esferas, rolos e superfícies do rolamento e eixo.
Para desmontagem do mancal, seguir cuidadosamente
as instruções abaixo, mantendo todas as peças em local
seguro e limpo:
1. Retire os parafusos (4) que fixam o disco de
fechamento (13);
2. Retire o anel com labirinto (6);
3. Retire o parafuso (3) dos anéis de fixação (1 e 5);
4. Retire o anel de fixação externo (5);
5. Retire o parafuso (7) que fixa o centrifugador de
graxa (8);
6. Retire o centrifugador de graxa (8);
7. Retire a tampa dianteira;
8. Retire o rolamento (10);
9. Retire o anel de fixação interno (1), se necessário.

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7.8.2 Mancais de rolamento a óleo 7.8.2.3 Troca do óleo

A troca do óleo dos mancais deve ser feita obedecendo


à tabela abaixo, considerando sempre a temperatura de
trabalho do mancal:

Abaixo de 75ºC = 20.000 horas


Entre 75 e 80ºC = 16.000 horas
1 Entre 80 e 85ºC = 12.000 horas
Entre 85 e 90ºC = 8.000 horas
2
Entre 90 e 95ºC = 6.000 horas
Entre 95 e 100ºC = 4.000 horas
3
A vida útil dos mancais depende de suas condições de
operação, das condições de operação do motor e dos
Figura 7.6: Mancal de rolamento a óleo procedimentos de manutenção.
As seguintes recomendações devem ser observadas:
Legenda da Figura 7.6:
1. Entrada de óleo ƒ O óleo selecionado para a aplicação deve ter a
2. Visor de nível de óleo viscosidade adequada para a temperatura de
3. Saída de óleo operação do mancal. O tipo de óleo recomendado
pela WEG já considera estes critérios;
7.8.2.1 Instruções para lubrificação ƒ Quantidade insuficiente de óleo pode danificar o
mancal;
Remoção do óleo: Quando é necessário efetuar a troca ƒ O nível de óleo mínimo recomendado é alcançado
do óleo do mancal, remover a tampa da saída de óleo (3) quando o lubrificante pode ser visto na parte inferior
e drenar o óleo completamente. do visor de nível de óleo com o motor parado.

Para colocação de óleo no mancal:


ƒ Fechar a saída de óleo com a tampa (3); ATENÇÃO
ƒ Remover a tampa da entrada de óleo ou filtro (1); O nível de óleo deve ser verificado
ƒ Colocar o óleo especificado até o nível indicado no diariamente e deve permanecer no meio do
visor de óleo. visor do nível de óleo.

NOTAS 7.8.2.4 Operação dos mancais


1. Todos os furos roscados não usados
devem estar fechados por plugues e A partida do sistema, bem como as primeiras horas
nenhuma conexão pode apresentar de operação, devem ser monitoradas
vazamento; cuidadosamente.
2. O nível de óleo é atingido quando o Antes da partida verifique:
lubrificante pode ser visto ƒ Se o óleo utilizado está de acordo com o especificado
aproximadamente no meio do visor de na placa de características;
nível; ƒ As características do lubrificante;
3. O uso de quantidade maior de óleo não ƒ O nível de óleo;
prejudica o mancal, mas pode ocasionar ƒ As temperaturas de alarme e desligamento ajustadas
vazamentos através das vedações de para o mancal.
eixo; Durante a primeira partida, deve-se ficar atento quanto a
4. Nunca deve ser utilizado ou misturado eventuais vibrações ou ruídos. Caso o mancal não
óleo hidráulico ao óleo lubrificante dos trabalhe de maneira silenciosa e uniforme, o motor deve
mancais. ser desligado imediatamente.
O motor deve operar durante várias horas até que a
temperatura dos mancais se estabilize dentro dos limites
7.8.2.2 Tipo de óleo citados anteriormente. Caso ocorra uma sobre-elevação
de temperatura, o motor deverá ser desligado e os
O tipo e a quantidade de óleo lubrificante a ser utilizado mancais e sensores de temperatura verificados.
estão especificados na placa de características fixada no Depois de atingida a temperatura de trabalho dos
motor. mancais, verificar se não há vazamento de óleo pelos
plugues, juntas ou pela ponta de eixo.

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7.8.2.5 Desmontagem e montagem dos 11. Se for necessária a desmontagem completa do


mancais mancal, retirar o anel de fixação interno (6) e o
reservatório interno de óleo (2).

Montagem do mancal
Limpar completamente o rolamento, os reservatórios de
óleo e inspecionar todas as peças para montagem do
mancal quanto a danos.
ƒ Certificar-se de que as superfícies de contato do
rolamento estejam lisas, sem riscos ou com vestígios
de corrosão;
ƒ Antes da montagem do rolamento no eixo, aquecer o
mesmo a uma temperatura entre 50 e 100ºC;
ƒ Para montagem completa do mancal, seguir as
instruções de desmontagem na ordem inversa.

ATENÇÃO
O nível de óleo deve ser verificado
diariamente e deve permanecer no meio do
visor de nível de óleo.

Figura 7.7: Partes do mancal de rolamento a óleo 7.8.3 Mancais de deslizamento

Legenda da Figura 7.7: 7.8.3.1 Dados dos mancais


1. Reservatório de óleo externo;
2. Reservatório de óleo interno;
3. Anel de fixação externo;
Os dados característicos, como tipo, quantidade e vazão
4. Centrifugador de óleo; de óleo estão descritos na placa característica dos
5. Parafuso; mancais e devem ser seguidos rigorosamente sob pena
6. Anel de fixação interno; de sobreaquecimento e danos aos mancais.
7. Rolamento; A instalação hidráulica (para mancais com lubrificação
8. Anel com labirinto; forçada) e a alimentação de óleo para os mancais do
9. Parafuso; motor são de responsabilidade do usuário.
10. Respiro;
11. Parafuso de fixação do reservatório externo;
12. Parafuso de fixação do reservatório interno; 7.8.3.2 Instalação e operação dos mancais
13. Parafuso de fixação da tampa;
14. Tampa de proteção do mancal. Para informação sobre a relação das peças, instruções
para montagem e desmontagem, detalhes de
Para desmontar o mancal, seguir as instruções manutenção, consultar o manual de instalação e
abaixo: operação específico dos mancais.
Antes de desmontar:
ƒ Limpar externamente todo o mancal; 7.8.3.3 Refrigeração com circulação de água
ƒ Remover completamente o óleo do mancal;
ƒ Remover o sensor de temperatura (10) do mancal; Os mancais de deslizamento com refrigeração por
ƒ Remover a escova de aterramento (se houver); circulação de água possuem uma serpentina no interior
ƒ Providenciar um suporte para o eixo para sustentar o do reservatório por onde circula a água.
rotor durante a desmontagem. Para assegurar uma refrigeração eficiente do mancal, a
água circulante deve ter uma temperatura menor ou igual
Desmontagem do mancal: a do ambiente.
Tenha cuidado especial para não causar danos às A pressão da água deve ser de 0,1 Bar e a vazão igual a
esferas, rolos e superfícies do rolamento e eixo. 0,7 l/s. O pH deve ser neutro.
Para desmontagem do mancal, seguir cuidadosamente
as instruções abaixo, mantendo todas as peças em local
seguro e limpo: NOTA
1. Retirar o parafuso (9) que fixa o anel com selo
Sob hipótese alguma pode haver vazamento
labirinto (8);
de água para o interior do reservatório de
2. Retirar o anel com selo labirinto (8);
óleo, o que contaminará o lubrificante.
3. Retirar os parafusos (11) que fixam o tampa de
proteção do mancal (14);
4. Retirar a tampa de proteção (14);
5. Retirar os parafusos (5) que fixam o centrifugador
de óleo (4) e remover o centrifugador
6. Retirar os parafusos (11) do anel de fixação externo
(3);
7. Retirar o anel de fixação externo (3);
8. Soltar os parafusos (12 e 13);
9. Retirar o reservatório de óleo externo (1);
10. Retirar o rolamento (7);

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7.8.3.4 Troca de óleo 7.8.3.5 Vedações

Mancais auto-lubrificáveis No caso de manutenção dos mancais, ao regulá-los


A troca do óleo dos mancais deve ser feita obedecendo novamente, as duas metades do anel labirinto de
à tabela abaixo, considerando sempre a temperatura de vedação devem ser unidas por uma mola circular.
trabalho do mancal: Esta mola deve ser inseridas no alojamento do anel de
modo que o pino de travamento esteja encaixado em
Abaixo de 75ºC = 20.000 horas seu rebaixo na metade superior da carcaça. Uma
Entre 75 e 80ºC = 16.000 horas instalação incorreta destrói a vedação.
Entre 80 e 85ºC = 12.000 horas
Antes de montar as vedações, limpe cuidadosamente as
faces de contato do anel e de seu alojamento e recubra-
Entre 85 e 90ºC = 8.000 horas
as vedações com um componente não endurecível. Os
Entre 90 e 95ºC = 6.000 horas furos de drenagem estão colocados na metade inferior
Entre 95 e 100ºC = 4.000 horas do anel devem ser mantidos limpos e desobstruídos. Ao
instalar esta metade do anel de vedação, aperte-a
Mancais com circulação de óleo (externa) levemente contra a parte inferior do eixo.
A troca do óleo dos mancais deve ser feita a cada
20.000 horas de trabalho, ou sempre que o lubrificante 7.8.3.6 Operação dos mancais de
apresentar alterações em suas características. A deslizamento
viscosidade e o pH do óleo devem ser verificados
periodicamente. A operação de motores equipados com mancais de
deslizamento é similar a dos motores equipados com
mancais de rolamento.
NOTA A partida inicial bem como as primeiras horas de operação
O nível de óleo deve ser verificado do sistema devem ser monitoradas cuidadosamente.
diariamente e deve permanecer no meio do Antes da partida, verifique:
visor de nível de óleo.. ƒ Se o óleo utilizado está de acordo com o especificado;
ƒ As características do lubrificante;
ƒ Os mancais devem ser lubrificados com o óleo ƒ O nível de óleo;
especificado, sempre respeitando os valores de vazão ƒ As temperaturas de alarme e desligamento ajustadas
informados na placa de características dos mesmos. para o mancal.
ƒ Todos os furos roscados não usados devem estar
Durante a primeira partida deve-se ficar atento quanto a
fechados por plugues e nenhuma conexão pode
vibrações ou ruídos. Caso o mancal não trabalhe de
apresentar vazamento.
maneira silenciosa e uniforme, o motor deve ser
ƒ O nível de óleo é atingido quando o lubrificante pode
desligado imediatamente e o problema corrigido.
ser visto aproximadamente no meio do visor de nível.
O motor deve operar durante várias horas até que a
O uso de maior quantidade de óleo não prejudica o
temperatura dos mancais se estabilize dentro dos limites
mancal, mas pode causar vazamentos através das
citados anteriormente. Caso ocorra uma sobre-elevação
vedações de eixo.
de temperatura, o motor deverá ser desligado e os
mancais e sensores de temperatura deverão ser
ATENÇÃO inspecionados.
Depois de atingida a temperatura de trabalho dos
Os cuidados tomados com a lubrificação mancais, verifique se não há vazamento de óleo pelos
determinarão a vida útil dos mancais e a plugues, juntas ou pela ponta de eixo.
segurança no funcionamento do motor. Por
isso, é de suma importância observar as 7.8.3.7 Manutenção dos mancais de
seguintes recomendações: deslizamento
ƒ O óleo lubrificante selecionado deverá
ser aquele que tenha a viscosidade A manutenção de mancais de deslizamento inclui:
adequada para a temperatura de trabalho ƒ Verificação periódica do nível de óleo e das condições
dos mancais. Isso deve ser observado em do lubrificante;
cada troca de óleo ou durante as ƒ Verificação dos níveis de ruído e de vibrações do mancal;
manutenções periódicas. ƒ Monitoramento da temperatura de trabalho e reaperto
ƒ Nunca usar ou misturar óleo hidráulico dos parafusos de fixação e montagem;
com o óleo lubrificante dos mancais. ƒ Para facilitar a troca de calor com o meio, a carcaça
ƒ Quantidade insuficiente de lubrificante, deve ser mantida limpa, sem acúmulo de óleo ou
devido a enchimento incompleto, ou falta poeira na sua parte externa;
de acompanhamento do nível pode ƒ O mancal traseiro é isolado eletricamente. As
danificar os casquilhos. superfícies esféricas de assento do casquilho na
ƒ O nível mínimo de óleo é atingido quando carcaça são encapadas com um material isolante.
o lubrificante pode ser visto na parte Nunca remova esta capa;
inferior do visor de nível com o motor ƒ O pino antirrotação também é isolado, e os selos de
parado. vedação são feitos de material não condutor;
ƒ Instrumentos de controle da temperatura que
estiverem em contato com o casquilho também
devem ser devidamente isolados.

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7.8.3.8 Desmontagem e montagem do


mancal

4 3 22
5
8 9

19 13 20
6 14 11
21 15

7 16

17

18
10

13

14 1 2 12

Figura 7.8: Partes do mancal de deslizamento

Legenda da Figura 7.8: os parafusos (10) e desencaixar a metade superior do


1. Bujão de dreno; alojamento do labirinto (20).
2. Carcaça do mancal; ƒ Desencaixar e remover a metade superior do casquilho
3. Carcaça do motor;
4. Parafusos de fixação;
(13).
5. Capa da carcaça do mancal; ƒ Remover os parafusos que unem as duas metades do
6. Parafusos da capa do mancal bipartido; anel pescador (14) e separe-as e retire-as com
7. Selo máquina; cuidado.
8. Parafusos de selo da máquina; ƒ Retirar as molas circulares dos anéis labirinto e remova
9. Olhal de suspensão; a metade superior de cada anel. Rotacionar as
10. Parafusos da tampa externa; metades inferiores dos anéis para fora de seus
11. Tampa externa;
12. Casquilho inferior;
alojamentos e retire-as.
13. Casquilho superior; ƒ Desconectar e remover o sensor de temperatura
14. Anel pescador; montado na metade inferior do casquilho.
15. Entrada de óleo; ƒ Com talha ou macaco, levantar o eixo alguns milímetros
16. Conexão para sensor de temperatura; para que a metade inferior do casquilho possa ser
17. Visor do nível de óleo ou saída de óleo para lubrificação; rotacionada para fora do seu assento. Para isso, é
18. Bujão para tubos; necessário afrouxar os parafusos 4 e 6 da outra
19. Parafusos de proteção externa;
metade do mancal.
20. Alojamento do selo labirinto;
21. Selo labirinto; ƒ Rotacionar cuidadosamente a metade inferior do
22. Tubo de respiro. casquilho sobre o eixo e remova-a.
ƒ Desatarraxar os parafusos (19) e retirar a metade
Desmontagem inferior da proteção externa (11).
Para desmontar o mancal e ter acesso aos casquilhos, ƒ Desatarraxar os parafusos (10) e remover a metade
bem como a outros componentes, siga cuidadosamente inferior do alojamento do selo labirinto (20).
as instruções abaixo. Guarde todas as peças ƒ Retirar os parafusos (4) e remover a metade inferior da
desmontadas em local seguro (Figura 7.8). carcaça (2).
ƒ Desatarraxar os parafusos (8) e remover o selo da
Lado acionado: máquina (7). Limpar e inspecionar completamente as
ƒ Limpar completamente o lado exterior da carcaça. peças removidas bem como o interior da carcaça.
Desatarraxar e retirar o plugue do dreno de óleo (1) ƒ Para montar o mancal seguir as instruções acima na
localizado na parte inferior da carcaça permitindo que ordem inversa.
todo o lubrificante escoe.
ƒ Remover os parafusos (4) que fixam a metade superior
NOTA
da carcaça (5) no motor (3).
Torque de aperto dos parafusos de fixação
ƒ Retirar os parafusos (6) que unem as faces bipartidas
do mancal no motor = 10 Kgfm.
da carcaça (2 e 5).
ƒ Usar os parafusos olhais de içamento (9) para levantar
a metade superior da carcaça (5) desencaixando-a
completamente das metades inferiores da vedação
externa (11), dos labirintos de vedação, dos
alojamentos dos labirintos (20) e do casquilho (12).
ƒ Fazer a desmontagem da metade superior da carcaça
sobre uma bancada. Desatarraxar os parafusos (19) e
retire a metade superior da proteção externa. Remover
11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção l 49
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Lado não acionado: entre o casquilho e a carcaça e facilita o seu correto


ƒ Limpar completamente o lado externo da carcaça. alinhamento.
Soltar e retirar o plugue (1) do dreno de óleo localizado ƒ A capacidade de autoalinhamento do mancal tem a
na parte inferior da carcaça, permitindo que todo o função de compensar somente a deflexão normal do
lubrificante escoe. eixo durante a montagem. Na sequência deve-se
ƒ Soltar os parafusos (19) e retirar a tampa do mancal (11). instalar o anel pescador, o que deve ser feito com
ƒ Desatarraxar os parafusos (4) que fixam a metade muito cuidado, pois o funcionamento perfeito do
superior da carcaça (5) ao motor (3). Retirar os mancal depende da lubrificação fornecida pelo anel. Os
parafusos (6) que unem as faces bipartidas da carcaça parafusos devem ser levemente apertados e qualquer
do mancal (2 e 5). rebarba cuidadosamente removida para proporcionar
ƒ Usar os parafusos olhais de içamento (9) para levantar um funcionamento suave e uniforme do anel. Numa
a metade superior da carcaça (5), desencaixando-a eventual manutenção, deve-se cuidar para que a
completamente das metades inferiores da carcaça (2), geometria do anel não seja alterada.
do labirinto de vedação e do casquilho (12). ƒ As metades inferiores e superiores do casquilho
ƒ Desencaixar e retirar a metade superior do casquilho (13). possuem números de identificação ou marcações para
ƒ Remover os parafusos que unem as duas metades do orientar o seu posicionamento. Posicionar a metade
anel pescador (14) e separe-as e retire-as com superior do casquilho alinhando suas marcações com
cuidado. as correspondentes na metade inferior. Montagens
ƒ Retirar a mola circular do anel labirinto e remover a incorretas podem causar sérios danos aos casquilhos.
metade superior do anel. Rotacionar a metade inferior ƒ Verificar se o anel pescador gira livremente sobre o
do anel labirinto para fora do seu alojamento e retire-a. eixo. Com a metade inferior do casquilho posicionada,
ƒ Desconectar e remover o sensor de temperatura instalar o selo de vedação do lado flangeado do
montado na metade inferior do casquilho. mancal. (ver item Vedações);
ƒ Com talha ou macaco levantar o eixo alguns milímetros Após revestir as faces bipartidas da carcaça com um
para que a metade inferior do casquilho possa ser componente de vedação não endurecível, montar a parte
rotacionada para fora do seu assento. superior da carcaça (5) cuidando para que os selos de
ƒ Rotacionar cuidadosamente a metade inferior do vedação estejam perfeitamente ajustados em seus
casquilho (12) sobre o eixo e remova-a. encaixes. Certificar-se também de que o pino antirrotação
ƒ Retirar os parafusos (4) e remova a metade inferior da esteja encaixado sem nenhum contato com o furo
carcaça (2). correspondente no casquilho.
ƒ Desatarraxar os parafusos (8) e remover o selo da
máquina (7). 7.8.4 Proteção dos mancais
ƒ Limpar e inspecionar completamente as peças
removidas bem como o interior da carcaça. 7.8.4.1 Ajuste das proteções
ƒ Para montar o mancal seguir as instruções acima na
ordem inversa. ATENÇÃO
As seguintes temperaturas devem ser
NOTA ajustadas no sistema de proteção dos
Torque de aperto dos parafusos de fixação mancais:
do mancal no motor = 10 Kgfm. Alarme 110ºC – Desligamento 120ºC
A temperatura de alarme deverá ser ajustada
10ºC acima da temperatura de regime de
Montagem trabalho, não ultrapassando o limite de 110ºC.
ƒ Inspecionar as superfícies de encaixe do flange,
certificando-se que elas estejam limpas, planas e
isentas de rebarbas. 7.8.4.2 Desmontagem/montagem dos
ƒ Verificar se as medidas do eixo estão dentro das sensores de temperatura dos mancais
tolerâncias especificadas pelo fabricante e se a 6
rugosidade está de acordo com o exigido (< 0,4μm). 6
4
ƒ Remover a metade superior da carcaça (2) e os 4
1
3
casquilhos (12 e 13), verificar se não ocorreu nenhum 1
dano durante o transporte e limpe completamente as 5 2
3
superfícies de contato. 5
ƒ Levantar o eixo alguns milímetros e encaixar o flange da
metade inferior do mancal no rebaixo usinado na tampa
7
da máquina e aparafuse-o nesta posição. 8
ƒ Aplicar óleo no assento esférico da carcaça e no eixo.
Colocar o casquilho inferior (12) sobre o eixo e
rotacionar para a sua posição, cuidando para que as Figura 7.9: Pt100 nos mancais
superfícies axiais de posicionamento não sejam
Legenda da Figura 7.9:
danificadas. Após alinhar cuidadosamente as faces da
1. Niple de redução
metade inferior do casquilho e da carcaça, abaixar 2. Adaptador isolante
vagarosamente o eixo até sua posição de trabalho. 3. Contraporca
Com um martelo aplicar leves golpes na carcaça para 4. Bulbo
que o casquilho se posicione corretamente em relação 5. Tubo flexível
ao seu assento e ao eixo. Este procedimento gera uma 6. Sensor de Temperatura Pt-100
vibração de alta frequência que diminui o atrito estático 7. Mancal não isolado
8. Mancal isolado

50 l 11066443 - Manual de instalação, operação e manutenção


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Instruções para desmontagem:


Caso seja necessário retirar o Pt100 para manutenção do
mancal, seguir os procedimentos abaixo:
ƒ Retirar o Pt100 com cuidado, travando a contraporca
(3) e desrosqueando apenas do ajuste do bulbo (4);
ƒ As peças (2) e (3) não devem ser desmontadas.

Instruções para montagem:


Antes de efetuar a montagem do Pt100 no mancal,
verificar se o mesmo não apresenta marcas de batidas ou
outra avaria qualquer que possa comprometer seu
funcionamento.
ƒ Inserir o Pt100 no mancal;
ƒ Travar contraporca (3) com uma chave;
ƒ Rosquear no bulbo (4), ajustando-o para que a
extremidade do Pt100 encoste na superfície externa do
rolamento.

NOTAS
ƒ A montagem do Pt100 nos mancais não
isolados deve ser feita diretamente no
mancal, sem o adaptador isolante (2).
ƒ O torque de aperto para montagem do
Pt100 e dos adaptadores não deve ser
superior a 10Nm.

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8 DESMONTAGEM E MONTAGEM DO MOTOR


ATENÇÃO
Todos os serviços de reparos, desmontagem, montagem devem ser executados apenas por profissionais
devidamente capacitados e treinados, sob pena de ocasionar danos ao equipamento e danos pessoais. Em
caso de dúvidas, consultar a WEG .
A sequência para a desmontagem e montagem depende do modelo do motor. Utilizar sempre ferramentas e
dispositivos adequados. Qualquer peça danificada (trincas, amassamento de partes usinadas, roscas
defeituosas), deve ser preferencialmente substituída, evitando sempre uma recuperação da mesma.

8.1 DESMONTAGEM
NOTA
Abaixo estão relacionados alguns cuidados que devem ser
tomados quando é feita a desmontagem de um motor: A classe de resistência normalmente está
1. Antes de desmontar o motor, desconectar os tubos indicada na cabeça dos parafusos
de água de refrigeração e de lubrificação (se houver); sextavados.
2. Desconectar as ligações elétricas e dos acessórios;
3. Retirar o trocador de calor e supressor de ruído (se
houver); 8.4 MEDIÇÃO DO ENTREFERRO
4. Retirar os sensores de temperatura dos mancais e
escova de aterramento; Após a desmontagem e montagem do motor, é
5. Para prevenir danos ao rotor, providenciar um suporte necessário medir o entreferro para verificar a
para apoiar o eixo nos lados dianteiro e traseiro; concentricidade do rotor.
6. Para desmontagem dos mancais, seguir os A diferença entre as medidas de entreferro em dois
procedimentos descritos neste manual; pontos diametralmente opostos terá que ser inferior a
7. A retirada do rotor do interior do motor deve ser feita com 10% da medida do entreferro médio.
um dispositivo adequado e com o máximo de cuidado
para que o rotor não arraste no pacote de chapas do 8.5 PEÇAS DE REPOSIÇÃO
estator ou nas cabeças de bobina, evitando danos.
A WEG recomenda que sejam mantidas em estoque as
8.2 MONTAGEM seguintes peças de reposição:
ƒ Rolamento dianteiro e traseiro (motor com mancais de
Para montagem do motor, seguir os procedimentos de rolamento);
desmontagem na ordem inversa; ƒ Casquilho para mancal dianteiro e mancal traseiro
(motor com mancais de deslizamento);
8.3 TORQUE DE APERTO ƒ Sensor de temperatura para cada mancal;
ƒ Resistência de aquecimento;
A Tabela 8.1 apresenta os torques de aperto dos parafusos
ƒ Feltros para filtro (se houver).
recomendados para montagem do motor ou de suas peças.
ƒ Lubrificante para os mancais.
Tabela 8.1: Torques de aperto dos parafusos As peças sobressalentes devem ser armazenadas em
ambientes limpos, secos e bem arejados e, se possível,
Aço inox /
Material / Classe Aço carbono / em uma temperatura constante.
A2 – 70 ou
de resistência 8.8 ou superior
superior
Metal / Metal / Metal / Metal /
Tipo de fixação Metal Isolante Metal Isolante
% Tensão de
60% 33% 70% 33%
escoamento
Passo
DIam. (mm)
Torque de aperto em parafusos (Nm)
M3 0,5 0,9 0,5 0,75 0,4
M4 0,7 2,1 1 1,8 1
M5 0,8 4,2 2 3,6 1,7
M6 1 8 4,4 6,2 3,4
M8 1,25 19,5 10,7 15 8,3
M10 1,5 40 21 30 16,5
M12 1,75 68 37 52 28
M14 2 108 60 84 46
M16 2 168 92 130 72
M18 2,5 240 132 180 100
M20 2,5 340 187 255 140
M22 2,5 470 260 350 190
M24 3 590 330 440 240
M27 3 940 510 700 390
M30 3,5 1170 640 880 480
M33 3,5 1730 950 1300 710
M36 4 2060 1130 1540 840
M42 4,5 3300 1800 2470 1360
M48 5 5400 2970 4050 2230

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9 PLANO DE MANUTENÇÃO
O plano de manutenção descrito na Tabela 9.1 é apenas orientativo, sendo que os intervalos entre cada intervenção de
manutenção podem variar com as condições e o local de funcionamento do motor.
Para os equipamentos associados, como unidade de fornecimento de água ou sistema de comando e proteção, deve-se
consultar também os manuais específicos dos mesmos.
Tabela 9.1: Plano de manutenção
3 6 3
EQUIPAMENTO Semanal Mensal Anual
meses meses anos
ESTATOR
Inspeção visual do estator. x
Controle da limpeza. x
Inspeção das estecas de ranhura. x
Controle dos terminais do estator. x
Medir a resistência de isolamento do enrolamento. x
ROTOR
Controle da limpeza. x

Inspeção visual. x

Inspeção do eixo (desgaste, incrustações). x


MANCAIS
Controle do ruído, vibração, vazão de óleo, vazamentos e temperatura. x
Controle da qualidade do lubrificante. x
Inspeção dos casquilhos e pista do eixo
x
(mancal de deslizamento).
1
Trocar o lubrificante.
TROCADOR DE CALOR AR-ÁGUA
Inspeção dos radiadores. x
Limpeza dos radiadores. x
2
Inspeção dos anodos de sacrifício dos radiadores (se houver). x
Trocar as juntas (gaxetas) dos cabeçotes dos radiadores. x
TROCADOR DE CALOR AR-AR
Limpeza dos tubos de ventilação. x
Inspeção da ventilação. x
FILTRO(S) DE AR
Inspecionar e substituir, se necessário. x
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E CONTROLE
Testar o funcionamento. x
Registrar os valores. x
Desmontar e testar seu funcionamento. x
ACOPLAMENTO
Inspeção do alinhamento.3 x
Inspeção da fixação.3 x
MOTOR COMPLETO
Inspeção do ruído e vibração. x
Drenar a água condensada. x
Reapertar os parafusos. x
Limpar as caixas de ligação. x
Reapertar as conexões elétricas e do aterramento. x
1)
Conforme período indicado na placa de características do mancal.
2)
Anodos de sacrifício são usados em radiadores para utilização com água salgada. Caso seja constatada corrosão excessiva do anodo de sacrifício, deve
ser aumentada a frequência de inspeção no mesmo para assim determinar seu tempo de corrosão e então elaborar um plano de periodicidade de troca.
3)
Checar após a primeira semana de funcionamento.

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10 ANORMALIDADES, CAUSAS E SOLUÇÕES


10.1 MOTORES

NOTA
As instruções na Tabela 10.1 apresentam apenas uma relação básica de anormalidades, causas e medidas
corretivas. Em caso de dúvida, consultar a WEG.

Tabela 10.1: Relação básica de anormalidades, causas e ações corretivas

ANORMALIDADE POSSÍVEIS CAUSAS CORREÇÃO


ƒ No mínimo dois cabos de alimentação ƒ Verificar o painel de comando, os
estão interrompidos, sem tensão. cabos de alimentação, os terminais.
Motor não parte nem acoplado e
nem desacoplado. ƒ Rotor está bloqueado. ƒ Desbloquear o rotor;
ƒ Mancal danificado. ƒ Substituir o mancal.
ƒ Torque de carga muito grande durante ƒ Não aplicar carga na máquina acionada
a partida. durante a partida.
ƒ Medir a tensão de alimentação; ajustar
ƒ Tensão de alimentação muito baixa.
o valor correto.
Motor parte a vazio, mas falha
ƒ Verificar dimensionamento da
quando se aplica carga. Parte muito ƒ Queda de tensão muito alta nos cabos
instalação (transformador, seção dos
lentamente e não atinge rotação de alimentação.
cabos, verificar relés, disjuntores etc.).
nominal.
ƒ Rotor com barras falhadas ou ƒ Verificar e consertar o enrolamento do
interrompidas. rotor.
ƒ Um cabo de alimentação ficou
ƒ Verificar os cabos de alimentação.
interrompido após a partida.
A corrente do estator oscila em
carga com o dobro de frequência de ƒ Verificar e consertar o enrolamento do
ƒ Enrolamento do rotor está interrompido.
escorregamento. O motor apresenta rotor.
zumbido na partida.
ƒ Medir a tensão de alimentação e ajustá-
Corrente a vazia muito alta. ƒ Tensão de alimentação muito alta.
la no valor correto.
ƒ Curto-circuito entre espiras.
Aquecimentos localizados no ƒ Interrupção de fios paralelos ou fases ƒ Rebobinar.
enrolamento do estator. do enrolamento do estator.
ƒ Ligação deficiente. ƒ Refazer a ligação.
ƒ Consertar enrolamento do rotor ou
Aquecimentos localizados no rotor. ƒ Interrupções no enrolamento do rotor.
substituí-lo.
ƒ O ruído normalmente diminui com a
queda de rotação; ver também:
ƒ Causas mecânicas.
Ruído anormal durante operação "operação ruidosa quando
com carga. desacoplado".
ƒ O ruído desaparece quando se desliga
ƒ Causas elétricas.
o motor. Consultar a WEG.
ƒ Defeito nos componentes de ƒ Verificar a transmissão de força, o
transmissão ou na máquina acionada. acoplamento e o alinhamento.
ƒ Defeito na transmissão por
ƒ Alinhar o acionamento.
engrenagem.
ƒ Realinhar/nivelar o motor e a máquina
ƒ Base desalinhada/desnivelada.
Quando acoplado aparece ruído, acionada.
desacoplado o ruído desaparece. ƒ Balanceamento deficiente dos
ƒ Fazer novo balanceamento.
componentes ou da máquina acionada.
ƒ Acoplamento defeituoso; ƒ Reparar ou substituir o acoplamento.

ƒ Sentido de rotação do motor errado. ƒ Inverter a ligação de 2 fases entre si.

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ANORMALIDADE POSSÍVEIS CAUSAS CORREÇÃO


ƒ Ventiladores com sentido de rotação ƒ Corrigir sentido de rotação dos
invertido ventiladores
ƒ Refrigeração insuficiente devido a ƒ Abrir e limpar os canais de passagens
canais de ar sujos. de ar.
ƒ Medir a corrente do estator, diminuir a
ƒ Sobrecarga.
carga. Analisar a aplicação do motor.
ƒ Elevado número de partidas ou
ƒ Reduzir o número de partidas.
momento de inércia muito alto.
ƒ Tensão muito alta, ƒ Não exceder em 110% a tensão
consequentemente, as perdas no nominal, salvo especificação na placa
ferro são muito altas. de identificação.
ƒ Tensão muito baixa,
ƒ Verificar a tensão de alimentação e a
consequentemente a corrente é muito
queda de tensão no motor.
alta.
ƒ Interrupção em um cabo de
ƒ Medir a corrente em todas as fases e,
alimentação ou em uma fase do
Enrolamento do estator esquenta se necessário, corrigir.
enrolamento.
muito sob carga.
ƒ Verificar entreferro, condições de
ƒ Rotor arrasta contra o estator. funcionamento (vibração etc.),
condições dos mancais.
ƒ A condição de operação não ƒ Manter a condição de operação
corresponde aos dados na placa de conforme placa de identificação, ou
identificação. reduzir a carga.
ƒ Verificar se há desequilíbrio das tensões
ƒ Desequilíbrio na alimentação (fusível
ou operação com apenas duas fases e
queimado, comando errado).
corrigir.
ƒ Enrolamentos sujos.
ƒ Limpar.
ƒ Dutos de ar obstruídos.
ƒ Filtro de ar sujo. ƒ Limpar o elemento filtrante.
ƒ Sentido de rotação não compatível ƒ Analisar o ventilador em função do
com o ventilador utilizado. sentido de rotação do motor.
ƒ O ruído continua durante a
ƒ Desbalanceamento. desaceleração após desligar a tensão.
ƒ Fazer novo balanceamento.
ƒ Interrupção em uma fase do ƒ Medir a entrada de corrente de todos os
enrolamento do estator. cabos de ligação.
ƒ Parafusos de fixação soltos. ƒ Reapertar e travar os parafusos.
ƒ As condições de balanceamentos do
Operação ruidosa quando rotor pioram após a montagem do ƒ Balancear o acoplamento.
desacoplado. acoplamento.
ƒ Ressonância da fundação. ƒ Ajustar o fundamento.
ƒ Carcaça do motor distorcida. ƒ Verificar a planicidade da base.
ƒ O eixo pode estar empenado.
ƒ Eixo torto. ƒ Verificar o balanceamento do rotor e a
excentricidade.
ƒ Verificar o empenamento do eixo ou o
ƒ Entreferro não uniforme.
desgaste dos rolamentos.

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10.2 ROLAMENTOS

NOTA
As instruções na Tabela 10.2 apresenta apenas uma relação básica de problemas com rolamentos. Em certos
casos é necessária uma análise do fabricante do rolamento para determinação da causa do defeito.

Tabela 10.2: Relação básica de problemas com rolamentos

DEFEITO POSSÍVEIS CAUSAS DETERMINAÇÃO E ELIMINAÇÃO

Motor ronca durante a operação. ƒ Rolamentos danificados. ƒ Substituir o rolamento.

Ruídos moderados no rolamento,


ƒ Rolamento foi montado em posição ƒ Recuperar o assento no eixo e substituir o
pontos foscos, formação de ranhuras
enviesada. rolamento.
nas pistas.
ƒ Corrosão na gaiola, pequenos cavacos ƒ Fazer limpeza e reengraxar segundo as
na graxa, formação de falhas nas pistas prescrições.
Alto ruído do rolamento e um
devido a deficiência da graxa,
aquecimento maior do rolamento.
eventualmente folga inadequada no
ƒ Substituir o rolamento.
rolamento.
ƒ Retirar o bujão de escapamento da graxa e
ƒ Graxa em excesso. deixar o motor funcionando até que se
verifique a saída do excesso de graxa.
ƒ Excessivo esforço axial ou radial da
ƒ Diminuir o esforço da correia.
correia.
ƒ Corrigir o eixo e verificar o balanceamento
ƒ Eixo torto/vibração excessiva. do rotor. Verificar a origem da vibração e
Aquecimento dos rolamentos. corrigir.
ƒ Falta de graxa. ƒ Adicionar graxa no rolamento.
ƒ Graxa endurecida ocasionando o
ƒ Substituir os rolamentos.
travamento das esferas.
ƒ Matérias estranhas na graxa. ƒ Lavar os rolamentos e lubrificar.

Manchas escuras num lado da pista do ƒ Examinar as relações do acionamento e


ƒ Força axial muito grande.
rolamento. acoplamento.
ƒ Limpar e substituir o isolamento do
Linhas escuras bastante juntas nas mancal. Colocar isolamento, se não
pistas ou ranhuras transversais; houver.
ƒ Circulação de corrente pelos mancais.
No caso de rolamento de esferas,
marcas puntiformes. ƒ Desviar a corrente evitando passá-la pelo
rolamento.
ƒ Vibrações externas, principalmente
quando o motor permaneceu fora de ƒ De tempos em tempos girar o rotor do
Sulcos nas pistas. operação por longos períodos. motor parado para outra posição,
Recalcamentos na divisão dos
principalmente em se tratando de motor
elementos cilíndricos. ƒ Falta de manutenção durante a sobressalente.
armazenagem.

ATENÇÃO
Os motores referenciados neste manual são aperfeiçoados constantemente aperfeiçoamentos, por isso as
informações deste manual estão sujeitas a modificações sem prévio aviso.

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11 TERMO DE GARANTIA
A WEG oferece garantia contra defeitos de fabricação ou de materiais, para seus produtos, por um período de
12 (doze) meses, contados a partir da data de emissão da nota fiscal fatura da fábrica. No caso de produtos
adquiridos por revendas/distribuidor/ fabricantes, a garantia será de 12 (doze) meses a partir da data de
emissão da nota fiscal da revenda/ distribuidor/fabricante, limitado a 18 (dezoito) meses da data de fabricação.
A garantia independe da data de instalação do produto e os seguintes requisitos devem ser satisfeitos:

ƒ Transporte, manuseio e armazenamento adequados;


ƒ Instalação correta e em condições ambientais especificadas e sem a presença de agentes agressivos;
ƒ Operação dentro dos limites de suas capacidades;
ƒ Realização periódica das devidas manutenções preventivas;
ƒ Realização de reparos e/ou modificações somente por pessoas autorizadas por escrito pela WEG.
ƒ O equipamento, na ocorrência de uma anomalia esteja disponível para o fornecedor por um período
mínimo necessário à identificação da causa da anomalia e seus devidos reparos;
ƒ Aviso imediato, por parte do comprador, dos defeitos ocorridos e que os mesmos sejam posteriormente
comprovados pela WEG como defeitos de fabricação.

A garantia não inclui serviços de desmontagem nas instalações do comprador, custos de transportes do
produto e despesas de locomoção, hospedagem e alimentação do pessoal da Assistência Técnica quando
solicitado pelo cliente. Os serviços em garantia serão prestados exclusivamente em oficinas de Assistência
Técnica autorizadas WEG ou na própria fábrica.
Excluem-se desta garantia os componentes cuja vida útil, em uso normal, seja menor que o período de
garantia.
O reparo e/ou substituição de peças ou produtos, a critério da WEG durante o período de garantia, não
prorrogará o prazo de garantia original.
A presente garantia se limita ao produto fornecido não se responsabilizando a WEG por danos a pessoas, a
terceiros, a outros equipamentos ou instalações, lucros cessantes ou quaisquer outros danos emergentes ou
consequentes.

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Jaraguá do Sul - SC - Brasil
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ANOTAÇÕES

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