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REDE CIEVS
Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número 12 | 14.05.2021
APRESENTAÇÃO
A Comunicação de risco tem como objetivo apoiar na divulgação rápida e eficaz de conhecimentos às
populações, parceiros e partes intervenientes possibilitando o acesso às informações fidedignas que possam
apoiar nos diálogos para tomada de medidas de proteção e controle em situações de emergência em saúde
pública.
Comunicação de risco
Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS
Coordenação Geral de Emergências em Saúde Pública - CGEMSP
Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública –
DSASTE
Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS
Ministério da Saúde – MS
Diretora DSASTE
Daniela Buosi
Coordenadora CGEMSP
Janaína Sallas
Colaboração
Equipe Cievs
COMUNICAÇÃO DE RISCO | CIEVS | CGEMSP | DSASTE | SVS | MS Número 12 | 14.05.2021
COMUNICAÇÃO DE RISCO
Óbito relacionado à vacina AstraZeneca no Rio de Janeiro
Descrição do evento:
O CIEVS Nacional foi notificado em Com relação a classificação do caso,
14/05 da ocorrência de um óbito relacionado à pelos critérios da colaboração Brighton trata-
vacina da AstraZeneca no estado do Rio de se de um caso provável (nível 2 de certeza), a
Janeiro. A paciente era gestante, 22 semanas, classificação de causalidade foi definida, por
35 anos, recebeu 1º dose da vacina Covid-19- hora, como B1, considerando que ainda não foi
Covishield-Oxford/Fiocruz em confirmada a relação causal destes eventos
23/04/2021. Foi hospitalizada em 05 de maio com as vacinas de vetor viral, mesmo que
com cefaleia excruciante e diagnóstico de altamente provável, conforme pela Câmara
acidente vascular cerebral hemorrágico, Técnica Assessora em Farmacovigilância de
plaquetopenia e D-dimero alterado. O óbito Vacinas e outros Imunobiológicos
fetal ocorreu no dia 06 de maio de 2021 e o da (CTAFAVI).
gestante em 10 de maio de 2021.
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• No dia 25/04 à noite, apresentou erupção cutânea nas pernas, abdômen e costas.
• No dia 26/04 foram realizados exames com os seguintes resultados: Plaquetas 148.000 e urocultura
para M. morganii
• No dia 30/04, acordou com calafrios, náuseas, aumento da frequência urinária, cefaleia, mialgia em
membros inferiores e dores no quadril. Sua obstetra orientou que ela procurasse atendimento médico
na suspeita de infecção do trato urinário. Foi consultada no Pronto Socorro Perinatal de Laranjeiras e
realizou exames. Apresentou 121.000 de plaquetas e urocultura negativa (resultado em 03/05),
apresentando melhora após analgesia simples, sendo liberada.
• No dia 04/05, à noite, referia persistência da cefaleia hemicraniana esquerda, refratária ao uso de
analgesia simples (1g dipirona, 2x), com irradiação para região maxilar esquerda, associada a náuseas
e sensação de vertigem rotacional.
• Na manhã seguinte (05/05), procurou novamente o obstetra, solicitando atestado médico devido ao
mal-estar persistente e cefaleia, sendo orientada a procurar um hospital. A caminho da emergência
obstétrica do Hospital Maternidade Santa Lúcia, começou a vomitar (2 episódios) e apresentou
quadro de cefaleia com agravamento e incapacidade. Ela negou convulsões, alterações na pressão
arterial, turvação visual, alterações na fala ou movimento. No hospital, ao exame físico, apresentava
sinais vitais normais, inclusive temperatura axilar, e encontrava-se sonolenta, escala de Glasgow 13
(AO 5 / RV 4 / RM 4), movimentando ativamente os 4 membros. Realizou tomografia
computadorizada de crânio, que evidenciou hemorragia intraparenquimatosa maciça em região
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parietal esquerda, com desvio da linha média, compressão ventricular e sugestiva de trombose venosa
cerebral esquerda (conforme relato hospitalar).
Com relação a classificação do caso, pelos critérios da colaboração Brighton trata-se de um caso
provável (nível 2 de certeza), a classificação de causalidade foi definida, por hora, como B1,
considerando que ainda não foi confirmada a relação causal destes eventos com as vacinas de vetor
viral, mesmo que altamente provável, conforme pela Câmara Técnica Assessora em
Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos (CTAFAVI) em 14/05/21.
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Um Evento Adverso pós Vacinação ( EAPV) é definida como qualquer ocorrência indesejada
após a vacinação, não possuindo necessariamente uma relação causal com o uso de uma vacina ou
outro imunobiológico (imunoglobulinas e soros heterólogos). Um EAPV pode ser qualquer evento
indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou achado laboratorial anormal.
Os eventos adversos capazes de serem atribuídos às vacinações são apenas uma fração dos
que ocorrem após as vacinações. Eles podem ser inesperados ou esperados, tendo em vista a natureza
e as características do imunobiológico, bem como o conhecimento já disponível pela experiência
acumulada.
Entre os eventos esperados, incluem-se aqueles relativamente comuns, como febre, dor e
edema locais, ou mesmo eventos mais graves, como convulsões febris, episódio hipotônico-
hiporresponsivo, anafilaxia etc.
Eventos inesperados são aqueles não identificados anteriormente, às vezes com vacinas de uso
recente ou com vacinas de uso mais antigo, como visceralização e falência múltipla de órgãos,
observada muito raramente após a vacina febre amarela.
Para o manejo apropriado dos EAPV de uma nova vacina é essencial contar com um sistema
de vigilância sensível para avaliar a segurança do produto e dar resposta rápida a todas as
preocupações da população relacionados as vacinas. Estas atividades requerem notificação e
investigação rápida do evento ocorrido.
O ciclo de Vigilância EAPV é composto por: detecção de casos suspeito de EAPV,
notificação, registro em sistema de informação, investigação (exames clínicos, exames laboratoriais
etc.) e busca ativa de novos eventos, avaliação das informações, classificação de causalidade,
feedback ou retroalimentação oportuna (Figura 1)
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uso para este público. Ressalta-se que, conforme a bula da vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Portanto, cabe aos
médicos que acompanham as gestantes avaliarem a relação benefício-risco para orientar sobre iniciar
o esquema vacinal contra a covid-19.
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Imunizações e Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos
adversos pós-vacinação – 4. ed. – Brasília.
2. BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Protocolo de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-
vacinação. Estratégia de vacinação contra o vírus SARSCoV-2 (Covid19 - Brasília: Ministério
da Saúde, 2020.
3. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Comunicado GGMON
005/2021. Vacinas contra a COVID-19. Recomendação sobre a suspensão da vacinação de
gestantes com a vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz contra COVID-19. Brasília, 2021.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1061, de 18 de maio de 2020. Brasília, 2020.
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5. Título [original]: Especialistas alemães terem sido inoculadas contra a nova doença
investigam 10 mortes de pessoas coronavírus. Segundo o médico, o falecido
vacinadas contra Covid-19 tinha idade entre 79 e 93 anos, todos com
Link: https://bit.ly/3btta67 doenças antecedentes. O tempo entre
Data de publicação: 27/01/2021 vacinação e morte variou de várias horas a
Descrição: Especialistas do Instituto Paul quatro dias.
Ehrlich da Alemanha estão investigando a Fonte: Yahoo
morte de 10 pessoas que morreram logo após
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