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ABNT/CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
CE-04:011-07 - Comissão de Estudo de Caldeiras Estacionárias a Vapor
NBR 11096 - Stationary water-tube and fire-tube steam boiler - Terminology
Descriptor: Boilers
Esta Norma substitui a NBR 11096:1990
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ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.11.2000
de Normas Técnicas
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Impresso no Brasil
Palavra-chave: Caldeira 25 páginas
Todos os direitos reservados
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referência normativa
3 Definições
Índice alfabético
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
1.1 Esta Norma define os termos empregados em caldeiras aquotubulares ou flamotubulares, para serviço estacionário,
sujeitas ou não à chama.
1.2 Os termos utilizados nesta Norma são aplicados aos seguintes tipos de caldeiras:
a) caldeiras aquotubulares a vapor: caldeiras em cujos tubos circula água ou vapor, com a energia térmica produzida
por combustão, sendo aplicada na superfície externa dos tubos;
b) caldeiras flamotubulares a vapor: caldeiras em cujos tubos circundados por água ou vapor passa a energia térmica
produzida por combustão;
c) caldeiras sujeitas à chama: caldeiras onde a energia térmica é gerada, total ou parcialmente, através da queima de
combustível em fornalha;
e) caldeiras convencionais: caldeiras onde a energia térmica é obtida total ou parcialmente através da queima de com-
bustíveis fornecidos para este fim;
f) caldeiras recuperadoras: caldeiras onde a energia térmica é obtida, total ou parcialmente, pela recuperação da ener-
gia térmica sensível ou energia química disponível em correntes provenientes de outro equipamento do processo.
2 Referência normativa
A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
3 Definições
3.1.1 acumulador de vapor (steam accumulator): Vaso de pressão externo à caldeira contendo água e/ou vapor, usado
para armazenar vapor, para uso posterior a uma pressão menor.
3.1.2 aleta (fin): Tira metálica aplicada helicoidal, circunferencial ou longitudinalmente em uma superfície de troca térmica
para extensão da mesma.
3.1.3 alteração (alteration): Modificação em qualquer item descrito no prontuário da caldeira, que afete as suas caracte-
rísticas ou a sua resistência.
3.1.4 ar de selagem (sealing air): Ar de fornecimento normal, sob pressão suficientemente acima da pressão da fornalha,
para evitar o escape de gases de combustão da caldeira, através de janelas de observação.
3.1.5 berço (saddle): Estrutura fundida ou pré-fabricada, ou dispositivo utilizado para suporte de cilindros dispostos hori-
zontalmente.
3.1.6 boca de acesso (handhole): Abertura de acesso em uma parte de pressão, cuja maior dimensão normalmente não
excede 150 mm.
3.1.7 boca de visita (manhole): Abertura que permite a entrada de um homem de tamanho normal ao interior do equi-
pamento.
3.1.8 bujão fusível (fusible plug): Bujão roscado vazado, tendo a parte interna cheia de material de baixo ponto de fusão,
usualmente instalado no baixo nível de água permissível, em caldeiras flamotubulares.
3.1.9 caldeira em operação (in-service boiler): Caldeira mantida em serviço normal, mesmo não gerando vapor na oca-
sião.
3.1.10 caldeira fora de uso (boiler layup): Condição da caldeira durante a qual não se prevê seu retorno à operação.
3.1.11 caldeira inativa (idle boiler): Caldeira que permanece temporariamente fora de operação.
3.1.12 caldeira não-nova: Caldeira que está sendo ou já foi utilizada em serviço normal.
3.1.13 capacidade máxima contínua (maximum continuous rating): Produção máxima contínua de vapor por unidade
de tempo, assegurada pelo fabricante.
3.1.14 carga de pico (peak load): Carga máxima suportada durante período curto de tempo, predeterminado pelo fabri-
cante.
3.1.15 chapa de ancoragem (tie plate): Chapa através da qual são passados parafusos ou tirantes, para manter o refra-
tário em posição.
3.1.16 chave de nível tipo bóia (float switch): Controle de nível atuado por bóia que abre e fecha um circuito elétrico, de
acordo com alterações ocorridas em um nível de líquido predeterminado.
3.1.17 chicana (baffle): Anteparo usado para desviar o fluxo de gases ou líquidos.
3.1.18 chicana do tubulão/tambor (drum baffle): Chapa colocada no interior de um tambor/tubulão para desviar ou mu-
dar a direção do fluxo de água ou da mistura água/vapor.
3.1.20 coluna de nível (water column): Elemento tubular vertical ligado nas suas partes superior e inferior, respecti-
vamente, aos espaços de vapor e água, no qual podem ser conectados o indicador de nível de água, as válvulas (torneiras)
de prova e os alarmes de alto e baixo nível de água.
3.1.21 corte de combustível por nível baixo de água (low water fuel cutoff): Dispositivo que interrompe o fornecimento
de combustível quando o nível de água na caldeira desce abaixo do nível mínimo de operação.
3.1.23 desvio (bypass): Passagem para um fluido, permitindo que uma parte ou todo o fluido contorne determinado ele-
mento, retornando ao circuito principal.
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3.1.24 diferencial de pressão de alívio (blowback): Diferença entre a pressão de abertura da válvula e a pressão de fe-
chamento, podendo ser expressa em porcentagem da pressão de abertura.
3.1.25 distribuidor (manifold): Tubulação para coletar ou distribuir fluido para diversos tubos ou tubulações.
3.1.26 domo de vapor (steam dome): Receptáculo fixado externamente na parte superior de uma caldeira flamotubular,
através do qual é retirado o vapor gerado na caldeira.
3.1.27 duto de gases (gas duct): Duto para passagem dos gases de combustão.
3.1.28 economizador (economizer): Equipamento para recuperação de energia térmica, projetado para transferir energia
térmica dos produtos de combustão exaustos da seção de vaporização da caldeira (boiler bank) para a água de alimen-
tação da caldeira.
3.1.29 empolamento (bulge): Deformação local, causada pela pressão interna exercida sobre a parede do tubo (“laranja”)
ou do casco da caldeira, devido a um superaquecimento. Definição também aplicável às deformações similares de
fornalhas cilíndricas, devidas à pressão externa, quando superaquecidas.
3.1.31 estai (stay): Elemento de tração em uma estrutura que mantém componentes rigidamente em posição.
3.1.32 estai diagonal (diagonal stay): Estai usado em caldeiras flamotubulares, instalado entre um tampo plano ou
espelho e o casco.
3.1.34 extremidade de tubo com expansão cônica (flared tube end): Extremidade projetada de um tubo mandrilado,
expandida e conformada para um perfil cônico (boca de sino).
3.1.35 extremidade rebordeada de tubo (beaded tube end): Acabamento arredondado na extremidade exposta de um
tubo mandrilado, onde o material é conformado contra a chapa na qual o tubo está fixado.
3.1.36 fator de disponibilidade (availability factor): Fração de tempo durante a qual a unidade se encontra em condi-
ções de operação.
3.1.37 fator de utilização (use factor): Relação entre a quantidade de horas efetivamente operadas e a quantidade total
de horas em um determinado período de tempo.
3.1.38 feixe tubular de convecção (boiler convection bank): Grupo de tubos formando parte de um sistema de
circulação de água da caldeira, no qual a energia térmica dos gases de combustão é transmitida preponderantemente por
convecção. Também conhecido como banco de convecção.
3.1.40 furo ranhurado (grooved tube seat): Furo em espelho ou tubulão provido de ranhuras para fixação do tubo a ser
expandido.
3.1.41 indicador de nível de água (water gage): Visor de nível e as suas conexões para fixação.
3.1.42 inspeção de segurança (safety inspection): Verificação das condições de segurança de uma caldeira realizada
conforme normas aplicáveis.
3.1.43 inspeção extraordinária (extraordinary inspection): Inspeção suplementar, além da inicial e das periódicas, a ser
realizada em casos especiais.
3.1.44 inspeção inicial (initial inspection): Primeira inspeção que se realiza em uma caldeira antes de ser posta em ope-
ração normal, depois de instalada em um local ou reinstalada em outro.
3.1.45 inspeção periódica (periodical inspection): Inspeção à qual toda caldeira deve ser submetida periodicamente (ver
inspeção de segurança).
3.1.46 invólucro externo (lagging): Revestimento, usualmente metálico, para proteção do material de isolamento térmico
aplicado em caldeiras.
3.1.47 invólucro interno (casing): Revestimento de chapas de metal, usado para vedação de toda ou parte da caldeira
ou fornalha.
3.1.48 janela de inspeção (inspection door): Pequena abertura localizada convenientemente, permitindo que deter-
minadas partes internas do equipamento possam ser observadas.
3.1.49 junta de expansão (expansion joint): Junta que permite movimentos causados por dilatação térmica, a fim de
evitar tensões e contrações em outros componentes interligados a ela.
3.1.50 lascamento (spalling): Processo de descascamento da superfície do material refratário, causado por fatores diver-
sos.
3.1.51 lavagem química (chemical cleaning): Processo de limpeza das superfícies internas das unidades geradoras de
vapor, consistindo na adição de produtos químicos.
3.1.53 nível mínimo de água de segurança (lowest safe waterline): Nível mínimo de água com que a caldeira pode
operar com segurança.
3.1.54 nível normal de água de operação (operating water level): Faixa de operação normal com o nível da água man-
tido entre os níveis mínimo e máximo de segurança.
3.1.55 nível máximo de água de segurança (max safe waterline): Nível máximo de água com que a caldeira pode ope-
rar com segurança.
3.1.56 parede d’água (water wall): Parede da fornalha contendo tubos por onde circula água/vapor.
3.1.57 PMTA: Abreviação de “pressão máxima de trabalho admissível”, aplicavel à máxima pressão do vapor, compatível
com a caldeira.
3.1.58 porta de alimentação da fornalha (firing door): Porta da fornalha, através da qual o combustível sólido é intro-
duzido no seu interior.
3.1.59 porta de explosão (explosion door): Porta na fornalha ou nas paredes da caldeira, projetada para abrir a uma
pressão de gás predeterminada.
3.1.60 porta de limpeza (cleanout door): Porta para possibilitar a remoção de resíduos acumulados no interior da cal-
deira.
3.1.61 pressão de ajuste de válvula de segurança/alívio (set pressure): Pressão de abertura para a qual a válvula foi
ajustada.
3.1.62 pressão de ajuste diferencial a frio (set pressure in cold): Pressão na qual a válvula é ajustada para abrir em
bancada de ensaio.
3.1.63 pressão de disparo (pop pressure): Pressão que provoca o disparo da válvula de segurança.
3.1.64 pressão de teste hidrostático (hydrostatic test pressure): Pressão com a qual a caldeira é testada hidrostati-
camente para verificação de resistência e estanqueidade.
3.1.65 pressão de fechamento da válvula de segurança (reseating pressure): Pressão na qual a válvula se fecha após
efetuar o alívio.
3.1.66 pressão de operação do tubulão/tambor (drum operating pressure): Pressão do vapor mantida no tubulão de
vapor.
3.1.67 pressão de projeto (design pressure): Pressão adotada para cálculo das espessuras das partes sob pressão da
caldeira, conforme o código de projeto adotado.
3.1.68 pressão manométrica (gage pressure): Pressão acima da pressão atmosférica, lida no manômetro.
3.1.69 profissional habilitado: Profissional habilitado para inspeção de caldeiras conforme definido oficialmente. Ver
NR-13, item 13.1.2 .
3.1.71 purga (air purge): Remoção, por meio de ar ou gases não inflamáveis, da matéria gasosa inflamável e/ou tóxica de
uma caldeira ou vaso de pressão.
3.1.72 recirculação de gás de combustão (gas recirculation): Recirculação de gás de combustão para controle ope-
racional.
3.1.73 regulador de fluxo de ar ou gás (damper): Dispositivo para introduzir uma obstrução variável ao fluxo, a fim de re-
gular a vazão de ar ou gás de combustão.
3.1.74 resfriador de purga (blowoff cooler/blowdown cooler): Dispositivo usado para reduzir a temperatura da água de
purga da caldeira antes da descarga aos dutos de efluentes.
3.1.75 respiro (vent): Abertura valvulada no ponto mais elevado da caldeira, vaso de pressão ou tubulação, para respiro.
3.1.76 selo de água (water seal): Selo para evitar a entrada de ar falso em uma fornalha.
3.1.77 selo de ar (air seal): Ar sob pressão ligeiramente superior às pressões internas dos gases da caldeira.
3.1.78 separador de vapor (Steam separator): Dispositivos, tais como ciclones e demisters, instalados dentro do tu-
bulão/tambor, com a finalidade de reduzir a umidade existente no vapor.
3.1.79 sobrepressão (overpressure): Acréscimo na pressão de abertura durante a descarga da válvula de segurança,
expressa em porcentagem.
3.1.80 solda de selagem (seal weld): Solda utilizada principalmente para a obtenção de estanqueidade.
3.1.81 superaquecedor (superheater): Equipamento ou componente destinado a absorver energia térmica com o obje-
tivo de aumentar a temperatura do vapor acima de seu ponto de saturação.
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3.1.82 superfície de aquecimento (heating surface): Superfície efetiva de troca de energia térmica na caldeira e/ou em
componente, cuja área é usualmente medida em metros quadrados.
3.1.83 superfície estendida (extended surface): Superfície metálica absorvedora de energia térmica, projetando-se além
da parede do tubo, constituída por aletas ou pinos.
3.1.89 tampo de tubulão/tambor (drum header): Chapa com forma geométrica definida, fechando a extremidade do tam-
bor/tubulão. Tipos de tampos: semi-elípticos, torisféricos, hemisféricos.
3.1.90 tanque de purga intermitente (boiler blowoff tank): Tanque pressurizado ou não com dreno, no qual é descar-
regada e resfriada a purga intermitente.
3.1.91 temperatura de projeto (design temperature): Temperatura do metal, que estabelece a tensão admissível do ma-
terial obtida do código aplicado no projeto de construção, utilizada no cálculo da espessura de qualquer parte específica da
caldeira.
3.1.92 teste hidrostático (hydrostatic test): Teste de resistência e de estanqueidade, empregando-se água como meio de
pressurização.
3.1.93 teste de recebimento: Testes e inspeções realizados pelo comprador ou seu representante com o objetivo de ve-
rificar se uma caldeira satisfaz às condições especificadas para sua aceitação.
3.1.94 terminal expandido (expanded joint): Terminal estanque formado pelo alargamento de uma extremidade do tubo
em uma sede apropriada, tal como em processo de mandrilagem.
3.1.95 tirante (tie rod): Elemento de tração entre chapas de ancoragem ou vigas de estaiamento.
3.1.96 tirante longitudinal (through-stay): Tirante usado em caldeiras flamotubulares, entre tampos ou espelhos.
3.1.97 trava para teste da válvula de segurança (gag safety valve): Dispositivo utilizado para impedir a abertura da vál-
vula de segurança, durante a execução de um teste hidrostático, a uma pressão maior do que a pressão de ajuste dessa
válvula.
3.1.98 tremonha (hopper): Silo usado para reter combustível ou resíduos sólidos.
3.1.99 tubo aletado (fintube): Tubo cuja superfície de troca de calor é estendida com a utilização de aletas.
3.1.100 tubo de alimentação de água (feedwater pipe): Tubo através do qual a água é introduzida e distribuída no tu-
bulão/tambor da caldeira.
3.1.101 tubo de circulação ascendente (riser): Tubo de fluxo ascendente no qual ocorre a geração de vapor, utilizado
para transportar a mistura de vapor e água para o tubulão/tambor de separação.
3.1.102 tubo de circulação descendente (downcomer): Tubo em uma caldeira através do qual circula apenas água.
3.1.103 tubo de fogo (fire tube): Tubo em uma caldeira flamotubular com água na superfície externa, recebendo calor dos
gases de combustão que passam pelo seu interior.
3.1.104 tubo estriado (rifled tube): Tubo estriado helicoidalmente na superfície interna da parede.
3.1.105 tubo para injeção de produtos químicos (chemical feed pipe): Tubo através do qual são injetados produtos
químicos para tratamento da água da caldeira.
3.1.106 tubo pinado (stub tube): Tubo cuja superfície de troca de calor é estendida com pinos.
3.1.107 tubulações auxiliares da caldeira (boiler trim): Tubulações externas dentro dos limites definidos pela norma de
projeto de caldeira, tais como as usadas para instrumentação, dreno, respiro e outras.
3.1.108 tubulão (drum): Casco cilíndrico fechado em ambas as extremidade, onde estão conectados os tubos de circu-
lação descendentes e os tubos de circulação ascendentes.
3.1.111 tubulão de vapor (steam drum): Tubulão/tambor localizado na extremidade superior de um sistema de circu-lação
de caldeira, na qual o vapor gerado é separado da água.
3.1.112 tubulão inferior (lower drum): Tubulão/tambor localizado na extremidade inferior de um feixe tubular de con-
vecção em uma caldeira aquotubular, onde normalmente é feita a purga intermitente.
3.1.113 válvula de alívio (relief valve): Dispositivo automático de alívio de pressão, atuando pela pressão estática a mon-
tante, cuja abertura é proporcional ao aumento de pressão em relação à pressão de operação. Usada principalmente para
serviços com líquidos.
3.1.114 válvula de alívio e segurança (safety valve): Dispositivo automático de alívio de pressão, atuado pela pressão
estática a montante, e adequado para uso como válvula de segurança ou como válvula de alívio, dependendo do tipo de
aplicação.
3.1.115 válvula de bloqueio (stop valve): Válvula usada para isolar a caldeira.
3.1.116 válvula de corte (shut off valve): Válvula utilizada para interrupção rápida do fornecimento de combustível, água
de dessuperaquecimento e vapor de soprador de fuligem.
3.1.117 válvula de descarga intermitente (blowoff valve): Ver válvula de purga intermitente.
3.1.118 válvula de controle de nível (gage cock): Válvula fixada em uma coluna de nível ou em um tambor/tubulão, para
verificar o nível de água.
3.1.119 válvula de purga contínua (blowdown valve): Válvula manual ou automática usada para regular a purga con-
tínua.
3.1.120 válvula de purga intermitente (blowoff valve): Válvula manual ou automática usada para efetuar a purga inter-
mitente ou para fins de drenagem.
3.1.121 válvula de segurança (safety valve): Dispositivo automático de alívio de pressão, atuado pela pressão estática a
montante e caracterizado por uma ação de disparo, para abertura total. Usada nas caldeiras para serviço com vapor.
3.1.122 vaso de pressão sujeito à chama direta (fired pressure vessel): Vaso de pressão no qual o vapor é gerado pela
aplicação direta de chama.
3.1.123 vaso de purga contínua (blowdown tank): Vaso no qual a purga contínua proveniente da caldeira vaporiza par-
cialmente por despressurização.
3.1.124 viga de estaiamento (buckstay): Elemento estrutural instalado contra uma parede da fornalha e/ou da caldeira,
para limitar o movimento dessa parede.
3.1.125 visor de chama (peep hole): Abertura apropriada para verificação de chama no interior da fornalha.
3.1.126 visor de nível (gage glass): Parte transparente de um conjunto de indicador de nível de água, ligado diretamente
ou através de uma coluna de nível à caldeira, permitindo observações acima e abaixo da linha de água, a fim de indicar o
nível de água na caldeira.
3.1.127 visor de observação (peepdoor): Pequena abertura equipada usualmente com visor de vidro, através da qual se
pode observar a combustão.
3.2 Combustíveis e combustão
3.2.1 acendedor automático/piloto (automatic/pilot lighter): Ver ignitor.
3.2.2 ar auxiliar (auxiliary air): Ar adicional, quente ou frio, que pode ser introduzido, quando e onde for necessário, nor-
malmente utilizado para espargir o combustível sólido e complementar a combustão.
3.2.3 atomização do combustível líquido (atomization of fuel liquid): Processo de divisão do combustível em gotículas
muito finas, utilizando ar, vapor ou processos mecânicos.
3.2.4 atomizador (atomizer): Dispositivo utilizado para produzir líquido em gotículas muito finas.
3.2.5 barras de grelha (grate bars): Partes da superfície suportadora de combustível sólido, arranjadas de forma a per-
mitir a admissão de ar para a combustão.
3.2.6 bocal de ar (air nozzle): Bocal para injeção de ar com direção definida.
3.2.7 britador (crusher): Máquina usada para reduzir combustível sólido a granel em fragmentos de dimensões máximas
predeterminadas.
3.2.8 caixa de ar (windbox): Câmara pressurizada ao redor do queimador, onde o ar é mantido a uma pressão adequada,
para assegurar distribuição e vazão apropriadas de ar de combustão.
3.2.9 câmara de combustão ou fornalha (combustion chamber): Espaço confinado onde a combustão é realizada.
3.2.10 cinzas (ash): Resíduo inorgânico da combustão.
3.2.11 classificador (classifier): Parte de um sistema pulverizador que separa e rejeita as partículas grossas do com-
bustível sólido pulverizado, transportado pneumaticamente.
3.2.12 combustão completa (complete combustion): Oxidação completa de todos os constituintes combustíveis de uma
substância em processo de queima.
3.2.13 consumo de combustível (combustion rate): Quantidade de combustível queimada por unidade de tempo. Exem-
plo: quilogramas de carvão por hora, metros cúbicos de gás por minuto.
3.2.14 deficiência de ar (air defficiency): Insuficiência de ar em uma mistura ar/combustível, em relação à quantidade re-
querida, impossibilitando a queima completa do combustível.
3.2.15 defletor (deflector): Dispositivo empregado para mudar a direção de uma corrente de ar, gás ou mistura de ar e
combustível.
3.2.16 detector de chama (flame detector): Dispositivo capaz de perceber a presença ou ausência de chama, for-
necendo usualmente um sinal para alarme, ou interrompendo o suprimento de combustível nos casos de supressão de
chama.
3.2.17 difusor (diffuser): Dispositivo usado para distribuir o fluxo de ar no interior do queimador, promovendo uma ignição
estável e/ou melhorando a mistura ar/combustível.
3.2.19 eficiência de combustão (combustion efficiency): Medida da oxidação efetiva de todos os constituintes com-
bustíveis de uma substância em processo de queima. É expressa como relação entre a quantidade de energia térmica efe-
tivamente liberada pela combustão e a quantidade máxima disponível de energia térmica de combustão.
3.2.20 exaustor (exhauster): Ventilador utilizado para remoção de ar ou de gases, sob sucção.
3.2.21 excesso de ar (excess air): Ar fornecido para combustão, em quantidade superior à requerida teoricamente para
combustão completa.
3.2.23 grelha (grate): Superfície onde o combustível sólido é suportado e queimado, através da qual passa o ar de com-
bustão.
3.2.24 grelha fixa (fixed grate): Grelha cuja operação ocorre sem movimento.
3.2.25 ignição elétrica (electric ignition): Ignição do piloto ou da chama principal, por meio de arco elétrico.
3.2.26 ignitor (igniter): Dispositivo utilizado para acender o queimador-piloto. Normalmente, o aquecimento é feito por arco
elétrico.
3.2.27 leito de combustível (fuel bed): Camada de combustível, em processo de queima, sobre uma grelha.
3.2.28 perda de combustível (combustible loss): Perda representando a energia térmica não-liberada, causada pela
queima incompleta de alguma parte da matéria combustível presente na substância queimada.
3.2.29 perda de carga (draft loss): Queda na pressão estática de um gás, entre dois pontos de um mesmo sistema, cau-
sada pela resistência ao fluxo.
3.2.30 piloto automático (automatic pilot): É um dispositivo de chama utilizado para acender ou apoiar a chama prin-
cipal.
3.2.31 preaquecedor de ar (air preheater): Dispositivo que transfere energia térmica de um meio de alta temperatura, tal
como um gás quente ou vapor, para uma corrente de ar de combustão.
3.2.31.1 tipo regenerativo (regenerative type): Dispositivo para transferência de energia térmica, possuindo a superfície
de transferência exposta alternativamente aos gases quentes exaustos e ao ambiente de entrada. A energia térmica é
absorvida da corrente de gás de saída e subseqüentemente liberada, pela mesma superfície, para o ar de entrada.
3.2.31.2 tipo de placas (plate type): Contém passagens formadas por placas espaçadas, através das quais se obtém a
transferência de energia térmica de um fluxo de fluido quente para uma corrente de ar.
3.2.31.3 tipo tubular (tubular type): Contém feixes de tubos para transferência de energia térmica, que permite o fluxo de
um dos fluidos (ar ou gás) pelo interior dos tubos, enquanto o outro fluido se movimenta em contato com a superfície
externa dos tubos.
3.2.32 queimador (burner): Dispositivo que introduz combustível e ar no interior de uma fornalha, com velocidade, tur-
bulência e concentração desejadas, para estabelecer e manter a ignição e queima adequadas do combustível.
3.2.33 queimador automático (automatic burner): Queimador cujas interrupções e partidas são automáticas.
3.2.34 queimador com ignição automática (automatically ignited burner): Queimador no qual a admissão e ignição do
combustível são processadas automaticamente.
3.2.35 queimador com ignição manual (manually ignited burner): Queimador no qual a admissão e ignição do com-
bustível é exclusivamente manual, com a ignição ocorrendo sob supervisão.
3.2.36 queimador de tiragem forçada (forced draft burner): Queimador para o qual o ar é suprido a uma pressão acima
da atmosférica.
3.2.37 queimador de tiragem natural (natural draft burner): Queimador que depende da tiragem natural para introduzir
o ar requerido para combustão.
3.2.38 queimador-piloto (pilot burner): Queimador utilizado para acender e/ou manter a estabilidade de chama do quei-
mador principal.
3.2.39 regulador de tiragem (draft regulator): Dispositivo empregado para manter a tiragem desejada, controlando auto-
maticamente a tiragem da caldeira.
3.2.40 relação ar/combustível (air/fuel ratio): Relação, em massa ou volume, entre ar e combustível.
3.2.41 relação combustível/ar (fuel/air ratio): Relação, em massa ou volume, entre combustível e ar.
3.2.42 retorno de chama (flareback): Reversão de chama de uma fornalha, podendo ser causada pela insuficiência de
tiragem ou pela ignição de gases combustíveis acumulados.
3.2.43 sistema de silo para carvão (bin system, coal): Sistema no qual o carvão é pulverizado, armazenado em silos e,
subseqüentemente, enviado através de alimentadores para os queimadores.
3.2.44 sistema pneumático de transporte (air-conveying system): Sistema de transporte de combustível sólido utili-
zando o ar como meio de movimentação.
3.2.45 sistema com alimentação direta para os queimadores (direct-fired circulating system): Sistema no qual o
combustível sólido é pulverizado proporcionalmente à demanda de carga e transportado diretamente dos pulverizadores
para os queimadores.
3.2.46 temperatura de ignição (ignition temperature): Menor temperatura de um combustível, na qual a combustão pas-
sa a ser auto-sustentada.
3.2.47 tiragem (draft): Diferença entre a pressão atmosférica local e alguma pressão inferior existente na fornalha ou nos
dutos de gases da unidade geradora de vapor.
3.2.48 tiragem balanceada (balanced draft): Manutenção de um valor controlado de tiragem em uma fornalha, para
todas as taxas de combustão.
3.2.49 tocha de ignição (ignition torch): Tocha usada para provocar a ignição manual do combustível e que pode con-
sistir em amianto enrolado em torno de uma vareta de ferro saturado de óleo, ou pode ser um pequeno queimador de óleo
ou gás.
3.2.50 válvula de controle (control valve): Válvula usada para controlar o fluxo de água, ar, óleo ou gás.
3.2.52 ventilador de tiragem forçada (forced draft fan): Ventilador fornecendo ar pressurizado para o equipamento de
queima.
3.2.53 ventilador de tiragem induzida (induced draft fan): Ventilador para exaustão dos gases de combustão.
3.3.1 abrandamento (softening): Fase de tratamento de água de caldeira com o objetivo de eliminar a dureza.
3.3.2 acidez (acidity): Capacidade do meio aquoso em reagir com íons hidroxila, medida em termos quantitativos pelo pH.
3.3.3 água abrandada (soft water): Água que mantém pequena ou nenhuma quantidade de sais de cálcio ou de magné-
sio.
3.3.4 água bruta (raw water): Água antes de ser submetida a qualquer tratamento.
3.3.5 água da caldeira (boiler water): Água conforme se encontra no interior das partes de pressão da caldeira.
3.3.8 água dura (hard water): Água contendo porção de sais de cálcio e/ou magnésio.
3.3.9 água tratada (treated water): Água submetida a tratamento, tornando-se apropriada para alimentação da caldeira.
3.3.10 alcalinidade (alkalinity): Expressão do total de ânions básicos (grupos hidroxila) presentes em uma solução.
3.3.11 arraste de umidade (priming): Arraste de água no estado líquido na corrente de vapor, na saída da caldeira.
3.3.12 arraste (carryover): Transporte, pelo vapor, de partículas de água ou de sólidos presentes na água de caldeira.
3.3.13 ataque por hidrogênio (hydrogen attack): Redução na ductilidade do aço, sem diminuição significativa na resis-
tência à tração, como resultado de absorção de hidrogênio.
3.3.14 ataque por oxigênio (oxygen attack): Corrosão ou formação de pites (pequenas cavidades) ou alvéolos em cal-
deira, causada pelo oxigênio dissolvido.
3.3.15 capacidade de resinas: Quantidade máxima de íons que pode ser retida em um volume unitário de resina de troca
iônica.
3.3.16 carga iônica (ionic load): Somatório de concentração de íons (ânions ou cátions), geralmente convertido para mg/L
de CaCO3, utilizado para calcular o desempenho de unidade de troca iônica.
3.3.17 circulação forçada (forced circulation): Circulação de água na caldeira, provocada usualmente por bombea-
mento, em contraste com a circulação natural.
3.3.18 circulação natural (natural circulation): Circulação da água em uma caldeira, causada por diferenças de den-
sidade de massa, conhecida também como circulação térmica ou termicamente induzida.
3.3.19 clarificação (clarification): Processo aplicado em águas superficiais para remoção de sólidos em suspensão.
3.3.20 clarificador (clarifier): Tanque de decantação ou sedimentação, no qual os sólidos são removidos mecanicamente
da água.
3.3.21 colóide (colloid): Dispersão de partículas finas que se mantêm em suspensão na água, não constituindo solução
verdadeira.
3.3.22 concentração de sólidos na água de alimentação: Concentração de sólidos presentes por unidade de massa da
água de alimentação.
3.3.23 concentração total de sólidos (total solids concentration): Concentração total das impurezas dissolvidas e
suspensas na água de caldeira.
3.3.24 condensado (condensate): Água condensada resultante da remoção do calor latente do vapor.
3.3.25 condutividade (conductivity): Índice de transmissão de corrente elétrica da água, que define seu grau de pureza
em termos de carga iônica.
3.3.26 controle coordenado: Controle de concentração de fosfato em função do valor do pH, utilizado em caldeiras, para
se trabalhar no limiar da formação de soda livre.
3.3.27 controle sem adição de sólidos: Controle da qualidade da água de caldeira sem adição de sólidos.
3.3.28 corrosão (corrosion): Deterioração de materiais metálicos resultante de ação química, eletroquímica ou por outros
fatores, ocorrida na caldeira.
3.3.29 desaeração (deaeration): Remoção do ar e dos gases da água de alimentação, antes de sua introdução na cal-
deira.
3.3.32 desgaseificação (degaseification): Remoção de gases, da água e do vapor, pelo método de abrandamento por
troca iônica.
3.3.33 desmineralizador (demineralizer): Sistema usado para remover sais presentes na água, usualmente por troca
iônica.
3.3.34 dispersante (dispersant): Substância adicionada à água, para evitar a precipitação e a aglomeração de sólidos,
geralmente um colóide adequado.
3.3.35 dureza (hardness): Medida quantitativa dos sais de cálcio e de magnésio presentes na água da caldeira, usual-
mente expressa em mg/L de carbonato de cálcio.
3.3.36 exsudação (weep): Vazamento minúsculo nas juntas da caldeira, formando gotículas de água com grande lentidão.
3.3.37 filme de ebulição (boiling film): Ebulição da água caracterizada pela formação de um filme de vapor que “isola” a
massa de água da parede do tubo.
3.3.38 filme de magnetita: Filme de óxido de ferro (Fe3 O4) compacto e aderente, de caráter protetor, que se forma nas
paredes internas do tubulão superior e nos tubos das caldeiras.
3.3.39 formação de espuma (foaming): Formação contínua de bolhas, possuindo tensão superficial suficientemente ele-
vada para que sejam mantidas como bolhas, além da superfície da qual se separam.
3.3.40 formação de pites (pitting): Ataque corrosivo devido à presença de oxigênio ou impurezas na água, produzindo
depressões pontuais localizadas nas superfícies metálicas.
3.3.41 fuga iônica: Quantidade de íons que pode ser liberada de uma unidade de troca iônica, em função de seu nível de
regeneração.
3.3.43 grau de superaquecimento (degree of superheat): Diferença entre a temperatura do vapor e a temperatura de
saturação correspondente à pressão do vapor gerado.
3.3.44 hidrazina (hydrazine): Forte agente redutor, de fórmula N2H4, utilizado como agente seqüestrante de oxigênio.
3.3.45 incrustação (scale): Depósito compacto e aderente, proveniente dos sais em concentração na água, nas super-
fícies internas das partes pressurizadas da caldeira.
3.3.46 inibidor (inhibitor): Composto que desacelera ou interrompe reação química indesejada, tal como a corrosão ou
oxidação.
3.3.47 limpeza alcalina (boiling out): Processo de limpeza mediante ebulição de água altamente alcalina em partes pres-
surizadas da caldeira para remoção de óleos, graxas e outros, antes da operação normal ou após a execução de grandes
reparos na caldeira.
3.3.48 neutralização (neutralization): Processo de reação da acidez com um álcali ou da alcalinidade com um ácido, pa-
ra formar sais neutros.
3.3.49 ocultamento (hide-out): Fenômeno que ocorre durante os períodos de alta taxa de transferência de energia tér-
mica, em que a concentração de produtos químicos na superfície dos tubos de caldeira é maior do que a encontrada no
centro da massa líquida.
3.3.50 pureza do vapor (steam purity): Grau de contaminação do vapor, normalmente expresso em mg/L.
3.3.51 purga (blowdown): Remoção de partes da água da caldeira, a fim de condicioná-la aos parâmetros de concen-
tração total de sólidos na água remanescente.
3.3.52 purga contínua (continuous blowdown): Remoção ininterrupta da água concentrada na caldeira para controle da
concentração total de sólidos na água remanescente.
3.3.53 purga intermitente (intermittent blowdown): Água removida intermitentemente da caldeira sob pressão, a inter-
valos de duração igual ou variável, para eliminar sedimentos e reduzir a concentração de sólidos na água da caldeira.
3.3.54 quelação (chelating): Processo mediante o uso de determinados produtos químicos que, quando dissolvidos em
água, mantêm os sais orgânicos da água dura em solução, evitando a formação de incrustações.
3.3.55 reaquecimento (reheating): Processo de fornecimento de energia térmica ao vapor, para elevar a sua tem-
peratura, depois que o vapor tiver efetuado parte ou a totalidade do trabalho previsto.
3.3.56 reposição (makeup): Água adicionada à alimentação da caldeira para compensar as perdas por evaporação, des-
cargas ou vazamentos.
3.3.57 resinas trocadoras de cátions/ânions: Componentes químicos, sólidos, geralmente na forma esférica, que têm
características de trocar íons com aqueles presentes na água.
3.3.58 seqüestrantes (sequestering): Produtos químicos que, quando dissolvidos em água, mantêm os sais inorgânicos
de água dura em solução,evitando incrustações.
3.3.59 sílica reativa: Sílica que se apresenta na forma capaz de reagir com molibdato de amônio.
3.3.60 sólidos dissolvidos (dissolved solids): Sólidos presentes na água, em forma de solução.
3.3.61 sólidos suspensos (suspended solids): Sólidos não dissolvidos, presentes na água da caldeira.
3.3.62 taxa de circulação (circulation ratio): Relação entre a água admitida em um circuito e o vapor gerado dentro
desse circuito, por unidade de tempo, geralmente expressa em termos de massas.
3.3.63 taxa de purga (rate of blowdown): Taxa normalmente expressa como porcentagem da água de entrada.
3.3.64 título do vapor (steam quality): Porcentagem de vapor, em massa, em uma mistura de vapor e água.
3.3.65 tratamento de água de alimentação (feedwater treatment): Tratamento da água de alimentação da caldeira, para
evitar a formação de incrustações ou de outras ocorrências indesejáveis.
3.3.66 tratamento externo (external treatment): Tratamento da água de alimentação, antes da sua introdução na cal-
deira.
3.3.67 tratamento interno (internal treatment): Tratamento da água da caldeira através da introdução de produtos quí-
micos diretamente no interior da caldeira.
3.3.68 trincamento cáustico (caustic cracking): Trinca gerada em metais submetidos a uma alta concentração cáustica,
com traços de sílica em níveis de tensão suficientemente elevados, tais como em regiões de mandrilagem de tubos e de
parafusos. A propagação desse tipo é normalmente intergranular.
3.3.69 turbidez (turbidity): Redução da transparência da água, causada por material em suspensão.
3.3.70 vapor seco (dry steam): Vapor sem teor de umidade. O vapor comercialmente seco contém teor de umidade não
superior a 0,5%.
3.3.71 vaporização brusca (flashing): Vapor produzido pela descarga de água à temperatura de saturação.
3.3.72 vaporização nucleada (nucleated boiling): Ebulição de água caracterizada pela formação de pequenas bolhas
dispersas ao longo da parede do tubo.
3.3.73 vaporização por filme (film boiling): Ver ebulição por filme.
3.4 Cinzas e escórias
3.4.1 canal de cinzas (air sluice): Canal ou vala usada para a transferência das cinzas, do poço ou tremonha, para o
ponto de descarga, usando-se a água como meio de transporte.
3.4.2 clínquer (clinker): Material solidificado, duro e compacto, proveniente da queima de material combustível na for-
nalha, usualmente escória.
3.4.3 coletor de cinzas volantes (fly ash collector): Dispositivo projetado para remover as cinzas volantes, na forma
seca, dos gases de combustão.
3.4.4 coletor tipo ciclone (cyclone collector): Equipamento que utiliza a ação de força centrífuga para remover dos ga-
ses de combustão, partículas sólidas relativamente grandes.
3.4.5 depósito (fouling): Acumulação de material sólido nas passagens de gás ou nas superfícies de absorção de energia
térmica, causando restrições prejudiciais aos fluxos de gás ou de energia térmica.
3.4.6 entupimento (bridging): Acumulação de escória e matéria não combustível, obstruindo, parcial ou totalmente, os
espaços ou orifícios entre os tubos absorvedores de energia térmica.
3.4.7 erosão (erosion): Perda progressiva de material de uma superfície, decorrente da interação mecânica entre a
superfície e o fluido ou partículas carregadas pelo fluido.
3.4.8 escória (slag): Matéria sólida fundida ou em estado de fusão.
3.4.9 fusibilidade (fusibility): Propriedade da escória para fundir e coalescer em uma substância homogênea.
3.4.10 ponto de orvalho (dew point): Temperatura na qual ocorre a condensação do vapor considerado.
3.4.11 precipitador eletrostático (electrostatic precipitator): Equipamento para controle da poluição do ar, através da
aplicação de carga elétrica nas partículas de um fluxo de gás, ocasionalmente a sua coleta por um elétrodo (ou eletrodo).
3.4.12 soprador de água (water blowing): Dispositivo mecânico rotativo e retrátil, de comprimento relativamente longo,
utilizando água soprada como meio de limpeza das superfícies de absorção de energia térmica.
3.4.13 soprador de fuligem (soot blower): Dispositivo mecânico fixo ou retrátil utilizado para limpeza das superfícies de
absorção de energia térmica.
3.4.14 soprador de fuligem retrátil (retractable soot blower): Soprador de fuligem no qual os elementos sopradores po-
dem ser estendidos, mecanicamente, para o interior da caldeira e, subseqüentemente, recolhidos para suas posições
originais.
3.5 Miscelânea
3.5.1 combustão em leito fluidizado (fluidized bed combustion): Processo de queima de combustível em um leito de
partículas granuladas, mantidas em suspensão móvel por um fluxo de ar ou de produtos de combustão.
3.5.2 controle de modulação da combustão (firing rate control): Sistema de controle que atua quando a pressão ou
vazão de vapor se afasta do valor prefixado.
3.5.3 finos (fines): Partículas com tamanho inferior a um limite dimensional especificado.
3.5.4 incidência de chamas (flame impingement): Contato contínuo da chama sobre uma superfície, provocando a
formação de depósitos carbonáceos duros, o que pode resultar em combustão incompleta localizada.
3.5.5 intertravamento (control, safety): Controle (incluindo relés, microprocessadores, interruptores e outros dispositivos
auxiliares, usados em conjunto, formando um sistema de controle de segurança) destinado a evitar operações inseguras
dos equipamentos controlados.
3.5.6 limites de inflamabilidade (flamability limits): Limites (superior e inferior) de composição homogênea de uma
mistura de ar e de combustível, fora dos quais a mistura é não-inflamavel. O limite inferior representa menor proporção de
combustível e ar que pode ser queimada sem fornecimento contínuo de energia térmica, enquanto o limite superior re-
presenta a maior proporção de combustível e ar que pode ser queimada sem fornecimento contínuo de energia térmica.
3.5.7 moabilidade (grindability): Característica do carvão que representa sua facilidade quanto à pulverização e é um dos
fatores utilizados para determinar a capacidade dos trituradores.
3.5.8 taxa de liberação de energia térmica de fornalha (furnace heat release rate): Quantidade de energia térmica dis-
ponível por hora e por metro quadrado de superfície de absorção de energia térmica na fornalha.
3.5.9 válvula de bloqueio manual (valve, manual shutoff): Válvula de operação manual, instalada na linha de com-
bustível, para bloquear o suprimento de combustível para o queimador.
3.5.10 válvula de controle do combustível (valve, fuel control): Dispositivo operado manual ou automaticamente,
consistindo, principalmente, em válvula reguladora e mecanismo de operação, utilizado para regular o fluxo de combustível.
3.5.11 volume de fornalha (furnace volume): Espaço interno da fornalha ou câmara de combustão.
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/Índice alfabético
Impresso por: PETROBRAS
12autorizada para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31
Cópia NBR 11096:2000
corte de combustível por nível baixo de água (low water fuel cutoff) 3.1.21
prontuário 3.1.70
sistema com alimentação direta para os queimadores (direct-fired circulating system) 3.2.45
taxa de liberação de energia térmica de fornalha (furnace heat release rate) 3.5.8
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/Índice alfabético
direct-fired circulating system (sistema com alimentação direta para os queimadores) 3.2.45
furnace heat release rate (taxa de liberação de energia térmica de fornalha) 3.5.8
low water fuel cutoff (corte de combustível por nível baixo de água) 3.1.21
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