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12232014 2847
Abstract The aim of Family Health Support Resumo Os Núcleos de Apoio à Saúde da Fa-
Centers (NASFs) is to expand and qualify prima- mília (NASF) objetivam ampliar e qualificar as
ry health care initiatives. Working together with ações da Atenção Primária em Saúde. Para tanto,
Family Health Teams (EqSFs) they use matrix no trabalho junto às Equipes de Saúde da Famí-
support strategies. This paper discusses how NASF lia (EqSF), utilizam-se da estratégia do matricia-
professionals develop their work, emphasizing mento. Este artigo buscou apresentar e discutir
how matrix support approaches are appropriat- como os profissionais do NASF desenvolvem seu
ed and incorporated into daily working practices. trabalho, com ênfase na apropriação e incorpo-
The results that are presented are based on a case ração do matriciamento no cotidiano das práti-
study of the work process of NASFs in a region of cas. Os resultados apresentados compõem estudo
the city of São Paulo, Brazil. In order to investi- de caso sobre o processo de trabalho dos NASF
gate this issue, specific questions were introduced de uma região de São Paulo. Para investigar esta
at different stages of the ergonomic work analysis. temática foram introduzidas questões específicas
The implementation of the NASF, without a re- nas diversas etapas da Análise Ergonômica do
view of the guidance documents provided by the Trabalho. A implantação do NASF sem a revisão
EqSF, created the following paradoxes: the differ- dos documentos norteadores das EqSF criou al-
ent requirements of productivity and the working guns paradoxos: as diferentes exigências de produ-
strategies between the NASF and the EqSF; the tividade e de estratégias de trabalho entre NASF e
different demands of care for the population and EqSF; demandas distintas de atendimento popu-
different priorities for action, which were reflected lacional e diferentes prioridades de ação, com re-
in the division of tasks and the time allocated to flexos na divisão das tarefas e do tempo destinado
each of them, etc. The practices that have been ac- a cada uma delas, etc. A prática acumulada desde
cumulated since the creation of the NASF suggests a criação dos NASF pode favorecer uma revisão
¹ Faculdade de Medicina, a review of these documents in order to transform destes documentos no intuito de transformar as
Universidade de São the organization of planned work of these orga- organizações de trabalho previstas para criar
Paulo. Av. Dr. Arnaldo 455, nizations in order to create better conditions for maiores condições para o trabalho compartilhado.
Cerqueira César. 01246-
903 São Paulo SP Brasil. shared working practices. Palavras-chave Matriciamento, Núcleo de apoio
juliana.obarros@usp.br Key words Matrix support, Family Health Sup- à saúde da família, Atenção primária em saúde,
2
Centro de Referência port Center (NASF), Primary health care, Health Trabalho em saúde
em Saúde do Trabalhador
da Mooca, Prefeitura do work
Município de São Paulo.
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Barros JO et al.
zação de reuniões, entrevistas, observações aber- tas semiestruturadas com trabalhadores de dife-
tas, observações sistemáticas, fotos, filmagens, rentes categorias profissionais, sendo seis indi-
entre outros27. Nesta pesquisa, devido ao recorte viduais e uma de grupo e, ainda, uma entrevista
e característica do estudo, utilizou-se apenas de com a coordenação das equipes NASF. Tais entre-
algumas etapas e procedimentos que compõem vistas foram guiadas por roteiros que, em linhas
a AET. gerais, versavam obter dados acerca do trabalho
A análise dos dados em Ergonomia confi- prescrito e realizado; gestão do tempo de cada
gura-se como do tipo comparativa normativa, profissional e da produção; divisão das tarefas e
sendo realizada a partir das informações obje- conteúdo das mesmas; relação e estratégias uti-
tivas obtidas ao longo da coleta de dados, com lizadas pelo NASF para apoiar à EqSF; principais
vistas a compreensão do hiato entre o trabalho temáticas discutidas nas reuniões entre as duas
prescrito (diretrizes dos documentos ministe- equipes; distribuição da carga horária de traba-
riais e municipais) e o trabalho real (aquele que lho, entre outros aspectos.
os trabalhadores efetivamente realizam diante Posteriormente, de posse destas informações,
dos recursos que dispõem, da variabilidade e foram feitas observações abertas de algumas tare-
divisão das tarefas, das condições de execução, fas (uma reunião da equipe NASF, duas reuniões
e do tempo destinado para o desenvolvimento entre NASF e EqSF, um grupo de gestantes). As
das atividades). Verifica-se, ainda, neste contex- tarefas observadas foram aquelas consideradas
to, se existem práticas que superam as diretrizes pela equipe como as menos invasivas para os
previstas e que podem se tornar referências para usuários e de menor interferência na dinâmica
outros trabalhos assemelhados e, com isso, fazer do trabalho. Foram verificadas ainda as agendas
o próprio trabalho prescrito avançar. A análise é de alguns profissionais, no intuito de observar o
concluída por meio de um processo de validação tipo e a natureza dos agendamentos realizados e
dos achados em reuniões com os trabalhadores demais atividades desenvolvidas.
envolvidos no estudo. Destacamos que, com exceção das observa-
Para auxiliar o trabalho de campo e facilitar a ções, que foram apenas transcritas, os demais
comunicação entre os pesquisadores e as equipes, procedimentos foram gravados, transcritos e
no início da pesquisa, foi constituído um grupo posteriormente analisados. As entrevistas indi-
gestor formado por 4 representantes da equi- viduais, grupais, reuniões e observações totaliza-
pe técnica e 4 da equipe de pesquisadores. Esse ram, aproximadamente, 52 horas de trabalho de
grupo se reunia quando necessário e auxiliava na campo.
aproximação entre pesquisadores e trabalhado- Após compilação e análise dos dados coleta-
res, no agendamento de entrevistas, observação dos, eles foram apresentados, discutidos, modifi-
do trabalho e participação dos pesquisadores em cados e, finalmente validados com as equipes em
atividades selecionadas. duas reuniões. Posteriormente os NASF e a res-
Para conhecimento do trabalho prescrito pectiva coordenação receberam o relatório final.
foi realizado um levantamento e análise de do-
cumentos Ministeriais e municipais, utilizados
como norteadores para o trabalho dos NASF. Resultados
Para a caracterização da região e da população de
trabalhadores estudada foi realizado um levanta- A apresentação dos resultados será iniciada pela
mento documental da estrutura organizacional caracterização das equipes estudadas, seguida da
das UBS em que estavam inseridos os NASF e análise de alguns aspectos do trabalho realizado,
de dados do perfil dos trabalhadores tais como destacando o matriciamento como eixo central e
idade, sexo, escolaridade, tempo de trabalho no irradiador das ações desenvolvidas. Por fim, para
NASF, entre outros. melhor compreender a abrangência do “apoio
Para conhecimento do trabalho real, foram matricial” no contexto estudado, organizamos as
realizadas duas reuniões com a coordenação dos práticas desenvolvidas pelos trabalhadores e sua
NASF e cinco com o grupo gestor da pesquisa. representação em três grandes temas: concepção
Tais reuniões tiveram como objetivo favorecer das equipes NASF acerca da estratégia do apoio
um primeiro contato com o trabalho e com a ro- matricial; vivência cotidiana do apoio matricial
tina dos trabalhadores, com as reuniões e grupos nas práticas de APS; e potencialidade e limites da
desenvolvidos junto à população e demais ações utilização do apoio matricial no desenvolvimen-
dos NASF. Foram realizadas ainda oito entrevis- to das práticas do NASF.
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Ações
compartilhadas
(Visitas
domiciliares,
grupos,
EqSF Reuniões entre
Demandas atendimentos
(elegia casos / situações NASF e EqSF
individuais / individuais, etc)
/ temáticas de maior (discussão dos casos +
coletivas complexidade) temas de interesse mútuo)
Ações exclusivas da
Equipe NASF
Esta estratégia fortalecia trocas interdiscipli- Foi possível detectar algumas ações conside-
nares e a abordagem dos problemas sob novas radas primordiais no desenvolvimento do traba-
perspectivas permitindo a construção de novas lho do NASF e que, envolviam, o apoio matricial.
lógicas de trabalho entre profissionais e, sobretu- Entre as principais, destacamos as reuniões que
do, entre equipes. Para tanto, era necessário que eram a fonte disparadora de toda e qualquer ação
se trabalhasse simultaneamente com a transfor- subsequente e onde eram realizados os pactos ne-
mação das práticas profissionais e da organização cessários para subsidiar a resolução dos proble-
do trabalho. mas específicos de sujeitos ou de comunidades.
Matriciamento é a lógica do compartilhar, é a Entre as principais reuniões destacamos as que
desconstrução da lógica de referência e contra refe- aconteciam semanalmente entre os NASF e as
rência existente até então no serviço público. (ent. EqSF e entre as próprias equipes de NASF, e as
grupal 1) que aconteciam mensalmente, como as reuniões
Por fim, além das discussões de caso e dos técnicas, com os profissionais de saúde das UBS e,
atendimentos compartilhados, o chamado especificamente, aquelas realizadas entre os mé-
“apoio técnico-pedagógico” ou “apoio educati- dicos do NASF e médicos e enfermeiros das EqSF.
vo”, que compõe o matriciamento, acontecia em Nas reuniões realizadas entre representantes
todas as ações desenvolvidas pela parceria estabe- dos NASF e as EqSF, eram identificadas as deman-
lecida entre EqSF e NASF. das prioritárias para a construção de projetos de
cuidados específicos, que contemplassem a sin-
Vivência Cotidiana do Apoio Matricial gularidade de cada situação. Os desdobramentos
nas Práticas de APS destas discussões eram variados e podiam ser ma-
terializados de forma compartilhada entre NASF
Para os NASF, todas as ações desenvolvidas, e EqSF, ou apenas por algum dos profissionais de
inclusive as assistenciais, se configuravam como cada equipe. Entre as principais ações pactuadas
matriciamento, não apenas com relação as EqSF destacavam-se o desenvolvimento de: grupos te-
ou entre os profissionais da equipe NASF, mas rapêuticos e educativos; oficinas com temáticas
também com os profissionais inseridos em ou- específicas; atendimentos individuais e/ou avalia-
tros serviços de saúde parceiros. ção de casos; visita ou consultas domiciliares.
... quando se discute um caso nos CAPS, esta-
mos construindo uma ação, trocando saberes, você Potencialidades e Limites da Utilização
está matriciando o outro o tempo inteiro... tudo o do Apoio Matricial como Estratégia
que a gente faz é matriciamento, (ent.ind.4) Prioritária do Desenvolvimento
Segundo as equipes NASF, as EqSF também das Práticas no NASF
“matriciavam” o NASF, sobretudo a partir do co-
nhecimento que possuíam acerca do território No cotidiano de trabalho do NASF eram en-
adstrito e da demanda das famílias e da comu- contrados desafios para colocar em prática o ma-
nidade. triciamento. Alguns deles, referiam-se a aspectos
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dades e desconhecimento tanto teórico quanto Destaca-se ainda que, a prioridade de ações
prático, exige dos profissionais disponibilidade, coletivas, prevista nos documentos norteadores
confiança e cooperação. De acordo com as equi- do NASF conflitava com as demandas da popu-
pes NASF, alguns profissionais da EqSF apresen- lação por atendimentos específicos, como por
tavam pouca disponibilidade para este tipo de exemplo, os de reabilitação, o que favorecia si-
prática e, consequentemente, criavam limitações tuações de sobrecarga de trabalho para os pro-
para a realização de ações conjuntas. fissionais devido à inexistência de suporte para
Uma das potencialidades do apoio matricial responder a essas demandas14,20,21.
é promover a integração profissional, entretanto, Entretanto, a introdução do apoio matricial
para que isso ocorra é necessário que a hierarquia na prática das EqSF, a partir da criação do NASF,
e as relações entre os profissionais sejam menos possibilita instituir novos processos que facilitem
burocratizadas e mais horizontalizadas6,7,30. Para o diálogo e a capacidade de assumir novos com-
a construção de uma postura profissional mais promissos com a saúde dos usuários6. É impor-
permeável a novos processos de trabalho é neces- tante destacar, neste sentido, que o uso do matri-
sário que as práticas cotidianas estejam organi- ciamento pelas equipes fortalece a mudança de
zadas de modo que as relações de cooperação e paradigmas no campo da APS, ao propor uma
confiança sejam favorecidas e subsidiem, inclu- nova lógica de trabalho. Implica em transformar
sive, a compreensão e apropriação da proposta. práticas profissionais já estabelecidas, descons-
Cunha e Campos12 destacam que os traba- truir a lógica da referência e contra referência
lhadores da área da saúde tendem a querer lidar existente, bem como, favorecer mudanças impor-
apenas com os problemas para os quais seu nú- tantes na organização do trabalho.
cleo de conhecimento é suficiente para intervir e, Campos e Domitti7 referem que o apoio ma-
quando são dadas opiniões sobre suas condutas tricial provoca uma reformulação na organização
sentem como sendo inoportunas e invasivas. As- dos serviços, de forma que as áreas especializa-
sim, esses profissionais apresentam baixa capaci- das, outrora verticais, possam oferecer apoio téc-
dade para lidar com a incerteza e com a interdis- nico pedagógico horizontal às equipes da atenção
ciplinaridade, o que dificulta o trabalho intra e primária. Afirmam que, para a utilização dessa
inter equipes. No entanto, é quando as fronteiras estratégia é necessário mudanças ou mesmo uma
entre os diferentes núcleos de conhecimento fi- transformação global na maneira como se orga-
cam indefinidas que é possível constituir práticas nizam e funcionam os serviços de saúde.
coletivas, mais adequadas às necessidades da po- Campos6 e Campos e Domitti7 asseguram
pulação e às características do território. Silva et que o matriciamento é um dispositivo importan-
al.23 ressaltam a importância de se evitar a hierar- te para a clínica e para o trabalho transdiscipli-
quização, o especialismo e a fragmentação entre nar. Implica em um modo de operar dialógico e,
os diversos profissionais das equipes NASF e SF. em construir uma nova lógica da ação na APS.
Matriciar exige mudança nas prioridades de Porém, é importante destacar que, ao longo dessa
ação das equipes: o que antes era oferecido ape- pesquisa, foi percebida uma grande heterogenei-
nas por um profissional a um sujeito ou a uma dade teórico-prática com relação à compreensão
população, deve ser não apenas implantado, mas e utilização da estratégia. Tal configuração acaba
também planejado de forma compartilhada e co- por banalizar o próprio termo “matriciamento”,
letiva. Entretanto, o presente estudo indica que, que passa a ser utilizado de forma genérica para
como as prioridades de ação para o NASF e para representar o desenvolvimento de toda e qual-
a EqSF eram distintas, havia dificuldades no de- quer ação destes profissionais.
senvolvimento do trabalho compartilhado.
As questões apontadas se somam a orienta-
ção do trabalho das duas equipes, fruto de do- Considerações finais
cumentos norteadores distintos para cada uma
delas, que determinavam diferenças e uma gran- O apoio matricial constitui-se como a principal
de heterogeneidade do ponto de vista da orga- estratégia das equipes NASF para a concretização
nização do trabalho; no trabalho previsto; nas do trabalho. Para que possa ser incorporado e
prioridades de ação; no tempo destinado para a tornar-se referência no cenário da APS, é neces-
realização das atividades; nas metas, na produti- sário que todos os atores envolvidos, sobretudo o
vidade exigida, nos indicadores de desempenho próprio NASF e as EqSF, fomentem espaços cole-
utilizados; na coordenação técnica e na organiza- tivos de reflexão, discussão e prática. Neste con-
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