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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

ANGÉLICA LUCIANO DA COSTA ALMEIDA


RU 2803337

PRODUÇÃO CONCEITUAL
ESTÁGIO SUPERVISIONAL PSICOPEDAGOGIA EMPRESARIAL
INICIAÇÃO CIENTÍCA

Brasília
2020
1. INTRODUÇÃO

A Psicopedagogia surgiu inicialmente da junção da Pedagogia e Psicologia,


preocupando-se com o processo de aprendizagem, ou seja, como o indivíduo
aprende; prevenção, avaliação e intervenção em possíveis dificuldades e/ou
distúrbios de aprendizagem (SAMORA, 2014.).
Atualmente, a Psicopedagogia é vista como uma área interdisciplinar que
acredita que o ser humano nunca para de aprender, seja criança, jovem, adulto
ou idoso. Segundo Bossa (2000, p. 34):

A Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do


processo de aprendizagem, destacando-se o seu caráter interdisciplinar.
Deve-se pensá-la como nova área que, além de solicitar conhecimentos da
Psicologia e Pedagogia, busca construir e organizar o seu próprio corpo
teórico.

Há várias atuações para o psicopedagogo: clínica, escolar, hospitalar e


empresarial. Quando se pensa em um psicopedagogo institucional, o campo
empresarial, ao menos aqui no Brasil, ainda é tímido, sendo mais desenvolvido na
Argentina e Espanha (RIBEIRO, et al., 2020). Para Silva (2012, p. 1), o
psicopedagogo institucional tem a função:

Analisar, avaliar, incentivar e intervir nos acontecimentos que prejudiquem o


desenvolvimento individual e grupal, estimulando a harmonia e a
aprendizagem. Pode atuar com os profissionais da área de Recursos
Humanos e auxiliá-los em treinamentos, seleção e organização pessoal.
Como também colher elementos do diagnóstico organizacional,
determinando e inspecionando a aprendizagem de forma didática.

O campo empresarial exige, tanto por ética, quanto por lucros, que os
empresários tenham responsabilidade social. Responsabilidade social também é
cuidar dos colaboradores, evitando estresse desnecessário, motivando-os,
promovendo a aprendizagem e a socialização (SAMORA, 2014.). E quem é o
profissional habilitado para tal? O psicopedagogo que promoverá ações de
humanização, socialização e qualidade de vida. (SILVA, 2012).
O mundo globalizado e capitalista, por vezes, trata os colaboradores como
alguém que deve dar lucro para a empresa. E a saúde mental, social e física dos
colaboradores?
Com a pandemia COVID-19, o mercado empresarial teve que se transformar
para conseguir que seus colaboradores trabalhassem em sistema de home office
(LOSEKANN, 2020.). Mas esse sistema garante ao trabalhador menos estresse? O
isolamento social trouxe novos desafios de metas, produtividade laboral que se
misturam aos afazeres domésticos e familiar. E a adaptação à nova tecnologia, será
que trouxe algum desconforto? Será que todos conseguem falar ou ser ouvidos?
Em meio a tantas perguntas, as empresas se viram entre a dialética do
capitalismo e garantia de lucros e a responsabilidade social.
O psicopedagogo irá observar possíveis ruídos na comunicação dos
colaboradores. Também poderá criar atividades que visem o bem-estar mental de
todos, por exemplo. Porém, para realizar esse trabalho, ao menos
momentaneamente, a empresa que visa somente lucratividade, terá que reavaliar
seus objetivos, pois, do contrário, as atividades psicopedagógicas empresarias
serão invalidadas.
A pesquisa visa mostrar como o psicopedagogo empresarial atua, a
importância dos colaboradores em home office ou não, a visibilidade de uma
empresa com responsabilidade social. Além disso, espera-se contribuir para que a
atuação Psicopedagógica Empresarial no Brasil ganhe visibilidade.
O estágio supervisionado foi realizado na modalidade Iniciação Científica da
Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional UNINTER. A
linha de pesquisa foi Educação à distância, Metodologias e Inovação e o projeto de
pesquisa é o Vozes da Pedagogia, coordenado pela professora Drª Gisele Cordeiro.
Durante o estágio foram discutidos os capítulos do livro “Educação em tempos de
Covid” na plataforma TEAMS, além de pesquisas no google acadêmico e leituras de
artigos sobre o tema em questão. Foi realizada a análise do documentário “Living on
one dollar” e produzido um texto no “Retratos e Memórias de uma Pandemia” que
fala sobre uma corporação e suas atitudes durante o auge da pandemia.
A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica, qualitativa e descritiva, com
análise de artigos, documentário e dados sobre o tema. Os autores do referencial
teórico são Nádia Bossa, Claro, Scoz e Ribeiro.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Estado da Arte

Segundo a teoria da sociedade de risco, de Ulrich Beck, os desenvolvimentos


científico e industrial acarretam em riscos para a sociedade que não podem ser
contidos temporariamente. Ninguém é responsável por esses danos e não se pode
pedir indenizações. As consequências são riscos ecológicos, precarização da
condição de existência com aumento da desigualdade social (MENDES, 2015).
No risco, não se pode definir o presente que é construído pelo futuro. Os
resultados são sempre locais ou globais e a solução é a sociedade ser reflexiva.
Esses riscos podem ser visíveis ou invisíveis (como um vírus, por exemplo), porém
as desigualdades aumentarão a vulnerabilidade social (MENDES, 2015). E o que se
pode concluir com essa sociedade de risco? Que a pandemia pode ser
consequência de nossos próprios atos e que as consequências não se podem ver
somente localmente, mas também globalmente.
A sustentabilidade que deve ser luta da sociedade, incluindo empresas, pode
ter cinco dimensões: social, econômica, ecológica, espacial e cultural. Interessa, no
momento, a social e econômica. A sustentabilidade social promove meios para
melhor distribuição de renda, garantindo direitos e condições de vida dignos para
todas as camadas da sociedade. A sustentabilidade econômica se preocupa com a
melhor forma de alocar recursos, lembrando que recursos não são apenas materiais,
visando eficiência para investimentos públicos ou privados (PANDOLFI e
SAPIENZA, 2019).
A responsabilidade social é uma estratégia da empresa no mercado pós-
moderno, pois a sociedade e clientes veem com bons olhos essa atitude. A
responsabilidade social é fruto da ética empresarial e busca atividade econômica
lucrativa com perspectiva de desenvolvimento sustentável. Mas fica a pergunta, é
ética ou marketing? A ética empresarial é dotada de razão e com o avanço da
globalização, as empresas devem mudar seus paradigmas, buscando o
desenvolvimento da sustentabilidade humana e planetária, com complexas redes de
interações com interdependências. A responsabilidade social ultrapassa o lucro e
revela da empresa com as transformações que afetam a sociedade (BENACHIO e
CAMARGO, 2019). E o que há de conexão entre o explanado e a Psicopedagogia
Empresarial? TUDO.
O fazer psicopedagógico compreende as várias dimensões da aprendizagem,
em todos espaços e com toda sociedade (SCOZ, 2009). O psicopedagogo
institucional caracteriza pela construção do conhecimento do aprendiz, de acordo
com a filosofia, valores e ideologias do local (CLARO, 2018).
O psicopedagogo institucional pode atuar em escolas, hospitais, empresas e
ONG’s. O psicopedagogo empresarial auxiliará nos treinamentos do grupo (e porque
não, do indivíduo?), resgatando a visão daquele local, bem como filosofia. Observa e
direciona múltiplas inteligências e a criativa nata do sujeito. Integrará as funções do
ser humano e sociedade aos sentimentos da empresa, objetivando a construção de
projetos e conhecimentos do grupo. Além disso, atuará nas relações do grupo e
seus membros, buscando estabelecer vínculos entre todos, mesmo que sejam de
setores diferentes, harmonizando à empresa e construindo vínculos positivos entre
aprendizes (colaboradores) e empresa (CLARO, 2018).
O psicopedagogo empresarial é um assessor que coordena conhecimentos e
princípios de diferentes áreas das Ciências Humanas, como Filosofia, Psicologia,
Pedagogias, Psicanálise, Neurologia e outras. Ele é o responsável por questões
referentes à cognição, psicomotricidade e afetividade, presentes na aprendizagem,
identificando problemas que possam interferir nesse processo, através de
instrumentos, técnicas, metodologias, próprios das práxis psicopedagógica
(BRENZAN, MARTINS e TANZAWA, 2011).
O psicopedagogo empresarial mapeará a instituição para posteriormente
elaborar um diagnóstico. Para isso, ele ouve e observa conversais casuais,
entrevistas, documentos, reuniões diversas, oficinas de trabalho, vida institucional,
ouvir os participantes daquela empresa. A partir de uma macrovisão daquela
empresa, o psicopedagogo poderá tomar a decisão mais acertada para um possível
informe e intervenção. Com o olhar atento, o psicopedagogo poderá identificar
dificuldades de aprendizagem e nas relações, obstáculos, conflitos e possibilidades
(BRENZAN, MARTINS e TANZAWA, 2011).
Para chegar a uma intervenção correta, o psicopedagogo deverá, então,
colher dados, analisar os dados de forma gerais e do grupo, obter um diagnóstico e
estruturar a intervenção mais adequada e eficaz, organizar ações para a mudança,
introduzir elementos que façam o indivíduo e grupo refletir e quebrar padrões que
necessitem de novos paradigmas (BRENZAN, MARTINS e TANZAWA, 2011). A
natureza da intervenção poderá ter caráter preventivo ou terapêutica e sempre terá a
presença do psicopedagogo, necessitando, é claro, da vontade do grupo em mudar.
O psicopedagogo deve auxiliar na construção ou resgate da identidade
daquela empresa. O psicopedagogo irá contribuir para a responsabilidade social,
incorporando novos saberes e conhecimentos, sempre respeitando a
individualidade, pois cada indivíduo possui suas condições, limites e meios para
acessar o conhecimento e construir seus saberes. O psicopedagogo auxiliará no
cooperativismo e setor de recursos humanos (RIBEIRO et al, 2020).

Sendo assim, o psicopedagogo torna-se um aliado ao setor de Recursos


Humanos, pois sua atuação é de formação, desenvolvimento profissional e
treinamento. O psicopedagogo atuará avaliando e controlando a
aprendizagem, o que tornará o processo de recrutamento e seleção mais
qualificado; fará um levantamento do perfil de cada colaborador da
Organização para identificar o nível de conhecimento e se há necessidade
de treinamento ou aperfeiçoamento. Atuará também na intervenção para
que os colaboradores que resistam às mudanças aceitem da melhor
maneira possível, alcançando o desenvolvimento do grupo na Organização.
Sabemos que existem diversos (BENGEZEN, 2010, p. 1).

O psicopedagogo irá auxiliar a empresa em seu caráter social, equilibrando as


relações da empresa com seus colaboradores, diminuindo a necessidade de
repreensão (RIBEIRO et al, 2020).
A pandemia desestabilizou a sociedade, demonstrando realmente que
estamos em uma sociedade de risco. Para aqueles que conseguiram manter seus
empregos, o home office se tornou realidade, porém nem sempre com uma empresa
preocupada com seus colaboradores e sim visando lucro para não sucumbir à crise
econômica. E o psicopedagogo nessa relação mediadora entre empresas e
colaboradores? Ele é contratado, mesmo que temporariamente, da empresa, porém
tem o dever, segundo sua ética pessoal e também o código de ética do
psicopedagogo, de zelar pela sociedade e consequentemente os colaboradores. Eis
a dialética psicopedagógica.

2.2 Campo Externo

O tema do documentário “CenaRIO: sustentabilidade em ação” é a


sustentabilidade social na cidade do Rio de Janeiro.
Os empreendedores são entrevistados e contam como a sustentabilidade
social e ambiental mudou suas vidas e a concepção de negócio e empresa.
O documentário se inicia com alguns dos 30 alunos do Centro de
desenvolvimento explicando o que é sustentabilidade, que não se restringe a uma
sustentabilidade ambiental, pois também há a sustentabilidade econômica e social,
por exemplo, e que todas devem ser concebidas através da responsabilidade social.
Os personagens são os próprios empreendedores. Alguns utilizam a
reciclagem para produzir artesanatos, outros têm cooperativas que possibilitam
empregos e consequentes autonomia e autoestima da comunidade local.
A responsabilidade social é uma realidade do empreendedorismo globalizado.
As grandes ou pequenas empresas devem observar que ser responsável é
conseguir ter marketing e ética social.
O psicopedagogo institucional pode atuar nas relações do grupo e seus
membros, criando vínculos que ajudem a promover e transformar as ações em
positiva. O psicopedagogo harmonizará o grupo, na relação do sujeito com si e com
a empresa (CLARO, 2018).
O psicopedagogo atuará de forma que equilibre o corpo, alma e mente
daquela empresa, tornando-a plena. Ele observará a rotina de trabalho, a filosofia, o
produto comercializado e fará interferências e apontamentos fundamentados em
como a empresa é e o que precisa (ITODA, 2015).
A realidade é que a maioria da sociedade ainda não tem conhecimento das
práxis do psicopedagogo institucional. Na Argentina e Espanha, já há um campo
consolidado, porém no Brasil, como a Psicopeagogia é uma ciência relativamente
nova, apesar da aprendizagem sempre ter necessitado de investigações, não se
conseguiu difundir a importância de um psicopedagogo para o trabalho da empresa,
escola, ONG’s, hospitais e o vínculo da filosofia daquela instituição ao grupo.
O psicopedagogo institucional ainda é “invisível”, porém cabe aos próprios
profissionais difundir sua importância. E quem sabe em um futuro haverá um
documentário da Psicopedagogia Empresarial e sua responsabilidade social?

FICHA TÉCNICA DO DOCUMENTÁRIO/FILME

Documentário:
CenaRIO: sustentabilidade em ação
Título Original:
CenaRIO: sustentabilidade em ação
Ano: 2016 País: Brasil Idioma: Português Duração: 21 min. e 33
seg.
Gênero: Documentário Cor: colorido Idade recomendada: livre

Palavras-chave:
Sustentabilidade, responsabilidade social.
Direção: Rafael Figueiredo Rio+

Elenco Principal: Empreendedores da cidade do Rio de Janeiro que contam como a


sustentabilidade ambiental e social mudou as suas vidas.

Informações de Produção: Documentário com relatos de pessoas que utilizaram a


responsabilidade social para se empoderar e mudar a vida sua e de toda uma comunidade.

Restrições: Classificação etária livre.

2.3 Material: criação e reflexão

A criação consistiu em produção de um Podcast na plataforma Spotify, com o


título de “Dialética Psicopedagógica”. Narra-se o que é, onde e quando atua o
psicopedagogo empresarial e a dialética de auxiliar uma empresa capitalista, mas
introduzir e defender a responsabilidade sócia. Também fala da nova realidade que
é home office e se ele estressa mais ou menos aqueles que o utilizam e têm que
conciliar horários, família, produtividade à nova realidade. O endereço do podcast no
spotify é: https://open.spotify.com/show/0lDoCNg5Kj9QY73jJSyeBS
Além do podcast, foi produzido uma crônica, com o título “Sob Pressão”. Essa
produção foi publicada como o terceiro capítulo do livro “Retratos e Memórias de
uma Pandemia”, que faz parte da coletânea “Vulnerabilidades Contemporâneas”.
A crônica conta como é a reação de um policial militar ao trabalhar durante a
pandemia, proteger a sociedade e ao mesmo tempo proteger sua família. O policial
militar da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) sofre pressão de seus
superiores, da sociedade, sua família e também uma autopressão. Os resultados
são profissionais doentes e aumento do índice de doenças mentais e de suicídio na
Corporação.
2.4 Prática do campo e teorias: Práxis

A DIALÉTICA PSICOPEDAGÓGICA: ENTRE O LUCRO


EMPRESARIAL E A RESPONSABILIDADE SOCIAL

ALMEIDA, Angélica Luciano da Costa¹

RU 2803337

CORDEIRO, Gisele do Rocio Cordeiro²

RESUMO: A Psicopedagogia empresarial é um ramo da Psicopedagogia que


precisa ser reconhecido, assim como já ocorrem em países como Espanha e
Argentina. O psicopedagogo empresarial continua com a práxis centrada na
aprendizagem, porém relacionada à empresa, sua filosofia e o grupo. O ser humano
nunca cessará a aprendizagem e em todos os locais onde há interação social,
aprende-se. Para Vygotsky, o ser humano aprende quando interage com o meio.
Não seria diferente laboralmente. Porém, com a sociedade atual e os riscos
econômicos, políticos e sociais, paradigmas devem ser rompidos e o lucro precisa
vir atrelado com a responsabilidade social e o psicopedagogo tem o dever ético e
moral de direcionar aquela instituição. O artigo objetiva o reconhecimento do
psicopedagogo que pode viver em meio a uma sociedade dialética, mas sempre
optará pela ética social. Foi desenvolvido durante a Iniciação Científica “Vozes da
Pedagogia”, do Centro Universitário Uninter. A metodologia utilizada foi de pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa, onde foi observado a atualidade e como as
empresas que utilizam marketing social se comportaram. Com certeza, a sociedade
ainda não conhece as práxis do psicopedagogo, porém com mais pesquisas e ações
que visem o bem da sociedade, não tardará o reconhecimento.

Palavras-chave: psicopedagogo empresarial, responsabilidade social, intervenção.

INTRODUÇÃO:

A Psicopedagogia surgiu inicialmente da junção da Pedagogia e Psicologia,


preocupando-se com o processo de aprendizagem, ou seja, como o indivíduo
aprende; prevenção, avaliação e intervenção em possíveis dificuldades e/ou
distúrbios de aprendizagem (SAMORA, 2014.).
Atualmente, a Psicopedagogia é vista como uma área interdisciplinar que
acredita que o ser humano nunca para de aprender, seja criança, jovem, adulto ou
idoso. Segundo Bossa (2000, p. 34):

A Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do


processo de aprendizagem, destacando-se o seu caráter interdisciplinar.
Deve-se pensá-la como nova área que, além de solicitar conhecimentos da
Psicologia e Pedagogia, busca construir e organizar o seu próprio corpo
teórico.

Há várias atuações para o psicopedagogo: clínica, escolar, hospitalar e


empresarial. Quando se pensa em um psicopedagogo institucional, o campo
empresarial, ao menos aqui no Brasil, ainda é tímido, sendo mais desenvolvido na
Argentina e Espanha (RIBEIRO, et al., 2020). Para Silva (2012, p. 1), o
psicopedagogo institucional tem a função:

Analisar, avaliar, incentivar e intervir nos acontecimentos que prejudiquem o


desenvolvimento individual e grupal, estimulando a harmonia e a
aprendizagem. Pode atuar com os profissionais da área de Recursos
Humanos e auxiliá-los em treinamentos, seleção e organização pessoal.
Como também colher elementos do diagnóstico organizacional,
determinando e inspecionando a aprendizagem de forma didática.

O campo empresarial exige, tanto por ética, quanto por lucros, que os
empresários tenham responsabilidade social. Responsabilidade social também é
cuidar dos colaboradores, evitando estresse desnecessário, motivando-os,
promovendo a aprendizagem e a socialização (SAMORA, 2014.). E quem é o
profissional habilitado para tal? O psicopedagogo que promoverá ações de
humanização, socialização e qualidade de vida. (SILVA, 2012).
O mundo globalizado e capitalista, por vezes, trata os colaboradores como
alguém que deve dar lucro para a empresa. E a saúde mental, social e física dos
colaboradores?
Com a pandemia COVID-19, o mercado empresarial teve que se transformar
para conseguir que seus colaboradores trabalhassem em sistema de home office
(LOSEKANN, 2020.). Mas esse sistema garante ao trabalhador menos estresse? O
isolamento social trouxe novos desafios de metas, produtividade laboral que se
misturam aos afazeres domésticos e familiar. E a adaptação à nova tecnologia, será
que trouxe algum desconforto? Será que todos conseguem falar ou ser ouvidos?
Em meio a tantas perguntas, as empresas se viram entre a dialética do
capitalismo e garantia de lucros e a responsabilidade social.
O psicopedagogo irá observar possíveis ruídos na comunicação dos
colaboradores. Também poderá criar atividades que visem o bem-estar mental de
todos, por exemplo. Porém, para realizar esse trabalho, ao menos
momentaneamente, a empresa que visa somente lucratividade, terá que reavaliar
seus objetivos, pois, do contrário, as atividades psicopedagógicas empresarias
serão invalidadas.
A pesquisa visa mostrar como o psicopedagogo empresarial atua, a
importância dos colaboradores em home office ou não, a visibilidade de uma
empresa com responsabilidade social. Além disso, espera-se contribuir para que a
atuação Psicopedagógica Empresarial no Brasil ganhe visibilidade.
A pesquisa e posterior artigo, foram elaborados durante o estágio na
modalidade Iniciação Científica da Escola Superior de Educação do Centro
Universitário Internacional UNINTER. A linha de pesquisa foi Educação à distância,
Metodologias e Inovação e o projeto de pesquisa é o Vozes da Pedagogia,
coordenado pela professora Drª Gisele Cordeiro. Durante o estágio foram discutidos
os capítulos do livro “Educação em tempos de Covid” na plataforma TEAMS, além
de pesquisas no google acadêmico e leituras de artigos sobre o tema em questão.
Foi realizada a análise do documentário “Living on one dollar” e produzido um texto
no “Retratos e Memórias de uma Pandemia” que fala sobre uma corporação e suas
atitudes durante o auge da pandemia.
A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica, qualitativa e descritiva, com
análise de artigos, documentário e dados sobre o tema. Os autores do referencial
teórico são Nádia Bossa, Claro, Scoz e Ribeiro.

DESENVOLVIMENTO: Lucro empresarial vs. Responsabilidade social

Segundo a teoria da sociedade de risco, de Ulrich Beck, os desenvolvimentos


científico e industrial acarretam em riscos para a sociedade que não podem ser
contidos temporariamente. Ninguém é responsável por esses danos e não se pode
pedir indenizações. As consequências são riscos ecológicos, precarização da
condição de existência com aumento da desigualdade social (MENDES, 2015).
No risco, não se pode definir o presente que é construído pelo futuro. Os
resultados são sempre locais ou globais e a solução é a sociedade ser reflexiva.
Esses riscos podem ser visíveis ou invisíveis (como um vírus, por exemplo), porém
as desigualdades aumentarão a vulnerabilidade social (MENDES, 2015). E o que se
pode concluir com essa sociedade de risco? Que a pandemia pode ser
consequência de nossos próprios atos e que as consequências não se podem ver
somente localmente, mas também globalmente.
A sustentabilidade que deve ser luta da sociedade, incluindo empresas, pode
ter cinco dimensões: social, econômica, ecológica, espacial e cultural. Interessa, no
momento, a social e econômica. A sustentabilidade social promove meios para
melhor distribuição de renda, garantindo direitos e condições de vida dignos para
todas as camadas da sociedade. A sustentabilidade econômica se preocupa com a
melhor forma de alocar recursos, lembrando que recursos não são apenas materiais,
visando eficiência para investimentos públicos ou privados (PANDOLFI e
SAPIENZA, 2019).
A responsabilidade social é uma estratégia da empresa no mercado pós-
moderno, pois a sociedade e clientes veem com bons olhos essa atitude. A
responsabilidade social é fruto da ética empresarial e busca atividade econômica
lucrativa com perspectiva de desenvolvimento sustentável. Mas fica a pergunta, é
ética ou marketing? A ética empresarial é dotada de razão e com o avanço da
globalização, as empresas devem mudar seus paradigmas, buscando o
desenvolvimento da sustentabilidade humana e planetária, com complexas redes de
interações com interdependências. A responsabilidade social ultrapassa o lucro e
revela da empresa com as transformações que afetam a sociedade (BENACHIO e
CAMARGO, 2019). E o que há de conexão entre o explanado e a Psicopedagogia
Empresarial? TUDO.
O fazer psicopedagógico compreende as várias dimensões da aprendizagem,
em todos espaços e com toda sociedade (SCOZ, 2009). O psicopedagogo
institucional caracteriza pela construção do conhecimento do aprendiz, de acordo
com a filosofia, valores e ideologias do local (CLARO, 2018).
O psicopedagogo institucional pode atuar em escolas, hospitais, empresas e
ONG’s. O psicopedagogo empresarial auxiliará nos treinamentos do grupo (e porque
não, do indivíduo?), resgatando a visão daquele local, bem como filosofia. Observa e
direciona múltiplas inteligências e a criativa nata do sujeito. Integrará as funções do
ser humano e sociedade aos sentimentos da empresa, objetivando a construção de
projetos e conhecimentos do grupo. Além disso, atuará nas relações do grupo e
seus membros, buscando estabelecer vínculos entre todos, mesmo que sejam de
setores diferentes, harmonizando à empresa e construindo vínculos positivos entre
aprendizes (colaboradores) e empresa (CLARO, 2018).
O psicopedagogo empresarial é um assessor que coordena conhecimentos e
princípios de diferentes áreas das Ciências Humanas, como Filosofia, Psicologia,
Pedagogias, Psicanálise, Neurologia e outras. Ele é o responsável por questões
referentes à cognição, psicomotricidade e afetividade, presentes na aprendizagem,
identificando problemas que possam interferir nesse processo, através de
instrumentos, técnicas, metodologias, próprios das práxis psicopedagógica
(BRENZAN, MARTINS e TANZAWA, 2011).
O psicopedagogo empresarial mapeará a instituição para posteriormente
elaborar um diagnóstico. Para isso, ele ouve e observa conversais casuais,
entrevistas, documentos, reuniões diversas, oficinas de trabalho, vida institucional,
ouvir os participantes daquela empresa. A partir de uma macrovisão daquela
empresa, o psicopedagogo poderá tomar a decisão mais acertada para um possível
informe e intervenção. Com o olhar atento, o psicopedagogo poderá identificar
dificuldades de aprendizagem e nas relações, obstáculos, conflitos e possibilidades
(BRENZAN, MARTINS e TANZAWA, 2011).
Para chegar a uma intervenção correta, o psicopedagogo deverá, então,
colher dados, analisar os dados de forma gerais e do grupo, obter um diagnóstico e
estruturar a intervenção mais adequada e eficaz, organizar ações para a mudança,
introduzir elementos que façam o indivíduo e grupo refletir e quebrar padrões que
necessitem de novos paradigmas (BRENZAN, MARTINS e TANZAWA, 2011). A
natureza da intervenção poderá ter caráter preventivo ou terapêutica e sempre terá a
presença do psicopedagogo, necessitando, é claro, da vontade do grupo em mudar.
O psicopedagogo deve auxiliar na construção ou resgate da identidade
daquela empresa. O psicopedagogo irá contribuir para a responsabilidade social,
incorporando novos saberes e conhecimentos, sempre respeitando a
individualidade, pois cada indivíduo possui suas condições, limites e meios para
acessar o conhecimento e construir seus saberes. O psicopedagogo auxiliará no
cooperativismo e setor de recursos humanos (RIBEIRO et al, 2020).

Sendo assim, o psicopedagogo torna-se um aliado ao setor de Recursos


Humanos, pois sua atuação é de formação, desenvolvimento profissional e
treinamento. O psicopedagogo atuará avaliando e controlando a
aprendizagem, o que tornará o processo de recrutamento e seleção mais
qualificado; fará um levantamento do perfil de cada colaborador da
Organização para identificar o nível de conhecimento e se há necessidade
de treinamento ou aperfeiçoamento. Atuará também na intervenção para
que os colaboradores que resistam às mudanças aceitem da melhor
maneira possível, alcançando o desenvolvimento do grupo na Organização.
Sabemos que existem diversos (BENGEZEN, 2010, p. 1).

O psicopedagogo irá auxiliar a empresa em seu caráter social, equilibrando as


relações da empresa com seus colaboradores, diminuindo a necessidade de
repreensão (RIBEIRO et al, 2020).
O Código de ética da Psicopedagogia estabelece parâmetros e orientações
básicas para as práticas do psicopedagogo, institucional ou clínico, em todo o país
(SILVEIRA, 2019). A Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) busca
reconhecimento da profissão em meio à sociedade conforme exemplos da Espanha
e Argentina, por exemplo, visando inclusão e quebra de paradigmas (MIRANDA e
GARCIA, 2015). Segundo Chiavenato (1999, p. 9):

As pessoas constituem o principal ativo da organização. [...] As


organizações bem sucedidas estão percebendo que somente podem
crescer, prosperar e manter sua continuidade se forem capazes de otimizar
o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros principalmente, o
dos empregados.

E o psicopedagogo em uma organização empresarial irá intervir preventiva,


remediativa ou curativamente. O funcionário qualificado e que tem o sentimento de
pertença no grupo é também um investimento empresarial. O homem é um ser
social e com relações sociais, não sendo diferente em seu trabalho. O
psicopedagogo irá observar a sociabilidade do indivíduo e do grupo, mas sem julgar,
com discurso de tolerância. O psicopedagogo tem compromisso moral e respeita a
cultura da sociedade e da empresa (ITODA, 2015).
Torres (2009, p. 2) afirma:

A Educação corporativa vem justamente cumprir esta função de disseminar


conhecimentos, atitudes, valores, habilidades, e o que mais for necessário
para o desenvolvimento completo das pessoas. Porém, este
desenvolvimento dos colaboradores deve estar perfeitamente alinhado às
estratégias da organização; são atividades previamente elaboradas e
estudadas para que o funcionário possa agregar valor ao negócio. Esta
talvez seja a grande diferença entre a Educação escolar, com a qual
estamos mais acostumados, e a Educação corporativa.

O psicopedagogo tem como foco as relações dos indivíduos e pode se ligar


ao setor de recursos humanos (RH) para atuar no treinamento e desenvolvimento de
pessoas, além de avaliação de desempenho; trabalhar no recrutamento e seleção
de colaboradores; e claro, nas relações humanas, aproximando funcionários de
diferentes setores, adaptando recém contratados, auxiliando na divulgação da
filosofia empresarial e compreensão e prática de regras (SAITO, 2010). Os
colaboradores da empresa tendem a ter motivação e satisfação quando entendem a
razão para trabalhar e qual sua importância dentro daquela empresa (SAMORA e
SILVA, 2014).
Para Vygotsky (1999), a aprendizagem humana é resultado da interação do
homem com o meio através de uma mediação. As pessoas precisam de motivação
para ter uma interação social salutar (CAMPOS e HIDALGO, 2019).
Com a nova realidade mundial, empresas e colaboradores tiveram que se
adaptar. O home- office, para alguns é muito bom para a empresa, pois reduz os
custos operacionais, transforma custos fixos em variáveis e aumenta o marketing
empresarial com a sociedade (SANTOS et al, 2020).
Porém, o sistema de home-office, pode ter seus impactos na vida dos
colaboradores. Apesar de se ter a impressão que em casa será menos estressante,
pois não há transito para o deslocamento, por exemplo, o isolamento social para a
prevenção individual e coletiva da Covid-19, trouxe impacto para a vida e forma de
trabalho. Os trabalhadores se viram obrigados a encontrar equilíbrio entre convívio
familiar, tarefas domésticas, atividades escolares e laborais no mesmo espaço e
tempo. Qual a solução? Harmonizar produtividade e saúde mental, já que a prática
remota deve se consolidar mesmo após a pandemia (LOSEKANN e MOURÃO,
2020).
A situação pandêmica exige evolução nos comportamentos, pensamentos e
trabalhos (BECKER, 2020). As empresas e seus colaboradores vivenciam uma
“evolução darwiniana”, onde o mais adaptado irá “sobreviver”.
Na sociedade globalizada, impera o uso de tecnologias digitais. O teletrabalho
ou home-office tende a superar a necessidade atual e se consolidar, pois é um
modelo de trabalho sustentável e que, com as aplicações éticas necessárias,
preenche as exigências mundial quanto à responsabilidade social. A pandemia
trouxe a práxis transformadora por meio de ações sustentáveis, a fim de preservar
os recursos naturais e à vida (JÚNIOR, 2020).
As empresas devem ser e fazer às mudanças necessárias com base na
responsabilidade social. Vidas importam e quanto mais se valorizar os
colaboradores, mais lucros sociais, econômicos e políticos as empresas terão. O
psicopedagogo é aquele responsável por equilibrar o lucro capitalista e a
sustentabilidade social. É uma dialética? Com certeza, porém, os saberes e fazeres
psicopedagógicos calçados em ética e embasamentos teóricos humanitários, farão
com que as possíveis intervenções busquem sempre a qualidade de vida de TODO
o corpo empresarial. Para todo risco, nesse caso social, há um pensamento reflexivo
salutar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS – O psicopedagogo como agente social


transformador

A pandemia desestabilizou a sociedade, demonstrando realmente que


estamos em uma sociedade de risco. Para aqueles que conseguiram manter seus
empregos, o home office se tornou realidade, porém nem sempre com uma empresa
preocupada com seus colaboradores e sim visando lucro para não sucumbir à crise
econômica. E o psicopedagogo nessa relação mediadora entre empresas e
colaboradores? Ele é contratado, mesmo que temporariamente, da empresa, porém
tem o dever, segundo sua ética pessoal e também o código de ética do
psicopedagogo, de zelar pela sociedade e consequentemente os colaboradores. Eis
a dialética psicopedagógica.
Observar as relações e detectar possíveis obstáculos ao convívio harmônico,
auxiliar nas inter-relações empresariais, são algumas das possíveis intervenções do
psicopedagogo institucional.
O psicopedagogo institucional em sua atuação, poderá diminuir quadros de
problemas na saúde mental laboral. A época já não é fácil e se a empresa não
acolher seus colaboradores, trabalhar se torna insustentável.
O psicopedagogo trará colaboradores para a empresa e não trabalhadores.
Qual a diferença? Trabalhador é aquele que utiliza sua mão de obra no sistema mais
valia. Colaborador não é apenas uma mão de obra, mas a alma da empresa, aquele
que difunde as filosofias e sugere algo para que a empresa cresça, pois à empresa e
ele vivem uma simbiose e eles são uma família.
A sociedade de risco foi uma teoria que se tornou realidade. “Nós nos
desviamos do caminho de sucesso inicial com muito progresso e nos encontramos
em um caminho equivocado de ameaças com riscos imprevisíveis” (JÄGER, 2007,
p. 9). Em meio à essa sociedade de risco, um colaborador poderá desenvolver uma
dificuldade de aprendizagem?
Hora, somos seres sociais e necessitamos de interação para desenvolver a
aprendizagem. Fatores que desencadeiam uma dificuldade de aprendizagem podem
ter origens fisiológicas, emocionais, sociais, por exemplo. Óbvio que o colaborador
poderá desenvolver uma dificuldade de aprendizagem quanto àquele trabalho, pois
além de ter um novo formado e modelo, as demandas externas aumentaram em
decorrência da pandemia.
A empresa pode agir como déspota e punir àqueles que não se adaptaram,
ou buscar meios de adaptar os seus colaboradores, observando a individualidade e
coletividade do grupo. O psicopedagogo atuará demonstrando, através de relatórios
feitos a partir de observações e dados, que o caminho mais lucrativo é o da
comunicação, mesmo que essa seja feita atualmente de forma remota. Adaptações
também podem ser necessárias para nivelar o grupo. E, o mais importante, ajuda
mutua, cooperação, interação para promover não somente a autoaprendizagem,
mas a aprendizagem de todo o grupo.
O psicopedagogo deve sempre pautar seu trabalho na ética. Fácil visar o
lucro ou representatividade de apenas um indivíduo. Difícil é unir o grupo em torno
de um bem comum: sociedade igualitária.
Eis mais um fazer psicopedagógico: a partir da superação da dialética lucro e
qualidade de vida, a luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

REFERÊNCIAS

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A Psicopedagogia Empresarial ainda não é conhecida em nosso país. Isso


tornou o estágio um pouco mais difícil, pois os artigos são parecidos, porém sem
questionamentos.
Optei por fazer uma reflexão entre a Psicopedagogia e as áreas sociais.
Como a Psicopedagogia poderá auxiliar na responsabilidade social de uma
empresa? O psicopedagogo deve auxiliar institucionalmente com receitas prontas ou
analisar cada caso, sempre pautado nos saberes da Epistemologia Genética,
Psicanálise e Psicologia Social?
Em meio às demandas sociais vivenciadas na atualidade, como o
psicopedagogo pode atuar de maneira a ajudar em uma sociedade mais justa,
igualitária, com menos doenças mentais laborais, por exemplo?
 Observar e relatar como a empresa e os colaboradores se sentem com as
atuais demandas;
 Escutar todas as partes;
 A partir das satisfações e insatisfações, elaborar um relatório com
possíveis intervenções;
 Lembrar que todas as atitudes devem ser pautadas em um código de ética
e também em uma moral social. Por mais difícil que seja em uma
sociedade capitalista se portar como neutro, sempre buscar essa
neutralidade;
 Elevar autoestimas e autonomias do grupo e do indivíduo;
 Mostrar para toda a equipe que, por mais difícil e exaustivo que seja o
momento, sempre passará, mas a aprendizagem será permanente. Então,
por que não evoluir?
A cada estágio, mais conhecimentos e reflexões, e a certeza de que a
Psicopedagogia, com sua interdisciplinaridade, pode auxiliar na construção de um
mundo pós pandemia mais igualitário e centrado na aprendizagem do ser humano.
Nada, até mesmo em uma empresa, é mais importante do que aprender a aprender
e evoluir se (re)inventando. O maior bem da sociedade é a própria sociedade e seus
componentes.

4. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, A. L. C.. Retratos e memórias de uma pandemia. Curitiba, Paraná: ed.


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2011.

TORRES, M. O. F.. A educação corporativa como diferencial competitivo. 2009.

VYGOTSKY, L. S.. A formação social da mente. São Paulo: Martins, 1998.

CenaRIO: sustentabilidade em ação. Direção de Rafael Figueiredo. Rio+, Centro


para desenvolvimento sustentável. 21’33 min. 2016.

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