Junho de 2021
ÍNDICE
Módulo 1 - Noções básicas de Microbiologia ................................................................................... 5
4.2. Nosocomial....................................................................................................................... 35
1
4.3. Infeção Cruzada ................................................................................................................ 36
6.1. O/A Técnico/a Auxiliar de Saúde como potencial hospedeiro e/ou vetor de infeção ...... 42
2
7.4. Os cuidados ao corpo e transporte post-mortem ............................................................ 42
Módulo 9-Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito de intervenção do/a
Técnico/a Auxiliar de saúde............................................................................................................. 76
9.1. Tarefas que, sob orientação de um Enfermeiro, tem de executar sob sua supervisão
direta ....................................................................................................................................... 76
9.1. Tarefas que, sob orientação e supervisão de um Enfermeiro de saúde, pode executar
sozinho/a ................................................................................................................................. 77
Bibliografia ...................................................................................................................................... 79
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A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais.
Aristóteles
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Módulo 1- Noções básicas de Microbiologia
1.1. Introdução à microbiologia
A vista humana é incapaz de perceber objetos com diâmetro inferior a cerca de 0,1
milímetros. As células vivas, unidades biológicas da estrutura e função, estão quase sempre bem
abaixo desse limite de tamanho. Portanto, os menores organismos, aqueles constituídos de uma
só célula, são na maioria, invisíveis à vista humana desarmada.
• Bactérias (a);
• Vírus (b);
• Algumas algas;
• Protozoários (d).
• São uma fonte de nutrientes na base das cadeias e redes alimentares ecológicas;
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No entanto, os microrganismos também apresentam desvantagens para os humanos, tendo
prejudicado tanto a saúde humana como a sociedade:
Entre 1900 e 2000, três fatores mudaram para que tal disparidade nas taxas de mortalidade
causadas por doenças infeciosas baixasse:
1. Por volta dos anos 30/40 chegaram os antibióticos, por descoberta da Penicilina;
Assim, é fácil compreender que países menos desenvolvidos sejam bastante fustigados
pelas doenças infeciosas, sendo estas a principal causa de morte, apresentando um panorama
idêntico ao do observado no início do século XX.
1.2.1. Vírus
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Os vírus são organismos acelulares que contêm uma pequena
molécula de material genético (DNA ou RNA) e uma cápsula de
proteínas para protegê-lo. Por serem acelulares, alguns cientistas
não os classificam como seres vivos. Mas outros consideram-nos
como vivos, pois podem reproduzir-se. Os vírus são parasitas
obrigatórios, ou seja, precisam de uma célula hospedeira para se
reproduzir.
• o vírus aproxima-se da célula (fixação), e injeta o seu material genético dentro dela;
• novos vírus são formados, com os recursos da própria célula (enzimas, nutrientes, etc);
Mas existe outro tipo, que não destrói a célula. Eles só injetam o DNA (ou
RNA) na célula, e então, o material genético mistura-se ao do hospedeiro. Ele
fica lá por muito tempo, sofrendo várias mutações e também se multiplicando,
quando a célula de divide (cissiparidade). E finalmente, por algum "alerta" (não
se sabe como), a parte do material genético viral "acorda" e começa a agir. Isso
pode ser chamado de ciclo lítico. Uma célula hospedeira pode gerar desde
algumas unidades de vírus até centenas de milhares, dependendo da
quantidade de material genético injetado e recursos da célula.
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• Doenças provocadas por vírus
o Gripe A
o Hepatite B (VHB)
o Sarampo
o Rubéola
1.2.2. Bactérias
São organismos unicelulares que diferem de outros seres vivos por serem procariontes, isto
é, as suas células não possuem um núcleo individualizado por uma membrana e elas podem viver
isoladas ou reunidas em colónia.
Como já referido, as bactérias podem formar colónias, pela reunião de vários indivíduos de
uma mesma espécie que permanecem unidos formando uma unidade funcional. Isso acontece
principalmente com os cocos, mas pode ocorrer com os bacilos, não ocorrendo com os espirilos.
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As bactérias podem ainda se distinguir entre:
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• Estrutura das bactérias
o Membrana celular: fina membrana situada abaixo da parede celular composta por
fosfolipídios que envolvem as proteínas, com a função de delimitação e controle da
passagem de substâncias – permeabilidade seletiva;
o Parede celular: A parede recobre a membrana, e é ela quem confere rigidez, forma e
proteção contra agentes físicos;
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• Doenças provocadas por Bactérias
o Bronquite (Pneumococcus)
o Cáries dentárias
1.2.3. Fungos
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como os cogumelos. Os cogumelos são fungos pluricelulares e visíveis a olho nu. Algumas
espécies são comestíveis, enquanto outras são extremamente tóxicas. Mas também se incluem
muitas formas microscópicas como bolores e leveduras. As leveduras são fungos que se
apresentam sob forma microscópica, sendo formadas por uma única célula (unicelulares).
Diversos tipos de fungos agem nos seres humanos causando várias doenças, por exemplo,
micoses.
Os esporos são muito pequenos e podem permanecer suspensos no ar por muito tempo,
sendo carregados pelo vento para lugares bem distantes do fungo que os produziu. Dessa forma,
eles espalham-se pelos mais variados ambientes, mas se desenvolvem melhor quando
encontram condições de pouca luminosidade, boa humidade e muita matéria orgânica.
Os fungos são seres vivos eucariontes, portanto o núcleo das suas células é delimitado por
uma membrana, podem ser unicelulares ou pluricelulares. As suas células são envolvidas por
uma parede que não é feita de celulose como nos vegetais, e sim de quitina, o mesmo material
que reveste o corpo dos artrópodes (insetos, crustáceos, aracnídeos e outros).
Eles não possuem clorofila, sendo por isso incapazes de realizar a fotossíntese, e, para
conseguirem se desenvolver, dependem do alimento que encontram no local onde se instalam.
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combatem infeções causadas por bactérias.
A penicilina foi o primeiro antibiótico a ser produzido a partir do fungo Penicillium notatum,
descoberto em 1928 pelo Dr. Alexander Fleming.
✓ O micélio
✓ Corpo de frutificação
Por exemplo, o bolor preto que cresce nos pães velhos, corresponde ao corpo de frutificação.
Já a parte que fica no interior do pão é o micélio.
o Candidíase
o Onicomicose
o Micoses
1.2.4. Parasitas
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O efeito de um parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afetar as funções vitais,
como é o caso dos piolhos, ou pode até provocar a sua morte.
o Malária (Plasmodium)
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Existem entre os seres vivos 2 tipos de comportamento que caracterizem as maneiras de
enfrentar o problema de obtenção de alimentos, ou seja sua fonte de energia. O comportamento
AUTOTRÓFICO E HETEROTRÓFICO.
AUTOTRÓFICO – são seres que sintetizam seu próprio alimento, a partir de moléculas
de baixa E. desenvolve-se em meios minerais. FOTOSSÍNTESE E QUIMIOSSINTESE
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FERMENTAÇÃO – A fermentação é um processo de libertação de energia que ocorre sem a
participação do oxigênio. A fermentação compreende um conjunto de reações enzimaticamente
controladas, através das quais uma molécula orgânica é degradada em compostos mais simples,
libertando energia.
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Os meios de cultura são classificados de acordo com seu estado físico, podendo ser sólido,
quando possui agentes solidificantes como o ágar; semissólido, quando a consistência de ágar
e/ou gelatina é intermediária, ou líquido, quando não possui solidificantes, caracterizando-se
como caldo.
Grande parte dos microrganismos multiplica-se por fissão binária ou por gemulação, em
resultado do que uma célula dará origem a duas ao fim de um certo tempo, tempo de geração ou
de duplicação.
• Controlo Microbiano
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O controlo microbiológico pode ser realizado por:
Efeito bactericida: ocorre morte das células mas não há lise celular (ex:
penicilina, cefalosporinas,...)
Efeito bacteriolítico: induz a morte celular por lise celular (ex: penicilina, ...).
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• Agentes de Controlo Microbiano
➢ Agentes Físicos:
✓ Calor:
Calor Húmido:
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bacterianos e alguns vírus. Normalmente este método é utilizado em desinfeções
caseiras, preparação de alimentos, etc.
▪ Autoclavagem: aquecimento a 121ºC durante 15-20 min. Este processo é o mais eficaz,
pois o seu poder de
penetração é maior.
Numa atmosfera húmida
e a uma temperatura
elevada os
microrganismos morrem
quando se dá a
coagulação e
desnaturação das
enzimas e proteínas que
fazem parte da sua
estrutura. Nos laboratórios também é prática corrente a descontaminação de todo o
material infetado, quer do que vai ser colocado posteriormente no lixo, quer do que vai
ser posteriormente reutilizado.
✓ Baixas Temperaturas
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O congelamento LENTO é mais nocivo – os cristais de gelo que se formam e crescem
rompem a estrutura celular e molecular dos
microrganismos.
✓ Pasteurização
✓ Pressão osmótica
✓ Radiações
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R. Não Ionizante – São radiações de fraca energia e fraco poder de penetração. Atuam a
nível do DNA, impedindo a sua replicação ou alterando-o. Usam-se na desinfeção do ar
de gabinetes, recintos hospitalares (salas de operação), câmaras de fluxo, etc. Estas
radiações são altamente agressivas para a pele e para os olhos, pelo que nunca se deve
trabalhar na sua presença. Ex: Radiação UV.
✓ Filtração
✓ Ressecamento
✓ Incineração
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➢ Agentes Químicos
Tamanho da população;
Natureza da população;
Concentração do agente;
Tempo de exposição;
Temperatura;
Condições ambientais:
pH do meio
1.Esterilizantes
Agentes químicos que eliminam de um objeto ou material biológico todas as formas de vida
microbiana.
• Formaldeído e gluteraldeído
2. Desinfetantes e antissépticos
• Fungicida / Fungistático
• Virucida / Virustático
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• Esporicida
• Compostos fenólicos – inativam as proteínas e podem interagir com o DNA. Muito usados na
descontaminação de instrumentos clínicos.
• Peróxido de Hidrogénio (água oxigenada) – oxidante que reage com componentes celulares
essenciais, como os lípidos membranares e DNA.
• Ozono.
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Módulo 2- Epidemiologia da infeção - cadeia epidemiológica
4. Porta de entrada do hospedeiro específica para o agente patogénico (há especificidade entre
microrganismos e capacidade de desencadear doença em órgãos ou sistemas específicos do
hospedeiro).
5. Que o hospedeiro seja suscetível ao agente microbiano, isto é, que não tenha imunidade ao
agente.
As estratégias de controlo de infeção eficiente e eficaz têm que ter em conta esta sequência,
prevenindo a transferência dos agentes pela interrupção de uma ou mais das ligações desta
“Cadeia de Infeção”.
• Doença de evolução crónica (que pode evoluir até à morte se não for tratada ou
quando não existe tratamento eficaz).
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O espectro de ocorrência de infeção é também um dado epidemiológico na estratégia a
implementar para a prevenção e controlo.
Temos de considerar neste contexto que a infeção pode ocorrer de forma esporádica, sem
um padrão definido, de forma endémica, isto é, com uma frequência mais ou menos regular em
períodos de tempo definidos e ainda de forma epidémica, também denominada por surtos, em
que surge com aumento significativo de casos em relação ao habitual num período de tempo
determinado.
Deste modo o reservatório e a fonte de um agente responsável por uma infeção podem ser
os mesmos ou não. Do ponto de vista epidemiológico o conhecimento deste facto é importante.
A fonte dos microrganismos pode ser exógena, portanto exterior ao hospedeiro, endógena,
proveniente da flora indígena do próprio hospedeiro ou ainda secundariamente endógena,
conceito que não é aceite por muitos autores e que se refere aos agentes que provêm do exterior
e que colonizam pele, mucosas ou outro local anatómico do hospedeiro, posteriormente
tornar-se agente de infeção quando atinge um órgão específico para o qual tenha capacidade de
desencadear infeção.
Alguns exemplos de infeções exógenas são aqueles em que o agente é transportado a partir
de líquidos contaminados, através da formação de aerossóis (p.ex. aspiração de secreções) ou a
partir de pessoa colonizada ou infetada que pode emitir gotículas ou contaminar ambientes que
entrem em contacto com outros possíveis hospedeiros suscetíveis (p. ex. transmissão do vírus da
gripe).
No caso das infeções endógenas, o reservatório e a fonte são geralmente coincidentes. Por
exemplo, a pneumonia associada à ventilação é causada por agentes da orofaringe do doente ou
a infeção associada ao cateter vascular é mais frequentemente causada pela flora cutânea ou,
ainda, os agentes da infeção urinária residem geralmente no intestino ou no períneo do próprio
doente.
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2.3. Portas de entrada e de saída dos microrganismos
As secreções da boca e vias aéreas são húmidas, são expelidas sob forma de gotículas que
incluem células descamadas e microrganismos colonizantes ou infetantes.
Neste contexto falamos também das fezes. Mais da metade da biomassa das fezes é
composta de microrganismos, além disso as fezes podem servir como mecanismo de transmissão
dos parasitas intestinais através da eliminação de ovos.
O leite materno, embora possa ser responsabilizado pela transmissão de patologias como o
HIV em bancos de leite, é juntamente com o suor, via de menor importância no ambiente
hospitalar.
O mecanismo pelo qual um agente infecioso se propaga e difunde pelo meio ambiente e
atinge hospedeiros suscetíveis constitui a via de transmissão. Esta propagação ou transmissão do
reservatório ou fonte, pode ser direta ou indireta.
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Na transmissão indireta o agente atinge a porta de entrada no hospedeiro através de um
veículo intermediário, por contacto físico com um veículo inanimado, por exemplo equipamento
contaminado, ou com um veículo animado, como as mãos, ou por gotículas, partículas líquidas
com diâmetro superior a 5 mm que devido ao seu peso se depositam rapidamente e geralmente
a uma distância não superior a um metro. A transmissão indireta também se pode realizar por
via aerógena, através de aerossóis, de esporos microbianos, de poeiras contaminadas, entre
outros.
É aceite por toda a comunidade científica que as mãos são o principal veículo de
transmissão. As gotículas constituem uma forma particular de transmissão por contacto, pois,
quando há proximidade excessiva (inferior a um metro), estas partículas podem atingir
diretamente uma porta de entrada dum hospedeiro recetor e também ao depositarem-se no
ambiente a curta distância do emissor, são indiretamente transferidas para o recetor através de
um veículo animado, o principal sendo as mãos dos profissionais prestadores de cuidados de
saúde ou dos próprios doentes.
Outro dos elementos da cadeia epidemiológica da infeção é o hospedeiro. Para que ocorra
infeção é necessário que o agente entre em contacto com uma porta de entrada específica no
hospedeiro, para a qual o agente tenha afinidade e capacidade de nesse local poder manifestar
os seus mecanismos de infecciosidade, desencadeando o processo infecioso.
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Em síntese, para que seja possível surgir um quadro infecioso, o microrganismo tem que ter
acesso a uma porta de entrada que lhe seja favorável, que tenha afinidade para o tecido em
causa e que o inoculo seja suficiente para desencadear a infeção. Para que ocorra a infeção é
necessário que exista um desequilíbrio entre o inoculo e virulência do microrganismo e as
defesas do hospedeiro.
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Módulo 3- Princípios da prevenção e controlo da infeção, medidas e
recomendações
• Doença
• Infeção
• Doença Infeciosa
• Patologia ou patogénese
• Patogenicidade
A capacidade do agente invasor em causar doença com suas manifestações clínicas entre os
hospedeiros suscetíveis.
• Virulência
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Objetivo:
Missão:
• O PNCI tem por missão melhorar a qualidade dos cuidados prestados nas unidades de
saúde, através de uma abordagem integrada e multidisciplinar para a vigilância, a
prevenção e o controlo das infeções associadas aos cuidados de saúde.
• Vigilância epidemiológica;
• Consultadoria e apoio.
O Grupo coordenador do PNCI tem dado apoio às Comissões de Controlo e Infeção (CCI),
mediante solicitação das CCI e Conselhos de Administração/Direção. AS CCI são Equipas
multidisciplinares de assessoria técnica do Órgão de Gestão das unidades de saúde com a missão
de planear, implementar e monitorizar o Plano Operacional de Prevenção e Controlo da Infeção,
de acordo com as diretivas nacionais e regionais e as características e especificidades das
unidades de saúde.
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relevante nos contextos dos diversos cursos;
Os membros do PNCI estão disponíveis para colaborar com as Unidades de Saúde sempre
que solicitados, em pareceres técnicos, esclarecimento de dúvidas, aconselhamento e
fornecimento de bibliografia relevante. As solicitações e/ou pedidos de colaboração deverão ser
dirigidos formalmente ao Diretor-geral da Saúde.
• Comunicar e colaborar com outras comissões do hospital com objetivos comuns, tais
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como a Comissão de Farmácia e Terapêutica, Comissão de Antibióticos, Comissão de
Higiene e Segurança.
Aprova o Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Infeções Associadas aos Cuidados
de Saúde (PNCI),e determina que:
1. Seja criada uma rede nacional de registo de IACS (Infeção Associada aos Cuidados de
Saúde);
5. O cumprimento do PNCI fique sob a responsabilidade direta dos órgãos de gestão das
US, (Unidades de Saúde) pelo que será imperativo, em cada uma delas, o desenvolvimento de um
Plano Operacional de Prevenção e Controlo da Infeção (POPCI);
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4. Atribuições da CCI
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Módulo 4- Conceitos básicos associados à infeção
Uma infeção seria classificada como adquirida na comunidade se o paciente não esteve
recentemente em instituições de saúde ou não esteve em contato com alguém que esteve
recentemente em instituições de saúde.
Neste sentido, não é considerada infeção hospitalar, uma doença infeciosa adquirida na
comunidade, ou que foi diagnosticada só quando o paciente foi internado através de sinais que
indiquem que o período de incubação daquela doença seja incompatível com a data da sua
admissão no hospital.
4.2. Nosocomial
Infeções Nosocomiais, também chamadas Infeções Hospitalares, e atualmente denominadas
por Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde, são infeções adquiridas durante o internamento
que não estavam presentes ou em incubação à data da admissão. Infeções que ocorrem mais de
48 horas após a admissão são, geralmente, consideradas nosocomiais.
Entende-se, portanto, de uma maneira muito simplificada, por infeção nosocomial como
aquela que é contraída no hospital, provocada pela flora exógena, proveniente do meio ambiente,
pessoal e/ou inerte.
Existem critérios para identificar infeções nosocomiais em locais específicos (p. ex., urinárias,
pulmonares). Estes critérios derivaram dos publicados pelos CDC nos Estados Unidos da América
ou de conferências internacionais e são usadas na vigilância epidemiológica das infeções
nosocomiais.
As infeções nosocomiais podem ser tanto endémicas, como epidémica, sendo as mais
comuns as endémicas. As infeções epidémicas ocorrem durante surtos, definidos como um
aumento inusual, acima da média, de uma infeção específica ou de um microrganismo infetante.
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saúde, ou pelas visitas, também podem ser consideradas infeções nosocomiais.
• para as doenças contagiosas por via aérea, como é o caso da tuberculose, que
devem ser devidamente isoladas;
• e finalmente para casos em que os preceitos básicos de higiene não são seguidos.
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Módulo 5- Exposição a risco biológico
O risco ocupacional associado aos agentes biológicos é conhecido desde a década de 1940 e
pode atingir não só os profissionais de saúde, como outros profissionais e ainda todos os
visitantes das unidades de saúde e familiares que coabitam no domicílio dos doentes.
As potenciais e principais fontes deste risco são o contacto pessoal com os doentes e o
manuseamento de produtos biológicos: sangue e seus componentes, fezes, exsudados, secreções
e vómitos, bem como os materiais contaminados por estes.
Se não for possível evitar a exposição, esta deverá ser reduzida ao mínimo através da
limitação do número de trabalhadores expostos e da duração da exposição. As medidas de
controlo deverão ser adaptadas ao processo de trabalho e os trabalhadores deverão estar bem
informados no sentido de cumprirem as práticas seguras de trabalho.
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dependerão de cada risco biológico, existindo, no entanto, um número de ações comuns
possíveis de executar:
• Muitos agentes biológicos são transmitidos através do ar, como é o caso das bactérias
exaladas ou das toxinas de grãos bolorentos. Evitar a formação de aerossóis e de poeiras,
mesmo durante as atividades de limpeza ou manutenção.
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• Formação e informação.
5.3. Tuberculose
Desde o início do século XXI que se tem evidenciado a transmissão hospitalar da tuberculose,
o risco de infeção pela mesma e a existência da doença cativa nos profissionais da área da saúde.
Sendo a tuberculose uma doença infectocontagiosa de fácil transmissão (a inoculação do bacilo
faz-se por via aérea), a adoção de programas de avaliação e seguimento dos trabalhadores não se
tem efetivado, sobretudo nos países de alta prevalência, nos quais o risco comunitário é elevado.
É nos grandes centros urbanos como Lisboa, Porto e Setúbal que se verifica a maior
concentração de casos, espelho de uma realidade recente: a associação da tuberculose à infeção
pelo VIH/SIDA, para além dos imigrantes, os sem-abrigo e os consumidores de drogas injetáveis,
cuja estatística demonstra também terem risco acrescido.
5.4. Hepatite A, B e C
Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais
frequentes as infeções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras
substâncias tóxicas (como alguns remédios). Enquanto os vírus atacam o fígado quando
parasitam as suas células para a sua reprodução, a cirrose dos alcoólatras é causada pela ingestão
frequente de bebidas alcoólicas - uma vez no organismo, o álcool é transformado em ácidos
nocivos às células hepáticas, levando à hepatite.
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básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as
mãos antes das refeições.
5.5. HIV
O VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o agente causador da sida. Este agente
pode ficar incubado no corpo humano por tempo indeterminado, sem que manifeste quaisquer
sintomas. Quando uma pessoa está infetada com o VIH diz-se que é seropositiva.
Uma pessoa VIH-positiva pode não ter sinais da doença, aparentando mesmo um
estado saudável durante um período de tempo que pode durar vários anos. No entanto, essa
pessoa está infetada e, porque o vírus está presente no seu organismo, pode, durante todo esse
tempo, transmiti-lo a outra pessoa.
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Outra via de transmissão é o contacto com sangue infetado, pelo que a partilha de
seringas, agulhas, escova de dentes, lâminas de barbear e/ou material cortante com a pessoa
infetada pelo VIH constitui risco de transmissão. Os utensílios e objetos mencionados, depois de
utilizados, devem ser colocados em contentores rígidos com abertura e tampa (pode obtê-los nos
centros de saúde) ou, então, em garrafas de água ou sumo vazias, de material rígido e grosso,
que também são excelentes para este fim. Embora represente um risco menor, não devem ser
partilhados objetos cortantes onde exista sangue de uma pessoa infetada. É o caso, por exemplo,
dos piercings, instrumentos de tatuagem e de furar as orelhas e alguns utensílios de manicura.
Da mãe para o filho durante a gravidez, parto e/ou amamentação. Se a mãe estiver
infetada pode transmitir a infeção ao bebé durante a gravidez, através do seu próprio sangue, ou
durante o parto, através do sangue ou secreções vaginais. Há ainda o risco de contágio durante o
período de aleitamento. Sempre que haja alternativas à amamentação, esta deve ser evitada.
Da saúde da futura mãe dependerá a saúde da criança. Assim, é muito importante que,
antes e durante a gravidez, a mulher seja acompanhada regularmente pelo seu médico
assistente. Todas as mulheres grávidas têm direito a usufruir do Serviço Nacional de Saúde, onde
os serviços de vigilância materna são prestados gratuitamente.
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Módulo 6- Potenciais alvos da infeção
6.1. O/A Técnico/a Auxiliar de Saúde como potencial hospedeiro e/ou vetor de
infeção
Durante o desenvolvimento do trabalho na área da saúde, tanto no atendimento direto ao
paciente ou nas atividades de apoio, os profissionais de saúde entram em contato com material
biológico. Como material biológico, referimo-nos a sangue, secreções e excreções tipo vómito,
urina, fezes, sémen, leite materno, escarro, saliva e outros fluidos corporais. Estes materiais
biológicos podem estar alojando microrganismos, por isso consideram-se estes fluidos de
pacientes ou os equipamentos e ambiente que estiveram em contacto com eles, como
potencialmente contaminados por germes transmissíveis de doenças. Por não se saber se os
micróbios estão ou não presentes nestes equipamentos, deve-se sempre considerá-los
contaminados. Desta forma, na rotina de trabalho deve-se sempre estar consciente da
importância de proteção ao manipular-se materiais, artigos, resíduos e ambiente sujos de sangue
e/ou secreções.
Assim as estratégias de prevenção, baseadas nas Precauções Básicas, devem constar de:
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• Encaminhamento correto após exposição;
• Higiene respiratória.
Estas normas devem ser afixadas em local visível de modo a que possa ser seguida por todo
o pessoal hospitalar. Sendo elas:
Usar máscara adequada ao tipo de risco durante procedimentos que possam provocar
aerossóis ou gotículas de fluidos orgânicos. Além da máscara, usar proteção ocular quando se
preveja a ocorrência de salpicos.
Usar bata ou avental para proteger a pele e a roupa sempre que se preveja a sua
contaminação com fluidos orgânicos.
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Proteger com pensos impermeáveis a pele do pessoal que se apresente com soluções
de continuidade.
➔ As agulhas não devem ser retiradas das seringas manualmente nem ser dobradas ou
partidas.
• Isolamento de contacto;
• Isolamento de partículas;
• Isolamento de gotículas.
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O sistema de vigilância epidemiológica representa desde aí, a principal forma de avaliação
das medidas de profilaxia. Embora grande parte das infeções hospitalares sejam de difícil
prevenção e controle, a vigilância dos fatores de risco é importante para a deteção e controle de
complicações clínicas.
• Sangue;
• Todos os fluídos corporais exceto o suor (não sendo necessário observar presença de
sangue macroscópico);
• Mucosas.
As precauções contra aerossóis ou partículas são previstas para reduzir o risco de exposição
e infeção pela via de transmissão aérea, por meio de micro-gotículas dispersas pelo ar. Estas
partículas são inferiores a 5 micra, provêm de gotículas desidratadas que podem permanecer em
suspensão no ar por longos períodos de tempo e podem conter o agente infecioso.
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Os microrganismos transportados desta forma podem ser disseminados para longe, pelas
correntes de ar podendo ser inalados por um hospedeiro suscetível, dentro do mesmo quarto ou
em locais situados a longa distância do doente. Por este motivo, impõe-se ventilação especial
para prevenir esta forma de transmissão. A dimensão destes agentes permite o atingimento
alveolar num indivíduo suscetível.
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6.4. A prevenção das infeções associadas às unidades/ serviços específicos e
recomendações associadas
6.4.1. Isolamento
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• Higiene das mãos - proceder à higiene das mãos logo após o contacto com material
potencialmente infecioso.
• Vacinação.
• via aérea – a infeção geralmente ocorre através da via respiratória, em que o agente
infecioso (transportado “núcleos de gotículas”- partículas infeciosas ≤ 5 mícron) pode ser
arrastado por correntes de convecção do ar para os mais diversos locais e inalados por
um hospedeiro suscetível, mesmo que situado em local distante do doente. Como
consequência é necessário especial cuidado com a circulação do ar e ventilação para se
prevenir a transmissão aérea de microrganismo
• gotículas - em que o agente infecioso é transportado por gotículas, “grandes” (>5 mícron)
provenientes de doentes ou portadores, que são emitidas principalmente quando o
indivíduo tosse ou espirra ou fala e durante procedimentos como aspiração de secreções
ou endoscopia. A transmissão via gotículas necessita de um contacto próximo entre
fonte e hospedeiros, porque habitualmente estas não se mantêm muito tempo
suspensas no ar e geralmente só se deslocam por curtas distâncias (1 metro ou menos)
através do ar. Como as partículas não se mantém suspensas, no ar, não são necessários
cuidados especiais com a ventilação.
• contacto - (direto ou indireto) em que a infeção ocorre através do contacto direto entre a
fonte de infeção e o recetor ou indiretamente, através de objetos contaminados. A
transmissão por contacto direto envolve contacto pele a pele e transferência de
microrganismos a um hospedeiro suscetível, de uma pessoa infetada ou colonizada. Essa
situação acontece quando se muda um doente de posição, prestam cuidados de higiene,
ou outros cuidados que requerem o contacto pessoal direto. Este tipo de contacto
também pode ocorrer entre dois doentes, servindo um como fonte e outro como
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hospedeiro suscetível. O contacto indireto envolve contacto de um hospedeiro suscetível
com um objeto contaminado, que serve de intermediário, e que habitualmente se
encontra nas imediações do doente. São exemplo: instrumentos contaminados ou mãos
contaminadas que não foram higienizadas ou ainda luvas que não foram mudadas entre
doentes.
A lista a seguir apresenta algumas estratégias gerais de PCI que devem ser usadas para
cuidar de pacientes imunodeprressivos a fim de reduzir o seu risco de infeção:
• Certificar-se de que os pacientes receberam todas as imunizações exigidas (Vacinação).
• Obedecer às exigências de higiene das mãos.
• Seguir as diretrizes de isolamento.
• Não administrar unilateralmente a profilaxia antimicrobiana.
• Identificar pacientes com risco de desenvolvimento de pneumonia e usar as melhores
práticas para evitar que ela se desenvolva nesse grupo de alto risco.
• Evitar expor os pacientes a fontes d’água, como bebedouros, pias e galões, e máquinas
de gelo, pois elas podem agir como reservatório de patogénicos.
• Não fornecer alimentos crus, como frutas e vegetais a esses pacientes, pois podem
conter peptógenos (levam a produção da pepsina no suco gástrico- serve para acelerar
o processo de digestão, podendo provocar hipersensibilidade).
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• Proibir ou restringir flores ou plantas em áreas de alto risco ou seguir precauções
rigorosas quando manuseá-las, pois, ela contém flora microbiana.
• Usar as precauções adequadas quando da entrada de visitas. Os visitantes devem ser
avaliados para garantir que não apresentam infeção: visitantes doentes não devem
entrar nem crianças com menos de 12 anos – exceto se tiverem aprovação de um
médico. Além disso, é importante orientar os visitantes sobre seus papéis na
transmissão de infeção e os riscos que representam para os pacientes
imunocomprometidos. Eles devem receber treino sobre o uso de equipamento de
proteção individual (EPI) e lavagem das mãos.
• Não permitir a visitação de animais para pacientes com isolamento por contato.
• Limpar e desinfetar os brinquedos dos pacientes pediátricos imunocomprometidos, pois
representam risco para transmissão de infeção entre pacientes.
6.4.3. Pediatria
Prevenção:
• Os quartos privativos devem contar com antessala para lavagem das mãos e
paramentação.
• Qualquer brinquedo ou objeto que entrar em contato com fluidos corporais deverá ser
limpo imediatamente.
• Os nebulizadores devem ser de uso individual, devem ser limpos após cada nebulização.
50
6.4.4. Unidades de cuidados intensivos
A Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) é uma área onde se prestam cuidados a doentes
com estado de saúde crítico ou que apresentem potencial risco, necessitando de uma vigilância
contínua e intensiva. A UCI é um serviço polivalente que recebe doentes das várias
especialidades. A situação de doença torna as pessoas mais suscetíveis a contrair infeções. E por
isso durante a assistência ao paciente, os profissionais podem contribuir para redução dos índices
de infeção através da adoção de tais precauções. Sendo elas o uso dos equipamentos de
proteção individual (EPIs) e a higienização das mãos.
Considerações Importantes:
- Durante o período de visita os familiares devem manter- se apenas no espaço onde se encontra
a cama do familiar/amigo.
O número de pessoas presentes na sala tem implicação direta no risco de infeção, uma vez
que, estas constituem a maior fonte de contaminação no BO, quer a equipa cirúrgica, quer o
próprio doente. A pele, as mucosas e os órgãos ocos do doente são reconhecidos como
constituindo uma das principais fontes de microrganismos e, de acordo com a exposição à flora
do doente e consequente aumento do risco.
51
Assim, as infeções exógenas são evitáveis, uma vez que têm como origem a implantação de
microrganismos do exterior através, por exemplo, das mãos dos profissionais ou do material e
equipamento contaminado. As mãos contaminadas dos profissionais de saúde são, de facto, o
veículo mais comum na transmissão. Por outro lado, também, o ar condicionado pode ser fonte
de contaminação por desenvolvimento de microrganismos patogénicos, devida a falhas na
manutenção, como limpeza das grelhas e condutas, substituição dos filtros e exames ambientais,
como medição das partículas em suspensão e vigilância microbiológica.
O parto deve ser realizado com as medidas de segurança com as normas previstas que
incluem rotinas técnicas de limpeza, desinfeção e esterilização, quando aplicável, das superfícies,
instalações, equipamentos e produtos para a saúde. Deve ser realizado com medidas de assepsia
adequadas.
Prevenção Geral:
• Antissépticos adequados
• Cuidados ambientais
• Antibioterapia racional
6.4.7. Laboratórios
Sempre que possível, devem ser utilizadas luvas adequadas na manipulação de materiais
que apresentem risco biológico. Contudo, isso não substitui a necessidade da lavagem regular e
correta das mãos por parte dos profissionais do laboratório. As mãos devem ser lavadas após a
52
manipulação de materiais de risco biológico e animais, após a utilização dos sanitários, antes de
sair do laboratório.
Os dispositivos contaminados, tais como frascos, tubos de vidro, etc. não devem sair do
laboratório sem antes serem descontaminados mediante a utilização de métodos que provem ser
efetivos.
6.4.8. Consultas
53
6.4.9. Outras
Formar e treinar profissionais e educar os doentes e visitas para a seleção das barreiras,
sua colocação e remoção, a qual é fundamental do ponto de vista da prevenção e controlo da
transmissão cruzada da infeção.
LUVAS
As luvas devem ser usadas para procedimentos invasivos, contacto com locais estéreis, pele
não intacta, membranas mucosas e durante todas as atividades em que haja risco de exposição a
sangue, fluidos orgânicos, secreções e excreções. As luvas estéreis devem ser usadas em
procedimentos que envolvam assepsia (técnicas assépticas) e as não estéreis para procedimentos
em que apenas se pretende proteção dos profissionais. Devem existir luvas de nitrilo ou outro
material similar para contacto com químicos. Para as limpezas devem ser usadas luvas de
borracha.
Devem existir alternativas às luvas de látex para os profissionais com sensibilidade a este; o
Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho devem criar condições para que os
profissionais de saúde possam ser avaliados em termos da alergenicidade e as unidades de saúde
possam adquirir luvas específicas.
Usar luvas (limpas, não esterilizadas) quando se manipula sangue, fluidos corporais,
excreções, secreções ou qualquer objeto contaminado; devem ser colocadas luvas
imediatamente antes de tocar em membranas mucosas ou em pele não intacta.
54
As luvas devem ser mudadas entre procedimentos no mesmo doente após contacto com
material que possa conter alta concentração de microrganismos.
As luvas devem ser removidas imediatamente após a sua utilização (antes de tocar em
outros doentes, objetos ou superfícies) – quebrar a cadeia de transmissão).
BATA
A bata deve ser limpa, não esterilizada para proteção da pele e para impedir a conspurcação
de roupa e pele durante procedimentos com capacidade potencial de produção de salpicos ou de
aerossóis de sangue, de fluidos corporais, de secreções ou de excreções.
A bata deverá ser removida tão prontamente quanto possível, efetuando-se logo a seguir a
higienização das mãos.
AVENTAL DE PLÁSTICO
Tal como a bata, os aventais de plástico têm por objetivo proteger os profissionais
minimizando a contaminação do fardamento, vestuário e pele. Pode também proteger os
doentes da transmissão cruzada da infeção, na medida em que minimizam a contaminação do
fardamento e quando usados corretamente.
Os aventais de plástico devem ser usados quando existe risco de exposição a sangue, fluidos
orgânicos, secreções e excreções, aquando dos cuidados de higiene aos doentes ou de
procedimentos contaminantes com grande risco de projeção de salpicos e aerossóis e na
utilização de produtos químicos.
CALÇADO
• antiderrapante, limpo e deve apoiar e cobrir todo o pé, a fim de evitar a contaminação
55
com sangue e outros fluidos orgânicos ou lesão com material cortoperfurante;
Algumas recomendações importantes devem ser seguidas pelos pacientes e seus familiares
para contribuir para a qualidade da assistência e a segurança do cuidado, seja qual for a unidade
de saúde:
• Cobrir nariz e boca com papel descartável quando tossir ou espirrar, desprezando após o
uso;
• Vacinar-se.
Resumindo,
Precauções padrão ou de rotina estas caracterizam-se por:
II. Utilizar a técnica “no touch” (sem tocar diretamente) sempre que possível;
V. Manusear com cuidado todos os materiais cortantes, assim como a roupa e lixo contaminado;
VI. Certificar que todos os equipamentos, materiais ou roupa que entraram em contacto com o
paciente são descartados, desinfetados ou esterilizados após cada utilização;
56
VIII. Assegurar que o circuito dos resíduos se faz em segurança.
• Etiqueta respiratória
b. utilizar um toalhete de uso único para conter as secreções respiratórias, o qual deve ser
prontamente eliminado num contentor de resíduos próximo do doente;
d. higienizar as mãos após contacto com secreções respiratórias; e. evitar tocar nas mucosas
dos olhos, boca ou nariz. Os profissionais de saúde promovem a aplicação de medidas de
etiqueta respiratória junto de todos os utentes, e de todas as pessoas que entram na unidade de
saúde. Devem ainda, ajudar os que necessitam de apoio (ex. idosos, crianças) no seu
cumprimento, fornecendo toalhetes, recipientes para os conter, SABA ou acesso a lavatório. Nos
períodos de maior prevalência de infeções respiratórias na comunidade (sazonalidade), os
profissionais de saúde devem oferecer máscara cirúrgica aos indivíduos sintomáticos que acedam
à unidade de saúde.
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Módulo 7- A prevenção das infeções associadas à prestação de
cuidados específicos e recomendações associadas
• A técnica cirúrgica;
• Duração da cirurgia;
Um programa sistemático para a prevenção das infeções da ferida cirúrgica inclui a prática
da técnica cirúrgica ótima, um ambiente do bloco operatório limpo, com restrição à entrada de
profissionais e vestuário adequado, equipamento estéril, preparação pré-operatória adequada do
doente, utilização apropriada de profilaxia antibiótica pré-operatória e um programa de VE
(vigilância epidemiológica) das feridas cirúrgicas.
A taxa de infeção da ferida cirúrgica pode ser reduzida com um programa de VE padronizado,
com informação de retorno individualizado por cirurgião.
• Uma vez por semana: limpeza completa da área do bloco operatório, incluindo
58
anexos tais como vestiários, salas de técnicas, armários.
Todos os instrumentos usados dentro do campo estéril devem ser estéreis. O doente e
qualquer equipamento que entre na área estéril devem ser cobertos com panos estéreis; estes
devem ser manuseados o menos possível. Uma vez colocado o pano estéril na sua posição, este
não devem ser movidos, já que isso pode comprometer a sua esterilidade.
Para cirurgias de alto-risco selecionadas (p. ex., procedimentos ortopédicos com implantes,
transplantes) podem-se considerar medidas mais específicas para a ventilação no bloco
operatório.
No caso de cirurgias eletivas (sem caráter de emergência), qualquer infeção existente deve
ser identificada e tratada antes da intervenção. A estadia pré-operatória deve ser minimizada.
Nos doentes desnutridos deve ser melhorado o estado de nutrição antes da cirurgia eletiva.
Os doentes devem ser lavados (banho de imersão ou duche) na noite anterior à intervenção,
utilizando um sabão antimicrobiano. Se for necessária a tricotomia, esta deve ser feita por corte
(tesoura ou máquina) ou com creme depilatório, e não com lâmina.
Antes de ir para o Bloco operatório e após o banho, a roupa da cama deve ser mudada (se
for dado banho antes da cirurgia, deve ser com pelo menos duas horas antes da mesma).
O local onde se vai fazer a incisão deve ser lavado com água e sabão e depois deve ser
aplicado um antisséptico para a pele, do centro para a periferia. A área preparada deve ser
suficientemente ampla para englobar a incisão na sua totalidade e suficiente pele adjacente para
que o cirurgião possa trabalhar sem tocar na pele não preparada.
O doente deve ser coberto com panos estéreis; só devem estar descobertos o campo
operatório e as áreas necessárias para a administração e manutenção da anestesia.
• Sempre que sair do quarto o doente deve usar máscara cirúrgica e pijama lavado. A
roupa da cama deve ser mudada a fim de reduzir a possibilidade de contaminação;
• A saída dos doentes deve ser programada de forma a reduzir ao mínimo os períodos de
espera, por exemplo, a marcação de exames para o final da lista, deslocando-se o doente
59
diretamente para o exame sem permanecer na sala de espera. Para o efeito, o serviço de
destino deve ser informado de que o doente vai a caminho;
60
pode confundir e desviar o clínico do verdadeiro agente etiológico da enfermidade. Os
elementos de todo o processo devem ser claramente expressos, incluindo:
• Local de coleta,
• Volume da amostra,
• Números de amostras,
• Qualidade do mesmo,
• Manuseamento apropriado,
61
Procedimento:
• Cercar o leito com biombo;
• retirar sondas, drenos e cateteres;
• proceder à limpeza do corpo;
• fazer o tamponamento dos orifícios com algodão e auxílio de uma pinça;
• fixar queixo, pés e mãos com atadura de crepe;
• envolver o corpo no lençol;
• colocar uma etiqueta de identificação sobre o tórax e uma sobre o lençol que o envolve;
• tranferir o corpo para a maca já forrada e cobri-lo;
• encaminhar o corpo para o necrotério;
• fazer as anotações de enfermagem, descrevendo todos os procedimentos realizados
com o paciente desde o início até o término do preparo do corpo;
• entregar os pertences do paciente aos seus familiares;
• solicitar limpeza terminal do leito.
Considerações a seguir:
• Todos os procedimentos com os cadáveres devem ser executados com uso de EPI-
Equipamento de proteção individual (incluindo máscaras, luvas, bata, touca e óculos ou
viseira);
• Pode ser efetuada preparação higiénica do falecido;
• Na exposição do corpo devem ser cumpridas as Precauções Básicas (Higiene das Mãos
Uso de EPI e Higiene e controlo ambiental nas unidades de saúde);
• Os familiares se assim o desejarem podem ver o corpo. Caso o doente tenha falecido no
período de contágio, a família deve usar os EPI atrás referidos;
• Antes da transferência para a morgue (o mais cedo possível), o corpo deve ser selado
num saco específico para colocação de cadáveres;
• Na morgue, minimizar a produção de aerossóis evitando:
✓ Usar serra
✓ Procedimentos com água
✓ Salpicos ao remover tecido pulmonar.
• Devem ser criadas condições nas morgues, para a higienização das mãos dos
profissionais, após retirarem os EPI: lavatório com sabão, toalhetes, dispensador de
solução antisséptica alcoólica e contentor para recolha dos EPI e dos toalhetes de
secagem das mãos;
• No Serviço de Autópsias devem também ser cumpridas as Precauções Básicas.
62
Módulo 8- Precauções básicas e o equipamento de proteção individual
O uso de equipamento de proteção faz parte integrante desse conceito assim como do mais
recente conceito de precauções básicas (padrão) que estabelece que determinados tipos de
cuidados devem ser adotados em qualquer doente, independentemente da sua patologia ou do
seu status infecioso.
O uso de EPI constitui-se uma das precauções padrão indicada para reduzir o risco de
transmissão de microrganismos de fontes de infeção, conhecidas ou não, devendo ser adotado
na assistência a todo e qualquer doente e/ou na manipulação de objetos contaminados ou sob
suspeita de contaminação.
A decisão de usar ou não EPI e quais os equipamentos a usar, deve ser baseada numa
avaliação de risco de transmissão de microrganismos ao doente, o risco de contaminação da
roupa, pele ou mucosas dos profissionais com o sangue, líquidos orgânicos, secreções e
excreções do doente.
Dois aspetos importantes relativos aos EPI são a seleção e os requisitos na utilização. A
seleção dos EPI deverá ter em conta os riscos a que está exposto o trabalhador, as condições em
que trabalha, a parte do corpo a proteger e as características do próprio trabalhador. Devem
ainda obedecer aos requisitos: comodidade, robustez, leveza e adaptabilidade.
Estão incluídos na categoria de EPI as luvas, máscaras, batas, aventais, óculos, viseiras,
cobertura de cabelo, calçado, entre outros.
Para que qualquer política relacionada com o uso de EPI tenha eficácia é necessário que os
respetivos equipamentos estejam disponíveis, sejam apropriados às condições de trabalho e risco
63
da instituição, sejam compatíveis entre si (quando usados simultaneamente), possam ser limpos,
desinfetados, mantidos e substituídos quando necessário (quando não sejam de uso único) e
cumpram as diretivas comunitárias referentes ao seu desenho, certificação e teste.
Em síntese, os utilizadores dos EPI têm que conhecer e perceber as consequências de uma
exposição sem proteção, a necessidade de se protegerem, as razões pelas quais um equipamento
é utilizado e as vantagens que daí advêm.
Considerações Importantes:
Os EPI devem proporcionar proteção adequada aos profissionais de saúde, de acordo com o
risco associado ao procedimento a efetuar:
c. removidas imediatamente após o uso em cada doente e/ou após o procedimento (o seu
uso não substitui em nenhuma circunstância, a higiene das mãos);
Pode estar indicado o uso de luvas duplas nos procedimentos de maior risco de exposição a
fluidos orgânicos (p.ex. cirurgias ortopédicas, urológicas ou ginecológicas).
4. A proteção ocular/ facial (óculos ou máscara com viseira) deve ser: usada quando existe
64
risco de projeção de salpicos de fluidos orgânicos para a face, e, sempre durante
procedimentos geradores de aerossóis (ex entubações traqueais, endoscopias
brônquicas, sessões de balneoterapia);
a. antiderrapante, limpo e deve apoiar e cobrir todo o pé, a fim de evitar a contaminação
com sangue e outros fluidos orgânicos ou lesão com material cortoperfurante;
b. utilizada nas áreas protegidas (bloco operatório, zona limpa da central de esterilização
e cozinha) e durante procedimentos assépticos (p.ex. colocação de cateter vascular
central);
65
Em particular, nos profissionais de saúde, as mãos constituem o principal veículo de
transmissão exógena de microrganismos, sendo que raramente estão livres dos mesmos, sejam
eles residentes ou transitórios.
A lavagem das mãos tem uma dupla função na medida em que por um lado, protege o
utente e por outro protege o profissional de saúde de adquirir microrganismos prejudiciais à sua
saúde.
Os “cinco momentos” para a higiene das mãos na prática clínica são os seguintes:
De modo a simplificar a interpretação do vasto leque de conceitos sobre higiene das mãos,
são definidos três métodos a utilizar. De acordo com os procedimentos a efetuar, assim a técnica
de higienização a utilizar:
a) Lavagem: higiene das mãos com água e sabão (comum ou com antimicrobiano).
b) Fricção antisséptica: aplicação de um antisséptico de base alcoólica para fricção das mãos (a
sua utilização não necessita de água nem de toalhetes).
Quer seja usado água e sabão com ou sem antisséptico, quer seja usada SABA, é muito
importante cumprir os seguintes princípios:
✓ Retirar joias e adornos das mãos e antebraços antes de iniciar o dia ou turno de
trabalho, guardando-as em local seguro (por exemplo, acondicionado em alfinete
pregado por dentro do bolso da farda);
✓ Manter as unhas limpas, curtas, sem verniz. Não usar unhas artificiais na prestação
de cuidados;
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abranger de acordo com os procedimentos a efetuar;
✓ Ter atenção especial aos espaços interdigitais, polpas dos dedos, dedo polegar e
punho;
✓ Evitar recontaminar as mãos após a lavagem. Se a torneira for manual não tocar com
as mãos na torneira após a higienização, encerrando a mesma com um toalhete;
• Molhar primeiro as mãos com água, uma vez que reduz o risco de dermatites;
• Se não dispuser de torneira de comando não manual, utilizar o toalhete usado para
fechar a torneira. Evitar o uso de água quente, porque a exposição frequente à água
quente aumenta o risco de dermatites.
• Secar rigorosamente as mãos com toalhete de uso único. Toalhas de tecido de uso
múltiplo ou utilizadas por múltiplos profissionais de saúde não são recomendadas nas
unidades de prestação de cuidados de saúde.
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Técnica de fricção das mãos com solução antisséptica de base alcoólica:
• Aplicar o produto na palma de uma das mãos e friccionar, cobrindo toda a superfície das
mãos e dedos, até as mãos ficarem secas.
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Técnica de preparação cirúrgica das mãos
• Remover relógios de pulso, anéis e pulseiras antes de iniciar a preparação cirúrgica das
mãos;
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• Remover relógios de pulso, anéis e pulseiras antes de iniciar a preparação cirúrgica das
mãos;
• Lavar as mãos com água e sabão antes da preparação pré-cirúrgica das mãos se
estiverem visivelmente sujas. Remover a sujidade dos leitos unguiais com um estilete de
unhas sob água corrente. Manter as unhas curtas;
• Utilizar antisséptico com ação residual, quer seja sabão antimicrobiano, quer solução
antisséptica de base alcoólica, antes de colocar as luvas cirúrgicas;
• Na preparação pré-cirúrgica das mãos com solução antisséptica de base alcoólica com
ação residual, seguir as instruções do fabricante do produto em relação ao tempo de
aplicação. Aplicar o produto sobre as mãos totalmente secas. Não combinar os produtos
(sabão antisséptico e solução antisséptica de base alcoólica) em sequência;
• Durante a preparação pré-cirúrgica das mãos com solução antisséptica de base alcoólica,
usar uma quantidade de produto suficiente de forma a manter as mãos e antebraços
molhados durante o procedimento de preparação cirúrgica das mãos;
• Após aplicar a solução antisséptica de base alcoólica como recomendado, friccionar bem
as mãos e antebraços até secarem completamente, e só então colocar luvas estéreis.
Agarre sempre a parte posterior do equipamento ou a que está sobre as orelhas para
retirá-las, não tocando na parte exterior estando esta contaminada. Coloque-as em local
apropriado para higienização ou no recipiente de lixo adequado.
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Bata
Deve cobrir integralmente o tronco, do pescoço aos joelhos, e os braços até ao pulso e apertar
atrás. Aperte atrás do pescoço e na cintura.
Importante:
Luvas
Utilização de luvas:
✓ Sendo uma das barreiras de proteção mais utilizadas nas instituições de saúde, as luvas
quando usadas indevidamente, podem ser um veículo importante da transmissão de
microrganismos.
Regras Básicas:
✓ Usar sempre que se prevê contacto com produtos biológicos exceto o suor, e em
contacto com pele não íntegra e mucosas.
Mudar de Luvas:
✓ Entre procedimentos;
✓ Entre o contacto com uma zona contaminada e uma zona limpa, no mesmo doente;
✓ Sempre que no decorrer duma técnica haja rutura das luvas com contaminação das
mãos;
✓ Sempre que no decorrer duma técnica asséptica haja contaminação das luvas.
Objetivos da utilização:
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• Para proteção do pessoal: implica o uso de luvas não esterilizadas, com o objetivo de
cumprir as “Precauções Básicas”.
Mais amplo, compreende todos os hábitos e condutas que nos auxiliem a prevenir doenças
e a manter a saúde e o nosso bem-estar, inclusive o coletivo.
Para uma prestação adequada e segura é necessário ter em conta alguns aspetos relativos à
higiene pessoal:
• Qualquer tipo de odor será repelente para os colegas e clientes. Os banhos frequentes
são aconselhados, contudo a utilização de produtos demasiado perfumados deve ser
evitado.
• Não usar adornos (anéis, brincos, relógio, pulseiras, colares, piercing, etc. – aliança).
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• Evitar passar as mãos no nariz, orelhas, cabeça, boca ou outra parte do corpo durante a
prestação de cuidados.
• Não enxugar suor com as mãos, panos ou uniforme (mas sim em toalha descartável).
• Evitar maquilhagem e perfumes com cor e/ou odor intenso (utilizar desodorizante sem
cheiro ou com odor suave).
• Colocar haveres pessoais e roupa civil em local adequado (cacifo, vestiário, etc.).
8.5. Vacinação
Os profissionais de saúde estão expostos a diversos agentes biológicos nas suas atividades
diárias, pelo que a proteção adquirida pela vacinação e a monitorização do estado vacinal é
essencial.
• A vacinação gratuita dos trabalhadores, quando existam vacinas eficazes contra agentes
biológicos a que os trabalhadores estão ou podem estar expostos no local de trabalho;
Atualmente as vacinas contra a hepatite B, tétano/difteria e gripe são as que revestem maior
importância para os profissionais de saúde, pelo nível elevado de proteção, individual e de grupo,
que asseguram.
73
O registo dos atos vacinais de cada profissional deverá ser efetuado em suporte informático
que será disponibilizado a todas as Equipas de Saúde Ocupacional.
8.6. Fardamento
O uniforme/farda é o espelho da instituição. Ele não apenas identifica a função do
funcionário, mas também reflete a postura e a imagem da entidade. De maneira subjetiva, o
uniforme transmite ao utente o conceito da instituição em relação à qualidade de seus serviços.
• Confortável.
• Cores claras.
• Não carregar os bolsos do uniforme de canetas, batons, cigarros, isqueiros, relógios, etc.
(apenas o essencial).
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• Evitar vestir roupa que não pertença ao uniforme, nomeadamente por baixo do mesmo.
Se for necessário usar peças de algodão e de cor branca.
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Módulo 9- Tarefas que em relação a esta temática se encontram no
âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de saúde
9.1. Tarefas que, sob orientação de um Enfermeiro, tem de executar sob sua
supervisão direta
O papel da Enfermagem consiste na implementação de práticas para o controlo das infeções,
nos cuidados ao doente.
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• Assegurar que os distribuidores de sabão líquido e de toalhetes de papel são enchidos
regularmente;
• Auxiliar o enfermeiro na prestação de cuidados ao utente que vai fazer, ou fez, uma
intervenção cirúrgica.
77
serviço.
78
Bibliografia
AA VV. Cadernos de saúde, Número especial: Infeção associada à prática de cuidados de saúde,
Ed. Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Católica, 2010
AA VV., Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde: Circular
Normativa, Ed. Direcção-Geral de Saúde
AA VV., Prevenção de infeções adquiridas no hospital: um guia prático, ED. Instituto Nacional de
Saúde Dr. Ricardo Jorge, 2002
ALEIXO, Fernando, Manual de Enfermagem, Ed. Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio., EPE,
2007
KEROUAC, Suzanne [et al.] – El pensamento enfermeiro. Barcelona: Masson, 1996. ISBN
84-4580365-4.
LOFF, Ana Margarida – Relações Interpessoais. Enfermagem em Foco. Lisboa: SEP. N.º 13, Ano IV
(Nov./Jan. 1994), p. 56-63.
Sites Consultados
• Ministério da saúde
http://www.min-saude.pt
• Portal da Saúde
http://www.portaldasaude.pt
79