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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (ÍZA) DE DIREITO DA COMARCA

DE SANTO ÂNGELO-RS

PEDIDO URGENTE

FULANO DE TAL - ME, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XXX,
endereço eletrô nico nã o informado, com sede à Rua XXX, nº XXX, Sala – XX, CEP: XXX,
Município de XXX/RS, neste ato representada por seu proprietá rio FULANO DE TAL,
brasileiro, maior, inscrito no CPF sob o nº XXX, RG nº XXX SSP/RS, endereço eletrô nico nã o
informado residente e domiciliado na Rua XXX, nº XX, Município de XXX/RS; FULANO DE
TAL, já qualificado na presente exordial, vêm, através de seus procuradores signatá rios,
propor a presente
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO COM PEDIDO DE TUTELA
PROVISÓRIA PARCIAL DE URGÊNCIA ANTECIPADA EM CARÁTER INCIDENTAL C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
EMPRESA S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XXX, endereço
eletrô nico XXX, com sede na Rua Henri Dunant, nº XXX, Bairro XXX, Município de XXX, CEP:
XXX, pelas razõ es fá ticas e jurídicas a seguir expostas.
I – DA TUTELA PROVISÓRIA PARCIAL DE URGÊNCIA ANTECIPADA – DO CARÁ TER
OBSTATIVO DE INSCRIÇÃ O NOS Ó RGÃ OS DE PROTEÇÃ O AO CRÉ DITO
Data máxima vênia, antes de adentrar ao cerne do mérito da presente pretensã o litigiosa,
caracteriza-se de suma importâ ncia apreciar o referido pedido de Tutela Provisó ria
Antecipada, visto se tratar de um fato adverso ao convencional.
A urgência no trâ mite desta lide permeia o fato de o requerente estar sendo cobrado POR
VALORES QUE NUNCA CONTRATOU, fato esse que culminará em GRAVES prejuízos
quanto à permanência no mercado, visto se tratar de microempresa e, conquanto, nã o
poder, de forma alguma, sofrer tamanha e indevida cobrança (documento probató rio
anexo).
Destarte, com fulcro na base normativo-jurídica emanada pelo legislador do atual Có digo
de Processo Civil, destaca-se, in casu, o texto imposto pelo art. 294 do CPC/15, o qual aduz:
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental.

Ainda, a composiçã o textual do art. 300, § 2º, CPC/15 traz, de forma clara, a possibilidade
de ser concedida liminarmente a Tutela de Urgência:
Art. 300. § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

A Tutela Provisó ria dar-se-á , neste caso em concreto, pela sumariedade da cogniçã o, visto
que a antecipaçã o da decisã o será embasada na superficialidade, mas, contudo, também
pela clareza e objetivaçã o que a documentaçã o anexa aos autos trará . Tais como:
a) Assinatura do representante da requerida demonstrando e atestando a devolução dos aparelhos;
b) Ausência de contrato de serviços telefônicos entre as partes.

Portanto, em se tratando de relaçã o de consumo, e, tomando como embasamento os


princípios que regem tal relaçã o, a FALTA de contrato entre as partes – visto o requerente
jamais ter firmado – traz, de imediato, a ó bvia nã o contrataçã o dos serviços pelos quais a
cobrança está sendo realizada em face do requerente, e, portanto, A OBSTATIVIDADE DA
INSCRIÇÃ O NOS Ó RGÃ OS DE PROTEÇÃ O AO CRÉ DITO.
Segundo, Fredie Didier Jr. “[...] a probabilidade do direito a ser provisoriamente
satisfeito/realizado ou acautelado é a plausibilidade de existência desse mesmo direito”
(DIDIER JR., 2016, p. 608).
Ainda, em que pese já ter-se demonstrado a probabilidade do direito - fumus boni iuris -
com base no exposto, tem-se, também, a concretizaçã o do periculum in mora, o qual se
vislumbra pelo risco do requerente ter seus créditos restritos em face de cobranças
totalmente indevidas.
Nesse sentido, surge o direito do requerente em nã o ser inscrito nos ó rgã os de proteçã o ao
crédito, pois tal fato acarretaria em gravíssimos danos.
Muito além disso, se trata de ú nico meio de sustento da família do representante e
proprietá rio da empresa. Nesse sentido, restam nítidos os prejuízos que tal cobrança ilegal
trará , pois é claro e notó rio a justa relaçã o de qualquer negó cio empresarial com linhas de
crédito para financiamentos e ampliaçã o de mercado.
Conquanto, torna-se indubitá vel o deferimento do presente pedido liminar para ter sanado
de imediato tamanha injustiça, a qual ameaça de forma abrupta e, possivelmente,
irreversível, o contínuo e á rduo trabalho realizado pela empresa dentro do cená rio
econô mico brasileiro atual.
Em sede de desenvolvimento da síntese dos fatos, entender-se-á claramente o ocorrido e,
inobstante à cobrança, será possível esclarecer a ilicitude dos atos que geraram tamanha
preocupaçã o e urgência.
II – DA SÍNTESE DOS FATOS
O requerente traz em juízo verdadeiro golpe em que incorrera, pois o representante da
requerida em Santo  ngelo, em certo momento, disse-lhe que conseguiria três aparelhos
para usar sem custo algum. Crendo nisso, o requerente aceitou e na data da entrega dos
mencionados aparelhos, enviou-lhe DEZ telefones mó veis.
Na mesma hora o representante da empresa demandante devolveu sete dos dez aparelhos
e pediu que o representante da ré assinasse um termo de cancelamento e devoluçã o
(conforme documento anexo).
Ainda, afirmou-se claramente à parte autora que nã o haveria encargos a adimplir, visto ter
sido formulado o termo de cancelamento supracitado e a mencionada devoluçã o.
Contudo, para surpresa do requerente, no dia 29/06/2017 fora emitido pelo SCPC
comunicado entabulado sob o nº 201336987, o qual afirma haver valor inadimplido no
montante de R$ 49.139,27 (quarenta e nove mil cento e trinta e nove reais com vinte e sete
centavos).
Em procura ao PROCON MUNICIPAL de Santo  ngelo, e apó s contato deste com a empresa
emissora do comunicado, constatou-se que o débito mencionado seria decorrente de multa
de cancelamento de 10 linhas mó veis e algumas faturas que ainda se encontravam em
aberto, mais o parcelamento de outras linhas. (documentos probató rios anexos).
Nã o obstante ter havido a devoluçã o dos respectivos telefones com a devida assinatura do
representante XXX S/A, o requerente, por vezes, tentou contato com este. Contudo, sem
êxito algum.
Desta forma, com a devida explanaçã o sintética dos fatos, indubitá vel se faz a urgência do
pedido liminar para que tal problema nã o se agrave mais, visto os resíduos e malefícios que
incorreria à empresa requerente quanto a sua permanência no mercado e, pior, quanto ao
sustento de uma família que depende ú nica e exclusivamente deste varejo.
III – DA APLICABILIDADE DO CDC IN CASU
Inobstante a relaçã o dar-se entre pessoas jurídicas, o caso concreto configura relaçã o
consumerista, visto que o requerente utilizava o produto como destinatá rio final.
Isto posto, oportuno trazer o entendimento do texto legal do art. 2º do CDC – Có digo de
Defesa do Consumidor – Lei nº 8.078/90:
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final.

De fato, analisando a estrutura jurídica que fundamenta o sistema de relaçõ es contratuais, é


possível entender-se pela aplicaçã o do CDC ainda quando se tem uma organizaçã o
comercial enquanto consumidor dos produtos ou serviços fornecidos por outra
organizaçã o empresarial.
AINDA, a relaçã o da presente lide configura perfeitamente a base principioló gica emanada
pelo CDC, o qual visa equilibrar as relaçõ es entre o polo mais forte – as empresas − e o
consumidor final.
IV – DA INEXISTÊNCIA DO REFERIDO DÉBITO – IMPOSSIBILIDADE DA COBRANÇA E DA
INVERSÃ O DO Ô NUS DA PROVA
Para o direito hodierno – o qual segue premissas assecurató rias e objetivas de atuaçã o –
insta salientar que a norma má xima se condiz pela segurança das relaçõ es jurídicas.
Destarte, o que se pretende com a devida demanda é demonstrar que nunca houve
qualquer tipo de relaçã o juridicamente constituída entre as partes. O requerente nunca
pactuou via contrato qualquer dos serviços das referidas linhas telefô nicas. Inexiste, desta
forma, meio algum sob o qual o vincularia à demandada, fato esse que, por si só , já
desconstitui a respectiva dívida e, ainda, configura base normativa para indenizaçã o por
danos morais.
Entabulando a força positivista do CDC, faz-se, desta forma, imperioso a inserçã o do
entendimento do art. 6º, VIII, o qual aduz:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;

Segundo esta regra, se faz mister a necessidade em ter invertido o ô nus probató rio quanto
à demonstraçã o contratual, pois o que se pretende e, desde logo REQUER, é que a requerida
demonstre nos autos do processo a prova pela qual constituir-se-ia pactuado a relaçã o
embasadora das referidas cobranças.
V – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Excelência, com base nos fatos elencados na presente exordial, cumpre destacar que o ônus
probandi do litígio necessita, obrigatoriamente, ser entabulado a parte demandada, pois
esta, de forma maliciosa e ilegal, vem, há muito tempo, criando linhas telefô nicas e as
cobrando de forma reiterada e inesperada.
Desta forma, inverter o fardo da obrigaçã o probató ria se faz necessá rio e inafastá vel, visto
ser impossível para o demandante provar qualquer fato, pois, in casu, é contra ele que o
débito está sendo cobrado e, portanto, trata-se de dever da demandada provar todo e
qualquer valor inadimplido.
O requerimento pleiteado neste tó pico condiz claramente com o art. 6º, VIII, do Có digo de
Defesa do Consumidor – CDC, o qual, novamente, se demonstra importante destacar:
Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;

Observando o disposto no referido artigo, cumpre destacar os requisitos elencados apó s


palavra “quando”, dos quais: a “verossimilhança da alegaçã o” ou “quando for a parte
hipossuficiente”.
Desta forma, a verossimilhança do alegado se demonstra pela documentaçã o juntada aos
autos do processo, pelas quais observa-se que as supostas contrataçõ es de fato nunca
ocorreram.
Nesse sentido, com base nas cobranças realizadas pela demandada, surge o dever em trazer
aos autos – se existir (o que desde já se afirma nã o ter a parte autora assinado contrato
algum) – todo e qualquer documento probató rio que demonstre o pacto referente ao fato
gerador das cobranças no montante de R$ 49.139,27 (quarenta e nove mil cento e trinta e
nove reais com vinte e sete centavos).
VI – DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS EM FAVOR DA PESSOA JURÍDICA DA
MICROEMPRESA – DA HONRA OBJETIVA
Nã o obstante se tratar de pessoa jurídica (XXX – ME) pleiteando o direito à indenizaçã o por
danos morais, cumpre destacar que tal pedido encontra total respaldo na doutrina
hodierna e, ainda, na jurisprudência maciça concernente ao assunto proposto.
Como é cediço, como regra, para a caracterizaçã o do dano moral sã o necessá rios os
seguintes elementos: a) o ato, b) o dano, c) nexo de causalidade entre o ato e o dano, e
d) o dolo ou a culpa do agente causador do dano. Demais disso, toda e qualquer
responsabilidade civil repousa na ofensa a um bem jurídico.
No caso do dano moral, esse bem jurídico ofendido consubstancia-se na lesã o a “direitos da
personalidade”. Ofendem-se, assim, a dignidade da pessoa humana, seu íntimo, sua honra,
sua reputaçã o, seus sentimentos de afeto.
Contudo, em se tratando de pessoas jurídicas, a extensã o dos direitos da personalidade não
é ampla e irrestrita, como, em verdade, decorre da pró pria dicçã o legal do art. 52 do Có digo
Civil – CC:
Art. 52 - Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.

Esta característica é consentâ nea com o conceito analó gico de pessoa jurídica de Lamartine
Corrêa, para quem a pró pria ideia de pessoa jurídica é uma criaçã o jurídica por analogia,
isto é, a pessoa jurídica é pessoa de modo analógico à pessoa natural.
Nesse contexto, os direitos da personalidade sã o imanentes à pessoa humana, podendo ser
em certas situaçõ es extensíveis à s pessoas jurídicas, mas nunca aqueles direitos cuja
pró pria existência esteja direta e indissociavelmente ligada à personalidade humana.
Tanto o é, que na clá ssica liçã o de Walter Moraes, na situaçã o da honra, “[...] não sendo a
pessoa jurídica titular de “honra subjetiva”, mas sendo titular de “honra objetiva”, trata-se de
“honra objetiva” da pessoa jurídica, que é distinta da honra subjetiva dos indivíduos que a
compõem”.
Isto porque, a pessoa jurídica nã o é titular de corpo ou psiquismo, nã o sendo capaz,
portanto, de experimentar dor ou emoçã o (sofrimento físico ou sofrimento psíquico ou
emocional). Essa distinçã o entre honra subjetiva e honra objetiva, para fins de
indenizabilidade de dano moral da pessoa jurídica, já foi feita em paradigmá tico acó rdã o do
Superior Tribunal de Justiça, da relatoria do ministro Ruy Rosado de Aguiar:
STJ, 4.ª T., REsp 60.033-2-MG, rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, j. 9.8.1995, DJ 27.11.1995, verbis: "Quando se trata
de pessoa jurídica, o tema da ofensa à honra propõe uma distinção inicial: a honra subjetiva, inerente à pessoa
física, que está no psiquismo de cada um e pode ser ofendida com atos que atinjam a sua dignidade, respeito
próprio, autoestima, etc., causadores de dor, humilhação, vexame; a honra objetiva, externa ao sujeito, que
consiste no respeito, admiração, apreço, consideração que os outros dispensam à pessoa. Por isso se diz ser a
injúria um ataque à honra subjetiva, à dignidade da pessoa, enquanto que a difamação é ofensa à reputação
que o ofendido goza no âmbito social onde vive. A pessoa jurídica, criação da ordem legal, não tem capacidade
de sentir emoção e dor, estando por isso desprovida de honra subjetiva e imune à injúria. Pode padecer, porém,
de ataque à honra objetiva, pois goza de uma reputação junto a terceiros, passível de ficar abalada por atos que
afetam o seu bom nome no mundo civil ou comercial onde atua".

Ressalta-se trecho do referido julgado:


“[...] A pessoa jurídica, criação da ordem legal, não tem capacidade de sentir emoção e dor, estando por isso
desprovida de honra subjetiva e imune à injúria. Pode padecer, porém, de ataque à honra objetiva, pois goza de
uma reputação junto a terceiros, passível de ficar abalada por atos que afetam o seu bom nome no mundo civil
ou comercial onde atua".

Essa é a razã o pela a qual a doutrina proclama que, nessa temá tica, indeniza-se o dano
moral em função do atentado à honra objetiva da pessoa jurídica, pois a pessoa
jurídica apenas e tã o somente pode ser atingida em sua honra objetiva (seu bom nome,
reputaçã o ou imagem). É dizer, somente pode sofrer abalo ao conceito pú blico que projeta
na sociedade, uma vez que ela nã o possui honra subjetiva.
VI.I – DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS EM FAVOR DO REPRESENTANTE LEGAL
DA PESSOA JURÍDICA DA MICROEMPRESA – DA HONRA SUBJETIVA DO AUTOR
Nã o obstante a gravidade dos fatos faz-se necessá rio expor a problemá tica que tais
condutas por parte da demandada e seus representantes trouxeram ao requerente XXX,
pois este, diuturnamente, sofre gravemente com preocupaçõ es concernentes a manutençã o
de sua empresa caso tal cobrança indevida o impossibilite de manter a linha de crédito com
os bancos.
É pú blico e notó rio por toda a sociedade a importâ ncia que a parceria entre empresas – de
qualquer tamanho – e as instituiçõ es financeiras possui para a permanência daquela no
mercado. Desta forma, a iminente probabilidade da inscriçã o da pessoa jurídica nos ó rgã os
de proteçã o ao crédito trouxe ao proprietá rio – requerente – toda uma ininterrupta agonia
e preocupaçã o, AS QUAIS, FRIZA-SE, NUNCA DEVERIAM TER ATINGIDO O AUTOR
(pessoa que nunca deixou de adimplir qualquer obrigaçã o).
Nesse contexto, a honra subjetiva do autor é o objeto que fora atingido, de forma a
proporcionar-lhe graves danos psicoló gicos ocorridos pela preocupaçã o desnecessá ria.
Há , pois, presentes todos os requisitos formadores do dever de indenizaçã o. Ainda, forte
nos artigos 186 e 927 do Có digo Civil – CC/02, tem-se que todo ato ilícito praticado em face
de outrem deverá ser indenizado.
Assim, resta embasado o dever de indenizar o autor frente a todo o exposto e toda a
problemá tica que tais cobranças indevidas e descabidas trouxeram-no. O que desde já
REQUER o montante de 50 salá rios mínimos R$ 46.850,00 (quarenta e seis mil, oitocentos e
cinquenta reais) , a título de indenizaçã o por danos morais.
VII – DOS PEDIDOS & REQUERIMENTOS
Ante o exposto, PEDE e REQUER a Vossa Excelência que:
a) CONCEDA a Tutela Provisó ria Parcial de Urgência Antecipada para que surjam seus
efeitos jurídicos e, neste diapasã o, obste a inscriçã o tanto da pessoa jurídica quanto da
pessoa física nos ó rgã os de proteçã o ao crédito;
b) CITE a empresa ré, na pessoa do seu representante legal, para, querendo, contestar os
termos da presente açã o, no prazo legal, sob pena da revelia e confissã o;

c) DECLARE inexistente o referido débito cobrado pela demandada de forma ilegal e


imoral, visto nunca ter havido pacto contratual entre os integrantes da presente lide;

d) CONCEDA a inversã o do ô nus da prova, visto imperar o Có digo de Defesa do


Consumidor – CDC, IMPONDO à requerida que traga ao processo quaisquer contratos que
demonstrem o pacto para o fornecimento dos serviços objetos das cobranças – indevidas;
e) CONDENE a requerida à reparaçã o cível, a título de indenizaçã o por Danos Morais, no
montante equivalente a 50 salá rios mínimos R$ 46.850,00 (quarenta e seis mil, oitocentos e
cinquenta reais);
f) CONDE o réu a arcar com as custas processuais e honorá rios advocatícios;
g) PROTESTA provar o alegado pela documentaçã o ora juntada e por todos os meios de
prova em direito admitidos e, na eventualidade de alguma contestaçã o, pelo depoimento
pessoal do contestante, desde já requerido, sob pena de confissã o, condenando este ao
pagamento das custas processuais, verbas honorá rias e demais cominaçõ es legais que
houverem;
h) INFORMA-SE que, nos termos do art. 319,VII do CPC/15, nã o possui interesse na
realizaçã o de audiência de conciliaçã o/mediaçã o.

Dá -se à causa o valor de 50 salá rios mínimos R$ 46.850,00 (quarenta e seis mil, oitocentos
e cinquenta reais)
Nesses Termos;
Pede Deferimento.
Santo  ngelo/RS, 28 de Julho de 2017.
P.p. Adv. PATRICK MARZARI
OAB/RS nº 108.387

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