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Formação pedagógica para não licenciados: Pedagogia

Giuliana Garcia RA: 8119654

Gestão e organização do trabalho pedagógico na educação básica

Portfólio ciclo 2.
Descrição da atividade

A Educação Brasileira precisa avançar em todos os níveis do ensino e esta reivindicação


é histórica; é feita pela comunidade acadêmica, órgãos colegiados presentes em todos os
sistemas de ensino e pela população de uma forma geral. O acesso, permanência e
educação de qualidade ainda permanece no centro do debate educacional do nosso país.
Após a leitura dos textos de Brito e Síveres (2015) As características da participação da
comunidade escolar em um modelo de gestão compartilhada e de Happ (2016) A escola
como organização comunicativa (2006) indicados no tópico O que preciso estudar?,
elabore um texto reflexivo dissertando sobre as seguintes questões:

1) Há processos de participação democrática na escola envolvendo todos os agentes


escolares? Como ocorre?

2) Qual a importância da “escola comunicativa” no processo democratização e avanços


qualitativos da escola?

Pontuação
A atividade vale de 0 a 1,0 ponto.

O envio de mensagens se encerra em 05/10/2020


Do ponto de vista histórico, a evolução das leis da educação brasileira andou a passos
relativamente lentos. Marcados por uma sociedade desigualitária, onde uma elite
detinha as riquezas e a população no geral dispunha o encargo de fornecer mão-de-obra.
Fato este que contribuiu para como a fluidez das leis educacionais ocorreram. Um dos
primeiros movimentos a beneficiar a educação como direito cidadão foi o Escola Nova.
Escolanovistas defendiam que a educação era um importante passo para a construção de
uma sociedade mais democrática. No entanto, só em 1996 com a Lei de Diretrizes
básicas da educação nacional (a segunda promulgada) que se reafirmou o dever do
estado em garantir aos cidadãos brasileiros o direto ao ensino público e gratuito.

No âmbito da gestão escolar, A Lei de Diretrizes Básicas da educação nacional


determina que haja “participação dos profissionais da educação no projeto pedagógico
da escola”, “participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes” além disso, que a unidade escolar estaria assegurada de “autonomia
pedagógica, administrativa e de gestão financeira”. Adicionalmente trás no artigo 13
como função do docente “colaborar com as atividades de articulação da escola com as
famílias e a comunidade”. (Brasil, 1996) [citação LDB96]. De forma a cumprir estas
diretrizes estabelecidas pela lei, alguns artifícios foram estipulados pelos governos
municipal e estadual como a obrigatoriedade da existência de conselhos escolares e a
preparação de um “Projeto Político Pedagógico (PPP) ou um “Plano de
Desenvolvimento Escolar” (PDE) visando sempre a gestão democrática [citação artigo
“escola como organização comunicativa”]. Embora estes artifícios presumam a
autonomia escolar, contribuem para a restrição da unidade, desconsiderando as
particularidades das escolas/municípios, limitando a dinâmica da escola. Considera-se
que as escolas possuam uma divergência entre instruções normativas do sistema
educacional e dificuldades ao modelo proposto em contrapartida com a realidade.
Atentando-se para estes fatos, podemos refletir sobre a gestão escolar e como ela pode
ser realizada de maneira democrática. Este engessamento previsto prejudica para que
haja participação da comunidade escolar em todos os âmbitos educacionais; além disso,
ao longo de muitos anos, viu-se a figura do diretor como central para tomada de
decisões, em uma visão cotidiana e ampla atribui-se ao diretor não só a administração
da escola mas também o a responsabilidade pelo andamento escolar como um todo
[citação “educação e a política e a administração sobre a pratica diretor de escola].
A gestão democrática é determinada pela cooperação de todos envolvidos na vida
escolar: pais, alunos, professores e funcionários, premissa esta que está presente
inclusive na LDB (1996). Decisivamente só se observará uma gestão puramente
democrática quando se observar a participação de todos os segmentos da escola nas
decisões que forem tomadas. [citação Paro], além disso para participação da
comunidade, é significativo que a escola conheça a comunidade a qual é inserida, além
de individualizar os alunos, desta forma haveria um real envolvimento de todas as partes
da vida escolar. Esse distanciamento da comunidade é o principal fator de dificuldade
de engajar a comunidade ao contexto escolar. Ponderando estes fatos temos aliado o
fato de muitos pais se afastarem das responsabilidades escolares resultando em um
contraponto entre pais colocando na escola a responsabilidade de não ter participação e
a escola colocando nos pais a culpa por não ter interesse. Adicionalmente ainda temos
pais que desejam impor suas vontades em prol de benefícios próprios. (LUCK 2006).
Reflexivamente notamos que para existir sucesso neste âmbito de uma educação mais
participativa, espera-se um engajamento real de ambos os lados.

De uma maneira mais prática, observamos a participação democrática quando todos os


envolvidos na vida escolar se unem com um mesmo propósito: a qualidade do ensino.
(escolar como modelo de gestão compartilhada). Um interessante estudo de caso foi
pulicado por Brito e Síveres (2014) ocorrido no Destrito federal, onde envolvimento
com a comunidade foi abrangendo as necessidades locais. Como por exemplo a
elaboração de 27 projetos desenvolvidos pela escola com parceria da comunidade de
instituições do local e também parceiros de cidades vizinhas. Projetos estes que
desenvolviam temas importantes como “prevenção contra as drogas”, “educação
alimentar”, “talentos da cultura local” e etc. Além disso a escola ainda realizava eventos
voltados a comunidade aos finais de semana, com atividades como “corte de cabelo”,
“oficinas”, “dinâmica de grupos”. Outro ponto importante que presumo como essencial
foi o envolvimento da comunidade na votação do projeto político pedagógico elaborado
pelos professores, notamos a importância do trabalho do gestor da escola para que estas
interações fossem observadas. De maneira a concluir o estudo, os autores trazem como
chave para a participação democrática a comunicação, estimular o diálogo entre todos
os membros da comunidade escolar. Uma boa comunicabilidade permite definir ações
consensuais evitando situações conflitantes; além disso a criação de eventos extraclasse
permite uma relação mais afetiva e humana entre membros da comunidade escolar.
Conclusivamente, observamos a importância de uma escola como organização
comunicativa, como um local onde as condutas são baseadas na busca cooperativa por
soluções, e desta forma permitindo uma participação mais democrática de toda
comunidade escolar.

https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-participacao-comunidade-
escolar-para-uma-gestao-democratica-qualidade.htm

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