1. Introdução....................................................................................................................................4
1.1. Problematização........................................................................................................................4
1.2. Justificativas.............................................................................................................................5
1.3. Objectivos.................................................................................................................................6
1.3.1. Geral......................................................................................................................................6
1.3.1. Específicos.............................................................................................................................6
3. Bibliografia................................................................................................................................13
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1. Introdução
O presente trabalho é um projecto de pesquisa da cadeira de MEIC e tem como tema: Análise do
uso sustentável de água no distrito de Morrumbene 2017-2018.
O não uso sustentável da água é um dos principais problemas relacionados com a disponibilidade
e utilização dos recursos hídricos na actualidade. Nesse sentido, é importante compreender o
problema analisando a totalidade da questão, ou seja, a quantidade de água desperdiçada não
somente pelo mau uso residencial, mas também pelos equipamentos públicos e práticas
económicas em geral.
As formas mais comuns e citadas de desperdício de água são conhecidas por todos: a torneira mal
fechada, o banho demasiadamente demorado, a mangueira ligada sem uso, a lavagem de
calçadas, os excessos na limpeza dos carros, entre outras práticas. Mas essa não é a única causa
para o problema em questão.
Vale lembrar, no entanto, que a actividade que mais desperdiça água é a agricultura. Nas áreas
irrigadas, por exemplo, o desperdício chega a 50% da água utilizada, tanto por vazamentos
quanto pelo emprego de técnicas que utilizam mais recursos hídricos do que o necessário, bem
como as perdas por evaporação. A mudança nas práticas agrícolas e a adequação nos métodos de
irrigação podem ser factores para diminuir o consumo de água sem afectar a produção de
alimentos e produtos primários em geral.
1.1. Problematização
O não uso sustentável da água traz varias consequências, pois segundo o RDH - Relatório de
Desenvolvimento Humano (2006): Aproximadamente, 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à
água tratada no mundo; Cerca de 2,6 bilhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico de
água (maioria dessas pessoas vivendo na África e na Ásia); Metade de doentes, em leitos de
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hospitais, é devido ao consumo de água imprópria; A diarreia, causada por água contaminada,
mata 4.900 crianças menores de 5 anos por dia. Nem todas as pessoas têm acesso à água
necessária para suas necessidades básicas. Cada pessoa, no mínimo, precisaria utilizar 20 litros de
água, por dia, porém, o que ocorre é bem diferente, disso.
Quando falamos em não uso sustentável da água, geralmente o destaque vai para aquele
produzido pela população, sobretudo no uso residencial. Os exemplos são vários, tais como
escovar os dentes com a torneira aberta, usar muita água para lavar calçadas e veículos, deixar a
torneira pingando, não conter vazamentos em casas e prédios, tomar banhos demorados, etc.
Tudo isso, sem dúvidas, contribui para o aumento do desperdício de água, mas existem outras
formas ainda mais graves que tornam o problema uma questão internacional relativa à
disponibilidade de recursos hídricos.
1.2. Justificativas
Os impactos do desperdício da água são graves e traduzem-se na redução do abastecimento de
água para a população, na menor disponibilidade de água nas reservas hídricas e na ocorrência de
verdadeiras crises hídricas em tempos de seca. Por causa disso, é importante que todos façam a
sua parte, desde o cidadão em sua casa, passando pelo Estado, até as diferentes práticas da
economia.
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1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Analisar o uso sustentável de água no distrito de Morrumbene de 2017-2018
1.3.1. Específicos
Identificar as formas do uso de água no distrito de Morrumbene de 2017-2018
Comparar as formas de uso sustentável de água no distrito de Morrumbene no ano de 2017-
2018
Descrever as melhores formas para minimizar o não uso sustentável de água no distrito de
Morrumbene de 2017-2018
O Homem consegue, com efeito, resistir meses a carência de alimentos que lhe forçam
suprimentos energéticos. Contudo, em relação a água, a resistência a sua privação absoluta é de
poucos dias, reduzindo – se em condições de perdas acrescentadas por exsudação. Esta é a
dependência inamovível, por um lado da necessidade contínua de água que o Homem e outros
seres apresentam e, por outro lado, da capacidade limitada de acumulação no corpo daquele
nutrimento essencial (PAULOS, 2008)
Esta situação reflecte, desde logo, o facto do corpo humano e das células vivas em geral serem
maioritariamente constituídas por água (PAULOS, 2008) como indica na tabela (1) abaixo.
De acordo com DNA, (1997), a carência de água põe em risco não só a produção alimentar mas
também as indústrias transformadoras delas dependentes, directa ou indirectamente: a vida nas
aglomerações humanas de todas as dimensões quer rurais, os transportes, as actividades de
mineração.
Ibid, na água a atracção de iões com cargas eléctricas opostas é muito menor do que noutros
meios líquidos, de modo que é um óptimo solvente para numerosas substancias que formam
soluções ionizadas. Ora isto é de importância capital para as numerosas reacções que, meio
aquoso se dá no mundo das células.
A menor densidade da água quando gela tem como consequência ecológica importante entre
outras, a protecção dos organismos que vivem no fundo dos rios e lagos de água doce, pois as
massas de gelo flutuam. Também o elevado valor de tensão superficial da água tem grande
importância biológica, determinado, por exemplo, em parte, a circulação da água nos vasos
capilares das plantas. Sem esta propriedade, os diminutos organismos primitivos dificilmente
teriam podido deixar a água e passar a terra firme e as plantas superiores não e teriam originado
porque a sua nutrição se baseia fundamentalmente na capilaridade da água (PAULOS, 2008).
Ibid, no que respeita as propriedades térmicas, são de salientar o elevado calor específico, assim
como o elevado calor de vaporização e de fusão. Uma dada quantidade de calor produz na agua
uma menor elevação térmica do que acontece com muitas outras substancias. Portanto, a água
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actua como um estabilizador da temperatura, impedindo de modo mais eficiente do que outra
substancias uma elevação ou abaixamento térmico. O mesmo papel estabilizador é
desempenhado no interior de muitos organismos.
Passim, outras propriedades da água, com grande valor biológico, são também, a sua grande
capacidade como solvente, associada a sua extraordinária mobilidade. Isto faz desta substância o
principal agente de metabolismo, quer da natureza inorgânica, quer dos organismos. Alem disso,
a fotossíntese pode ocorrer até a profundidade de cerca de 200 m devido as propriedades ópticas
da água, nomeadamente a sua transparência, no entanto a profundidade a que se pode dar a
fotossíntese vária de acordo com os locais.
Passim, os primeiros seres vivos, conhecidos como fosseis, eram bactérias e algas azuis que
viveram nos oceanos primitivos. Ao longo de milhões de anos, os seres vivos evoluíram e
espalharam – se pelos oceanos e continentes.
Na natureza, a água pode apresentar – se nos estados líquidos, sólidos e gasoso. A água dos
oceanos, dos mares, dos rios, das águas subterrâneas, da chuva encontra – se o estado liquido. A
agua da neve, do granizo e do gelo encontra – se no estado sólido. A água sob a forma de vapor
de agua é invisível e encontra – se no estado gasoso. Grande parte do vapor de água encontra – se
na atmosfera (MENDES & OLIVEIRA, 2004).
(SEZANE, 2002). Essa potabilidade é alcançada mediante várias formas de tratamento, sendo
que a mais tradicional inclui basicamente as etapas de coagulação, floculação, decantação,
filtração, desinfecção e fluoretação (FREITAS, 2002).
A água para consumo humano, sem tratamento adequado, apresenta -se como um dos principais
veículos de parasitas e microrganismos causadores de doenças, tornando-se um importante
elemento de risco à saúde da população que a consome. Dentre os patogénicos mais comuns,
incluem-se Salmonella spp., Shigella spp., Escherichia coli, Campylobacter, dentre outros
(BERGER,1994).
Para PAULOS (2008:47), a água para o consumo humano tem como requisitos de qualidade não
pôr em risco a saúde, não causar danos nos sistemas de distribuição e possuir características
organolépticas que não afectam negativamente a sua aceitação por parte do consumidor.
O primeiro caso diz respeito às características físicas: temperatura, matérias em suspensão, cor,
gosto, etc. Microbiológicas: bactérias, vírus, protozoários; químicas, como a contaminação
mineral por sais, metais pesados, etc. E orgânica: pesticidas, hidrocarbonetos, solventes, etc.
O segundo caso está relacionado às fontes urbanas: águas residuais domésticas e industriais,
águas de chuva; resíduos sólidos e actividades agrícolas (adubos, produtos fitossanitários).
Quanto à distribuição no tempo e no espaço, as fontes de contaminação podem ser permanentes:
infiltrações procedentes de lixiviação; acidentais: eventos naturais, ruptura de tubulações; e
temporais (MENDES & OLIVEIRA, 2004).
Realmente, são descuidos que acontecem, com frequência, e geram muito desperdício de água,
mas, além desses, existem outros que provocam, em maior escala, esse prejuízo.
Outros fatores que provocam desperdício e escassez de água, sem ser através do consumo da
água, são a contaminação e a degradação das fontes de saneamento básico, como represas e rios,
através de diversas formas, tais como:
A poluição ambiental que contribui para tornar impróprios para utilização e consumo os recursos
hídricos, gerando mais desperdício e escassez de água.
A irrigação na agricultura utiliza mais de dois terços de toda a água retirada de lagos, rios e
reservatórios subterrâneos, segundo a FAO-ONU.
Quando desperdiçamos comida, estamos desperdiçando a água que foi utilizada para sua
produção.
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A pecuária utiliza grande quantidade de água: para a criação do rebanho; na fase do abate; no
preparo agroindustrial dos cortes e na oferta de produtos derivados, tais como leite e ovos.
Os motivos da indústria estar tão bem colocada no quesito desperdício de água, são:
Os lançamento resíduos e efluentes (resíduos) industriais, não tratados, e que são lançados nos
rios, poluindo a água que fica imprópria para beber e para outros seres que habitam nela,
viverem.
Aproximadamente, 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água tratada no mundo;
Cerca de 2,6 bilhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico de água (maioria
dessas pessoas vivendo na África e na Ásia);
Metade de doentes, em leitos de hospitais, é devido ao consumo de água imprópria;
A diarreia, causada por água contaminada, mata 4.900 crianças menores de 5 anos por dia.
Nem todas as pessoas têm acesso à água necessária para suas necessidades básicas.
Cada pessoa, no mínimo, precisaria utilizar 20 litros de água, por dia, porém, o que ocorre é
bem diferente, disso.
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3. Bibliografia
DELANE, Elina Isaque; Avaliação dos Níveis de Fluoretos nas Fontes de Água dos postos
Administrativos de Calanga, Distrito da Manhiça. Tese de Licenciatura em ensino de
Biologia; UP; Maputo, 2008
DNA; Política Nacional de Águas, Moçambique, 1997