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Índice pág.

1. Introdução....................................................................................................................................4

1.1. Problematização........................................................................................................................4

1.2. Justificativas.............................................................................................................................5

1.3. Objectivos.................................................................................................................................6

1.3.1. Geral......................................................................................................................................6

1.3.1. Específicos.............................................................................................................................6

1.4. Questões científicas..................................................................................................................6

Capitulo II. Referencial teórico.......................................................................................................7

2.1. Conceito de água.......................................................................................................................7

2.2. Indispensabilidade e limitação da água....................................................................................7

2.3. Propriedades da água................................................................................................................8

2.4. O aparecimento e a distribuição da água na terra.....................................................................9

2.5. Qualidade da água para o consumo humano............................................................................9

2.6. Fontes de contaminação da água de acordo com sua natureza...............................................10

2.7. As causas do desperdício de água...........................................................................................10

2.8. Combate ao desperdício de água............................................................................................12

2.9. As consequências do não uso sustentável da água................................................................12

3. Bibliografia................................................................................................................................13
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1. Introdução

O presente trabalho é um projecto de pesquisa da cadeira de MEIC e tem como tema: Análise do
uso sustentável de água no distrito de Morrumbene 2017-2018.

O não uso sustentável da água é um dos principais problemas relacionados com a disponibilidade
e utilização dos recursos hídricos na actualidade. Nesse sentido, é importante compreender o
problema analisando a totalidade da questão, ou seja, a quantidade de água desperdiçada não
somente pelo mau uso residencial, mas também pelos equipamentos públicos e práticas
económicas em geral.

As formas mais comuns e citadas de desperdício de água são conhecidas por todos: a torneira mal
fechada, o banho demasiadamente demorado, a mangueira ligada sem uso, a lavagem de
calçadas, os excessos na limpeza dos carros, entre outras práticas. Mas essa não é a única causa
para o problema em questão.

Vale lembrar, no entanto, que a actividade que mais desperdiça água é a agricultura. Nas áreas
irrigadas, por exemplo, o desperdício chega a 50% da água utilizada, tanto por vazamentos
quanto pelo emprego de técnicas que utilizam mais recursos hídricos do que o necessário, bem
como as perdas por evaporação. A mudança nas práticas agrícolas e a adequação nos métodos de
irrigação podem ser factores para diminuir o consumo de água sem afectar a produção de
alimentos e produtos primários em geral.

Outra actividade da economia que apresenta um elevado desperdício de água é a indústria,


embora existam muitas fábricas que adoptam o consumo consciente e que apostam em ideias de
reutilização da água e outros. É necessário, portanto, desenvolver estratégias de uso sustentável
da água, o que significa desperdiçar e consumir menos sem necessariamente comprometer a
produção e a economia.

1.1. Problematização
O não uso sustentável da água traz varias consequências, pois segundo o RDH - Relatório de
Desenvolvimento Humano (2006): Aproximadamente, 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à
água tratada no mundo; Cerca de 2,6 bilhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico de
água (maioria dessas pessoas vivendo na África e na Ásia); Metade de doentes, em leitos de
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hospitais, é devido ao consumo de água imprópria; A diarreia, causada por água contaminada,
mata 4.900 crianças menores de 5 anos por dia. Nem todas as pessoas têm acesso à água
necessária para suas necessidades básicas. Cada pessoa, no mínimo, precisaria utilizar 20 litros de
água, por dia, porém, o que ocorre é bem diferente, disso.

Um dos principais problemas relacionados com a utilização de recursos hídricos em Morrumbene


e no mundo é a questão do não uso sustentável. Ao lado de outras questões como a poluição, ele é
um dos principais pivôs da inutilização e até esgotamento das reservas de água em vários lugares
e regiões. Por isso, entender a fundo o problema do desperdício de água é extremamente
relevante para máxima do aproveitamento desse importante elemento da natureza.

Quando falamos em não uso sustentável da água, geralmente o destaque vai para aquele
produzido pela população, sobretudo no uso residencial. Os exemplos são vários, tais como
escovar os dentes com a torneira aberta, usar muita água para lavar calçadas e veículos, deixar a
torneira pingando, não conter vazamentos em casas e prédios, tomar banhos demorados, etc.
Tudo isso, sem dúvidas, contribui para o aumento do desperdício de água, mas existem outras
formas ainda mais graves que tornam o problema uma questão internacional relativa à
disponibilidade de recursos hídricos.

Face a essas situações, coloca-se a seguinte questão:

 Que análise faz-se do uso sustentável de água no distrito de Morrumbene 2017-2018?

1.2. Justificativas
Os impactos do desperdício da água são graves e traduzem-se na redução do abastecimento de
água para a população, na menor disponibilidade de água nas reservas hídricas e na ocorrência de
verdadeiras crises hídricas em tempos de seca. Por causa disso, é importante que todos façam a
sua parte, desde o cidadão em sua casa, passando pelo Estado, até as diferentes práticas da
economia.
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1.3. Objectivos

1.3.1. Geral
 Analisar o uso sustentável de água no distrito de Morrumbene de 2017-2018

1.3.1. Específicos
 Identificar as formas do uso de água no distrito de Morrumbene de 2017-2018
 Comparar as formas de uso sustentável de água no distrito de Morrumbene no ano de 2017-
2018
 Descrever as melhores formas para minimizar o não uso sustentável de água no distrito de
Morrumbene de 2017-2018

1.4. Questões científicas


 Quais são as formas do uso de água no distrito de Morrumbene de 2017-2018
 Que comparação faz-se devido as formas do uso de água no distrito de Morrumbene no ano
de 2017-2018
 Quais são as melhores formas para minimizar o não uso sustentável de água no distrito de
Morrumbene de 2017-2018
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Capitulo II. Referencial teórico

2.1. Conceito de água


Segundo PAULOS (2008), a molécula da água tem características únicas, que lhe conferem um
comportamento próprio em relação a compostos estruturalmente semelhantes. A sua estrutura
confere – lhe como é sabido, um potencial electrostático muito elevado, justificando o seu poder
de diluição a sua capacidade calórica, e tantas outras especificidades sem as quais a vida, a
estrutura e o metabolismo celular não seriam provavelmente possíveis.

2.2. Indispensabilidade e limitação da água


A água constitui, portanto, um recurso essencial a vida. A vida nasceu no chamado oceano
primordial, ou seja, na água. Constitui um factor indispensável a sobrevivência da biosfera, e,
portanto, do Homem e de todas as outras espécies a ele associadas ou não, com as quais de uma
forma ou outra, ele convive. Tal como em relação ao ar, a dependência do Homem em relação a
água é directa e inamovível (SEZANE, 2002).

O Homem consegue, com efeito, resistir meses a carência de alimentos que lhe forçam
suprimentos energéticos. Contudo, em relação a água, a resistência a sua privação absoluta é de
poucos dias, reduzindo – se em condições de perdas acrescentadas por exsudação. Esta é a
dependência inamovível, por um lado da necessidade contínua de água que o Homem e outros
seres apresentam e, por outro lado, da capacidade limitada de acumulação no corpo daquele
nutrimento essencial (PAULOS, 2008)

Esta situação reflecte, desde logo, o facto do corpo humano e das células vivas em geral serem
maioritariamente constituídas por água (PAULOS, 2008) como indica na tabela (1) abaixo.

Idade % Água (valores médios)

Feto – 1 mês 97%


Feto – 8 meses 83%
Recém – nascido 70%
Adulto 65%
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Tabela 1-Variação do teor médio em água do organismo humano


Idem, as necessidades diárias do Homem em relação a água cifram – se em dois a três litros
fornecidos sob a forma de água e outros líquidos ou contidos nos alimentos que ingerimos. A
limitação do quantitativo acumulável no organismo obriga a permanente e continua manutenção
de um balanço positivo.

De acordo com DNA, (1997), a carência de água põe em risco não só a produção alimentar mas
também as indústrias transformadoras delas dependentes, directa ou indirectamente: a vida nas
aglomerações humanas de todas as dimensões quer rurais, os transportes, as actividades de
mineração.

2.3. Propriedades da água


DELANE (2008), a água apresenta um conjunto de propriedades peculiares, únicas. Dificilmente
ou mesmo impossivelmente se pode conceber a vida na sua ausência. Podemos referir, o aumento
de volume quando congela, a sua elevada tensão superficial e as suas especiais características
térmicas.

Ibid, na água a atracção de iões com cargas eléctricas opostas é muito menor do que noutros
meios líquidos, de modo que é um óptimo solvente para numerosas substancias que formam
soluções ionizadas. Ora isto é de importância capital para as numerosas reacções que, meio
aquoso se dá no mundo das células.

A menor densidade da água quando gela tem como consequência ecológica importante entre
outras, a protecção dos organismos que vivem no fundo dos rios e lagos de água doce, pois as
massas de gelo flutuam. Também o elevado valor de tensão superficial da água tem grande
importância biológica, determinado, por exemplo, em parte, a circulação da água nos vasos
capilares das plantas. Sem esta propriedade, os diminutos organismos primitivos dificilmente
teriam podido deixar a água e passar a terra firme e as plantas superiores não e teriam originado
porque a sua nutrição se baseia fundamentalmente na capilaridade da água (PAULOS, 2008).

Ibid, no que respeita as propriedades térmicas, são de salientar o elevado calor específico, assim
como o elevado calor de vaporização e de fusão. Uma dada quantidade de calor produz na agua
uma menor elevação térmica do que acontece com muitas outras substancias. Portanto, a água
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actua como um estabilizador da temperatura, impedindo de modo mais eficiente do que outra
substancias uma elevação ou abaixamento térmico. O mesmo papel estabilizador é
desempenhado no interior de muitos organismos.

Passim, outras propriedades da água, com grande valor biológico, são também, a sua grande
capacidade como solvente, associada a sua extraordinária mobilidade. Isto faz desta substância o
principal agente de metabolismo, quer da natureza inorgânica, quer dos organismos. Alem disso,
a fotossíntese pode ocorrer até a profundidade de cerca de 200 m devido as propriedades ópticas
da água, nomeadamente a sua transparência, no entanto a profundidade a que se pode dar a
fotossíntese vária de acordo com os locais.

2.4. O aparecimento e a distribuição da água na terra


Para MENDES & OLIVEIRA (2004), a água surgiu no decurso de reacções química que tiveram
lugar no nosso planeta durante as primeiras fases da sua formação. A camada gasosa que rodeia a
terra apareceu como resultado, entre outros factores, das reacções químicas provocadas pelo
aparecimento na sua superfície de um novo composto, isto é a água. Foi na água que há cerca de
3800 milhões de anos, surgiu a vida na terra.

Passim, os primeiros seres vivos, conhecidos como fosseis, eram bactérias e algas azuis que
viveram nos oceanos primitivos. Ao longo de milhões de anos, os seres vivos evoluíram e
espalharam – se pelos oceanos e continentes.

Na natureza, a água pode apresentar – se nos estados líquidos, sólidos e gasoso. A água dos
oceanos, dos mares, dos rios, das águas subterrâneas, da chuva encontra – se o estado liquido. A
agua da neve, do granizo e do gelo encontra – se no estado sólido. A água sob a forma de vapor
de agua é invisível e encontra – se no estado gasoso. Grande parte do vapor de água encontra – se
na atmosfera (MENDES & OLIVEIRA, 2004).

2.5. Qualidade da água para o consumo humano


A qualidade necessária à água distribuída para consumo humano é a potabilidade, ou seja, deve
ser tratada, limpa e estar livre de qualquer contaminação, seja de origem microbiológica, química,
física ou radioactiva, não devendo, em hipótese alguma oferecer riscos à saúde humana
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(SEZANE, 2002). Essa potabilidade é alcançada mediante várias formas de tratamento, sendo
que a mais tradicional inclui basicamente as etapas de coagulação, floculação, decantação,
filtração, desinfecção e fluoretação (FREITAS, 2002).

A água para consumo humano, sem tratamento adequado, apresenta -se como um dos principais
veículos de parasitas e microrganismos causadores de doenças, tornando-se um importante
elemento de risco à saúde da população que a consome. Dentre os patogénicos mais comuns,
incluem-se Salmonella spp., Shigella spp., Escherichia coli, Campylobacter, dentre outros
(BERGER,1994).

De acordo com FERREIRA (2002), falhas na protecção e no tratamento efectivo expõem a


comunidade a riscos de doenças intestinais e a outras doenças infecciosas.

Para PAULOS (2008:47), a água para o consumo humano tem como requisitos de qualidade não
pôr em risco a saúde, não causar danos nos sistemas de distribuição e possuir características
organolépticas que não afectam negativamente a sua aceitação por parte do consumidor.

2.6. Fontes de contaminação da água de acordo com sua natureza


A Organização Mundial de Saúde – OMS classifica as fontes de contaminação da água de acordo
com sua natureza, origem e distribuição no tempo e no espaço.

O primeiro caso diz respeito às características físicas: temperatura, matérias em suspensão, cor,
gosto, etc. Microbiológicas: bactérias, vírus, protozoários; químicas, como a contaminação
mineral por sais, metais pesados, etc. E orgânica: pesticidas, hidrocarbonetos, solventes, etc.

O segundo caso está relacionado às fontes urbanas: águas residuais domésticas e industriais,
águas de chuva; resíduos sólidos e actividades agrícolas (adubos, produtos fitossanitários).
Quanto à distribuição no tempo e no espaço, as fontes de contaminação podem ser permanentes:
infiltrações procedentes de lixiviação; acidentais: eventos naturais, ruptura de tubulações; e
temporais (MENDES & OLIVEIRA, 2004).

2.7. As causas do desperdício de água


Geralmente, quando se pensa em desperdício de água, vem logo em nossa mente, aquele
desperdício causado em nosso dia a dia, como:

Deixar a torneira aberta, enquanto se escova os dentes;


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Deixar a mangueira ligada enquanto se esfrega a calçada ou passa o pano no automóvel;

Não consertar vazamentos em casas e prédios;

Ficar muito tempo no chuveiro, entre outras causas.

Realmente, são descuidos que acontecem, com frequência, e geram muito desperdício de água,
mas, além desses, existem outros que provocam, em maior escala, esse prejuízo.

Os sistemas de abastecimento de água perdem elevada quantidade de água, por conta de


vazamentos em suas estruturas de tubulações.

Outras causas do desperdício d'água estão associadas às atividades econômicas, como:

pecuária; a agricultura; indústria; comércio; e construção civil.

Outros fatores que provocam desperdício e escassez de água, sem ser através do consumo da
água, são a contaminação e a degradação das fontes de saneamento básico, como represas e rios,
através de diversas formas, tais como:

A poluição ambiental que contribui para tornar impróprios para utilização e consumo os recursos
hídricos, gerando mais desperdício e escassez de água.

Agrotóxicos, resíduos industriais, resíduos de lixões e lançamento de esgoto doméstico sem


tratamento, que poluem e degradam os rios.

Crescimento desordenado, favelas e loteamentos clandestinos, que se desenvolvem às margens


dos rios e represas, poluindo os reservatórios e trazendo prejuízo para o abastecimento de água
potável para consumo, dessa forma, prejudicando a saúde das pessoas.

Desperdício e contaminação da água, através da agricultura

A irrigação na agricultura utiliza mais de dois terços de toda a água retirada de lagos, rios e
reservatórios subterrâneos, segundo a FAO-ONU.

Quando desperdiçamos comida, estamos desperdiçando a água que foi utilizada para sua
produção.
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Os métodos de irrigação utilizados nas lavouras desperdiçam muita água.

Os agrotóxicos utilizados na agricultura são venenosos, e seus resíduos contaminam a água, o


subsolo e o ar.

A pecuária utiliza grande quantidade de água: para a criação do rebanho; na fase do abate; no
preparo agroindustrial dos cortes e na oferta de produtos derivados, tais como leite e ovos.

A segunda maior causadora de desperdício de água doce disponível é a indústria.

Os motivos da indústria estar tão bem colocada no quesito desperdício de água, são:

Falta de utilização de técnicas modernas de reúso de água;

Os lançamento resíduos e efluentes (resíduos) industriais, não tratados, e que são lançados nos
rios, poluindo a água que fica imprópria para beber e para outros seres que habitam nela,
viverem.

2.8. Combate ao desperdício de água


Acabar com o desperdício d'água, depende do cidadão e da forma como utiliza a água, mas
também, de outros setores, relacionados com atividades econômicas, como já vimos.

2.9. As consequências do não uso sustentável da água


Segundo o RDH - Relatório de Desenvolvimento Humano (PNUD - ONU, nov. 2006):

 Aproximadamente, 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água tratada no mundo;
 Cerca de 2,6 bilhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico de água (maioria
dessas pessoas vivendo na África e na Ásia);
 Metade de doentes, em leitos de hospitais, é devido ao consumo de água imprópria;
 A diarreia, causada por água contaminada, mata 4.900 crianças menores de 5 anos por dia.
 Nem todas as pessoas têm acesso à água necessária para suas necessidades básicas.
 Cada pessoa, no mínimo, precisaria utilizar 20 litros de água, por dia, porém, o que ocorre é
bem diferente, disso.
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3. Bibliografia
 DELANE, Elina Isaque; Avaliação dos Níveis de Fluoretos nas Fontes de Água dos postos
Administrativos de Calanga, Distrito da Manhiça. Tese de Licenciatura em ensino de
Biologia; UP; Maputo, 2008
 DNA; Política Nacional de Águas, Moçambique, 1997

 FREITAS. Marcelo Bessa.: A vigilância da qualidade da água para consumo humano


desafios e perspectivas para o Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Colectiva, Rio de
Janeiro.2002
 MENDES, Benilde & OLIVEIRA, J. F.: Qualidade da água para consumo humano. Lisboa,
Libel, 2004.
 PAULOS, Elsa Marisa dos Santos: Qualidade da água para o consumo humano, 2008
 SEZANE, M.A. J.; Estudo Comparativo da Qualidade Microbiológica Da Agua para o
Consumo Humano, no Ponto de Recolha, Durante a sua Conservação Domiciliaria nos
Bairros Zimpeto e são Damásio; Tese de Licenciatura em Biologia; UEM; Maputo;2002
 SOUZA, D. A. Desenvolvimento de metodologia analítica para determinação de
multiresíduos de pesticidas em águas de abastecimento de São Carlos – SP.

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