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FUNDAMENTOS
BÍBLICOS
DE UM
AUTÊNTICO
AVIVAMENTO
OCPAD
Todos os direitos reservados. C opyright © 2 0 0 4 para a língua portuguesa da Casa
Publicadora das Assembléias de D eus. Aprovado pelo C onselho de D ou trina.
Para maiores inform ações sobre livros, revistas, periódicos e os últim os lançam entos
da CPAD, visite nosso site: http://w w w .cpad.com .br
P ed içâo/ 2004
DEDICATÓRIA
A CHAMA ARDERÁ
CONTINUAMENTE
I
INTRODUÇÃO
Em ju n h o de 2001, tive o privilégio de participar, na
acalorada e encantadora Belém do Pará, das com em ora
ções dos noventa anos de fundação das A ssem bléias de
D eus no Brasil. Em m eio a tantos m onum entos históricos
e espaços de m em ória; em m eio às recordações que os an
tigos diluíam entre os m ais novos; em m eio àquelas cara
vanas vindas do Sul, chegadas do N ord este, procedentes
do C entro-O este e do Sudeste; em m eio àqueles hom ens,
FUNDAMENTOS BlBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
•: sam ente para reform ar e avivar a sua Igreja que jazia des-
~ r_irada pelos desm andos, pecados e iniqüidades do siste
ma t?apal.
1. M artinho Lutero (1483-1546). Lutero é oriundo de
-m a fam ília hum ilde e operária da antiga cidade alem ã de
z_~.eben. Em 1505, já doutor em filosofia, entrou para a or-
:e m dos agostinianos, onde, em profundo recolhim ento,
m ergulhou nas obras de A gostinho. Todavia, é nas epísto-
:-i de Paulo que o disciplinado e piedoso m onge encontra-
a tão esperada paz com Deus. N a Epístola aos Rom anos,
: - - :obre ele que o hom em jam ais será justificado por suas
: rras; quem o justifica é Deus através da fé em Cristo Jesus
A vida de Lutero não era só estudo; dedicava-se ele a
: ngas e profundas orações. Escreve W illiam E. Allen: "Lutero
orava, horas seguidas cada dia. Certa vez um espia o acom
panhou a um hotel. N o dia seguinte contou ao patrão que
Lutero tinha orado por quase toda a noite e que ele jam ais
poderia vencer uma pessoa que orava daquele jeito".
Foi esse gigante que Deus usou para deflagrar a m aior
reforma da Igreja. N o dia 31 de outubro de 1517, fixou ele
nas portas da catedral de W item berg suas N oventa e Cinco
Teses, nas quais condenava os desm andos papais quanto às
indulgências. Com igual ím peto, realçava a doutrina da sal
vação pela fé nos m éritos de Cristo Jesus.
M artinho Lutero foi um autêntico pentecostal. De con
form idade com alguns teólogos e historiadores, entre os
quais o pastor batista norte-am ericano Jack Deere, era ele
batizado no Espírito Santo, falava línguas, profetizava e
possuía tod os os dons espirituais. A fin al, com o poderia
Lutero haver executado um trabalho tão árduo e difícil quan
to à Reform a Protestante? Infelizm ente, com o salienta Deere,
os revisores que se encarregaram de atualizar a linguagem
dos grandes clássicos evangélicos, substituíram a sem ânti
ca original de m uitas obras por um vocabulário liberal,
hum anista e sem a força que os seus autores lhes haviam
im prim ido. Ao invés de dizer, por exem plo, que M artinho
FUNDAM ENTOS BÍBLICOS DE UM A UTÊNTICO AVIVAM ENTO
V. 0 AVIVAMENTO PÓS-REFORMA
Os sucessores de Lutero e Calvino, infelizm ente, não
souberam m anter o ím peto da R eform a Protestante. Igno
rando as bases do avivam ento bíblico; m enosprezando o
«xercício da piedade; deixando de lado as poderosas arm as
>iv*s reform adores: a oração e o jejum ; desviando-se da rota
raqu ela geração que, em bora am eaçada por forças tão su
periores, ousaram trem ular o estandarte da fé; e fraquejando
ar te as dem andas m ais legítim as das Escrituras, acabaram
por cair n a q u ilo qu e os h isto ria d o re s d e n o m in a m de
E scolástica Protestante.
1. O que é a Escolástica Protestante. A ssim é conhecida
a teologia dos reform adores elaborada nos seminários e uni
versidades ao longo do Século XVII. A Escolástica Protestan
te tinha com o principal objetivo dirimir as dúvidas que ain
da persistiam acerca dos princípios que levaram M artinho
Luterano, no século anterior, a deflagrar a Reform a Protes
tante. Em bora m inuciosa em suas definições, e apesar de tra
tar os tem as com precisão, lógica e coerência, a Escolástica
Protestante pouca im portância dava à teologia prática.
E claro que os cristãos necessitam os de doutrinas claras
e bem definidas. Não podem os, contudo, nos perder em
conceitos e discussões estéreis. É um a tragédia quando a
Igreja considera a teologia m ais im portante que D eus, ou
quando coloca as definições acim a do objeto a ser definido.
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
CONCLUSÃO
A oração de H abacuque não foi esquecida: "Senhor, avi
va a tua o b ra". D esd e aqu eles dias até hoje, vem D eus
reavivando sua obra. N ão obstante nossas fraquezas, seu
poder vem operando eficazm ente em cada um de seus fi
lhos. Operando Ele, quem im pedirá?
N ão podem os viver sem avivam ento.
Ore por um urgente despertar na casa de Deus; em bre
ve, virá Cristo buscar a sua Igreja. E se não estiverm os prepa
rados? O que acontecerá conosco? Não podem os perder as
visitações que nos quer m andar o Senhor da Seara. Aviva
m ento não é privilégio; acima de tudo, é o sopro que im pul
siona a Igreja de Cristo. Todavia, o que é, realm ente, um avi
vam ento? E o que entrarem os a ver no próxim o capítulo.
:h a m a a r d e r á c o n t in u a m e n t e
QUESTIONÁRIO
1. Que testem unho nos dá Tertuliano acerca do avivam en
to?
INTRODUÇÃO
Q uando M oody chegou à Inglaterra, talvez não im agi
nasse o que tencionava fazer o Senhor naquelas ilhas. Bas
taram , porém , os prim eiros dias de labor, e agora já com
preendia estar sendo usado para conduzir um dos m aiores
avivam entos da história da Igreja Cristã. Se tom arm os em
prestada a figura cristalizada pelo pastor Boanerges R ibei
ro, diríam os ter-se incendiado a seara naquele pedaço de
Europa, que já com eçava a perder a pujança dos avivam en
tos anteriores.
R ecuem os no tem po, e perguntem os a M oody: "O que
é o avivam ento?"
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
I. DEFININDO 0 AVIVAMENTO
N ão busco aqui discutir qual a term inologia m ais corre
ta: avivam ento ou reavivam ento? D ifiram em bora quanto
ao étim o, sinonim izou-as a história da Igreja Cristã. H oje,
am bos os vocábulos são usados quase que indiferentem en
te. Com o avivam ento tornou-se um term o m ais com um nos
arraiais evangélicos luso-brasileiros, optem os por ele.
O avivam ento pode ser definido com o o retorno aos
princípios que caracterizavam a Igreja Prim itiva. É o retor
no à Bíblia com o a nossa única regra de fé e prática. É o
retorno à oração com o a m ais bela expressão do sacerdócio
universal do cristão. É o retorno às experiências genuínas
com o Cristo, sem as quais inexistiria o corpo m ístico do
Senhor. É o retorno à G rande C om issão, cujo lem a continua
a ser: "...até aos confins da terra..." O avivam ento, enfim , é
o reaparecim ento da Igreja com o a agência por excelência
do Reino de Deus.
De acordo com A rthur W allis, o avivam ento é a inter
venção divina no curso norm al das coisas espirituais: "É o
Senhor desnudando o seu braço e operando com extraordi
nário poder sobre santos e pecadores".
D epois de haver reanim ado tantas igrejas que jaziam à
m orte, Charles Finney já tinha condições de afirm ar ser o
avivam ento um novo com eço de obediência a Deus. Onde
buscaríam os outras definições? Em Lutero? W esley? Ou,
ÍEÉ O AVIVAMENTO
CONCLUSÃO
Na Epístola aos Efésios, sintetiza Paulo como deve andar a
Igreja de Cristo: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
ÉO AVIVAMENTO
QUESTIONÁRIO
1. O que é o avivam ento?
2. Q ual o objetivo do avivam ento?
3. Cite os nom es de três grandes avivalistas?
4. Q ual o prim eiro indício de avivam ento no G ênesis?
5. Que Rei de Judá prom oveu um grande avivam ento?
6. Q ual a duração do avivam ento prom ovido por Josias?
7. Você pode citar outros indícios de avivam ento no A nti
go Testam ento?
8. Que profeta do A ntigo Testam ento usou o verbo avivar?
9. A palavra avivamento é encontrada no Novo Testamento?
10. Que igreja do Novo Testamento vivia nas regiões celestes?
III
INTRODUÇÃO
A lguém afirmou, certa vez, que o Pentecostalism o é um
m ovim ento à procura de um a teologia. Todavia, se estudar
m os atentam ente o avivam ento pentecostal, deparar-nos-
em os com outra realidade: os p entecostais, desde o seu
nascedouro, sempre se preocuparam com a doutrina bíblica,
e jam ais descuraram de suas bases teológicas. Haja vista as
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
O s p e n te c o s ta is se m p re d e fe n d e m o s a a b s o lu ta
inerrância da Bíblia. Sem este preciosíssim o instituto da teo
logia evangélica, seria ela um adm irável livro, jam ais a Pa
lavra de Deus. Q uem pode negar as belezas de H om ero,
Virgílio e Shakespeare? Eles, todavia, não eram inerrantes
com o inerrantes não são os escritores atuais. Não passavam
de poetas que, desfrutando de um a inspiração natural, p ro
duziram obras perfeitam ente estéticas, m as espiritualm en
te im perfeitas e eivadas de erros filosóficos e teológicos.
Vejam os, pois, o que significa inerrância no âm bito bí-
blico-teológico.
1. O que é a in errân cia. A p alav ra in errân cia é o riu n
da do v ocáb u lo latin o in erran tia, e sig n ifica "q u alid ad e
do que é in erra n te "; que não contém qu aisquer erros. Sen
do, p òis, a B íblia in erran te, log o se con clu i que ela tam
bém é perfeita. Q u anto aos que a rejeitam , para a sua p ró
p ria ru ín a e d an ação eterna a rejeitam . A cerca dos tais,
afirm a W alter B. K night: "O s h o m en s não rejeitam a B í
b lia p orqu e ela se con trad iz, m as p orqu e ela con trad iz os
h o m e n s". Pode h av er co n trad ição m aior do que aceitar a
Bíblia com o a in sp irad a Palavra de D eus, e rejeitá-la com o
in erran te?
2. D efinição teológica. Em nosso D icionário Teológico,
dam os a seguinte definição de inerrância da Bíblia: "D o u
trina, segundo a qual a Bíblia Sagrada não contém quais
quer erros. Ela é, pois, inerrante em todas as inform ações
que nos transm ite, e, nos propósitos que esboça. O testem u
nho da arqueologia e das ciências afins tem confirm ado a
inerrância da Bíblia. Por conseguinte, a inerrância da Bíblia
Sagrada é plena e absoluta".
Som ente aqu eles que se d eixam con tam in ar pelo v í
rus do m odernism o teológico ou sariam negar a in errân cia
das Sagrad as E scritu ras. P ois esta d ou trin a acha-se p a
tente em toda a Bíblia. Foi exatam ente isto o que nos tran s
m itiram os fu n d ad ores do M ovim en to P en tecostal. E ja
m ais tran sigirem o s qu anto a este p rin cíp io: a n o ssa fé e
3 A VIV AM EN TO E A SO BE R A N IA D AS SA G R A D A S ESCR ITU R A S
\
3. O testem unho da Bíblia quanto à sua suficiência.
Paulo escreve ao jovem Tim óteo, m ostrando-lhe quão sufi
ciente é a Palavra de Deus: "E que, desde a tua m eninice,
sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a
salvação, pela fé que há em Cristo Jesu s" (2 Tm 3.15). A duz
o apóstolo: "Toda Escritura divinam ente inspirada é pro
veitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para ins
truir em ju stiça" (2 Tm 3.16).
Sabendo M oisés que a Palavra de D eus é suficiente em
si, e estando ciente de que m uitos se acham dispostos a
adulterá-la, faz esta recom endação: "N ad a acrescentareis à
palavra que vos m ando, nem dim inuireis dela, para que
guardeis os m andam entos do SEN H O R, vosso D eus, que
eu vos m and o" (Dt 4.2).
N o últim o livro das Escrituras, encerrando já toda a re
velação, o Evangelista é m ais do que categórico; é firm e e
sentenciai: "Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as
palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acres
centar algum a coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que
estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer pala
vras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore
da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro. Aque
le que testifica estas coisas diz: C ertam ente, cedo venho.
Amém! Ora, vem , Senhor Jesus! A graça de nosso Senhor Je
sus Cristo seja com todos vós. A m ém !" (Ap 22.18-21).
N ão necessitam os, pois, de nenhum a revelação adicio
nal, porque a Bíblia, em si m esm a, é m ais do que suficiente
para guiar-nos em toda a verdade. Q uanto àqueles que,
enfatuados e já corrom pidos pelo orgulho, caso não se ar
rependam , o seu lugar será em torm entos eternos.
CONCLUSÃO
Encerrando este capítulo, citarem os um a declaração de
um dos m ais lúcidos e respeitados teólogos do M ovim ento
Pentecostal: "A Bíblia jam ais nos induzirá ao erro. Ela é a
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
QUESTIONÁRIO
1. O que é a Bíblia Sagrada?
2. O que é a inspiração da Bíblia?
3. O que é a inerrância da Bíblia?
4. O que é a infalibilidade da Bíblia?
5. O que é a suficiência da Bíblia?
6. O que é a clareza da Bíblia?
7. Com o os pentecostais encaram a Bíblia?
8 .0 verdadeiro avivamento dispensa a autoridade da Bíblia?
9. Por que não podem os colocar outra autoridade acim a
da Palavra de Deus?
10. O que diz o Credo das A ssem bléias de D eus sobre a Bí
blia Sagrada?
IV
0 AVIVAMENTO E A PROCLAMAÇÃO
DA PALAVRA DE DEUS
INTRODUÇÃO
O ano de 1859 fora relativam ente calm o à Inglaterra. O
grande im pério, onde o sol jam ais se punha, dilatava seus
lim ites e fazia-se m ais opulento. N a índia, os m otins já ha
viam sido sufocados; nas dem ais colônias, nenhum a revol
ta à vista. Se do outro lado da M ancha havia conflitos, a
neutralidade inglesa era flagrante. E, assim , ia a rainha Vi
tória cum prindo os seus sessenta e quatro anos de tediosas
fu n ç õ e s p r o to c o la r e s . Q u a n to ao p r im e ir o -m in is tr o
Palm erston, não tinha m uito a fazer.
Esse ano estava fadado a passar à história com o um ano
sem história. Com o aqueles raros anos onde o céu m ostra-se
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
CONCLUSÃO
Certo pastor am ericano achava que sua eloqüência e
cultura bastavam para m anter cativo o rebanho. Do púlpi
to, tratava ele dos m ais diversos assuntos. Buscava dar aos
tem as da atualidade um tratam ento m eram ente hum anista.
Falava sobre tudo: econom ia, política, esportes, ecologia etc.
Da cruz de Cristo, não. Transcorrer-se-iam alguns anos até
que a sua igreja se cansasse.
A o adentrar o santuário num dom ingo, depara-se ele
com um a grande faixa atrás do púlpito: "Pastor, fale-nos de
Cristo, pelo am or de D eus". A partir daquele instante, viu-se
constrangido a buscar um avivam ento antes que a sua igre
ja exalasse o últim o suspiro. Com o a partir deste instante,
sua m ensagem passasse a ser bíblica, evangélica e proféti
ca, os resultados foram surpreendentes.
Este é o tipo de m ensagem que a igreja precisa transm itir
ao m undo! Esta é a legítim a m ensagem de avivam ento.
QUESTIONÁRIO
INTRODUÇÃO
Q uem não se lem bra das cenas iniciais d'O Peregrino de
John Bunyan? De repente, aparece aquele viajor com o seu
livro, e à m edida que progride na jornad a, vai orando e cho
rando. Foi exatam ente assim : orando intensam ente e copio-
sam ente chorando, que aquele personagem , que representa
cada um de nós em suas ânsias e dores, experim entou um
grande avivam ento.
Com o está a Igreja de Cristo? Está orando e chorando
com o O Peregrino? Ou já tem um a alternativa para a ora
ção? É só ler a H istória da Igreja Cristã, a fim de se inteirar
de um a verdade que, apesar de estar tão patente aos nossos
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
CONCLUSÃO
É desnecessário dizer que a oração é indispensável ao
p ovo de D eus. A Ig reja, além de ser u m a com u n id ad e
adoradora, é tam bém um a sociedade de clam or e súplicas.
Som os conhecidos pela com unhão que m antem os com o Pai
Celeste. Que esta reflexão de Stanley Jones aum ente-nos o
anseio pela oração: "Já descobri que sou m elhor ou pior à
m edida que oro m ais ou m enos. Q uando oro, sou igual a
um a lâm pada colocada no lugar adequado: fico pleno de
luz e pod er".
0 AVIVAMENTO E A ORAÇÃO
QUESTIONÁRIO
1. O que é a oração?
2. O que é a oração intercessória?
3. Com o deve ser a oração do crente?
4. Q ual o teor da oração de H abacuque?
5. Por que o povo de Deus deve dedicar-se à oração?
VI
0 AVIVAMENTO PRODUZ A
SANTIFICAÇÃO E A INTEGRIDADE
INTRODUÇÃO
U m a bên ção esquecida. Foi assim que um teólogo de
nom inou a doutrina da santificação. Se considerarm os, p o
rém , a crise que vem assolando igrejas, dantes tão pod ero
sas, serem os obrigados a considerar a santificação, e con
seqüentem ente a in tegridade, não apenas um a bên ção es
quecida, m as fatalm ente negligenciada. Porque, em bora
todos os crentes saibam que ser santo não é um a opção,
m as um a im posição divina, m uitos são os que se confor
m am com este sécu lo , e en treg am -se à in iq ü id a d e e à
ignom ínia.
FU N D A M E N T O S BÍBLICOS DE U M A U T Ê N T IC O A V IV A M E N T O
CONCLUSÃO
N ão há avivam ento sem santificação e integridfade. O
avivam ento, o verdadeiro avivam ento espiritual pressupõe
a santificação de todo o povo de Deus. Q uer no A ntigo, quer
no N ovo Testam ento, o povo de D eus sem pre foi incitado a
buscar a D eus e a com pungir-se diante dEle, pois todos sa
bem os que sem a santificação ninguém verá o Senhor.
Com o, pois, ignorar as reivindicações bíblicas quanto a
um a vida pura, santificada e que, em todas as coisas, se con
form e com a vida de N osso Senhor Jesus Cristo?
Qual a sua postura como hom em de Deus? É politica
m ente correta? O anjo de Laodicéia tinha uma postura politi
cam ente correta, o Senhor porém estava prestes a vom itá-lo
de seus desígnios. A postura do Iscariotes era de igual m odo
correta, contudo ele não titubeou em vender o Mestre. No
m om ento em que Pilatos buscava ser politicam ente correto,
soltou um hom icida, e entregou um inocente à morte.
N ossa postura, com o hom ens de D eus, não deve lim i
tar-se ao politicam ente correto; tem de ser reconhecidam ente
ju sta e íntegra. Por isso, m ais do que nunca, tem os de res
ponder a esta pergunta:
"A ind a reténs a tua integridade?"
N ão podem os vacilar. Se não levarm os a sério as reivin
dicações bíblicas quanto à santificação e à integridade, fica
rem os envergon had os qu ando a ú ltim a trom beta tocar,
anunciando o arrebatam ento da Igreja.
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
QUESTIONÁRIO
1. O que é a santificação?
2. Quais os dois lados da santificação?
3. O que disse Finney sobre a santificação?
INTRODUÇÃO
"E is que vejo a glória de Israel, pois esta m ulher falou a
nossa própria lín gu a!" Esta declaração não foi feita por n e
nhum peregrino hebreu do A ntigo Testam ento, nem por
aqueles anacoretas que se enfurnavam nas solidões do de
serto. A pesar de seu tom profético, esta declaração foi pro
ferid a p or um ju d e u q u e, p elo s in ício s do sécu lo XX ,
andejava pelo então Território Federal do Am apá.
N o dia 25 de dezem bro de 1917, os pastores Clím aco
Bueno A za e José de M attos achavam -se a batizar m ais um a
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
V. 0 TESTEMUNHO DA HISTÓRIA
No ano 156, M ontano, sentindo-se pesaroso por causa
da decadência que am eaçava a Igreja, deflagrou um m ovi
m ento reform ista cuja ênfase recaía na m anifestação dos
dons espirituais. Segundo o insuspeito testem unho de Ter-
tuliano, entre os m ontanistas não eram poucos os que rece
biam o batism o no Espírito Santo e m anifestavam -se em lín
guas estranhas e profecias.
No segundo século, podem os buscar este depoim ento
em Ireneu: "Tem os em nossas igrejas, irm ãos que possuem
dons proféticos e, pelo Espírito Santo, falam toda a classe
de idiom as".
A gostinho tam bém acreditava na continuidade das pro
m essas pentecostais. De seus escritos, concluím os que viva
m ente buscava ele a efusão do Espírito: "N ó s farem os o que
os apóstolos fizeram quando im puseram as m ãos sobre os
sam aritanos, pedindo que o Espírito Santo caísse sobre eles:
esperam os que os convertidos falem novas língu as"
N o quinto século, o m agistral orador, João C risóstom o,
chegou a com entar: "P ortan to, o apóstolo o cham a de m a
0 A V IV A M EN TO E O BA TISM O C O M O ESPÍRITO SA N T O
CONCLUSÃO
O derram am ento do Espírito Santo é visto com o um dos
m ais fortes sinais dos últim os dias. Foi o que profetizou Joel.
O que teve início no Dia de Pentecostes, prossegue em nos
sa era, e há de continuar até que venha o Senhor Jesus arre
batar a sua Igreja. Os avivam entos que hoje sacodem o m un
do são em tudo singulares. H aja vista a C oréia do Sul. É
justam ente neste país, até há bem pouco tem po dom inado
ç e lo b u d ism o , <\ue se etvcotxteam. as m&voxes vgce^as d o m\m-
do. E que avivam ento não vivem nossos irm ãos coreanos!
Levem os em conta tam bém a experiência que vêm ten
do m uitas denom inações históricas. C risto está a derram ar
de seu Espírito não som ente sobre os pentecostais com o tam
bém sobre os batistas, m etodistas, presbiterianos, m enonitas
e congregacionais.
E hora de buscar poder! Se você ainda não recebeu o
batism o no Espírito Santo, busque-o agora m esm o. O Se
nhor Jesus deseja que todos os seus filhos tenham m ais po
der para testem unhar e resistir aos ataques de Satanás n es
tes dias que se u ltim am em sinais e m arav ilh as. C om o
pentecostais, não podem os esquecer nosso lema:
"Jesu s Cristo salva, batiza no Espírito Santo e em breve
virá arrebatar a sua Igreja".
QUESTIONÁRIO
1. O que é o derram am ento do Espírito Santo?
2. Por que Joel é considerado o profeta pentecostal?
3. O que disse João Batista sobre o batism o no Espírito Santo?
4. O que nos prom eteu Jesus quanto ao Espírito Santo?
5. Q uando com eçou a se cum prir a prom essa pentecostal?
VIII
\
0 AVIVAMENTO E OS DONS
ESPIRITUAIS
INTRODUÇÃO
Fu i criad o nu m a igreja au ten ticam en te pen tecostal.
N aquela congregação ainda pequena, m as já tão dinâm ica e
tão ciente de suas possibilidades espirituais, habituara-m e
às m anifestações do sobrenatural. As salvações de alm as e
os batism os no Espírito Santo não eram algo que causassem
espécie: ocorriam em quase todas as reuniões. Os dons es
pirituais operavam em nosso cotidiano, tornando a igreja
um centro operoso do Reino de Deus.
Em nada diferíam os do cenáculo.
A
io8 FU N D A M E N T O S BÍBLICOS DE U M A U T Ê N T IC O A V IV A M E N T O
CONCLUSÃO
N enhum dom deve ser usado para auferir bens terre
nos, garantir posições m inisteriais ou alim entar apetites ilí
citos e desordenados. Os carism as são distribuídos pelo Es
pírito Santo para o que for útil (1 Co 12.7). E que estas
palavras de Paulo sirvam -nos de reflexão: "Se alguém cui
da ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos
escrevo são m andam entos do Senhor, m as, se alguém igno
ra isso, que ign ore" (1 Co 14.37).
C hegou o m om ento de nos conscientizarm os que os
dons espirituais foram entregues à Igreja, a fim de que esta
se m antenha sem pre avivada. E um fator de avivam ento. E
que jam ais percam os este sublim e alvo!
QUESTIONÁRIO
1. O que são os dons espirituais?
2. O que são os dons de alocução?
3. O que são os dons verbais?
4. Q ual o suprem o dom de acordo com I a aos C oríntios 13?
5. O que são os dons de poder?
IX
0 AVIVAMENTO E A OPERAÇAO
DE MILAGRES
INTRODUÇÃO
Encontrava-m e a discorrer, certa vez, acerca da Teolo
gia do Avivam ento, quando m e vi constrangido a respon
der a um a pergunta que já vai criando ranço em nossos ar
raiais: "P o r que os m ilagres não se repetem hoje com o ou-
trora?" Em bora teologicam ente justificável, tal curiosidade
não procede. H istórica e biblicam ente, não procede.
Revirando o A ntigo e o N ovo Testam entos, há de se ve
rificar que sem elhante preocupação não é nova. Era já m a
nifestada nos dias dos salm os. N esses dias antigos e quase
im em oriais, quando a inspiração do Espírito Santo fazia-se
sentir nas escrituras que se iam lavrando, e quando os m ila
F U N D A M E N T O S BÍBLICOS DE U M A U T Ê N T IC O A V IV A M E N T O
Que é isto?
No prim eiro dia, m ilagre. No segundo, m aravilha. No
terceiro, não deixava de causar espécie. M as os dias se pas
saram e se fizeram sem anas; estas acharam -se em m eses. E,
agora, o m aná já serve de tropeço em Israel. O que era um
portento, agora cansa e enfastia Israel. Que paradoxo! Um a
interrogação que, em bora não elucidada, já não é sensação.
E p or cau sa d esse m ilag re que se fez ro tin a às p ortas
hebréias, m urm uram os israelitas am argam ente: "A gora,
porém , seca-se a nossa alm a, e nenhum a cousa vem os se
não este m aná" (Nm 11.6).
N essa queixa dos hebreus, não vem os apenas incredu
lidade. H á de se divisar aquela am argura tão própria de
quem já se fez indiferente ao extraordinário. Tantos eram os
m ilagres, que eles já não os suportavam . Pois tão logo des-
cerravam a porta de suas tendas, o que viam era justam ente
o m ilagre. Tudo branco. O pão dos anjos caía de m adruga
da, orvalhava o deserto, tornando-o am eno. M esm o assim ,
enfadaram -se do sobrenatural: "Lem bram o-nos dos peixes
que no Egito com íam os de graça; dos pepinos, dos m elões,
dos alhos silvestres, das cebolas e dos alh os" (N m 11.5).
Com o preferir a opressão aos m ilagres? Infelizm ente, os
sentidos de Israel já se achavam em botados. À sem elhança
dos israelitas, vem o-nos às vezes saturados pelo sobrenatu
ral devido à nossa m ente natural, que nos induz a ver os
grandes atos de D eus com o se fossem m eros espetáculos. É
por isto que, em todas as m anifestações sobrenaturais, é
m ister que façam os a pergunta de Orígenes.
CONCLUSÃO
N a G rande Com issão, o Senhor instiga a Igreja a fazer
m ilagre. Ele exige que façam os o sobrenatural acontecer:
"Id e por todo o m undo, pregai o evangelho a toda a criatu
ra, quem crer e for batizado será salvo; m as quem não crer
será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem : Em
m eu nom e expulsarão os dem ônios; falarão novas línguas:
pegarão em serpentes; e, se beberem algum a coisa m ortífe
ra, não lhes fará dano algum ; e porão as m ãos sobre os en
ferm os, e os curarão" (Mc 16.15-18).
Com o se vê, o Senhor é bastante claro quanto ao sofrer
o sobrenatural, e é m ais claro ainda concernente ao fazer o
sobrenatural acontecer. Se a Igreja se puser em m archa, com
certeza todos os sinais a acom panharão, pois já é o Reino de
Deus em m ovim ento. M as se parar, os m ilagres desapare
cem. E, m esm o que aconteçam , dificilm ente arrancarão o
povo à sonolência espiritual.
Q uando evangeliza, a Igreja não sofre o m ilagre; reali-
za-o. Entretanto, se já não liga im portância à G rande C o
m issão, cai no saudosism o. E com o o saudosism o é prejudi
cial ao Reino de Deus!
Sim, a igreja avivada não sofre o milagre. Ela faz o sobre
natural acontecer. O avivam ento instiga a igreja a marchar
de vitória em vitória, fazendo o sobrenatural acontecer.
QUESTIONÁRIO
1. O que é o m ilagre?
2. Q ual o significado literal desta palavra?
3. Sobre as m aravilhas do Senhor, o que disseram os filhos
de Coré?
4. Pode o sobrenatural viciar os sentidos do crente?
5. Com o a igreja realm ente avivada deve encarar o m ilagre?
0 AVIVAMENTO E O FORMALISMO
INTRODUÇÃO
A quele culto seria m arcante não apenas para m im , mas
para quantos que, naquela noite de dom ingo, celebrávam os
ao Senhor na A ssem bléia de Deus em São Bernardo do Cam
po, SP. D esde o início dos trabalhos, já podíam os sentir a
presença de Deus. Não estaria exagerando se dissesse que,
naquela já distante noite, abrira-se o céu de form a extraor
dinária sobre a nossa igreja.
O culto transcorria de um a form a tão bela, tão perfeita e
tão celestial, que nem dava para ver o tem po passar. À se
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
CONCLUSÃO
C om o seria triste se Deus viesse a enfadar-se de nós! O
que nos restaria se deixássem os de ser o seu povo, e nos
fizéssem os um mero ajuntam ento? Não perm itam os isso ve
nha a acontecer. D eixem os de lado o form alism o; busqu e
m os o avivam ento.
É hora de voltarm os ao cenáculo. O s tem pos de refrigé-
rio não nos faltarão. O Senhor Jesus quer visitar o seu povo,
salvando, batizando no Espírito Santo, curando e operando
m aravilhas. O cristianism o destes últim os dias não pode ser
caracterizado pela indigência espiritual. Tem de ser m ais
rico do que nos tem pos prim itivos (Ec 7.10). Jesus continua
o m esm o. Ele não m udou nem m udará.
QUESTIONÁRIO
1. O que é o form alism o?
2. O que M alaquias disse sobre o form alism o?
3. Por que o form alism o cansa a D eus?
4. Por que o form alism o gera iniqüidades?
5. Q ual o único antídoto contra o form alism o?
0 AUTÊNTICO AVIVAMENTO
PENTECOSTAL TEM O ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO
Avultando-se com o o m aior avivam ento espiritual dos
últimos séculos, o M ovimento Pentecostal não precisou de
muitas décadas para sobrepujar as denominações históricas e
ameaçar a hegemonia do catolicismo romano na América La
tina. O Pentecostalismo venceu dificuldades e preconceitos,
malquerenças e perseguições. E, assim, de vitória em vitória,
logrou espalhar a genuína fé apostólica em quase todos os
países, alargando prodigamente os frontões do Reino de Deus.
F U N D A M E N T O S BÍBLICOS DE U M A U T Ê N T IC O A V IV A M E N T O
I. 0 PERIGOSO ADVERSÁRIO
A pesar de todos os pod erosos feitos do M ovim ento
P entecostal, há um inim igo que ainda não logram os v en
cer totalm ente. Trata-se de um adversário ladino e m ui sor
rateiro. É todo finório esse antagonista. Suas artim anhas
dificilm ente são detectadas. A ge com astúcia e não se in
com oda em tom ar as cores de todas as ocasiões; adapta-se
as m ais v a fia ò a s circunstancias, lim a\gumas op ortu n id a
des, ei-lo todo fanático; é o m ais santo dos m ísticos. Em
outras, é o m esm o form alism o. A presenta-se com o liberal
e conservador. In venta visões e fabrica vaticínios. C om a
m esm a sanha, debela as revelações e arrefece as m en sa
gens de Deus.
E um oponente incom um esse predador. Vem sem pre
com o am igo; apresenta-se sem pre com o irm ão. N ão m e re
firo aos políticos. Estes aparecem nas eleições; aquele, com o
eleito. Também não é um a organização, todavia enferm a
qualquer organism o. Já podem os descobrir-lhe o espectro
em quase todas as nossas reuniões. Ele não com e, nem bebe;
alim enta-se do fervor da Igreja de Cristo.
CONCLUSÃO
Só pod e h av er ab u n d ân cia de don s, qu and o a Igreja
ev an g eliza e se lan ça às m issões. P erm an eça in ativ a e fi
cará p au p érrim a. E assim que nasce o P en teco stalism o
sem P en tecostes. N osso p erig o síssim o in im igo surge da
letargia esp iritu al e da falta de p aixão p elas alm as. Q ue o
Sen h or nos aju d e a retorn ar às orig en s, e a evan g elizar
en qu an to é dia. O B rasil está à n o ssa esp era; o m undo
gem e e p ed e-n os socorro. C hegou o m om en to de m o s
0 AUTÊNTICO AVIVAMENTO PENTECOSTAL TEM O ESPÍRITO SANTO
QUESTIONÁRIO
0 VERDADEIRO AVIVAMENTO
TEM EQUILÍBRIO
INTRODUÇÃO
E m 1923, o m issio n ário su eco G u n n ar V ingren, um
dos fu n d ad ores da A ssem b léia de D eus no B rasil, fora
in form ad o de que um certo m ovim en to p en teco stal co
m eçava a alastrar-se p or Santa C atarin a. Sem p erd a de
te m p o , V in g r e n d e ix o u B e lé m d o P a r á , b e r ç o do
p en teco stalism o b rasileiro , e em b arcou p ara o Sul. N o
endereço in d icad o, veio ele a con statar sem m aiores d ifi
cu ld ad es: "N ã o se tratav a de p en teco stes, m as de feitiça
ria e b aixo e sp iritism o ".
142 FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
CONCLUSÃO
D aquilo que até agora vim os, pod em os tirar as seguin
tes conclusões, tendo sem pre com o base as Sagradas Es
crituras:
1. Não se pode realçar a experiência, nem guindá-la a
um a posição superior à da Palavra de Deus. A experiência é
im portante, m as varia de pessoa para pessoa; cada experi
ência é um a experiência; tem suas particularidades. A expe
riência tem de estar subm issa à doutrina, e não há de m odi
ficar, por m ais extraordinária, nenhum artigo de fé.
2. O cair por terra não pode ser visto nem com o evidên
cia da plenitude do Espírito Santo, nem com o sinal de um a
vida consagrada. A evidência do batism o no Espírito Santo
são, com o vim os, as línguas estranhas; e a vida consagrada
tem com o característica o fruto do Espírito. O cair por terra
pode ser adm itido, no m áxim o, com o reação esporádica de
algum a visitação dos céus. Se provocado, ou repetido, dei
xa de ser reação para tornar-se costume.
3. Caso ocorra algum a prostração, deve-se fazer as se
guintes perguntas: 1) Q ual a sua procedência? 2) Teve com o
objetivo prom over o hom em ou glorificar a Deus? 3) Foi
u sa d a p a ra c a ta lis a r a a te n ç ã o d os p re se n te s? 4) Foi
provocada por sopros, toques ou por algum objeto lançado
no auditório? 5) H ouve sugestão coletiva? 6) Prejudicou a
boa ordem e a decência da igreja? 7) Conta com o respaldo
bíblico suficiente? 8) Tornou-se o centro do culto?
4. D evem os estar sempre atentos, pois o adversário tam
bém opera sinais espetaculares com o objetivo de enganar
os escolhidos: "Surgirão falsos cristos e falsos profetas e fa
FU N D A M E N T O S BÍBLICOS DE U M A U T Ê N T IC O A V IV A M E N T O
QUESTIONÁRIO
1. Com o G unnar Vingren tratou do caso narrado na intro
dução deste capítulo?
2. Com o podem os classificar o cham ado cair no Espírito?
3. Era isto um a prática com um ?
4. Com o a Bíblia posiciona-se a este respeito?
5. Com o devem os encarar tal ocorrência?
XIII
0 AVIVAMENTO NÃO É
MERAMENTE MÍSTICO. É ACIMA DE
TUDO, ESPIRITUAL
INTRODUÇÃO
Q uem já não ouviu falar no apóstolo dos pés sangren
tos? A inda hoje sua m em ória é reverenciada até pelos m es
m os adversários da fé cristã. Ele foi um autêntico cam peão
de Deus. M ovido por um am or altruísta e em tudo singular,
cruzou a inclem ência da índia para falar de Cristo às m ais
recuadas aldeias.
Ele era conhecido como o homem que se parecia com Jesus.
Sadhu Sundar Singh foi espiritual para alguns; m ístico,
para outros; e, para todos, um hom em santo. U m autêntico
sadul A sem elhança dos prim eiros discípulos, enfatizava o
FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
V. OS SONHOS E VISÕES
A lém dos dons de elocução que, indevida e erradam en
te, podem ser usados para m inar a soberania das Sagradas
Escrituras, outras form as de autoritarism os m ísticos vêm
arvorando-se na Igreja de Cristo: os sonhos e visões. Levan-
tam -se os sonhadores e visionários com tantos rom pantes
que, com um único enunciado, solapam a legitim idade da
Bíblia e dos m inistros por ela constituídos. Os tais sonhosos
são m estres em torcer a Palavra, esvaziar o m agistério cris
tão, deturpar as práticas legitim am ente neotestam entárias
e m inar a base do m inistério pastoral. Eles são calibrados
na intriga e nos casuísm os. Jogam com as palavras, circuns
tâncias e com o m om ento psicológico dos m ais frágeis e
desavisados.
O ra, não pretendem os negar a validade dos sonhos e
das visões; constituem -se estes num a gloriosa prom essa para
os nossos dias (J12.28-31). D estinam -se eles, porém , ao con
forto e à edificação pessoais, e não ao governo da igreja.
N enhum m inistro de N osso Senhor deve tom ar decisões
baseadas unicam ente em sonhos e visões. A inda que os te
nha, há de esperar por um a confirm ação cabal do Espírito
Santo (Jz 6.36-40).
N os tem pos de Jerem ias, m uitos eram os que se exalta
vam , dando conotações canônicas aos seus sonhos e visões.
E, com isso, buscavam igualar-se às Escrituras até então la
vradas. D eus, porém , se levantou contra esses em busteiros
e, severam ente, repreendeu-os: "Tenho ouvido o que dizem
aqueles profetas, proclam ando m entiras em m eu nom e, di
zendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no cora
ção dos profetas que proclam am m entiras, que proclam am
só o engano. O profeta que tem sonho conte-o com o apenas
sonho; m as aquele em quem está a m inha palavra, fale a
0 AVIVAMENTO NÀO É MERAMENTE MÍSTICO. É ACIMA DE TUDO ESPIRITUAL
C erta vez, fui cham ado por um am igo para ver uma
página na internet, m antida pelo fundador dessa nova or
dem religiosa, na qual ele apresentava um livro que, "d ita
do por D eus e interm ediado por an jos", teria a m esm a au
toridade da Bíblia. Se eu m esm o não houvera assistido àque
le deprim ente e ignom inioso espetáculo, jam ais teria acre
ditado se alguém m o relatasse. Todavia, lá estava aquele
líder! A com panhado por um conhecido evangelista, distri
buía entre os fiéis um a cópia "d a m ais recente revelação de
D eu s". Teria ele visto realm ente algum anjo? Ter-lhe-ia al
gum ser angélico confiado aquele livro que, superando a
própria Bíblia, revelava o irrevelável?
Não estou insinuando haja o aludido pastor faltado com
a verdade ao narrar suas visões angélicas. Longe de m im
tal coisa! Vejamos com o posiciona-se o D outor dos G entios:
"E não é m aravilha, porque o próprio Satanás se transfigu
ra em anjo de luz. Não é m uito, pois, que os seus m inistros
se transfigurem em m inistros da justiça; o fim dos quais será
conform e as suas ob ras" (2 Co 14.15).
D o apóstolo Paulo é tam bém esta advertência: "M as
tem o que, assim com o a serpente enganou Eva com a sua
astúcia, assim tam bém sejam de algum a sorte corrom pidos
os vossos sentidos e se apartem da sim plicidade que há em
Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que
nós não tem os pregado, ou se recebeis outro espírito que
não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com
razão o sofrereis" (2 Co 11.3,4).
Em sua Epístola aos C olossenses, alerta-nos o apóstolo
quanto aos que, sob o m anto da despretensão, querem ar
rastar-nos aos seus cultos exóticos e divorciados da Palavra
de Deus: "N ingu ém vos dom ine a seu bel-prazer, com pre
texto de hum ildade e culto dos anjos, m etendo-se em coisas
que não viu; estando debalde inchado na sua carnal com
preensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, pro
vido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo
em aum ento de Deus. Se, pois, estais m ortos com Cristo
0 AVIVAMENTO NÃO É MERAMENTE MÍSTICO. É ACIMA DE TUDO ESPIRITUAL
CONCLUSÃO
A p esar de tod a essa m iscelân ea d o u trin ária, não nos
p ertu rb em os. Tudo isto foi p red ito nas Sagrad as E scritu
ras: "M a s o E sp írito exp ressam en te diz que, nos ú ltim os
tem p os, ap ostatarão algu ns da fé, d an d o ou vid os a esp í
ritos en gan ad ores e a d ou trin as de d e m ô n io s" (lT m 4.1).
Tais en sin os, com o o d em on stra o ap ósto lo, v isam um a
ú n ica coisa: d esviar os santos dos cam inhos do Senhor. E
com o a h istó ria n o -lo relata, vêm eles acom p an h ad os, via
de regra, de ap ariçõ es an g élicas, ap arato s p ro fético s e
falsos m ilagres que, com o p assar dos tem p os, red u n d a
rão em seitas. A ssim se deu com Jo sep h Sm ith. Bastou
que ele se entrev istasse com um su p osto anjo de luz, para
que u m a endêm ica seita su rg isse e arreban h asse m ilhões
de in cau tos.
Vigiem os, pois, em todo o tem po! Pois aqueles que des
prezam a Palavra de D eus, buscam apenas um a única coi
sa: dom inar o rebanho de Cristo. Sim , vigiem os! Porque, se
lhes for possível, dom inarão inclusive os escolhidos (Mt
24.24). Eles, porém , não irão adiante, pois N osso Senhor Je
sus C risto continua a velar por sua herança.
N o trato com essa agente, que se acha a d esp rezar o
sacrifício de C risto, ajam os con soan te ao que nos reco
m en d a o ap óstolo P aulo: "A o hom em herege, d epois de
u m a e ou tra ad m oestação , evita-o, saben d o que esse tal
está p erv ertid o e p eca, estan d o já em si m esm o co n d en a
d o " (Tt 3.10).
0 AVIVAMENTO NÃO É MERAMENTE MÍSTICO. É ACIMA DE TUDO ESPIRITUAL
QUESTIONÁRIO
1. O que é o m isticism o?
2. Com o devem os encarar os sonhos e visões?
0 AVIVAMENTO E A PERSPECTIVA
HISTÓRICA
INTRODUÇÃO
João W esley costum ava ler os jornais todos os dias para
ver o que Deus andava fazendo pelo m undo. O evangelista
inglês, que revolucionou as ilhas britânicas no século XVIII,
sabia m uito bem que Jeová com anda todas as coisas; que os
reis e governantes estão subm issos à sua vontade; e, que, de
acordo com os seus desígnios, ascendem e caem os potenta
dos. Wesley acreditava ser D eus o Senhor da História. Como
tal, interessa-se o Altíssim o pela hum anidade; está sempre
pronto a intervir em favor de seus filhos.
João W esley tam b ém sabia com o a Ig reja de C risto
d ev eria p o sicio n a r-se em re lação à h istó ria . Eis p orq u e
FU N D A M E N T O S BÍBIJC O S DE U M A U T Ê N T IC O A V IV A M E N T O
lar num apogeu: a Igreja de Cristo não está aqui para viver
declínios; encontra-se nas regiões celestiais.
CONCLUSÃO
A Igreja de Deus não deve se conform ar com um lugar-
zinho lam entado na história. Se, de fato, fom os intim ados a
fazer história, cum pram os integralm ente nossa m issão. Len
do os A tos dos A póstolos e as crônicas eclesiásticas subse
qüentes, verificam os que a Igreja faz história quando cum
170 FUNDAMENTOS BÍBLICOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO
QUESTIONÁRIO
1. Com o deve a Igreja de Cristo posicionar-se diante da H is
tória?
2. Com o Lucas enfocou a história da Igreja em seus prim ei
ros tem pos?
3. Por que a história da Igreja de C risto não é cíclica?
4. Com o a Igreja pode fazer história?
5. O que significa viver de avivam ento em avivam ento?
XV
INTRODUÇÃO
Vivia a Inglaterra um dos períodos m ais críticos de sua
história. A corrupção já havia tom ado conta de todos os
escalões do governo; a ju stiça estava enferm a; e, a m oral
debruava-se pelas enlam eadas sarjetas de Londres. A pros
titu iç ã o e a jo g a tin a a rm a v a m su a s te n d a s em cad a
logradouro. N esta época crivada de frustrações e desesp e
ranças, o consum o de beb id as alcoólicas au m entara assus
tadoram ente. Os ingleses em briagavam -se tanto, que não
consegu iam voltar para casa. M uitos caíam pelas ruas e lá
ficavam até se enregelarem ; m orriam com o se fossem cães
sarnentos.
FU N D A M E N T O S BÍBLICOS DE U M A U T Ê N T IC O A V IV A M E N T O
CONCLUSÃO
Com o Igreja de C risto, não podem os esquecer-nos de
nossa tríplice m issão. Fom os cham ados para ser um a nação
real, sacerdotal e profética. Com o nação real, fom os cham a
dos para reinar na vida através de C risto Jesus. Com o na
ção sacerdotal, jam ais haverem os de nos esquecer de rogar
para que o Senhor abençoe nossos patrícios e conduza-os à
vida eterna. E, com o nação profética, cum pre-nos bradar a
Palavra de Deus. Q uando desem penharm os plenam ente
nossa m issão, arrancarem os o Brasil deste atoleiro. A final,
com o já dissem os, a solução para os nossos problem as não
está num a m era m udança de cenário político, e, sim , num a
m udança de rum os em nossa história através de um rigoro
so avivam ento espiritual.
Socorram os, pois, o Brasil enquanto é tem po. À sem e
lhança de John Wesley, podem os alterar os destinos de nos
SOMENTE UMA IGREJA AVIVADA PODE MUDAR A HISTÓRIA DO BRASIL 177
QUESTIONÁRIO
1. Com o vivia a Inglaterra antes do Avivam ento W esleyano?
2. Por que vive o Brasil uma crise espiritual e m oral tão aguda?
3. De que form a podem os alterar a história do nosso país?
4. Com o deve a Igreja de Cristo ajudar o Brasil a sair deste
atoleiro?
5. Que oração fez John Knox em relação à Escócia?
XVI
0 AVIVAMENTO E A IMINÊNCIA DA
VOLTA DE CRISTO
INTRODUÇÃO
U m a das principais características de um a igreja verda
deiram ente avivada é o seu am or pela vinda de Cristo. Pois
sabe ela que, neste m undo, não passam os de viajores cansa
dos e m ui exaustos, e que a nossa alm a só achará repouso,
quando for recebida nas m ansões celestes. M as, pela fé, já
podem os usufruir desse inefável gozo apesar das lutas e
das dificuldades que, diariam ente, nos querem afastar des
ta tão grande e relevante verdade das Escrituras.
Com o estam os aguardando a vinda do Senhor Jesus?
Você sabia que a sua vin da é certa? Todos os sinais p ratica
FU N D A M E N T O S BÍBLICOS DE U M A U T Ê N T IC O A V IV A M E N T O
CONCLUSÃO
O Senhor Jesus está às portas. Em breve virá buscar a
sua Igreja. Eis um grande m otivo para se buscar um grande
e poderoso avivam ento, que venha a abalar o m undo. Tal
expectativa não deve, de form a algum a, am edrontar-nos,
m as incentivar-nos a trabalhar enquanto é dia.
Você está preparado para o arrebatam ento da Igreja? Sua
fam ília está preparada? E sua igreja? Está você orando p e
dindo um avivam ento, ou já se conform ou com este m un
do? O m om ento exige um firm e posicionam ento. É hora de
0 AVIVAMENTO E A IMINÊNCIA DA VOLTA DE CRISTO
QUESTIONÁRIO
1. O que é a segunda vinda de Cristo?
2. O que acontecerá na prim eira fase da segunda vinda de
Cristo?
3. O que significa parousia?
O A u to r
É ministro do Evangelho e membro da Academia
de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica
de Letras. É autor dos seguintes livros: Dicionário
Teológico, Dicionário de Escatologia Bíblica, Geografia
Bíblica, Jerusalém — 3.000 anos de História, Manual do
Diácono, Manual do Superintendente e Teologia da Edu
cação Cristã, todos editados pela CPAD.