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1. INTRODUÇÃO
Segundo o Ministério da saúde “Os coronavírus são uma grande família de vírus
comuns em muitas espécies diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos.
Raramente, os coronavírus que infectam animais podem infectar pessoas, como exemplo do
MERS-CoV e SARS-CoV”, porém, em 2019, uma variação do vírus, o SARS-CoV-2, acabou
gerando a COVID-19, na China e, em seguida foi detectada sua presença em humanos.
Tratando-se de algo muito recente, constam poucos estudos acerca do assunto, sua forma de
atuação e contágio. Sabe-se que o coronavírus pode ser transmitido através do contato físico
com alguém infectado, assim como com gotículas de saliva em contato com as vias
respiratórias e superfícies contaminadas. Desta forma, surgem estudos sobre novos meios de
contágio, como por exemplo, a transmissão do vírus por esgoto sanitário, sendo este o objeto
de estudo do presente artigo. O esgoto sanitário vem se mostrando uma importante ferramenta
para rastrear doenças, presença de drogas e outras substâncias que são passíveis de detecção,
desta forma, o monitoramento realizado no esgoto surge como uma maneira de identificar e
quantificar as amostras, determinando, assim, a presença do COVID-19. Recentemente,
pesquisas apontaram a presença de material genético do vírus em dejetos provenientes dos
indivíduos contaminados, sendo estes assintomáticos ou sintomáticos. Estas pesquisas,
primariamente, buscam a obtenção de informações relacionadas à dispersão do mesmo,
através da realização de mapas, destacando os lugares com maiores cargas virais, para que,
posteriormente, sejam tomadas as medidas necessárias ao controle.
Evento: Dia da Inteligência Artificial (d.I.A.)
Palavras-chave: Esgoto Sanitário, Estudos, Monitoramento,Vírus.
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Estudos sobre o COVID-19 estão, cada vez mais, buscando mostrar o comportamento e
a forma de dispersão do mesmo por diferentes meios, sendo eles o ar, excreções e, assim, o
esgoto. Deste modo, ressalta-se a importância do monitoramento do esgoto, as estratégias
utilizadas pelas instituições de pesquisa neste para condução dos estudos, respeitando-se as
medidas de segurança, tanto para os trabalhadores, quanto para as ETEs e, por fim, conhecer
mais sobre os desafios que essas pesquisas enfrentam.
A ANA (Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico) está contando com o
projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos, que possui o objetivo de monitorar a presença
do novo coronavírus nos efluentes de Belo Horizonte e Contagem (Minas Gerais). O projeto
tem como duração inicial estipulada de 10 meses e, conforme os resultados vão sendo obtidos,
os mesmos são divulgados através de boletins. Comparando-se os dados do boletim nº 1 e o
boletim nº 6, por exemplo, temos que, no primeiro, o projeto detectou a presença do vírus em
8 de 26 amostras. Contudo, no boletim nº 6, temos que 100% das amostras de esgoto da bacia
do Arrudas testaram positivo para a presença do novo coronavírus. Nessa bacia os percentuais
de amostras positivas já haviam aumentado de 71% para 86% nas semanas anteriores do
projeto. Na bacia do Onça, por três semanas consecutivas, 100% das amostras resultaram
positivo. Pode-se observar um aumento considerável na presença do patógeno nas redes e
bacias em um período de um mês.
Entretanto, existem limitações dos sistemas de vigilância para suprir toda a demanda
necessária de amostras que devem ser retiradas dos esgotos para este vírus. Segundo a
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Organização Mundial de Saúde, a meia-vida de partículas de Sars-CoV-2 em esgoto é curta e
por este motivo é difícil ter um parâmetro de tempo de contaminação pelas redes sanitárias.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Recentemente, neste ano de 2020, é visível o impacto causado pelo COVID-19, cujo
mesmo veio a tornar-se uma pandemia mundial. Assim, é de extrema importância voltar-se
para as pesquisas relacionadas a este vírus, obtendo cada vez mais informações sobre suas
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formas de transmissão, como se porta em determinados ambientes como, por exemplo, as
redes de esgoto. Logo, pode-se perceber o quão importante são as instituições, voltando-se a
esta área de pesquisa, buscando fornecer dados confiáveis, de maneira quantitativa e
qualitativa. Com isso, surge como grande meio de investigação, o esgoto; visto que, existe,
previamente, o monitoramento destas redes direcionados à identificação de doenças e de
substâncias ingeridas pela população de uma determinada área. Desta forma, o monitoramento
do esgoto sanitário acaba se consolidando como um grande aliado às pesquisas sobre a
presença do vírus nestas redes, sendo preciso na questão de mapeamento de comunidades,
provendo um panorama de como o Sars-CoV-2 está se comportando, transmitindo e, também,
como as pessoas estão se comportando de acordo com o avanço do vírus na sua região.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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