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Hidrelétrica de Itaipu

Características do Projeto
A usina possui 20 unidades geradoras, o que significa que, em condições de clima
favoráveis (chuvas em níveis normais), a produção pode chegar a 100 bilhões de
quilowatts-hora. Utilizando o potencial do rio Paraná no trecho em que o rio passa
pelo estado do Paraná, a Usina de Itaipu é uma empresa internacional, e não estatal
como pode parecer. A Usina Hidrelétrica de Itaipu corresponde a uma imensa
construção que foi desenvolvida a partir do interesse comum entre Brasil e Paraguai e
pertence a ambos. O recurso hídrico usado para promover o funcionamento da usina é
o rio Paraná, que se encontra na divisa entre os dois países.

Para efetivar um projeto da proporção da Usina Hidrelétrica de Itaipu foram


necessários vários anos de discussões e negociações com o intuito de estabelecer uma
equivalência quanto ao benefício comum para as duas nações, tais debates foram
desenvolvidos no decorrer da década de 60. No dia 22 de junho de 1966, os ministros
de relações exteriores do Brasil (Juracy Magalhães) e Paraguai (Sapena Pastor)
assinaram a “Ata do Iguaçu”, firmando uma parceria que visava analisar a viabilidade
disposta no recurso hídrico pertencente às duas nações.

No ano de 1970, foi realizada uma licitação internacional para a escolha das empresas
responsáveis pela elaboração preliminar do projeto, o vencedor foi um consórcio
composto pela empresa IECO dos Estados Unidos e a ELC da Itália, a execução teve
início no ano seguinte, 1971.  

Dois anos mais tarde, no dia 26 de abril, foi assinado o Tratado de Itaipu que tinha
como finalidade legalizar e oficializar a utilização do rio Paraná para a construção da
usina.
No ano de 1974, no dia 17 de maio, foi instituída uma entidade com objetivo comum
de monitorar e gerenciar a construção.

Em 1978, o rio Paraná teve seu curso desviado para iniciar a construção da barragem,
quatro anos depois, no dia 12 de outubro, a construção da barragem teve fim e as
comportas foram fechadas. No dia 5 de maio de 1984 a usina entrou em
funcionamento. Devido à sua grandeza, a Usina Hidrelétrica de Itaipu integra uma das
sete maravilhas do mundo moderno. No Tratado de Itaipu ficou definido que toda a
energia gerada deveria ser dividida em duas partes iguais e se caso uma das partes não
utilizasse toda a parte de direito deveria de preferência ser comercializada com o sócio
a preço de custo. Desse modo, o Paraguai que usa somente 5% do total de 50% que
lhe cabe, comercializa com o Brasil os 45% restantes, que paga por essa energia algo
em torno de 300 milhões de dólares.

Desde o período eleitoral ocorrido no Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo tem


declarado que uma das propostas de seu governo, ou talvez a mais importante delas,
era de reivindicar uma revisão no Tratado de Itaipu quanto ao valor pago pelo Brasil
pela energia excedente do Paraguai.  

Lugo declarou a Lula que quer a revisão do tratado, até por que segundo ele outros
países como Venezuela (petróleo), Chile (cobre) e Bolívia (gás) repassam seus
respectivos produtos a preço de mercado e questiona por que apenas o Paraguai tem
que repassar seu produto a preço de custo. No dia 20 de abril ocorreram as eleições no
Paraguai e o presidente eleito foi Fernando Lugo que certamente a partir de sua posse
tornará concreta a busca por uma revisão do tratado. Lugo afirma que propõe uma
solução pautada na mais pura diplomacia, porém, deixa claro que caso não alcance
uma resposta satisfatória buscará respaldo em organismos jurídicos internacionais. 

A imprensa paraguaia tem divulgado com certa frequência na mídia que o Brasil
deveria pagar pela energia algo em torno de 2 bilhões de dólares e que o pagamento
de cerca de 300 milhões de dólares demonstra uma atitude imperialista.  O presidente
brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, rebateu as ofensivas paraguaias declarando que
está aberto para conversar sobre qualquer assunto, no entanto, a alteração no tratado
está fora de questão.

Nesse processo tão polêmico os dois lados devem ser analisados, pois o Paraguai
buscará defender seus interesses e o Brasil terá que defender seus recursos
empregados no empreendimento, dessa forma, os preços praticados que respeitam o
tratado devem ser mantidos, pois o país vizinho adquiriu dívidas no ato da construção. 

O empreendimento custou 12 bilhões de dólares, o Paraguai entrou com apenas 50


milhões de dólares financiados pelo Banco do Brasil e o restante foi pago com recurso
brasileiro, certamente tais dívidas deverão ser quitadas para depois propor uma
revisão, o que parece não ter uma solução tão rápida.

Hidrelétrica de Belo Monte


Características do Projeto
A Usina de Belo Monte está sendo construída ao longo do leito do Rio Xingu, na região
norte do país, próxima à cidade de Altamira (PA) e custará cerca de R$ 25 Bilhões. Sua
construção envolve a elaboração de três sítios: Belo Monte, Bela Vista e Pimental. No
sítio Pimental, serão implantados o vertedouro e o barramento, no sítio Belo Monte
ficará a Casa de Força Principal e, no sítio Bela Vista, será instalado um vertedouro
complementar.

A projeção da geração de energia máxima é de 11.233 megawatts (MW), entretanto, a


produção da usina irá variar ao longo do ano, conforme as oscilações do nível das
águas do Rio Xingu, de forma que a produção mínima não deve passar dos 4.751MW.
O canal de derivação da usina (o curso d’água formado para levar água do vertedouro
para a casa de força principal) será de 130 m de largura, 20 km de extensão e 27 m de
profundidade.
Impactos Sociais e Ambientais causados
As tensões e discussões em torno da usina de Belo Monte começaram mais de 20 anos
antes da construção. Em 2010, sob protestos de ambientalistas, processos e liminares
judiciais que tentavam impedir a obra, o governo deu o passo definitivo para tirar do
papel o projeto em debate há 35 anos. A usina de Belo Monte foi inaugurada em 2016,
pouco depois de surgirem denúncias de corrupção nas obras. O ex-senador Delcidio
Amaral e um dos empreiteiros disseram que verbas da construção foram desviadas
para financiar partidos políticos. Segundo eles, o dinheiro ia para o PT e para o PMDB.
Todos os dias, ônibus da usina de Belo Monte deixam dezenas de trabalhadores na
rodoviária de Altamira. Em 2012, a situação era bem diferente. Estima-se que a região
de Altamira, no oeste do Pará, tenha recebido quase cem mil pessoas, desde o começo
das obras de Belo Monte. Com a parte de engenharia civil da obra quase no fim, pelo
menos 22 mil trabalhadores já foram demitidos. Com a cidade vazia, quem vive de
comércio e serviços sente os impactos dessas demissões.
A situação também é difícil para os ribeirinhos do rio Xingu. Quem vive da pesca,
reclama da escassez de peixes na região da hidrelétrica. Para a bióloga Cristiane
Carneiro, da Universidade Federal do Pará, as explosões das encostas durante a obra e
a forte iluminação dos canteiros causaram a morte dos peixes. A interrupção do fluxo
do rio também é outro motivo apontado por ela em um dossiê sobre a pesca no Xingu,
elaborado pelo Instituto Socioambiental. “Nós identificamos aqui um índice de
oxigênio dissolvido na água de 2.18ml/l. O ideal seria de 6ml/l para mais, então o
oxigênio está muito baixo”, explica ela.
Cerca de 100 km do trecho do rio terão sua vazão reduzida e poderão até secar. Outra
preocupação é com relação à manutenção das florestas, visto que parte delas está
sendo destruída durante as obras, outra parte será inundada pela barragem e, com a
chegada de imigrantes e trabalhadores para a obra, mais devastação poderá
acontecer. Comunidades tradicionais, também preocupadas com o meio ambiente,
terão suas vidas profundamente alteradas na região. Parte da barragem no sítio
Pimental impedirá a navegação de populações ribeirinhas e de índios, além de
contribuir para a formação de pequenos lagos com água parada, que poderão
contribuir para a difusão de doenças, como a Malária.
O crescimento da violência é outro problema atribuído à obra de Belo Monte. Os
últimos dados de homicídios colocam Altamira como a quinta cidade onde mais se
mata no Brasil. A Norte Energia, responsável pelas obras da usina, fez um convênio
com o estado do Pará e investiu R$ 100 milhões em segurança. A nova penitenciária
vai ficar pronta em setembro de 2016, seis anos depois do começo da barragem.
Estudos ambientais apontam que, com a barragem do rio Xingu, o nível do lençol
freático vai subir, fazendo com que as fossas tenham contato com os poços artesianos
das casas, contaminando a água que as pessoas ingerem. As equipes da prefeitura de
Altamira passam o dia fazendo reparos na rede de saneamento construída pela Norte
Energia, mas a principal crítica é a de que as ligações da rede saneamento com as casas
não foram construídas e, apesar da cidade conseguir fazer o tratamento da água, o
abastecimento não alcança a toda a população (falta saneamento básico a cerca de
90% das moradias).
Para somar a essas críticas, grupos ambientalistas, como o Greenpeace, argumentam
contra a necessidade da construção da usina, haja vista que ela não deverá atingir a
capacidade máxima de produção prevista pelo governo e não gerará energia que
justifique seu investimento.

Fontes: http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2016/07/usina-de-belo-monte-causa-
impactos-ambientais-e-sociais-em-altamira-pa.html

http://www.osimpactosdebelomonte.com.br/sobre-o-projeto/

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/usina-belo-monte.htm
Usinas Nucleares no Brasil
Usinas nucleares são instalações industriais que produzem energia elétrica por meio de
reações de elementos radioativos, cujo mais utilizado é o urânio. No processo o núcleo
do elemento é desintegrado, liberando assim grande quantidade de energia elétrica.
No Brasil temos duas usinas nucleares em atividade e uma em construção, ambas
localizadas na Praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). As três usinas conhecidas como
Angra 1, 2 e 3 (em construção), fazem parte da Central Nuclear Almirante Álvaro
Alberto, que é resultado do Programa Nuclear Brasileiro. As usinas em atividade tem
potência total de 2.007 Megawatts (MW), e com a Angra 3, que tem operação prevista
para 2016, este número chegará à 3357 MW.
Não é prudente afirmar que a energia nuclear não polui o ambiente, porém o seu
impacto ambiental é bem menor se comparado com outras fontes de energia, além
disso, suas instalações não exigem grandes territórios. As questões de segurança
também são fatores de grande preocupação, devido ao material radioativo, mas suas
etapas são rigorosamente controladas e monitoradas, sendo rara a incidência de
acidentes em todo mundo e ainda inexistente no Brasil.
As usinas nucleares no Brasil podem crescer e possuem potencial para isso, visto que o
país está em sétimo lugar quanto às reservas de urânio. Existem projetos em
andamento de duas novas unidades no território nordestino, mesmo assim, as usinas
hidrelétricas ainda mediam o cenário de energia elétrica no país.
É importante salientar que os estudos em novas tecnologias para usinas nucleares são
contínuos e cada vez mais otimizados, destaca-se também a necessidade de expandir a
geração de energia no país e para isso a construção de mais usinas é fundamental.
Também é preciso estudar formas que não sejam nocivas para a população e o meio
ambiente, a energia é fundamental para o nosso dia a dia, mas a natureza e seus
recursos também são indispensáveis para todas as espécies do planeta.

Fonte: http://www.pensamentoverde.com.br/economia-verde/usinas-nucleares-no-
brasil/

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