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UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

ENGENHARIA CIVIL

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO SOBRE MADEIRAS

Alunos: Heric Henrique Alves Batista


Orientador: Dr. Bacus de Oliveira Nahime

Rio Verde, Goiás


2021

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1................................................................................................................4

LISTA DE TABELAS
Tabela 1..............................................................................................................6
Tabela 2..............................................................................................................7
Tabela 3..............................................................................................................9

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SUMÁRIO

Lista de figuras, tabelas e gráficos ......................................................................................... 2

Sumário ................................................................................................................................ 3

1 Introdução ..................................................................................................................... 4

1.1 Definições.........................................................................................................4
3 Normas e Procedimentos ................................................................................................ 5

3.1 Densidade da madeira.....................................................................................5


3.2 Determinação da umidade da madeira............................................................5
3.3 Determinação da resistência a compressão....................................................5
4 Resultados e Discussões ................................................................................................ 6

4.1 Densidade da madeira.....................................................................................6


4.2 Umidade da madeira........................................................................................7
4.3 Resistência a compressão...............................................................................7
4.4 Estabilidade dimensional da madeira...............................................................8
5 Conclusões .................................................................................................................. 10

Referências Bibliográficas................................................................................................... 10

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1. INTRODUÇÃO

A madeira é um material produzido a partir do tecido formado pelas plantas lenhosas com
funções de sustentação mecânica. Sendo um material naturalmente resistente e relativamente
leve, é frequentemente utilizado para fins estruturais e de sustentação de construções. É
um material orgânico, sólido, de composição complexa, onde predominam as fibras
de celulose e hemicelulose unidas por lenhina.
Caracteriza-se por absorver facilmente água (higroscopia) e por apresentar propriedades
físicas diferentes consoante a orientação espacial (ortotrópica). As plantas que produzem
madeira (árvores) são perenes e lenhosas, caracterizadas pela presença de caules de grandes
dimensões, em geral denominados troncos, que crescem em diâmetro ano após ano. Pela sua
disponibilidade e características, a madeira foi um dos primeiros materiais a ser utilizado pela
humanidade, mantendo, apesar do aparecimento dos materiais sintéticos, uma imensidade de
usos diretos e servindo de matéria-prima para múltiplos outros produtos. É também uma
importante fonte de energia, sendo utilizada como lenha para cozinhar e outros usos
domésticos numa parte importante do mundo.

Figura 1 – Imagem ilustrativa sobre madeiras

Definições:
Direção Axial

Onde ocorre o crescimento da amostra na direção vertical.

Direção Radial

Quando se faz um corte nesta amostra forma-se anéis de crescimento, do centro até a medula
desses anéis tem-se o crescimento na direção radial.

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Direção Tangencial

Através do ponto do meio desse material, imagina-se que tenha uma reta tangencial com 90°,
assim tem-se o crescimento tangencial.

2. NORMAS E PROCEDIMENTOS:

Serão realizados ensaios de caracterização de duas espécies de madeiras encontradas no


mercado local. Objetiva-se conhecer e aplicar os procedimentos de ensaios recomendados pela
NBR 7190 – Projeto de Estruturas de Madeiras – Anexo B para determinação das
propriedades do material.
Conforme prescrição normativa, o número mínimo de corpos de prova para uma caracterização
simplificada deve ser igual a seis; e para uma caracterização mínima da resistência de espécies
pouco conhecidas deve ser igual a doze. Neste trabalho, serão utilizados somente alguns corpos
de prova para cada espécie com finalidade demonstrativa.

DENSIDADE DA MADEIRA
- Determinar a massa seca (ms) do corpo-de-prova, com exatidão de 0,01g.
- Com o corpo-de-prova saturado, determinar o volume saturado por meio das medidas dos
lados da seção transversal e do comprimento, com precisão de 0,1 mm. Tomar mais de uma
medida para levar em consideração as imperfeições devidas ao inchamento do corpo-de-
prova;
- Na determinação da densidade aparente, a massa e o volume devem ser medidos em corpos-
de-prova com teor de umidade de 12%;
- Conhecidos os valores de ms, m12, Vsat e V12, determinam-se as densidades básica e
aparente.

DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DA MADEIRA


- Determinar a massa inicial (mi) do corpo-de-prova com exatidão de 0,01 g.
- Após a determinação da massa inicial, colocar o corpo-de-prova na câmara de secagem,
com temperatura máxima de 103°C ± 2°C.
- Durante a secagem a massa do corpo-de-prova deve ser medida a cada 6h, até que ocorra
uma variação, entre duas medidas consecutivas, menor ou igual a 0,5% da última massa
medida. Esta massa será considerada como a massa seca (ms).

DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO


- Medir os lados do corpo-de-prova com exatidão de 0,1 mm;
- Posicionar o corpo-de-prova na prensa;

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- Aplicar à peça um carregamento monotônico crescente até o rompimento, com uma taxa em
torno de 10 MPa/min.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES.

DENSIDADE DA MADEIRA.
A “densidade básica” é uma massa específica convencional definida pela razão
entre a massa seca e o volume saturado, sendo dada por:

Onde:
ms = massa da madeira seca, em gramas;
Vsat = volume da madeira saturada, em metros cúbicos.

A densidade aparente ρap é uma massa específica convencional, definida pela razão entre a
massa e o volume de corpos-de-prova com teor de umidade de 12%, sendo dada por:

Onde:
ms = massa da madeira a 12% de umidade, em quilogramas;
Vsat = volume da madeira a 12% de umidade, em metros cúbicos.

Assim, temos...

Tabela 1. Calculo da densidade da madeira.

Corpo de ρaparente( ρbásica(kg ρseca(kg/


Ms (g) Vs (mm³) Mo (g) Vo (m³)
Prova kg/m³) /m³) m³)
3 48,90 108757,02 46,74 100758,99 449,63 429,78 463,90
4 47,20 110278,36 43,78 101299,08 428,01 396,98 432,17

6
9 86,53 102119,81 50,37 98820,41 847,34 493,20 509,66
10 87,41 101710,27 51,09 98396,76 859,40 502,29 519,20
15 101,87 101324,87 88,68 94184,14 1005,38 875,20 941,56
16 103,96 97049,50 90,57 95436,68 1071,21 933,22 949,00

UMIDADE DA MADEIRA.
Determinar a umidade à base seca pela expressão:

Onde:
mi = massa inicial da madeira, em gramas;
ms = massa da madeira seca, em gramas.

Assim temos...

Tabela 2. Calculo da umidade da madeira.

Corpo de Prova Ms(g) Mo(g) U saturação (%)

3 48,90 46,74 4,62

4 47,20 43,78 7,82

9 86,53 50,37 71,81

10 87.41 51,09 71,10

15 101,87 88,68 14,87

16 103,96 90,57 14,79

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
A resistência à compressão paralela às fibras (fwc,0 ou fc0) é dada pela máxima
tensão de compressão que pode atuar em um corpo-de-prova com seção transversal
quadrada, sendo dada por:

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𝐹𝑚á𝑥
σ=
𝐴
Onde:
σ = Máxima força de compressão aplicada ao corpo-de-prova durante o ensaio, em
newtons;
𝐴 = Área inicial da seção transversal comprimida, em metros quadrados;
𝐴𝐴á𝐴= resistência à compressão paralela às fibras, em MPa.

ESTABILIDADE DIMENSIONAL DA MADEIRA


A estabilidade dimensional da madeira é caracterizada pelas propriedades de retração e de
inchamento considerando a madeira com direções preferenciais 1, 2 e 3, correspondentes às
direções axial, radial e tangencial, respectivamente.
Deformações de Inchamento e Retração

𝐿1𝑠𝑎𝑡−𝐿1𝑠𝑒𝑐𝑎×100
𝜀= 𝐿1𝑠𝑎𝑡

Onde:
ε = retração
L1sat = axial (mm) saturada
L1seca = axial (mm) seca

𝐿2𝑠𝑎𝑡 − 𝐿2𝑠𝑒𝑐𝑎 × 100


𝜀=
𝐿2𝑠𝑎𝑡
Onde:
ε = retração
L2sat = radial (mm) saturada
L2seca = radial (mm) seca

𝐿3𝑠𝑎𝑡 − 𝐿3𝑠𝑒𝑐𝑎 × 100


𝜀=
𝐿3𝑠𝑎𝑡
Onde:
ε = retração

8
L3sat = tangencial (mm) saturada
L3seca = tangencial (mm) seca

Assim, temos....

Tabela 3. Calculo do inchamento, retração, variação volumétrica e


coeficiente de variação volumétrica.

Situação Direção CP 5 CP 6 CP 11 CP 12 CP 17 CP 18

L1 Axial
28,5 33,6 27,1 30 29,55 26,8
(mm)
L2 Radial
13,68 13,40 14,00 13,40 14,50 21,80
(mm)
Estufa L3
Tangencial 29,10 16,80 12,70 15,00 13,50 16,80
(mm)

Vseco 100758,9 101299,0


98820,41 98396,76 94184,14 95436,68
(mm³) 9 8
L1 Axial
29,30 36,60 27,30 30,00 29,70 27,00
(mm)
L2 Radial
14,17 17,30 14,00 13,40 15,00 23,40
(mm)
Saturada L3
Tangencial 29,80 17,34 15,50 25,35 13,60 17,27
(mm)

Vsaturada 108757,0 110278,3 102119,8 101710,2 101324,8


97049,50
(mm³) 2 6 1 7 7
εr,1 (axial) 2,81 8,93 0,74 0,00 0,51 0,75
εr,1 media 5,87 0,37 0,63
Inchament εr,2 (radial) 3,58 29,10 0,00 0,00 3,45 7,34
o (%)
εr,2 media 16,34 0,00 5,39

εr,3 2,41 3,21 22,05 69,00 0,74 2,80

9
(tangencial)

εr,3 (media) 2,81 45,52 1,77

εr,1 (axial) 2,73 8,20 0,73 0,00 0,51 0,74


εr,1 media 5,46 0,37 0,62

εr,2 (radial) 3,46 22,54 0,00 0,00 3,33 6,84


Retração
(%) εr,2 media 13,00 0,00 5,09

εr,3
2,35 3,11 18,06 40,83 0,74 2,72
(tangencial)

εr,3 (media) 2,73 29,45 1,73

Variação Volumétrica 7,94 8,86 3,34 3,37 7,58 1,69


Coef. de variação
1,72 1,13 0,05 0,05 0,51 0,11
volumétrica

4. CONCLUSÃO
De forma geral, vemos a importância da resistência nessas fibras de madeira. Pois através da
densidade dessas amostras, obtém-se sua resistência que, se forem baixas, implica sua
aplicabilidade na obra.
Além do mais, observa-se a valia da durabilidade das madeiras, que são altamente rígidas e
recomendáveis na construção civil. Proporcionando boa qualidade e eficiência na obra.
Contudo, vimos a influência de fazer esses testes antes do seu uso, para assim saber sua
resistência e poder prever seu tempo útil de execução em obra.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAUER, Luiz Alfredo Falcão. Materiais de construção: 1. Livros Técnicos e Científicos, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190/97 – Projeto de


estruturas de madeira.

Roteiro de ensaios, Bacus 2021.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira

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