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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

TOCANTINS
CAMPUS PALMAS

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA CIVIL

Mateus de Assis Miranda Santiago Vasconcelos


Paulo Vittor Evangelista

MECÂNICA DOS SOLOS I


ATIVIDADE 1

Palmas, TO

2021
ATIVIDADE 1 – Mecânica dos Solos 2021.2

Alunos: Mateus de Assis Vasconcelos e Paulo Vittor Evangelista

1. O que você sabe sobre os seguintes termos?

a. Superfície específica: A superfície do específico de um solo é denominada


como a soma da área de todas as partículas contidas em uma unidade de volumo
ou peso. Geralmente, na superfície especifica dos argilominerais é medida na
umidade como m2/m3 ou m2/ g. Sendo que, uma das propriedades mais
importante dos argilominerais, enquanto quanto maior a superfície específica,
maior vai ser o predomínio das forças gravitacional (força elétrica), na influência
sobre as propriedades do solo.
b. Estrutura indeformada e amolgada: A estrutura amolgada é um solo onde
sua estrutura original foi destruída, geralmente nesse caso essa estrutura acaba
perdendo sua resistência (apresentando sensibilidade). A estrutura indeformada
é um solo onde sua estrutura original é conservada, tanto as suas composições
granulométricas e mineral do solo.
c. Tixotropia: É o fenômeno da recuperação da resistência coesiva do solo,
perdida pelo efeito do amolgamento, quando este é colocado em repouso.
Quando se interfere na estrutura original de uma argila, ocorre um desequilíbrio
das forças inter-partículas. Deixando-se este solo em repouso, aos poucos vai-
se recompondo parte daquelas ligações anteriormente presentes entre as suas
partículas
d. Sensibilidade: A sensibilidade de um solo é a perda de sua resistência devido
a destruição de sua estrutura original.

e. Atividade: é um processo físico e químico decorrentes da carga superficial do


argilominerais para se verificar a variação do índice de plasticidade de uma
amostra de solo e também para apresentar o coeficiente angular das áreas
hachuradas classificando as em solos inativos, solos medianamente ativos e
solos ativos.
2. Cite os estados de consistência que o solo pode apresentar,
descrevendo−os e indicando os limites de consistência que os separam.

A consistência do solo se caracteriza a por algumas propriedades particular e A


depende da quantidade de água presente no solo, sendo classificados como:

Estado Sólido: É um solo que possui uma consistência solida devido o seu
volume “não varia” por varrições em sua umidade.

Estado Semi – Sólido: É um solo que apresenta fraturas e se rompe ao ser


trabalhado. O limite de contração (ws), separa os estados de consistência sólido
e semissólido.

Estado Plástico: É um solo que está no estado modelável (plástico) sem


apresentar fissuras ou variações volumétrica. O limite de plasticidade (wp) separa
os estados de consistência semissólido e plástico.

Estado Fluido – Denso (liquido): É um solo que possui propriedades e aparência


de uma suspensão (fluido), sem apresentar resistência ao cisalhamento. O limite
de liquidez (wL) separa os estados plástico e fluido.

3. Qual a importância da curva granulométrica e dos limites de Atterberg


na identificação de solos grossos e finos?

São importantes porque definem com boa precisão a classificação destes solos.
A curva granulométrica é capaz de agrupar e designar os solos considerando
frações dos diversos diâmetros das partículas que compõe esse solo. E com os
limites de Atterberg, é possível definir propriedades como: limite de liquidez,
limite de plasticidade e o limite de contração de um solo. Atterberg utilizou seus
conhecimentos de forma empírica para classificação dos solos. Os limites
criados por ele classificam o solo com relação a sua consistência, portanto, para
solos plásticos e baseiam-se no fato de que solos argilosos apresentam aspectos
bem distintos em função de sua umidade, podendo variar de lama a pó, em
função deste parâmetro.
4. Fale o que você sabe sobre os tipos estruturais dos argilo−minerais e
como estes podem influenciar no comportamento dos solos.

Primeiramente, é importante entender a divisão desses tipos estruturais. No caso


dos argilo−minerais, são classificados pelo modo como essas unidades estão
unidas entre si, sendo:

Grupo da Caulinita: é formada por uma lâmina silícica e outra de alumínio, que
superpõem indefinidamente. Assim, as argilas cauliníticas são as mais estáveis
em presença d’água, apresentando baixa atividade e baixo potencial de
expansão.

Montmorilonita: é formada por uma unidade de alumínio entre suas silícicas,


superpondo-se indefinidamente. Neste caso a união entre as camadas permite
a penetração de moléculas de água na estrutura com relativa facilidade. Os solos
com grandes quantidades de montmorilonita tendem a ser instáveis em presença
de água, porém apresentam em geral grande resistência quando secos,
perdendo quase totalmente sua capacidade de suporte por saturação.

Ilita: possui um arranjo estrutural semelhante ao da montmorilonita, porém os


íons não permutáveis fazem com que a união entre as camadas seja mais
estável e não muita afetada pela água. É também menos expansiva que a
montmorilonita.

5. O que você entende por laterização? O que você acha do uso de


classificações como a USCS e AASHTO para solos de comportamento
tipicamente laterítico?

O processo de laterização é típico de regiões onde há uma nítida separação


entre períodos chuvosos e secos e é caracterizada pela lavagem da sílica
coloidal dos horizontes superiores do solo, com posterior deposição desta em
horizontes mais profundos, resultando em solos superficiais com alta
concentrações de óxido de ferro e alumínio. Sobre o uso dos sistemas de
classificação como a USCS e AASHTO para solos de comportamento
tipicamente laterítico, pode não ser tão válido, pois esses sistemas foram criados
para solos de países de clima temperados.
Os solos com comportamento tipicamente laterítico são típicos das partes bem
drenadas das regiões tropicais úmidas, resultante de uma transformação da
parte superior do subsolo pela atuação do intemperismo, e nesse caso o uso do
sistema de Classificação MCT seria mais apropriado.

6. Um determinado solo foi classificado como SW (USCS) e A3 (AASHTO).


Você usaria este solo como base de um pavimento rodoviário?. Um outro
solo, de comportamento laterítico, foi classificado pela AASHTO como A6.
A distância de transporte de todas as outras áreas de empréstimo são tal
que oneraria em muito a construção de seu aterro rodoviário. Que
providências poderiam ser tomadas no sentido de viabilizar o uso deste
solo.

Sim, usaria. Pelo motivo de que esta classificação diz que o solo é bem
graduado, com poucos finos, tendendo a apresentar altos valores de peso
específico e boas características de resistência e deformabilidade. Assim, seria
um bom solo para resistir ao peso dos ônibus.

7. Explique porque as classificações da USCS e AASHTO podem não ser


aplicáveis, em alguns casos, para solos tropicais.

Tanto o USCS como o AASHTO, são sistemas de classificação que foram


desenvolvidos para classificar solos de países de clima temperado, não
apresentando resultados satisfatórios quando utilizados na classificação de
solos tropicais, na qual a gênese é bastante diferenciada daquelas dos solos
para os quais essas classificações foram elaboradas. Por conta disso, foi
elaborada uma classificação especialmente destinada a classificação de solos
tropicais. Essa classificação, que é brasileira, denominada de Classificação
MCT, começou a se desenvolver na década de 70 e é utilizada ainda para
análise desse tipo de solo.
8. Para o solo cujas características são dadas abaixo, indicar as prováveis
classificações pela USCS e AASHTO:

• 100% do material passando na peneira 4.

• 25% retido na peneira 200 O material que passa na peneira 200 exibe:

• Média a baixa plasticidade

• Não apresenta dilatância

• Resistência dos torrões secos média a alta

SUCS:
100 passa na peneira nº 40 > 50%: Areia
25 % retido na peneira 200, passante: 75 % > 12%
Possíveis solos: SM, SC ou SM-SC
Não apresenta dilatância: argila
Resistência dos torrões: solo argiloso
Logo, o solo pode ser classificado como areia argilosa
AASHTO
75% passa na peneira 200 > 35%: A-4, A-5, A-6 ou A-7
Solo argiloso, pois apresenta resistência a torrões: A-6 ou A-7
O solo pode ser classificado como A-6 ou A-7

9. Para o solo cujas características são dadas abaixo, indicar as prováveis


classificações pela USCS e AASHTO:

• 65% do material retido na peneira 4

• 32% do material retido entre a peneira 4 e a peneira 200

• Cu = 3 e Cc = 1.

SUCS:
65 % retido na peneira 4 > 50% : Pedregulho
32 % retido entre a 4 e a 200:
Retido acumulado : 98%, logo < 5% de grãos finos: Pedregulho puro
Cu = 3 < 4 e Cc = 1: GP
32% retido entre a peneira 4 e a 200 > 15% : Pedregulho mal graduado com
areia

AASHTO
65% retido na peneira 4 > 50%: A-1-a
Classificado como A-1-b(0)

10. Para o solo cujas características são dadas abaixo, indicar as prováveis
classificações pela USCS e AASHTO:

• 100% passando na peneira 4

• 90% passando na peneira 200

• Resistência dos torrões secos ao ar baixa a média

• Dilatância moderadamente rápida • LL = 23 e LP = 17

SUCS:
90% passa na peneira 200 > 50%: Solos finos
Resistência dos torrões baixa a média: argila e silte
WL = 23 < 50
IP dentro da linha hachurada: CL-ML
Argila siltosa

AASHTO:
90% passa na peneira 200 > 35%: Solos A-4, A-5, A-6 ou A-7
Resistência dos torrões baixa a média: siltes
Dilatância moderadamente rápida: areia ou silte
WL= 23 e LP = 17, IP = 23-17= 6
WL = 23 % < 40%: A-4 ou A-6
IP = 6% < 10%: A-4
IG= (90-35) [0,2 + 0,005(23-40)] +0,01(90-15) (6-10) = 7,39 ~ 7
A- 4 (7)
11. São listados a umidade natural e os limites de consistência de seis
solos diferentes. Para cada solo (caso seja possível), determinar o seu
índice de plasticidade, seu estado de consistência em campo e falar sobre
a atividade dos seus argilo−minerais.

SOLO 1: IP = 5 IC = -7,6 < 0 : Fluído Denso

SOLO 2: IP = 6 IC = 3,5 > 1 : Semi Sólido ou Sólido

SOLO 3: IP = 6 IC = 1,8 > 1 : Semi Sólido ou Sólido

SOLO 4: IP = 17 IC = 0,64 : 0<IC

SOLO 5: IC > 1 : Estado Sólido

SOLO 6: IC = 0,375: 0<IC< 1 : Estado Plástico

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