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A lei assegurará aos autores dos inventos industriais privilégio temporário para a sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas
e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e do desenvolvimento tecnológico e
econômico do País.
O INPI tem por finalidade principal executar, no âmbito nacional, as normas que
regulam a propriedade industrial, tendo em vista a sua função social, econômica, jurídica e técnica, bem
como pronunciar-se quanto á conveniência de assinatura, ratificação e denúncia de convenções, tratados,
convênios e acordos sobre propriedade industrial.
INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS
6
Idem, p. 187.
7
COELHO, Fábio Ulhoa. Propriedade industrial. In: Manual de direito comercial. SP: Editora Saraiva, 18ª
ed., 2007. p. 93.
8
RAMOS, op. cit., p. 188.
9
Idem.
A LPI protege os bens da propriedade industrial (a invenção, o modelo de
utilidade, o desenho industrial e a marca), e coíbe a concorrência desleal, matéria ligada ao direito
econômico, e trata das chamadas indicações geográficas.10
A Lei de Propriedade Industrial, Lei Nacional n.º 9.279, de 14 de maio de 1996,
deixa a desejar sobre a definição do que é Indicação Geográfica, ressaltando suas espécies, a
Indicação de Procedência e a Denominação de Origem. A lei revela a ausência de hierarquia legal
entre elas, sendo possibilidades paralelas à escolha dos produtores ou prestadores de serviços que
mostrem interesse em buscar esta modalidade de proteção, atendidos os requisitos da lei e de sua
regulamentação. Mas podemos definir a Indicação Geográfica como sendo:
10
Ibidem, p. 219.
11
http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/indicacao/o-que-e-indicacao-geografica
12
Idem.
que a indicação inverídica do local de origem ou de procedência do produto ou serviço pode induzir
o consumidor a erro. A indicação de procedência está manifestada no art. 177 da LPI, que assim
trata:
A denominação de origem, por sua vez, está disciplinada no art. 178 da LPI, que
assim prescreve:
O art. 180 da LPI faz uma ressalva à proteção legal, indicando que quando o
nome geográfico se houver tornado de uso comum, designando produto ou serviço, não será
considerado indicação geográfica.13 Uma vez não se aplicando o art. 180, só podem usar a
indicação geográfica aqueles produtores ou prestadores de serviços que (i) sejam estabelecidos no
local e (ii) atendam requisitos de qualidade para tanto14. É o que determina o art. 182 da LPI:
A invenção é o ato original do gênio humano. Toda vez que alguém projeta algo que
desconhecia, estará produzindo uma invenção. Embora toda invenção seja, assim, original, nem sempre
será nova, ou seja, desconhecida da demais pessoas. E a novidade, conforme se verá em seguida, é
condição de privilegiabilidade da invenção.
Já o modelo de utilidade é o objeto de uso prático suscetível de aplicação industrial, com o
novo formato de que resulta melhores condições de uso ou fabricação. Não há propriamente invenção,
mas acréscimo na utilidade de alguma ferramenta instrumento de trabalho ou utensílio, pela ação da
novidade parcial que lhe agrega. É chamada, também, de 'pequena invenção' e goza de proteção autônoma
em relação à da invenção cuja utilidade foi melhorada.15
A patente precisa dispôr dos seguintes requisitos: novidade (deve ser desconhecida pela
comunidade científica, técnica e industrial), atividade inventiva (deve despertar um sentido de real
progresso), aplicação industrial (somente a invenção ou modelo suscetível de aproveitamento
industrial pode ser patenteado) e não-impedimento (proibição de patenteabilidade de objetos que
afrontem a moral, os bons costumes, à segurança, à ordem e à saúde pública).16
A patente tem um prazo de duração de 20 anos para a invenção e 15 anos para o modelo de
utilidade, a partir da data do depósito do pedido.
A patente também pode ser explorada por terceiro, desde que esta tenha um caráter de
relevante interesse social relacionado ao acesso às comodidades propiciadas pelo desenvolvimento
industrial. É importante ressaltar que os licenciados pela sua exploração remunerarão o dono da
patente. A extinção da patente dá-se através do término do prazo de duração e da caducidade, tendo
também como outras hipóteses: a renúncia aos direitos industriais, desde que não haja prejuízo a
terceiros; a falta de pagamento da taxa devida ao INPI (retribuição anual) e falta de representante de
no Brasil, quando o titular é domiciliado no exterior.18
19
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-20612008000400022&script=sci_arttext
20
idem
21
idem
22
MELO, Ueliton Alves de. Processo de classificação como atributo de diferenciação de produto. IESACRE
(monografia). Rio Branco, 2005. p. 11.
1 – Fabrico da farinha, ou farinhada, é um momento no qual toda a família
se reúne para um esforço produtivo que garante a base da dieta alimentar
inúmeras ameaças ao sucesso comercial da farinha de Cruzeiro do Sul. Além das dificuldades de
transporte e escoamento do produto, percebe-se hoje que o nome “farinha de Cruzeiro do Sul” pode
estar designando farinhas nem sempre produzidas em Cruzeiro do Sul.23
Uma forma de defesa da nossa agrobiodiversidade é valorizar cultural e economicamente os
produtos dela oriundos. Entre as estratégias possíveis para isso está o mecanismo da indicação
geográfica, um tipo de certificado de origem do produto que o associa a características
socioculturais e ecológicas específicas de uma região determinada. Um aspecto interessante deste
mecanismo de proteção e valorização, bastante difundido na Europa, é que a solicitação de
indicação geográfica deve partir de grupos de produtores. Este tipo de mecanismo poderia ser uma
alternativa ao emprego do sistema de patentes, e poderia permitir a promoção social e
economicamente justa de produtos como a farinha de Cruzeiro do Sul, cujo nome passaria a
designar apenas aquela farinha feita nessa região, por um universo determinado de produtores, de
acordo com saberes e técnicas tradicionais.24
23
http://www2.uol.com.br/pagina20/18122005/papo_de_indio.htm
24
idem
2 – A farinha de Cruzeiro do Sul-AC
REFERÊNCIAS
Bibliografia
COELHO, Fábio Ulhoa. Propriedade industrial. In: Manual de direito comercial. SP: Editora
Saraiva, 18ª ed., 2007. p. 85-93.
MELO, Ueliton Alves de. Processo de classificação como atributo de diferenciação de produto.
IESACRE (monografia). Rio Branco, 2005. 62 p.
RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Propriedade Industrial. In: Curso de Direito Empresarial. 3ª
ed., Bahia: Podivm, 2009. p.p 183-220.
Sites
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-20612008000400022&script=sci_arttext Acessado em
02/06/09 às 17 hs E 28 min
http://www2.uol.com.br/pagina20/18122005/papo_de_indio.htm Acesso em 30/05/09 em 15 hs 06
min
http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/indicacao/o-que-e-indicacao-geografica Acesso em 09/07/09
às 15hs e 54 min
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