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FICHAMENTO
CASSANDRE, M. P.; PANIZA, M. D. R. Tudo muda para quem? Discurso da Revista Exame
sobre diversidade na reportagem de capa “Chefe, eu sou Gay”. Revista Interdisciplinar de
Gestão Social, v. 7, n. 2, p. 119-141, 2018.
INTRODUÇÃO
“[...] como é o discurso reproduzido por uma reportagem de capa da Revista Exame sobre
diversidade sexual e de gênero nas grandes empresas?” (p. 120)
“[...] as organizações empresariais têm se dado conta, cada vez mais, de que as práticas de
diversidade trazem resultados gerenciais positivos para as empresas.” (p. 120)
DISCURSO DA DISCRIÇÃO
“[...] no ambiente corporativo, existe um anseio entre os trabalhadores gays em adotar uma
postura mais reservada e contida quanto às expressões de sexualidade. Nesta perspectiva, a
discrição é entendida como “adotar um comportamento masculino heterossexual no trabalho
e relacionar-se nesse ambiente apenas com pessoas que sejam discretas.” (p. 132)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“[...] as políticas empresariais de inclusão e diversidade LGBT só podem ser verdadeiramente
inclusivas se conseguirem abraçar toda e qualquer possibilidade abrigada sob o guarda-chuva
desses grupos.” (p. 136)
“[...] destaca-se a desproporcionalidade com que a revista aborda a inserção de executivos
integrantes dos grupos LGBT nas empresas. Tomando-se apenas os personagens centrais
(capa): são três executivos gays e uma executiva lésbica.” (p. 136)
“[...] as estruturas de dominação masculinas predominam, mesmo quando se abrigam sob a
face de inclusão. O fenômeno do teto de vidro parece ser reproduzido entre gays e lésbicas
nesses grupos. Quanto às trabalhadoras travestis e transexuais, não há nem teto de vidro a ser
rompido, porque o tratamento dado pela reportagem parece sinalizar que elas sequer
conseguem acessar o mercado de trabalho executivo, quiçá aspirar altos cargos na estrutura
da gestão.
“[...] embora [a abordagem editorial] estivesse imbuída de um discurso de avanço e inclusão
da perspectiva das empresas entrevistadas, não incluía integralmente as trabalhadoras e os
trabalhadores que fazem parte da diversidade que compõe os grupos sociais LGBT.”