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ANTIBIOGRAMA

LUIS FELIPE BEZERRA LINO


ANTIBIOGRAMA
O antibiograma ou Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA), é um exame destinado determinar a
sensibilidade ou resistência bacteriana in vitro frente a agentes antimicrobianos. Seguindo o Brazilian
Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing (BrCAST)

•Verificação da sensibilidade e resistência

• Determinação de mecanismo de resistência

•Orientar o médico
ANTIBIOGRAMA
Teste de Sensibilidade Antimicrobiano (TSA) Preconizado pelo CLSI
• Avaliação Quantitativa:
Disco Difusão em ágar (método Kirby-Bauer): Classifica a bactéria em S (sensível) e R (resistente).
Diluição em caldo:
• Macrodiluição;
• Microdiluição;
Etest® (método Epsilomêtrico)
Concentração inibitória mínima (CIM): menor concentração da droga que inibe o crescimento microbiano.
Concentração bactericida mínima (CBM): menor concentração da droga que mata pelo menos 99,9% do
inóculo microbiano.
ANTIBIOGRAMA
Teste de Sensibilidade Antimicrobiano (TSA) Preconizado pelo CLSI
• Avaliação Semi-quantitativa:
• * Vitek (bioMérieux™ )
• * Microscan WalkAway (Dade Behring ™ )
• * BD Phoenix System (BD)

• Estimação da CIM – Sistemas automatizados.


Disco Difusão em ágar (método Kirby-Bauer)
O principal método e o mais utilizada nas rotinas de analises clinicas e em pesquisas é a difusão em disco
de kirby-bauer, devido ao seu baixo custo, sua praticidade de execução e confiabilidade de seus
resultados.

Sensibilidade Resistência
Disco Difusão em ágar (método Kirby-Bauer)
● Utilizado rotineiramente:
• Fácil execução;
• Flexibilidade na escolha dos antibióticos;
• Reprodutibilidade nos resultados
• Padronização dos resultados;
• Baixo custo
Disco Difusão em ágar (método Kirby-Bauer)
Princípio do método
O antibiótico teste começa a difundir para fora a partir dos pequenos discos, criando um
gradiente de concentração do antibiótico no ágar. Após a incubação, o crescimento
bacteriano em volta de cada disco é observado. A área clara que rodeia o disco (halo)
revela o local na qual as bactérias não conseguem se desenvolver, através deste halo é
feita uma metragem padrão baseada no Brazilian Committee on Antimicrobial
Susceptibility Testing (BrCAST) para saber se a bactéria é resistente ou sensível ao
antibiótico, Assim, de acordo com o microrganismo identificado e perfil de sensibilidade,
o médico pode indicar o tratamento mais adequado (BRCAST, 2019).
Disco Difusão em ágar (método Kirby-Bauer)
Disco Difusão em ágar (método Kirby-Bauer)
Execução;
▪ Meio: Ágar Mueller Hinton
▪ Temperatura (36±1ºC)
▪ Incubação (estufa com ar ambiente)
▪ Discos de antibióticos nas concentrações exigidas
▪ Inóculo (1,5 x 108 UFC/ml = padrão 0,5 de MacFarland)
preparo do ágar mh
● O ágar Mueller-Hinton (Kasvi) é preparado conforme as instruções do fabricante.
● Esterilização a 121°C por 15 minutos na autoclave,
● 25 mL é distribuídos em placas de Petri e em seguida colocada no meio, depois o meio e resfriado/
solidificado em temperatura ambiente.
● É em seguida colocados na geladeira
preparo do inóculo:
▪ As bactérias serão ativadas em ágar chocolate e colocadas em estufa a 37°C por 24 horas.
▪ O inóculo sera preparado em 1mL de solução salina obtida a partir de um soro fisiológico esterilizado
a 121°C por 15 minutos, fazendo-se suspensão das colônias de bactérias com uma alça agulha
flambada e resfriada, até se obter uma turvação compatível com o padrão McFarland 0,5 que contém,
aproximadamente, 1,5 x 10 8 unidades formadoras de colônias (UFC)/mL. Esta suspensão vai ser
utilizada para inocular as placas.
preparo do inóculo:
Inoculação das placas
As placas ágar Mueller-Hinton vão ser retiradas da geladeira entre 20 e 30 minutos antes
da execução da prova para adquirirem temperatura ambiente e, em seguida, como um
swab de algodão esteril sera imerso na suspensão preparada anteriormente, girando
várias vezes e apertado firmemente contra a parede interna do tubo acima do nível do
líquido para retirar o excesso de inóculo. A superfície da placa de ágar Mueller-Hinton sera
inoculada passando-se o swab em toda a superfície do ágar. O procedimento sera repetido
outras duas vezes, girando a placa a aproximadamente 60° de cada vez, a fim de
assegurar a distribuição uniforme do inóculo. Como passo final, o swab será passado na
margem da placa contendo o meio de cultura
Inoculação das placas
Implantação do antibiótico e leitura dos resultados
Os discos impregnado com antibióticos serão colocados centralizados sobre a
superfície da placa com ágar com o auxílio de uma pinça flambada e resfriada,
excedendo uma leve pressão com a ponta da pinça para uma boa adesão.
Logo depois, as placas serão incubadas em estufa a 37°C, por 24 horas. Após
este período, vai ser observado se houve a formação dos halos.
Implantação do antibiótico e leitura dos resultados
Implantação do antibiótico e leitura dos resultados

S (sensível) R (resistente)
Antibiograma

● Microdiluição em Caldo

● A microdiluição em caldo corresponde à miniatura da técnica de diluição. A


mesma utiliza placas de Elisa estéreis, com 96 poços, com o fundo em
formato de “U”, para permitir a melhor visualização do crescimento bacteriano

● Pequenos volumes de reagentes;

● Os painéis de microdiluição, após a inoculação, são incubados a 35°C por 16


a 20 horas ou de acordo com o microrganismo em teste:
Antibiograma

● Microdiluição em Caldo

● Após a incubação, a leitura da placa com a determinação da concentração


inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (cbm) será
realizada .

● Um tubo límpido demonstra que o crescimento bacteriano foi inibido, sendo


que o primeiro tubo limpido representa a concentração inibitória mínima
(CIM), ou seja, a menor concentração de antimicrobiano capaz de inibir o
crescimento bacteriano.

● A CIM é expressa em microgramas por mililitro ( μg/mL).


Antibiograma

● Microdiluição em Caldo
Antibiograma

● Microdiluição em Caldo
Antibiograma

● Microdiluição em Caldo
Antibiograma

● Microdiluição em Caldo
Antibiograma

● Microdiluição em Caldo

• Trabalhoso com necessidade de muita atenção;

• Não é favorável para crescimento de muitos anaeróbios (Fusobacterium,


Porphyromonas, Prevotella);

• Dificuldade na determinação da CIM.


Antibiograma

● Etest® (método Epsilomêtrico)

• Tiras impregnadas em concentrações seriadas de antibiótico;

• Gradiente estável e contínuo se forma ao redor da fita;

• CIM: ponto que intercecciona a fita – inibição do crescimento;

• Metodologia simples mas de alto custo


Antibiograma

● Etest® (método Epsilomêtrico)


Antibiograma

● Etest® (método Epsilomêtrico)

Determinação do CIM
Intermediário (I) = Sensível, aumentando exposição
Quando há uma alta probabilidade de sucesso terapêutico
porque a exposição foi aumentada ajustando-se o
regime de dosagem ou sua concentração no local de
infecção.
*Exposição depende de:
- Via de administração
- Dose
- Intervalo entre as doses,
- tempo de infusão
- Distribuição, o metabolismo e a excreção do antimicrobiano
Área de Incerteza Técnica (AIT)
• Em 2019, será introduzido o termo “AIT” no teste de sensibilidade, onde um
alerta é necessário para advertir o laboratório sobre a incerteza do
resultado do TSA.

• Esta área corresponde a um valor de CIM e/ou intervalo de halo de inibição


onde a categorização é incerta. Repetir o teste ou usar método alternativo
(se houver dúvida quanto ao resultado).

• Reporte os resultados nas AIT como “R”. Se houver várias boas


alternativas no resultado do TSA, esta pode ser a opção mais fácil e
segura.
Obrigado >o<

"Eu não vou fugir, eu nunca volto atrás na minha palavra. Este é o meu
jeito Biomédico de ser!”

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