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Prefeitura Municipal de Mariana

DOSSIÊ DE TOMBAMENTO

CONJUNTO PAISAGÍSTICO E
ARQUEOLÓGICO

MORROS
SANTANA E SANTO ANTÔNIO

ABRIL . 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

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ABR
2008
APRESENTAÇÃO

O presente trabalho consiste no DOSSIÊ DE TOMBAMENTO DO CONJUNTO PAISAGÍSTICO E


ARQUEOLÓGICO DOS MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO, EM MARIANA/MG e faz parte das atividades
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desenvolvidas pelo município para registrar e proteger o seu patrimônio cultural.

Esta foi uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Mariana com a participação da equipe técnica
especializada do Grupo Memória Arquitetura, auxílio da Secretaria Municipal de Cultura e apoio do
Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Mariana.

Cópias deste estudo encontram-se disponíveis na Prefeitura Municipal de Mariana e no IEPHA/MG, uma
vez que tal trabalho também faz parte do conjunto de ações que garante os incentivos do ICMS Cultural
conforme a Lei 13.803/2000.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO E METODOLOGIA 6
2 HISTÓRICO DO MUNICÍPIO 13
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3 HISTÓRICO DO BEM CULTURAL 23


4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DO BEM CULTURAL 36
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA 36
DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA 36
4.1. LOCALIZAÇÃO 36
4.2. CLIMA 41
4.3. HIDROGRAFIA 42
4.4. GEOLOGIA 46
4.5. GEOMORFOLOGIA 50
4.6. SOLOS 52
4.7. VEGETAÇÃO 55
4.8. FAUNA 59
4.9. ARQUEOLOGIA 70

5 DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE TOMBAMENTO 159


6 JUSTIFICATIVA DA DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE TOMBAMENTO 161
7 DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE ENTORNO AO TOMBAMENTO 162
8 JUSTIFICATIVA DA DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE ENTORNO AO TOMBAMENTO 164
9 DIRETRIZES PARA A ÁREA TOMBADA 165
10 DIRETRIZES PARA O ENTORNO DA ÁREA TOMBADA 167
11 FICHAS DE INVENTÁRIO 168
11.1. PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO 168
11.2. PATRIMÔNIO NATURAL 213

12 LAUDO DE ESTADO DE CONSERVAÇÃO 219


12.1. MORRO DE SANTANA 219
12.2. MORRO DE SANTO ANTÔNIO 234

13 PARECER TÉCNICO 251


14 REFERÊNCIAS 252
15 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO APROVANDO O TOMBAMENTO 256
16 PARECER DO CONSELHO 258
17 NOTIFICAÇÕES AOS PROPRIETÁRIOS 260
18 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO APROVANDO PERÍMETROS E DIRETRIZES 263
19 RECIBOS DAS NOTIFICAÇÕES 265
20 PUBLICAÇÃO DO TOMBAMENTO PROVISÓRIO 268
21 TEXTOS DA IMPUGNAÇÃO 270
22 TEXTOS DA CONTRA-IMPUGNAÇÃO 272
23 ATA APROVANDO O TOMBAMENTO DEFINITIVO 274
24 DECRETO DE TOMBAMENTO 276
25 INSCRIÇÃO NO LIVRO DE TOMBO 278
26 PUBLICAÇÃO DO TOMBAMENTO DEFINITIVO 280
27 FICHA TÉCNICA 282

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1 INTRODUÇÃO E METODOLOGIA

Em 2006, a Prefeitura Municipal de Mariana por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura e do


Conselho Municipal do Patrimônio Cultural solicitou à empresa Memória Arquitetura Ltda que iniciasse os
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estudos relativos à proteção e delimitação do perímetro de tombamento do conjunto de ruínas existentes


nos Morros de Santo Antônio (também conhecido por Mata-Cavalos) e Santana (ou Gogô), situados no
entorno da área urbana da sede do município. Inclusive, no Plano Diretor Municipal (2003), já havia sido
prevista a proteção do Bairro Vila Gogô evitando, assim, focos de expansão urbana naquela localidade.

LEGENDA VILA
GOGÔ
Perímetro Urbano
Zona de Proteção Cultural
Área de proteção cultural intensiva
MORRO DE
Área de valorização cultural-ambiental
SANTANA
Área de recuperação urbanística

Zona de Proteção Paisagística

Área de proteção ecológica

Área de proteção arqueológica

Zona de Controle Urbanístico Lagoa


Área de ocupação preferencial Seca
Área de adensamento

Zona de Reabilitação Urbana


Área de interesse social

Zona de Reabilitação Ambiental


Área de ocupação inadequada

Zona de Urbanização Futura

Área de desenvolvimento econômico

Área de ocupação rarefeita

Rio

Limite de Tombamento MORRO


Limite de Entorno
SANTO
ANTÔNIO
Linha Férrea

LEGENDA

Zoneamento Urbano-Ambiental da sede de Mariana/MG.


Posição das áreas tombadas em relação ao perímetro
urbano.
BASE CARTOGRÁFICA: Plano Diretor Urbano-Ambiental de
Mariana. Prefeitura Municipal, 2003.
Elaboração (Fev/2007): Henrique Oliveira (estagiário de 100 300 500m

arquitetura).
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Trata-se de um conjunto muito expressivo do ponto de vista patrimonial e histórico, munido de
estruturas, sobretudo em alvenaria de pedra relacionadas à história da exploração mineral ao longo dos
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séculos XVIII, XIX e XX. Apesar da proximidade de áreas urbanas, apresenta, ainda, edificações e
estruturas em bom estado de conservação.

A história do escravismo e da exploração aurífera encontra-se muito arraigada na memória e no cotidiano


da população de Mariana, sobretudo para os moradores dos seus arredores. Ainda é comum avistar no
Ribeirão do Carmo, apesar da sua poluição e assoreamento, a utilização da bateia por parte de alguns
mineradores. Os moradores tradicionais do Bairro Vila Gogô consideram-se, descendentes diretos dos
antigos habitantes do Arraial Velho no Morro de Santana, compostos, sobretudo, por garimpeiros e
escravos. Lideranças comunitárias, principalmente no Morro de Santana atuam como verdadeiros
guardiões da história e das estruturas ali contidas. Fragmentos de utensílios e de peças foram coletados
ao longo do tempo nas ruínas, e atualmente, são guardadas pela associação comunitária local. Todo este
acervo, inclusive, foi devidamente inventariado pela equipe do presente trabalho (veja no Capítulo 11:
Fichas de Inventário).

Seria oportuna, em consonância com o tombamento deste conjunto histórico, a criação de um centro de
referência da cultura e da história do Gogô e do Morro de Santo Antônio, onde este acervo, já coletado,
pudesse ser objeto de um projeto museológico e museográfico. Programas de educação patrimonial
devem também ser previstos, principalmente junto à rede escolar pública, esclarecendo a importância de
ser conservar as ruínas e estruturas remanescentes e de seus objetos componentes in situ.

Lamentavelmente, o mesmo não foi observado no Morro de Santo Antônio. No entanto, o abandono e o
“esquecimento” por parte dos moradores mais próximos, pode ter propiciado a parcial conservação de
algumas edificações e estruturas. Somente o conjunto composto por “Cemitério dos Ingleses”, “Capela
dos Ingleses” e “Usina de Cloretação”, situado no entorno dos perímetros de tombamento, apresenta
sinais mais recentes de depredação.

Com o objetivo de diagnosticar todo o perímetro de tombamento e de entorno, levando em consideração


o tamanho das áreas do Morro de Santana (131,70 ha) e do Morro de Santo Antônio (131,16 ha) foi
necessário o auxílio de um guia local, que conhecesse bem todos os acessos aos conjuntos históricos,
compostos por estruturas de baixa, média e alta visibilidade. Nesta oportunidade de convívio com os
guias, foi possível coletar preciosas informações orais, sobretudo sobre o uso e funcionamento das
estruturas remanescentes, e, no caso de algumas moradias, seus últimos habitantes. A localização exata
das estruturas e conjuntos principais nos Morros de Santana e Santo Antônio, foi realizada com o auxílio
de um GPS. Como apoio em campo, também foram utilizadas ortofotos, fotos de satélite e cartas
topográficas.

Cada conjunto identificado foi numerado, e suas estruturas componentes descritas em quadro com as
respectivas fotos (veja no Capítulo 4: Descrição e Análise do Bem Cultural). Obviamente, não seria
possível plotar com GPS, por exemplo, todos os buracos de sarilhos ou estruturas móveis como
brunidores, mesmo porque isto demandaria uma limpeza quase que total de todo o sítio histórico, tendo
em vista que muitas estruturas de baixa visibilidade se encontram esmaecidas pela vegetação rasteira ou

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sedimento sotoposto. Na fase dos estudos de plano de manejo das áreas deverá ser prevista a topografia
pormenorizada envolvendo mapeamento de todas as estruturas em superfície. Após a identificação de
todos os conjuntos e suas principais estruturas componentes, foi possível seccionar as principais zonas ou
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setores de ocorrência, baseando-se sobretudo em critérios espaciais, tendo em vista que as mesmas,
apresentam estruturas comuns, com exceção da zona C.

Zonas ou Setores de Ocorrência:

A) Morro de Santo Antônio - Passagem de Mariana

B) Morro de Santo Antônio - Cume

C) Morro de Santo Antônio - Cia da Passagem

D) Morro de Santana ou Gogô - Parte Alta (“Arraial Velho”)

E) Morro de Santana ou Gogô - Parte Baixa


Morro de Santo Antônio Morro de Santana
ou Mata-Cavalos ou Gogô Sede Municipal

E
D

C
A

Mariana/MG. Imagem de satélite.


Posição das zonas ou setores de ocorrência dos conjuntos de estruturas em relação ao perímetro urbano da sede municipal.
FONTE: www.googleearth.com. Acesso em fev/2007. Elaboração (Fev/2007): Henrique Oliveira (estagiário de arquitetura).
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Os usos e tecnologias de exploração do ouro, em suas sucessivas fases, serão descritos e melhor
contextualizados no Capítulo 3: Histórico do Bem Cultural. Após o mapeamento e distribuição das
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estruturas por zonas ou áreas e avaliação prévia do estado de conservação das mesmas, foi possível
estabelecer uma tipologia geral das estruturas, distribuindo-as por sua vez, em planta de situação, por
meio de uma legenda de cores e formas com o objetivo de representar graficamente neste Dossiê a
grande variedade, potencialidade e complexidade das estruturas arqueológicas contidas nos perímetros
de tombamento e entorno. Bom lembrar, que algumas estruturas encontram-se em condições de baixa
visibilidade por apresentarem, de fato, pequenas dimensões ou por já estarem em avançado estado de
degradação, podendo assim não ter sido identificadas nesta fase, apesar dos esforços da equipe em
rastrear toda a área.

IGREJA DE
SANTANA

LEGENDA
PILÃO
CONJUNTO DE RUÍNAS / SARILHOS
MUNDÉU
SARILHO
LAGOA
FUNDIÇÃO
REGO / CANAL
MONTES DE ENTULHO E MINÉRIO
BRUNIDOR
LAVRA
GALERIA
RUA / ESTRADA / CAMINHO
VALA
CEMITÉRIO
IGREJA / CASA PAROQUIAL
UNIDADE RESIDENCIAL COM REBOCO
CURRAL
BANCADAS PARA HORTA
MURO DE ARRIMO
MONJOLO / ENGENHO
UNIDADE RESIDENCIAL
PAIOL
HOSPITAL
RUÍNA
CANOAS
MINA DE ARSÊNICO (CHAMINÉ, SALAS, FORNO E CAIXA D'ÁGUA) Localização das estruturas mapeadas no Sítio Arqueológico do
BARRAGEM
Morro de Santana (Gogô). Mariana/MG.
BUEIRO
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
Mapa esquemático, sem escala.
PERÍMETRO DE ENTORNO Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

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Localização das estruturas mapeadas no Sítio Arqueológico do
Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
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Mapa esquemático, sem escala.


Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

LEGENDA
PILÃO
CONJUNTO DE RUÍNAS / SARILHOS
MUNDÉU
SARILHO
LAGOA
FUNDIÇÃO
REGO / CANAL
MONTES DE ENTULHO E MINÉRIO
BRUNIDOR
LAVRA
GALERIA
RUA / ESTRADA / CAMINHO
IGREJA DE
VALA SANTO
ANTÔNIO
CEMITÉRIO
IGREJA / CASA PAROQUIAL
UNIDADE RESIDENCIAL COM REBOCO
CURRAL
BANCADAS PARA HORTA
MURO DE ARRIMO
MONJOLO / ENGENHO
UNIDADE RESIDENCIAL
PAIOL
HOSPITAL
RUÍNA
CANOAS
MINA DE ARSÊNICO (CHAMINÉ, SALAS, FORNO E CAIXA D'ÁGUA)
BARRAGEM
BUEIRO
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
PERÍMETRO DE ENTORNO

CAPELA E
CEMITÉRIO
DOS INGLESES

Em seguida, foi possível estabelecer quais eram as melhores amostras de cada tipo estabelecido,
focalizando e registrando-as como modelos neste estudo. Os critérios para definição das amostras-tipo
foram: estado de conservação, morfologia, tecnologia de fabricação ou peculiaridades, de modo geral.
Houve casos também de existir uma única amostra do tipo, desta forma, esta seria conseqüentemente o
seu único modelo. Dentro de alguns tipos, foi também possível estabelecer, uma variedade interna ou
sub-tipos. Foi o que aconteceu com os mundéus – identificados em formato retangular, ovóides e semi-
circulares, aproveitando, neste último caso, a curvatura do terreno ou ravinas.

O levantamento de fontes escritas, principalmente as que se referem à história da mineração da região de


Mariana, foi fundamental para contextualizar e melhor compreender o processo de ocupação e
colonização desta região, suas tecnologias e redes sociais.

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A obra de Paul Ferrand, O Ouro em Minas Gerais (1988), foi a que mais forneceu elementos para a
compreensão do processo de mineração dos séculos XVIII e XIX, tendo o autor se dedicado
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principalmente às atividades mineradoras na Mina da Passagem. Imagens que descrevem os sistemas de


exploração foram fundamentais para o melhor entendimento do processo. Paul Ferrand era engenheiro,
francês e chegou ao Brasil em 1882 para lecionar cadeiras básicas e aplicadas em diversas áreas da
Escola de Minas de Ouro Preto. Era pesquisador ativo e abrangente, sobre a indústria de ferro em Minas e
no Brasil, a mineração do ouro e vários outros temas afins.

O Pluto Brasiliensis (1979) de Wilhelm Ludwig Eschwege, também colaborou imensamente nas questões
concernentes à explotação mineral, tendo sido o autor, um grande conhecedor destes processos e o
responsável pela modernização da mineração de ouro no Brasil. Engenheiro, mineralogista e militar
alemão nascido em Eschwege, Wilhelm desempenhou importante papel no desenvolvimento das ciências
geológicas no Brasil. A convite do governo (1802) foi para Portugal, a fim de realizar trabalhos de
mineração e pesquisas geológicas, acompanhou D. João VI ao Brasil (1807) e foi encarregado de
organizar, com amostras européias, coleções de minerais para a Academia Real Militar. Posteriormente foi
designado para acompanhar a mineração de ouro e a fabricação de ferro em Minas Gerais, explorou ouro
de filão na Mina da Passagem, entre Vila Rica e Mariana, e chumbo, em Abaeté. Exerceu, entre outros
cargos, o de tenente-coronel do Real Corpo de Engenheiros de Vila Rica e o de intendente das minas de
ouro. Construiu uma fundição de ferro em Congonhas do Campo (1813), e registrou a ocorrência de
manganês no solo mineiro. Graças a seus estudos, foi estabelecida uma nova legislação para a mineração
e foram adotados métodos mais avançados de metalurgia do ferro e de exploração das jazidas de ouro.
Sua principal publicação foi Pluto Brasiliensis (1833), em que descreveu a mineração na época colonial,
base fundamental para este trabalho.

Os tipos gerais identificados foram organizados em sete grupos principais:

1) Domésticos e afins: unidade residencial, curral, horta, hospital, engenho e paiol;

2) Religiosos: capela, cemitério, casa paroquial;

3) Acessos e divisas: caminhos, trilhas, valas de divisa, muros de arrimo;

4) Estruturas de mineração: lavra a céu aberto; mundéu, represa, pilão; rego ou aqueduto, canoa,
galeria, buraco de sarilho, fundição, montes de entulho, brunidor e fio de pedra (estas duas, estruturas
móveis), além da Usina de Cloretação. Também entrou nesta categoria uma lagoa, mas que
originalmente trata-se uma antiga cata, que foi represada;

5) Natural: caverna de canga;

6) Fragmentos de utensílios domésticos: cerâmica vitrificada, cerâmica histórica ou “cabocla” e de


esteatita;

7) Não identificados (sobretudo em função do péssimo estado de conservação. É o caso das estruturas
que sofreram demolições).

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Após o estabelecimento da tipologia foram então selecionados os conjuntos e estruturas isoladas
amostrais, que mereceriam uma topografia detalhada com a utilização de Estação Total, além de
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fotografias adicionais. Com exceção da Zona C, que se encontra no perímetro de entorno, conjuntos de
todas as Zonas foram objetos deste tipo de registro. (Veja no Capítulo 4: Descrição e Análise do Bem
Cultural).

Todos os conjuntos localizados nas cinco zonas, supracitadas, também foram objeto de avaliação do
estado de conservação das suas estruturas componentes, observando a origem das ações que
comprometeram ou que ainda ameaçam a integridade das mesmas (veja no Capítulo 12: Laudo de Estado
de Conservação).

A partir destas avaliações, foi possível estabelecer as diretrizes para a área tombada e de entorno,
propostas nos Capítulos 9 e 10: Diretrizes. Ficou notório, tendo em vista a riqueza de informações e
estruturas, a necessidade de um plano de manejo emergencial para estas áreas, logo após o seu
tombamento, visando estabelecer os tipos de usos e ações para cada setor que as compõem, levando em
consideração os elementos arqueológicos, arquitetônicos, etnohistóricos, bióticos e físicos.

Sem dúvida alguma, nenhuma ação a ser estabelecida nestas áreas poderá ser eficaz ou bem executada
se desenvolvida sem a participação e colaboração, desde a sua fase inicial, das comunidades locais. Por
isto, ações ligadas à educação patrimonial são fundamentais para o sucesso de uma política cultural que
se propõe proteger e valorizar, neste caso, este importante e magnífico patrimônio cultural existente nos
Morros Santo Antônio e Santana.

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2 HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

Diversidade e polifonia nos tempos do Brasil Colônia

A perspectiva histórica nos possibilita diferentes tipos de abordagem, sendo também responsável pelas
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construções de visões críticas a posteriori sobre determinadas temáticas. Ademais, importa destacar que
a produção historiográfica varia significadamente de uma época para outra: no que tange à história do
Brasil Colônia, por exemplo, muitos aspectos foram reavaliados e reescritos pela produção acadêmica
nacional, contribuindo para que o debate seja constantemente (re)visitado pelos historiadores1.

A questão dos ciclos econômicos2 perdurou, por muitos anos, como um instrumental analítico bastante
inflexível e segmentado. Nesse sentido, tentava-se enquadrar a complexa realidade colonial em simples
modelos econômicos, sendo estes respaldados pela noção de Pacto Colonial: a Colônia estaria submetida,
incondicionalmente, aos desígnios da Metrópole portuguesa, tendo sempre algum produto (açúcar, ouro
ou café) como único e principal trunfo.

As críticas a esse tipo de visão se ancoram no seguinte argumento: não é possível apontar precisamente
quando determinado ciclo econômico colonial deu-se por encerrado, visto que existiam lampejos de
recuperação ao longo de toda trajetória colonial. Além disso, interessa ressaltar que a economia da
Colônia não se resumiu somente às exportações para as terras metropolitanas; havia produções locais
que suprimiam as necessidades básicas, oferecendo-se como alternativas viáveis. A vida cotidiana colonial
era imbuída de diversas singularidades, apresentando uma dinâmica própria e interna, a qual acabava por
subverter a lógica exclusivista de Portugal. Os arraiais, as vilas e os inúmeros lugarejos que surgiam na
época da mineração são bons exemplos de que a nossa história trilhou por múltiplos caminhos.
Comecemos, pois, a recuperação de alguns desses itinerários...

Nos sertões das Gerais, afloram sonhos de enriquecimento

O século XVII presenciou as primeiras penetrações no até então desconhecido território mineiro: num
momento inicial, o encontro com as diferentes tribos indígenas viabilizou os processos de caça e de
escravização dos nativos, os quais eram utilizados como mão-de-obra nas atividades colonizadoras3.
Apesar das incipientes expedições não alcançarem os almejados metais, as mesmas foram importantes
para um conhecimento maior do interior colonial – a abertura de novos caminhos, nesse sentido, foi por
demais significativa4.

Entretanto, não se pode negar que a descoberta de ouro na antiga Capitania de Minas, na segunda
metade do século XVII, emblematizou novos tipos de possibilidades para a vida social da colônia. Em
outras palavras, a “corrida do ouro” estimulou um deslocamento populacional até então inédito no
território, visto que a mesma consistia em uma grande oportunidade de enriquecimento sem requerer
grandes investimentos iniciais.

1
Para citar alguns títulos: ANASTASIA (1998), FIGUEIREDO (1995), MELLO (2000) e WEHLING (2000).
2
As qualificações de ciclo do pau-brasil, da cana-de-açúcar, do ouro e do café são os mais significativos da produção historiográfica.
3
Entretanto, não se pode esquecer que os negros africanos eram a maior parcela dos escravizados nas minas setecentistas.
4
MORAES, 2001, p. 177 apud VENÂNCIO, Renato Pinto. Caminho Novo: a longa duração. Varia História. Belo Horizonte, n. 21, jul.
1999, p. 181-189. (n. especial: Códice Costa Matoso).
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Inúmeros foram os anônimos que se aventuraram pelos sertões interioranos, embalados pela esperança
de dias melhores... Dotadas de um caráter de oficialidade, as bandeiras e as entradas completam esse
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contexto histórico em que a extração de riquezas minerais começava a vigorar no território mineiro.

Indubitavelmente, a região que abrange os municípios de Mariana e de Ouro Preto foi um dos primeiros
pólos de concentração populacional. Nessa medida, o bandeirantismo despontou como aspecto essencial
no que tange ao surgimento dos primeiros povoados; esses homens fixavam-se nas margens dos rios,
estabelecendo um ritmo de vida próprio e singular: mesmo que fossem responsáveis por atrocidades nas
comunidades indígenas, além de estabelecerem uma busca ávida e sistemática por metais preciosos, eles
acabaram por incitar, de alguma forma, os incipientes processos de ocupação do interior da colônia5.
Realizando atividades como a própria mineração ou simplesmente desenvolvendo culturas agrícolas e
pastoris que serviam como base fundamental para a vida cotidiana, os diversos colonos engendraram a
constituição de novos povoados, dentre os quais se destacou o antigo Arraial de Ribeirão do Carmo6.

“Mapa das Minas, anônimo – século XVIII – provavelmente brasileiro. Mapa Regional”.
A seguir, destaque dado à Vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo.
FONTE: Mapas Históricos Brasileiros, pág. 56, Abril Cultural.

5
Ver MACHADO (1980), importante obra do assunto.
6
Outro nome usual da época era Nossa Senhora do Monte Carmo. A região corresponde, atualmente, à cidade de Mariana.
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Entre rios, ouro, capelas e plantações: as origens da cidade de Mariana

De uma maneira geral, o processo de ocupação do território mineiro realizou-se tendo como referencial a
formação de pequenos assentamentos humanos. As regiões escolhidas para tal intento localizavam-se em
áreas cujas descobertas de ouro tinham sido observadas; nessa medida, as chamadas datas passaram a
ocupar uma importância ímpar, visto que consistiam em “pequenas extensões de terra, à beira dos rios e
ribeirões auríferos, que o guarda-mor distribuíam àqueles que vinham explorar a região7.” Além disso,
cabe sublinhar que a fundação dos aglomerados era, geralmente, acompanhada pela edificação de uma
capela em devoção a algum santo da Igreja Católica.

Atentando-se para o caso particular da cidade de Mariana, percebe-se que as características acima
retratadas podem ser vislumbradas no processo de constituição desse município mineiro. De acordo com
os registros oficiais, o ano de 1696 (final do século XVII) culminou com a chegada do bandeirante João
Lopes de Lima ao ribeirão que, nesse momento fundante, recebeu o nome de Nossa Senhora do Carmo.
Seguindo os presságios religiosos da época, o sertanista viabilizou a construção de uma simples capela no
local, sendo ali reverenciada a imagem da santa homenageada. Prontamente, as respectivas datas de
terra foram repartidas entre alguns homens, iniciando o processo de dinamização do então conhecido
Arraial do Carmo.

Já nos idos de 1701, pesquisadores apontam para a formação de vários arraiais ao longo do Ribeirão do
Carmo; tais indícios se confirmam com a emersão dos atuais distritos de Mariana, uma vez que muitas
dessas localidades têm origens nesse contexto histórico8. Outro acontecimento digno de nota fora a
criação da freguesia com o título de Nossa Senhora da Conceição do Ribeirão do Carmo ainda no ano de
1704. No tocante ao panorama geral, iniciavam-se as buscas sistemáticas pelo ouro de aluvião e de
outras riquezas naturais, tendo como suporte fundamental as plantações de milho, abóbora, feijão, batata
e mandioca, além da criação de gado bovino.

7
CARNEIRO, 2000, p. 25.
8
Os distritos de Camargos (1698), Bandeirantes (1700) e Cachoeira do Brumado (1700) podem ser citados sob essa perspectiva.
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FONTE: MORAES, Fernanda de. Dossier Mariana. Belo Horizonte: [mimeo], 2001,
45p. Convênio UFMG-Universidade de Bolonha.

Com relação aos primeiros núcleos mineiros de formação, dentre os quais se destaca o município de
Mariana, cabe enfatizar mais uma vez que:

“Percorrendo a trajetória histórica de constituição da rede urbana de Minas Gerais e a


conformação dos territórios de seus atuais municípios, é surpreendente constatar a
rapidez com que se formou toda uma trama articulada de núcleos urbanos. Iniciou-se
com a ocupação, em fins do século XVII, de seu core geográfico, hoje conformado
pelos municípios de Ouro Preto, Mariana e Sabará.9”

Concomitantemente a esse dinâmico processo de evolução urbana, o antigo Arraial do Carmo sofreu
significativas mudanças administrativas: no ano de 1711 foi criada a primeira Vila da Capitania de Minas
Gerais, intitulada de Leal Vila de Nossa Senhora do Carmo de Albuquerque.

9
MORAES, 2001, p. 177.
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Passadas três décadas, tendo como referencial o crescimento produtivo das minas auríferas, foi celebrada
no dia 23/04/1745 a elevação da Vila de Nossa Senhora do Carmo à categoria de cidade; o nome
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escolhido fazia alusão à rainha de Portugal, Dona Maria Ana D’Áustria, esposa de D. João V. Importante
enfatizar que apenas Mariana tornou-se, institucionalmente, a única cidade da Capitania durante todo o
século XVIII. A criação do Bispado também ocorreu no ano de 1745, demarcando a importância da
localidade como centro eclesiástico da antiga colônia – nesse sentido, várias capelas e igrejas
despontavam no território mineiro, sendo utilizados muito ouro e madeira para a construção das mesmas.
Tais edificações são, até os dias atuais, referências singulares da arte barroca nacional10.

FONTE: MORAES, Fernanda de. Dossier Mariana. Belo Horizonte: [mimeo], 2001,
45p. Convênio UFMG-Universidade de Bolonha.

No que toca às atividades extrativas de metais na região de Mariana, estas foram objetos de regulação
por parte da Coroa Portuguesa. O poder metropolitano procurava restringir ao máximo o acesso livre às
principais áreas auríferas, estabelecendo uma vigilância ostensiva nas inúmeras estradas interioranas. A
implantação de impostos era outra prática recorrente: o quinto do ouro, a instalação das Casas de
Fundição, bem como outras taxas relativas às arrobas anuais são alguns exemplos que podem ser
citados. Ademais, o fato de ser uma das poucas Vilas existentes na Capitania de Minas Gerais, atesta a
grande preocupação de Portugal em controlar os arredores da cidade de Mariana.

Entretanto, nem tudo transcorria conforme o esperado... A grande concentração de riquezas minerais
despertava a atenção de muitas pessoas, as quais não mediam esforços em atenuarem, de alguma

10
Para citar um exemplo importante, o ano de 1784 marca o início da construção da Igreja de Nossa Senhora do Carmo.
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forma, as políticas intervencionistas da Metrópole. O contrabando, a sonegação de impostos, a ocorrência
de motins e de protestos políticos, além de outros tipos de questionamentos estiveram presentes nas
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minas setecentistas; e, Mariana, como não poderia deixar de ser, presenciou inúmeros acontecimentos
que subvertiam (ou pelo menos tentavam) as propostas controladoras portuguesas.

Vista Geral de Mariana Rua Direita

fotógrafos e datas desconhecidos.


FONTE: Site Prefeitura Municipal,
Paço no centro de Mariana Rua Dom Silvério

Enquanto isso, nos distritos da cidade...

Atualmente, o município de Mariana apresenta um total de dez distritos (inclusive a sede), além de
contabilizar uma expressiva quantidade de sub-distritos (totalizam o número de vinte e sete). Ao
investigarmos o histórico dessa cidade mineira, podemos inferir que tanto essas localidades foram
importantes para a formação da sede municipal, como esta última interferiu profundamente na
constituição dos seus respectivos distritos. Em outras palavras, o processo de formação urbana de
Mariana envolveu uma rede considerável de localidades, num tipo de relação que priorizou pelas trocas
culturais, sociais, econômicas e políticas.

De uma maneira geral, a emersão desses povoados seguiu as mesmas características do distrito sede: a
ocorrência de metais tinha participação decisiva; os cursos d’água eram aspectos fundamentais para que
a sedentarização dos exploradores ocorresse; o erguimento de capelas era algo costumeiro com a fixação
das pessoas; além das práticas agrícolas e pecuaristas terem sido fundamentais para a dinamização
dessas áreas periféricas. Nesse sentido, pode-se vislumbrar um tipo de movimento centrífugo do
município de Mariana, o qual não demorou a se maturar - conforme citado anteriormente, os distritos
passaram a surgir já em fins do século XVII.

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Por outro lado, esses antigos arraiais acabaram por construir suas próprias histórias: diferentes
povoadores, variadas santidades, múltiplos habitantes, ritmos diversificados de produções econômicas
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são alguns dos aspectos que compõem a heterogênea trama dessas localidades. Imbuídos de
singularidades que legitimam todo esse processo multifacetado de ocupação humana, os atuais distritos
guardam ainda hoje importantes fragmentos do passado – as festividades locais, por exemplo,
conseguem (re)inventar instigantes significados simbólicos e culturais.

Mudanças à vista: as alterações com a queda do ouro

É patente verificar a acentuada queda da extração aurífera durante o século XIX na região de Mariana.
Apesar de haver alguns surtos de recuperação – conforme já alertamos no início do presente texto,
quando discutimos a questão dos ciclos econômicos – o esgotamento das riquezas naturais propiciou um
processo de estagnação nesse município mineiro. O crescimento da área urbana desacelerou, além de ter
ocorrido um considerável êxodo de pessoas em busca de melhores oportunidades; tal movimento se
observou tanto dos distritos para a sede, como desta última para outras cidades. Aliás, foi nesse período
histórico que podem ser apontadas várias emancipações das localidades em questão.

Além disso, a própria mudança da capital mineira de Ouro Preto para Belo Horizonte, no ano de 1897,
repercutiu na vida social de Mariana: a cidade, que era então Sede do Bispado, perdeu muito prestígio
com o advento do regime republicano, haja vista que os vínculos demasiadamente estreitos entre Igreja e
Estado foram desfeitos. Isso sem mencionar na falta de investimentos infra-estruturais, os quais se
deslocaram de forma significativa para a nova sede do governo estadual. Como importante exceção, cabe
destacar a construção de alguns trechos de via férrea às margens dos distritos de Mariana; tais obras
iniciaram-se na virada dos séculos XIX-XX, representando, de certa maneira, uma nova dinâmica a esses
espaços, tendo em vista um maior deslocamento de pessoas11.

Outras mudanças podem ser elencadas a partir da chegada das primeiras companhias mineradoras e
siderúrgicas – alguns nomes importantes são Alcan (atual Novelis), Barra Mansa e Samitri. Tal processo
de industrialização, iniciado na década de 40 do século XX, acelerou o processo de migração interna (dos
distritos para a sede), motivada principalmente pela escassez de ouro. A atração desse grande número de
trabalhadores acabou por ocasionar na ocupação desordenada e acelerada de novos loteamentos; muitas
dessas áreas se localizam nas encostas do relevo acidentado, apresentado expressivo risco para as
diversas famílias que ali residem.

Segundo dados do Censo 2000, a população marianense totaliza aproximadamente 47 mil habitantes,
sendo que mais de 80% ocupam a área urbana12. As faixas etárias predominantes indicam um caráter
mais jovem: 45% são crianças e adolescentes, além de 48,4% contemplar pessoas entre 20 e 59 anos.

11
A Estação Ferroviária de Mariana foi inaugurada somente no ano de 1914, quando do término da construção do ramal entre a cidade
marianense e Ouro Preto.
12
De acordo com os dados do site www.almg.gov.br, são 46.670 habitantes, com 38.679 dos mesmos moradores na cidade.
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Conforme mencionamos no parágrafo anterior, houve um fluxo migratório considerável nos últimos anos
da zona rural para a sede municipal. Eis parte do diagnóstico retirado do site oficial da Prefeitura:
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“O efeito fundamental desse fluxo migratório tem sido o crescimento desordenado da


sede municipal, principalmente nas periferias, que com certeza não dispõem de infra-
estrutura para atendimento das necessidades advindas desse processo. Tomando
como base de comparação os censos de 1991 e 1996 a população marianense cresceu
5,06%13.”

Nesse ínterim, cumpre observar que Mariana não ficou ilesa aos inúmeros problemas que se fazem
presentes nas outras cidades de um país em desenvolvimento como o Brasil. Obviamente, guardando as
devidas proporções com os grandes centros, esse município mineiro enfrenta desafios que ainda
necessitam de ser superados.

No caso específico da economia, novas alternativas vieram se consolidando nas últimas décadas do século
XX. O setor de comércio e serviços cresceu satisfatoriamente, empregando atualmente cerca de 60% da
população economicamente ativa (PEA) – esta última se distribui entre fornecimento de gêneros
alimentícios, confecções, bares, restaurantes, instituições bancárias, padarias, estabelecimentos
automotivos, venda de materiais de construção, dentre outros. Já as indústrias não merecem menos
atenção, haja vista que empregam aproximadamente 30% dos marianenses; a mineração continua ainda
sendo explorada por empresas de grande porte como a Companhia Vale do Rio Doce e a Samarco
Mineração S/A. Apesar da extração de minério de ferro ser bem reduzida em relação aos áureos tempos
da colonização, não se pode negligenciar esse potencial que ainda hoje se faz presente14.

Com relação ao setor primário, destacam-se como atividades de subsistência os plantios de cana-de-
açúcar, mandioca e banana, além das criações de galináceos e bovinos. Ademais, o artesanato desponta
como importante manifestação da cultura de Mariana, cujas permanências residem, por exemplo, na
transformação da pedra sabão em panelas de pedra e variados objetos de arte. Os tapetes de arraiolo e
de sisal também podem ser citados como peças singulares dos artesãos marianenses.

A infra-estrutura urbana contempla algumas modificações em relação ao passado colonial; mesmo


mantendo um rico acervo arquitetônico e histórico de séculos anteriores, a cidade de Mariana assimilou
alguns aspectos modernizadores. A energia elétrica ilumina hoje quase que a totalidade dos imóveis,
faltando apenas poucas habitações da zona rural. A rede de água é bastante satisfatória, não ocorrendo o
mesmo com o esgoto, cujos detritos são lançados in natura nos ribeirões e córregos. O sistema de saúde
consegue atender relativamente bem à população marianense: existe um hospital-base chamado
Monsenhor Horta com a capacidade de 120 leitos, além de 23 postos de saúde pelos distritos e sub-
distritos. O atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ocorre diariamente, sendo que a Secretaria
Municipal oferece tratamentos preventivos para diabetes e hipertensão arterial; completam a estrutura
duas clínicas que se voltam para consultas, laboratório e distribuição de medicamentos.

13
Trecho extraído do site www.mariana.mg.gov.br.
14
As principais reservas minerais são: alumínio (bauxita), ferro, manganês, ouro e quartzito.
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No campo educacional, o município de Mariana mantém-se como boa referência para o Estado de Minas
Gerais. O grande destaque consiste no Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal
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de Ouro Preto (ICHS/UFOP), cujas atividades se estendem para além das formalidades acadêmicas. A
vivência das repúblicas estudantis, o cotidiano das aulas, os projetos de extensão e de pesquisa acabam
por integrar a população aos pressupostos universitários – muitos são as propostas, por exemplo, de
parceria com a comunidade não-acadêmica. Há ainda 10 escolas estaduais, 36 municipais e 06
particulares, as quais se alternam entre os ensinos fundamental e médio, sendo que mais de 90% dos
alunos encontram-se matriculados na rede pública. Com relação à taxa de analfabetismo, cabe destacar a
taxa atual de 9% da população.

Importante mencionar ainda a existência de 01 biblioteca pública, além de 02 pontos de consulta pública
(SESI e Casa de Cultura). Os arquivos históricos guardam importantes fragmentos do passado mineiro,
destacando-se o Arquivo da Cúria da Arquidiocese de Mariana, o Arquivo da Câmara Municipal e o Arquivo
do ICHS – tais acervos aglutinam inúmeras possibilidades de pesquisas a serem realizadas futuramente.

Apesar de ser uma cidade histórica cujo conjunto arquitetônico e urbanístico foi tombado pelo IPHAN no
dia 14/05/1938, estudos apontam para um baixo aproveitamento do turismo no município15.
Resumidamente, duas causas principais são apontadas: a considerável hegemonia de Ouro Preto, bem
como a pouca infra-estrutura apresentada por Mariana. Para além das edificações históricas – sejam estas
igrejas, capelas, casarões, prédios públicos – há também uma rica paisagem com cachoeiras nos distritos
da cidade. Entretanto, tudo isso deve ser muito bem refletido pelas autoridades e pela população
marianense, uma vez que não seria interessante transformar esse valioso patrimônio em uma mera
mercadoria a ser “consumida” pelos turistas. A atividade turística, desde que bem implementada, pode
ser uma boa aliada para a (re)apropriação simbólica dos espaços da cidade.

Por fim, importa enfatizar que outras abordagens seriam possíveis diante do quase inesgotável acervo
histórico de Mariana. Essa cidade consegue recriar a todo momento a magia de refletirmos “nosso
passado pelo presente e o nosso presente pelo passado”: a recuperação dessa imprevisível trajetória
alerta-nos para a importância de preservarmos elementos significativos da nossa história! História esta
que pode ser montada a partir de um gigante e imaginário quebra-cabeça... Topografia do terreno,
arquitetura civil e religiosa, traçado das ruas, sociabilidades e práticas culturais, organização política16...
As peças estão lançadas à mesa... Podemos (re)começar!

15
CARNEIRO (2000).
16
Exemplos retirados da obra MORAES (2001).
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Praça da Sé em dois mementos: bico de pena por José Pio e fotografia atual.
FOTO: Joseana Costa (out. 2004).

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3 HISTÓRICO DO BEM CULTURAL

O surgimento da região conhecida hoje como Minas Gerais está intimamente ligado à explotação do ouro.
A primeira área que possuiu o metal apurado foi a região de Ouro Preto e de Mariana. Segundo Antonil
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(1982:164) em texto escrito em 1711, ou seja, pouco tempo após os achados iniciais, o primeiro
descobridor teria sido um mulato que já havia estado nas minas de Paranaguá e de Curitiba.

“Há poucos anos que se começaram a descobrir as minas gerais dos Cataguás,
governando o Rio de Janeiro Artur de Sá; e o primeiro descobridor dizem que foi um
mulato que tinha estado nas minas de Paranaguá e Curitiba. Este, indo ao sertão com
uns paulistas a buscar índios, e chegando ao cerro Tripuí desceu abaixo com uma
gamela para tirar água do ribeiro que hoje chamam do Ouro Preto, e, metendo a
gamela na ribanceira para tomar água, e roçando-a pela margem do rio, viu depois
que nela havia granitos cor do aço, sem saber o que eram, nem os companheiros, aos
quais mostrou os ditos granitos, souberam conhecer e estimar o que se tinha achado
tão facilmente, e só cuidaram que aí haveria algum metal não bem formado, e por isso
não conhecido. Chegando, porém, a Taubaté, não deixaram de perguntar que casta de
metal seria aquele. E, sem mais exame, venderam a Miguel de Souza alguns destes
granitos, por meia pataca a oitava, sem saberem eles o que vendiam, nem o
comprador que cousa comprava, até que se resolveram a mandar alguns dos granitos
ao governador do Rio de Janeiro, Artur de Sá; e, fazendo-se exames deles, se achou
que era ouro finíssimo.” (ANTONIL: op. Cit)

A partir desse primeiro descobrimento, outras minas na região foram surgindo, tais como a de Antônio
Dias, Padre Faria, Ribeiro do Bueno, Bento Rodrigues entre tantas outras que atraíram uma enorme horda
de aventureiros que buscava o rápido enriquecimento. Era gente vinda das mais longínquas paragens, no
intuito de minerar ou comerciar. Todo tipo de gente corria para Minas em busca de ouro.

Esta enorme população espalhou-se pelos “córregos do ouro”, dando, então, origem a aglomerações que
tinham aspecto improvisado nos morros à beira dos rios em que se encontravam as descobertas minerais.

“Esses fatos foram suficientes para exercitar o espírito aventureiro dos paulistas; o
ardor que desenvolviam na captura dos índios, empregaram para a busca do ouro,
cuja existência estava definitivamente reconhecida. Estabeleceu-se, a partir de então,
uma corrente de emigração para os sertões, e as descobertas das regiões auríferas se
tornaram mais numerosas a cada dia.
(...)
A riqueza das minas atraiu grande número de aventureiros, que aumentava a cada dia.
Ergueu-se, no pé da serra, uma cidade com o mesmo nome. Ouro Preto se tornou
rapidamente o centro de um vasto território, denominado Minas Gerais e cujos
habitantes foram chamados Mineiros (mineradores)...”
(FERRAND: Op. Cit.: 82)

A primeira descoberta de ouro é motivo de controvérsias entre os historiadores. Alguns atribuem esta
descoberta ao paulista natural de Taubaté, Antônio Rodrigues Arzão, outros, a Borba Gato, na bandeira
de Fernão Dias Pais. A versão de Antonil parece se adequar a qualquer uma das outras duas, sendo
possível este primeiro mulato descobridor do ouro, ser participante de qualquer uma das duas bandeiras.
Quando se fala de Arzão ou de Borba Gato, refere-se às suas bandeiras e não necessariamente às suas
pessoas.

Em 1693, Arzão trouxe as primeiras provas da existência do metal. Após atravessar os sertões do Rio
Doce, chegou à região do Caeté ou “floresta espessa”. Guiado por uma índia, segundo contam, recolheu
algumas pepitas de ouro que ofereceu à Câmara do Espírito Santo. Ao retornar a Taubaté, a fim de
empreender nova expedição, faleceu em conseqüência da exaustiva viagem. (Cf. FERRAND: 1998)
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Seu cunhado, Bartolomeu Bueno deu prosseguimento à empreitada, munido das anotações de viagem
deixadas por Arzão, até atingir a Serra de Itaverava, a 8 léguas de onde, mais tarde, seria erguida Ouro
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Preto. Com instrumentos rudimentares, conseguiu retirar 12 oitavas de ouro. (Cf. FERRAND: Op. Cit.)
Bento Fernandes Furtado, em 1750, relata as entradas de Arzão e as primeiras retiradas de ouro em
território mineiro.

“Na época de 1693, veio Antônio Rodrigues de Arzão, natural de vila, hoje cidade, de
São Paulo, homem sertanejo, conquistador do gentio dos sertões da Casa da Casca,
com outros muitos naturais das outras vilas de Serra Acima, em cuja paragem esteve
aquartelado alguns anos, de onde faziam entradas e assaltos ao gentio mais para o
centro do sertão. E vendo por aquelas veredas alguns ribeiros com disposição de ter
ouro, pela experiência que tinha das primeiras minas que se tinham descoberto em
São Paulo, Curitiba e Paranaguá, que ainda hoje existem, dando suas faisqueiras e
aumentada povoação, com ministros de Justiça e estendida comarca de ouvidoria, fez
algumas experiências nos tais ribeiros com uns pratos de pau ou de estanho, e foi
ajuntando algumas faíscas que pode apanhar com aqueles débeis instrumentos com
que podia fazer, sem ferramenta alguma de minerar, e juntou três oitavas de ouro.”
(FIGUEIREDO & CAMPOS (coord.) Códice COSTA MATOSO: 1999:169)

Segundo Ferrand, (op.cit.) foram os paulistas Antônio Dias, Thomas Lopes de Camargo, Francisco Bueno
da Silva e o padre João de Faria Fialho os primeiros a descobrir ouro na região de Ouro Preto em 1699,
1700 e 1701. Em virtude da coloração do metal, excessivamente escura, deram a serra que o continha o
topônimo de ouro preto.

Enquanto Ouro Preto estava se constituindo, outros grupos de mineradores se embrenhavam pelos
sertões a cata de novos veios. Um grupo, liderado por Salvador Fernandes Furtado chegou às margens de
um ribeirão que, em homenagem à Nossa Senhora, recebeu o topônimo de Ribeirão do Carmo, atual
cidade de Mariana. A chegada destes mineradores e a divulgação de novas descobertas fizeram com que
estas paragens se tornassem um populoso centro de mineração. Apesar da pouca distância entre as vilas
de Vila Rica e Ribeirão do Carmo, apenas 12 quilômetros, não havia contato entre as duas populações.
Seus descobertos auríferos foram contíguos e praticamente simultâneos.

“Na verdade, ninguém procurava abrir caminho através de sítios tão agrestes. Os
mineiros do Arraial do Carmo, entretanto, tiveram conhecimento da existência de
trabalhos de mineração em Ouro Preto pelas águas turvas do ribeirão. Assim, foram
eles os primeiros a estabelecer comunicação entre o Carmo e Ouro Preto, abrindo uma
picada através de quase inacessíveis rochedos e impenetráveis florestas, guiando-se
sempre pelas águas turvas do ribeirão do Ouro Preto.” (ESCHWEGE:1979:29)

Segundo Antonil (Op. Cit) apesar da curta distância entre as duas regiões auríferas, o caminho bastante
fechado dificultava o acesso inicial à região. Gastava-se, na verdade “três dias de caminho moderado até
o jantar” para se chegar ao Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo, que, segundo ele, teria sido descoberto
por João Lopes de Lima.

A extração mineral nesse período tinha caráter bastante rudimentar. Com o esgotamento das reservas de
ouro aluvionar, as explotações foram transferidas para as montanhas, onde as atividades extrativas se
mostravam bem mais onerosas. Neste período, procurou-se aplicar os mesmos métodos utilizados nos
rios, fazendo aberturas no solo e em rochas alteradas, cujo material era transportado para a lavação e
apuração em bateias junto ao rio.

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Os primeiros trabalhos de explotação eram realizados em leitos de rios, sendo os primeiros cascalhos
auríferos encontrados em descoberto em seus leitos.
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“No princípio, esses homens, desprovidos de todos os meios, extraíam o ouro entrando
na água para remexer as areias com estacas afiadas, que recolhiam em seguida em
pequenos recipientes, pratos de estanho ou gamelas de madeira, nos quais separavam
os grãos de ouro com os dedos, rejeitando em seguida a areia para o rio. As gamelas
de madeira foram substituídas mais tarde por um vaso em forma de funilou de cone
muito aberto, a bateia (...)” (FERRAND: Op. Cit: 98)

Faiscador utilizando a bateia.


FONTE: Ferrand: Op. Cit: 98.

Outro sistema, surgido posteriormente ao da bateia era o de desvio dos cursos de água por barragem e
canal lateral, consistindo em desviar as águas do leito principal do rio, abrindo um canal lateral dirigindo
assim, as águas para este novo leito construído. Desta forma, os mineradores começavam seus trabalhos
no leito seco do rio. Como as represas eram construídas de modo bastante rudimentar, estas cediam com
freqüência, afogando assim os trabalhadores.

Como o cascalho aurífero do leito dos rios era bastante superficial, com seu esgotamento era natural a
mudança da explotação para as margens do rio. Tendo em vista que esses depósitos possuem a mesma
origem dos rios,

“...era bastante natural que, quando estes últimos começaram a se esgotar, os


mineradores fossem atraídos para os mesmos, procurando o metal que tinham tanta
dificuldade para recolher em outras partes, tanto mais que sua explotação era
relativamente mais fácil que a dos rios, cujo curso era preciso desviar para extrair o
cascalho. Bastava, de fato, para isso, retirar as camadas de terra e de saibro que
cobriam o cascalho virgem formado de seixos maiores.” (FERRAND: Op. Cit: 105)

A forma mais primitiva para o tratamento dessas camadas de aluviões eram as catas, escavações
redondas, abertas em forma de funil, com inclinação suficiente para evitar um possível desabamento para
o interior, e que sua abertura se alarga à medida em que se aprofunda.

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Este método só era aplicado nas estações secas, tendo em vista que as chuvas inundavam os trabalhos,
inviabilizando-os.
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Com o esgotamento do ouro de mais fácil exploração foi necessário emprego de tecnologia para a
realização dos trabalhos nos flancos das montanhas. Esses trabalhos eram aplicados às rochas friáveis ou
decompostas, atravessadas pelos filões de quartzo aurífero. O método aplicado por esses mineradores era
o de utilizar as águas como auxiliar na lavagem do terreno e evidenciação do minério aurífero. Para isso,
era necessário seu acúmulo em reservatórios nas partes mais altas da exploração. Quando se abria a
porta do reservatório, as águas eram lançadas abruptamente pelo terreno, arrastando e carreando terras
e pedras até um canal inferior, e assim era dirigido para grandes reservatórios de alvenaria, chamados
mundéus, destinados a recolher as lamas auríferas.

“Os mundéus, geralmente encostados no flanco de uma montanha vizinha da


explotação, eram grandes reservatórios retangulares ou semi circulares. Mediam
internamente até 16 metros, e mesmo 24 metros de lados. Tinham 3 a 6 metros de
profundidade, com paredes de quase dois metros de espessura, em alvenaria de
blocos de pedra simplesmente cimentados com uma mistura de argila e areia. Eram
dispostos em série, uns ao lado de outros, e com ligeiro desnível, em função do canal
lateral que levava as águas carregadas de lamas auríferas para os mesmos, por um
escoadouro colocado em saliência no meio da parede do fundo, um pouco acima do
reservatório.” (FERRAND: Op. Cit: 111)

Ruínas de mundéu, no Morro de Santo Antônio.


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Desenho esquemático de mundéu.


FONTE: Ferrand: Op. Cit.

O trabalho no interior das montanhas era realizado quando os mineradores encontravam jazidas
completamente embutidas nas montanhas. Deste modo, era seguido o veio aurífero, realizando galerias
que seguiam esta linha do mineral. Assim, explotavam as jazidas por meio de uma série de galerias que
chegavam a uma câmara isolada, realizada na parte mais rica.
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Se por alguma razão, quer seja inundação pelo lençol freático, quer por desabamentos que
impossibilitavam a continuação da galeria, tentava-se encontrar o filão por meio da abertura de uma nova
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galeria.

“Um notável exemplo desse sistema é ainda visível na mina da Passagem. A jazida é
formada por um filão de contato, que penetra no flanco de uma montanha escarpada,
aprofundando segundo um ângulo de 18 a 20º. Nos afloramentos, abriram
espaçadamente galerias que avançam 20 ou 40 metros, seguindo o mergulho. Em
seguida foram alargadas, de modo a formar salões de dimensões algumas vezes
consideráveis.” (FERRAND: Op. Cit: 114)

O processo de concentração das areias e terras auríferas era feito submetendo-se estas a uma corrente
de água em lavadores manuais. Estes lavadouros eram chamados canoas e tinham como função reter as
parcelas pesadas em mesas com telas ou baetas, situadas após os mesmos. A canoa era de instalação
simples, consistindo em um poço pouco profundo feito no local onde se queria lavar as areias. Estas
canoas também podiam ser construídas em pedras, quando o processo de lavação era executado no
mesmo local. Situavam-se no pé dos mundéus, com fundo formado por lajes e grandes blocos de pedras.

Vista de estrutura de canoa, no Morro de Santana.


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Representações de canoas.
FONTE: Ferrand: Op. Cit: 119-121.
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O trabalho na canoa compreendia duas fases distintas sendo que na primeira, acumulava-se a massa
aurífera na caixa, fazendo a passar por um processo de limpeza e na segunda fase executava-se a
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concentração da massa, separando a parte rica e o resto passando sobre as mesas, onde as parcelas
pesadas eram retiradas. Estes depósitos iam diretamente para a apuração, mas as areias concentradas
nas canoas não eram suficientemente finas para delas se extrair o ouro; visando este fim, sofriam uma
pulverização complementar, sendo esfregadas fortemente entre duas pedras, denominadas brunidores.

Utilização do brunidor. Brunidor abandonado, no Morro de Santana.


FONTE: Ferrand: Op. Cit: 127. FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Apenas quando da chegada da família real no Brasil e da abertura dos portos “às nações amigas” é que
foram elaboradas diretrizes para o re-incremento da produção aurífera da região. Em 1811, Wilhelm
Ludwig Von Eschwege é enviado a Minas no intuito de estudar as formas de minerar e introduzir técnicas
mais produtivas. Em 1803, através do Alvará de 03 de maio, proibi-se a circulação do ouro em pó,
substituto da moeda em transações comerciais e reduz-se o quinto à metade, em uma tentativa de
diminuir a sonegação e incentivar a produção mineral. Em 1822, após a independência do Brasil, com a
liberação da explotação para empresas estrangeiras, toma-se um novo rumo na extração do metal
aurífero nas minas. (FÉLIX: 1988:57-59) Esta nova fase teria início, na verdade, pouco antes, em 1817,
com a criação da Sociedade Mineralógica de Passagem, organizada por Eschwege. Este teria sido o
momento da transformação da mineração na Mina da Passagem de garimpo para a primeira atividade
empresarial organizada. Em 1824, Edward Oxenford obteve por meio de decreto imperial, autorização
para realizar trabalhos em minas brasileiras, o que permitiu que ele organizasse em Londres uma
companhia com capital de 350.000 libras esterlinas, com o nome de Imperial Brazilian Mining Association,
a primeira companhia de capital estrangeiro, que era proprietária das minas de Gongo Soco, Cata Preta,
Antônio Pereira, além das terras auríferas da Serra do Socorro. (Cf. FERRAND: Op. Cit: 164).

O histórico das explotações na Mina da Passagem remetem aos primeiros anos de exploração mineral na
região. Esta propriedade mineral abarcava quatro minas, a do Fundão, Mineralógica, Paredão e Mata-
Cavalos. A lavra de Mineralógica era composta por 49 datas (Cf. FERRAND: op.cit), provenientes da
reunião de várias concessões feitas entre 1729 a 1756 a vários mineradores. Após passarem por diversos

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proprietários foram compradas por José Botelho Borges, em 1784. Após a sua morte, seus bens foram
leiloados e a mina foi entregue ao barão de Eschwege, em 1819. Segundo Ferrand, a jazida tinha sido
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apenas “arranhada” pelos mineradores em vários pontos do afloramento. Neste período, adota-se uma
explotação mais regular dos recursos minerais existentes.

“Eschwege formou a primeira companhia existente no país, com o nome de Sociedade


Mineralógica da Passagem, e instalou um moinho de nove pilões. Infelizmente, depois
de vários anos de prosperidade, a sociedade entrou em falência e os trabalhos foram
interrompidos. A propriedade foi vendida em 1º de junho de 1859 pelo liquidante a um
minerador inglês, Thomas Bawden, que trabalhara algum tempo em Fundão, mina
vizinha, e este último a revendeu quatro anos depois, em 26 de novembro de 1863, a
Thomas Treolar, representante da nova companhia em formação, a Anglo-Brazilian
Gold Mining Company Limited.” (FERRAND: Op. Cit: 232)

Plano de lavra da Mina da Passagem.


FONTE: Ferrand: Op. Cit: 223.

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A Lavra do Fundão era composta de 76 datas minerais e também era formada por várias concessões
dadas no período de 1735 a 1778 a diferentes mineradores. Foram agrupadas por um minerador que, em
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1835 as revendeu ao comendador Francisco de Paula Santos. Este formou uma associação denominada
Sociedade União Mineira. Foi comprada em 1850 por Thomas Bawden e Antônio Buzelin e depois
revendida à Anglo-Brazilian Gold Mining Company Limited, juntamente com a Mina da Mineralógica.

A Lavra do Paredão possuía uma superfície de 12 datas. Alvo de várias concessões datadas de 1758 a
Antônio Mendes da Fonseca, passou às mãos da família Martins Coelho e posteriormente foi vendida à
Anglo-Brazilian Gold Mining Company Limited, no mesmo período das duas anteriores. A companhia
inglesa se apossou das três lavras em 26 de novembro de 1863 e em 30 de setembro de 1865, adquiriu a
lavra de Mata-Cavalos. (Cf. Ferrand: Op.Cit)

Esta empresa operou a mina durante nove anos, tendo produzido neste período, 753.560 gramas de
ouro. Em 1875 a mina foi vendida a um sindicato francês que criou a empresa The Ouro Preto Gold Mine
Company, tendo sido vendida em 1895 à Companhia Minas de Passagem, uma empresa brasileira de
propriedade da família Guimarães. Esta foi a época de maior exploração contínua, alcançando de 1933 a
1939 a produção de 1870,4 kg de ouro; em 1941, 360 kg; em 1943, 430 kg e no período de 1951 a
1954, uma produção de 1100 kg de ouro.

Atualmente o local é utilizado principalmente como área de turismo ecológico, explorada pela iniciativa
privada. O conjunto mais próximo à Estação Ferroviária de Passagem de Mariana (aqui designado Setor
A), é o que apresenta um melhor estado de conservação, sendo, inclusive o mais apto a um programa de
visitação pública controlada, caso seja decidido este tipo de atividade no Plano de Manejo a ser elaborado
para a área tombada. Existe ainda o uso para pastagem de animais, mesmo apresentando algum risco de
acidentes, devido a ocorrência de buracos de sarilho, muitas vezes encobertos pela vegetação. Há,
também, extração de material lenhoso por parte de alguns moradores da circunvizinhança.

No Morro de Santo Antônio, existem as ruínas de uma capela que possivelmente teria sido a primeira
edificação religiosa da região, erigida no período inicial de sua ocupação. Em Instituições de Igrejas no
Bispado de Mariana (1945), de Cônego Raimundo Trindade, autor de suma importância e grande
credibilidade, tem-se o relato da construção das capelas de Mariana, inclusive de uma que acredita-se
tratar da capela do Morro de Santo Antônio. Construída a expensas de um devoto, a capelinha servia de
abrigo de animais fora dos tempos de missa, como se vê a través da citação a seguir. Segundo tal citação
pode realmente se tratar das atuais ruínas da igreja do Morro de Santo Antônio pois, segundo o Padre
Manuel Braz Cordeiro, não haveria quando de sua ida à região, nenhuma outra capela que não fosse esta.
Como se sabe, o povoamento inicial da atual cidade de Mariana se deu através dos morros em torno do
Ribeirão do Carmo, local onde atualmente se encontram as ruínas da igreja. Através de informações orais
não foi possível obter nenhum dado que dê credibilidade ou desabone esta hipótese.

“Diz o Padre Manuel Braz Cordeiro, sacerdote do hábito de São Pedro, ora assistente
na Villa Leal do Ribeiram de nossa Sra do Carmo, nas Minas Gerais, que para bem de
seus requerimentos, para onde quer que for, lhe hé necessário justificar nesta Minas
em como no tempo que entrou o Sup.te por Vigário nesta freguesia de nossa Sra. Da
Conceição e Almas, nesta dita Villa, nam avia nesse dito tempo Igreja que servisse de
Parochia, mais que hua Capelinha mui limitada que hum devoto a tinha mandado fazer
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com interesse de ter neste lugar Missa para a sua família, a qual hera tam indecente
que excepto o tempo de Missa, servia depois de agazalho de animais immundos e
nessa mesma forma aproveitaram os freguezes da dita Capelinha e fizeram della
Parochia, Vendo o Sup.te assim como entrou por Vigário a muyta indecência com que
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na dita Capelinha se celebravam os officios Divinos tratou logo de amoestar os


freguezes com fervoroso zelo e pos por obra a fabricar huma Igreja capas para o que
se tirou de esmollas de alguns fregrezes limitada parte para o despendio della, e mais
para acabar a dita Igreja gastou o Sup.te da sua bolsa; como também fez três
ornamentos da sua custa, o primeiro rico de festa, o segundo rocho para a quaresma,
e o terceiro para os dias feriais; mandou fazer Custodia de prata para expor o
Santíssimo Sacramento, Vasos de prata, para os Santos Olleos, Cofre forrado de
Borcado com fichadura e chave de prata que serve de monimento em sesta feira
Mayor com todos os mais preparos para essa solenidade. Mandou vir mais o painel da
cidade do Rio de Janeiro da Sr.a da Conceição, orago da dita Igreja, e assim mais em
outras muitas couzas necessarias gastou o Sup.te de sua fazenda mui concideravel
ouro. Outro si criou o Sup.te na dita freguesia três Irmandades, a primeira a do
Santíssimo Sacramento, a segunda a da Sr.a da Conceição, e a terceira a das Almas
Santas, e assim mais criou a devoção de todas as festas no descurso do anno a saber,
a solenidade de toda a quaresma, pregando nella o Evangelho do Sr. e a sua Doutrina,
a festa da Sr.a do Rozário, a festa do gloriozo Santo Antonio, a commemoração das
Almas, a festa do Nascimento do Menino D.s, a devoção da Ladainha de N. Sn.ra da
Conceição, como das Almas, tudo com zello e fervor de admetir aos mais nesse
caminho despendendo em todas as sobreditas festas muyta parte de ouro de sua
fazenda, outro si evitou o Sup.te com a sua muyta diligencia muytas roinas,
pendencias, e mortes em tempo que nestas Minas havião discórdias e sucediam outras
tantas disgrassas, em húa occasião se despiu o Supp.te de seus vestidos clericais e os
deu a vestir a um sujeito para o livrar da morte como com effeito o livrou. Metiasse o
Supp.te entre armas a pacificar ânimos temerários com as suas praticas e
amoestações, como tambem nam faltou nunca o Supp.te en quanto foi Vigario com a
sua obrigação Parochial e foi sacerdote que the o presente nam deu escandallo contra
o seu estado, tem sempre bem procedido. Pello que = P. a Vm.ce atendendo as rezões
refferidas lhe fassa mercê admitilo a dita justificação, concedendo Commissão a hum
dos advogados desta dita Villa para perguntar as testemunhas...”
(TRINDADE:1945:139 a 141)

A respeito da Capela de Santana, segundo artigo


de Gustavo Werneck, publicado em 18/06/2004, no
caderno Gerais do Jornal Estado de Minas, parte da
mesma se encontra no galpão da UFMG no Campus
da Pampulha, aguardando o reconhecimento por
parte da comunidade do seu acervo. Este antigo
templo, construído em 1712, foi transferido nos
anos 70 do século XX para a sede da construtora
Mendes Junior no Bairro Estoril, local onde hoje
funciona a Faculdade UNI-BH.

Registros da Capela de Santana.


FONTE: Jornal Estado de Minas, Caderno Gerais de 18 de junho de 2004.

“Mesmo protegido, o acervo está coberto de poeira e as talhas sofrem ataques de


cupins. Há pedras esculpidas, sinos, altares de madeira policromada embrulhados em
cobertores e papel, dezenas de pacotes fechados e numerados, escada em espiral,
adornos, lustres, colunas com pinturas de flores e até mesmo pedaços de concreto e
amarrações de ferro.” (JORNAL ESTADO DE MINAS, 18/06/2004)

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A área da ruína da Capela de Santana tem sido utilizada anualmente por romeiros por ocasião da festa de
Santana, havendo demanda no sentido de construção de uma capela no local. Está exposta na prefeitura
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uma maquete inspirada em fotos do antigo templo demonstrando o anseio da comunidade em construir
uma réplica da antiga igreja.

Maquete da antiga Capela de Santana, feita pelo itabiritense José Alberto e exposta na Prefeitura Municipal.
FOTOS: Lélio Pedrosa (nov. 2006).

De acordo com informações orais, os derradeiros habitantes do Morro de Santana foram Dona Teresa,
Roque “Pode Deixar” (ao lado da casa paroquial, que fica próxima às ruínas da igreja), Dona Angelina e
seus pais (ao lado); José Jorge, Dona Guida, Calazans, Dona Ana da Luz. Tais famílias foram as últimas a
sair do local, dentre elas, estavam também os pais do sogro de nosso principal informante, Sr. Salvador
Alves de Freitas. Sr. Salvador narrou ainda que o Sr. Roque “Pode Deixar”, ultimo zelador da Capela de
Santana, era contra o desmache da sua casa e faleceu no manicômio.

Lideranças comunitárias, principalmente no Morro de Santana atuam como verdadeiros guardiões da


história e das estruturas ali contidas. Fragmentos de utensílios e de peças foram coletados ao longo do
tempo nas ruínas, e atualmente, são guardadas pela associação comunitária local. Todo este acervo,
inclusive, foi devidamente inventariado pela equipe do presente trabalho (veja no Capítulo 11: Fichas de
Inventário).

Ainda ocorrem atividades religiosas organizadas pela comunidade do Gogô no Morro de Santana. A
procissão, que ficou desativada trinta e seis anos, está no seu quinto ano, desde que foi recuperada.
Ocorre um domingo antes ou posterior ao dia 26 de julho, dia da santa padroeira. A imagem de “Santana
Mestra”, de madeira policromada, fica oito dias na casa dos fiéis que fazem a novena dedicada à sua
santa de devoção. Tal imagem foi identificada como a original da antiga capela demolida, se encontrando,
atualmente, sob guarda do Museu Arquidiocesano de Mariana. A escultura vem sendo requisitada na
ocasião da procissão e novena pela Associação de Moradores do Bairro Morro de Santana e Canela.
Anteriormente, a procissão saia da porta principal da antiga Capela de Santana, retornando pelas
entradas laterais. Hoje, inicia-se a partir da residência do Sr. Aniceto David Moreira, de 72 anos,
atravessando as ruínas do Morro até atingir o sitio onde se situava a capela. No local, é celebrada a missa
e posteriormente se levanta o mastro com queima de fogos de artifício.

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Durante a Semana Santa, no Domingo da Ressurreição, também é realizada importante atividade
religiosa no Morro de Santana: a “Via Sacra” conduzida pelo Padre Julião que determina os pontos de
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paradas das estações de crucificação de Jesus. O Padre e o Ministro da Eucaristia fazem as orações finais
no sítio da antiga Capela de Santana. Já as quadrilhas de Festas Juninas e Bingos, se realizam no salão
comunitário, situado no atual Bairro do Gogô.

Alguns casos foram relatados pelos entrevistados principais, antigos moradores do Gogô, como os
senhores Otávio Moreira (77 anos), José Cesário Moraes (60 anos) e Ariceto David de Moreira (72 anos).
Segundo eles, a falecida Sra. Jovita Pereira Neves dizia que os antigos escravos do Morro de Santana, no
final do dia, balançavam a cabeça no cofre da Igreja do Rosário viabilizando a sua construção com as
pepitas ali ocultadas. Histórias de espíritos, fantasmas e objetos que se deslocavam sozinhos também
fazem parte dos “causos” relativos ao Morro de Santana. Do mesmo modo, são mencionados pelos
moradores os surtos de doenças contagiosas que ocorreram, sobretudo no século XIX, em toda a região.
No Morro de Santana quem não morria de doenças contagiosas era enterrado no cemitério da Capela de
Santana. Havia um outro cemitério, conhecido como “Cemitério das Bexigas” situado na parte baixa do
Morro, próximo da ruína conhecida por “hospital”. A doença “bexigas” também era conhecida como
“catapora brava” ou “bolhas”. Segundo os entrevistados, enterrava-se nesta época, os doentes terminais
ainda vivos impedindo o alastramento de doenças, que aterrorizavam toda a população.

A história do escravismo e da exploração aurífera encontra-se muito arraigada na memória e no cotidiano


da população de Mariana, sobretudo para os moradores dos seus arredores. Ainda é comum avistar no
Ribeirão do Carmo, apesar da sua poluição e assoreamento, a utilização da bateia por parte de alguns
mineradores. Os moradores tradicionais do Bairro Vila Gogô consideram-se, descendentes diretos dos
antigos habitantes do Arraial Velho no Morro de Santana, compostos, sobretudo, por garimpeiros e
escravos.

Presentemente os Morros de Santana e Santo Antônio, são utilizados principalmente como pastagem de
animais mesmo apresentando riscos de acidentes devido aos inúmeros buracos de sarilho, muitas vezes
encobertos pela vegetação. A Lagoa Seca, no extremo sul da área de Santana, é aproveitada, também,
como área de lazer para jogos de várzea e piqueniques. O Córrego do Fundão ao norte da área é utilizado
como fonte abastecimento hídrico do município de Mariana. Tal córrego, por se tratar de trecho
encachoeirado, possui diversas quedas d`água que são utilizadas para lazer da comunidade local
principalmente os moradores do Bairro Vila Gogô. Em suas margens observou-se extração de quartzito
(Pedra de São Tomé) feita artesanalmente por moradores locais. A prefeitura municipal mantém serviço
de manutenção e controle do manancial do Córrego do Fundão. Alguns moradores, antigos garimpeiros,
mantêm a tradição de percorrer a área com as crianças da escola local no intuito de preservar a memória
da atividade. Ainda que de maneira incipiente, ocorre algum tipo de atividade minerária em busca de
ouro. Algumas galerias do Morro de Santana foram ativadas anos atrás, mas já se encontram novamente
em desuso. Há, também, extração de material lenhoso por parte de alguns habitantes da
circunvizinhança.

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O Setor C: outro local de interesse

Apesar de não integrar os conjuntos dos sítios de mineração aqui estudados, importa registrar o atual
estado do conjunto composto por “Cemitério dos Ingleses”, “Capela dos Ingleses” e “Usina de Cloretação”
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(aqui denominado Setor C), situado no entorno dos perímetros de tombamento e que apresenta sinais
mais recentes de depredação. Representante da última época de exploração, já em fase industrial, ali
estão estruturas da Usina ou Fábrica de Cloretação, desativada definitivamente nos anos setenta. Como o
ouro está inserido dentro do tipo arsenopirita (sulfeto de arsênio), mineral esse que ocorre disseminado
em filitos carbonáticos, fez-se necessário, após a britagem e moagem dos filitos e concentração dos
minerais pesados (incluindo a arsenopirita), um processo químico para extrair o ouro da arsenopirita.

O arsênico foi utilizado na indústria bélica (arma química, sob forma de gás letal), na agricultura
(defensivo agrícola), na indústria química (como corante) e na indústria farmacêutica (muito usado para
suprimir febre, hoje não mais; atualmente é utilizado na medicina homeopática). Possivelmente, em
Passagem de Mariana, seu uso mais comum foi para fins farmacêuticos. Como as preocupações e a
legislação ambiental eram incipientes até os anos 70, muito arsênico foi jogado no solo e contaminou a
água subterrânea e das drenagens próximas à mina.17 Existe, inclusive, outra mina paralisada de
arsênico, denominada Mina do Galo, entre os municípios de Nova Lima e Raposos, cujo principal uso foi
para fins bélicos durante a I Guerra Mundial.

No caso específico, informamos apenas sobre as estruturas históricas existentes, foco deste texto parcial.
Trata-se de uma ruína de Igreja, Cemitério e Usina de Cloretação. A Igreja e o Cemitério, que se
encontram um ao lado do outro, na margem direita do Ribeirão do Carmo, no alto da vertente, situam-se
nas coord. UTM 06630087mE – 7744645mN; a Usina de Cloretação, por sua vez, encontra-se do outro
lado do rio, na parte baixa, possuindo as seguintes coordenadas: 0663104mE - 7744838mN.

A Igreja e o Cemitério dos Ingleses, presbiterianos, foram construídos na mesma época, possivelmente
quando da aquisição da mina no terceiro quartel do século XIX por mineiros ingleses. Naquela ocasião,
era comum aos estrangeiros construir cemitérios apartados dos brasileiros; foi o que aconteceu com a
comunidade anglicana da região de Passagem.

Atualmente, estas importantes estruturas encontram-se em estado de abandono. O telhado da Igreja já


desabou, sendo que suas paredes de alvenaria de pedra, que ainda guardam testemunhos de reboco com
pintura apresentam evoluído processo de degradação, acelerado pela intrusão de raízes de árvores. No
interior da mesma, há vários focos de vandalismos nos pisos, sendo que seus alisares de pedra sabão
estão caídos. O Cemitério apresenta as lápides deslocadas e os túmulos violados. As placas de bronze
foram extraídas. A cobertura vegetal ocupou quase totalidade da área interna, sendo que parte do muro
em alvenaria de pedra também está em ruína. A Usina de Cloretação, também sofreu vários tipos de
dilapidações. Nos últimos decênios, parte do maquinário vem sendo retirado por moradores da região,
devido, principalmente, à falta de vigilância e zelo pelo patrimônio por parte da atual empresa
proprietária.

17
Deve-se lembrar que parte da toxicidade em arsênico das águas da região do Quadrilátero Ferrífero é 'natural', isto é, derivada de
processos erosivos que extraem arsênico de rochas sulfetadas, carreando-o para o meio-ambiente.

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O processo de cloretação consiste em realizar combustão em areias ricas em ouro após o processo de
amalgamação, no intuito de eliminar completamente o enxofre e o arsênio das piritas e peroxidar o ferro.
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No começo da operação da Cia pelos ingleses, não se utilizava este processo, contentando-se apenas com
a separação manual do estéril e do quartzo pobre. Somente em 1889 o diretor da mina, Henry Gifford,
introduziu o processo de cloretação. Segundo dados orais, o processo foi utilizado até 1975.

Capela dos Ingleses, vista frontal, parede posterior e destruição parcial da estrutura por raízes.
FOTOS: Henrique Piló (fev. 2008).

Vista parcial do Cemitério dos Ingleses com suas lápides.


FOTOS: Henrique Piló (fev. 2008).

Usina de Cloretação: vista geral, chaminé do forno de ustulação e ruínas da usina.


FOTOS: Henrique Piló (fev. 2008).

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4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DO BEM CULTURAL
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA

4.1. Localização
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As áreas referentes ao ”Conjunto Paisagístico e Arqueológico: Morros de Santana e Santo Antônio”


localizam-se na porção oeste do município de Mariana, Minas Gerais, próximos à divisa com o município
de Ouro Preto, em área contígua à ocupação urbana.

Essas duas áreas possuem características históricas de extração minerária (ouro) semelhantes,
encontram-se próximas, distando apenas cerca de 6 km em linha reta uma da outra, separadas pelo
Ribeirão Mata-Cavalos e pelo desfiladeiro de mesmo nome. Quanto ao aspecto da divisão administrativa
do município, o Morro de Santana pertence ao distrito sede e o Morro de Santo Antônio ao distrito de
Passagem de Mariana.

O acesso ao Morro de Santana (Área I) se faz pela MG-129, passando pelo Bairro de Santana. A área
delimitada para o tombamento possui aproximadamente 131,70 ha, onde as altitudes variam entre 600 a
1200 metros.

O Morro de Santo Antônio (Área II), com extensão estimada em 131,16 ha, tem seu acesso através da
MG-56, percorrida até a área urbana do distrito de Passagem de Mariana quando, próximo à Estação
Ferroviária (antiga RRFSA) hoje pertencente à Companhia Vale do Rio Doce, toma-se a trilha de acesso à
área de tombamento.

Mariana

Belo Horizonte
N
0 100 200 Km

Posição do município em relação ao Estado e à capital.


BASE CARTOGRÁFICA: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1957: 51.
Elaboração (Fev/2007): Henrique Oliveira (estagiário de arquitetura).

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Município de Mariana/MG.
Posição das áreas tombadas em relação ao limite municipal.
BASE CARTOGRÁFICA: Plano Diretor Urbano-Ambiental de Mariana. Prefeitura Municipal, 2003.
Elaboração (Fev/2007): Henrique Oliveira (estagiário de arquitetura).

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Morro de Morro de Sede
Santo Antônio Santana Municipal
ou ou
Mata-Cavalos Gogô
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Mariana/MG. Imagem de satélite.


Posição das zonas ou setores de ocorrência dos conjuntos de estruturas em relação ao perímetro urbano da sede municipal.
FONTE: www.googleearth.com. Acesso em fev/2007. Elaboação (Fev/2007): Henrique Oliveira (estagiário de arquitetura).

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Delimitação das Áreas de Tombamento e Entorno: mapa esquemático

Elaboração (Fev/2007): Rachel Starling (Geógrafa).

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Delimitação das Áreas de Tombamento e Entorno: mapa esquemático
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Elaboração (Fev/2007): Rachel Starling (Geógrafa).

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4.2. Clima

O clima na região onde estão localizados os Morros de Santana e Santo Antônio pode ser classificado
como sendo clima Tropical de Altitude que se distribui principalmente nas terras altas do sudeste
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brasileiro, segundo classificação de Köppen adaptada para o Brasil. Tal clima apresenta como
características: chuvas de verão, verões brandos e regime de temperaturas com médias térmicas de
variabilidade entre 19ºC e 27ºC. Vale ressaltar que a classificação de Köppen baseia-se
fundamentalmente nos fatores temperatura e precipitação, quanto à distribuição de valores durante o
ano.

No presente dossiê, utilizaram-se dados relativos às normais climatológicas da Estação Meteorológica de


Belo Horizonte/MG (cód. 32513), a mais próxima da qual se teve acesso aos dados. Sabendo-se que
esses dados climatológicos são válidos para um raio de até 100 km, isso legitima sua utilização para
região de Mariana/MG. Por outro lado, cabe ressaltar que as áreas de tombamento em questão
apresentam altitude média superior à de Belo Horizonte e, ainda, pelo fato de terem enfrentado
supressão significativa de sua vegetação nativa, a amplitude entre suas médias máximas e médias
mínimas tendem a ser superiores às referenciadas.

No que se refere à precipitação e à temperatura de Mariana, os dados da estação de Belo Horizonte


adaptados para o município, relativos ao período de 1961 a 1990, indicaram alta pluviosidade anual, em
torno dos 1800 mm. As chuvas apresentaram-se concentradas, principalmente, entre os meses de
outubro e março, meses em que, na região, ocorreram, também, as mais altas temperaturas. Nesse
período chuvoso, as máximas giraram em torno dos 30°C. O fator altitude, associado aos índices de
precipitação e temperatura, contribui para a formação de alta nebulosidade na área, sendo comum a
formação de cerração, principalmente no período da manhã, ocorrência amplamente observada nos dias
atuais, sem que, entretanto, venham a interromper a possibilidade de acesso às áreas de tombamento.

Climograma adaptado para o município de Mariana-MG, a partir das normais


climatológicas de 1961 a 1990.

O período de seca ocorre usualmente entre os meses de abril e setembro, quando também foram
registradas as menores temperaturas, atingindo 12°C. Nesse período foi anotada uma média de 30 mm
de chuva por mês seco, o que significa diminuição da pluviosidade e não sua interrupção.

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4.3. Hidrografia

O Morro de Santana e o Morro de Santo Antônio estão inseridos na sub-bacia do Ribeirão do Carmo,
tributário de margem esquerda e de segunda ordem do Rio Doce. Constitui o principal rio do município de
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Mariana e este conta com drenagem superficial representada principalmente por nascentes que
conformam as cabeceiras de alguns de seus tributários, tais como os córregos do Mata-Cavalos, da
Canela e do Fundão, cujas nascentes também encontram-se no território municipal.

Ribeirão do Carmo

Córrego Mata-Cavalos

Ribeirão do Carmo em trecho meandrante, em seu encontro com o Córrego do Mata-Cavalos.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

O Ribeirão do Carmo, marcando o nível de base regional, evidencia drenagem do tipo meandrântica
volumosa, com grande quantidade de sedimentos, principalmente no período chuvoso, oriundos das
porções de solo exposto e das margens instáveis ao longo do seu curso.

Tal curso tem suas principais nascentes no município de Ouro Preto e percorre o território de Mariana
recebendo a denominação de Rio do Carmo. Após sua confluência com o Rio Piranga, a jusante do
município de Mariana, passa a formar o Rio Doce, umas das principais bacias hidrográficas de Minas
Gerais e do país. Têm sua importância histórica marcada especialmente por ter sido o principal manancial
empregado na extração e via de escoamento de ouro de aluvião, o que o inscreve como um dos marcos
da ocupação do território de Minas Gerais e especialmente desse período do apogeu da mineração de
ouro.
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Hidrografia
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Elaboração (Fev/2007): Rachel Starling (Geógrafa).

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Segundo dados do Projeto Águas de Minas, do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (2004), a qualidade
das águas do Rio do Carmo, à jusante das áreas de tombamento, apresentou um IQA (Índice de
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Qualidade de Águas) médio correspondente a 50 < IQA = 70.

Quanto às peculiaridades da Área I, vale destacar que no extremo sul da área de tombamento no Morro
de Santana foi observado lago artificial com pequeno barramento de aproximadamente 2 metros de
altura, por 0,4 metros de largura e 1,5 metros de extensão denominada Lagoa Seca. Em sua margem
direita, foram observados antigos túneis de mineração hoje alagados. Em sua margem esquerda existe
um campo de futebol de várzea, cujo acesso se faz por pequenas trilhas, utilizado como área de lazer e
pastagem para animais, principalmente pela comunidade do Bairro do Rosário. As águas que abastecem
esta lagoa procedem de nascentes subterrâneas, no próprio Morro de Santana, e tornam-se afluentes do
Rio do Carmo nos limites da área de entorno do tombamento.

Lagoa Seca vista da margem esquerda. A seta indica a entrada Lagoa Seca, detalhe da entrada dos antigos túneis, hoje
de um dos antigos túneis de mineração, hoje alagados. alagados.
FOTO: Patrícia Pereira (nov. 2006). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Vegetação aquática comum na Lagoa Seca. Campo de futebol, também utilizado como área de pastagem, na
FOTO: Patrícia Pereira (nov. 2006). margem esquerda da Lagoa Seca.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

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Destaca-se, também, o Córrego do Fundão, localizado no limite norte da área de tombamento do Morro
de Santana, constituindo manancial hídrico de abastecimento de alguns bairros do município de Mariana,
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dentre eles o Bairro de Santana e do Rosário. Esse abastecimento é feito por bomba hidráulica instalada
próxima a um barramento no referido córrego. O barramento possui aproximadamente 8 metros de
altura, 10 metros de extensão e 1 metro de largura.

Vale do Córrego do Fundão, manancial de abastecimento de água para Mariana.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Barramento de Abastecimento de água no Córrego Bomba de Abastecimento de água, Córrego do Fundão.


do Fundão. FOTO: Rogério Tobias (fev. 2007).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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4.4. Geologia

Quanto aos aspectos geológicos, regionalmente as áreas propostas para tombamento, “Morro de Santana
e Morro de Santo Antônio”, se localizam a sudeste do Estado de Minas Gerais no extremo leste do
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Quadrilátero Ferrífero. O Quadrilátero Ferrífero representa importante província geológica datada do Pré-
Cambriano e caracteriza-se pela diversidade de suas riquezas minerais, especialmente o ouro. Tais
riquezas fundamentaram a ocupação da região no final do século XVII pelos colonizadores. Atualmente, a
região concentra grande parte das atividades extrativas de minério de ferro do país, além de outras
explorações minerais, tais como o ouro, topázio e manganês.

As grandes unidades geológicas que, segundo os estudiosos, vêm compor o arcabouço geológico do
Quadrilátero Ferrífero, podem ser compartimentadas em: granito-gnaíssícos do embasamento, as
seqüências vulcano-sedimentares tipo greenstone belt do Arqueano; as coberturas plataformais do
Proterozóico Inferior e ocorrências restritas de coberturas sedimentares fanerozóicas. Tratando-se das
seqüências vulcano-sedimentares estas são representadas pelo Supergrupo Rio das Velhas, o qual
constitui a unidade do Quadrilátero Ferrífero de maior expressão nesta área. GAIR (1958) dividiu esse
supergrupo em dois grupos, da
base para o topo, a saber: Grupo
Nova Lima e Grupo Maquiné.

No esboço geológico, apresentado


ao lado, estão representadas as
principais litologias e estruturas
do quadrilátero ferrífero, segundo
o Projeto Quadrilátero Ferrífero
(CODEMIG, 2005):

As coberturas plataformais do
Proterozóico Inferior nas áreas
propostas para o tombamento
estão representadas pelo
Supergrupo Minas. Este se
apresenta dividido em quatro
grupos (da base para o topo) tais
como: Tamanduá, Caraça,
Itabira e Piracicaba.

O Grupo Tamanduá é composto


por quartzitos, filitos, xistos
quartzosos e argilosos, itabiritos e
dolomitos.
Esboço geológico do Quadrilátero Ferrífero.
FONTE: CODEMIG, 2005.

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O Grupo Caraça compõe-se
essencialmente por rochas detríticas,
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desde muito grossas a pelíticas, e se


apresenta Subdividido em Formação
Moeda (quartzitos) e Formação
Batatal (filitos sericíticos).

Sobreposto ao Grupo Caraça está o


Grupo Itabira, subdividido por DORR
(1969), da base para o topo, em
Formação Cauê (itabiritos) e
Formação Gandarela (dolomitos).

O Grupo Piracicaba foi dividido por


DORR ET AL (1957) em cinco
formações, da base para o topo:
Formação Cercadinho (quartzitos
ferruginosos e filitos); Formação
Fecho do Funil (filitos finos e
maçicos); Formação Taboões
(ortoquartzitos); Formação Barreiro
(filitos e filitos carbonosos) e
Formação Sabará (xistos, clorita-
xistos, metagrauvacas, metatufos e
metachertes).

Segundo GUIMARÃES (1931), foi


constatado também na região o
Grupo Itacolomi composto por
quartzitos e metaconglomerados,
filitos e quartzitos puros. Glockner
(1981) dividiu o Grupo Itacolomi na
área tipo (Pico do Itacolomi) em três
unidades: unidade inferior (quartzitos,
conglomerados e níveis ferruginosos);
unidade média (quartzito e
conglomerados com seixos de itabirito
e filito) e unidade superior
(quartzitos).

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Todas as unidades descritas estão contidas no arcabouço geológico das áreas de
tombamento e podem ser identificadas no mapa que segue, legendado pela tabela da
página anterior.

Geologia
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Elaboração (Fev/2007): Rachel Starling (Geógrafa).

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Quanto aos aspectos relacionados às estruturas geológicas do Quadrilátero Ferrífero estas se apresentam
complexas, resultantes de várias fases de deformação. As rochas de idade pré-cambriana apresentam-se
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dobradas em grandes anticlinais e sinclinais, com freqüentes inversões, e deslocadas por falhas normais e
de empurrão. Dentre as megaestruturas representantes do Quadrilátero Ferrífero podem-se destacar: a
norte o Homoclinal da Serra do Curral; a oeste o Sinclinal Moeda; ao sul o Anticlinal de Mariana - que
se estende de sudeste para noroeste, desde a região de Mariana até Ouro Preto; os sinclinais Gandarela e
Ouro Fino na porção norte-nordeste; o Sinclinal Dom Bosco a sudeste; o Sinclinal Santa Rita na porção
centro-leste. A Falha do Fundão e o Sistema Engenho que correspondem aos grandes sistemas de
falhamentos.

O Anticlinal Mariana, estrutura geológica que representa as áreas dos Morros de Santo Santana e Morro
de Antônio, é uma dobra aberta, com fechamento e caimento suave de eixo para sudeste, abrindo-se
para noroeste onde se une ao Soerguimento Rio das Velhas (NALINI JR. ET AL, 1992).

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4.5. Geomorfologia

Regionalmente, as duas áreas propostas para tombamento localizam-se na unidade morfológica


denominada como Quadrilátero Ferrífero. A evolução geomorfológica dessa região possui forte
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condicionamento geológico, tanto litológico quanto estrutural, resultando em várias formas de relevo de
origem morfoestrutural. Essa unidade foi individualizada como sendo formada, a saber: a sul, por
planaltos dissecados, a leste e oeste, por alinhamento de cristas escarpadas e a norte, pela Depressão
Sanfranciscana.

As altitudes são superiores a 1000-1100 m na porção noroeste das áreas de tombamento. A planície do
Ribeirão do Carmo possui altitudes inferiores a 710 m e localiza-se na porção central entre as duas áreas.
O relevo do entorno é bastante dissecado, com formas do tipo cristas, vertentes ravinadas e vales
encaixados. As áreas baixas correspondem ao vale fluvial da bacia hidrográfica do Ribeirão do Carmo
(700 m). As áreas que apresentam maiores altitudes encontram-se na parte noroeste do tombamento,
onde ocorrem escarpas abruptas da vertente (desfiladeiro do Mata-Cavalos).

As duas áreas de tombamento, segundo dados disponibilizados no Plano Diretor Urbano Ambiental (Lei
Complementar 016/2004) podem ser classificadas, quanto ao aspecto geomorfológico, como pertencentes
à Unidade Colinas. Esta é regionalmente representada por faixas alongadas com topos aplainados de
direção norte-sul, bordejando a planície aluvionar do Ribeirão do Carmo.

A área de entorno aos dois morros em questão, está inserida na unidade geomorfológica de Relevos
Escarpados e esta compreende as partes mais elevadas do Anticlinal de Mariana. Litologicamente
predominam o Itabirito Cauê e o Xisto Nova Lima. Os limites das áreas de tombamento apresentam as
maiores altitudes (1.000 m - 1.200 m) e formam colinas com declives das vertentes em torno 25%-45%,
podendo chegar aos 60%, caracterizando um relevo ondulado a levemente ondulado nos topos, como
representa o mapa da página seguinte.

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Geomorfologia
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Elaboração (Fev/2007): Rachel Starling (Geógrafa).


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4.6. Solos

As duas áreas de tombamento, Morro de Santana e Morro de Santo Antônio, foram submetidas à séculos
de exploração mineral o que, conseqüentemente, modificou enormemente os solos hoje examinados. Daí,
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nessas áreas serem observados poucos remanescentes de solos. Foram constatados nos topos, das duas
áreas, afloramentos rochosos com ocorrência de Neossolos litólicos.

Vista da área do Morro de Santana, onde se pode observar as ações antropicas nos solos.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Os solos da região do quadrilátero ferrífero são, em sua maioria, classificados como Latossolos, os quais
se constituem em solos bastante evoluídos, normalmente profundos, com horizontes pouco diferenciados
em perfil (EMBRAPA, 1999). Vale ressaltar que são constados nos solos dessa região concentrações de
ferro e alumínio. Os podzólicos correspondem a uma classe, também, freqüente na região. Os processos
geodinâmicos superficiais característicos desta região são os movimentos gravitacionais de massa
(escorregamentos), entretanto observaram-se outros processos erosivos tais como: erosão laminar,
demoisele e voçorocamento.

Foram observadas no Morro de Santo Antônio áreas onde ocorreram abatimentos associados à
movimentos de massa causados, provavelmente, pela construção, no passado, de inúmeros túneis de
mineração, sem tecnologia adequada. Isto pôde ser constatado nas ruínas de buracos de sarilho, hoje
expostos. Outros processos erosivos, também foram ilustrados nas fotografias que seguem.
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Antigo buraco de sarilho
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Antigo buraco de sarilho exposto.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Área próxima à MG-56, vista do Morro de Santo Antônio.


Movimento de massa (escorregamento).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Erosão observada no início da trilha de acesso ao


Morro de Santo Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

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Erosão do tipo “demoiselle’ causada pela exposição


do solo. Morro de Santo Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Áreas de ocorrência de abatimentos e escorregamentos


ocasionados provavelmente pela construção de inúmeros
túneis. Morro de Santo Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

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4.7. Vegetação

Nos dias atuais, a cobertura vegetal de Minas Gerais está drasticamente reduzida a remanescentes
esparsos. Suas formações florestais, assim como em outros estados brasileiros, não fugiram a essa
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realidade, o que vem ocorrendo desde o período colonial (OLIVEIRA FILHO e MACHADO, 1993). Segundo
o Mapa de Vegetação do IBGE (1993), a região na qual Mariana se coloca, corresponde à abrangência da
Floresta Estacional Semidecidual e recebe influência tanto dos Domínios da Floresta Atlântica como do
Cerrado.

Queimadas tem sido a principal ameaça à vegetação dessa região e sua rápida propagação muitas vezes
supera os esforços despendidos para controlá-las. Além delas, vários outros impactos negativos causados
por atividades antrópicas têm tornado a área cada vez mais fragmentada. A sobrevivência das espécies
vegetais que ali se encontram depende não apenas de ações de recuperação e manejo de áreas
degradadas como, também, da manutenção da integridade dos fragmentos locais e de suas
interconexões. Na região, em questão, podem ser observados fragmentos pertencentes a duas tipologias
distintas: o cerrado e a mata estacional semidecidual. As áreas de tombamento e parte de seu
entorno encontram-se descaracterizadas de sua fisionomia original, devido à ocupação urbana e rural e,
principalmente, por terem sido submetidas à intensa atividade mineradora nos últimos três séculos.

O cerrado nas áreas de tombamento pode ser observado em níveis distintos de regeneração, com a
presença de alguns indivíduos que atingem cerca de 20 metros de altura e diâmetro, na altura do peito
(DAP) de até 0, 60 m. Podem ser vistas, também, árvores esparsas que atingem de dois a três metros de
altura e diâmetro, na altura do peito (DAP) de dez a quinze centímetros. Foram observados, em estágios
de regeneração mais avançado, espécies da flora desse bioma. Dentre elas, aroeira (Astronium
urundeuva), pau d’óleo ou copaíba (Copaifera langsdorffii), jacarandá (Machaerium sp.), sucupira
(Bowdichia virgilioides), imbiruçu (Pseudobombax sp.), paineira do campo (Eriotheca sp.).

A vegetação de Cerrado Rupestre, também observada nos topos das duas áreas, é considerada uma das
formas de cerrado restrito de constituição arbórea, arbustiva e herbácea de ambientes rupestres. Os solos
são rasos, com afloramentos rochosos e pobres em nutrientes. No estrato arbóreo-arbustivo, foram
percebidas as espécies: Wunderlichia crulsiana (flor-do-pau), Didymopanax spp (mandiocão), Tabebuia
spp (ipês), Vellozia spp (canela-de-ema, candombá) e Mimosa regina. No estrato herbáceo, constataram-
se: Rhynchospora globosa (amarelão), Paepalanthus acanthophylus (chuveirinho), Paepalanthus
eriocauloides (mosquitinho), Echinolaena inflexa (capim-flexina), Loudeotiopsis chrysothryx (brinco-de-
princesa), Xyris schizachne (pimentona), Xyris hymenachne (pimentinha-prateada), Lagenocarpus rigidus
tenuifolius (capim-arroz).

Apesar da citada ocupação antrópica, foram encontradas na região matas secundárias em diferentes
estágios de regeneração, sendo que a mais desenvolvida destas se encontra na linha de drenagem do
Córrego do Fundão e nas encostas das matas localmente denominadas Mata dos Carijós e Mata do
Lamounier. Foram observados indivíduos com cerca de 20 metros de altura e diâmetro, na altura do peito
(DAP) de 30-50 centímetros, aproximadamente. Dentre as espécies de maior porte ali encontradas estão:
macaúbas (Acrocomia aculeata), angicos (Anadenanthera sp. e Piptadenia sp.) e copaíbas (Copaifera
langsdorffii), que emergem sobre o estrato superior da formação.

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A vegetação é representada, também, por floresta estacional semidecidual, com formação vegetacional
secundária. Dentre os indivíduos de maior porte encontrados nessas áreas destacam-se representantes
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de angicos (Anadenanthera sp. e Piptadenia sp.), macaúbas (Acrocomia aculeata), pau d’óleo ou copaíba
(Copaifera langsdorffii), ipê (Tabebuia serratifolia), que emergem sobre o estrato superior que é formado
predominantemente por aroeira (Astronium urundeuva), aroeirinha (Lithraea sp.), gameleira (Ficus sp.)
e faveiro (Pterodon sp.). Nota-se ainda nessas áreas de remanescentes florestais a presença, em menor
número, de jacarandá (Machaerium sp.), peroba (Aspidosperma sp.), sucupira (Bowdichia virgilioides),
ingá (Inga sp.), cedro (Cedrela fissilis), jacaré (Piptadenia comunis), pau-terra (Qualea sp.), araçá
(Campomanesia sp.), chichá (Sterculia sp) e imbiruçu (Pseudobombax sp.). No estrato inferior,
encontram-se plântulas das árvores adultas juntamente com arbustos, trepadeiras, cipós, capins. Dentre
elas tem-se, predominantemente, o cipó-prata (Banisteria argyrophylla), cipó-de-timbó (Serjania erecta),
assa-peixe (Vernonia sp.), lobeira (Solanum lycocarpum), mamona (Ricinus communis), jurubeba
(Solanum paniculatum) e macela (Achyrocline satureioides).

Pita, planta localmente utilizada como matéria prima para Campo de Sempre-vivas.
artesanato. FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Cactáceas em floração. Mata Semidecidual localizada no vale do Córrego do Fundão.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

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Mata dos Carijós, remanescente florestal localizada no Fungo Orelha de Pau, encontrado no Morro de Santo
entorno das duas áreas. Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Cactáceas sobre afloramento rochoso no Morro de Santana. Mata bastante degrada nas proximidades
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). do Córrego do Fundão.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Segundo os dados do Plano Diretor Urbano Ambiental (Lei Complementar 016/2004), a área do Morro de
Santana está sob delimitação do campo rupestre de altitude e da mata de encostas. O Morro de Santo
Antônio encontra-se na zona de mineração, em sua maior parte, e na zona de mata de encostas em sua
porção leste, como pode ser observado no mapa de cobertura vegetal que segue:

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Vegetação
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Elaboração (Fev/2007): Rachel Starling (Geógrafa).

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4.8. Fauna

4.8.1. INTRODUÇÃO

A região dos Morros de Santana e Santo Antônio situa-se no limite oeste da distribuição da Floresta
Estacional Semidecidual – representante mediterrânea da Floresta Atlântica Brasileira. Essa situação,
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juntamente com fatores físicos – como elevação, tipo de relevo e densidade hidrográfica – determinam a
variação dos tipos vegetacionais encontrados. Além da Floresta Estacional Semidecidual do domínio
Atlântico, trechos de Cerrado e Campos de Altitude são predominantes.

A região foi local de intensa atividade mineradora e teve sua cobertura vegetal original suprimida e
modificada. Os remanescentes florestais do entorno encontram-se em diferentes estágios sucessionais e a
fauna existente dominada cada vez mais por espécies com alta plasticidade fenotípica, ou seja, aquelas
que se adaptam facilmente aos novos ambientes.

A Mata Atlântica é caracterizada por um alto de endemismo e grande diversidade de flora e fauna, sendo
considerada uma área prioritária para conservação da biodiversidade (MYERS ET AL, 2000). A
fragmentação e o isolamento das áreas florestais provocaram uma diminuição na diversidade faunística,
sendo que, atualmente, muitas espécies endêmicas do bioma encontram-se ameaçadas de extinção. No
que diz respeito à diversidade de aves, foram registradas 682 espécies que ocorrem na área coberta por
esse bioma, sendo que deste total 199 (29%) são endêmicas (ALEIXO, 2001). Estudos sobre os efeitos da
fragmentação de habitats na região neotropical alertam para o comprometimento da manutenção da
diversidade, atingindo especialmente grupos com baixa plasticidade fenotípica, mais sensíveis a distúrbios
ambientais e ao isolamento dos remanescentes (BIERREGAARD e LOVEJOY, 1989 e MARINI, 2000). Por
estarem quase sempre associados ao ambiente aquático, os anfíbios apresentam forte sensibilidade a
alteração na qualidade da água (GASCON, 1991; DUELLMAN e TRUEB, 1994). Grande parte das espécies
também se relaciona fortemente com a vegetação próxima a corpos d’água, sendo susceptíveis a
qualquer alteração que este tipo de vegetação venha a sofrer (PARRIS, 2004).

Alterações na vegetação, de origem natural ou antrópica, interferem diretamente na estrutura


populacional da avifauna. Esta interferência pode ser constatada através das alterações das densidades
das populações de aves, principalmente das espécies consideradas como mais exigentes e de hábitos
mais restritos. Normalmente estas espécies são substituídas por espécies oportunistas, que têm maior
capacidade de suportar as alterações do habitat, adaptando-se facilmente às novas situações. Portanto,
estudos sobre a fauna em áreas fragmentadas e o acompanhamento das alterações ambientais
apresentam grande importância para a compreensão de padrões ecológicos específicos, sendo essencial
para a elaboração e a implantação de medidas conservacionistas. ALMEIDA (1982), ressalta ainda que o
estudo da avifauna em áreas alteradas pelo homem tem se revelado de grande importância como
indicador ecológico da intensidade das modificações antrópicas e a análise da distribuição de aves pode
fornecer informações sobre a situação biológica deste grupo e orientar trabalhos de manejo visando à
conservação das espécies presentes.

Dessa forma, o presente estudo visa gerar subsídios faunísticos para o DOSSIÊ DE TOMBAMENTO DO
CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO: MORROS DE SANTANA E SANTO ANTÔNIO bem como
acrescentar informações sobre a fauna local, frente à realidade de uma região que já se encontra
bastante alterada por atividades antrópicas.

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4.8.2. METODOLOGIA

Foram adotadas duas metodologias distintas para a realização do trabalho: para a herpetofauna e
mastofauna foram realizadas entrevistas com moradores da região associadas a levantamentos
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bibliográficos e observações oportunísticas. Para amostragem de aves foi utilizada a metodologia de


observação em “transectos por fitas” (RALPH ET AL, 1993; EBERHARDT, 1968 e HAYNE, 1940). Para tanto
foi definido um transecto de aproximadamente 2 km, na área a ser tombada tanto no Morro de Santo
Antônio, quanto no Morro de Santana. Os dados coletados no transecto foram tratados em planilhas do
programa Microsoft Excel.

O transecto foi percorrido nas primeiras horas da FICHA DE CAMPO


manhã e à tarde e foram registradas, em fichas de Área: / /
campo apropriadas, todas as aves observadas e/ou Mun: Temp:
ouvidas além de suas respectivas distâncias laterais Loc:
perpendiculares com relação ao transecto até o limite Espécie no dl Ex Gt co
de 25 m, que representa a maior distância lateral
mensurável com uma razoável precisão. Registrou-se
também o extrato da vegetação em que cada ave foi
observada, forrageamento e tipo de recursos
n°= número de indivíduos, dl= distância lateral, Ex= extrato
alimentares utilizados, nidificação e outras atividades. da vegetação, Gt= guilda trófica e co= comportamento.

Para efeito de cálculo da área amostrada a extensão do transecto foi medida com o auxílio de mapas,
odômetros e fotografias aéreas, e seus comprimentos multiplicados pela largura da faixa de observação
(50 m). O erro amostral provocado pela não detecção de algumas aves com o aumento da distância
lateral foi corrigido pelo método da “regressão quadrática”, proposto por ANDERSON e POSPAHALA
(1970), com o qual se obtém um índice de correção.Para o cálculo das densidades mínimas de cada uma
das espécies observadas foi feita a divisão da área total amostrada no transecto pelo número de
indivíduos detectados no mesmo, e este resultado foi multiplicado pelo índice de correção acima
mencionado.

A densidade mínima total de cada transecto foi obtida somando-se as densidades mínimas de cada uma
das espécies ali observadas. Espécies observadas em um ambiente e não detectadas durante a
amostragem do transecto foram consideradas como possuindo uma densidade mínima inferior à da ave
com menor densidade mínima amostrada, e estes valores não foram computados para a soma das
densidades mínimas totais. A densidade mínima de cada espécie de ave por estrato da vegetação foi
calculada pela subdivisão de sua densidade, obtida pelo método acima descrito, por seu percentual de
ocorrência em cada estrato. A densidade total de aves por estrato foi obtida pela soma das densidades
mínimas das espécies ali observadas. Os cálculos dos índices de riqueza, diversidade e similaridade foram
feitos de acordo com os métodos propostos por MAGURRAN (1988).

Foram realizadas gravações de acordo com as orientações de BUDNEY e GROTEKE (1997) das
vocalizações dos indivíduos ouvidos e não visualizados. Para tanto, foi utilizado gravador SONY TCM-
200DV, fita cassete SONY Normal Tipo I e microfone acoplado a uma parábola metálica. As vocalizações
gravadas foram posteriormente utilizadas para a identificação das espécies.

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4.8.3. RESULTADO E DISCUSSÃO

avifauna

Os dados coletados nas áreas amostradas foram tratados em conjunto e as diferenças entre elas podem
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ser entendidas como particularidades das mesmas.

A área amostrada foi de 10 ha o que corresponde a aproximadamente 3,8% da área total dos MORROS
DE SANTANA E SANTO ANTÔNIO. Ainda que pequeno, este percentual pode ser considerado relevante
para a obtenção de dados confiáveis (RALPH e SCOTT 1981).

Após a campanha foram identificadas, em observações sistemáticas, 50 espécies (Tabela 1) distribuídas


em 23 famílias (Tabela 2). Em virtude do caráter quantitativo da amostragem, necessário ao estudo das
comunidades de aves, não foram incluídas nos cálculos biológicos aquelas espécies detectadas entre os
deslocamentos nas áreas de estudos e as identificadas através de entrevistas.

Tabela 1 – Número de registros, número de espécies identificadas e


dias de esforço amostral.

Campanha No Registros No Espécies No Dias

- Total 118 52 2

Tabela 2 – Lista de espécie de aves e densidade mínima observada durante os trabalhos de


levantamento para o DOSSIÊ DE TOMBAMENTO DO CONJUNTO PAISAGÍSTICO E
ARQUEOLÓGICO DOS MORROS DE SANTANA E SANTO ANTÔNIO. Classificação Taxonômica e
nomes populares segundo SICK (1997) com as modificações sugeridas pelo CBRO (2006).

Nome do Táxon Nome Popular Status Morro Morro


Ordem Santana Santo
Família Antônio
Espécie
Tinamiformes
Tinamidae
Rhynchotus rufescens Perdiz R 0.14 -
Crypturellus parvirostris Inhambu-chororó R E E
Galliforme
Cracidae
Penelope superciliares Jacupemba R E -
Ciconiiformes
Ardeidae
Pilherodius pileatus Garça-real R 0.41 -
Cathartiformes
Cathartidae
Coragyps atratus Urubu-comum R Inf. 0.59
Legenda
(R) residente (evidências de reprodução no país disponíveis);
(-) não registrado durante as observações
(E) relato de entrevista
inf. Inferior a densidade mínima registrada
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Nome do Táxon Nome Popular Status Morro Morro
Ordem Santana Santo
Família Antônio
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Espécie
Falconiformes
Accipitridae
Buteo albicaudatus Gavião-de-rabo-branco R - 0.30
Falconidae
Milvago chimachima Gavião-carrapateiro R 0.82 0.61
Falco sparverius Quiriquiri R - 0.61
Caracara plancus Caracará R 0.41 0.30
Gruiformes
Cariamide
Cariama cristata Seriema R 0.41 -
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis Qquero-quero R 0.82 -
Columbiformes
Columbidae
Patagioenas picazuro Asa-branca R E E
Patagioenas speciosa Pomba-trocal R E E
Leptotila sp. Juriti R E E
Columbina tapacoti Rolinha-caldo-de-feijão R 0.41 -
Psittaciformes
Psittacidae
Forpus xanthopterygius Tuim R E E
Aratinga aurea Periquito-rei R 1.65 0.61
Brotogeris chiriri Periquito-de-encontro-amarelo R E E
Strigiformes
Tytonidae
Tyto alba Coruja-da-igreja R E -
Apodiformes
Trochilidae
Phaethornis pretrei Rabo-branco-acanelado R 0.41 -
Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura R - 0.30
Chlorostilbon lucidus Besourinho-de-bico-vemelho R 0.41 -
Augastes scutatus Beija-flor-de-gravata-verde R 0.82 0.30
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco Tucanaçu R E E
Picidae
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo R E 0.30
Passeriformes
Thamnophilidae
Herpsilochmus
Chorozinho-de-chapéu-preto R - 0.30
atricapillus
Thamnophilus punctatus Choca-bate-cabo R - 0.30
Legenda
(R) residente (evidências de reprodução no país disponíveis);
(-) não registrado durante as observações
(E) relato de entrevista
inf. Inferior a densidade mínima registrada
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Nome do Táxon Nome Popular Status Morro Morro
Ordem Santana Santo
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Família Antônio
Espécie
Passeriformes
Furnariidae
Furnarius rufus João-de-barro R 0.41 0.61
Synallaxis frontalis Petrim R - 0.30
Tyrannidae
Elaenia sp. 0.41 0.30
Serpophaga subscritata Alegrinho R - 0.30
Lathrotriccus euleri Enferrujado R - 0.30
Knipolegus aterrimus Maria-preta R 0.82 -
Knipolegus lophotes Maria-preta-de-penacho R 1.24 0.92
Pitangus sulphuratus Bem-te-vi R E E
Tyrannus melancholicus Suiriri R - 0.30
Hirundinea ferruginea Maria-cavaleira R 0.82 0.61
Hirundinidae
Progne chalybea Andorinha-doméstica-granda R - 1.23
Pygochelidon
Andorinha-pequena-de-casa R 2.48 1.54
cyanoleuca
Troglodytidae
Trglodytes musculus Corrruíra R 0.41 0.61
Coerebidae
Coereba flaveola Cambacica R 0.41 0.30
Thraupidae
Schistochlamys
Bico-de-veludo R 0.41 0.92
ruficapillus
Piranga flava Sanhaçu-de-fogo R E E
Thraupis sayaca Sanhaçu-cinzento R E 0.30
Emberizidae
Zonotrichia capensis Tico-tico R 1.24 0.61
Embernagra longicauda Rabo-mole-da-serra R - 0.30
Coryphospingus pileatus Tico-tico-rei R 0.41 -
Sporophila nigricollis Baiano R 0.41 -
Sicalis flaveola Canário-da-terra-verdadeiro R 0.41 0.61
Icteridae
Gnorimopsar chopi Graúna R E E
Molothrus bonariensis Chopim R E E
Densidade mínima 17.0 14.1
Legenda
(R) residente (evidências de reprodução no país disponíveis);
(-) não registrado durante as observações
(E) relato de entrevista
inf. Inferior a densidade mínima registrada

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Augastes scutatus Beija-flor-de-gravata-verde Embernagra longicauda Rabo-mole-da-serra


Disponível em: http://www.arthurgrosset.com/sabirds/photos/augscu4034.jpg Disponível em:
Acesso em: 03 mar. 2007 http://www.ib.usp.br/ceo/images/emblong.jpg
Acesso em: 03 mar. 2007

Pitangus sulphuratus Bentevi Amazila lactea Beija-flor-verde-de-peito-azul


FOTO: Gustavo Leite Gonçalves FOTO: Gustavo Leite Gonçalves

Tangara cayana Saíra-amarela Knipolegus lophotes Maria-preta-de-topete


FOTO: Rogério Tobias (fev. 2007). FOTO: Rogério Tobias (fev. 2007).

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As áreas amostradas durante o trabalho apresentaram uma comunidade de aves não muito rica e diversa
(Tabela 3), alguns fatores podem estar associados a esses resultados, como o baixo esforço amostral, o
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estado atual de preservação dos locais amostrados e o histórico de ocupação das áreas visto que foram
sítios de mineração e também ocupados por habitações, dados confirmados pelas ruínas de casas e
igreja.

Tabela 3 – Parâmetros gerais obtidos para as duas áreas amostradas

Densidade Diversidade Riqueza


Setor No Espécies
total Shannon Margalef

Morro de
41 17.0 2.31 6.16
Santana

Morro de
Santo 40 14.5 2.87 4.04
Antônio

Estes resultados mesmo que não elevados apontam para o importante papel das áreas na manutenção da
riqueza e diversidade de aves do local de estudo como um todo, visto que os campos de altitude
presentes nos topos dos morros garantem recursos para espécies endêmicas da região do Espinhaço
como Augastes scutatus e Embernagra longicauda registrados durante os trabalhos. Incluindo também,
os remanescentes florestais de entorno, pois de acordo com KARR e ROTH (1971) matas parecem ser os
ambientes que suportam mais aves devido a sua complexidade estrutural.

O índice de diversidade de Shannon (2.31 e 2.87 – Tabela 3) pode indicar o estado atual de preservação
das áreas que tiveram grande parte da vegetação original suprimida e substituída.

A densidade total de aves obtida para as duas áreas (17.0 e 14.5 – Tabela 3) demonstra que a
complexidade estrutural destes ambientes oferece um volume e uma variedade limitada de recursos para
a fauna.

O índice de correlação de PEARSON pode indicar que há uma interação entre as comunidades de aves das
áreas amostradas, ou seja, várias espécies foram registradas igualmente nos dois ambientes, fato que
pode estar associado a proximidade dos morros estudados e as semelhanças das complexidades
estruturais da vegetação.

Tabela 04 – Índice de correlação entre


as áreas estudadas (Pearson)

Morro Santana

Morro Santo Antônio 0.67

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Ressalta-se a necessidade de estudos complementares para fornecer informações mais precisas sobre a
situação ecológica da comunidade de aves e orientar trabalhos de manejo visando à conservação das
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espécies presentes.

Registros importantes:

Augastes scutatus Temminck, 1824 (Beija-flor-de-gravata-verde, Trochilidae). – Endêmico. É um beija-


flor endêmico da porção sul da Serra do Espinhaço e muito comum nas regiões acima de 1000m.

Embernagra longicauda Strickland, 1844 (Rabo-mole-da-serra, Emberizidae). – Endêmico. Presente nas


chapadas do interior de Minas Gerais. Descrito em 1844 na “América do Sul”, foi redescoberto em 1926
perto de Mariana. Comum na Serra do Espinhaço, em altitudes superiores a 900m, nos gerais secos com
espécies de Vellosia.

herpetofauna

Anfíbios

Após os trabalhos de campo, procura ativa na Lagoa Seca presente no Morro de Santana, consulta
bibliográfica e entrevista com moradores foram registradas, para a região, quatro espécies de anfíbios
anuros distribuídas em três famílias (Tabela 5). As espécies registradas possuem alta plasticidade
fenotípica e ampla distribuição geográfica, relacionando-se, inclusive, a outros domínios morfoclimáticos
(ETEROVICK e SAZIMA, 2004), sendo encontradas até mesmo em ambientes bastante alterados como na
lagoa amostrada. Ressalta-se a importância de estudos complementares para os anfíbios principalmente
devido às dinâmicas populacionais de algumas espécies e a urgente preservação da área amostrada.

Lixo observado às margens da Lagoa Seca.


FOTOS: Rachel Starling (fev. 2008).

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Tabela 5 – Lista de espécies de anfíbios registradas para região

Nome do Táxon Nome Popular Tipo de Registro


Família Hylidae
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Hypsiboas faber Sapo ferreiro Observação direta


Dendropsophus minutus Perereca Observação direta
Família Leptodactylidae
Leptodactylus labyrinthicus Rã pimenta Entrevista
Família Leiuperidae
Physalaemus cuvieri Rã cachorro Observação direta

Hypsiboas faber Sapo-ferreiro Leptodactylus labyrinthicus Rã-pimenta


Disponível em: Disponível em: http://saposaliente.com.sapo.pt/rana.jpg
http://www.aracruz.com.br/microbacia/shared/fauna/hyla_faber.jpg Acesso em: 03 mar. 2007
Acesso em: 03 mar. 2006.

Répteis

Quanto aos répteis foram diagnosticadas para a região seis espécies de serpentes e três de lagartos
(Tabela 6). Todas as espécies registradas possuem ampla distribuição geográfica e são consideradas
generalistas, sendo capazes de suportar as alterações ambientais.

Tabela 6 – Lista de espécies de répteis registradas para região

Nome do Táxon Nome Popular Tipo de Registro


Família Teiidae
Tupinambis sp. Teiú Entrevista
Família Tropiduridae
Tropidurus gr torquatus Calango Entrevista
Família Amphisbaenidae
Amphisbaena sp. Cobra-cega Entrevista
Família Anguidae
Ophiodes sp. Cobra-de-vidro Entrevista
Família Viperidae
Bothrops jararacussu Jararacuçu Observação direta
Crotalus durissus Cascavel Entrevista

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Tupinambis sp. Teiú Bothrops jararacussu Jararacuçu Amphisbaena sp. Cobra-cega


Disponível em: http://www.muare.net/bichos/18.html Disponível em: Disponível em:
Acesso em: 03 mar. 2006 http://eco.ib.usp.br/labvert/Jararaca/imagens/ http://www.tc.umn.edu/~gam
jararacussu_foto2.htm bl007/brlizards.htm
Acesso em: 03 mar. 2007 Acesso em 03 mar. 2007

mastofauna

As áreas amostradas, Morros de Santana e Santo Antônio, estão inseridas em uma região de Mata
Atlântica, que tem como característica uma alta riqueza de fauna. No entanto, a intensa supressão da
vegetação, principalmente nos últimos 50 anos, modificou
drasticamente a paisagem. A diminuição da oferta de recursos
disponíveis para a fauna pode gerar ameaça de extinções
principalmente para espécies com baixa plasticidade
fenotípica, ou seja, aquelas espécies mais exigentes quanto
aos recursos ambientais. Fato comprovado através de
entrevistas nas quais há relatos de espécies que eram vistas e
atualmente não são mais.

Durante os estudos foi relatada a ocorrência de uma espécie


de mamífero considerada ameaçada de extinção Chrysocyon Chrysocyon brachyurus Lobo-guará
Disponível em:
branchyurs (Tabela 7) o que indica a importância local e
http://www.mma.gov.br/port/sbf/index.cfm
regional para a conservação das espécies. Acesso em: 03 mar. 2006

Tabela 7 – Lista de espécies de provável ocorrência nos Morros Santana e Santo Antônio e no
seu entorno

Nome do Táxon Nome Popular Tipo de Registro Ameaça


Ordem De
Família Extinção
Espécie
Didelphimorphia
Didelphidae
Didelphis sp. Gambá Entrevista / Bibliografia
Philander sp. Cuíca Entrevista / Bibliografia
Xenartha
Dasypodidae
Dasypus sp. Tatu Entrevista / Bibliografia

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Nome do Táxon Nome Popular Tipo de Registro Ameaça
Ordem De
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Família Extinção
Espécie
Primata
Callithrichidae
Callithrix penicilatta Sagüi Entrevista / Bibliografia
Carnivora
Canidae
Cerdocyon thous Raposa Entrevista / Bibliografia
Chrysocyon brachyurus Lobo-guará Entrevista / Bibliografia x
Procyonidae
Procyon cancrivorus Mão-pelada
Nasau nasau Quati
Mustelidae
Lontra longicaudis Lontra Entrevista / Bibliografia
Felidae
Leopardus sp. Gato-do-mato Entrevista / Bibliografia
Rodentia
Sciuridae
Sciurus aestuans Caxinguelê Entrevista / Bibliografia
Hydrochaeridae
Hydrochaeris hydrochaeris Capivara Entrevista / Bibliografia
Agoutidae
Agouti paca Paca Entrevista / Bibliografia

Didelphis sp. Gambá Nasau nasau Quati


Disponível em: Disponível em: http://www.arthurgrosset.com/mammals/coati.html
http://www.knowyoursto.com/images/genusopossums/didelphis- Acesso em: 03 mar. 2006
aurita01.jpg
Acesso em: 03 mar. 2007

A caracterização da fauna indica o estado atual de preservação da vegetação das áreas amostradas que
se encontram em diferentes estágios de sucessão. A região dos Morros Santana e Santo Antônio possui
uma complexidade estrutural que, mesmo tendo sua vegetação original suprimida e substituída, é capaz
de suportar espécies da fauna endêmica e também espécies ameaçadas.

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4.9. Arqueologia

Do ponto de vista da ocupação da paisagem ao longo do tempo, podem ser observadas sucessivas
estruturas representadas basicamente por lavras a céu aberto, implantação de edificações em alvenaria
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de pedra e estruturas afins em terrenos já revolvidos pela primeira fase de exploração, além de grandes
galerias e sarilhos, implantados em uma segunda fase. Algumas galerias do Morro de Santana foram
ativadas anos atrás, mas já se encontram novamente em desuso.

A extensão a ser tombada, bem como seu entorno, foi rastreada por especialistas que identificaram os
conjuntos arqueológicos remanescentes e numeraram suas estruturas componentes. Obviamente, não
seria possível plotar com GPS, por exemplo, todos os buracos de sarilhos ou estruturas móveis como
brunidores, mesmo porque isto demandaria uma limpeza quase que total de todo o sítio histórico, tendo
em vista que muitas estruturas de baixa visibilidade se encontram esmaecidas pela vegetação rasteira ou
sedimento sotoposto. Na fase dos estudos de plano de manejo das áreas deverá ser prevista a topografia
pormenorizada envolvendo mapeamento de todas as estruturas em superfície.

Após a identificação de todos os conjuntos e suas principais estruturas componentes, foi possível
seccionar as principais zonas ou setores de ocorrência, baseando-se sobretudo em critérios espaciais,
tendo em vista que as mesmas, apresentam estruturas comuns, com exceção da zona C.

Zonas ou Setores de Ocorrência:

A) Morro de Santo Antônio - Passagem de Mariana

B) Morro de Santo Antônio - Cume

C) Morro de Santo Antônio - Cia da Passagem

D) Morro de Santana ou Gogô - Parte Alta (“Arraial Velho”)

E) Morro de Santana ou Gogô - Parte Baixa

Após o mapeamento e distribuição dos elementos por zonas ou áreas e avaliação prévia do estado de
conservação das mesmas, foi possível estabelecer uma tipologia geral das estruturas, distribuindo-as por
sua vez, em planta de situação, por meio de uma legenda de cores e formas com o objetivo de
representar graficamente a grande variedade, potencialidade e complexidade das estruturas
arqueológicas contidas nos perímetros de tombamento e entorno. Bom lembrar, que algumas estruturas
encontram-se em condições de baixa visibilidade por apresentarem, de fato, pequenas dimensões ou por
já estarem em avançado estado de degradação, podendo assim não ter sido identificadas nesta fase,
apesar dos esforços da equipe em rastrear toda a área.

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E
D
IGREJA DE
SANTANA

Representação grafica da grande variedade das estruturas


arqueológicas contidas nos perímetros de tombamento e entorno.
Mapa esquemático, sem escala.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

LEGENDA
PILÃO
CONJUNTO DE RUÍNAS / SARILHOS
MUNDÉU
SARILHO
LAGOA
FUNDIÇÃO
REGO / CANAL
MONTES DE ENTULHO E MINÉRIO
BRUNIDOR
LAVRA
GALERIA
RUA / ESTRADA / CAMINHO
VALA
CEMITÉRIO
IGREJA / CASA PAROQUIAL
UNIDADE RESIDENCIAL COM REBOCO
CURRAL
BANCADAS PARA HORTA
MURO DE ARRIMO
MONJOLO / ENGENHO
UNIDADE RESIDENCIAL
PAIOL
HOSPITAL
B
RUÍNA IGREJA DE
SANTO
ANTÔNIO
CANOAS
MINA DE ARSÊNICO (CHAMINÉ, SALAS, FORNO E CAIXA D'ÁGUA)
BARRAGEM
BUEIRO
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
PERÍMETRO DE ENTORNO

C
CAPELA E
CEMITÉRIO

A
DOS INGLESES

ESTAÇÃO
FERROVIARIA

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IGREJA DE
SANTANA
900

Localização das estruturas mapeadas no Sítio Arqueológico do Morro de Santana (Gogô). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
LEGENDA
PILÃO
CONJUNTO DE RUÍNAS / SARILHOS
MUNDÉU
SARILHO
LAGOA
FUNDIÇÃO
REGO / CANAL
MONTES DE ENTULHO E MINÉRIO
BRUNIDOR
LAVRA
GALERIA
RUA / ESTRADA / CAMINHO
VALA
CEMITÉRIO
IGREJA / CASA PAROQUIAL
UNIDADE RESIDENCIAL COM REBOCO
CURRAL
BANCADAS PARA HORTA
MURO DE ARRIMO
MONJOLO / ENGENHO
UNIDADE RESIDENCIAL
PAIOL
HOSPITAL
RUÍNA
CANOAS
MINA DE ARSÊNICO (CHAMINÉ, SALAS, FORNO E CAIXA D'ÁGUA)
BARRAGEM
BUEIRO
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
PERÍMETRO DE ENTORNO
CURVAS DE NÍVEL
895

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IGREJA DE
SANTO
ANTÔNIO

CAPELA E
CEMITÉRIO
DOS INGLESES

ESTAÇÃO
FERROVIARIA

Localização das estruturas mapeadas no Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
LEGENDA
PILÃO
CONJUNTO DE RUÍNAS / SARILHOS
MUNDÉU
SARILHO
LAGOA
FUNDIÇÃO
REGO / CANAL
MONTES DE ENTULHO E MINÉRIO
BRUNIDOR
LAVRA
GALERIA
RUA / ESTRADA / CAMINHO
VALA
CEMITÉRIO
IGREJA / CASA PAROQUIAL
UNIDADE RESIDENCIAL COM REBOCO
CURRAL
BANCADAS PARA HORTA
MURO DE ARRIMO
MONJOLO / ENGENHO
UNIDADE RESIDENCIAL
PAIOL
HOSPITAL
RUÍNA
CANOAS
MINA DE ARSÊNICO (CHAMINÉ, SALAS, FORNO E CAIXA D'ÁGUA)
BARRAGEM
BUEIRO
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
PERÍMETRO DE ENTORNO
CURVAS DE NÍVEL
895

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Os tipos gerais identificados foram organizados em sete grupos principais:

1) Domésticos e afins: unidade residencial, curral, horta, hospital, engenho e paiol;


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2) Religiosos: capela, cemitério, casa paroquial;

3) Acessos e divisas: caminhos, trilhas, valas de divisa, muros de arrimo;

4) Estruturas de mineração: lavra a céu aberto; mundéu, represa, pilão; rego ou aqueduto, canoa,
galeria, buraco de sarilho, fundição, montes de entulho, brunidor e fio de pedra (estas duas, estruturas
móveis), além da Usina de Cloretação. Também entrou nesta categoria uma lagoa, mas que
originalmente trata-se uma antiga cata, que foi represada;

5) Natural: caverna de canga;

6) Fragmentos de utensílios domésticos: cerâmica vitrificada, cerâmica histórica ou “cabocla” e de


esteatita;

7) Não identificados (sobretudo em função do péssimo estado de conservação. É o caso das estruturas
que sofreram demolições).

Em seguida, foi possível estabelecer quais eram as melhores amostras de cada tipo estabelecido,
focalizando e registrando-as como modelos neste estudo. Os critérios para definição das amostras-tipo
foram: estado de conservação, morfologia, tecnologia de fabricação ou peculiaridades, de modo geral.
Houve casos também de existir uma única amostra do tipo, desta forma, esta seria conseqüentemente o
seu único modelo. Dentro de alguns tipos, foi também possível estabelecer, uma variedade interna ou
sub-tipos. Foi o que aconteceu com os mundéus – identificados em formato retangular, ovóides e semi-
circulares, aproveitando, neste último caso, a curvatura do terreno ou ravinas.

Após o estabelecimento da tipologia foram então selecionados os conjuntos e estruturas isoladas


amostrais, que mereceriam uma topografia detalhada com a utilização de Estação Total, além de
fotografias adicionais. Com exceção da Zona C, que se encontra no perímetro de entorno, conjuntos de
todas as Zonas foram objetos deste tipo de registro.

A seguir a catalogação dos elementos rastreados, descritos e comentados em quadro com as respectivas
fotos, além do detalhamento dos tipos amostrais selecionados.

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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 951m Sarilho
(Gogô) 662477
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7748715

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 972m De onde se avista o Canyon
(Gogô) 662393 Quilombo Rei do Mato18
7748689

Vista do Canyon – Ao fundo Quilombo Rei do Mato


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 988m 1 Caixa esculpida, catas e
(Gogô) 662413 pilão
7748581

Caixa esculpida e pilão


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

18
No entorno da área, pode ser avistado do alto do Morro de Santana, um local denominado pelos moradores como “Quilombo Rei do
Mato”. Mas em função de se encontrar em propriedade privada, de difícil acesso, optou-se neste momento, por somente registrar sua
existência via informação oral.

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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 988m 1ª Bueiro
(Gogô) 662413
7748581
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Bueiro
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 988m 1b Brunidores e fio de
(Gogô) 662413 pedra para refino do
7748581 ouro

Brunidor inteiro, já completamente utilizado Partes de brunidores


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 988m 1c Conjunto de ruínas e
(Gogô) 662413 Sarilhos
7748581

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Conjunto de ruínas – muros e habitação


FOTOS: Henrique Piló (fev. 2008).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 986m 1d Represas arredondadas
(Gogô) 662442
7748591

Vista geral das represas


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 986m 1e Galeria, entrada de
(Gogô) 662442 mina
7748591Gogo

Vista de entrada de galeria


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 1005m 2 Estrutura de moradia
(Gogô) 662354
7748554
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral de ruína de moradia


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1005m 2ª Caixa d’água em
(Gogô) 662354 alvenaria de pedra.
7748554 Dimensões: 5x8 metros
e 1,5m de largura

Detalhe do muro da represa Vista de parte da represa


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
E=662425 m

E=662450 m

E=662475 m

E=662500 m

E=662525 m

1046,522 1036,056

3
9,6
1045,923
5,9

1046,769
9

1035,302
75
5,

N=7748175 m N=7748175 m
10
10

37
38
10

1045,065
1046,796 1042,190
39
9

1046,318
2,7

EDIFICAÇÃO 1035,551
220.39m²
1047,731 1035,115
14

EDIFICAÇÃO
RESERVATORIO
, 8 10

424.35m²
1046,441 16
4,11

378.24m²
4,
36
7,9

EDIFICAÇÃO
29
8
10

28.75m²
28

,8
43

1046,397 1035,153
,8

1
4,9

1046,944
7,

1047,179
0

72

1047,347
1034,823
19
3,
1041,509
10

1035,317
42

15

1042,589 13 1039,772 1035,043


,9

,7
6

6
10
41

1040,610

6,2
2 13,71 10
4,

N=7748150 m N=7748150 m

Detalhamento de estrutura de arraial (reservatório e edificações). Sítio Arqueológico do Morro de Santana (Gogô). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
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E=662500 m

E=662512,5 m

E=662525 m

E=662537,5 m
1036,056

3
9,6

5,
99
1035,302

75
5,
48175 m

10
10
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

37
38
10
1042,190

39
9
2,7

EDIFICAÇÃO 1035,551
220.39m²
EDIFICAÇÃO 1035,115

14
,8
424.35m²

8
6
4,11

1
4,

10
36
7,
EDIFICAÇÃO

98

29
10

28.75m²

28

,8
43

1
1035,153

,8
4,

7
9

7,
0

72

48162,5 m 1034,823
19
3,

1041,509
10

1035,317
42

15
1042,589 13 1039,772 1035,043

,9
,7

6
6
104
1

1040,610

6,2
2 13,71 10
4,

48150 m

IRRADIACOES MORRO GOGO


ARRAIAL

E=662425 m
E=662412,5 m

E=662437,5 m
PONTO ESTE NORTE COTA
1 662514.6616 7748182.6281 1036.0563 1046,522
2 662517.9852 7748177.1083 1035.3017
3 662522.3633 7748171.2430 1035.1146
1045,923
4 662527.3552 7748165.6835 1035.1534
1046,769
5 662533.0711 7748160.5233 1035.3173
6 662538.9360 7748153.8745 1035.4585
N=7748175 m
7 662535.4180 7748150.3682 1036.9856
1045,065
8 662527.7418 7748151.9065 1038.7932 1046,796
1046,318
9 662520.7315 7748153.0554 1040.0752
10 662519.2252 7748152.0726 1040.5177 1047,731
11 662513.6555 7748154.8507 1041.8370 RESERVATORIO
1046,441 378.24m²
12 662507.5451 7748159.7845 1042.5894
13 662502.9533 7748163.5027 1043.3817
14 662500.1996 7748167.5578 1043.3581
15 662499.5422 7748171.6106 1043.1691 1046,397
1047,179 1046,944
16 662500.6636 7748174.1669 1042.1904 1047,347
17 662503.9459 7748177.6724 1040.5485 N=7748162,5 m

18 662506.4021 7748180.0952 1039.6719


19 662507.1269 7748170.4940 1040.9231
LEGENDA
20 662511.1824 7748163.6235 1041.1332
21 662508.6024 7748161.7454 1041.5085 BARRANCO
22 662503.8950 7748167.8673 1041.7750
23 662512.6220 7748166.7040 1040.6343 MURO / PAREDE
24 662517.4331 7748159.7910 1039.7724
RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
25 662433.4680 7748182.4406 1046.5216
26 662435.3526 7748179.6789 1046.9470
CANAL E SENTIDO DE FLUXO
27 662435.8340 7748171.3566 1047.7314
28 662431.2390 7748165.0589 1046.9444 LAVRA
29 662427.0928 7748164.2226 1047.3473
30 662415.9717 7748164.8000 1047.1794 895
CURVAS DE NÍVEL
31 662410.2045 7748164.0345 1046.5852
32 662406.3882 7748165.3387 1045.9703 ARRAIAL
33 662404.7612 7748170.1997 1046.4414 PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
34 662413.4021 7748173.5022 1046.3183 PERÍMETRO DE ENTORNO
35 662418.9883 7748176.4688 1046.7214
Detalhamento de arraial (estruturas de edificações e reservatório).
36 662424.8076 7748179.7624 1045.9232
Sítio Arqueológico do Morro de Santana (Gogô). Mariana/MG.
37 662427.2244 7748174.7717 1045.0650
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 1032m 3 Direção sul – Cachoeira “Curral”. Divisa mais
(Gogô) 662287 das Andorinhas – Morro alta do canyon (outro
7748542 da Queimada lado, rocinha), apoio
unidade doméstica
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista de um possível curral para guarda de animais


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1032m 3ª Caixa de Lavagem
(Gogô) 662287 (pequena)
7748542

Pequena caixa esculpida na pedra


FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1032m 3b Estrutura de moradia
(Gogô) 662287
7748542

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Vistas de estrutura de moradia


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1113m 3c Ponto extremo – abaixo:
(Gogô) 662178 a oeste – morro da
7748238 queimada; a sul: morro
da Mata do Lamonier ao
fundo abaixo da trilha
do Trem da Vale.
Pedreira do Periquito –
Lamonier – Morro São
Sebastião

Vista geral
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 81 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 1072m 4 Represa – 8x5m
(Gogô) 662447
7748145
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Represa
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1041m 5 Alvenaria de pedra com
(Gogô) 662560 rejunte de terra
7748097 vermelha com olho
d’água

Vista do muro com rejunte interno Vista geral da estrutura


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 1039m 6 Unidade residencial,
(Gogô) 662541 curral com +- 300m2.
7748166 Montes de entulho,
muro esculpido na parte
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baixa, complementado
com alvenaria de pedra,
escada esculpida

Vistas do muro de possível curral

Vista de parede de habitação Vista de parte da escada

Vista geral das estruturas


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 1047m 7 Cava, conjunto de
(Gogô) 662507 muros
7748212
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Conjunto de muros Grande cava e muro


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1047m 7a Pedaço de parede
(Gogô) 662507
7748212

Vista de parte de uma parede


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1047m 7b Rego e sarilho
(Gogô) 662507
7748212Gogo

Vista de sarilho
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 1057m 7c Curral de 100m2
(Gogô) 662477
7748240
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista de grande estrutura – aparenta ser um curral


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1031m 8 Caixa parcialmente
(Gogô) 662592 esculpida, pequeno
7748161 mundéu, burnidor,
sarilhos e rua

Caixa esculpida Brunidor

Localização da estrada Sarilho


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 85 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 1032m 8 Monte de minério
(Gogô) 662616 utilizado para fazer
7748202 ferramentas
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista de monte de minério


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1016m Fim do Arraial Velho –
(Gogô) 662655 parte central do Gogo.
7748227 Defronte a fazenda da
Mina da Passagem

Vista geral, ao fundo fazenda


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1011m 9 Próximo a estrutura 8 Unidade residencial
(Gogô) 662546 pequena 6x6m
7748294

Vista geral de unidade residencial Vista de uma das paredes


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 86 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 1013m 10 Unidade residencial
(Gogô) 662522
7748317
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1013m 10a Caixa d’água pequena
(Gogô) 662522 com pilão, canoas
7748317

Vista de caixa esculpida Estrutura de canoa


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 1003m 11 Caixa d’água com fivela
(Gogô) 662534 metálica com rejunte de
7748359 terra. Dimensões
10x10m

Vista geral de muro da caixa de água Detalhe da fivela metálica


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 87 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 888m Entulhos recentes
(Gogô) 662952
7748464
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral dos entulhos


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 898m 12 Últimos moradores – Unidade doméstica –
(Gogô) 662930 avós do sogro do Sr. 15x8m. Canga com
7748369 Salvador plaqueta de quartzito –
argamassa – terra e
areia

Detalhe de canga e plaquetas de quartzito Vista geral de parede da estrutura

Portal principal da residência Vista geral da estrutura


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 898m 12ª Rua
(Gogô) 662930
7748369
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista da estrutura de contenção do caminho


FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 898m 12b Galeria
(Gogô) 662930
7748369

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 898m 12c Rego
(Gogô) 662930
7748369

Rego esculpido
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 89 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 914m 13 Última moradora Canoa – rego esculpido
(Gogô) 662763 D. Teresa na pedra. Pilões, sarilho
7748360
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Localização da residência Sarilho

Rego esculpido Entrada do rego

Estrutura de canoa
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 90 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 914m 13a Caixa esculpida
(Gogô) 662763
7748360
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 944m 14 Seqüência de oito
(Gogô) 662704 represas, mundéu com
7748360 rejunte. Peças polidas

Conjunto de represas Vista das represas

Rejunte de mundéu
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 994m 15 Abaixo da estrutura 8 Conjunto de muros,
(Gogô) 662577 do Arraial Velho unidade doméstica com
7748353 reboco de terra, muros
de curral

Vista dos muros


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 91 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 994m 15ª Abaixo da estrutura 8 Rego e sarilho
(Gogô) 662577 do Arraial Velho
7748353
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista do rego
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 994m 15b Abaixo da estrutura 8 Brunidor completo
(Gogô) 662577 do Arraial Velho
7748353

Brunidor
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 994m 15c Abaixo da estrutura 8 Peça de madeira –
(Gogô) 662577 do Arraial Velho braúna
7748353

Peça de braúna
FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).
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0

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 987m 16 Galeria com dois
(Gogô) 662660 pavimentos
7748289
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista da entrada da galeria


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 975m Local onde havia um
(Gogô) 662745 cruzeiro
7748266

Indicação da localização do cruzeiro


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 982m 17 Unidade residencial com
(Gogô) 662767 reboco – muro
7748227

Vista de parede de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 93 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 982m 17ª Fio de pedra
(Gogô) 662767
7748227
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Fio de pedra utilizado no brunidor


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 972m 18 Unidade residencial.
(Gogô) 662780 Acima caixa d’água,
7748203 entulho, muro, conjunto
maior com muita pedra,
ruína

Vista da unidade residencial Entulhos


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 973m 19 Grande curral
(Gogô) 662827
7748138

Vista geral de local onde havia um curral


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 94 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 973m 19ª Unidade residencial
(Gogô) 662827
7748138
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Parte de parede de unidade habitacional


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 973m 19b Represa
(Gogô) 662827
7748138

Vista de represa
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 973m 19c Muitos pilões pequenos
(Gogô) 662827 na seqüência,
7748138 associados a regos
esculpidos atrás da
residência

Rego esculpido Pilões esculpidos


FOTOS: Henrique Piló (fev. 2008).

Página 95 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 967m 20 Corte a céu aberto
(Gogô) 662865
7748133
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Lavra a céu aberto


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 973m 21 Unidade residencial,
(Gogô) 662885 detalhe portal e janela,
7748086 com terra socada
vermelha

Parte do muro Detalhe do portal

Vista geral de muro com rejunte de terra vermelha


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 96 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
E=662900 m

E=662910 m

E=662920 m

E=662930 m

E=662940 m
949.38

0
,4
17

N=7748150 m

22
76
7,

,7
0
951.21
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

PRIMEIRA FASE 115.65m²

947.69
N=7748140 m

14
2

,9
2,7

3,
952.11

60
95
1
47
2,
948.54

ENTRADA DE SEGUNDA FASE 116.24m²


N=7748130 m

95
GALERIA

0
951 CRUZ
43
,9
3

14
,9
7

24
,3
3
76 58
7, 7,

951.53 N=7748120 m

CEMITERIO 95.63m²

12
,69
949.01

948.29
951.39
67
8,
949.08
N=7748110 m

5, PORTA
37

5,08

IRRADIACOES MORRO GOGO


Detalhamento da ruína da Igreja de Santana.
IGREJA
Sítio Arqueológico do Morro de Santana (Gogô). Mariana/MG.
1 662941.7369 7748114.3252 948.2895 Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
2 662932.7221 7748128.2223 948.0135
3 662928.4863 7748134.7255 948.5371
4 662930.5245 7748136.1277 948.6961
5 662929.0394 7748138.4005 948.5778
6 662926.4893 7748137.4445 948.5714
7 662923.4238 7748142.2377 947.6858
8 662919.4281 7748148.3363 948.1763
9 662914.0706 7748156.2646 949.3780
10 662905.7513 7748151.0306 950.1676
11 662900.2518 7748147.3949 951.2098
12 662907.4872 7748135.6018 952.1136
13 662913.7165 7748126.4059 951.9781
LEGENDA
14 662918.5865 7748118.5313 951.5278
15 662923.7239 7748110.8640 951.3902 BARRANCO
16 662922.2081 7748121.0982 949.5390
MURO / PAREDE
17 662928.9038 7748125.0360 949.2361
18 662920.8033 7748137.5931 950.1212 RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
19 662912.7700 7748150.1636 949.6056
20 662906.2582 7748146.0125 949.9556 CANAL E SENTIDO DE FLUXO
21 662914.3107 7748133.4542 950.2905
22 662928.5972 7748120.6497 949.1899
LAVRA
23 662932.1181 7748115.6485 949.0084 895
CURVAS DE NÍVEL
24 662906.3270 7748129.0411 952.7747
25 662934.9914 7748109.6896 948.6397 IGREJA
26 662932.6797 7748108.4694 949.0768
PERÍMETRO TOMBAMENTO
27 662927.8102 7748107.9733 950.5320
PERÍMETRO ENTORNO
Página 97 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 970m 22 Igreja de Santana
(Gogô) 662931
7748086
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista da parte mais antiga da igreja Vista geral da igreja

Vista geral da igreja Detalhe da cimalha

Ruínas da parede Cruzeiro


FOTOS: Henrique Piló (fev. 2008).

Página 98 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 970m 22 a galeria com escadaria
(Gogô) 662931 esculpida
7748086
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Entrada da galeria Escadaria da galeria


FOTOS: Henrique Piló (fev. 2008).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 955m 23 3 unidades residenciais
(Gogô) 662948 acima da Igreja de
7748069 Santana, muros

Vista de estrutura de habitação Vista geral da estrutura de habitação

Muros Vista geral do muro


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 99 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 955m 23a Pilão duplo
(Gogô) 662948
7748069
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Pilão duplo
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 955m 23b Caixa esculpida vazia
(Gogô) 662948
7748069

Caixa esculpida
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 955m 23c Sarilho
(Gogô) 662948
7748069

Sarilho escondido sob vegetação


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 100 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 955m 23d Enchimento/ aterro de
(Gogô) 662948 unidade residencial
7748069
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Base de habitação
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 956m 23e Meio mundéu com pilão
(Gogô) 663005
7747996

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 996m 23f Caixa d’água, brunidor.
(Gogô) 663013 Estradinha e muito
7747941 entulho

Caixa esculpida Estrutura de estrada

Brunidor
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 101 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 951m 24 Estrutura de habitação
(Gogô) 663092
7747966
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral de estrutura de habitação


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 939m 25 Dois conjuntos de
(Gogô) 663128 unidades residenciais.
7747860 Trilha de acesso à lagoa

Muro da estrutura de habitação


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 939m 25a Galeria nº 160.
(Gogô) 663128 Conjunto de galerias
7747860 profundas

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 939m 25b Canoa esculpida
(Gogô) 663128
7747860

Canoa esculpida
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 102 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 939m 25c Estrutura de estrada
(Gogô) 663128
7747860
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Estrutura de estrada
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 935m 26 Lagoa – originalmente
(Gogô) 663394 para lavrar o ouro
7747444

Lagoa
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 935m 27 Vala de divisa
(Gogô) 663574
7747260

Vala de divisa de propriedade


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 103 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 935m 28 Galeria 1
(Gogô) 663235
7747877
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Entrada de galeria
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 920m 29 Caminho da lagoa Conjunto de represas
(Gogô) 663220
7747892

Conjunto de represas
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 920m 29a Vestígio de residência.
(Gogô) 663220 Muro
7747892

Unidade residencial
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 104 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 920m 29b Sarilho
(Gogô) 663220
7747892
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Sarilho
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 926m 30 Abaixo de estrutura Montes de entulho e
(Gogô) 663128 represa
7747996

Vistas da represa
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 906m 31 Unidade de habitação
(Gogô) 663186
7748043

Vista geral de unidade de habitação Detalhe da parede lateral


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 105 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 906m 31a “Paiol”
(Gogô) 663186
7748043
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Muro de um possível paiol, segundo informações orais


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 900m 32 Unidade residencial
(Gogô) 663145
7748106

Detalhe de parede de uma unidade habitacional


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 909m 32ª Casa paroquial
(Gogô) 663137
7748127

Vista geral da casa paroquial


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 106 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 897m 33 Residência do “Roque
(Gogô) 663114 Pode Deixar” (zelador
7748140 da igreja)
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral da residência Detalhe das paredes


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 904m 33ª Unidade residencial
(Gogô) 663068
7748197

Detalhe de uma parede da residência


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 904m 33b Mundéus
(Gogô) 663068
7748197

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 905m 33c Residência de D. Curral enorme, unidade
(Gogô) 663061 Angelina. residencial
7748213

Vista geral do curral


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 107 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 888m 33d Pai de D. Angelina Quatro casas bem
(Gogô) 663071 destruídas
7748278
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral de uma das unidades habitacionais


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 888m 33e Represa e canoa
(Gogô) 663071
7748278

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 901m 33f Represa
(Gogô) 663012
7748331

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 910m 33g Duas unidades
(Gogô) 662984 residenciais
7748307

Unidade residencial Base de uma unidade residencial


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 108 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 924m 33h Unidade residencial
(Gogô) 663012
7748307
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Base de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 924m 33i Represa
(Gogô) 663012
7748307

Vista geral de local onde está instalada uma represa


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 109 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
E=663030 m

E=663050 m

E=663060 m
E=663040 m
N=7748200 m

10
,6
3
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

N=7748190 m

03
9,

9,
4,

03
33
EDIFICACAO
81.06m²

52
3,

8,
92
04
9,
N=7748180 m

90
7
91
0

N=7748170 m

6
5,1

FORJA
29.05m²
8
7,1
5,
77

1
5,0
EDIFICAÇÃO
48.46m²
6,5
0

IRRADIACOES MORRO GOGO Detalhamento de estrutura de fundição.


Sítio Arqueológico do Morro de Santana (Gogô). Mariana/MG.
FUNDICAO Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
PONTO ESTE NORTE COTA
1 663051.5672 7748190.1764 907.0418 LEGENDA
2 663054.1028 7748186.6647 907.0863 BARRANCO
3 663054.2132 7748182.8305 907.1603
4 663051.2870 7748180.8711 908.1097 MURO / PAREDE
5 663043.8288 7748186.4911 908.7391
RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
6 663048.6908 7748189.9860 907.1817
7 663049.3218 7748191.8213 907.3118
CANAL E SENTIDO DE FLUXO
8 663041.7994 7748199.3275 907.5574
9 663038.9235 7748169.2527 912.9317 LAVRA
10 663034.4191 7748166.7441 914.2301
11 663027.9221 7748163.0680 915.5123 895
CURVAS DE NÍVEL
12 663030.7620 7748157.2163 915.9700
13 663037.5045 7748161.0417 914.7645 FUNDIÇÃO
14 663037.6566 7748161.9727 914.4925 PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
15 663042.1768 7748165.0724 912.4001 PERÍMETRO DE ENTORNO
Página 110 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 924m 34 Fundição, muro com
(Gogô) 663057 escórias
7748171
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Molde para peças

Local da fundição
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 878m 35 Unidade residencial
(Gogô) 662970
7748497

Ruínas de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 111 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 878m 35ª Galeria
(Gogô) 662970
7748497
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Entrada da galeria Galeria

Lençol freático dentro da galeria Vista de um sarilho por outro ângulo

Local do fundo do sarilho Bifurcações na galeria


FOTOS: Alenice Baeta e Henrique Piló (mar. 2007).
Página 112 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
E=662887,5 m
E=662875 m
E=662862,5 m

54
911,114

4,
911,082

8,
49
91
909,769 0
N=7748512,5 m

90
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

9
910,177

907,187

10,01
90
8
90
7

,09
23
90
905,159 6 907,389

N=7748500 m
90
5

904

60
1 5,
902,821

EDIFICACAO 668.05m²
903
7,66

902
N=7748487,5 m

901

902,555
900,447
90
0
20
12,

89
9
,71
18

898

N=7748475 m

897,021 13
,39

896,976

Detalhamento de estrutura de edificação.


IRRADIACOES MORRO GOGO Sítio Arqueológico do Morro de Santana (Gogô). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
EDIFICACAO
PONTO ESTE NORTE COTA LEGENDA
1 662887.1440 7748502.8760 907.3890 BARRANCO
2 662885.0260 7748512.6620 910.1770
3 662879.5020 7748519.1100 911.1140 MURO / PAREDE
4 662878.8740 7748518.5440 911.0820
RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
5 662876.5980 7748515.5350 909.7690
6 662873.9060 7748510.8490 907.1870
CANAL E SENTIDO DE FLUXO
7 662870.8610 7748504.3200 905.1590
8 662866.0860 7748494.8740 902.8210 LAVRA
9 662865.4970 7748487.2030 900.4470
10 662861.4740 7748475.2720 897.0210 895
CURVAS DE NÍVEL
11 662874.5010 7748469.3250 896.9760
12 662883.1240 7748486.5080 902.5550 EDIFICAÇÃO
13 662887.9780 7748501.5360 907.1700 PERÍMETRO TOMBAMENTO
14 662887.6380 7748502.9020 907.3370 PERÍMETRO ENTORNO
Página 113 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 881m 36 Último morador – Zé Unidade residencial
(Gogô) 663001 Jorge
7748456
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vestígio de unidade habitacional


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 881m 36ª Brunidor
(Gogô) 663001
7748456

Brunidor
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 881m 36b Galeria
(Gogô) 663001
7748456

Entrada de galeria
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 114 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 878m 37 Mina com vestígio de
(Gogô) 663015 antigo portão
7748443
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Entrada da galeria Marco do portão


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 878m 37ª Panela de pedra e
(Gogô) 663015 escória de fundição
7748443

Panela de pedra Escória de fundição


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 873m 38 Galeria. Entulho na
(Gogô) 663121 ravina
7748358

Entulho resultante da explotação de ouro


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 115 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 873m 38ª Muros
(Gogô) 663121
7748358
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 873m 38b Conjunto de mundéus
(Gogô) 663121
7748358

Vista geral de conjunto de mundéus


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 873m 38c Unidade habitacional
(Gogô) 663121
7748358

Vestígio de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 873m 38d Brunidor
(Gogô) 663121
7748358

Parte de um brunidor
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 116 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 867m 39 Pequena represa
(Gogô) 663164 isolada, 4x2m
7748343
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Represa
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 876m 40 Conjunto de mundéus –
(Gogô) 663196 ravina
7748293

Detalhe de mundéu Vista de mundéus na ravina


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 865m 41 Ravina paralela à
(Gogô) 663191 estrutura 6
7748276

Mundéus na ravina
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 117 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 42 Conjunto de pilões no
(Gogô) afloramento
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Pilões esculpidos
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 42ª Residência
(Gogô)

Unidade habitacional
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 42b Canoa
(Gogô)

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 42c Caixa d’água ou curral
(Gogô)

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 884m 43 Unidade residencial
(Gogô) 663212
7748112

Vista geral de unidade habitacional


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 118 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 884m 43a Mundéu
(Gogô) 663212
7748112
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 884m 43b Entulho
(Gogô) 663212
7748112

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 868m 44 Oito mundéus e área da
(Gogô) 663355 canoa
7748057

Vista dos mundéus ao fundo e à frente área onde era instalada a canoa
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 845m 45 Dona Guida Unidade residencial com
(Gogô) 663361 divisórias
7748162

Divisões da habitação Vista geral da unidade habitacional


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 119 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 46 Ultimo morador – Unidade residencial
(Gogô) Calazans
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Detalhe da janelas Vista geral da unidade habitacional

Vista geral da unidade habitacional Detalhe de janela bloqueada


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 840m 47 Caixa esculpida
(Gogô) 663346
7748209

Caixa esculpida
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 120 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 840m 47a Canoas
(Gogô) 663346
7748209
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral do local onde eram instaladas as canoas


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 839m 48 Galeria com entrada
(Gogô) 663418 dupla
7748173

Entrada de galeria
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 821m 49 Cemitério das Bexigas
(Gogô) 663913
7747840

Localização do Cemitério das Bexigas


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 121 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
E=663480 m

E=663490 m

E=663500 m
81
3
N=7748210 m
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

814

815

95
1,

N=7748200 m

816 45
7,

HOSPITAL 155.91m²

16
,9
7
4,
65 7,
31
2
817 ,6
12
N=7748190 m 2,
75

81
1,
1,
53

31
HOSPITAL 195.00m² 4, 34
9,
4
2,
70
14
,66

N=7748180 m
8
,2
13

Detalhamento da ruína do hospital.


N=7748170 m Sítio Arqueológico do Morro de Santana (Gogô). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
LEGENDA
IRRADIACOES MORRO GOGO
BARRANCO
HOSPITAL
PONTO ESTE NORTE COTA MURO / PAREDE
1 663495.8401 7748202.2412 816.0154
RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
2 663496.5351 7748201.1394 816.4542
3 663505.1380 7748188.0504 817.4205
CANAL E SENTIDO DE FLUXO
4 663500.5693 7748184.9162 818.1023
5 663497.3285 7748182.9308 817.2695 LAVRA
6 663495.1137 7748186.5429 818.0158
7 663493.4745 7748188.9024 817.4819 895
CURVAS DE NÍVEL
8 663491.2382 7748192.2703 817.5529
9 663488.6699 7748196.1567 817.6425 HOSPITAL
10 663479.3774 7748187.6219 817.5085 PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
11 663486.7264 7748174.9397 817.5677 PERÍMETRO DE ENTORNO

Página 122 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 822m 50 Hospital
(Gogô) 663537
7748204
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral do hospital Vista geral do hospital

Vista da estrutura do hospital Detalhe da parede do hospital

Detalhe da parede do hospital Ruína da parede frontal do hospital


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 123 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 823m 1945 – começo da Galerias
(Gogô) 662424 exploração do quartzito
7748154 na região
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 843m 51 Pequena ponte no
(Gogô) 663350 caminho para a igreja
7748236

Ponte Rego que passa sob a ponte


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 849m 52 Unidade residencial
(Gogô) 663299
7748294

Vista geral de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 849m 52a Mundéu
(Gogô) 663299
7748294

Mundéu
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 124 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 849m 52b Rego (o mesmo da
(Gogô) 663299 estrutura 17)
7748294
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 849m 52c Conjunto de mundéus
(Gogô) 663299
7748294

Vista geral de conjunto de mundéus


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 849m 52d Uma unidade
(Gogô) 663299 residencial.
7748294

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 843m 53 Último morador: D. Ana Unidade residencial
(Gogô) 663280 da Luz
7748363

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 843m 53a Represa
(Gogô) 663280
7748363

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 843m 54 Unidade residencial
(Gogô) 663205
7748414

Vista geral da unidade residencial Detalhe da parede

Página 125 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Detalhe da parede Vista da parede lateral


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 843m 54a Conjunto de mundéus
(Gogô) 663205
7748414

Vista de conjunto de mundéus


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 844m 55 Galeria
(Gogô) 663055
7748598

Vista da galeria Vista da galeria

Página 126 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Entrada da galeria
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 127 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
E=662875 m
E=662865 m

E=662870 m
1 8 ,9 4
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

M O N JO LO
7 .0 3 m ²

N= 7748680 m
2,53

C A IX A D E
LAVAG EM
4 .9 7 m ²

1 ,9 7

N= 7748675 m

N= 7748670 m

E N T R A D A D E G A LE R IA
6,16

E D IF IC A C A O 3 7 .3 3 m ²

N= 7748665 m

6 ,0 6

IRRADIACOES MORRO GOGO


Detalhamento de estrutura de monjolo.
MONJOLO Sítio Arqueológico do Morro de Santana (Gogô). Mariana/MG.
PONTO ESTE NORTE COTA Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
1 662869.0231 7748669.5839 857.9258
2 662868.4011 7748663.3321 857.8843
3 662874.4469 7748662.8575 858.1283 LEGENDA
4 662874.5314 7748669.0604 858.1863 BARRANCO
5 662873.5504 7748680.9704 857.3959
7 662876.7569 7748683.1634 857.6939 MURO / PAREDE
6 662876.6237 7748680.8708 857.7958
RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
8 662873.7327 7748683.0538 857.7056
9 662868.3677 7748680.9374 855.6054
CANAL E SENTIDO DE FLUXO
10 662868.5228 7748678.2725 855.8338
11 662866.5544 7748678.1558 855.7050 LAVRA
12 662866.2175 7748680.4983 855.2798
13 662863.4633 7748684.5794 854.2768 895
CURVAS DE NÍVEL
14 662872.2443 7748685.2145 856.3105
15 662875.6225 7748685.1679 856.7204 MONJOLO / ENGENHO
16 662882.1824 7748686.1924 860.9288 PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
17 662878.5921 7748667.2087 858.8173
PERÍMETRO DE ENTORNO
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 844m 55a Conjunto de mundéus
(Gogô) 663055
7748598
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Conjunto de mundéus
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 863m 56 Engenho, local do
(Gogô) 662888 monjolo para pilar café
7743691 e milho

Local do engenho Base para fixação do engenho


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 887m 57 Unidade residencial,
(Gogô) 662819 Degrau solto
7748633

Vista geral de unidade residencial Detalhe da parede interna

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Detalhe da parede externa Vista da entrada da residência


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 887m 57a Represa
(Gogô) 662819
7748633

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 887m 57b Saramenha e esteatita
(Gogô) 662819
7748633

Cerâmica Saramenha Panela de esteatita


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 900m 58 Engenho de fubá
(Gogô) 662767
7748600

Local onde estava inserido o moinho de fubá


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 130 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 908m 59 Unidade residencial
(Gogô) 662825
7748524
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 908m 59a Monjolo
(Gogô) 662825
7748524

Canal que levava água até o monjolo


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 908m 59b Galeria grande com teto
(Gogô) 662825 desabado
7748524

Página 131 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 908m 60 Caverna
(Gogô) 662811
7748517
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista da parte interna da caverna Entrada da caverna


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 908m 60a Estrutura de represa
(Gogô) 662811
7748517

Vista geral do canal que abastecia a represa Detalhe do canal

Parede lateral esculpida do canal Vista geral da represa


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 132 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santana 908m 60b Cerâmica cabocla
(Gogô) 662811
7748517
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Cerâmica Cabocla
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 923m 61 “Senzala”
(Gogô) 662810 aproximadamente
7748474 500m2

Vistas da possível senzala, segundo informações orais


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santana 866m 62 Quilombo do rei do
(Gogô) 662301 mato
7750665

Vista do local que, segundo informações orais teria sido o Quilombo Rei do Mato
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 133 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 888m Estação Ferroviária de
661156 Passagem de Mariana
7744308
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista da Estação Ferroviária de Passagem de Mariana


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
E=661650 m

E=661700 m

E=661750 m

E=661800 m

E=661850 m

E=661900 m

E=661950 m

E=662000 m
CT=976.99

6
22,2

14,8
CT=977.63
4,52
CT=976.88

8
TERRACO 1
299.33m²
CT=974.77

6
9,8

9,92
CT=977.21
TERRACO 2
115.04m² CT=975.06
,49 OS

6,37
N=7744650 m CASA 5 20 ICUL N=7744650 m
NT
42.53m² MO
8,2

6,1
0 5
6

,3 7,0

0
13 CT=978.50 ENTRADA DE GALERIA
CAIXA D'AGUA
112.68m2
CT=979.35 EDIFICAÇÃO 225.00m3
112.55m²
CT=971.52
8
8,4

3,7
1CT=979.08
9

CT=978.99

2,89
CT=975.57
CT=978.60 OS
ICUL
CT=971.38 NT
MO

CT=983.74
CT=974.14
CT=977.03 CT=971.76
CT=985.15 8
7,3
7,5

CT=971.39
CASA 4 LAVRA
8

7,7 50.27m² 766.34m²


,28
14 19 7 5 CT=969.47
,7
2 5,8
5 CT=968.17
98 CT=974.79
CT=985.98 CT=973.49
5

CT=971.14 CT=968.28
7,9

28,1
1,83

4,62

CT=989.12
CT=988.10 CT=980.75 CT=975.14 3,30 8 N=7744600 m
N=7744600 m CT=988.72
3,84

CT=986.98 2,86
98
0 24 CT=974.86 ,55
CT=989.42 ,6 10
9 CAIXA D'AGUA 2
CT=985.40
CT=975.21 CT=971.55
8,79
CT=984.09 9,11
CT=963.17
OS CT=971.79
CT=987.31 L METR
CANA DE 2 TROS
DIA ME
2,12

5 ME 400 0,5%
CT=987.48 CT=981.65 CT=981.45 97 URA DE DE
LARGTENSAOIDADE
CT=980.16 EX IV
CT=987.59 DECL
CT=990.16 CT=985.79
CT=978.89
CT=972.14
970
2,0
ENTRADA DE

CT=988.00
GALERIA

CT=977.03
7
9,3
10,0
3

REPRESA
CT=984.99 CT=972.14 5
CT=972.68 96
CT=972.12 TANQUES DE LAVAGEM
8,80

LAVRA CT=972.26
2,32

N=7744550 m 4746.34m² 5,06 N=7744550 m

CT=982.61
CT=971.70 CT=972.26
0
96
11
,24

CT=979.77
3,9

9
0

,7
6,9

CT=968.84 11
0

CASA 03
CT=979.57 5 5
49.07m² 95
9,7
CT=972.60 LAVRA 4
11,

,5
3,82

240.86m² 12
44

REPRESA
8 CT=968.63
5,2
5,2

CT=977.64
1

4
5,7
3,2

CT=975.15 CT=967.21
CASA 02
2

CT=972.67 0
157.53m²
0 95
1 2,2 CT=965.76
3,5
1,8

CRUZEIRO
10
1

,3
3

CT=973.09
6,7

9
8,9
0

CT=973.08
24
CT=973.01 ,3
9
19

N=7744500 m
,7

N=7744500 m 743.84m²
9
2,0
2

704.29m²
9,25
5,85

CASA 01
25

51.79m² 7,2
5

,74

8,6

6,16
5,41

7,5

7
9,15 7
7,7
4,7
0

²
6,84 8m
6,56
2,0

2.3
0

17
,0
5

10

12
,1
8,82

1
854.95m²
2,99

4,58 8
8,3
9,1
7,49

7
,4
11

18
,9
E=661650 m

E=661700 m

E=661750 m

E=661800 m

E=661850 m

E=661900 m

E=661950 m

E=662000 m
7

4,05

Detalhamento de conjunto de estruturas. Sítio Arqueológico do Morro de Santo


Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
LEGENDA
BARRANCO

MURO / PAREDE

RUINA - VESTIGIO DE PAREDE

CANAL E SENTIDO DE FLUXO


CONJUNTO
LAVRA
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
CURVAS DE NÍVEL PERÍMETRO DE ENTORNO
Página 134 de 282 ABR
895

DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

CT=977.03

CT=984.99 CT=972.14
CT=972.68
CT=972.12

2,32
LAVRA CT=972.26
N=7744550 m 4746.34m²
CT=982.61
CT=971.70 CT=972.26

CT=979.77

3,9
0
9
CT=968.84
,7
11

CASA 03
CT=979.57 49.07m²
CT=972.60 LAVRA ,5
4
12
240.86m²

3,82
5,2
8 CT=968.63

5,2
CT=977.64
1
4
5,7

CT=975.15 3,2
CASA 02 2 CT=967.21
CT=972.67
157.53m² 2,2
0

1
CT=965.76
3,5
CRUZEIRO
1 ,8

10
1

,3
3

CT=973.09
6,7

9
0

8,9

CT=973.08
CT=973.01 24
,3
9
19
,7

N=7744500 m
9

743.84m²
2,0
2

9,25
704.29m²
5,85

CASA 01
25

51.79m²
5
,74

8,6
5
7,5

6,16 7,2
5,41

9,15
7
7,7
4,7
0

²
m
38
6,84

2.
6, 56

17
0
,0
10
2,0
5

12
,1
1
2,99
8,82

854.95m²
4,58 8
8,3
7,49

9,1
5

,47
E=661662,5 m

E=661712,5 m

E=661737,5 m

E=661762,5 m

18
11
,9
E=661650 m

E=661675 m

E=661700 m

E=661725 m

E=661750 m

E=661775 m
7

4,05

Detalhamento de estruturas de lavras e moradias. Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

LEGENDA
BARRANCO

MURO / PAREDE

RUINA - VESTIGIO DE PAREDE

CANAL E SENTIDO DE FLUXO


IRRADIACOES MORRO STO ANTONIO
LAVRA
CASA 02
PONTO NORTE ESTE COTA 895
CURVAS DE NÍVEL
5 7744514.847 661685.982 972.209
6 7744516.425 661689.119 971.653
7 7744521.393 661697.941 970.875 IRRADIACOES MORRO STO ANTONIO
8 7744524.503 661703.678 970.835 CASA 01
9 7744527.151 661708.249 970.061 PONTO NORTE ESTE COTA
10 7744524.750 661710.230 969.382 1 7744491.579 661655.169 971.524
11 7744522.769 661711.070 968.942 2 7744495.127 661663.730 971.541
12 7744513.394 661697.048 970.012 3 7744489.705 661665.715 971.238
13 7744508.999 661689.261 971.406 4 7744486.540 661657.126 971.281

Página 135 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

CT=989.12
CT=988.10
CT=988.72
CT=986.98
CT=989.42
CT=985.40

CT=984.09

CT=987.31

CT=987.48 CT=981.65 CT=981.45


CT=980.16
CT=987.59
CT=990.16 CT=985.79
CT=978.89

CT=988.00
CT=977.03

CT=984.99
CT=972.68

LAVRA CT=972.26
4746.34m²
CT=982.61
CT=971.70 CT=972.26

CT=968.84
CT=979.57
CT=972.60 LAVRA
240.86m²
CT=968.63
E=661662,5 m

E=661687,5 m

E=661637,5 m

8
5,2
E=661675 m

E=661725 m
5,

CT=977.64
21
E=661650

4
5,7
CT=967.21
3,
22

CT=972.67 CASA 02
157.53m² 2,2
0

CT=975.15 CT=965.76

Detalhamento de estrutura de lavra. Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

LEGENDA
BARRANCO

MURO / PAREDE

RUINA - VESTIGIO DE PAREDE

CANAL E SENTIDO DE FLUXO

LAVRA

895
CURVAS DE NÍVEL

Página 136 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

E=661762,5 m

E=661812,5 m
E=661775 m

E=661800 m

E=661825 m
CT=983.74

38
7,
CT=985.15
7,
CASA 4 58

50.27m² N=7744620,5 m
28
14,
7,
77
19 85
,7
2 5,

5
98 CT=974.79
95
7,

CT=980.75 N=7744600 m

0
98
,55
24
,6
CT=974.86 10
9

CT=975.21 9
CANAL 8,7

LARGURA MEDIA DE 2 METROS 9,11

EXTENSAO DE 400 METROS


DECLIVIDADE DE 0,5% N=7744600 m

2,1
2
5
97
Detalhamento de estruturas de moradia e canal. Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

IRRADIACOES MORRO STO ANTONIO


CASA 04 LEGENDA
PONTO NORTE ESTE COTA
BARRANCO
59 7744614.508 661843.965 969.474
60 7744609.339 661758.008 985.984 MURO / PAREDE
61 7744613.776 661770.943 985.574
62 7744602.374 661786.449 980.537 RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
63 7744619.424 661792.653 983.738
CANAL E SENTIDO DE FLUXO
64 7744613.123 661796.546 982.741
65 7744589.053 661807.588 975.215 LAVRA
66 7744590.963 661816.677 974.840
67 7744599.018 661834.354 975.141 895
CURVAS DE NÍVEL

Página 137 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
E=661837,5 m

E=661850 m
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

N=7744650 m

8,
26
0
,3
13

CT=978.50

CT=979.35 EDIFICAÇÃO
112.55m²

N=7744637,5 m

8,
8

49
,7
13

CT=979.08
CT=978.99

CT=975.57
CT=978.60

N=7744625 m

CT=974.14
CT=977.03

LAVRA
766.34m²
N=7744612,5 m
CT=969.47

CT=974.79
CT=973.49
CT=971.14
1 ,8
3

CT=975.14 N=7744600 m

CT=971.55

Detalhamento de estruturas de lavra e edificação. Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

IRRADIACOES MORRO STO ANTONIO LEGENDA


ARMAZEM BARRANCO
PONTO NORTE ESTE COTA
14 7744642.736 661852.360 979.354 MURO / PAREDE
15 7744645.929 661857.403 981.775 RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
16 7744649.525 661863.719 981.217
17 7744645.089 661866.679 980.934 CANAL E SENTIDO DE FLUXO
18 7744646.880 661869.422 980.715
19 7744644.682 661871.142 978.500 LAVRA
20 7744642.755 661868.240 978.903
21 7744635.415 661856.652 978.993 895
CURVAS DE NÍVEL
Página 138 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

E=661937,5 m

E=661950 m

E=661987,5 m

E=662000 m
CT=976.99
6
22,2

14,8
4,52
CT=977.63

8
CT=976.88 TERRACO 1 N=7744662,5 m
299.33m²
CT=974.77
86
9,

9,9

CT=977.21
2

TERRACO 2
115.04m² CT=975.06
S
,49
LO
6,3

ICU
20

CASA 5
7

N T N=7744650 m
42.53m² MO
6 ,1
0

5
7,0
ENTRADA DE GALERIA
CAIXA D'AGUA
112.68m2
225.00m3

CT=971.52
2 ,8
9

LOS
T ICU
N
MO

CT=971.38

Detalhamento de estruturas de caixa d’água e edificação. Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

LEGENDA
BARRANCO

MURO / PAREDE

RUINA - VESTIGIO DE PAREDE

CANAL E SENTIDO DE FLUXO


IRRADIACOES MORRO STO ANTONIO
CAIXA D'AGUA LAVRA
PONTO NORTE ESTE COTA
22 7744646.391 661984.516 969.414
895
CURVAS DE NÍVEL
23 7744652.235 661994.658 970.642
24 7744643.676 661999.748 969.843 IRRADIACOES MORRO STO ANTONIO
25 7744638.347 661989.567 970.091 CASA 05
26 7744658.058 661994.930 972.207 PONTO NORTE ESTE COTA
27 7744642.267 662003.465 969.506 49 7744671.417 661972.469 976.937
28 7744637.187 661998.234 969.130 50 7744658.218 661976.660 974.774
29 7744635.556 661995.806 969.651 51 7744649.692 661958.027 975.637
30 7744634.973 661989.727 971.146 52 7744651.780 661948.966 976.524
31 7744644.843 661982.331 971.192 53 7744666.517 661954.506 977.953

Página 139 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

E=661912,5 m
E=661900 m

E=661950 m
E=661937,5 m
CT=971.38

CT=971.76

N=7744612,5 m
CT=971.39

CT=968.17
CT=968.28 28, 1
8
4,62

0
3, 3

N=7744600 m
2,86
3, 8
4

CAIXA D'AGUA 2

CT=963.17
N=7744587,5 m

Detalhamento de estrutura de caixa d’água. Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

LEGENDA
BARRANCO

IRRADIACOES MORRO STO ANTONIO MURO / PAREDE


CAIXA D'AGUA 2 RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
PONTO NORTE ESTE COTA
54 7744617.556 661931.227 971.757 CANAL E SENTIDO DE FLUXO
55 7744590.595 661939.437 963.166
56 7744600.830 661917.349 968.261 LAVRA
57 7744598.208 661921.066 968.024
58 7744604.626 661927.883 968.501 895
CURVAS DE NÍVEL
Página 140 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
E=661887,5 m
E=661875 m
E=661850 m
7
9,3

10,
03
N=7744562,5 m
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

REPRESA

8,80
5,06 N=7744550 m

11
,24
TANQUES DE LAVAGEM

N=7744537,5 m

90
6,

75
9,
11
,44

REPRESA
N=7744525 m

0
95
Detalhamento de estrutura de represa. Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).

IRRADIACOES MORRO STO ANTONIO


REPRESA
PONTO NORTE ESTE COTA
32 7744563.008 661854.365 961.979
33 7744568.010 661862.322 962.844
34 7744563.432 661864.745 961.109
35 7744560.297 661866.610 960.787
36 7744556.677 661863.376 959.388
37 7744556.321 661859.694 960.617 LEGENDA
38 7744557.313 661857.249 960.643
39 7744548.588 661871.616 955.511 BARRANCO
40 7744539.342 661876.722 952.386
MURO / PAREDE
41 7744529.003 661865.544 950.461
42 7744525.073 661867.749 949.116 RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
43 7744523.206 661870.638 948.162
44 7744522.145 661874.669 947.647 CANAL E SENTIDO DE FLUXO
45 7744524.172 661878.161 948.187
46 7744527.345 661876.987 948.607 LAVRA
47 7744530.102 661875.339 949.633
895
CURVAS DE NÍVEL
48 7744533.503 661872.816 950.928
Página 141 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 950m 1 3 estruturas residenciais
661505
7744442
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista das estruturas residenciais


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 950m 1ª Rua
661505
7744442

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 950m 1b Represa
661505
7744442

Represa
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 966m 2 Unidade residencial e
661670 muro
7744476

Vista geral de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 142 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 967m 3 Lavra a céu aberto até o
661708 encontro da linha férrea
7744491
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista de lavra a céu aberto


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 966m 4 Grande conjunto de
661670 unidades residenciais
7744495

Vista geral de unidades residenciais


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 964m 4 Mundéus
661719
7744487

Mundéus
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 143 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 964m 4ª Estrada de cavaleiro
661719 rente ao rego
7744487
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista de estrada de cavaleiro e rego


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 968m 4b Estrutura de habitação
661718
7744530

Vista de unidade de habitação


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 973m 4c Defronte à base do
661794 cruzeiro, lavra a céu
7744564 aberto com rego, pilão,
entulho e sarilhos

Lavra a céu aberto Pilão


Página 144 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Rego Localização do cruzeiro


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 973m 4d Pequena unidade de
661794 habitação
7744564

Unidade de habitação
FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 968m 4e Rego
661718
7744530

Vista geral do rego


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 145 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 958m 5 Regos e mundéu
661895 redondo. Galeria e
7744513 entulhos
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista de mundéu arredondado Vista geral de mundéu


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 954m Caverna com sarilho
661890
7744584

Entrada da caverna Sarilho dentro da caverna


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 969m 6 Lavra a céu aberto com
661873 escadinha e muro
7744610

Lavra a céu aberto Escadas de acesso à lavra


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 146 de 282 ABR
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 969m 6ª Bancadas para horta
661873
7744610
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Bancada para plantio de horta


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 998m 7 Ruína no topo. Parte
661799 baixa com mineração.
7744686 Lavras

Vista geral de ruína de unidade de habitação


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 998m 7ª “Paiol”
661799
7744686

Vista geral de possível paiol, segundo informações orais


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 147 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 990m 8 Continuação da Lavras a céu aberto
661891 estrutura 7
7744723
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Lavra a céu aberto


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 990m 8ª Muro de arrimo
661891
7744723

Muro de arrimo
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 990m 8b Unidade residencial
661891
7744723

Local onde estão situados vestígios de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 990m 9 4 unidades residenciais.
661913 Continuidade de
7744677 conjunto residencial,
galeria e rego
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral de conjunto habitacional Vista de unidade residencial

Vista de conjunto habitacional


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 980m 10 Mesma valeta das Conjunto, unidade
661952 estruturas 1 e 2 residencial e paiol
7744638

Vista de conjunto residencial Detalhe de unidade residencial


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 974m 11 Cratera. Lavra a céu
662004 aberto com ruína perto
7744629 da erosão
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Lavra a céu aberto Vestígio de unidade habitacional


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 974m 11a Muro de arrimo
662004
7744629

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 12 Represa com local de
escoamento de água

Vista geral da represa Local de escoamento de água


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 13 Ao fundo linha férrea Conjunto de 8 represas

Represa, vista geral


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Página 150 de 282 ABR


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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 974m 14 Unidade residencial de
662016 aproximadamente
7744687 200m2. Rejunte com
aspecto diferente
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 976m 15 Abaixo terreno com Grande cava com
662182 poucas ruínas e muitos divisas e muro grande
7744822 sarilhos. Acima pequena
represa e abaixo grande
lavra a céu aberto

Muro
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 991m 16 Trilha até chegar do Fim da estrada.
662222 outro lado do morro Voçoroca atrás da
7744907 represa

Estrada Voçoroca
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
Página 151 de 282 ABR
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 992m 17 Ao fundo vista da Mina Imensa lavra
662425 da Passagem
7745414
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral da lavra


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 993m 18 Ruínas no penhasco, ao
662439 fundo precipício.
7745436 Parapeito, arrimo e
banqueta de um rego

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 1004m 19 Ruínas no topo, entorno
662503 de uma voçoroca
7745439

Ruínas de parede
FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 1001m 20 Unidade residencial
662539
7745478
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral de unidade habitacional


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 995m 20 Cômodo pequeno
662617
7745504

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E=662525 m

E=662550 m

E=662575 m

E=662600 m

15,9
N=7745600 m

9
3,8
7
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

N=7745575 m

31,
31
8,1 4,
2 52

6,2
5
5,1

6,4
7 4,6
3

1
IGREJA
343.66m²

18
IGREJA

,34
211.23m²

12
12

11
N=7745550 m ,24

,63
,87
7,8

10
4

,87
5,7 12
7 ,3 9

8,4
7

SARILHO

N=7745525 m
PRACA
1
,5

1981.79m²
60

1002,73

1003,00
SARILHO
1002,89
SARILHO 1002,98

N=7745500 m

1003,57

SARILHO

Detalhamento de ruína da Igreja de Santo Antônio. Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio (Mata-Cavalos). Mariana/MG.
Elaboração (Fev/2007): Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo).
IRRADIACOES MORRO STO ANTONIO
IGREJA DE SANTO ANTONIO
PONTO NORTE ESTE COTA
1 662618.3308 7745608.7035 997.6540
2 662613.6122 7745593.4235 999.8573
3 662611.0420 7745585.8915 1000.3355
4 662607.5499 7745577.5689 1000.4576
5 662604.8190 7745570.3408 1000.4238
6 662602.7776 7745564.9692 1001.4050 LEGENDA
7 662601.1119 7745560.2184 1000.7563
BARRANCO
8 662597.2758 7745552.8962 1001.3275
9 662593.6527 7745544.9284 1002.7680 MURO / PAREDE
10 662589.8659 7745535.4647 1002.5544
11 662581.9976 7745538.6183 1003.7971 RUINA - VESTIGIO DE PAREDE
12 662569.7016 7745545.2273 1003.7378
13 662577.3252 7745561.2450 1003.3551 CANAL E SENTIDO DE FLUXO
14 662580.3043 7745566.7356 1001.7925
LAVRA
15 662587.7334 7745563.3872 1002.5273
16 662567.2969 7745546.1896 1003.7517 895
CURVAS DE NÍVEL
17 662561.6197 7745549.0696 1002.3387
18 662552.7584 7745536.0869 1001.8946
IGREJA
19 662543.3170 7745522.4614 1002.0033
20 662531.5130 7745505.3143 1002.8482
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
21 662527.8058 7745498.1367 1003.5724 PERÍMETRO DE ENTORNO
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 966m 21 Praça da antiga Igreja
662607 de Santo Antônio.
7745544 Cemitério. Grande muro
de arrimo
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Muro de arrimo Praça da Igreja de Santo Antônio

Vista das ruínas da igreja Detalhe da parede


FOTOS: Henrique Piló (fev. 2008).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 982m 22 Represa com rego
662830 grande.
7745892 Aproximadamente
40x20m

Represa
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 977m 23 Grande represa.
662957 Sistema de escoamento
7746002 de água
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Vista geral da represa


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 970m Final da parte alta do Mirante
663022 Morro
7745993

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 965m 24 Muro e canal
662944
7745858

Muro Canal
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 965m 24ª Unidade residencial
662944
7745858

Vestígios de unidade residencial


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 948m 25 Conjunto de canais
663009
7745852
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Vista geral dos canais


FOTO: Henrique Piló (fev 2008).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 948m 25b Corte no barranco, catas
663009 e entulho
7745852

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 915m 26 Dentro da mata. Ruína de residência
663034
7745842

Vista da parede lateral da unidade residencial Detalhe da vegetação e parede


FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 904m 27 Barragem
663068
7745895

Barragem
FOTOS: Henrique Piló (mar. 2007).
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Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição
Morro de Santo Antônio 896m 28 Local onde existe uma Muro de pedra
662889 pedreira de quartzito
7745214 recente
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Muro de pedra
FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 933m 29 Ruína com placa
661621 defronte à capela do
7744345 passinho

Parede de unidade habitacional


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).

Sítio Arqueológico Coordenada Estrutura Comentários Descrição


Morro de Santo Antônio 933m 30 Km 8 da estrada de Ruína. Lingote
661621 ferro
7744345

Ruína de unidade habitacional


FOTO: Henrique Piló (mar. 2007).
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5 DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE TOMBAMENTO

O perímetro tombado foi delimitado focando-se cada morro, em particular, como área de tombamento
específica, considerando-se os elementos de interesse paisagístico, histórico, de arqueologia histórica e
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cultural de cada um, a saber: áreas de recarga do aqüífero local (topos de morro); nascentes;
remanescentes de campo rupestre e cerrado; área de ocorrência de formações geológicas de antiga
extração aurífera; ruínas representativas da atividade minerária de então e de como se dava a ocupação
humana daquele sítio, assim como das suas manifestações culturais e religiosas. A inclusão desses
elementos nas áreas tombadas será fator de preservação da integridade paisagística, arqueológica,
hidrográfica e biológica desses ambientes.

O perímetro de tombamento do Morro de Santana tem início em P1, localizado na Cachoeira do Fundão,
no Bairro de Santana, na cota altimétrica de 900 m, nas coordenadas x=662546 e y=7748981; de P1
segue-se na direção Sudeste pela linha da cota altimétrica de 900m até o ponto P2 (x=663715 e
y=7746953) localizado próximo à Lagoa Seca; de P2 segue-se na direção Noroeste pela barragem que
forma a citada lagoa, até seu encontro com a cota de 1000 m, onde é localizado P3 (x=662930 e
y=7747944); de P3 segue-se a cota de 1000 m até P4 (x=662524 e y=7747793), rumo Oeste,
localizado sobre o desfiladeiro do Mata-Cavalos; de P4 segue-se pela primeira cota abaixo da cumeeira
(interflúvio entre as sub-bacias do Rio Canela – direção Sudoeste e do Ribeirão Mata-Cavalos – direção
Norte), em direção ao topo, onde é localizado P5 (x=662367 e y=7748099); o topo acha-se localizado
entre o desfiladeiro do Mata-Cavalos NW-SE e Córrego do Fundão W-E; de P5 segue-se direto para P6
(x=661862 e y=7748502), no sentido Noroeste, em direção ao talvegue do Córrego do Fundão; de P6
segue-se o curso do Córrego do Fundão para P7 (x=662546 e y=7748981), rumo Nordeste, que coincide
com P1, na Cachoeira do Fundão, onde teve início esta descrição.

O perímetro de tombamento do Morro de Santo Antônio tem início em P1’, localizado na estrada da
mineração próximo à Estação Ferroviária de Passagem de Mariana, no distrito de mesmo nome, na cota
altimétrica de 850 m, nas coordenadas x=661257 e y=7744526; de P1’ segue-se para P2’ por trilha
existente, na direção Norte, até o ponto P2’, próximo ao topo, de coordenadas x= 661358 e y=7744526;
de P2’ segue-se rumo Nordeste pela cota altimétrica de 900 m por sobre a cumeeira, onde é localizado
P3’ no encontro entre a cota 850 m com a linha férrea, de coordenadas x=662512 e y=7745754; de P3’
segue-se pelo trilho da ferrovia até P4’, de coordenadas x=662877 e y=7746425, rumo Nordeste,
localizado próximo ao encontro do Ribeirão Mata-Cavalos com o Ribeirão do Carmo, onde há uma
mudança de rumo na direção da linha férrea, para a direção Sudeste; continuando lindeiro aos trilhos o
limite do perímetro encontra P5’, de coordenadas x=663294 e y=7746021, no interflúvio entre as sub-
bacias do Córrego Seco e do Ribeirão do Carmo; de P5’ segue-se rumo Sudoeste sobre à linha férrea, até
o encontro dos trilhos com a cota altimétrica de 930 m, de onde segue-se direto na direção oeste para
P6´, coincidente com P1’, ponto onde teve início esta descrição.

Pelos pontos acima descritos foram delimitados os perímetros de tombamento do Morro de Santana
(poligonal fechada P1P7), contemplando uma área de aproximadamente 131,70 ha e do Morro de
Santo Antônio (poligonal fechada P1’P6’) com uma área estimada em 131,16 ha. Estes perímetros
estão representados no mapa seguinte, em escala gráfica.

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Perímetros de Tombamento e Entorno: mapa esquemático

Elaboração (Fev/2007): Rachel Starling (Geógrafa).

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6 JUSTIFICATIVA DA DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE
TOMBAMENTO

A determinação dos limites das áreas de tombamento partiu das referências obtidas na inspeção técnica
considerando-se os marcos hidrográficos, de relevo e de ocupação/exploração antrópicas. Estão incluídos
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nos perímetros os vestígios que configuram sítios arqueológicos, excluindo-se as áreas já ocupadas, cujas
estruturas encontram-se em avançado estágio de degradação/descaracterização (como nas proximidades
do Bairro Vila Gogô e da ruína denominada “hospital”). O perímetro também abarca trechos em que não
há vestígios de estruturas, mas que necessitam de proteção e diretrizes para a preservação da ambiência
desses sítios.

Para a área do Morro de Santana partiu-se da Cachoeira do Fundão, localizada no córrego de mesmo
nome e nela traçando o ponto norte/inicial de demarcação das referências, por se tratar de marco
hidrográfico de caráter relativamente permanente. Prosseguiu-se no sentido horário, margeando a área já
ocupada do Morro, tendo em vista respeitar o limite área urbana / área do tombamento. A Lagoa Seca
(lago artificial) foi considerada como marco sudeste por seu reconhecimento amplo na comunidade. O
marco geomorfológico representado pelo grande desfiladeiro do Mata-Cavalos constitui-se o traçado do
limite de sul/sudoeste. Deste ponto traçou-se a delimitação do limite oeste/norte percorrendo o vale do
Córrego do Fundão, por si uma delimitação natural de territórios. Concluiu-se dessa forma o polígono de
tombamento.

Para área do Morro de Santo Antônio o marco inicial foi traçado ao sul do polígono no ponto do início da
trilha de acesso ao bem, próximo à Estação Ferroviária, referência esta que demarca o limite da área
urbanizada do distrito de Passagem de Mariana. Prosseguiu-se, também, no sentido horário. Como
segundo marco utilizou-se o limite da área de mineração de quartzito com as ruínas das antigas
minerações de ouro, por se tratar de área de exploração minerária outorgada por órgão competente.
Obedeceu-se o declive abrupto do vale do Córrego Seco como marco geomorfológico da linha oeste da
delimitação e a linha férrea como marco norte, seguindo o seu traçado até o marco inicial.

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7 DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE ENTORNO AO
TOMBAMENTO

O perímetro de entorno da área tombada fica delimitado pelos pontos abaixo descritos, formados pela
poligonal fechada E1E12, representada no mapa da próxima página, em escala gráfica, e contempla uma
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área aproximada de 816 ha.

O perímetro tem início em E1, nas coordenadas x=662654 e y=7749055, localizado na Cachoeira do
Gogô, encontrada na bacia do Córrego do Fundão, no Bairro de Santana; de E1 segue-se rumo Sudeste
para E2 (x=664089 e y=7747716) pela cota 800 m, margeando a área urbana até as proximidades do
Bairro do Rosário no distrito sede de Mariana; de E2 segue-se por interflúvio rumo sudoeste em direção a
E3 (x=0663896 e y=7747231) próximo à nascente existente; de E3 segue-se primeiramente o interflúvio
que margiea a área urbana e depois pela linha de cota 840 m, em direção à E4 (x=663991 e
y=7746512), ao sul de E3, quando do encontro da linha férrea com o Rio do Carmo, de E4 toma-se a
direção sudoeste seguindo interflúvio na vertente da margem direita do Ribeirão do Carmo até E5
(x=663297 e y=7744599) localizado no topo dessa vertente; de E5 segue-se margeando a área urbana
do distrito de Passagem de Mariana na direção oeste até E6 (x=661036 e y=7747346), localizado na
Estação Ferroviária de Passagem de Mariana; de E6 toma-se o rumo nordeste direto até E7 que localiza-
se próximo à mineração de quartzito nas coordenadas x=661322 e y=7744916; de E7 segue-se na
margem direita do Córrego Seco na direção norte-nordeste até E8 (x=662369 e y=7745769) situado
sobre a linha férrea, próxima à Cachoeira da Bombassa; de E8 a E9 (x=662357 e y=7746672) toma-se o
rumo norte pelos trilhos até seu encontro com o Córrego do Mata-Cavalos; de E9 continua-se no rumo
norte no caminho do trem até o encontro do desfiladeiro do Mata-Cavalos com a linha férrea onde está
E10 que tem as coordenadas x= 662461 e y=7747294; de E10 a E11 segue-se rumo norte–noroeste
pelo interflúvio dos córregos Fundão e Seco após margear o desfiladeiro citado, até as nascentes do
Córrego do Fundão onde está E11 (x= 661389 e y=7748185); desse ponto toma-se a direção norte pela
cota 800 m e depois nordeste pelo interfluvio da margem esquerda do Córrego do Fundão até E12, sendo
que este coincide com E1, ponto onde teve início esta descrição.

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Perímetro de Entorno: mapa esquemático
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E1=E12

E11

E2

E3
E10

E9 E4

E8

E7

E5

E6

Elaboração (Fev/2007): Rachel Starling (Geógrafa).

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8 JUSTIFICATIVA DA DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE
ENTORNO AO TOMBAMENTO

A delimitação do perímetro de entorno incluiu as áreas específicas de tombamento de Morro de Santana e


Morro de Santo Antônio e a área contígua, que contem o antigo Cemitério dos Ingleses, bem como a
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ruína da igreja adjacente e a torre de antiga Usina de Cloretação, configurando um parque de arqueologia
industrial, separado das áreas tombadas somente pelo vale do Rio do Carmo, marco hidrográfico
considerado patrimônio natural e cultural do município. Apesar de não pertencer aos sítios arqueológicos
presentemente estudados, a inclusão desta área de exploração posterior à das áreas tombadas visou o
estabelecimento de diretrizes específicas para sua proteção.

Ao traçar o polígono do entorno ao tombamento foram observados os critérios de integração dos bens
tombados e de proteção dos mesmos, preservando-os especialmente da ocupação predatória assim como
criando referências para a ambiência e salvaguarda das estruturas ali contidas.

O traçado seguiu o sentido horário, partindo-se da Cachoeira do Gogô marco hidrográfico ao norte,
margeando a área urbana a leste e por sobre a margem direita do Rio do Carmo no topo da vertente que
o margeia. Ao sul, o limite respeitou a área já urbanizada do distrito de Passagem de Mariana e à oeste a
mineiração de quartizito, o trilho ferroviário e o desfiladeiro do Mata-Cavalos.

O perímetro de entorno das áreas tombadas, englobando a somatória da Área I de tombamento do Morro
Santana e a Área II de tombamento do Morro Santo Antônio, como também aquelas relativas à
integração dessas (desfiladeiro do Córrego do Mata-Cavalos e o seu encontro com o Ribeirão do Carmo),
perfaz um total de 816 ha. Foi assim delimitado tendo-se em vista: categorizar o patrimônio natural e
cultural em questão; assegurar a permanência dos recursos naturais nela encontrados preservando o
refúgio da sua biodiversidade, inibindo a ocupação descontrolada e dando às gerações futuras herança
ecológica e cultural a ser desfrutada; pretende-se, também, contribuir na construção da qualidade sócio-
ambiental da vida das comunidades locais.

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9 DIRETRIZES PARA A ÁREA TOMBADA

As intervenções observadas em ambas as áreas estão relacionadas à utilização das mesmas de maneira
indiscriminada e predatória (animais de tração percorrendo soltos; vandalismo na procura de ouro,
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mesmo nos dias atuais; lixo atirado nas trilhas e no interior das ruínas; queimadas predatórias, dentre
outras). Visando preservar, recuperar e garantir a conservação das áreas tombadas do Morro de Santana
e de Santo Antônio foram traçadas as seguintes recomendações e diretrizes de intervenção19:

• Fomentar pesquisas históricas e arqueológicas que assegurem a continuidade de um processo


sistemático de estudo, discussão, resgate e preservação do patrimônio;

• Implantar sistema de obtenção de dados relativos ao clima, flora, monitoramento de fauna e de


qualidade das águas, que permitam diagnósticos precisos e dinâmicos das condições da região e dos
bens tombados. Ressalta-se a necessidade de estudos complementares para fornecer informações mais
precisas sobre a situação ecológica da comunidade de aves e orientar trabalhos de manejo visando à
conservação das espécies presentes. Ressalta-se, também, a importância de estudos complementares
para os anfíbios principalmente devido às dinâmicas populacionais de algumas espécies e a urgente
preservação da área amostrada;

• Evitar o avanço da ocupação humana nos Morros Santana e Santo Antônio;

• Regulamentar a atividade de ecoturismo que vem sendo desenvolvidas pela iniciativa privada no Morro
Santo Antônio, incluindo a apresentação do Plano de Gestão para aprovação do IPHAN;

• Impedir/desestimular a instalação de atividade de turismo no Morro Santana, em razão dos elevados


riscos de acidentes, mantendo-se apenas aquelas voltadas para o turismo pedagógico e pesquisa
científica. Elaboração de trilhas interpretativas e capacitação de pessoal local para a realização dessa
atividade. Qualquer projeto de cunho eco-turístico em sítio arqueológico, que se pretenda,
futuramente, deverá ser anteriormente diagnosticado, discutido e aprovado pelo IPHAN,
impreterivelmente, devendo estar previsto no Plano de Manejo da área tombada e seu entorno;

• Proibir qualquer tipo de extração mineral ou vegetal;

• Recuperar a vegetação nativa das áreas tombadas;

• Realizar o plantio de mudas de espécies nativas nas nascentes;

• Proibir a instalação de quaisquer intervenções que destoem das características dos sítios tombados,
tais quais antenas de rádio, celular, de transmissão e de televisão, outdoors e construções, a exceção
da Igreja de Santana a ter sua reconstrução avaliada pelos órgãos competentes;

• Elaboração de um Plano de Manejo para a área tombada, no prazo máximo de 5 anos, visando
estabelecer os tipos de usos e ações para cada setor que as compõem, levando em consideração os
elementos arqueológicos, arquitetônicos, etnohistóricos, bióticos e físicos. Na fase dos estudos deste
Plano de Manejo deverá ser prevista a topografia pormenorizada envolvendo mapeamento de todas as
estruturas em superfície, tendo em vista que muitas estruturas de baixa visibilidade se encontram
esmaecidas pela vegetação rasteira ou sedimento sotoposto;

19
A área tombada do Morro de Santo Antônio está incluída na Zona de Interesse de Proteção Ambiental estabelecida pelo Plano Diretor
Urbano Ambiental (Lei Complementar 016 / 2004) e sujeita às diretrizes de tal legislação.
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• Deve ser previsto um projeto emergencial de contenção de processos erosivos em algumas localidades
da área tombada e monitoramento de raízes que podem comprometer a integridade de algumas
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paredes de alvenaria de pedra;

• Também devem ser desestimuladas e esclarecidas as ações relacionadas à demolição das paredes das
edificações, incluindo a coleta esporádica de blocos de rocha para construção de alicerces,
principalmente no Bairro Gogô, que parece ocorrer ainda com maior incidência. No entanto, caso não
haja um maior empenho na realização de medidas de proteção deste conjunto indicadas neste dossiê,
os conjuntos de ruínas continuarão a sofrer danos de origem antrópica e natural, conforme apontado
no Capítulo 12: Laudo de Estado de Conservação;

• Priorizar um Programa de Educação Patrimonial/Ambiental, como componente da política cultural


municipal, que esclareça sobre a importância de se valorizar a memória e o patrimônio arqueológico
existente na área tombada e seu entorno. Este programa deverá envolver, sobretudo, as comunidades
locais, professores, alunos, lideranças comunitárias, incluindo funcionários da Prefeitura responsáveis
pela área de cultura;

• Criação de um “Centro de Referencia da História do Morro de Santana” (nome provisório) no Bairro


Gogô, onde possa ser exposto o material colhido pela população local nos anos anteriores. Este Centro
serviria como um ponto de apoio do Programa de Educação Patrimonial. O importante é não estimular,
em hipótese alguma, a continuidade da coleta de material nos sítios, mas é importante dar um
tratamento museológico e museográfico a este acervo, já coletado que se encontra sob da posse da
associação comunitária local, inclusive, inventariado neste dossiê;

• Estimular a permanência do evento/movimento festivo-religioso-cultural de romaria, iniciado em 2003,


ao local das ruínas da antiga Igreja de Santana (construção datada de 1712, demolida em 1968 no
Morro de Santana), onde há, inclusive, disposição da comunidade no sentido de reivindicar a
construção de uma réplica da igreja;

• Propõe-se a realização de um Seminário Participativo em 2008 (Prefeitura Municipal, Conselho de


Cultura, IPHAN, comunidades do Gogô, Passagem de Mariana, Prainha e demais moradores do
município, comerciantes, empresas, como Cia da Passagem, CVRD, etc..) para discutir uma política de
proteção da área a ser tombada e seu entorno, incluindo ações emergenciais, de forma parceira (Um
item importante a ser discutido é a previsão da elaboração e execução de um zoneamento e plano de
manejo da área). Não deve ser estimulado, nesta etapa, nenhum tipo de visitação pública nos
conjuntos de sítios arqueológicos tombados.

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10 DIRETRIZES PARA O ENTORNO DA ÁREA TOMBADA

Na área de entorno de tombamento uma das principais diretrizes faz parte da própria legislação ambiental
brasileira, em especial do Código Florestal (Lei n° 4.771, de 15 de setembro de 1965), que define as
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áreas de preservação permanente (APP’s). Sendo assim a vegetação deve ser preservada: em um raio de
50 m ao redor de todas as nascentes; nas margens ao longo dos cursos d’água de até 10 m em uma faixa
de 30 m de largura; nos topos de morros, montes, montanhas e serras; e, nas encostas ou partes destas,
com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de maior declive. Isso envolve impedir
qualquer tipo de uso nas áreas acima citadas. Preservando a vegetação natural são garantidas: a
atenuação de erosão; a proteção do sítio natural; o asilo da fauna e da flora, a conexão de áreas
preservadas e a formação de corredores ecológicos; a manutenção da perenidade dos recursos hídricos;
além de trazer a condição de bem-estar público. Para tanto foram traçadas as recomendações para a área
de entorno, a saber:

• Criação de APA - Área de Proteção Ambiental abrangendo as matas do Carijó e Lamounier tendo em
vista a preservação da biodiversidade;

• Estabelecimento de diretrizes para o controle específico da atividade de extração de quartizito existente


na área do entorno do bem tombado;

• Impedir a atividade de extração de areia desenvolvida clandestinamente na área de entorno,


principalmente, no leito do Córrego do Mata-Cavalos;

• Especificamente sobre o conjunto C, composto por: Capela dos Ingleses, Cemitério dos Ingleses e
Usina de Cloretação, devem ser estabelecidas ações emergenciais de proteção do mesmo. O estado
atual deste conjunto é extremamente preocupante, decorrente, sobretudo, da falta de vigilância e
manutenção das suas estruturas por parte de seus atuais proprietários. Será necessária vigilância
permanente das estruturas, impedindo a continuidade da dilapidação das mesmas. O Programa de
Educação Patrimonial deverá contemplar a história e a importância da proteção deste conjunto,
focalizando a importância histórica destas edificações, sobretudo, junto aos moradores de Passagem de
Mariana e do Bairro Prainha.

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11 FICHAS DE INVENTÁRIO

FICHA DE INVENTÁRIO
11.1. Patrimônio Arqueológico
01. MUNICÍPIO Mariana

02. DISTRITO Sede


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03. DESIGNAÇÃO Sítio Arqueológico do Morro de Santana

04. LOCALIZAÇÃO Coordenadas centrais UTM 0662751E e 7748170N.

05. CARTA Folha Mariana, SF-23-X-B-I-3, do ano de 1976 do IBGE.


TOPOGRÁFICA
06. ACESSO Partindo do distrito sede do município de Mariana toma-se a rodovia MG-129, na direção do
município de Catas Altas, Minas Gerais. Após ultrapassar o Bairro Rosário, trafega-se cerca
de 3 km e, ao encontrar o primeiro entroncamento, deve-se entrar no primeiro acesso à
esquerda, na Rua B, asfaltada, do Bairro Santana, localmente conhecido como Bairro Gogô.
No primeiro acesso à direita, toma-se a direita seguindo-a até o termino do asfalto. Neste
ponto segue-se a pé por trilhas que devem ser percorridas, exclusivamente, acompanhado
de morador local conhecedor da região, isto porque há inúmeros (mais de cem) “buracos de
Sarilho” desativados (antigos túneis verticais utilizados como entrada de ar e saída de
minério), sendo elevado o risco de acidente. Toda a área constitui sitio arqueológico
histórico em relevo acidentado e íngreme que, para ser percorrido, demanda caminhada de
aproximadamente 3 horas por diversas trilhas pouco delimitadas sem exigir, entretanto, a
utilização de técnicas verticais.
07. PROPRIEDADE Privada eclesiástica – Arquidiocese de Mariana

08. RESPONSÁVEL Arquidiocese de Mariana

09. SUBCATEGORIA Sítio Arqueológico Histórico

10. INFORMAÇÕES Segundo Ferrand20, foram os paulistas Antônio Dias, Thomas Lopes de Camargo, Francisco
HISTÓRICAS DO Bueno da Silva e o padre João de Faria Fialho os primeiros a descobrir ouro na região de
SÍTIO Ouro Preto em 1699, 1700 e 1701. Em virtude da coloração do metal, excessivamente
escura, deram a serra que o continha o topônimo de ouro preto.

Enquanto Ouro Preto estava se constituindo, outros grupos de mineradores se


embrenhavam pelos sertões a cata de novos veios. Um grupo, liderado por Salvador
Fernandes Furtado chegou às margens de um ribeirão que, em homenagem à Nossa
Senhora, recebeu o topônimo de Ribeirão do Carmo, atual cidade de Mariana. A chegada
destes mineradores e a divulgação de novas descobertas fizeram com que estas paragens
se tornassem um populoso centro de mineração. Apesar da pouca distância entre as vilas
de Vila Rica e Ribeirão do Carmo, apenas 12 quilômetros, não havia contato entre as duas
populações. Seus descobertos auríferos foram contíguos e praticamente simultâneos.

“Na verdade, ninguém procurava abrir caminho através de sítios


tão agrestes. Os mineiros do Arraial do Carmo, entretanto,
tiveram conhecimento da existência de trabalhos de mineração em
Ouro Preto pelas águas turvas do ribeirão. Assim, foram eles os
primeiros a estabelecer comunicação entre o Carmo e Ouro Preto,
abrindo uma picada através de quase inacessíveis rochedos e
impenetráveis florestas, guiando-se sempre pelas águas turvas do
ribeirão do Ouro Preto.”21

Segundo Antonil22 apesar da curta distância entre as duas regiões auríferas, o caminho
bastante fechado dificultava o acesso inicial à região. Gastava-se, na verdade “três dias de
caminho moderado até o jantar” para se chegar ao Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo,
que, segundo ele, teria sido descoberto por João Lopes de Lima.

A extração mineral nesse período tinha caráter bastante rudimentar. Com o esgotamento
das reservas de ouro aluvionar, as explotações foram transferidas para as montanhas, onde
as atividades extrativas se mostravam bem mais onerosas. Neste período, procurou-se
aplicar os mesmos métodos utilizados nos rios, fazendo aberturas no solo e em rochas
alteradas, cujo material era transportado para a lavação e apuração em bateias junto ao
rio.

Os primeiros trabalhos de explotação eram realizados em leitos de rios, sendo os primeiros


cascalhos auríferos encontrados em descoberto em seus leitos.

20
FERRAND, 1988.
21
ESCHWEGE, 1979, p.29.
22
ANTONIL, 1982.
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“No princípio, esses homens, desprovidos de todos os meios,
extraíam o ouro entrando na água para remexer as areias com
estacas afiadas, que recolhiam em seguida em pequenos
recipientes, pratos de estanho ou gamelas de madeira, nos quais
separavam os grãos de ouro com os dedos, rejeitando em seguida
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a areia para o rio. As gamelas de madeira foram substituídas mais


tarde por um vaso em forma de funilou de cone muito aberto, a
bateia (...)”23

Outro sistema, surgido posteriormente ao da bateia era o de desvio dos cursos de água por
barragem e canal lateral, consistindo em desviar as águas do leito principal do rio, abrindo
um canal lateral dirigindo assim, as águas para este novo leito construído. Desta forma, os
mineradores começavam seus trabalhos no leito seco do rio. Como as represas eram
construídas de modo bastante rudimentar, estas cediam com freqüência, afogando assim os
trabalhadores. Como o cascalho aurífero do leito dos rios era bastante superficial, com seu
esgotamento era natural a mudança da explotação para as margens do rio. Tendo em vista
que esses depósitos possuem a mesma origem dos rios,

“...era bastante natural que, quando estes últimos começaram a


se esgotar, os mineradores fossem atraídos para os mesmos,
procurando o metal que tinham tanta dificuldade para recolher em
outras partes, tanto mais que sua explotação era relativamente
mais fácil que a dos rios, cujo curso era preciso desviar para
extrair o cascalho. Bastava, de fato, para isso, retirar as camadas
de terra e de saibro que cobriam o cascalho virgem formado de
seixos maiores.”24

A forma mais primitiva para o tratamento dessas camadas de aluviões eram as catas,
escavações redondas, abertas em forma de funil, com inclinação suficiente para evitar um
possível desabamento para o interior, e que sua abertura se alarga à medida em que se
aprofunda. Este método só era aplicado nas estações secas, tendo em vista que as chuvas
inundavam os trabalhos, inviabilizando-os.

Com o esgotamento do ouro de mais fácil exploração foi necessário emprego de tecnologia
para a realização dos trabalhos nos flancos das montanhas. Esses trabalhos eram aplicados
às rochas friáveis ou decompostas, atravessadas pelos filões de quartzo aurífero. O método
aplicado por esses mineradores era o de utilizar as águas como auxiliar na lavagem do
terreno e evidenciação do minério aurífero. Para isso, era necessário seu acúmulo em
reservatórios nas partes mais altas da exploração. Quando se abria a porta do reservatório,
as águas eram lançadas abruptamente pelo terreno, arrastando e carreando terras e pedras
até um canal inferior, e assim era dirigido para grandes reservatórios de alvenaria,
chamados mundéus, destinados a recolher as lamas auríferas.

“Os mundéus, geralmente encostados no flanco de uma montanha


vizinha da explotação, eram grandes reservatórios retangulares ou
semi circulares. Mediam internamente até 16 metros, e mesmo 24
metros de lados. Tinham 3 a 6 metros de profundidade, com
paredes de quase dois metros de espessura, em alvenaria de
blocos de pedra simplesmente cimentados com uma mistura de
argila e areia. Eram dispostos em série, uns ao lado de outros, e
com ligeiro desnível, em função do canal lateral que levava as
águas carregadas de lamas auríferas para os mesmos, por um
escoadouro colocado em saliência no meio da parede do fundo,
um pouco acima do reservatório.”25

O trabalho no interior das montanhas era realizado quando os mineradores encontravam


jazidas completamente embutidas nas montanhas. Deste modo, era seguido o veio
aurífero, realizando galerias que seguiam esta linha do mineral. Assim, explotavam as
jazidas por meio de uma série de galerias que chegavam a uma câmara isolada, realizada
na parte mais rica. Se por alguma razão, quer seja inundação pelo lençol freático, quer por
desabamentos que impossibilitavam a continuação da galeria, tentava-se encontrar o filão
por meio da abertura de uma nova galeria. O processo de concentração das areias e terras
auríferas era feito submetendo-se estas a uma corrente de água em lavadores manuais.
Estes lavadouros eram chamados canoas e tinham como função reter as parcelas pesadas
em mesas com telas ou baetas, situadas após os mesmos. A canoa era de instalação
simples, consistindo em um poço pouco profundo feito no local onde se queria lavar as
areias. Estas canoas também podiam ser construídas em pedras, quando o processo de
lavação era executado no mesmo local.

23
FERRAND, 1988, p.98.
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Situavam-se no pé dos mundéus, com fundo formado por lajes e grandes blocos de pedras.
O trabalho na canoa compreendia duas fases distintas sendo que na primeira, acumulava-
se a massa aurífera na caixa, fazendo a passar por um processo de limpeza e na segunda
fase executava-se a concentração da massa, separando a parte rica e o resto passando
sobre as mesas, onde as parcelas pesadas eram retiradas. Estes depósitos iam diretamente
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para a apuração, mas as areias concentradas nas canoas não eram suficientemente finas
para delas se extrair o ouro; visando este fim, sofriam uma pulverização complementar,
sendo esfregadas fortemente entre duas pedras, denominadas brunidores.

A respeito da Capela de Santana, segundo artigo de Gustavo Werneck, publicado em


18/06/2004, no Caderno Gerais do Jornal Estado de Minas, parte da mesma se encontra no
galpão da UFMG no Campus da Pampulha, aguardando o reconhecimento por parte da
comunidade do seu acervo. Este antigo templo, construído em 1712, foi transferido nos
anos 70 do século XX para a sede da construtora Mendes Junior no Bairro Estoril, local onde
hoje funciona a Faculdade UNI-BH.

“Mesmo protegido, o acervo está coberto de poeira e as talhas


sofrem ataques de cupins. Há pedras esculpidas, sinos, altares de
madeira policromada embrulhados em cobertores e papel,
dezenas de pacotes fechados e numerados, escada em espiral,
adornos, lustres, colunas com pinturas de flores e até mesmo
pedaços de concreto e amarrações de ferro.”26

A área da ruína da Capela de Santana tem sido utilizada anualmente por romeiros por
ocasião da festa de Santana, havendo demanda no sentido de construção de uma capela no
local. Está exposta na prefeitura uma maquete inspirada em fotos do antigo templo
demonstrando o anseio da comunidade em construir uma réplica da antiga igreja.

De acordo com informações orais, os derradeiros habitantes do Morro de Santana foram


Dona Teresa, Roque “Pode Deixar” (ao lado da casa paroquial, que fica próxima às ruínas
da igreja), Dona Angelina e seus pais (ao lado); José Jorge, Dona Guida, Calazans, Dona
Ana da Luz. Tais famílias foram as últimas a sair do local, dentre elas, estavam também os
pais do sogro de nosso principal informante, Sr. Salvador Alves de Freitas. Sr. Salvador
narrou ainda que o Sr. Roque “Pode Deixar”, ultimo zelador da Capela de Santana, era
contra o desmache da sua casa e faleceu no manicômio.

Lideranças comunitárias atuam como verdadeiros guardiões da história e das estruturas ali
contidas. Fragmentos de utensílios e de peças foram coletados ao longo do tempo nas
ruínas, e atualmente, são guardadas pela associação comunitária local.

Ainda ocorrem atividades religiosas organizadas pela comunidade do Gogô no Morro de


Santana. A procissão, que ficou desativada trinta e seis anos, está no seu quinto ano,
desde que foi recuperada. Ocorre um domingo antes ou posterior ao dia 26 de julho, dia da
santa padroeira. A imagem de “Santana Mestra”, de madeira policromada, fica oito dias na
casa dos fiéis que fazem a novena dedicada à sua santa de devoção. Tal imagem foi
identificada como a original da antiga capela demolida, se encontrando, atualmente, sob
guarda do Museu Arquidiocesano de Mariana. A escultura vem sendo requisitada na ocasião
da procissão e novena pela Associação de Moradores do Bairro Morro de Santana e Canela.
Anteriormente, a procissão saia da porta principal da antiga Capela de Santana, retornando
pelas entradas laterais. Hoje, inicia-se a partir da residência do Sr. Aniceto David Moreira,
de 72 anos, atravessando as ruínas do Morro até atingir o sitio onde se situava a capela. No
local, é celebrada a missa e posteriormente se levanta o mastro com queima de fogos de
artifício.

Durante a Semana Santa, no Domingo da Ressurreição, também é realizada importante


atividade religiosa no Morro de Santana: a “Via Sacra” conduzida pelo Padre Julião que
determina os pontos de paradas das estações de crucificação de Jesus. O Padre e o Ministro
da Eucaristia fazem as orações finais no sítio da antiga Capela de Santana. Já as quadrilhas
de Festas Juninas e Bingos, se realizam no salão comunitário, situado no atual Bairro do
Gogô.

Alguns casos foram relatados pelos entrevistados principais, antigos moradores do Gogô,
como os senhores Otávio Moreira (77 anos), José Cesário Moraes (60 anos) e Ariceto David
de Moreira (72 anos). Segundo eles, a falecida Sra. Jovita Pereira Neves dizia que os
antigos escravos do Morro de Santana, no final do dia, balançavam a cabeça no cofre da
Igreja do Rosário viabilizando a sua construção com as pepitas ali ocultadas. Histórias de

24
FERRAND, 1988, p.105.
25
FERRAND, 1988, p.111.
26
Jornal Estado de Minas. Belo Horizonte, 18/06/2004.
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espíritos, fantasmas e objetos que se deslocavam sozinhos também fazem parte dos
“causos” relativos ao Morro de Santana.

Do mesmo modo, são mencionados pelos moradores os surtos de doenças contagiosas que
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ocorreram, sobretudo no século XIX, em toda a região. No Morro de Santana quem não
morria de doenças contagiosas era enterrado no cemitério da Capela de Santana. Havia um
outro cemitério, conhecido como “Cemitério das Bexigas” situado na parte baixa do Morro,
próximo da ruína conhecida por “hospital”. A doença “bexigas” também era conhecida como
“catapora brava” ou “bolhas”. Segundo os entrevistados, enterrava-se nesta época, os
doentes terminais ainda vivos impedindo o alastramento de doenças, que aterrorizavam
toda a população.

A história do escravismo e da exploração aurífera encontra-se muito arraigada na memória


e no cotidiano da população de Mariana, sobretudo para os moradores dos seus arredores.
Ainda é comum avistar no Ribeirão do Carmo, apesar da sua poluição e assoreamento, a
utilização da bateia por parte de alguns mineradores. Os moradores tradicionais do Bairro
Vila Gogô consideram-se, descendentes diretos dos antigos habitantes do Arraial Velho no
Morro de Santana, compostos, sobretudo, por garimpeiros e escravos.

Presentemente o Morro de Santana é utilizado principalmente como pastagem de animais


mesmo apresentando riscos de acidentes devido aos inúmeros buracos de sarilho, muitas
vezes encobertos pela vegetação. A Lagoa Seca, no extremo sul da área, é aproveitada,
também, como espaço de lazer para jogos de várzea e piqueniques. O Córrego do Fundão
ao norte do Morro é utilizado como fonte abastecimento hídrico do município de Mariana.
Tal córrego, por se tratar de trecho encachoeirado, possui diversas quedas d`água que são
utilizadas para lazer da comunidade local principalmente os moradores do Bairro Vila Gogô.
Em suas margens observou-se extração de quartzito (Pedra de São Tomé) feita
artesanalmente por moradores locais. A prefeitura municipal mantém serviço de
manutenção e controle do manancial do Córrego do Fundão. Alguns moradores, antigos
garimpeiros, mantêm a tradição de percorrer a área com as crianças da escola local no
intuito de preservar a memória da atividade. Ainda que de maneira incipiente, ocorre algum
tipo de atividade minerária em busca de ouro. Algumas galerias do Morro de Santana foram
ativadas anos atrás, mas já se encontram novamente em desuso. Há, também, extração de
material lenhoso por parte de alguns habitantes da circunvizinhança.
11. ACERVO E/OU Salvador Alves de Freitas.
FIEL
DEPOSITÁRIO
12. DESCRIÇÃO O Morro de Santana está localizado na porção oeste do município de Mariana (MG), no
entorno da área urbana da sede do município, próximo ao limite com o município de Ouro
Preto (MG), na sub-bacia do Rio do Carmo, bacia do Rio Doce. A área possui
aproximadamente 131,70 ha, com altitudes que variam de 800 a 1200 metros. Está
inserida no Quadrilátero Ferrífero representando a estrutura geológica do Anticlinal
Mariana, e constitui-se uma dobra aberta, normal, com caimento de eixo suave para SE
(Nalini Jr. Et al. 1992).

Possui afloramentos rochosos, principalmente de rochas quartzito em seu topo. Este possui
forma aplainada e é marcado por desfiladeiro íngreme de aproximadamente 50 metros de
desnível. O clima na área é classificado como Tropical de Altitude. A temperatura anual
média no município fica em torno de 18ºC, sendo a média das máximas anual de 30ºC e a
média das mínimas anual de 12 ºC, resultando em uma amplitude térmica anual em torno
de 18ºC. A precipitação média anual varia em torno de 1.800m.

A cobertura vegetal da região é de transição entre mata atlântica e cerrado, encontrando-


se nos topos dos morros remanescentes de campos rupestre e nas encostas e fundos de
vale a formação de mata. Entretanto, devido às intervenções antrópicas, existem poucas
porções contínuas dessa mata, havendo o predomínio campos rupestres e áreas em
regeneração.

A área foi extremamente explorada na retirada de ouro nos últimos três séculos o que
descaracterizou o solo, os afloramentos de rocha e a vegetação que se observavam
naturalmente no local. Em seu entorno imediato, na borda oeste, localizam-se as Matas dos
Carijós e Mata do Lamounier, as quais constituem refúgio para a fauna local.

Foram observados inúmeros antigos túneis de mineração associados a buracos de sarilho


(túneis verticais de respiração). No extremo sul da área foi observado lago artificial
denominado Lagoa Seca, em cuja borda oeste, notam-se antigos túneis de mineração, hoje
alagados. Em sua margem esquerda existe campo de futebol utilizado pela comunidade do
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Bairro do Rosário para lazer e também como pastagem para animais.

O limite oeste da área é feito pelo Córrego do Fundão que constituí manancial hídrico de
abastecimento de alguns bairros do município de Mariana e, por se tratar de trecho
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encachoeirado, possui diversas quedas utilizadas principalmente pelos moradores do Bairro


Santana. Há uma barragem de aproximadamente 8 metros de altura por 10 metros de
extensão e um metro de largura, que, através de bomba hidráulica, abastece os bairros. Às
margens do Córrego do Fundão observou-se extração de quartzito (Pedra de São Tomé)
feita artesanalmente por moradores locais. A prefeitura municipal mantém serviço de
manutenção e controle deste manancial.

A área da ruína da Capela de Santana tem sido utilizada anualmente por romeiros por
ocasião da Festa de Santana, havendo demanda no sentido de reconstrução de uma réplica
da capela original. Alguns moradores, antigos garimpeiros, mantêm a tradição de percorrer
a área com crianças da escola local com o intuito de preservar a memória da atividade.
Ainda que de maneira incipiente, ocorre algum tipo de atividade minerária em busca de
ouro. Há, também, extração de material lenhoso por parte de alguns moradores da
circunvizinhança.

O conjunto de ruínas existentes no Morro de Santana (ou Gogô) fora identificado no Plano
Diretor Municipal (2003) que previu a proteção do Bairro Vila Gogô evitando, assim, focos
de expansão urbana naquela localidade.

Trata-se de um conjunto muito expressivo do ponto de vista patrimonial e histórico, munido


de estruturas, representadas basicamente por lavras a céu aberto, implantação de
edificações em alvenaria de pedra e estruturas afins em terrenos já revolvidos pela primeira
fase de exploração, além de grandes galerias e sarilhos, implantados em uma segunda
fase. Apesar da proximidade de áreas urbanas, apresenta, ainda, edificações e estruturas
em bom estado de conservação. Algumas galerias do Morro de Santana foram ativadas
anos atrás, mas já se encontram novamente em desuso.

A grande variedade, potencialidade e complexidade das estruturas arqueológicas contidas


na área pode ser observada com o auxílio de um guia local, conhecedor de todos os
acessos aos conjuntos históricos, compostos por estruturas de baixa, média e alta
visibilidade. Algumas delas encontram-se em condições de baixa visibilidade por
apresentarem, de fato, pequenas dimensões e estarem esmaecidas pela vegetação rasteira
ou sedimento sotoposto, ou por já estarem em avançado estado de degradação.

Foi possível estabelecer uma tipologia geral das estruturas, distribuindo-as por sua vez, em
planta de situação, por meio de uma legenda de cores e formas com o objetivo de
representar graficamente a ocorrência dos tipos. Houve casos também de existir uma única
amostra do tipo, desta forma, esta seria conseqüentemente o seu único modelo. Dentro de
alguns tipos, foi também possível estabelecer, uma variedade interna ou sub-tipos. Foi o
que aconteceu com os mundéus – identificados em formato retangular, ovóides e semi-
circulares, aproveitando, neste último caso, a curvatura do terreno ou ravinas.

Os tipos gerais identificados foram organizados em sete grupos principais:


1) Domésticos e afins: unidade residencial, curral, hospital, engenho e paiol;
2) Religiosos: capela, cemitério, casa paroquial;
3) Acessos e divisas: caminhos, trilhas, valas de divisa, muros de arrimo;
4) Estruturas de mineração: lavra a céu aberto; mundéu, represa, pilão; rego ou aqueduto,
canoa, galeria, buraco de sarilho, montes de entulho, brunidor e fio de pedra (estas duas,
estruturas móveis). Também entrou nesta categoria uma lagoa, mas que originalmente
trata-se uma antiga cata, que foi represada;
5) Natural: caverna de canga;
6) Fragmentos de utensílios domésticos: cerâmica vitrificada, cerâmica histórica ou
“cabocla” e de esteatita;
7) Não identificados (sobretudo em função do péssimo estado de conservação. É o caso das
estruturas que sofreram demolições).

Vale ressaltar que o Conjunto Arqueológico do Morro de Santana, possivelmente é um dos


maiores e mais expressivos sítios da história da mineração do Estado de Minas Gerais.
13. PROTEÇÃO LEGAL Tombamento Municipal: Decreto nº. 4.481 de 28 de fevereiro de 2008.

14. GRAU DE O sítio possui um grau razoável de integridade.


INTEGRIDADE

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15. ANÁLISE DO GRAU O grau razoável de integridade do Morro de Santana se deve provavelmente ao elevado
DE INTEGRIDADE fator de risco de acidente determinado pelos inúmeros túneis e buracos de sarilhos ali
encontrados o que inibe o uso intensivo da área e transito de pessoas e animais. Por outro
lado as queimadas e a exploração do material lenhoso tem sido fator de degradação da
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cobertura vegetal. A mata ciliar do Córrego do Fundão é um ponto favorável no que se


refere à integridade do bem. Outro fator favorável diz respeito ao alto valor cultural
representado pela ruína da Capela de Santana para a população local. Há denuncia de
desmonte da fachada da Capela de Santana, construída em 1712, na década de 70 e a
posterior relocação de parte de suas estruturas para a sede da empresa Mendes Júnior, no
Bairro Estoril em Belo Horizonte, local onde hoje funciona a Faculdade UNI-BH.

Os afloramentos rochosos em bom estado de conservação foram observados no limite oeste


do Morro de Santana e localizam-se nos topos. Ressalta-se que a área foi submetida à
exploração mineral, principalmente ouro, por mais de três séculos, o que justifica o estado
regular de preservação das rochas expostas. No Córrego do Fundão, a norte da área, foram
verificadas extrações de quartzito (Pedra de São Tomé), o que impõe uma demanda de se
atentar para o manejo que se está implantando nesta atividade antrópica.

As ações antrópicas identificadas foram, sobretudo: retirada de madeirame, telhas e


demolição de alvenaria de pedra, sejam elas quartzito ou canga, sendo que na parte baixa,
próxima da atual área urbana, estas ocorreram em maior escala, comprometendo a
integridade e visibilidade de boa parte das estruturas que ali se encontram. Também nesta
localidade é que foi identificado o maior número de focos de lixo.

A retirada de telhas e madeiras das edificações parece ter sido muito usual para fins de
construção civil por parte da comunidade dos bairros vizinhos, muitos, inclusive,
consideram-se herdeiros naturais das benfeitorias, por serem descendentes dos antigos
moradores destas localidades. Segundo moradores locais, muitas edificações foram total ou
parcialmente destruídas, pois era comum procurar ouro que poderia ter sido enterrado ou
escondido em algumas frestas de parede pelos antigos escravos que ali trabalhavam ou
moravam.
16. INTERVENÇÕES Com o objetivo de inventariar todo o sítio em questão, levando em consideração o tamanho
ARQUEOLÓGICAS da área do Morro de Santana (131,70 ha) foi necessário o auxílio de um guia local, que
/ ATIVIDADES conhecesse bem todos os acessos aos conjuntos históricos, compostos por estruturas de
DESENVOLVIDAS baixa, média e alta visibilidade. Nesta oportunidade de convívio com os guias, foi possível
coletar preciosas informações orais, sobretudo sobre o uso e funcionamento das estruturas
remanescentes, e, no caso de algumas moradias, seus últimos habitantes.

A localização exata das estruturas e conjuntos principais no Morro de Santana foi realizada
com o auxílio de um GPS. Como apoio em campo, também foram utilizadas ortofotos, fotos
de satélite e cartas topográficas.

Após o mapeamento e distribuição das estruturas por zonas ou áreas e avaliação prévia do
estado de conservação das mesmas, foi possível estabelecer uma tipologia geral das
estruturas, distribuindo-as por sua vez, em planta de situação, por meio de uma legenda de
cores e formas com o objetivo de representar graficamente a grande variedade,
potencialidade e complexidade das estruturas arqueológicas contidas no perímetro. Bom
lembrar, que algumas estruturas encontram-se em condições de baixa visibilidade por
apresentarem, de fato, pequenas dimensões ou por já estarem em avançado estado de
degradação, podendo assim não ter sido identificadas nesta fase, apesar dos esforços da
equipe em rastrear toda a área.

Obviamente, não seria possível plotar com GPS, por exemplo, todos os buracos de sarilhos
ou estruturas móveis como brunidores, mesmo porque isto demandaria uma limpeza quase
que total de todo o sítio histórico, tendo em vista que muitas estruturas de baixa
visibilidade se encontram esmaecidas pela vegetação rasteira ou sedimento sotoposto. Na
fase dos estudos para o Plano de Manejo da área deverá ser prevista a topografia
pormenorizada envolvendo mapeamento de todas as estruturas em superfície.

Após a identificação de todos os conjuntos e suas principais estruturas componentes, foi


possível seccionar as principais zonas ou setores de ocorrência, baseando-se sobretudo em
critérios espaciais, tendo em vista que as mesmas, apresentam estruturas comuns. Em
seguida, foi possível estabelecer quais eram as melhores amostras de cada tipo
estabelecido, focalizando e registrando-as como modelos neste estudo. Os critérios para
definição das amostras-tipo foram: estado de conservação, morfologia, tecnologia de
fabricação ou peculiaridades, de modo geral. Houve casos também de existir uma única
amostra do tipo, desta forma, esta seria conseqüentemente o seu único modelo. Dentro de

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alguns tipos, foi também possível estabelecer, uma variedade interna ou sub-tipos. Foi o
que aconteceu com os mundéus – identificados em formato retangular, ovóides e semi-
circulares, aproveitando, neste último caso, a curvatura do terreno ou ravinas.
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Foram estudados os usos e tecnologias de exploração do ouro, em suas sucessivas fases. O


levantamento de fontes escritas, principalmente as que se referem à história da mineração
da região de Mariana, foi fundamental para contextualizar e melhor compreender o
processo de ocupação e colonização desta região, suas tecnologias e redes sociais.

Após o estabelecimento da tipologia foram então selecionados os conjuntos e estruturas


isoladas amostrais, que mereceriam uma topografia detalhada com a utilização de Estação
Total, além de fotografias adicionais. Todos os conjuntos localizados também foram objeto
de avaliação do estado de conservação das suas estruturas componentes, observando a
origem das ações que comprometeram ou que ainda ameaçam a integridade das mesmas.

Fragmentos de utensílios e de peças foram coletados ao longo do tempo nas ruínas, e


atualmente, são guardadas pela associação comunitária local. Todo este acervo, inclusive,
foi devidamente numerado e embalado pela equipe e organizado em caixas. Seria oportuna
a criação de um centro de referência da cultura e da história do Gogô, onde este acervo, já
coletado, pudesse ser objeto de um projeto museológico e museográfico. Programas de
educação patrimonial devem também ser previstos, principalmente junto à rede escolar
pública, esclarecendo a importância de ser conservar as ruínas e estruturas remanescentes
e de seus objetos componentes in situ.

A partir destas avaliações, foi possível estabelecer as medidas de conservação para a área.
Ficou notório, tendo em vista a riqueza de informações e estruturas, a necessidade de um
Plano de Manejo emergencial para esta área, visando estabelecer os tipos de usos e ações
para cada setor que a compõe, levando em consideração os elementos arqueológicos,
arquitetônicos, etnohistóricos, bióticos e físicos. Sem dúvida alguma, nenhuma ação a ser
estabelecida poderá ser eficaz ou bem executada se desenvolvida sem a participação e
colaboração, desde a sua fase inicial, das comunidades locais. Por isto, ações ligadas à
educação patrimonial são fundamentais para o sucesso de uma política cultural que se
propõe proteger e valorizar, neste caso, este importante e magnífico patrimônio cultural
existente no Morro de Santana.
17. MEDIDAS DE As intervenções observadas na área estão relacionadas à utilização das mesmas de maneira
CONSERVAÇÃO indiscriminada e predatória (animais de tração percorrendo soltos; vandalismo na procura
de ouro, mesmo nos dias atuais; lixo atirado nas trilhas e no interior das ruínas; queimadas
predatórias, dentre outras). Visando preservar, recuperar e garantir a conservação do sítio
arqueológico do Morro de Santana foram traçadas as seguintes recomendações e diretrizes
de intervenção:
- Fomentar pesquisas históricas e arqueológicas que assegurem a continuidade de um
processo sistemático de estudo, discussão, resgate e preservação do patrimônio;
- Implantar sistema de obtenção de dados relativos ao clima, flora, monitoramento de
fauna e de qualidade das águas, que permitam diagnósticos precisos e dinâmicos das
condições da região e do bem. Ressalta-se a necessidade de estudos complementares para
fornecer informações mais precisas sobre a situação ecológica da comunidade de aves e
orientar trabalhos de manejo visando à conservação das espécies presentes. Ressalta-se,
também, a importância de estudos complementares para os anfíbios principalmente devido
às dinâmicas populacionais de algumas espécies e a urgente preservação da área
amostrada;
- Evitar o avanço da ocupação humana no Morro Santana;
- Elaboração de um Plano de Manejo para a área, visando estabelecer os tipos de usos e
ações para cada setor que as compõem, levando em consideração os elementos
arqueológicos, arquitetônicos, etnohistóricos, bióticos e físicos. Na fase dos estudos deste
Plano de Manejo deverá ser prevista a topografia pormenorizada envolvendo mapeamento
de todas as estruturas em superfície, tendo em vista que muitas estruturas de baixa
visibilidade se encontram esmaecidas pela vegetação rasteira ou sedimento sotoposto;
- Impedir/desestimular a instalação de atividade de turismo, em razão dos elevados riscos
de acidentes, mantendo-se apenas aquelas voltadas para o turismo pedagógico e pesquisa
científica. Elaboração de trilhas interpretativas e capacitação de pessoal local para a
realização dessa atividade. Qualquer projeto de cunho eco-turístico em sítio arqueológico,
que se pretenda, futuramente, deverá ser anteriormente diagnosticado, discutido e
aprovado pelo IPHAN, impreterivelmente, devendo estar previsto no Plano de Manejo da
área e seu entorno;
- Proibir qualquer tipo de extração mineral ou vegetal;
- Recuperar a vegetação nativa da área;
- Realizar o plantio de mudas de espécies nativas nas nascentes;

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- Proibir a instalação de quaisquer intervenções que destoem das características do sítio,
tais quais antenas de rádio, celular, de transmissão e de televisão, outdoors e construções,
a exceção da Igreja de Santana a ter sua reconstrução avaliada pelos órgãos competentes;
- Deve ser previsto um projeto emergencial de contenção de processos erosivos em
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algumas localidades da área e monitoramento de raízes que podem comprometer a


integridade de algumas paredes de alvenaria de pedra;
- Também devem ser desestimuladas e esclarecidas as ações relacionadas à demolição das
paredes das edificações, incluindo a coleta esporádica de blocos de rocha para construção
de alicerces. Caso contrário, os conjuntos de ruínas continuarão a sofrer danos de origem
antrópica e natural;
- Priorizar um Programa de Educação Patrimonial/Ambiental, como componente da política
cultural municipal, que esclareça sobre a importância de se valorizar a memória e o
patrimônio arqueológico existente na área e seu entorno. Este programa deverá envolver,
sobretudo, as comunidades locais, professores, alunos, lideranças comunitárias, incluindo
funcionários da Prefeitura responsáveis pela área de cultura;
- Criação de um “Centro de Referencia da História do Morro de Santana” (nome provisório)
no Bairro Gogô, onde possa ser exposto o material colhido pela população local nos anos
anteriores. Este Centro serviria como um ponto de apoio do Programa de Educação
Patrimonial. O importante é não estimular, em hipótese alguma, a continuidade da
coleta de material nos sítios, mas é importante dar um tratamento museológico e
museográfico a este acervo, já coletado que se encontra sob da posse da associação
comunitária local;
- Estimular a permanência do evento/movimento festivo-religioso-cultural de romaria,
iniciado em 2003, ao local das ruínas da antiga Igreja de Santana (construção datada de
1712, demolida em 1968 no Morro de Santana), onde há, inclusive, disposição da
comunidade no sentido de reivindicar a construção de uma réplica da igreja;
- Propõe-se a realização de um Seminário Participativo (Prefeitura Municipal, Conselho de
Cultura, IPHAN, comunidades do Gogô e demais moradores do município, comerciantes,
empresas, etc..) para discutir uma política de proteção da área e seu entorno, incluindo
ações emergenciais, de forma parceira (um item importante a ser discutido é a previsão da
elaboração e execução de um zoneamento e plano de manejo da área). Não deve ser
estimulado, nesta etapa, nenhum tipo de visitação pública ao sítio arqueológico;
- Criação de APA - Área de Proteção Ambiental abrangendo as matas do Carijó e Lamounier
tendo em vista a preservação da biodiversidade;
- Estabelecimento de diretrizes para o controle específico da atividade de extração de
quartizito existente no entorno do sítio.
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS:
ALMEIDA, F.F.M. e HASUI, Y. (org.). 1984. O Pré-Cambriano do Brasil. São Paulo:
Edgard Blücher Ed.
ANTONIL, André João. Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia,
1982.

CETEC-Fundação Centro Tecnológico De Minas Gerais. 1983. Diagnóstico Ambiental do


Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, Série de Publicações Técnicas, 158p.
EMBRAPA. 1999. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, INMET 5º distrito de Meteorologia, e
UFU. 1982. Atlas Climatológico do Estado de Minas Gerais. EPAMIG, Belo Horizonte.
ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig. Pluto Brasiliensis. Trad. Domício de Figueiredo Murta. Belo
Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1979.
FERRAND, Paul. O Ouro em Minas Gerais. Trad: Júlio Castanõn Guimarães. Belo
Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1988.
Jornal Estado de Minas. Belo Horizonte, 18/06/2004.
NALINI JR. Et Al 1992 Sobre a geologia estrutural do anticlinal de Mariana, região
sudeste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais – uma revisão. Revista da Escola de
Minas, v 45 (1 e 2): pp18-20.
PLANO Diretor Urbano Ambiental de Mariana (Lei Complementar 016 / 2004). Mapa base da
Prefeitura e entorno da sede de Mariana. Mariana: Prefeitura Municipal, 2003.
SOBREIRA, Frederico Garcia. Estudo Geoambiental da área urbana de Mariana:
Ocupação do meio físico e análise de riscos geológicos: Relatório Projeto Final,
Fapemig. Departamento de Geologia, Escola de Minas, UFOP. Ouro Preto, Minas
Gerais, 2000. 90 p.
SUGUIO, K. 1999. Geologia do Quaternário e Mudanças Ambientais. Passado + Presente =
Futuro? São Paulo, Paulo’s Comunicação e Artes Gráficas. 366p.
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VELOSO, Henrique Pimenta. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um
sistema universal. Henrique Pimenta Veloso, Antônio Lourenço rosa Rangel filho, Joge
Carlos alves Lima. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos
Ambientais. IBGE. Rio de Janeiro, 1991. 124 p.
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VILELA, Renata Alvarenga. Estudo da Microporosidade do Minério Compacto da Mina


do Tamanduá (Q.F., MG) e suas Implicações Metalúrgicas. UFOP. Ouro Preto Minas
Gerais, 2001. 83 p.
ELETRÔNICAS:
www.googleearth.com. Acesso em fev/2007.ORAIS:
Ariceto David de Moreira. Entrevista, dez/2006.
José Cesário Moraes. Entrevista, dez/2006.
Otávio Moreira. Entrevista, dez/2006.
Salvador Alves de Freitas. Entrevista, dez/2006.
19. INFORMAÇÕES Sem referências
COMPLEMENTARES
20. DOCUMENTAÇÃO
FOTOGRÁFICA

Vista do desfiladeiro do Mata-Cavalos com afloramento Vegetação de mata nas encostas próximas à Mata dos
rochoso e antigos túneis de mineração. Carijós.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Vista da Lagoa Seca. Aspecto dos solos antropizados pela atividade mineradora.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

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Nascente do Córrego do Fundão. Ruína da antiga Capela de Santana.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Buraco de sarilho encoberto por vegetação. Entrada de antiga galeria de mineração.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Aspecto rochoso do interior de antiga galeria de extração Formação de espeleotema no interior de galeria.
de ouro. FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

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Camadas de quartzito no interior de túnel. Aspecto do interior de uma das galerias.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Área de retirada de quartzito às margens do Córrego do Registro utilizado na captação e distribuição de água do
Fundão. manancial do Córrego do Fundão.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

21. FICHA TÉCNICA Levantamento: Alenice Baeta (Arqueóloga e Historiadora)


Gustavo Leite (Biólogo)
Henrique Piló (Arqueólogo e Historiador)
Lélio Pedrosa (Chefe Dep. Pat. Cultural)
Data: Dez/2006
Lílian Afonso (Bióloga)
Patrícia Pereira (Arquiteta Urbanista)
Rachel Starling (Geógrafa)
Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo)
Elaboração: Alenice Baeta (Arqueóloga e Historiadora)
Gustavo Leite (Biólogo)
Henrique Piló (Arqueólogo e Historiador)
Henrique Oliveira (estagiário de arquitetura) Data: Fev/2007
Patrícia Pereira (Arquiteta Urbanista)
Rachel Starling (Geógrafa)
Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo)
Revisão: Memória Arquitetura Ltda. Data: Abr/2008

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FICHA DE INVENTÁRIO

01. MUNICÍPIO Mariana

02. DISTRITO Passagem de Mariana


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03. DESIGNAÇÃO Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio

04. LOCALIZAÇÃO Coordenadas centrais UTM: 662593E e 7745330N zona 23L.

05. CARTA Folha Mariana, SF-23-X-B-I-3, do ano de 1976 do IBGE.


TOPOGRÁFICA
06. ACESSO O Morro de Santo Antônio, com extensão estimada em 131,16 ha, tem seu acesso através
da MG-56, percorrida até a área urbana do distrito de Passagem de Mariana quando,
próximo à Estação Ferroviária (antiga RRFSA) hoje pertencente à Companhia Vale do Rio
Doce, toma-se a trilha de acesso à área.
07. PROPRIEDADE Privada particular – Companhia Minas da Passagem

08. RESPONSÁVEL Companhia Minas da Passagem

09. SUBCATEGORIA Sítio Arqueológico Histórico

10. INFORMAÇÕES Segundo Ferrand27, foram os paulistas Antônio Dias, Thomas Lopes de Camargo, Francisco
HISTÓRICAS DO Bueno da Silva e o padre João de Faria Fialho os primeiros a descobrir ouro na região de
SÍTIO Ouro Preto em 1699, 1700 e 1701. Em virtude da coloração do metal, excessivamente
escura, deram a serra que o continha o topônimo de ouro preto.

Enquanto Ouro Preto estava se constituindo, outros grupos de mineradores se


embrenhavam pelos sertões a cata de novos veios. Um grupo, liderado por Salvador
Fernandes Furtado chegou às margens de um ribeirão que, em homenagem à Nossa
Senhora, recebeu o topônimo de Ribeirão do Carmo, atual cidade de Mariana. A chegada
destes mineradores e a divulgação de novas descobertas fizeram com que estas paragens
se tornassem um populoso centro de mineração. Apesar da pouca distância entre as vilas
de Vila Rica e Ribeirão do Carmo, apenas 12 quilômetros, não havia contato entre as duas
populações. Seus descobertos auríferos foram contíguos e praticamente simultâneos.
“Na verdade, ninguém procurava abrir caminho através de sítios
tão agrestes. Os mineiros do Arraial do Carmo, entretanto,
tiveram conhecimento da existência de trabalhos de mineração em
Ouro Preto pelas águas turvas do ribeirão. Assim, foram eles os
primeiros a estabelecer comunicação entre o Carmo e Ouro Preto,
abrindo uma picada através de quase inacessíveis rochedos e
impenetráveis florestas, guiando-se sempre pelas águas turvas do
ribeirão do Ouro Preto.”28

Segundo Antonil29 apesar da curta distância entre as duas regiões auríferas, o caminho
bastante fechado dificultava o acesso inicial à região. Gastava-se, na verdade “três dias de
caminho moderado até o jantar” para se chegar ao Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo,
que, segundo ele, teria sido descoberto por João Lopes de Lima.

A extração mineral nesse período tinha caráter bastante rudimentar. Com o esgotamento
das reservas de ouro aluvionar, as explotações foram transferidas para as montanhas, onde
as atividades extrativas se mostravam bem mais onerosas. Neste período, procurou-se
aplicar os mesmos métodos utilizados nos rios, fazendo aberturas no solo e em rochas
alteradas, cujo material era transportado para a lavação e apuração em bateias junto ao
rio.

Os primeiros trabalhos de explotação eram realizados em leitos de rios, sendo os primeiros


cascalhos auríferos encontrados em descoberto em seus leitos.
“No princípio, esses homens, desprovidos de todos os meios,
extraíam o ouro entrando na água para remexer as areias com
estacas afiadas, que recolhiam em seguida em pequenos
recipientes, pratos de estanho ou gamelas de madeira, nos quais
separavam os grãos de ouro com os dedos, rejeitando em seguida
a areia para o rio. As gamelas de madeira foram substituídas mais
tarde por um vaso em forma de funilou de cone muito aberto, a
bateia (...)”30

27
FERRAND, 1988.
28
ESCHWEGE, 1979, p.29.
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Outro sistema, surgido posteriormente ao da bateia era o de desvio dos cursos de água por
barragem e canal lateral, consistindo em desviar as águas do leito principal do rio, abrindo
um canal lateral dirigindo assim, as águas para este novo leito construído. Desta forma, os
mineradores começavam seus trabalhos no leito seco do rio. Como as represas eram
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construídas de modo bastante rudimentar, estas cediam com freqüência, afogando assim os
trabalhadores. Como o cascalho aurífero do leito dos rios era bastante superficial, com seu
esgotamento era natural a mudança da explotação para as margens do rio. Tendo em vista
que esses depósitos possuem a mesma origem dos rios,
“...era bastante natural que, quando estes últimos começaram a
se esgotar, os mineradores fossem atraídos para os mesmos,
procurando o metal que tinham tanta dificuldade para recolher em
outras partes, tanto mais que sua explotação era relativamente
mais fácil que a dos rios, cujo curso era preciso desviar para
extrair o cascalho. Bastava, de fato, para isso, retirar as camadas
de terra e de saibro que cobriam o cascalho virgem formado de
seixos maiores.”31

A forma mais primitiva para o tratamento dessas camadas de aluviões eram as catas,
escavações redondas, abertas em forma de funil, com inclinação suficiente para evitar um
possível desabamento para o interior, e que sua abertura se alarga à medida em que se
aprofunda. Este método só era aplicado nas estações secas, tendo em vista que as chuvas
inundavam os trabalhos, inviabilizando-os.

Com o esgotamento do ouro de mais fácil exploração foi necessário emprego de tecnologia
para a realização dos trabalhos nos flancos das montanhas. Esses trabalhos eram aplicados
às rochas friáveis ou decompostas, atravessadas pelos filões de quartzo aurífero. O método
aplicado por esses mineradores era o de utilizar as águas como auxiliar na lavagem do
terreno e evidenciação do minério aurífero. Para isso, era necessário seu acúmulo em
reservatórios nas partes mais altas da exploração. Quando se abria a porta do reservatório,
as águas eram lançadas abruptamente pelo terreno, arrastando e carreando terras e pedras
até um canal inferior, e assim era dirigido para grandes reservatórios de alvenaria,
chamados mundéus, destinados a recolher as lamas auríferas.
“Os mundéus, geralmente encostados no flanco de uma montanha
vizinha da explotação, eram grandes reservatórios retangulares ou
semi circulares. Mediam internamente até 16 metros, e mesmo 24
metros de lados. Tinham 3 a 6 metros de profundidade, com
paredes de quase dois metros de espessura, em alvenaria de
blocos de pedra simplesmente cimentados com uma mistura de
argila e areia. Eram dispostos em série, uns ao lado de outros, e
com ligeiro desnível, em função do canal lateral que levava as
águas carregadas de lamas auríferas para os mesmos, por um
escoadouro colocado em saliência no meio da parede do fundo,
um pouco acima do reservatório.”32

O trabalho no interior das montanhas era realizado quando os mineradores encontravam


jazidas completamente embutidas nas montanhas. Deste modo, era seguido o veio
aurífero, realizando galerias que seguiam esta linha do mineral. Assim, explotavam as
jazidas por meio de uma série de galerias que chegavam a uma câmara isolada, realizada
na parte mais rica. Se por alguma razão, quer seja inundação pelo lençol freático, quer por
desabamentos que impossibilitavam a continuação da galeria, tentava-se encontrar o filão
por meio da abertura de uma nova galeria.
“Um notável exemplo desse sistema é ainda visível na mina da
Passagem. A jazida é formada por um filão de contato, que
penetra no flanco de uma montanha escarpada, aprofundando
segundo um ângulo de 18 a 20º. Nos afloramentos, abriram
espaçadamente galerias que avançam 20 ou 40 metros, seguindo
o mergulho. Em seguida foram alargadas, de modo a formar
salões de dimensões algumas vezes consideráveis.”33

O processo de concentração das areias e terras auríferas era feito submetendo-se estas a
uma corrente de água em lavadores manuais. Estes lavadouros eram chamados canoas e
tinham como função reter as parcelas pesadas em mesas com telas ou baetas, situadas
após os mesmos. A canoa era de instalação simples, consistindo em um poço pouco
profundo feito no local onde se queria lavar as areias. Estas canoas também podiam ser

29
ANTONIL, 1982.
30
FERRAND, 1988, p.98.
31
FERRAND, 1988, p.105.
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construídas em pedras, quando o processo de lavação era executado no mesmo local.
Situavam-se no pé dos mundéus, com fundo formado por lajes e grandes blocos de pedras.

O trabalho na canoa compreendia duas fases distintas sendo que na primeira, acumulava-
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se a massa aurífera na caixa, fazendo a passar por um processo de limpeza e na segunda


fase executava-se a concentração da massa, separando a parte rica e o resto passando
sobre as mesas, onde as parcelas pesadas eram retiradas. Estes depósitos iam diretamente
para a apuração, mas as areias concentradas nas canoas não eram suficientemente finas
para delas se extrair o ouro; visando este fim, sofriam uma pulverização complementar,
sendo esfregadas fortemente entre duas pedras, denominadas brunidores.

Apenas quando da chegada da família real no Brasil e da abertura dos portos “às nações
amigas” é que foram elaboradas diretrizes para o re-incremento da produção aurífera da
região. Em 1811, Wilhelm Ludwig Von Eschwege é enviado a Minas no intuito de estudar as
formas de minerar e introduzir técnicas mais produtivas. Em 1803, através do Alvará de 03
de maio, proibi-se a circulação do ouro em pó, substituto da moeda em transações
comerciais e reduz-se o quinto à metade, em uma tentativa de diminuir a sonegação e
incentivar a produção mineral. Em 1822, após a independência do Brasil, com a liberação
da explotação para empresas estrangeiras, toma-se um novo rumo na extração do metal
aurífero nas minas.34

Esta nova fase teria início, na verdade, pouco antes, em 1817, com a criação da Sociedade
Mineralógica de Passagem, organizada por Eschwege. Este teria sido o momento da
transformação da mineração na Mina da Passagem de garimpo para a primeira atividade
empresarial organizada. Em 1824, Edward Oxenford obteve por meio de decreto imperial,
autorização para realizar trabalhos em minas brasileiras, o que permitiu que ele
organizasse em Londres uma companhia com capital de 350.000 libras esterlinas, com o
nome de Imperial Brazilian Mining Association, a primeira companhia de capital estrangeiro,
que era proprietária das minas de Gongo Soco, Cata Preta, Antônio Pereira, além das terras
auríferas da Serra do Socorro.35

O histórico das explotações na Mina da Passagem remetem aos primeiros anos de


exploração mineral na região. Esta propriedade mineral abarcava quatro minas, a do
Fundão, Mineralógica, Paredão e Mata-Cavalos. A lavra de Mineralógica era composta por
49 datas (FERRAND, 1988), provenientes da reunião de várias concessões feitas entre 1729
a 1756 a vários mineradores. Após passarem por diversos proprietários foram compradas
por José Botelho Borges, em 1784. Após a sua morte, seus bens foram leiloados e a mina
foi entregue ao barão de Eschwege, em 1819. Segundo Ferrand, a jazida tinha sido apenas
“arranhada” pelos mineradores em vários pontos do afloramento. Neste período, adota-se
uma explotação mais regular dos recursos minerais existentes.

“Eschwege formou a primeira companhia existente no país, com o nome de


Sociedade Mineralógica da Passagem, e instalou um moinho de nove pilões.
Infelizmente, depois de vários anos de prosperidade, a sociedade entrou em falência
e os trabalhos foram interrompidos. A propriedade foi vendida em 1º de junho de
1859 pelo liquidante a um minerador inglês, Thomas Bawden, que trabalhara algum
tempo em Fundão, mina vizinha, e este último a revendeu quatro anos depois, em 26
de novembro de 1863, a Thomas Treolar, representante da nova companhia em
formação, a Anglo-Brazilian Gold Mining Company Limited.”36

A Lavra do Fundão era composta de 76 datas minerais e também era formada por várias
concessões dadas no período de 1735 a 1778 a diferentes mineradores. Foram agrupadas
por um minerador que, em 1835 as revendeu ao comendador Francisco de Paula Santos.
Este formou uma associação denominada Sociedade União Mineira. Foi comprada em 1850
por Thomas Bawden e Antônio Buzelin e depois revendida à Anglo-Brazilian Gold Mining
Company Limited, juntamente com a Mina da Mineralógica.

A Lavra do Paredão possuía uma superfície de 12 datas. Alvo de várias concessões datadas
de 1758 a Antônio Mendes da Fonseca, passou às mãos da família Martins Coelho e
posteriormente foi vendida à Anglo-Brazilian Gold Mining Company Limited, no mesmo
período das duas anteriores. A companhia inglesa se apossou das três lavras em 26 de
novembro de 1863 e em 30 de setembro de 1865, adquiriu a lavra de Mata-Cavalos.
(FERRAND, 1988)

32
FERRAND, 1988, p.111.
33
FERRAND, 1988, p.114.
34
FÉLIX, 1988, p.57-59.
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Esta empresa operou a mina durante nove anos, tendo produzido neste período, 753.560
gramas de ouro. Em 1875 a mina foi vendida a um sindicato francês que criou a empresa
The Ouro Preto Gold Mine Company, tendo sido vendida em 1895 à Companhia Minas de
Passagem, uma empresa brasileira de propriedade da família Guimarães. Esta foi a época
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de maior exploração contínua, alcançando de 1933 a 1939 a produção de 1870,4 kg de


ouro; em 1941, 360 kg; em 1943, 430 kg e no período de 1951 a 1954, uma produção de
1100 kg de ouro.

Atualmente o local é utilizado principalmente como área de turismo ecológico, explorada


pela iniciativa privada. O conjunto mais próximo à Estação Ferroviária de Passagem de
Mariana, é o que apresenta um melhor estado de conservação, sendo, inclusive o mais apto
a um programa de visitação pública controlada, caso seja decidido este tipo de atividade no
Plano de Manejo a ser elaborado para a área. Existe ainda o uso para pastagem de animais,
mesmo apresentando algum risco de acidentes, devido à ocorrência de buracos de sarilho,
muitas vezes encobertos pela vegetação. Há, também, extração de material lenhoso por
parte de alguns moradores da circunvizinhança.

No Morro de Santo Antônio, existem as ruínas de uma capela que possivelmente teria sido
a primeira edificação religiosa da região, erigida no período inicial de sua ocupação. Em
Instituições de Igrejas no Bispado de Mariana (1945), de Cônego Raimundo Trindade, autor
de suma importância e grande credibilidade, tem-se o relato da construção das capelas de
Mariana, inclusive de uma que acredita-se tratar da capela do Morro de Santo Antônio.
Construída a expensas de um devoto, a capelinha servia de abrigo de animais fora dos
tempos de missa. Segundo tal citação37 pode realmente se tratar das atuais ruínas da igreja
do Morro de Santo Antônio pois, segundo o Padre Manuel Braz Cordeiro, não haveria
quando de sua ida à região, nenhuma outra capela que não fosse esta. Como se sabe, o
povoamento inicial da atual cidade de Mariana se deu através dos morros em torno do
Ribeirão do Carmo, local onde atualmente se encontram as ruínas da igreja. Através de
informações orais não foi possível obter nenhum dado que dê credibilidade ou desabone
esta hipótese.
11. ACERVO E/OU Companhia Minas da Passagem
FIEL
DEPOSITÁRIO
12. DESCRIÇÃO O Morro de Santo Antônio está localizado na porção oeste do município de Mariana (MG),
próximo ao limite com o município de Ouro Preto (MG), na sub-bacia do Rio do Carmo,
bacia do Rio Doce. A área possui aproximadamente 131,16 ha, com altitudes que variam de
800 a 1000 metros. Está inserida no Quadrilátero Ferrífero representando a estrutura
geológica do Anticlinal Mariana, e constitui-se uma dobra aberta, normal, com caimento de
eixo suave para SE (Nalini Jr. Et al. 1992).

Possui afloramentos rochosos, principalmente de rochas quartzito em seu topo. Este possui
forma aplainada e é marcado por desfiladeiro íngreme de aproximadamente 50 metros de
desnível. O clima na área é classificado como Tropical de Altitude. A temperatura anual
média no município fica em torno de 18ºC, sendo a média das máximas anual de 30ºC e a
média das mínimas anual de 12 ºC, resultando em uma amplitude térmica anual em torno
de 18ºC. A precipitação média anual varia em torno de 1.800m. A cobertura vegetal da
região é de transição entre mata atlântica e cerrado, encontrando-se nos topos dos morros
remanescentes de campos rupestre e nas encostas e fundos de vale a formação de mata.
Entretanto, devido às intervenções antrópicas, existem poucas porções contínuas dessa
mata, havendo o predomínio campos rupestres e áreas em regeneração.

A área foi extremamente explorada na retirada de ouro nos últimos três séculos o que
descaracterizou o solo, os afloramentos de rocha e a vegetação que se observavam
naturalmente no local. Foram observados inúmeros antigos túneis de mineração associados
aos buracos de sarilho (túneis verticais de respiração). O trecho ferroviário entre Ouro
Preto e Mariana pertencente à Cia. Vale do Rio Doce (com 18 km de extensão) tem um de
seus segmentos como marco de delimitação do conjunto. O sítio está inserido em zona
urbana (distrito de Passagem de Mariana) próximo a Estação Ferroviária de Passagem de
Mariana e não há qualquer restrição ao seu uso. É utilizada principalmente como área de
turismo ecológico explorada pela iniciativa privada. Existe o uso da para pastagem de
animais, mesmo apresentando algum risco de acidentes, devido a ocorrência de buracos de
sarilho, muitas vezes encobertos pela vegetação. Há, também,

35
FERRAND, 1988, p.164.
36
FERRAND, 1988, p.232.
37
TRINDADE, 1945, p.139 a 141.
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extração de material lenhoso por parte de alguns moradores da circunvizinhança.

Trata-se de um conjunto muito expressivo do ponto de vista patrimonial e histórico, munido


de estruturas, representadas basicamente por lavras a céu aberto, implantação de
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edificações em alvenaria de pedra e estruturas afins em terrenos já revolvidos pela primeira


fase de exploração, além de grandes galerias e sarilhos, implantados em uma segunda
fase. Apesar da proximidade de áreas urbanas, apresenta, ainda, edificações e estruturas
em bom estado de conservação.

A grande variedade, potencialidade e complexidade das estruturas arqueológicas contidas


na área pode ser observada com o auxílio de um guia local, conhecedor de todos os
acessos aos conjuntos históricos, compostos por estruturas de baixa, média e alta
visibilidade. Algumas delas encontram-se em condições de baixa visibilidade por
apresentarem, de fato, pequenas dimensões e estarem esmaecidas pela vegetação rasteira
ou sedimento sotoposto, ou por já estarem em avançado estado de degradação.

Foi possível estabelecer uma tipologia geral das estruturas, distribuindo-as por sua vez, em
planta de situação, por meio de uma legenda de cores e formas com o objetivo de
representar graficamente a ocorrência dos tipos. Houve casos também de existir uma única
amostra do tipo, desta forma, esta seria conseqüentemente o seu único modelo. Dentro de
alguns tipos, foi também possível estabelecer, uma variedade interna ou sub-tipos. Foi o
que aconteceu com os mundéus – identificados em formato retangular, ovóides e semi-
circulares, aproveitando, neste último caso, a curvatura do terreno ou ravinas.

Os tipos gerais identificados foram organizados em sete grupos principais:


1) Domésticos e afins: unidade residencial, curral, horta, hospital, engenho e paiol;
2) Religiosos: capela, cemitério, casa paroquial;
3) Acessos e divisas: caminhos, trilhas, valas de divisa, muros de arrimo;
4) Estruturas de mineração: lavra a céu aberto; mundéu, represa, pilão; rego ou aqueduto,
canoa, galeria, buraco de sarilho, montes de entulho, brunidor e fio de pedra (estas duas,
estruturas móveis). Também entrou nesta categoria uma lagoa, mas que originalmente
trata-se uma antiga cata, que foi represada;
5) Natural: caverna de canga;
6) Fragmentos de utensílios domésticos: cerâmica vitrificada, cerâmica histórica ou
“cabocla” e de esteatita;
7) Não identificados (sobretudo em função do péssimo estado de conservação. É o caso das
estruturas que sofreram demolições).

Vale ressaltar que o Sítio Arqueológico do Morro de Santo Antônio, possivelmente é um dos
maiores e mais expressivos sítios da história da mineração do Estado de Minas Gerais.
13. PROTEÇÃO LEGAL Tombamento Municipal: Decreto nº. 4.481 de 28 de fevereiro de 2008.

14. GRAU DE O sítio possui um grau razoável/bom de integridade.


INTEGRIDADE
15. ANÁLISE DO GRAU O grau razoável/bom de integridade do Morro de Santo Antônio se deve provavelmente ao
DE INTEGRIDADE uso com certo manejo por parte da atividade turística planejada representada pelo projeto
Trem da Vale, em que a área constitui-se paisagem contemplativa de destaque para os
usuários da ferrovia. Por outro lado as queimadas e a retirada do material lenhoso para uso
doméstico tem sido fator de degradação da cobertura vegetal.

Ressalta-se que a área foi submetida à exploração mineral, principalmente ouro, por mais
de três séculos, o que justifica o estado regular de preservação das rochas expostas. Foi
observada em área da divisa do entorno ao bem extração de quartzito. Os solos foram
desconfigurados devido à atividade minerária ali empreendida. O tipo de erosão/movimento
de massa mais freqüente é o deslizamento. A compactação dos solos também é observada,
haja vista a presença de eqüinos.

Os problemas verificados nos recursos hídricos estão localizados na área de entorno ao bem
Morro de Santo Antônio, sendo esses o assoreamento em alguns trechos do leito do Rio do
Carmo e Córrego Seco devido à retirada de areia de seu leito.

As trilhas que permeiam toda a área apresentam-se bem conservadas não sendo observada
erosão significativa em seus traçados, e apresentam médio a baixo risco de acidente em
razão dos poucos buracos de sarilho e galerias/túneis, especialmente aqueles encobertos
por vegetação, que localizam-se no entrono imediato das trilhas já existentes.

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As estradas que conduzem ao Morro de Santo Antônio encontram-se asfaltadas com pista
simples e acostamento assim como as ruas do distrito de Passagem de Mariana, asfaltadas
ate o início da trilha. O trecho da linha férrea que limita o sítio foi reformado no ano de
2006, pela Companhia Vale do Rio Doce.
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A retirada de telhas e madeiras das edificações parece ter sido muito usual para fins de
construção civil por parte da comunidade dos bairros vizinhos, muitos, inclusive,
consideram-se herdeiros naturais das benfeitorias, por serem descendentes dos antigos
moradores destas localidades. Segundo moradores locais, muitas edificações foram total ou
parcialmente destruídas, pois era comum procurar ouro que poderia ter sido enterrado ou
escondido em algumas frestas de parede pelos antigos escravos que ali trabalhavam ou
moravam.
16. INTERVENÇÕES Com o objetivo de inventariar todo o sítio em questão, levando em consideração o tamanho
ARQUEOLÓGICAS da área do Morro de Santo Antônio (131,16 ha) foi necessário o auxílio de um guia local,
/ATIVIDADES que conhecesse bem todos os acessos aos conjuntos históricos, compostos por estruturas
DESENVOLVIDAS de baixa, média e alta visibilidade.

A localização exata das estruturas e conjuntos principais no Morro de Santo Antônio foi
realizada com o auxílio de um GPS. Como apoio em campo, também foram utilizadas
ortofotos, fotos de satélite e cartas topográficas.

Após o mapeamento e distribuição das estruturas por zonas ou áreas e avaliação prévia do
estado de conservação das mesmas, foi possível estabelecer uma tipologia geral das
estruturas, distribuindo-as por sua vez, em planta de situação, por meio de uma legenda de
cores e formas com o objetivo de representar graficamente a grande variedade,
potencialidade e complexidade das estruturas arqueológicas contidas no perímetro. Bom
lembrar, que algumas estruturas encontram-se em condições de baixa visibilidade por
apresentarem, de fato, pequenas dimensões ou por já estarem em avançado estado de
degradação, podendo assim não ter sido identificadas nesta fase, apesar dos esforços da
equipe em rastrear toda a área.

Obviamente, não seria possível plotar com GPS, por exemplo, todos os buracos de sarilhos
ou estruturas móveis como brunidores, mesmo porque isto demandaria uma limpeza quase
que total de todo o sítio histórico, tendo em vista que muitas estruturas de baixa
visibilidade se encontram esmaecidas pela vegetação rasteira ou sedimento sotoposto. Na
fase dos estudos para o Plano de Manejo da área deverá ser prevista a topografia
pormenorizada envolvendo mapeamento de todas as estruturas em superfície.

Após a identificação de todos os conjuntos e suas principais estruturas componentes, foi


possível seccionar as principais zonas ou setores de ocorrência, baseando-se sobretudo em
critérios espaciais, tendo em vista que as mesmas, apresentam estruturas comuns.

Em seguida, foi possível estabelecer quais eram as melhores amostras de cada tipo
estabelecido, focalizando e registrando-as como modelos neste estudo. Os critérios para
definição das amostras-tipo foram: estado de conservação, morfologia, tecnologia de
fabricação ou peculiaridades, de modo geral. Houve casos também de existir uma única
amostra do tipo, desta forma, esta seria conseqüentemente o seu único modelo. Dentro de
alguns tipos, foi também possível estabelecer, uma variedade interna ou sub-tipos. Foi o
que aconteceu com os mundéus – identificados em formato retangular, ovóides e semi-
circulares, aproveitando, neste último caso, a curvatura do terreno ou ravinas.

Foram estudados os usos e tecnologias de exploração do ouro, em suas sucessivas fases. O


levantamento de fontes escritas, principalmente as que se referem à história da mineração
da região de Mariana, foi fundamental para contextualizar e melhor compreender o
processo de ocupação e colonização desta região, suas tecnologias e redes sociais.

Após o estabelecimento da tipologia foram então selecionados os conjuntos e estruturas


isoladas amostrais, que mereceriam uma topografia detalhada com a utilização de Estação
Total, além de fotografias adicionais.

Todos os conjuntos localizados também foram objeto de avaliação do estado de


conservação das suas estruturas componentes, observando a origem das ações que
comprometeram ou que ainda ameaçam a integridade das mesmas.

A partir destas avaliações, foi possível estabelecer as medidas de conservação para a área.
Ficou notório, tendo em vista a riqueza de informações e estruturas, a necessidade de um
Plano de Manejo emergencial, visando estabelecer os tipos de usos e ações para cada setor
que a compõe, levando em consideração os elementos arqueológicos, arquitetônicos,
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etnohistóricos, bióticos e físicos.

Sem dúvida alguma, nenhuma ação a ser estabelecida poderá ser eficaz ou bem executada
se desenvolvida sem a participação e colaboração, desde a sua fase inicial, das
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comunidades locais. Por isto, ações ligadas à educação patrimonial são fundamentais para o
sucesso de uma política cultural que se propõe proteger e valorizar, neste caso, este
importante e magnífico patrimônio cultural existente no Morro de Santo Antônio.
17. MEDIDAS DE As intervenções observadas na área estão relacionadas à utilização das mesmas de maneira
CONSERVAÇÃO indiscriminada e predatória (animais de tração percorrendo soltos; vandalismo na procura
de ouro, mesmo nos dias atuais; lixo atirado nas trilhas e no interior das ruínas; queimadas
predatórias, dentre outras). Visando preservar, recuperar e garantir a conservação do sítio
arqueológico do Morro de Santo Antônio foram traçadas as seguintes recomendações e
diretrizes de intervenção:
- Fomentar pesquisas históricas e arqueológicas que assegurem a continuidade de um
processo sistemático de estudo, discussão, resgate e preservação do patrimônio;
- Implantar sistema de obtenção de dados relativos ao clima, flora, monitoramento de
fauna e de qualidade das águas, que permitam diagnósticos precisos e dinâmicos das
condições da região e do bem. Ressalta-se a necessidade de estudos complementares para
fornecer informações mais precisas sobre a situação ecológica da comunidade de aves e
orientar trabalhos de manejo visando à conservação das espécies presentes. Ressalta-se,
também, a importância de estudos complementares para os anfíbios principalmente devido
às dinâmicas populacionais de algumas espécies e a urgente preservação da área
amostrada;
- Evitar o avanço da ocupação humana no Morro de Santo Antônio;
- Regulamentar a atividade de ecoturismo que vem sendo desenvolvidas pela iniciativa
privada no Morro Santo Antônio, incluindo a apresentação do Plano de Gestão para
aprovação do IPHAN;
- Elaboração de um Plano de Manejo para a área, visando estabelecer os tipos de usos e
ações para cada setor que as compõem, levando em consideração os elementos
arqueológicos, arquitetônicos, etnohistóricos, bióticos e físicos. Na fase dos estudos deste
Plano de Manejo deverá ser prevista a topografia pormenorizada envolvendo mapeamento
de todas as estruturas em superfície, tendo em vista que muitas estruturas de baixa
visibilidade se encontram esmaecidas pela vegetação rasteira ou sedimento sotoposto;
- Proibir qualquer tipo de extração mineral ou vegetal;
- Recuperar a vegetação nativa da área;
- Realizar o plantio de mudas de espécies nativas nas nascentes;
- Proibir a instalação de quaisquer intervenções que destoem das características do sítio,
tais quais antenas de rádio, celular, de transmissão e de televisão, outdoors e construções;
- Deve ser previsto um projeto emergencial de contenção de processos erosivos em alguns
trechos e monitoramento de raízes que podem comprometer a integridade de algumas
paredes de alvenaria de pedra;
- Também devem ser desestimuladas e esclarecidas as ações relacionadas à demolição das
paredes das edificações, incluindo a coleta esporádica de blocos de rocha para construção
de alicerces. Caso contrário, os conjuntos de ruínas continuarão a sofrer danos de origem
antrópica e natural;
- Priorizar um Programa de Educação Patrimonial/Ambiental, como componente da política
cultural municipal, que esclareça sobre a importância de se valorizar a memória e o
patrimônio arqueológico existente na área e seu entorno. Este programa deverá envolver,
sobretudo, as comunidades locais, professores, alunos, lideranças comunitárias, incluindo
funcionários da Prefeitura responsáveis pela área de cultura;
- Estabelecimento de diretrizes para o controle específico da atividade de extração de
quartizito existente no entorno do sítio;
- Impedir a atividade de extração de areia desenvolvida clandestinamente na área de
entorno, principalmente, no leito do Córrego do Mata-Cavalos.
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS:
ALMEIDA, F.F.M. e HASUI, Y. (org.). 1984. O Pré-Cambriano do Brasil. São Paulo:
Edgard Blücher Ed.
ANTONIL, André João. Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982.

CETEC-Fundação Centro Tecnológico De Minas Gerais. 1983. Diagnóstico Ambiental do


Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, Série de Publicações Técnicas, 158p.
EMBRAPA. 1999. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, INMET 5º distrito de Meteorologia, e
UFU. 1982. Atlas Climatológico do Estado de Minas Gerais. EPAMIG, Belo Horizonte.

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ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig. Pluto Brasiliensis. Trad. Domício de Figueiredo Murta. Belo
Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1979.
FÉLIX, Juvenil. Práticas de Mineração na Mina de Passagem. In: FERRAND, Paul. O Ouro
em Minas Gerais. Trad: Júlio Castanõn Guimarães. Belo Horizonte: Fundação João
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Pinheiro, 1988.
FERRAND, Paul. O Ouro em Minas Gerais. Trad: Júlio Castanõn Guimarães. Belo
Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1988.
NALINI JR. Et Al 1992 Sobre a geologia estrutural do anticlinal de Mariana, região
sudeste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais – uma revisão. Revista da Escola de
Minas, v 45 (1 e 2): pp18-20.
PLANO Diretor Urbano Ambiental de Mariana (Lei Complementar 016 / 2004). Mapa base da
Prefeitura e entorno da sede de Mariana. Mariana: Prefeitura Municipal, 2003.
SOBREIRA, Frederico Garcia. Estudo Geoambiental da área urbana de Mariana:
Ocupação do meio físico e análise de riscos geológicos: Relatório Projeto Final,
Fapemig. Departamento de Geologia, Escola de Minas, UFOP. Ouro Preto, Minas
Gerais, 2000. 90 p.
SUGUIO, K. 1999. Geologia do Quaternário e Mudanças Ambientais. Passado +
Presente = Futuro? São Paulo, Paulo’s Comunicação e Artes Gráficas. 366p.
TRINDADE, Cônego Raimundo. Instituições de Igrejas no Bispado de Mariana.
Ministério da Educação e Saúde - SPHAN, Rio de Janeiro, 1945. Public. 13.
VELOSO, Henrique Pimenta. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um
sistema universal. Henrique Pimenta Veloso, Antônio Lourenço rosa Rangel filho, Joge
Carlos alves Lima. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos
Ambientais. IBGE. Rio de Janeiro, 1991. 124 p.
VILELA, Renata Alvarenga. Estudo da Microporosidade do Minério Compacto da Mina
do Tamanduá (Q.F., MG) e suas Implicações Metalúrgicas. UFOP. Ouro Preto Minas
Gerais, 2001. 83 p.
ELETRÔNICAS:
www.googleearth.com. Acesso em fev/2007.
ORAIS:
José Maurício. Entrevista, dez/2006.

19. INFORMAÇÕES Sem referências


COMPLEMENTARES
20. DOCUMENTAÇÃO
FOTOGRÁFICA

Vista panorâmica do limite norte do Morro de Santo Vista de ruínas preservadas próximas à área urbana.
Antônio. FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

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Área de abatimento observado no Morro de Santo Antônio Antigo buraco de sarilho hoje exposto.
localmente denominada “Ferradura”. FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Vista do entorno do Morro de Santo Antônio no encontro Aspecto dos solos entre as ruínas e linha férrea, ao
entre o Córrego do Mata-Cavalos e o Rio do Carmo. fundo.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

21. FICHA TÉCNICA Levantamento: Alenice Baeta (Arqueóloga e Historiadora)


Gustavo Leite (Biólogo)
Henrique Piló (Arqueólogo e Historiador)
Lélio Pedrosa (Chefe Dep. Pat. Cultural)
Data: Dez/2006
Lílian Afonso (Bióloga)
Patrícia Pereira (Arquiteta Urbanista)
Rachel Starling (Geógrafa)
Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo)
Elaboração: Alenice Baeta (Arqueóloga e Historiadora)
Gustavo Leite (Biólogo)
Henrique Piló (Arqueólogo e Historiador)
Henrique Oliveira (estagiário de arquitetura) Data: Fev/2007
Patrícia Pereira (Arquiteta Urbanista)
Rachel Starling (Geógrafa)
Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo)
Revisão: Memória Arquitetura Ltda. Data: Abr/2008

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Peças e fragmentos de utensílios coletados:

Moradores dos arredores do Morro de Santana coletaram nos últimos anos objetos e fragmentos de
utensílios no piso de algumas de suas ruínas. Estes foram reunidos por lideranças comunitárias do Bairro
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Gogô.

Com o objetivo de organizar e contextualizar este acervo material foi realizado um inventário de cada
peça visando uma descrição geral, incluindo fotografias detalhadas. No entanto, não foi possível recuperar
informações relativas à localidade exata onde cada peça foi encontrada ou a época em que estas teriam
sido coletadas.

Trata-se de uma coleção heterogênea, composta por peças de moinho de fubá, além de fragmentos de:
vidros, louça branca, utensílios de cerâmica vitrificada, cabocla, cachimbos de escravos com vários
motivos decorativos, tinteiro em grés, etc. Há também peças metálicas como cravo, dobradiça, medidas
de pesar o ouro e balança. Vale a pena também destacar um cadinho esculpido na canga, um copo e uma
garrafa inteiros, de cerâmica esmaltada.

Todas as peças foram devidamente embaladas e numeradas pela equipe e organizadas em caixas. Esta
coleção encontra-se sob guarda provisória da Associação Comunitária do Gogô. Conforme já exposto,
espera-se que esta coleção possa ser objeto de um projeto museológico e museográfico em um espaço
destinado a valorizar o patrimônio e a história dos Morros de Santana e Santo Antônio.

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 01
03. TIPO Moinho de fubá
04. DESCRIÇÃO Duas partes redondas utilizada para o processo de moagem.
05. DIMENSÃO Parte fixa: 42 cm de raio x 10 cm de largura
Parte móvel: 44 cm de raio x 15 cm de largura
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07389 - DSC07390

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FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 02


03. TIPO Vidro
04. DESCRIÇÃO Vidro azul, possivelmente oriundo da janela da igreja
05. DIMENSÃO 7cm x 5cm x 0,3cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07397

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 03
03. TIPO Cerâmica Saramenha
04. DESCRIÇÃO Borda de cerâmica vidrada do tipo Saramenha, esverdeada e
marrom. Técnica Sponger
05. DIMENSÃO 4cm x 5cm x 0,2cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07394

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FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 04


03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Cerâmica branca e azul com barrado em corda
05. DIMENSÃO 5,5 x 4,0 x 0,4 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07396 - DSC07400

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 05
03. TIPO Grés
04. DESCRIÇÃO Fragmento de um pote em grés
05. DIMENSÃO 7,0 x 4,2 x 1,2 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07405

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FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


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02. NÚMERO DO REGISTRO 06


03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Fragmento de cerâmica Cabocla
05. DIMENSÃO 7,0 x 5,4 x 0,6 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07395

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 07
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração floral concêntrica e borda semi circular concêntrica (3
linhas)
05. DIMENSÃO 5,1 x 4,5 x 4,1 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Pilo
11. REFERÊNCIA DSC07414 - DSC07415 - DSC07416

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FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 08
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo no corpo e borda: cordas e folhas
05. DIMENSÃO 5,5 x 5,0 x 3,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07417 - DSC07421

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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


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02. NÚMERO DO REGISTRO 09


03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo no corpo e borda: cordas e folhas
05. DIMENSÃO 5,6 x 3,0 x 2,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07423 - DSC07425

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 10
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Argila amarela. Decoração em círculos concêntricos
05. DIMENSÃO 5,0 x 3,6 x 2,6 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07426 - DSC07429

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02. NÚMERO DO REGISTRO 11


03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo no corpo e borda: cordas e folhas
05. DIMENSÃO 5,1 x 3,0 x 2,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07431 - DSC07434

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 12
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo no corpo e borda: cordas e folhas
05. DIMENSÃO 5,4 x 3,5 x 2,6 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07435 - DSC07438

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02. NÚMERO DO REGISTRO 13


03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo com motivos semi-circulares e cordas
05. DIMENSÃO 5,5 x 4,0 x 2,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07440 - DSC07442

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 14
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo no corpo e borda: cordas e folhas
05. DIMENSÃO 4,0 x 2,5 x 2,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07443 - DSC07444

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02. NÚMERO DO REGISTRO 15


03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração floral concêntrica e borda semi circular concêntrica (3
linhas)
05. DIMENSÃO 5,5 x 5,4 x 3,0 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07445 - DSC07447

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 16
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo: floral e cordas
05. DIMENSÃO 6,0 x 4,0 x 2,8 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07448 - DSC07451

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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


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02. NÚMERO DO REGISTRO 17


03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo: floral e cordas
05. DIMENSÃO 6,0 x 4,0 x 2,6 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07452 - DSC07455

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 18
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo: floral e cordas
05. DIMENSÃO 6,4 x 4,6 x 4,1 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007

10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló


11. REFERÊNCIA DSC07456 - DSC07458

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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


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02. NÚMERO DO REGISTRO 19


03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo: floral e cordas
05. DIMENSÃO 3,1 x 4,0 x 4,0 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07459 - DSC07461

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 20
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Borda ondulada e boca larga
05. DIMENSÃO 6,7 x 6,1 x 5,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07462 - DSC07465

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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


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02. NÚMERO DO REGISTRO 21


03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Decoração em relevo: linhas onduladas
05. DIMENSÃO 5,5 x 3,4 x 2,7 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07467

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 22
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Fragmento apenas da boca e de pedaço do corpo
05. DIMENSÃO 3,6 x 3,2 x 2,0 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07471

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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


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02. NÚMERO DO REGISTRO 23


03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Argila escura e decoração apagada por erosão
05. DIMENSÃO 5,1 x 3,6 x 2,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07473

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 24
03. TIPO Cachimbo
04. DESCRIÇÃO Pequeno fragmento do corpo bastante erodido
05. DIMENSÃO 3,5 x 3,5 x 2,4 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07478

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FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 25


03. TIPO Puxador
04. DESCRIÇÃO Floral saramenha
05. DIMENSÃO 5,0 x 3,0 x 3,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07481

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 26
03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Três fragmentos de cerâmica cabocla com borda ondulada – argila
clara
05. DIMENSÃO 10,5 x 6,5 x 0,6 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07482

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DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 27


03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Cerâmica saramenha com borda extrovertida simples
05. DIMENSÃO 7,2 x 6,5 x 0,8 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Pilo
11. REFERÊNCIA DSC07484

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 28
03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Fragmento de cerâmica cabocla. Remete ao fragmento n. 26
05. DIMENSÃO 10,4 x 6,3 x 0,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07485

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DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 29


03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Fragmento de cerâmica cabocla
05. DIMENSÃO 5,0 x 4,6 x 0,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07490

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 30
03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO 6 fragmentos de cerâmica com tinta azul
05. DIMENSÃO 5,7 x 5,0 x 0,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07492

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FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 31


03. TIPO Grés
04. DESCRIÇÃO Fragmento de tinteiro
05. DIMENSÃO 4,5 x 3,4 x 0,8 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07496 - DSC07497 - DSC07498

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 32
03. TIPO Vidro
04. DESCRIÇÃO Vidro verde escuro
05. DIMENSÃO 8,0 x 3,5 x 0,6 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07500

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DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 33


03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Fragmentos de cerâmica do tipo Saramenha
05. DIMENSÃO 19,0 x 14,0 x 0,7 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07501 - DSC07503

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 34
03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Fragmento de cerâmica cabocla. Borda reforçada
05. DIMENSÃO 13,5 x 8,0 x 0,6 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07506 - DSC07507

Página 205 de 282 ABR


DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 35


03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Cerâmica cabocla – pertence ao fragmento 34
05. DIMENSÃO 9,5 x 8,5 x 0,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07508 - DSC07509

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 36
03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Cerâmica saramenha – Fragmento do lábio
05. DIMENSÃO 8,6 x 8,4 x 0,7 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07512 - DSC07513

Página 206 de 282 ABR


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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 37


03. TIPO Louça
04. DESCRIÇÃO Malga com debrum
05. DIMENSÃO 8,6 x 6,5 x 0,3 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07514 - DSC07516

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 38
03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Cerâmica saramenha. Possível base de um copo
05. DIMENSÃO 7,0 x 7,0 x 2,0 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07517 - DSC07518

Página 207 de 282 ABR


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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 39


03. TIPO Grés
04. DESCRIÇÃO Tinteiro
05. DIMENSÃO 6,5 x 6,0 x 1,0 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07519 - DSC07521

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 40
03. TIPO Canga
04. DESCRIÇÃO Cadinho esculpido na canga
05. DIMENSÃO 7,4 x 7,8 x 4,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07522 - DSC07523

Página 208 de 282 ABR


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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 41


03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Copo em cerâmica esmaltada – interior branco e exterior marrom.
Decoração em relevo
05. DIMENSÃO 10,0 x 2,5 x 5,2 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07525 - DSC07526

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 42
03. TIPO Cerâmica
04. DESCRIÇÃO Garrafa em cerâmica esmaltada
05. DIMENSÃO 22,0 x 7,5 x 7,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07528

Página 209 de 282 ABR


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01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 43


03. TIPO Metálico
04. DESCRIÇÃO Cravo
05. DIMENSÃO 17,0 x 0,5 x 0,5 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07534

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 44
03. TIPO Metálico
04. DESCRIÇÃO Dobradiça
05. DIMENSÃO 10,0 x 3,0 x 0,6 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07531b

Página 210 de 282 ABR


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FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 45


03. TIPO Metálico
04. DESCRIÇÃO Gancho não identificado
05. DIMENSÃO 5,5 x 0,6 x 0,6 cm
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07531a

FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


02. NÚMERO DO REGISTRO 46
03. TIPO Metálico
04. DESCRIÇÃO Medida para pesar ouro
05. DIMENSÃO Variadas
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07535 - DSC07538

Página 211 de 282 ABR


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FICHA DE INVENTÁRIO

01. PROCEDÊNCIA Morro de Santana (Gogô)


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

02. NÚMERO DO REGISTRO 47


03. TIPO Metálico
04. DESCRIÇÃO Balança
05. DIMENSÃO
06. FORMA DE OBTENÇÃO Coletado por morador local
07. RESP. GUARDA PROVISÓRIA Sr. Salvador Alves de Freitas
08. PREENCHIMENTO DA FICHA Alenice Baeta / Henrique Piló
09. DATA 26-03-2007
10. AUTORIA DAS FOTOS Henrique Piló
11. REFERÊNCIA DSC07558

Página 212 de 282 ABR


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11.2. Patrimônio Natural

FICHA DE INVENTÁRIO
01. MUNICÍPIO Mariana

02. DISTRITO Sede


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

03. DESIGNAÇÃO Cachoeira do Fundão

04. LOCALIZAÇÃO Coordenadas UTM x=6625444 e y=77489818, 900 metros de altitude

05. CARTA Folha Mariana, SF-23-X-B-I-3, do ano de 1976 do IBGE.


TOPOGRÁFICA
06. ACESSO A partir da área urbana do Bairro de Santana, no distrito sede de Mariana, toma-se trilha à
esquerda (norte), localizada nas imediações da Rua B. A trilha segue em direção á
montante do Córrego do Fundão por acesso de dificuldade média. Há pequena travessia
improvisada sobre o córrego, sobre a qual é necessário atravessar para a margem
esquerda dando acesso à trilha recoberta por cacos de quartzito que dá acesso ao poço da
cachoeira.
07. PROPRIEDADE Salvador Alves de Freitas

08. RESPONSÁVEL Salvador Alves de Freitas

09. SUBCATEGORIA Cachoeira com entorno preservado

10. DESCRIÇÃO A cachoeira se encontra no alto curso do Córrego do Fundão. Está inserida em área urbana
próxima ao Bairro de Santana. A mata ciliar encontra-se bem preservada com densa
vegetação de porte arbóreo. Encontra-se à montante da Cachoeira do Gôgo. A Cachoeira do
Fundão é composta por 01 (uma) queda d´água estimada em 10 (dez) metros de altura e
que dá origem a um poço. Há pequeno barramento feito de pedras, sacos de areia e pneus
com o intuito de aumentar a profundidade do poço para uso de lazer pela população local.
A cachoeira se apresenta em vale encaixado, com paredões de quartzito em ambos os
lados, de aproximadamente 12 metros, escalonados. Foi constatada presença de vegetação
junto ao substrato rochoso, tal como: espécies de samambaias, liquens e árvores, que se
desenvolvem nos encaixes entre as camadas de rocha.
11. USOS Não há restrições quanto ao uso deste sítio natural. É utilizado como ponto de recreação e
lazer da família proprietária e da comunidade local. Anteriormente o trecho no qual a
cachoeira se insere fora largamente utilizado na extração de ouro.
12. ASPECTOS A Cachoeira do Fundão está localizada no vale do Córrego do Fundão, na sub-bacia do Rio
FÍSICOS do Carmo, bacia do Rio Doce. Está inserida na unidade geomorfológica do Quadrilátero
Ferrífero. O clima na área é classificado como Tropical de Altitude. A temperatura anual
média no município fica em torno de 18ºC, sendo a média das máximas anual de 30ºC e a
média das mínimas anual de 12 ºC, resultando em uma amplitude térmica anual em torno
de 18ºC. A precipitação média anual varia em torno de 1.800m. A cobertura vegetal da
região é de transição entre mata atlântica e cerrado.
13. PROTEÇÃO LEGAL APP – Área de Proteção Permanente - SNUC
EXISTENTE
14. PROTEÇÃO LEGAL Inventário
PROPOSTA
15. GRAU DE O sítio possui um grau razoável/bom de integridade por ser utilizado como equipamento de
INTEGRIDADE lazer local e por apresentar mata ciliar preservada. A vegetação conta com um grau bom de
integridade.
16. ANÁLISE DO GRAU O grau razoável/bom de integridade da Cachoeira do Fundão se deve ao cuidado
DE INTEGRIDADE dispensado pelo proprietário/responsável na manutenção e manejo da área. Sua principal
/ FATORES DE restrição encontra-se nas condições do seu único acesso especialmente pela travessia
DEGRADAÇÃO precária do córrego e mesmo pela alta declividade da trilha.
17. MEDIDAS DE Fomento à conservação do local através de orientação técnica ao proprietário.
CONSERVAÇÃO
18. REFERÊNCIAS ALMEIDA, F.F.M. e HASUI, Y. (org.). 1984. O Pré-Cambriano do Brasil. São Paulo:
Edgard Blücher Ed.
CETEC-Fundação Centro Tecnológico De Minas Gerais. 1983. Diagnóstico Ambiental do
Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, Série de Publicações Técnicas, 158p.
EMBRAPA. 1999. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

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Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, INMET 5º distrito de Meteorologia, e
UFU. 1982. Atlas Climatológico do Estado de Minas Gerais. EPAMIG, Belo Horizonte.
SOBREIRA, Frederico Garcia. Estudo Geoambiental da área urbana de Mariana:
Ocupação do meio físico e análise de riscos geológicos: Relatório Projeto Final,
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Fapemig. Departamento de Geologia, Escola de Minas, UFOP. Ouro Preto, Minas Gerais,
2000. 90 p.
SUGUIO, K. 1999. Geologia do Quaternário e Mudanças Ambientais. Passado +
Presente = Futuro? São Paulo, Paulo’s Comunicação e Artes Gráficas. 366p.
VELOSO, Henrique Pimenta. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um
sistema universal. Henrique Pimenta Veloso, Antônio Lourenço rosa Rangel filho, Joge
Carlos alves Lima. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos
Ambientais. IBGE. Rio de Janeiro, 1991. 124 p.
VILELA, Renata Alvarenga. Estudo da Microporosidade do Minério Compacto da Mina
do Tamanduá (Q.F., MG) e suas Implicações Metalúrgicas. UFOP. Ouro Preto Minas
Gerais, 2001. 83 p.

19. INFORMAÇÕES ---


COMPLEMENTARES
20. DOCUMENTAÇÃO
FOTOGRÁFICA

Vista frontal da Cachoeira do Fundão. Queda de aproximadamente 15 metros. Mata ciliar parcialmente preservada.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Vista das rochas quartzíticas e margem direita do Detalhe do pequeno barramento feito de sacos de
Córrego do Fundão, no trecho da Cachoeira do Fundão. linhagem pedras e pneus.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

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Trilha de acesso à Cachoeira do Fundão recoberta por Travessia improvisada por sobre o Córrego do Fundão,
cacos de quartzito. acesso à cachoeira de mesmo nome.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Margem direita do Córrego do Fundão no trecho da Trecho a jusante do poço da Cachoeira do Fundão.
cachoeira, detalhe das rochas quartziticas. FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

21. FICHA TÉCNICA Levantamento: Alenice Baeta (Arqueóloga e Historiadora)


Gustavo Leite (Biólogo)
Henrique Piló (Arqueólogo e Historiador)
Lélio Pedrosa (Chefe Dep. Pat. Cultural)
Data: Dez/2006
Lílian Afonso (Bióloga)
Patrícia Pereira (Arquiteta Urbanista)
Rachel Starling (Geógrafa)
Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo)
Elaboração: Alenice Baeta (Arqueóloga e Historiadora)
Gustavo Leite (Biólogo)
Henrique Piló (Arqueólogo e Historiador)
Henrique Oliveira (estagiário de arquitetura) Data: Fev/2007
Patrícia Pereira (Arquiteta Urbanista)
Rachel Starling (Geógrafa)
Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo)
Revisão: Memória Arquitetura Ltda. Data: Mar/2007

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FICHA DE INVENTÁRIO

01. MUNICÍPIO Mariana

02. DISTRITO Sede


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

03. DESIGNAÇÃO Cachoeira do Gogô

04. LOCALIZAÇÃO Coordenadas UTM x=662654 e y=7749055, 800 metros de altitude

05. CARTA Folha Mariana, SF-23-X-B-I-3, do ano de 1976 do IBGE.


TOPOGRÁFICA
06. ACESSO A partir da área urbana do Bairro de Santana, no distrito sede de Mariana, toma-se trilha à
esquerda (Norte), localizada nas imediações da Rua B. A trilha segue em direção á
montante do Córrego do Fundão por acesso de dificuldade média. Há pequena saída à
direita na qual se toma a direção à jusante da cachoeira do Fundão (sul desta).
07. PROPRIEDADE Salvador Alves de Freitas

08. RESPONSÁVEL Salvador Alves de Freitas

09. SUBCATEGORIA Cachoeira com entorno preservado

10. DESCRIÇÃO A cachoeira se encontra no alto curso do Córrego do Fundão. Está inserida em área urbana
próxima ao Bairro de Santana. A mata ciliar encontra-se bem preservada com densa
vegetação de porte arbóreo. Encontra-se à jusante da Cachoeira do Fundão. A Cachoeira do
Gogô é composta por 02 (duas) quedas d´água seqüenciais, sendo a primeira queda
estimada em 3 (três) metros de altura e a segunda queda de aproximadamente 05 (cinco)
metros, que dão origem a um único poço. A cachoeira se apresenta em vale encaixado,
com paredões de quartzito em ambos os lados. Na margem direita foi observado abrigo
natural em quartzito, antes utilizado como área de retirada de ouro. Este possui
aproximadamente 5 metros de altura por 6 metros de largura e 8 metros de profundidade
me declividade positiva.
11. USOS Não há restrições quanto ao uso deste sítio natural. É utilizado como ponto de recreação e
lazer da família proprietária e da comunidade local. Anteriormente o trecho no qual a
cachoeira se insere fora largamente utilizado na extração de ouro.
12. ASPECTOS A Cachoeira do Gogô está localizada no vale do Córrego do Fundão, na sub-bacia do Rio do
FÍSICOS Carmo, bacia do Rio Doce. Está inserida na unidade geomorfológica do Quadrilátero
Ferrífero. O clima na área é classificado como Tropical de Altitude. A temperatura anual
média no município fica em torno de 18ºC, sendo a média das máximas anual de 30ºC e a
média das mínimas anual de 12 ºC, resultando em uma amplitude térmica anual em torno
de 18ºC. A precipitação média anual varia em torno de 1.800m.A cobertura vegetal da
região é de transição entre mata atlântica e cerrado.
13. PROTEÇÃO LEGAL APP - Área de Preservação Permanente.
EXISTENTE
14. PROTEÇÃO LEGAL Inventário
PROPOSTA
15. GRAU DE O sítio possui um grau razoável/bom de integridade por ser utilizado como equipamento de
INTEGRIDADE lazer local e por apresentar mata ciliar preservada. A vegetação conta com um grau bom de
integridade.
16. ANÁLISE DO GRAU O grau razoável/bom de integridade da Cachoeira do Gogô se deve ao cuidado dispensado
DE INTEGRIDADE pelo proprietário/responsável na manutenção e manejo da área. Sua principal restrição
/ FATORES DE encontra-se nas condições do seu único acesso pela alta declividade da trilha.
DEGRADAÇÃO
17. MEDIDAS DE Fomento à conservação do local através de orientação técnica ao proprietário.
CONSERVAÇÃO

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18. REFERÊNCIAS ALMEIDA, F.F.M. e HASUI, Y. (org.). 1984. O Pré-Cambriano do Brasil. São Paulo:
Edgard Blücher Ed.
CETEC-Fundação Centro Tecnológico De Minas Gerais. 1983. Diagnóstico Ambiental do
Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, Série de Publicações Técnicas, 158p.
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EMBRAPA. 1999. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Empresa


Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, INMET 5º distrito de Meteorologia, e
UFU. 1982. Atlas Climatológico do Estado de Minas Gerais. EPAMIG, Belo
Horizonte.
SOBREIRA, Frederico Garcia. Estudo Geoambiental da área urbana de Mariana:
Ocupação do meio físico e análise de riscos geológicos: Relatório Projeto Final,
Fapemig. Departamento de Geologia, Escola de Minas, UFOP. Ouro Preto, Minas Gerais,
2000. 90 p.
SUGUIO, K. 1999. Geologia do Quaternário e Mudanças Ambientais. Passado +
Presente = Futuro? São Paulo, Paulo’s Comunicação e Artes Gráficas. 366p.
VELOSO, Henrique Pimenta. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um
sistema universal. Henrique Pimenta Veloso, Antônio Lourenço rosa Rangel filho, Joge
Carlos alves Lima. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos
Ambientais. IBGE. Rio de Janeiro, 1991. 124 p.
VILELA, Renata Alvarenga. Estudo da Microporosidade do Minério Compacto da Mina
do Tamanduá (Q.F., MG) e suas Implicações Metalúrgicas. UFOP. Ouro Preto
Minas Gerais, 2001. 83 p.
19. INFORMAÇÕES ---
COMPLEMENTARES
20. DOCUMENTAÇÃO
FOTOGRÁFICA

Margem direita e colina anterior à cachoeira. É notada a ausência da


cobertura vegetal nas margens e entorno.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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Vista da segunda queda da Cachoeira do Gogô. Abrigo natural em quartzito localizado na margem
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). direita do Córrego do Fundão.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

Inicio da Trilha de acesso à Cachoeira do Gogô. Entorno da Cachoeira do Gogô a jusante.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2007). FOTO: Rachel Starling (fev. 2007).

21. FICHA TÉCNICA Levantamento: Alenice Baeta (Arqueóloga e Historiadora)


Gustavo Leite (Biólogo)
Henrique Piló (Arqueólogo e Historiador)
Lélio Pedrosa (Chefe Dep. Pat. Cultural)
Data: Dez/2006
Lílian Afonso (Bióloga)
Patrícia Pereira (Arquiteta Urbanista)
Rachel Starling (Geógrafa)
Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo)
Elaboração: Alenice Baeta (Arqueóloga e Historiadora)
Gustavo Leite (Biólogo)
Henrique Piló (Arqueólogo e Historiador)
Henrique Oliveira (estagiário de arquitetura) Data: Fev/2007
Patrícia Pereira (Arquiteta Urbanista)
Rachel Starling (Geógrafa)
Vantuir Rodrigues dos Santos (Topógrafo)
Revisão: Memória Arquitetura Ltda. Data: Mar/2007

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12 LAUDO DE ESTADO DE CONSERVAÇÃO
12.1. Morro de Santana

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS Rachel Starling Albuquerque CREA/MG - 89222/D


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__________________________________________

Alenice Motta Baeta

__________________________________________

Henrique Piló

__________________________________________

BEM TOMBADO Morro de Santana

DATA DO LAUDO 02 de fevereiro de 2008.

LOCALIZAÇÃO Bairro Santana, Distrito Sede, Mariana, MG.

FOTÓGRAFO Alenice Baeta, Henrique Pilo, Patrícia Pereira e Rachel Starling.

Estado de Conservação
EXPOSIÇÕES ROCHOSAS Ruim
Bom Regular
Necessitando intervenção

Integridade 20% 50% 30%

Os afloramentos rochosos em bom estado de conservação


foram observados nos limites oeste do Morro de Santana e
localizam-se nos topos. Ressalta-se que a área foi submetida
à exploração mineral, principalmente ouro, por mais de três
Problemas verificados séculos, o que justifica o estado regular de preservação das
rochas expostas. No Córrego do Fundão, a norte da área,
foram verificadas extrações de quartzito (Pedra de São
Tomé), o que impõe uma demanda de se atentar para o
manejo que se está implantando nesta atividade antrópica.

Rochas empilhadas ricas em ferro que eram utilizadas na Afloramento rochoso no desfiladeiro do Mata Cavalos porção
fabricação de ferramentas em fundição no Morro de Santana. sudoeste da área do Morro de Santana. Observam-se saídas
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). de antigos túneis de mineração.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).
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Rochas empilhadas ricas em ferro que eram utilizadas na Área de extração de quartzito (Pedra de São Tomé) às
fabricação de ferramentas em fundição no Morro de Santana. margens do Córrego do Fundão.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Área de extração de quartzito (Pedra de São Tomé) às Camadas de quartzito (Pedra de São Tomé) no interior
margens do Córrego do Fundão. do túnel.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
Ruim
RELEVO Bom Regular
necessitando intervenção

Integridade 70% 30% -

Ressalta-se que a área foi submetida à exploração minerária


de ouro o que desconfigurou parte do modelado do relevo
Problemas verificados natural, entretanto, em razão da suspensão dessa atividade, a
evolução do relevo vem ocorrendo de forma natural.
Apresentando-se em relevo suave ondulado.

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Vista da porção sudoeste do Morro de Santana, em Topo aplainado do Morro de Santana, vista sudeste.
topo plano. FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
COBERTURA VEGETAL Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Originalidade 20% 50% 30%

Parte da cobertura vegetal original foi substituída por


pastagens. A porção norte área tombada, junto ao Córrego do
Problemas verificados
Fundão se encontram mais preservadas. No restante da área
temos o predomínio de áreas em regeneração.

Área em regeneração no Morro de Santana. Campo de sempre-vivas próximo ao vale do Córrego do


FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). Fundão.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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Detalhe da mata de encosta de porte arbóreo e densa. Morro de Santana. Espécie típica de cerrado de porte arbustivo.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Patrícia Pereira (nov. 2006).

Área de cerrado em regeneração. Vegetação encobrindo buraco de sarilho.


FOTO: Patrícia Pereira (nov. 2006). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
SOLOS Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Estabilidade 70% 30% -

Estrutura 70% 30% -

Os solos foram desconfigurados devido á atividade minerária


ali empreendida. O tipo de erosão mais freqüente é o
Problemas verificados ravinamento e movimento de massa. A compactação dos solos
também é observada, haja vista a presença de eqüinos que
comprometem a estrutura dos solos.

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Solos antropizados pela atividade minerária Morro de Santana. Inicio do processo de ravinamento no Morro
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). de Santana.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
RECURSOS HÍDRICOS Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Estabilidade das margens 90% 10% -

Leito 100% - -

Não foram evidenciadas drenagens instaladas com problemas


erosivos. As margens se encontram estáveis e, somente em
poucos trechos, é observada a ausência de cobertura vegetal
Problemas verificados
no Córrego do Fundão o qual constitui manancial de captação
de água para o município de Mariana. A Lagoa Seca
apresentou–se poluída por resíduos antropogênicos.

Águas subterrâneas sendo captadas das antigas galerias e Vista da Lagoa Seca e vegetação de cerrado em
ou túneis de mineração de ouro Morro de Santana. regeneração.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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Vista da Cachoeira do Gogô no Morro de Santana. Lixo observado às margens da Lagoa Seca.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Barramento de captação de água Córrego do Fundão. Trecho encachoeirado do Córrego do Fundão.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
INFRA-ESTRUTURA Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Trilhas 15% 70% 15%

As trilhas que permeiam toda a área de tombamento


apresentam elevado risco de acidente em razão dos inúmeros
Problemas verificados
buracos de sarilho e galerias/túneis, especialmente aqueles
encobertos por vegetação.

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Trilhas bem delimitadas de acesso ao Morro de Santana. Trilhas encobertas por vegetação constituindo
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). elevado risco de acidentes.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Trilha de acesso ao Córrego do Fundão. Detalhe de buraco de sarilho. Morro Santana.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Detalhe interno de galeria de escada. Entrada de túnel encoberto por vegetação.


FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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Estado de Conservação
ACESSOS Ruim
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Bom Regular
necessitando intervenção

Qualidade 100% - -

As estradas que conduzem ao Morro de Santana


Problemas verificados
encontram-se asfaltadas com pista simples e acostamento.

Vista do Bairro do Rosário acesso ao Morro de Santana. Trecho da Rua B no Bairro de Santana.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Vista parcial da MG 56, rodovia de acesso ao Bairro de Antiga estrada desativada que dava acesso ao bairro.
Santana. FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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Estado de Conservação
ARQUEOLOGIA38 Ruim
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Bom Regular
necessitando intervenção

Setores D e E 70% 15% 15%

No que se refere ao estado de conservação, as ações de


origem naturais identificadas foram: erosão, crescimento
de vegetação e entupimento por sujidades, apesar da
primeira poder ocorrer em decorrência de antigas lavras
abertas e abandonadas pelo homem.
As ações antrópicas identificadas foram, sobretudo:
retirada de madeirame, telhas e demolição de alvenaria de
pedra, sejam elas quartzito ou canga, sendo que na parte
baixa, próxima da atual área urbana, estas ocorreram em
maior escala, comprometendo a integridade e visibilidade
de boa parte das edificações que ali se encontram. Também
nesta localidade é que foi identificado o maior número de
focos de lixo.
A retirada de telhas e madeiras das edificações parece ter
sido muito usual e permitido para fins de construção civil
Problemas verificados
por parte dos moradores dos bairros vizinhos, muitos,
inclusive, consideram-se herdeiros naturais destas
benfeitorias, por serem descendentes dos antigos
moradores destas localidades. Segundo moradores locais,
muitas edificações foram total ou parcialmente destruídas,
pois era comum procurar ouro que poderia ter sido
enterrado ou escondido em algumas fresta de parede pelos
antigos escravos que ali trabalhavam ou moravam.
Também é comum a coleta de fragmentos de louças ou
outros tipos de utensílios. O material que estava reunido
pela associação comunitária do Gogô, foi totalmente
inventariado neste dossiê.
A seguir, apresentamos os quadros sobre estado de
avaliação de cada setor com a indicação do grau de
incidência de cada ação.

38
Para facilitar a avaliação do estado de conservação do patrimônio arqueológico existente nos Morros de Santana e Santo Antônio,
suas áreas foram seccionadas em 5 conjuntos/setores principais de estruturas, baseando-se, sobretudo, em critérios espaciais, apesar
de existirem elementos históricos peculiares em cada um deles. Três conjuntos pertencem ao Morro de Santo Antônio: A) Parte baixa
(vertente Passagem de Mariana), B) Cume (antiga capela) e C) Setor Cia da Passagem (pertencente a perímetro de entorno). O Morro
de Santana, por sua vez, foi dividido em 2: D) Cume/vertente superior (“Arraial Velho”) e E) Meia/baixa vertente.
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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR D
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(Morro de Santana ou Observações


Baixa Média Alta
Gogô - Parte Alta
(“Arraial Velho”))

Ações Naturais

Há vários focos de erosão neste setor,


Erosão x principalmente no entorno das antigas lavras a
céu aberto.
No interior de antigas estruturas, há focos de
vegetação, que podem comprometer a
integridade das paredes de alvenaria.
A vegetação também encobre boa parte dos
buracos do sarilho.

Crescimento de
x
vegetação

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Algumas estruturas, como pequenos pilões, regos


e mundéus, encontram-se entupidos por
sedimento, dificultado a sua visibilidade.

Entupimento por
x
sujidades

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR D
(Morro de Santana ou Observações
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Baixa Média Alta


Gogô - Parte Alta
(“Arraial Velho”))

Ações Antrópicas

Os tabuados e estruturas dos telhados foram


retirados ou vendidos pelos moradores da região
para reutilização na construção civil nos bairros
do entorno.

Retirada de madeirame x

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

As telhas foram retiradas pelos moradores locais


Retirada de telhas x e reutilizadas a construção civil em localidades
próximas.
Algumas paredes de alvenaria de pedra foram
demolidas a procura de riquezas escondidas por
escravos, sobretudo ouro.

Demolição de alvenaria
x
de pedra

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Lixo Não foi encontrado.

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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR E
Observações
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(Morro de Santana ou Baixa Média Alta


Gogô - Parte Baixa)

Ações Naturais

Há alguns focos de erosão neste setor, menos


Erosão x expressivos que os de Passagem de Mariana, no
Morro de Santo Antônio.
No interior de antigas estruturas, há focos de
vegetação, que podem comprometer a
integridade das paredes de alvenaria.
A vegetação também encobre boa parte dos
buracos de sarilho.

Crescimento de
x
vegetação

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Algumas estruturas, como pequenos pilões, regos


e mundéus, encontram-se entupidos por
sedimento, dificultado a sua visibilidade.

Entupimento por
x
sujidades

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR E
Observações
(Morro de Santana ou Baixa Média Alta
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Gogô - Parte Baixa)

Ações Antrópicas
Os tabuados e estruturas dos telhados foram
retirados ou vendidos pelos moradores da região
Retirada de madeirame x
para reutilização na construção civil nos bairros
do entorno.
As telhas foram retiradas pelos moradores locais
Retirada de telhas x e reutilizadas a construção civil em localidades
próximas.
Algumas paredes de alvenaria de pedra foram
demolidas a procura de riquezas escondidas por
escravos, sobretudo ouro.

Demolição de alvenaria x

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Lixo Não foi encontrado.


Construída em 1712, há denuncia de desmonte
de sua fachada na década de 70 e a posterior
relocação de parte de suas estruturas para a sede
da empresa Mendes Júnior, no Bairro Estoril em
Belo Horizonte, local onde hoje funciona a
Faculdade UNI-BH.

Demolição da Capela de
Santana x

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR E
Observações
(Morro de Santana ou Baixa Média Alta
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Gogô - Parte Baixa)

Ações Antrópicas
Duas galerias da parte baixa do Gogô foram
exploradas nos últimos decênios, alterando parte
de sua estrutura original.

Exploração de galerias x

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

A invasão do sítio histórico pode ser observada


nas partes mais baixas do Morro de Santana ou
Gogô.
Faz-se necessário o tombamento e proteção do
sítio aliado a uma política de habitação para a
população carente local e dos arredores.

Construção atual sobre


antigos alicerces de
pedra x

FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008
USOS

A área está inserida em zona urbana próxima ao Bairro de Santana. É utilizada principalmente como pastagem de
animais mesmo apresentando riscos de acidentes devido aos inúmeros buracos de sarilho, muitas vezes encobertos
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pela vegetação. A Lagoa Seca, no extremo sul da área, é utilizada, também, como área de lazer para jogos de várzea e
piqueniques. O Córrego do Fundão ao norte da área é utilizado como fonte abastecimento hídrico do município de
Mariana. Tal córrego, por se tratar de trecho encachoeirado, possui diversas quedas d`água que são utilizadas para
lazer da comunidade local principalmente os moradores do Bairro Vila Gogô. Em suas margens observou-se extração
de quartzito (Pedra de São Tomé) feita artesanalmente por moradores locais. A prefeitura municipal mantém serviço
de manutenção e controle do manancial do Córrego do Fundão. A área da ruína da Capela de Santana tem sido
utilizada anualmente por romeiros por ocasião da festa de Santana, havendo demanda no sentido de reconstrução de
uma réplica da capela original. Alguns moradores, antigos garimpeiros, mantêm a tradição de percorrer a área com as
crianças da escola local no intuito de preservar a memória da atividade. Ainda que de maneira incipiente, ocorre algum
tipo de atividade minerária em busca de ouro. Há, também, extração de material lenhoso por parte de alguns
moradores da circunvizinhança.

CONCLUSÃO

Estado de Conservação
BEM NATURAL Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Morro de Santana 60% 30% 10%

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12.2. Morro de Santo Antônio

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS Rachel Starling Albuquerque CREA/MG - 89222/D


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

__________________________________________

Alenice Motta Baeta

__________________________________________

Henrique Piló

__________________________________________

BEM TOMBADO Morro de Santo Antônio

DATA DO LAUDO 02 de fevereiro de 2008.

LOCALIZAÇÃO Distrito de Passagem de Mariana, Mariana, MG.

FOTÓGRAFO Alenice Baeta, Henrique Pilo, Patrícia Pereira e Rachel Starling.

Estado de Conservação
EXPOSIÇÕES ROCHOSAS Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Integridade 30% 70% -

Ressalta-se que a área foi submetida à exploração mineral,


principalmente ouro, por mais de três séculos, o que justifica
Problemas verificados o estado regular de preservação das rochas expostas. Foi
observada em área da divisa do entorno ao bem tombado
Morro de Santo Antônio extração de Quartzito.

Detalhe de antigo túnel de mineração de ouro. Morro de Extração de quartzito na divisa do entrono da área do
Santo Antônio. Morro de Santo Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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Extração intensiva de quartzito na divisa do entorno do Afloramento rochoso em bom estado de conservação.
Morro de Santo Antônio. FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Detalhe de entrada de antiga galeria de extração de ouro. Afloramento rochoso sendo tomado por vegetação em
Morro de Santo Antônio. regeneração. Morro de Santo Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
RELEVO Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Integridade 70% 30% -

A área foi submetida à exploração minerária de ouro o que


desconfigurou parte do modelado do relevo natural,
Problemas verificados entretanto, em razão da suspensão dessa atividade, a
evolução do relevo vem ocorrendo de forma natural.
Apresentando-se em relevo suave ondualo.

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Morro residual do processo minerário ao qual a área foi Relevo suave ondulado com cristas ao fundo Morro de
submetida. Morro de Santo Antônio. Santo Antônio e mineração de quartzito.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Relevo modificado pela ação antrópica. Morro de Santo Áreas de ocorrência de abatimentos e escorregamentos
Antônio. ocasionados provavelmente pela construção de inúmeros
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). túneis. Morro de Santo Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
COBERTURA VEGETAL Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Originalidade 45% 40% 15%

Parte da cobertura vegetal original foi substituída por


pastagens. Na porção oeste da área tombada e nas encostas
Problemas verificados
mais declivosas são encontrados os remanescentes de mata
mais preservados.

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Pita. Vegetação localmente utilizada como matéria prima Aspecto do cerrado em regeneração em meio a pastagem.
para artesanato. Morro de Santo Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Áreas de regeneração da vegetação próximas à entrada Vegetação densa no entorno da área de tombamento do
das antigas galerias. Morro de Santo Antônio. Morro de Santo Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
SOLOS Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Estabilidade 70% - 20%

Estrutura 80% - 20%

Os solos foram desconfigurados devido á atividade minerária


ali empreendida. O tipo de erosão/movimento de massa mais
Problemas verificados freqüente é o deslizamento. A compactação dos solos também
é observada, haja vista a presença de eqüinos que
comprometem a estrutura dos solos.

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Erosão do tipo demoiselle causada pela exposição do solo. Área próxima à MG-56, vista do Morro de Santo Antônio.
Morro de Santo Antônio. Movimento de massa (escorregamento).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Erosão. Ravinamento devido à compactação e exposição Lixo depositado em trilhas no Morro de Santo Antônio.
do solo. FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
RECURSOS HÍDRICOS Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Estabilidade das margens 70% 30% -

Leito 100% - -

Os problemas verificados nos recursos hídricos estão


localizados na área de entorno ao bem Morro de Santo
Problemas verificados Antônio, sendo esses o assoreamento em alguns trechos do
leito do Rio do Carmo e Córrego Seco devido à retirada de
areia de seu leito.

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Área de retirada de areia no leito do Córrego Seco no Trecho do encontro entre o Córrego do Mata Cavalos e Rio
entorno da área tombada. do Carmo. O Rio do Carmo, neste trecho, encontra-se
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). assoreado e sem mata ciliar em suas margens.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estado de Conservação
INFRA-ESTRUTURA Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Trilhas 60% - 40%

As trilhas que permeiam toda a área de tombamento do Morro


de Santo Antônio apresentam-se bem conservadas não sendo
observada erosão significativa em seus traçados, e apresentam
Problemas verificados médio a baixo risco de acidente em razão dos poucos buracos
de sarilho e galerias/túneis, especialmente aqueles encobertos
por vegetação, que localizam-se no entrono imediato das
trilhas já existentes.

Trecho de trilha íngrime no Morro de Santo Antônio. Trilha/caminho bem marcado permitindo acesso de
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008). automóveis no topo do Morro de Santo Antônio.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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Estado de Conservação
ACESSOS Ruim
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Bom Regular
necessitando intervenção

Qualidade 100% - -

As estradas que conduzem ao Morro de Santo Antônio


encontram-se asfaltadas com pista simples e acostamento
e as ruas do distrito de Passagem de Mariana asfaltadas a
Problemas verificados te o início da trilha. O trecho da linha férrea que limita a
área tombada foi reformado no ano de 2006, pela
Companhia Vale do Rio Doce, se apresentando em ótimo
estado de conservação.

Trecho da linha férrea na porção noroeste da área do Passagem do trem no limite do Morro de Santo.
Morro de Santo Antônio. FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

Estação Ferroviária de Passagem de Mariana, marco do


perímetro de entorno das áreas de tombamento. Acesso
em boas condições.
FOTO: Rachel Starling (fev. 2008).

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Estado de Conservação
ARQUEOLOGIA39 Ruim
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Bom Regular
necessitando intervenção

Setores A, B e C 30% 35% 35%


No que se refere ao estado de conservação, as ações de
origem naturais identificadas foram: erosão, crescimento
de vegetação e entupimento por sujidades, apesar da
primeira poder ocorrer em decorrência de antigas lavras
abertas e abandonadas pelo homem.
As ações antrópicas identificadas foram, sobretudo:
retirada de madeirame, telhas e demolição de alvenaria de
pedra, sejam elas quartzito ou canga.
Moradores dos arredores retiram constantemente pedaços
de peças metálicas da antiga Usina de Cloretação, para
possivelmente vender para o ‘ferro velho’, situação
alarmante, que merece atenção e ações emergenciais de
coibição.
Problemas verificados
Encontra-se em estado de abandono o denominado
“Cemitério dos Ingleses” com indícios claros de adulteração
de túmulos, cujas lápides encontram-se fora do lugar e
placas de bronze indicadas nas lápides em cantaria,
retiradas. Da mesma forma, a “Capela do Ingleses”,
encontra-se tomada por vegetação de médio porte, cuja
raiz de árvore vem comprometendo a integridade de sua
parede lateral. Há também nesta edificação claros sinais de
dilapidação, onde parecem ter sido arrancados, parte do
altar e estruturas componentes.
A seguir, apresentamos os quadros sobre estado de
avaliação de cada setor com a indicação do grau de
incidência de cada ação.

39
Para facilitar a avaliação do estado de conservação do patrimônio arqueológico existente nos Morros de Santana e Santo Antônio,
suas áreas foram seccionadas em 5 conjuntos/setores principais de estruturas, baseando-se, sobretudo, em critérios espaciais, apesar
de existirem elementos históricos peculiares em cada um deles. Três conjuntos pertencem ao Morro de Santo Antônio: A) Parte baixa
(vertente Passagem de Mariana), B) Cume (antiga capela) e C) Setor Cia da Passagem (pertencente a perímetro de entorno). O Morro
de Santana, por sua vez, foi dividido em 2: D) Cume/vertente superior (“Arraial Velho”) e E) Meia/baixa vertente.
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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR A40
(Morro de Santo Observações
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Baixa Média Alta


Antônio - Passagem de
Mariana)

Ações Naturais

Há vários focos de erosão neste setor,


principalmente no entorno das antigas lavras a
céu aberto.

Erosão x

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

No interior de antigas estruturas, há focos de


vegetação de médio porte, que podem
comprometer a integridade das alvenarias. A
vegetação rasteira e também de pequeno porte
encobre boa parte dos buracos de sarilho.

Crescimento de
x
vegetação

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

40
Na área de entorno deste Setor, delimitada pelo trilho do trem, vale a pena citar a existência da Estação Ferroviária de Passagem de
Mariana. Do outro lado do trilho, na área urbana também há a Capela do Passo e remanescentes de ruínas que compõem o conjunto
histórico desta vertente.
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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR A
(Morro de Santo Observações
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Baixa Média Alta


Antônio - Passagem de
Mariana)

Ações Naturais

Algumas estruturas, como pequenos pilões, regos


e mundéus, encontram-se entupidos por
sedimento, dificultado a sua visibilidade.

Entupimento por
x
sujidades

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Ações Antrópicas

Os tabuados e estruturas dos telhados foram


retirados ou vendidos pelos moradores da região
Retirada de madeirame x
para reutilização na construção civil nos bairros
do entorno.
As telhas foram retiradas pelos moradores locais
Retirada de telhas x e reutilizadas a construção civil em localidades
próximas.
Algumas paredes de alvenaria de pedra foram
demolidas a procura de riquezas escondidas por
escravos, sobretudo ouro.

Demolição de alvenaria
x
de pedra

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Lixo x Alguns focos de restos plásticos: garrafas e sacos.


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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR B
Observações
(Morro de Santo Baixa Média Alta
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Antônio - Cume)

Ações Naturais

Há vários focos de erosão neste setor,


Erosão x principalmente no entorno das antigas lavras a
céu aberto.
No interior de antigas estruturas, há focos de
vegetação, que podem comprometer a
integridade das paredes de alvenaria.
A vegetação rasteira e de pequeno porte também
encobre boa parte dos buracos de sarilho.

Crescimento de
x
vegetação

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Algumas estruturas, como pequenos pilões, regos


Entupimento por e mundéus, encontram-se entupidos por
x
sujidades sedimento e folhagens, dificultado a sua
visibilidade.
Ações Antrópicas
Os tabuados e estruturas dos telhados foram
retirados ou vendidos pelos moradores da região
Retirada de madeirame x
para reutilização na construção civil nos bairros
do entorno.

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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR B
Observações
(Morro de Santo Baixa Média Alta
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Antônio - Cume)

Ações Antrópicas
As telhas foram retiradas pelos moradores locais
Retirada de telhas x e reutilizadas a construção civil em localidades
próximas.
Algumas paredes de alvenaria foram demolidas a
procura de riquezas escondidas por escravos,
sobretudo ouro.

Demolição de alvenaria x

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Lixo Não foi encontrado.

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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR C41
(Morro de Santo Observações
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Baixa Média Alta


Antônio – Cia da
Passagem)

Ações Naturais

No interior de antigas estruturas, há focos de


vegetação de médio porte, que estão
comprometendo a integridade das paredes de
alvenaria de pedra da capela.
No cemitério, há vegetação rasteira em todo o
seu interior.

Crescimento de
x
vegetação

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Algumas sepulturas, por estarem abertas, estão


sendo entupidas por folhas e sedimentos
externos.

Entupimento por
x
sujidades

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

41
No entorno deste Setor, pode ser avistado do alto do Morro de Santana, um local denominado pelos moradores como “Quilombo Rei
do Mato”. Mas em função de se encontrar em propriedade privada, de difícil acesso, optou-se neste momento, por somente registrar
sua existência via informação oral.
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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR C
(Morro de Santo Observações
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Baixa Média Alta


Antônio – Cia da
Passagem)

Ações Antrópicas
As lápides foram retiradas das sepulturas.
Encontram-se encostadas, sendo que algumas
delas estão parcialmente quebradas.

Adulteração de túmulo x

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

As estruturas dos telhados da “Capela dos


Ingleses” foram retiradas.
As telhas da capela foram retiradas,
possivelmente, pelos moradores locais e
reutilizadas na construção civil em localidades
próximas.

Retirada de madeirame
x
e telhas

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

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As placas de bronze foram retiradas das lápides
do cemitério.
As instalações da Usina de Cloretação vêm
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sofrendo nos últimos anos constantes


dilapidações. Parte de seu maquinário foi
quebrado a marretadas. Possivelmente, as peças
são vendidas para ferro velho.

Retirada de material
x
metálico

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

A chaminé do forno de ustulação, da Usina de


Cloretação, apresenta a estrutura abalada.
Atenção:
Pode ocorrer desabamento ou mesmo demolição
voluntária visando venda de seus tijolos
componentes.

Abalo da estrutura de
x
tijolos

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

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ARQUEOLOGIA Incidência
SETOR C
(Morro de Santo Observações
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Baixa Média Alta


Antônio – Cia da
Passagem)

Ações Antrópicas
Algumas estruturas internas da igreja foram
parcialmente destruídas. O alisar da porta lateral,
de cantaria, está caído na parte interna da capela.

Demolição de alvenaria
x
de pedra e de altar

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

Alguns focos de restos plásticos: garrafas e sacos.

Lixo x

FOTO: Henrique Piló (fev. 2008).

USOS

A área está inserida em zona urbana (distrito de Passagem de Mariana) próxima à Estação Ferroviária de Passagem de
Mariana. É utilizada principalmente como área de turismo ecológico explorada pela iniciativa privada. O conjunto do
Setor A, é o que apresenta um melhor estado de conservação, sendo, inclusive o mais apto a um programa de
visitação pública controlada, caso seja decidido este tipo de atividade no Plano de Manejo a ser elaborado para a área
tombada. Existe ainda o uso para pastagem de animais, mesmo apresentando algum risco de acidentes, devido a
ocorrência de buracos de sarilho, muitas vezes encobertos pela vegetação. Há, também, extração de material lenhoso
por parte de alguns moradores da circunvizinhança.

CONCLUSÃO

Estado de Conservação
BEM NATURAL Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Morro de Santo Antônio 65% 20% 15%

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CONCLUSÃO GERAL

Estado de Conservação
BEM NATURAL Ruim
Bom Regular
necessitando intervenção

Conjunto Paisagístico e Arqueológico:


60% 25% 15%
Morros Santana e Santo Antônio

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13 PARECER TÉCNICO

O Morro de Santana (Área I) e o Morro de Santo Antônio (Área II) constituem-se, tanto individualmente
como em conjunto, em áreas de topos de concentração geológica de minérios, principalmente de ouro.
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Este minério foi quase totalmente extraído no decorrer de aproximadamente 400 anos de exploração
desenvolvida de diversas formas na região do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.

Do ponto de vista hidrográfico, por se tratar de topos de morro (declividades superiores a 45°, em alguns
trechos) estas são consideradas áreas de eminente recarga dos aqüíferos locais e, portanto, protegidas
pelo SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, Lei n. 9.985/2000. Diversas
nascentes foram observadas nas duas áreas de tombamento, notadamente na área do Morro de Santana,
as quais compõem fonte de abastecimento de diversos bairros do município (Córrego do Fundão, que
conta com barragem de abastecimento). A preservação desses corpos hídricos faz-se necessária, não só
pela fragilidade do ambiente, como também pela qualidade de vida local. A Lagoa Seca encontrada a
sudeste da Área I é hoje utilizada como espaço de lazer da população, principalmente dos moradores do
Bairro do Rosário.

Os vestígios históricos encontrados nestas duas áreas remontam a uma ocupação e exploração minerária
ocorrida desde o período de 1600, o que as inscreve como marco histórico do Estado de Minas Gerais e
nacional. As técnicas extrativas e as práticas dos ofícios estão nitidamente registradas no ambiente, haja
vista as inúmeras (mais de 100) minas subterrâneas e buracos de sarilhos (antigos túneis verticais
utilizados como entrada de ar e saída de minério), dentre outros vestígios.

Uma peculiaridade da área do Morro de Santana é existência das ruínas da antiga Igreja de Santana
(construção datada de 1712, demolida em 1968), havendo, inclusive, disposição da comunidade no
sentido de reivindicar a construção de uma réplica da igreja.

A proximidade do Morro de Santo Antônio com a Mina de Ouro de Passagem de Mariana


(aproximadamente 5 km), uma das maiores e mais antigas minas de ouro de Minas Gerais, que
pertenceu ao Barão W. Von Eschewege, o qual implantou técnicas minerarias inovadoras para aquele
período (séc. XIX), por si só justifica o tombamento da área.

A proteção deste conjunto por meio do tombamento e delimitação precisa de seus perímetros será um
passo importante no que se refere a coibição ou minimização das principais ações que vem causando o
comprometimento da integridade de parte das estruturas que compõem este importante e peculiar sítio
histórico-arqueológico e arquitetônico.

Apesar dos muitos problemas identificados relativos a conservação dos seus cinco conjuntos
arqueológicos componentes, vale a pena ressaltar que se trata, possivelmente de um dos maiores e mais
expressivos sítios da história da mineração do Estado de Minas Gerais.

Mariana, 03 de fevereiro de 2007

Alenice Baeta Henrique Piló Rachel Starling


Arqueóloga e Historiadora Arqueólogo e Historiador Geógrafa
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14 REFERÊNCIAS

Artigos e Livros

ABREU, Capistrano de. Caminhos Antigos e Povoamento do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1988.


ALEIXO, A. 2001. Conservação da avifauna da floresta atlântica: efeitos da fragmentação e a importância
de florestas secundárias. In: Albuquerque, J. L. B.; Cândido Jr., J. F.; Straube, F. C.; Roos, A. L.
Ornitologia e Conservação: da ciência às estratégias. Tubarão: Editora Unisul. pp. 199-206.
ALMEIDA, F.F.M. e HASUI, Y. (org.). 1984. O Pré-Cambriano do Brasil. São Paulo: Edgard Blücher Ed.
ANDERSON, D. R. e POSPAHALA, R. S. 1970. Correction of bias in belt transect studies of immotile
objects. The Journal of Wildlife Management, vol.34-1.
ANTONIL, André João. Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE METAIS. Metalurgia e Desenvolvimento: a corrida dos metais no
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BAETA, Alenice e PILÓ, Henrique. Arqueologia do Quadrilátero Ferrífero: aspectos preliminares sobre sua
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BARBOSA, Waldemar de Almeida. Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais. Itatiaia; Belo
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BECKER, M. e DALPONTE, J.C. 1991. Rastros de mamíferos silvestres brasileiros. Editora da
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BIERREGAARD Jr., R.O. & LOVEJOY, I.E.1989. Effects of forest fragmentation on Amazonian understory
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BROWN, L e AMADON, D. 1989. Eagles, hawks and falcons of the world. TheWellfleet Press,
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15 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO APROVANDO O


TOMBAMENTO

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16 PARECER DO CONSELHO

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17 NOTIFICAÇÕES AOS PROPRIETÁRIOS

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18 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO APROVANDO PERÍMETROS


E DIRETRIZES

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19 RECIBOS DAS NOTIFICAÇÕES

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20 PUBLICAÇÃO DO TOMBAMENTO PROVISÓRIO

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21 TEXTOS DA IMPUGNAÇÃO

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22 TEXTOS DA CONTRA-IMPUGNAÇÃO

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23 ATA APROVANDO O TOMBAMENTO DEFINITIVO

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24 DECRETO DE TOMBAMENTO

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25 INSCRIÇÃO NO LIVRO DE TOMBO

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26 PUBLICAÇÃO DO TOMBAMENTO DEFINITIVO

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ABR
2008
27 FICHA TÉCNICA

MEMÓRIA ARQUITETURA L T D A.
Rua Grão Pará, 85/1301 Santa Efigênia
Belo Horizonte / MG cep 30.150.340
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA . SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO . Rua Direita nº 91/93 . Centro . 35.420-000 . (31) 3558.2315

Tel.: (31) 3241.5594


e-mail: memoria@memoriaarquitetura.com.br

RESPONSÁVEIS Alexandre Borim


TÉCNICOS Joseana Costa
Patrícia Pereira
Viviane Corrado

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA


Secretaria de Municipal de Cultura e Turismo
Chefe do Departamento de Patrimônio Histórico: Lélio Pedrosa Mendes

Execução
LEVANTAMENTO Alenice Baeta – Arqueóloga e Historiadora Dez/2006
Gustavo Leite – Biólogo
Henrique Piló – Arqueólogo e Historiador
Hilário Figueiredo – Historiador
José Maurício – Morro de Santo Antônio
Lélio Pedrosa Mendes – Chefe do Dep. de Patrimônio Histórico
Lílian Afonso – Bióloga
Patrícia Pereira – Arquiteta Urbanista
Rachel Albuquerque – Geógrafa
Rogério Tobias – Historiador
Salvador Alves de Freitas – Morro de Santana (Bairro Vila Gogô)
Vantuir Rodrigues dos Santos – Topógrafo

ELABORAÇÃO Alenice Baeta – Arqueóloga e Historiadora Fev/2007


Gustavo Leite – Biólogo
Henrique Oliveira – Estagiário
Henrique Piló – Arqueólogo e Historiador
Hilário Figueiredo – Historiador
Lílian Afonso – Bióloga
Patrícia Pereira – Arquiteta Urbanista
Rachel Albuquerque – Geógrafa
Vantuir Rodrigues dos Santos – Topógrafo

REVISÃO Memória Arquitetura Ltda Abr/2008

Mariana, abril de 2008

Lélio Pedrosa Mendes Patrícia Pereira

Alenice Baeta Gustavo Leite

Henrique Piló Rachel Starling

O Grupo Memória Arquitetura agradece a gentileza da comunicação de possíveis falhas e/ou omissões
verificadas neste documento.

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DOSSIÊ DE TOMBAMENTO | CONJUNTO PAISAGÍSTICO E ARQUEOLÓGICO | MORROS SANTANA E SANTO ANTÔNIO 2008

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