Você está na página 1de 5

27.9.

2021
1. Crédito ampliado ao setor não financeiro

Em agosto, o crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$12,9 trilhões (155,8% do PIB),
aumentando 1,3% no mês. A variação mensal refletiu crescimentos de 1,5% nos empréstimos e
financiamentos e de 1,6% nos títulos de dívida. Já a dívida externa elevou-se 0,7%, impactada pela
depreciação cambial de 0,42% no mês. Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 15,7%,
resultado principalmente da elevação da carteira de empréstimos do SFN e dos títulos públicos.

O crédito ampliado a empresas situou-se em R$4,4 trilhões (52,8% do PIB), com alta de 0,9% no mês,
influenciado pelo crescimento de 1,9% do estoque de títulos. A dívida externa elevou-se 0,4%,
parcialmente em função da depreciação cambial. Em 12 meses, a variação de 6,9% refletiu principalmente
o aumento de 13,1% na carteira de empréstimos e financiamentos e de 23,1% na de títulos no período.

O crédito ampliado às famílias situou-se em R$2,7 trilhões (32,7% do PIB), com crescimentos de 1,8% no
mês e 18,2% em doze meses, em função do desempenho dos empréstimos e financiamentos.

2. Operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN)

O volume de crédito do SFN


Saldos de crédito - Variação em 12 meses
totalizou R$4,3 trilhões em
25
agosto, alta de 1,5% no mês,
20 com incrementos de 1,0%
nas operações com pessoas
15 jurídicas (saldo de R$1,9
trilhão) e de 1,9% nas
10
% operações com pessoas
5 físicas (R$2,5 trilhões). Na
comparação com o mesmo
0 período do ano anterior, o
desempenho da carteira
-5
total de crédito desacelerou
ago 19

jun 20

ago 20

fev 21

jun 21

ago 21
fev 20
out 19

dez 19

out 20

dez 20
abr 20

abr 21

de 16,3% em julho para


Total Pessoa Jurídica Pessoa Física 15,9% em agosto. Nesta
mesma base de comparação,
o estoque de crédito destinado às empresas passou de 13,8% para 12,2%, enquanto o volume de crédito
destinado às famílias manteve-se em aceleração, com elevação de 18,4% para 18,8%.

O saldo do crédito livre para pessoas jurídicas alcançou R$1,2 trilhão, com acréscimo de 1,4% no mês e
de 13,7% em doze meses, influenciado, principalmente, pelo desempenho das carteiras de capital de giro
com prazo superior a 365 dias, financiamento a exportações e financiamento para aquisição de veículos.
O saldo do crédito livre às famílias somou R$1,4 trilhão, com expansões de 1,9% no mês e de 20,5% em
doze meses, com destaque para as carteiras de crédito pessoal não consignado, crédito pessoal
consignado público, aquisição de veículos e cartão de crédito à vista.

Nota para a Imprensa – 27.9.2021


No crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas totalizou R$684 bilhões em agosto, altas de 0,4%
no mês e de 9,8% em 12 meses, influenciado pelo menor nível de contratações das operações do
Pronampe em relação ao mês anterior. No crédito direcionado às famílias, a carteira totalizou R$1,1
trilhão no mês, com acréscimo mensal de 1,9% e de 16,6% em 12 meses, com destaque para o
desempenho mensal dos financiamentos imobiliários com taxas reguladas (+1,3%) e para o crédito rural
com taxas de mercado (+6,7%).

As concessões totais de
Concessões de crédito
crédito somaram R$431,8
460 bilhões em agosto. Na série
440
com ajuste sazonal, houve
420
400 retração de 2,1% no mês,
380 com diminuição de 3,5% nas
R$ bilhões

360 contratações com pessoas


340 jurídicas, após elevado
320
volume de contratações nas
300
280
operações do Pronampe no
260 mês anterior que não se
240 repetiu em agosto, e alta de
ago 19

ago 20

ago 21
fev 20

fev 21
out 19

jun 20

out 20

jun 21
dez 20

abr 21
dez 19

abr 20

0,5% nas contratações de


pessoas físicas.
Dessazonalizado Nominal
O Indicador de Custo do
ICC e taxas de juros do crédito livre
Crédito (ICC), que mede o
(exclui crédito rotativo)
30 custo médio de todo o
28 crédito do SFN, atingiu 17,5%
26
a.a., elevando-se no mês
(+0,2 p.p.) e diminuindo na
24
comparação com igual mês
% a.a.

22 do ano anterior (-0,3 p.p.).


20 No crédito livre não rotativo,
18 o ICC situou-se em 23,1%
16
a.a., variações de 0,2 p.p. no
mês e de -0,3 p.p. na
14
comparação interanual. O
ago 19

ago 20

ago 21
fev 20

jun 20

fev 21

jun 21
out 19

out 20
dez 19

dez 20
abr 20

abr 21

spread geral do ICC situou-se


em 12,1 p.p., com
ICC ex-rotativo - Livres Taxas de juros ex-rotativo - Livres
estabilidade no mês e
redução de 0,5 p.p. na comparação interanual.

A taxa média de juros das novas contratações de crédito do SFN registrou aumento de 0,7 p.p. no mês e
de 2,5 p.p. em doze meses, alcançando 21,1% a.a. Em sentido contrário, o spread bancário das concessões
situou-se em 14,5 p.p., com reduções de 0,1 p.p. e de 0,4 p.p., nas mesmas bases de comparação.

Nota para a Imprensa – 27.9.2021


No crédito com recursos livres, a taxa média de juros atingiu 29,9% a.a. em agosto, com altas de 1,0 p.p.
no mês e de 3,3 p.p. na comparação com agosto de 2020. No crédito livre às empresas, a taxa média de
juros aumentou 0,7 p.p. no mês e 3,9% em doze meses, alcançando 16,2% a.a., com incrementos na
maioria das modalidades, especialmente em capital de giro, financiamento a exportações e modalidades
de crédito rotativo. Para pessoas físicas, a taxa de juros situou-se em 40,9%, com elevação de 1,1 p.p. no
mês e 1,8 p.p. em 12 meses, com destaque para o cartão de crédito rotativo, financiamento para aquisição
de veículos e crédito pessoal não consignado.

A inadimplência manteve-se estável pelo quarto mês consecutivo, em 2,3%. Essa estabilidade foi
observada tanto nas operações de crédito com recursos livres (3,0%), como no crédito com recursos
direcionados (1,4%).

3. Agregados monetários

A base monetária somou R$406,3 bilhões em agosto, redução de 5,1% no mês e crescimento de 0,9% em
doze meses. No mês, papel-moeda emitido e as reservas bancárias recuaram, 0,7% e 22,7%,
respectivamente.

Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, apresentaram contração as
operações do Tesouro Nacional (R$15,6 bilhões), as com títulos públicos federais (R$2,7 bilhões, resultado
de colocações líquidas de R$38,5 bilhões no mercado primário e compras líquidas de R$35,8 bilhões no
mercado secundário), as da Linha Temporária Especial de Liquidez e Redesconto (R$ 7,7 bilhões) e os
depósitos de instituições financeiras (R$1 bilhão, com destaque para os recolhimentos de recursos de
depósitos de depósitos a prazo, R$1,6 bilhões, e a liberação de recursos de depósitos de poupança, R$0,3
bilhão). De modo contrário, ocorreu expansão das operações do setor externo (R$0,4 bilhão) e com
derivativos (R$7,6 bilhões).

Os meios de pagamento restritos (M1) alcançaram R$615,7 bilhões, decréscimo de 0,5% no mês,
resultado da redução de 1,6% do papel-moeda em poder do público e do aumento de 0,4% dos depósitos
à vista. Considerando-se dados dessazonalizados, o M1 recuou 1,0% no mês.

O M2 aumentou 0,7% no mês, totalizando R$4,1 trilhões. O saldo dos depósitos de poupança permaneceu
estável no período, somando R$1,0 trilhão, após registrar resgates líquidos de R$5,5 bilhões. O saldo dos
títulos emitidos por instituições financeiras avançou 1,4%, totalizando R$2,5 trilhões. O M3 avançou 0,9%
no mês, totalizando R$8,5 trilhões. O saldo das quotas de fundos do mercado monetário registrou
aumento de 1,3%, totalizando R$4,1 trilhões. O M4 registrou variação de 0,9% no mês, totalizando R$9,0
trilhões. Em 12 meses a variação foi de 11,5%.

Nota para a Imprensa – 27.9.2021


4. Concessões ajustadas sazonalmente

Concessões dessazonalizadas Variação %


Período Livre Direcionado Total
PJ PF Total PJ PF Total PJ PF Total
No mês 1,5 1,1 0,4 -51,3 -2,8 -30,5 -3,5 0,5 -2,1
No trimestre 2,4 9,2 6,1 48,6 4,4 18,6 4,9 9,0 6,7

Nota para a Imprensa – 27.9.2021

Você também pode gostar