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UNIVERSIDADE VILA VELHA


RELAÇÕES INTERNACIONAIS

YASMIN PIMENTEL NORONHA

ZUENIR, UMA VIDA ENTRE REVOLUÇÕES

VILA VELHA
2017
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Sumário

BIOGRAFIA DO AUTOR:..............................................................................................1
CONJUNTURA HISTÓRICA DA ÉPOCA QUE O LIVRO FOI ESCRITO:...................3
REFERENCIAS DE SITES:..........................................................................................5
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BIOGRAFIA DO AUTOR:

Os pais de Zuenir nos deram um presentão em 1° de julho de 1981, fato que ocorre
em Além de Paraíba, Minas Gerais. Após várias mudanças, esse mineiro que se
tornou carioca se situa no Rio de Janeiro, RJ e começa a cursar a faculdade na atual
UFRJ, tendo aulas com Manuel Bandeira e onde mais tarde recebe bacharelado e
licenciatura em Letras Neolatinas. Trabalhou nos principais veículos de
comunicação: O Globo, Jornal do Brasil e as revistas Visões, Fatos e Fotos e
Exame.
Mas afinal, como podemos definir Zuenir Carlos Ventura? Um jornalista de estilo, um
pesquisador ou apenas um curioso sobre o ser humano? Seria impossível defini-lo
ou até mesmo caracterizar sua forma de fazer jornalismo.
No seu tempo, imprensa era sinônimo de cultura. Jornal impresso não era um
produto e sim um bem cultural. O país passou por muitos momentos que os
jornalistas foram perseguidos durante a ditadura militar. Muitos profissionais
sofreram, incluindo o próprio Zuenir, que foi obrigado a sair do país, ficando exilado.
“Pode parecer incrível, mas, naqueles dias, ficávamos discutindo se aquela situação
duraria um ou mais meses” (VENTURA, 2004). A ditadura durou longos 21 anos.
Zuenir sempre teve preocupação em falar de assuntos da atualidade, renovar a
linguagem jornalística. Segundo o escultor e designer, Amílcar Castro, Zuenir tem
uma tendência de inovar e reformular o que não está bom para ele.
Uma bolsa do Centro Francês de Jornalismo levou-o para Paris, onde permaneceu
entre 1960/61. Passando por vários jornais, foi ganhando credibilidade, mas foi nas
revistas semanais de informação que encontrou espaço fértil para desenvolver suas
ideias sobre o jornalismo moderno.
Em 1968, Zuenir ficou preso assim como tantos outros intelectuais. Ficando
desempregado, coordenou para a editora Abril, como free lancer, a coleção de
fascículos: Os anos 60: a década que mudou tudo.
Zuenir era definido pelos seus colegas como um vampiro da juventude. Esteve
sempre cercado de jovens entusiastas e deles extraia o que considerava melhor
para sua carreira. Um apaixonado pela profissão, Zuenir coloca o jornalismo como
um constante processo de aperfeiçoamento de aprendizado e humildade. Acreditava
que novas técnicas viriam a somar e não acabar com a criatividade, como muitos
outros jornalistas acreditavam.
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E como jornalista ele afirmou várias vezes, que ele veio ao mundo não para julgar e
condenar as pessoas, mas para olhar e contar o que aconteceu. “Temos que
aprender que nosso direito à liberdade não pode se exercer como um atentado ao
direito de privacidade do outro. ”1
Apesar de ser jornalista de profissão, Zuenir sempre esteve próximo à literatura.
Para ele, a literatura é capaz de criar um personagem que tenha muita mais
coerência do que um personagem da vida real porque ele passa a ser convincente
dentro da própria história da narrativa (2005).
Em 2008, recebeu da ONU um troféu especial por ter sido um dos jornalistas que
“mais contribuíram para a defesa dos direitos humanos no País nos últimos 30
anos”.
Em 2014, foi eleito no dia 30 de outubro para ocupar a cadeira de número 32 na
Academia Brasileira de Letras.
Hoje em dia se sabe que o escritor é um daqueles felizardos que moram em um
apartamento com vista para a Praia do Leblon. Acorda as 5h30 da manhã e caminha
pelo calçadão. Diz ser esses um dos segredos para a saúde física e mental. “Se
soubesse que chegar aos 80 era tão bom, teria chegado antes”, brinca em entrevista
a “50 emails”.2

1
A integra do texto pode ser lida em através da URL: portalliteral.terra.com.br/zuenir_ventura
2
Entrevista disponível em: http://www.50emais.com.br/zuenir-ventura-octogenario-independente-e-ativo/
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CONJUNTURA HISTÓRICA DA ÉPOCA QUE O LIVRO FOI ESCRITO:

O livro conta a história de 1968, mas foi somente em 1988 que Zuenir decidiu fazer
uma pesquisa de 10 meses em jornais e revistas sobre o aconteceu naquele ano tão
marcado pela ditadura militar no Brasil.
1988 pode ser considerado o ano que o Brasil tem seu reencontro com a liberdade
após no dia 5 de outubro, o deputado Ulysses Guimarães proclamar: “Declaro
promulgada! O documento de liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça
social do Brasil! Que Deus nos ajude para que isso se cumpra”, pondo fim de vez na
ditadura militar com a nova Constituição da República Federativa do Brasil, trabalho
que demandou 20 meses e 320 sessões no plenário.
O primeiro passo para a sucessão do Presidente-general João Figueiredo foi dado
com um pacto político, considerado o maior do período republicado até então, que
abriu caminhos para que a democracia voltasse ao país. Esse pacto consistiu com
associação do Movimento Democrático Brasileiro e da Frente Liberal para construir
uma candidatura alternativa daquela apoiada pelo então Presidente da época.
“Havia um sentimento profundo de retornada ao estado democrático de direito, mas
havia questões como dívida externa, inflação e disparidades econômicas. ”, disse o
senador da época Marco Maciel. Complementa falando que se houvesse ocorrido
eleições direta Trancredo Neves, responsável por criar uma comissão para pré-
elaborar o projeto da Constituição, teria ganhado disparado.
Ao fim da Constituinte que julgava se o Brasil deveria ser parlamentarista ou
presidencialista, o país seguiu sua tradição presidencialista confirmada no plenário
nas eleições de 1993. A decisão do país continuar presidencialista revoltou alguns
senadores, entre eles Fernando Henrique Cardoso, que fundaram em 1988 o partido
PSDB.
Pouco antes da Constituinte ser enviada ao Congresso, o então presidente José
Sarney apresentou um anteprojeto de Constituição, mas que nunca foi de fato
enviado ao Congresso porque, segundo o presidente, geraria confrontos com
Ulysses. Porém entre 1986 e 1987 milhares de formulários da população foram
enviados ao Congresso pedindo para que fosse criado o Sistema Único de Saúde.
Para o Senador Valter Pereira, a população assumiu uma participação efetiva no
processo de criação da Constituição, pressionando os parlamentares e até mesmo
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invadindo o plenário onde ocorriam as votações, levando em conta que o Congresso


Nacional era a única tribuna que ainda restava a população.
O artigo 5°, para muitos, é a alma da constituição pois ali ficam os seus direitos e
também deveres como cidadãos. Entre os direitos sociais que foram restabelecidos,
está o 13° salário, 44 horas de trabalho semanais, licença-maternidade e direito a
greve. Além dos direitos de trabalho, foram estabelecidos sociais a saúde, a
educação, proteção à maternidade e à infância, além de assistência dos
desemparados.
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REFERENCIAS DE SITES:

 WWW.ABI.ORG.BR Zuenir Ventura é eleito para a Academia Brasileira de


Letras (ABI), disponível em http://www.abi.org.br/zuenir-ventura-e-eleito-para-
a-abl/ - acesso em 26/fev
 WWW.EMPILHANDOPALAVRAS.BLOGSPOT.COM.BR Biografia: Zuenir
Ventura, disponível em
https://empilhandopalavras.blogspot.com.br/2010/12/biografia-zuenir-
ventura.html - acesso em 26/fev
 WWW.PLANALTO.GOV.BR Constituição Brasileira, disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
%2026/02 - acesso em 26/fev
 WWW.PORTALDALITERATURA.COM Zuenir Ventura, disponível em
http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=1531 – acesso 26/fev
 WWW.PRINCETON.EDU Brazil 1988, disponível em
https://www.princeton.edu/~pcwcr/reports/Brazil1988.html - acesso 26/02

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