0.INTRODUÇÃO
Para aprender a ler, é preciso interagir com a diversidade de textos, testemunhar a utilização que
os leitores fazem deles e participar de actos de leitura de fato; é preciso negociar o conhecimento
que já se tem e o que é apresentado pelo texto, o que está atrás e diante dos olhos, recebendo
incentivo e ajuda de leitores experientes.
Diante disso, é necessário que o aluno tenha conhecimento da importância daquilo que vai
aprender, tornar-se consciente e motivado para a aprendizagem da leitura, levando-a para uma
prática inserida no seu quotidiano com diferentes modalidades no ensino da leitura.
O trabalho como tema em apreço, visa de forma geral compreender as e stratégias didáctico
pedagógico da leitura. E de forma específica foca-se em: conceituar leitura; identificar as formas
de desenvolvimento da leitura e descrever as estratégias didáctico pedagógico da leitura .
1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1.Conceitos
Leitura
Segundo Bocha (1995) citando Coll (1990), a leitura é o processo no qual o leitor realiza um
trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto a partir de seus objetivos, conhecimento
sobre o assunto, quem é o autor do texto e todo seu conhecimento de linguagem.
Segundo Tembe s.d, leitura – acção de identificar as letras e de as juntar para compreender a
ligação entre o que é dito e o que é escrito. No processo de ensino-aprendizagem, a acção de
leitura pressupõe:
Decifração, isto é, a passagem da grafia ao som, uma espécie de descodificação antes da
recodificação. Trata-se da acção de compreender o que está representado por sinais
gráficos;
Interpretação correcta da pontuação, a restituição dos grupos de sopro e dos esquemas
entoativos quando se trata de leitura em voz alta (ou da recitação)de um texto escrito;
Compreensão do conteúdo do texto lido, quando alguns dos elementos lexicais e
gramaticais não são ainda compreendidos pelo aluno;
Assim, conceituamos leitura como o processo de ver o que está escrito, interpretar por meio da
leitura, decifrar, compreender o que está escondido por um sinal exterior, descobrir, tomar
conhecimento do texto da leitura.
1.2.1.Habilidades visuais
1.2.2.Habilidades auditivas
Exemplos:
as palavras nas trocar a ordem das a partir de uma palavras consiste em:
sílabas que as sílabas numa palavra, determinada Distinguir e imitar vozes de
compõem e originando sílaba inicial: animais que lhes são familiares:
identificar o novas palavras: Exemplos: vaca, gato, cão, pássaros, burro,
número de sílabas Palavras a partir etc.
de cada uma. Retirar sílabas numa da sílaba ga Distinguir e imitar sons e ruídos
palavra, originando gato gaiola da natureza e de objectos;
novas palavras: Distinguir sons produzidos por
galo gamela diferentes instrumentos
musicais;
Distinguir sons produzidos por
diferentes objectos, que caem no
chão;
Identificar a origem de
determinados sons como, por
exemplo, o jogo de cabracega.
Segundo Tembe, s.d após a aquisição do vocabulário básico, ou seja, quando os alunos já
entendem o que os outros dizem e se expressam oralmente em língua portuguesa, inicia-se a
aprendizagem da leitura e da escrita. Nesta etapa, o desenvolvimento da oralidade deve fazer-se
na interligação e no acompanhamento das actividades de leitura e de escrita, cujos pontos de
partida e de chegada são a frase. Deste modo, o professor pode planificar e orientar as
actividades, tais como:
Covane, s.d, impõe-se agora fazer algumas considerações sobre certas estratégias de leitura,
como é caso da identificação do tópico textual e da elaboração de resumos. O tópico aproxima-se
do resumo, na medida em que, por definição, ele é um resumo muito breve. Os elementos de
ambos distinguem-se somente pela extensão, podendo o resumo conter mais elementos do que o
próprio tópico. O resumo faz parte do conjunto de textos cuja técnica o aluno deve dominar,
sendo de grande utilidade na prática da leitura de textos longos, a propósito da condensação da
informação textual.
Com o resumo estamos diante de uma estratégia holística de compreensão, já que a sua
elaboração demanda a compreensão global dos textos. Se os alunos do Ensino secundário, em
princípio, não têm problemas em resumir um texto de reduzida dimensão, o mesmo não se passa
com a condensão de extensões mais vastas.
Uma outra estratégia holística de compreensão é o comentário, que suscita muitas dificuldades,
tantos no entendimento dos elementos que devem ser contemplados, como no modo de os
integrar.
O autor Tembe s.d, diferentemente de Covane, s.d, diz que “o ensino-aprendizagem da leitura e
da escrita iniciais é desenvolvido em quatro etapas”, nomeadamente:
Tembe vai mais além, afirmando que estas etapas efectuam-se de acordo com métodos e
estratégias adequadas ao desenvolvimento da criança, para que as competências de leitura e de
escrita possam ser desenvolvidas de forma mais correcta. Os métodos mais usados no ensino
aprendizagem da leitura e escrita são:
Métodos sintéticos;
Métodos analíticos ou globais
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Os métodos sintéticos baseiam-se na combinação dos elementos isolados da língua: sons, letras e
sílabas, ou seja, começam pelos elementos que compõem a palavra. E à medida que esses
elementos são apreendidos, passam a ser combinados em palavras e em unidades maiores. Estes
métodos subdividem-se em:
a) Método alfabético, ideofónico ou fono-sintético, que toma a letra como seu ponto de
partida; desta parte-se para a sílaba, da sílaba para a palavra, da palavra para a frase e da
frase para o texto.
b) Método fónico, fonético ou de João de Deus, que toma como unidade mínima o
fonema. Este método parte do princípio que é necessário ensinar às crianças as relações
entre fonemas e grafemas (sons e letras), para que se relacione a palavra falada com a
escrita. Neste método ensinam-se, primeiro, os sons e as formas das vogais seguidas de
consoantes. Cada letra é aprendida como um som e junta-se este ao outro, recorrendo a
combinações simples, CV ou VV (consoante/vogal ou vogal/vogal), formando-se sílabas
e palavras.
c) Método silábico ou fonético de silabação, que toma como ponto de partida a sílaba,
para formar as palavras. A aprendizagem é feita através de uma leitura mecânica do texto,
decifração das palavras.
Métodos analíticos ou globais têm como base a palavra ou a frase, considerada como um todo,
na aprendizagem da leitura, não se procedendo frequentemente à análise dos elementos
fonéticos, essencialmente ao longo das primeiras aulas de iniciação à leitura. Estes métodos
levam o aluno a analisar um todo (a palavra, a frase ou o conto) como unidade de leitura, para
depois se proceder à análise das suas partes constitutivas. São métodos mais interactivos e
possibilitam maior participação dos alunos (Tembe, s.d)
a) Método global de palavras, que parte da palavra como um todo, sendo estas palavras
escolhidas entre o vocabulário comum do ambiente das crianças, que exprimem ideias
acessíveis à sua compreensão, de forma a associar a forma gráfica da palavra à ideia e ao
objecto por ela representado. Esta palavra é, depois, decomposta até ao fonema/ grafema.
b) Método global de frases é o método que inicia a leitura, partindo da frase como unidade
de pensamento. Depois decompõe-se a palavra, destaca-se a sílabachave, seguida de
recomposição/formação de palavras novas e termina na frase.
c) Método global de contos é o método em que o professor conta uma história para a
crianças. Após uma breve interpretação, extrai-se a frase que é registada no quadro e lida
pelas crianças. Depois, passa-se para o destaque da palavra-chave, seguida do estudo das
sílabas, destaque da sílaba-chave e da letra em estudo.
Este método tem como principal objectivo iniciar o processo de aprendizagem da leitura e da
escrita por textos com sentido completo. Para tal, o texto deve versar sobre um tema estimulador
e que esteja de acordo com as vivências e os interesses das crianças (vida familiar, escolar,
comunitária, ou de aventuras reais com outras pessoas).
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Os métodos analíticos ou globais são mais eficientes, principalmente porque vão além da leitura
e da escrita mecânica. Eles auxiliam na formação da criança leitora e escritora, além de ajudar as
crianças na compreensão e inserção nos contextos sociais. A utilização de metodologias
participativas pode ainda melhorar os resultados (Tembe, s.d)
Ao Métodos mistos (analítico-sintético) têm como ponto de partida a frase e, desta, para a
palavra, a seguir, a sílaba e a letra. O ponto de chegada é, também, a frase.
a) A versão fónica, que privilegia o som (fonema) e a escrita da letra (grafema) e da sílaba.
Esta versão dá importância ao treino fonológico, contribuindo para a correcta articulação e
pronúncia dos sons.
b) A versão globalística, que privilegia o som e a escrita da palavra; a leitura dafrase e a
interpretação global da palavra.A palavra-chave é a base da formação de novas palavras por
analogia, substituição ou justaposição dos elementos constituintes já estudados.
1.3.4.1.Vantagens
3.CONCLUSÃO
Um dos grandes problemas que os alunos têm enfrentado nas primeiras classes é o fraco domínio
da Língua Portuguesa, veículo de conhecimentos científicos e tecnológicos, o que lhes torna
difícil a aquisição de habilidades de leitura e escrita na Língua Portuguesa e a compreensão de
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conteúdos das outras disciplinas curriculares. Portanto, o professor deve planificar as aulas,
tendo em conta a realidade mais próxima do aluno.
4.BIBLIOGRAFIA