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WEISZ

Um erro que precisa ser evitado por suas graves consequências é o desvio
espontaneísta: como é o aluno quem constrói o conhecimento. não seria necessário
ensinar-lhe. A partir dessa crença o professor passa a não informar, a não corrigir e a
se satisfazer com o que o aluno faz "do seu jeito". Essa visão implica abandonar o aluno
à sua própria sorte. E é muito importante que o professor compreenda o que significa,
do ponto de vista da criança, o "vou fazer do meu jeito". A autora argumenta que ao
propor que uma criança não alfabetizada se arrisque a escrever do jeito que imagina, o
professor está propondo uma atividade baseada na capacidade infantil de jogar, de fazer
de conta. O conhecimento é uma permanente transformação a partir do conhecimento
que já existe

ZABALLA

Nossa estrutura cognitiva está configurada por uma rede de esquemas de


conhecimento. Estes esquemas se definem como as representações que uma pessoa
possui, num momento dado de sua existência, sobre algum objeto de conhecimento. Ao
longo da vida, estes esquemas são revisados, modificados, tornam-se mais complexos
e adaptados à realidade, mais ricos em relações. A natureza dos esquemas de
conhecimento de um aluno depende de seu nível de desenvolvimento e dos
conhecimentos prévios que pôde construir; a situação de aprendizagem pode ser
concebida como um processo de comparação, de revisão e de construção de esquemas
de conhecimento sobre os conteúdos escolares.

Formar integralmente o estudante exige tratar diferentes tipos de capacidades e


conteúdos, considerando ainda que as necessidades formativas variam
constantemente. Os conteúdos factuais estão relacionados ao conhecimento de fatos,
acontecimentos, dados e fenômenos, que não podem ser alterados, e para a
aprendizagem desses conteúdos é necessário a memorização. Já os conceituais estão
relacionados a conceitos propriamente ditos, e referem-se ao conjunto de fatos,
objetivos ou símbolos que possuem características comuns, e que descrevem relações
de causa-efeito ou de correlação.

MAURI, IN COLL (1999)

O professor, ao introduzir nova unidade de ensino, dialoga com os alunos sobre


o tema objeto da aprendizagem, estimula-os a se manifestarem e a argumentarem sobre
o tema, ouvindo-os com atenção e fazendo perguntas, para levar a classe a pensar
sobre o assunto. Nesse processo, o professor ajuda os alunos a se conscientizarem das
suas próprias representações, ideias e crenças, a averiguarem algumas das suas
limitações e a se predisporem positivamente a modificá-las. Nesse trecho, Mauri
descreve a ação pedagógica de forma de ativar as ideias prévias dos alunos, sobre o
tema objeto de aprendizagem. A memória compreensiva resulta de um ato de
construção, uma interpretação pessoal do novo que o aluno pode compreender.
Em relação à contribuição do aluno à aprendizagem: esquemas de conhecimento e
atribuição de significado, Tereza Mauri (Coll, 1999) destaca que na aprendizagem todos
os conhecimentos que o aluno possui podem ser importantes, mas nem todos
participarão do mesmo modo na atribuição de significado, certamente alguns garantirão
esse processo mais diretamente do que outros.

LIBÂNEO (2013)

“A característica mais importante da atividade profissional do professor é a


mediação entre o aluno e a sociedade, entre as condições de origem e a sua destinação
da sociedade". Libâneo defende uma pedagogia crítico-social dos conteúdos, a qual
utiliza os conteúdos historicamente estabelecidos para guiar a educação do aluno com
vistas a sua participação ativa na sociedade. Em outras palavras, o professor é
o intermediário, mediador e contribui para que o aluno se prepare para viver em
sociedade e, consequentemente, possa atuar na sua transformação. O compromisso
ético-político é uma tomada de posição frente aos interesses sociais em jogo na
sociedade. Os professores responsáveis atuam de modo que os alunos dominem o
ensino e as atividades de estudo, de modo que estes dominem os conhecimentos
básicos e as habilidades, e desenvolvam suas forças, capacidades físicas e intelectuais,
tendo em vista equipá-los para enfrentar os desafios da vida prática no trabalho e
nas lutas sociais pela democratização da sociedade. O compromisso social,
expresso primordialmente na competência profissional, é exercido no âmbito da vida
social e política. Como toda profissão, o magistério é um ato político porque se
realiza no contexto das relações sociais onde se manifestam os interesses das classes
sociais.

ROPOLLI

Ropolli defende que a educação inclusiva concebe a escola como um espaço de


todos, no qual os alunos constroem o conhecimento segundo suas capacidades,
expressam suas ideias livremente, participam ativamente das tarefas de ensino e se
desenvolvem como cidadãos, nas suas diferenças.

RESENDE (IN: VEIGA, 1998)

Candau explica que a desestabilização, a relativização e a própria contestação


são ingredientes necessários no encontro entre culturas e, ao defender a transparência
e a autenticidade cultural via currículo, considera, entre outros, a estruturação da vida
em comunidade e as diferentes definições do “eu”.

MORAN

Ao elencar as características de educadores bem sucedidos, Moran aponta que:


“O sucesso pedagógico depende também da capacidade de expressar competência
intelectual, de mostrar que conhecemos de forma pessoal determinadas áreas do saber,
que as relacionamos com os interesses dos alunos, que podemos aproximar a teoria da
prática e a vivência da reflexão teórica.”
Moran (2000) defende a integração da televisão e do vídeo na educação escolar.
Segundo o autor, o fato do vídeo, na cabeça do aluno, significar descanso e não “aula”
pode ser utilizado para atrair o aluno para os assuntos do planejamento pedagógico. Ele
afirma que televisão e vídeo combinam a comunicação sensorial-cinestésica com a
audiovisual, a intuição com a lógica, a emoção com a razão. Integração que começa
pelo sensorial, pelo emocional e pelo intuitivo, para atingir posteriormente o racional.

LIBÂNEO, OLIVEIRA E TOSCHI (2012)

Ao planejar o currículo da escola, valendo-se do currículo oficial, é necessário


considerar alguns princípios práticos, dentre eles, o respeito e a valorização da
diversidade cultural e das diferentes origens sociais dos alunos, o combate ao racismo
e a outros tipos de discriminação e preconceito.

HOFFMANN

Diálogo não se processa obrigatoriamente através de conversa enquanto comunicação


verbal com o estudante.
Os conhecimentos prévios dizem mais em relação à utilidade (das predições) do que à
verdade, não havendo preocupação em validá-las cientificamente. É o que o aluno sabe
sobre determinado tema. Geralmente, ele traz esses conhecimentos devido às suas
próprias experiências diárias.

Não se pode esperar que os pais auxiliem as crianças e os jovens a superarem suas
dificuldades em alfabetização, matemática e outras áreas. Há cuidados que pertencem
à escola e outros que pertencem à família.

Os fundamentos de uma ação avaliativa mediadora ultrapassam os estudos sobre


teorias de avaliação e demandam o aprofundamento em teorias do conhecimento e
áreas específicas de trabalho dos professores. Na pedagogia de projetos, não há um
agente do conhecimento que se sobressai sobre os demais. Não é o professor que que
conduz o conhecimento (visão tradicional), não é o aluno o centro da aprendizagem
(Escolas Novas), mas ambos tem igual valor na elaboração/reelaboração do
conhecimento.

FONTANA

Aponta que a função desempenhada pela palavra na atividade mental da


criança e do adulto não coincidem. Crianças e adultos utilizam as palavras com graus
de generalidade distintos. De acordo com a autora, se, por um lado, a coincidência de
conteúdo possibilita a comunicação adulto/criança, por outro, é a diferença de
elaboração mental entre ambos que possibilita o desenvolvimento dos conceitos na
criança. No desenvolvimento dos conceitos na criança, os conceitos potenciais
emergem do pensamento por complexos.

Na pedagogia não tradicional, os conceitos científicos são assumidos como


verdadeiros pelo professor e aluno, sendo que no seu processo de assimilação a criança
é entendida como sujeito ativo. Internalização: reconstrução interna de uma operação
externa.
No que tange à gênese social da conceitualização, Vygotsky e Bakhtin defendem
a natureza mediada da cognição, sendo que Vygotsky traça as possibilidades de
elaboração conceitual no plano individual, enquanto Bakhtin analisa sua dinâmica
socioideológica. Em relação ao desenvolvimento dos conceitos na criança, Vygotsky
denomina a elaboração conceitual de internalização e Bakhtin denomina a elaboração
conceitual de diálogo das linguagens. Luria (in: Fontana, 1996) afirma que a palavra,
com suas funções designativa, analítica e generalizadora, é mediadora de todo o
processo de elaboração da criança, objetivando-o, integrando e direcionando as
operações mentais envolvidas.

A atividade cognitiva do sujeito é mediada socialmente pelos pares e pelos


signos. O aprendizado escolar desempenha papel decisivo no desenvolvimento da
elaboração conceitual e na tomada de consciência, pela criança, de seus próprios
processos mentais.

O pensamento se dá por meio das palavras, ou seja, o pensamento só existe


porque antes existiram palavras para exprimi-lo. Pensamento e linguagem se unem para
dar significado às palavras. Para Vygotsky, os significados apresentam dois
componentes: conceito (é o mesmo, independente do contexto social) e sentido (varia
conforme a vivência social). Ex.: Família. Conceito: Pessoas cujas relações foram
estabelecidas pelo casamento, por filiação ou pelo processo de adoção. Sentido: O
sentido dependerá das vivências que as pessoas têm sobre família. Algumas atribuem
sentidos positivos e outras, negativos.

A elaboração conceitual resulta de um processo de análise (abstração) e síntese


(generalização) dos dados sensoriais, que é mediado pela palavra e nela materializado.
Nas interações cotidianas, a mediação do adulto com a criança (na família/sociedade)
acontece espontaneamente no processo de utilização da linguagem, no contexto das
situações imediatas. Já a interação do professor com o aluno na sala de aula é
compreendida como processo de mediação deliberado.

Fazer perguntas aos alunos sobre o significado dos desenhos sobre um


determinado tema favorece a apropriação dos conteúdos e das formas de organização
e de elaboração dos conhecimentos de uma comunidade, o que contribui para a
formação de conceitos pelo aluno. Pensamento e linguagem estão articulados, pois a
cognição tem natureza mediada, ou seja, as funções psicológicas são desenvolvidas
pelo contato com o outro por meio da linguagem.

Função psicológica elementar_________(linguagem)_________Função psicológica


superior.

DOWBOR

A era do conhecimento exige muito mais conhecimento atualizado e inserido nos


significados locais e regionais, e, ao mesmo tempo, as tecnologias da informação e
comunicação tornam o acesso a esse conhecimento muito mais viável. Frente ao
desafio educacional de preparar as crianças para esse mundo, o autor sugere que um
possível núcleo irradiador da construção do enriquecimento científico mais amplo do
local e da região é o conselho municipal de educação. O potencial emancipador da
educação está na formação articulada que permite compreender as necessidades
comuns e as possibilidades locais de intervenção.

CNE/2010

Um dos princípios para uma educação de qualidade é a importância de tratar


de modo diferenciado o que é desigual no ponto de partida, assegurando, pela
equidade, desenvolvimento e aprendizagens a todos.

ECA/1990

É infração passível de multa o fato de o professor ou o responsável pelo


estabelecimento de ensino fundamental deixar de comunicar à autoridade competente,
diante da suspeita ou confirmação de maus tratos contra criança ou adolescente.

CF/1988
De acordo com o artigo 212 da Constituição Federal Brasileira, de 1988, a União deve
aplicar, anualmente, nunca menos de dezoito por cento, e os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos.
Devem ser usados para as necessidades do ensino obrigatório, excluindo o montante
destinado aos programas suplementares de alimentação e assistência à saúde.

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