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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - CAMPUS MOSSORÓ

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL


DISCIPLINA DE SANEAMENTO - AMB1031
DOCENTE: MARIA JOSICLEIDE FELIPE GUEDES
DISCENTE: JOÃO ITALO CAMPOS ARAÚJO

FICHAMENTO 01: INTRODUÇÃO AO SANEAMENTO

O saneamento tem como objetivo a adoção de várias medidas, garantir ao homem um


ambiente com as condições que proporcionem um ambiente saudável. Trata-se do
relacionamento entre o meio ambiente como um todo: meios físicos (solo, rocha, ar e água),
biótico (flora e fauna) e socioeconômico. No início o saneamento tinha o intuito de garantir ao
homem água de boa qualidade e proporcionar adequado destino para seus dejetos, no
entanto, com as mudanças culturais das cidades essas interpretações tiveram a ampliação de
outros fatores com um pensamento mais sustentável, seguindo atividades como:
Abastecimento de água; Coleta, tratamento e destino dos resíduos líquidos (esgotos);
Acondicionamento, coleta, transporte e tratamento/destino dos resíduos sólidos (lixo);
Drenagem das águas pluviais; entre outros.
A Lei nº 6.38/81, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente define meio
ambiente como: “...o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas ...”. Em resumo,
trata-se de todas as condições físicas, químicas e biológicas que favorecem ou desfavorecem o
desenvolvimento dos seres vivos. Que se diferenciam entre Ambientes naturais, que não
sofreram a interferência do homem e Ambientes artificiais, os quais foram modificados pela
ação humana.
Muito disso leva-se em consideração o nível de organização dos organismos vivos, dos
átomos, organismos mais básicos como as bactérias e vírus aos animais, as populações de
animais, comunidades e ecossistemas, sendo elas: a Biosfera, que é o conjunto de todas as
partes da Terra onde é possível, pelo menos a algumas espécies de organismos, viver
permanentemente, alimentar-se e reproduzir-se, sendo divido em atmosfera, hidrosfera e
crosta terrestre (Litosfera) e o Ecossistema que são os sistemas integrados de seres vivos e
ambientes físicos. Que é dividido entre o Biocenose que compõem os seres vivos e Biótopo
que compõe o meio físico. Os componentes abióticos é a integração estruturam das condições
climáticas, edáficas e hídricas e os componentes Bióticos formados por seres autotróficos
(produz o próprio alimento) e heterotrófico que não produzem só consumem, como grandes
consumidores e decompositores.
Todo ecossistema gera um fluxo de energia, que inicia com a produção de energia pela
fotossíntese, onde os outros seres vivos possuem essa energia seja por meio do consumo
direto com os animais herbívoros, onívoros e decompositores, ou indireta com os animais
carnívoros e onívoros, que também são em sua morte o consumo dos decompositores, esse
padrão natural gera um ciclo alimentar.
Os grandes ecossistemas são chamados também de biomas terrestres e aquáticos,
terrestres como florestas, campos e campinas, desertos e tundras e aquáticos marinhos e de
água doce. Os ecossistemas aquáticos também podem ser chamados de ecossistemas límbicos
quando relacionados a água doce, sendo lênticos quando lagos e lóticos quando em rios.
Em ambientes lóticos são incompletos do ponto de vista energéticos, pois partes da
energia tem origem na matéria orgânica vindas dos ecossistemas terrestres adjacentes. As
comunidades aquáticas dos ambientes variam em função da velocidade do corpo d’água,
aqueles mais agitados (alta velocidade), sendo ricas de águas ricas de oxigênio e pobre de
plâncton, já as águas mais remansas (baixa velocidade) tem uma quantidade considerável de
fitoplâncton, peixes e insetos aquáticos similares em ambientes lênticos.
O processo de Autodepuração em ambientes lóticos é um dos processos mais
importantes para o mantimento de um sistemas ambiental equilibrado, tal efeito é causado
quando existe a deposição de resíduos sólidos ou esgotamento sanitário em corpos d’água,
corpos que possuíam um zona de água limpa, onde a vida aquática era superior (grande
variedade de espécies), mas com essa deposição os índices de DBO (quantidade de oxigênio
necessário para as bactérias oxidem a matéria orgânica) estão elevados, em águas limpas da
ordem e 2 a 4 mg/l, em águas poluídas cerca de dezenas de miligramas, já no esgoto
doméstico esse chega na casa das 200 mg/l.
O processo de Autodepuração em ambientes lênticos possui algumas propriedades
distintas, a começar da produção primária que depende do tipo de aporte vindo dos rios
fluentes e ambientes terrestres, a profundidade e o tamanho. A profundidade influi no grau de
iluminação, temperatura da massa de águia e o nível de oxigénio dissolvido, influenciando nas
camadas superiores com a maior concentração de organismos influenciados pela produção de
fotossíntese e a camadas mais profundas com menor número de oxigênio dissolvido gerando
então uma proliferação de organismos anaeróbios.
A poluição por matéria orgânica em ambientes de cursos de águas tem como efeito o
consumo de oxigênio dissolvido como consequência esse ao longo período tem o intuito de
reestabelecer o equilíbrio do meio aquática. Esse equilíbrio é dado pelo balanço final do
oxigênio, no entanto para ambientes pobres em oxigênio e a solubilidade dele diminui
chegando a mg/L.
O consumo do oxigênio orgânico é feito em duas vias pelas matérias em suspensão
(particulados) e dissolvidas (solúveis) e as matérias em suspensão (sedimentados). A
Nitrificação é causada pela demanda de nitrogênio (demanda de segundo estágio), com uma
fase posterior à desoxigenação carbonáceas, havendo um crescimento mais lento para as
bactérias nitrificantes para as bactérias heterotróficas.
A produção de oxigênio um dos principais fatores para a dissolução do oxigênio no
meio líquido é o fenômeno físico pela reaeração atmosférica. Outra muito importante é a
fotossíntese os seres autotróficos realizam muito mais síntese do que oxidação, gerando
sempre um saldo de compostos orgânicos que constituem a reserva de energia para os seres
heterotróficos, além de um superávit de oxigênio que permite a respiração de outros
organismos.

FICHAMENTO 02: SISTEMAS AMBIENTAIS: ÁGUA, AR E SOLO

A atmosfera é uma camada de gases que envolve nosso planeta. a homosfera é a


camada que possui uma altura de 100km e devido a movimentação das massas de ar possui
uma composição constante. Além desta camada ainda existe a troposfera que envolve toda a
superfície terrestre entre 10 e 16 km acima, esta possui todas as formas de vida conhecidas.
Acima dessa camada existe a estratosfera essa possui alturas de 50km de alturas, e em sua
maioria é formado por ozônio.
A poluição do ar pode ser definida como a introdução de matéria ou energia que
venha alterar o sistema ar, afetando a saúde toda a vida. Existem observações quanto a
poluição desde a antiguidade, no entanto no tempo da revolução indústria essa poluição
aumentou, devido as grandes fábricas a vapor da época e a grande urbanização.
Os materiais particulados (MP) são misturas de partículas sólidas e líquidos em forma
de vapor presentes na atmosfera, um exemplo são as partículas visíveis como a fumaça e
fuligem pois são de grande dimensão e cor escura, no entanto existem outras partículas muito
pequenas que não são possíveis distinguir a olho nu. A fonte original dessas partículas é
formada pela evaporação do mar, pólen, poeira e fuligens de vulcões. Já as artificiais que são
geradas pelo home, são provenientes de motores, veículos, caldeiras, fábricas e queimadas
não naturais.
Os impactos: Os poluentes no ar danificam os materiais exposto quando em grane
concentração, esses causam abrasão de materiais, deposição sobre a superfícies, ataques
químicos as superfícies metálicas, além de causar a redução a visibilidade. Esses poluentes
atmosféricos agem diretamente na vegetação, reduzindo a penetração da luz,
consequentemente a diminuição da fotossíntese, além de aumentas as temperaturas devido
ao fenômeno do efeito estufa o qual acelera o processo de evapotranspiração das plantas.
Outros fenómenos são chuva ácida, diminuição da atmosfera e o aumento da radiação
atmosférica proveniente do sol.
Padrões de qualidade do ar: a lei Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.38/181
instituiu em 18 o Programa Nacional de Qualidade do Ar (PRONAR), neste criou-se algumas
normas relacionadas a qualidade do ar, sendo definido as classes de qualidade do ar, como
Classe I, II, III sendo seus usos.
A água é um recurso indispensável à vida, responsável pela manutenção de toda a vida
na terra, além de ser responsável pela geração dos ciclos de outros materiais. No entanto,
essa somente cobre 75% das nossas superfícies, porém 2.5% dessa é água doce, encontrada
em uma maioria nas formas de neve, gelo e vapor, restando então somente 0,3% de água
doce. A água tem capacidade de ser um solvente universal, tendo a propriedade de dissolver
uma grande quantidade de materiais como: substâncias químicas, sais minerais, proteínas,
carboidratos, gases e outros.
A Qualidade da água: Em março de 12 a ONU (Organização das Nações Unidas)
instituiu o Dia Mundial da Água, assim instituindo a água como um patrimônio do planeta,
onde cada continente, povo, nação e região é plenamente responsável por ela. Pode-se
salientar que a escassez de água potável no mundo tem origem em atividades atróficas como:
o crescimento da população mundial, aumento das áreas urbanas, industrialização, agricultura,
pecuária.
Os microrganismos patogênicos veiculados pela água em geral, são de diagnóstico
tardio, difícil crescimento, difícil isolamento, baixa população. Por isso, é necessário utilizar
outros micro-organismos para avaliar sua presença- os microrganismos indicadores – que
estão presentes em fezes humanas e animais, e indicam que outros microrganismos podem
estar presentes.

A Curva de oxigênio dissolvido é dada por duas curvas que se cruzam uma que
identifica o decréscimo do OD causado pela depleção de oxigênio e a concentração de OD pela
distância ou tempo. Esse oxigênio é associado ao decréscimo de OD gerando a DBO (Demanda
Líquida de Oxigênio), É a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da matéria orgânica,
por ação das bactérias aeróbias.
Quando se discute biodiversidade e extinção das espécies, geralmente mencionamos
os animais e plantas que vivem sobre o solo, no entanto, existe outros seres no interior do
solo, os macros e micro-organismos, realizam serviços ambientais essenciais. Esse papel varia
da decomposição da matéria orgânica, produção de húmus, ciclagem e nutrientes e de
energia.
A biota do solo é classificada conforme seu tamanho, densidade de cada grupo que
varia em função das características edáficas e climáticas típicas do ambiente. A densidade do
grupo aumenta a média em que se reduz o tamanho dos organismos. Por isso, em geral, as
bactérias são bem mais numerosas que os outros seres. A maior biomassa do solo é
constituída pelos fungos, baterias e minhocas, somando mais que 10 toneladas por hectare.
A macrofauna do solo desempenha papel importante nos ecossistemas quanto à
ciclagem de nutrientes e estrutura do solo, sendo responsável pela fragmentação dos resíduos
orgânicos e mistura com as partículas minerais, realocação da matéria orgânica e produção de
estruturas fecal.
Bactérias e fungos podem degradar completamente o material orgânico de restos de
plantas e animais, mas, em geral, eles não atuam sozinhos. A decomposição estrutural e
química dos tecidos complexos de plantas e restos de animais só é possível porque grande
diversidade microbiana e de espécies da fauna edáfica estão envolvidas nesse processo.
A avaliação da qualidade do solo é realizada por indicadores que devem relacionar as
suas propriedades físicas (densidade do solo, porosidade total, resistência mecânica à
penetração vertical e taxa de infiltração de água), químicas (conteúdo de matéria orgânica e
capacidade de troca de cátions) e biológicas (carbono na biomassa microbiana e respiração
basal).
As técnicas de preservação do solo são classificadas em vegetativas, edáficas ou
mecânicas, mas o ideal é que sejam aplicadas em associação. As técnicas vegetativas visam
controlar a erosão pelo aumento da cobertura vegetal do solo e incorporação de resíduos,
proteger contra as gotas de chuva e diminuir a velocidade de escoamento das enxurradas. São
utilizadas técnicas de florestamento e reflorestamento em topos de morros, margens de rios e
lagos, terrenos acidentados e recuperação de áreas degradadas, plantas de cobertura, cultivo
em faixas, alternância de capinas, cobertura morta, faixas de bordadura e quebra-ventos.

FICHAMENTO 03: GESTÃO AMBIENTAL

A Gestão Ambiental consiste na administração do uso dos recursos ambientais, por


meio de ações ou medidas econômicas, investimentos e potenciais institucionais e jurídicos,
com a finalidade de manter ou recuperar a qualidade de recursos e desenvolvimento social.
Vindo como uma resposta a indústria que foi amplamente reacionária. A indústria investiu em
soluções tecnológicas superficiais para assegurar que estava de acordo com as
regulamentações, sempre mais restritivas, e com as licenças de operação relacionadas a
condicionantes ambientais, na busca de atender ao comando-controle da legislação ambiental
cada vez mais rigorosa.
Abordagem das Empresas em Relação às Questões Ambientais Dependendo de como a
empresa atua em relação aos problemas ambientais decorrentes das suas atividades, ela pode
desenvolver três diferentes abordagens e, também podem ser vistas como fases de um
processo de implementação de práticas de gestão ambiental numa dada empresa.
As empresas possuem posturas diferentes em relação a gestão ambiental, sendo elas:
Controle de Poluição Postura reativa ação corretiva é um custo adicional Práticas ambientais
atender aos requisitos restritos a produção, já a Prevenção da poluição postura reativa e
proativa ação corretiva e preventiva procura pela redução de custos uso eficiente dos insumos
uso de tecnologias mais limpas restrito a algumas áreas e a Postura estratégica postura reativa
e proativa ação corretiva, preventiva e antecipatória é uma vantagem competitiva uso
eficiente dos insumos uso de tecnologias mais limpas disseminada na organização.
Em relação aos Modelos de gestão ambiental, como cada modelo apresenta pontos
fortes e fracos, é possível combinar seus elementos para criar um modelo próprio, uma vez
que eles não são mutuamente exclusivos. Esses modelos ou suas variações permitem
implementações isoladas, ou seja, uma dada empresa com seu próprio esforço pode-se adotar
um desses modelos, embora sempre haja a necessidade de articulação com fornecedores,
transportadores, recicladores, entidades apoiadoras e outros agentes.

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