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RESUMO DE PORTUGUÊS

MODELOS DE DOCUMENTOS QUE INTEGRAM A


CORRESPONDÊNCIA
Circulação externa:
I - OFÍCIO – é o documento pelo qual as autoridades militares se
correspondem com autoridades da Administração Pública e Privada,
nas esferas Nacional e Internacional, a respeito de assunto técnico ou
administrativo, de caráter exclusivamente oficial, podendo:
a) tramitar por meio físico/ papel impresso;
b) substituir o documento “FAX”, desde que seja citada a forma de
transmissão no corpo do documento, e
c) ser utilizado com suporte eletrônico (o documento é
arquivado/enviado por rede de computadores ou por meio físico de
transporte de dados, outros, porém continua sendo um ofício), desde
que seja certificado digitalmente por estrutura definida pelo Ministério
da Defesa.
I. OFÍCIO - UM DOCUMENTO DE CORRESPONDÊNCIA
DESTINADO PARA A CIRCULAÇÃO EXTERNA AO EXÉRCITO,
A IG 01.001, EM SEU ANEXO, DISPÕE: I). OS OFÍCIOS
DESTINADOS A PARTICULARES OU A AUTORIDADES
LOTADAS EM ORGANIZAÇÕES NÃO INTEGRANTES DA
FORÇA, MESMO QUE SEJAM MILITARES, SEGUEM AS
NORMAS PRECONIZADAS NOS ART. 22 A 62 DESTAS IG E OS
SEGUINTES PRECEITOS:

Circulação interna:
II - DOCUMENTO INTERNO DO EXÉRCITO (DIEx) – forma de
correspondência utilizada pela autoridade militar ou pelo militar, com a
finalidade de tratar de assuntos oficiais, transmissão de ordens,
instruções, decisões, recomendações, encaminhamentos de documentos,
solicitações, comunicar assuntos de serviço, esclarecimentos,
informações e outros, devendo ser preferencialmente utilizado com
suporte eletrônico (o documento é arquivado/ enviado por rede de
computadores ou por meio físico de transporte de dados, outros, porém
continua sendo um DIEx), para permitir agilidade e oportunidade (Fig
A-4; A-5.1, A-5.2 e A-5.3):
a) o DIEx substitui os seguintes documentos que constavam nas
antigas IG 10-42: encaminhamento, fax, memorando, mensagem direta,
ofício interno, parte, remessa, guia e restituição; e
b) o DIEx poderá ser simplificado, nas seguintes situações:
- para encaminhamento, remessa, restituição de outros documentos;
- como capa de “FAX”, restrito no âmbito da Força;
- rápida comunicação entre as partes interessadas; e
- no âmbito da Organização Militar (OM).
Declaratórios:
I - ATA – registra, resumidamente, as ocorrências de um evento de
interesse militar, podendo ser utilizado com suporte eletrônico (o
documento é arquivado/enviado por rede de computadores ou por meio
físico de transporte de dados, outros), sempre que houver meios físicos
adequados (Fig A-7.1 e A-7.2);
III. ATA - UM DOCUMENTO CLASSIFICADO COMO
DECLARATÓRIO, A IG 01.001, EM SEU ANEXO, DISPÕE: 1. A
ATA É LAVRADA, GERALMENTE, EM LIVRO PRÓPRIO,
DEVIDAMENTE AUTENTICADO, CUJAS PÁGINAS SÃO
RUBRICADAS PELA AUTORIDADE QUE REDIGIU O TERMO
DE ABERTURA, OU EM FOLHAS DE PAPEL, TAIS COMO ATA
DE EXAME, ATA DE INSPEÇÃO DE SAÚDE E OUTRAS.

Esclarecimento e/ou reconhecimento:


II - REQUERIMENTO – documento em que o signatário pede à
autoridade competente o reconhecimento ou a concessão de direito que
julga possuir, amparado na legislação que regula o objeto pretendido.
Compõem o requerimento, o propriamente formulado pelo
signatário e uma informação sobre o pedido, elaborado pelo
Comandante da OM (Fig A-14 e A -15).
a. Concordância Verbal:

A regra básica da concordância verbal é o verbo concordar em número


(singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da frase.

1. Sujeito simples – o verbo concordará com ele em número e pessoa. 

Ex.: O militar viajará por várias cidades do interior.

2. Sujeito composto – em regra geral, o verbo vai para o plural.

 Sujeito anteposto

O sujeito vai para o plural quando ele está anteposto ao verbo.

Ex.: A companhia e seu comandante fizeram com que a missão


obtivesse êxito.

Existem três casos que mesmo sendo o sujeito composto anteposto,


ele fica no singular:
 Quando formado por palavras sinônimas. Neste caso, também
poderá assumir a forma no plural.

Ex.: A alegria e satisfação mostra como foi ótima a apresentação.

 Quando o sujeito for constituído por núcleos dispostos em


gradação.

Ex.: Um som, uma voz, um pequeno ruído, já nos irritava. (Neste caso,
também poderá assumir a forma no plural.)

 Quando o sujeito apresenta-se resumido por palavras, tais


como: alguém, ninguém, cada um, tudo e nada. Neste caso, não
ocorre plural.

Ex.: Churrasco, bebida, bolo, piscina, nada faltou na festa.

Se o sujeito vier composto por pronomes pessoais diferentes – o


verbo concordará conforme a prioridade gramatical das pessoas.

Ex.: Eu e você somos alunos do curso de formação.

Seguindo a seguinte regra:

- 1ª e 2ª pessoa; o verbo fica na 1ª p. do plural.

- 2ª e 3ª pessoa; o verbo fica na 2ª p. do plural.

- 1ª e 3ª pessoa; o verbo fica na 1ª p. do plural.

Atenção! Tu e ela estudais / estudam. A segunda forma é mais usada


atualmente.

 Sujeito posposto

Se o sujeito vier depois do verbo, concorda com o núcleo mais


próximo, ou vai para o plural.

Ex.: Passeavam de bicicleta Aninha e as crianças.

Passeava de bicicleta Aninha e as crianças.

 Sujeito correlacionado com determinadas expressões

Quando o sujeito estabelecer uma correlação com expressões do tipo:


Não só… mas também, Tanto… como, etc., o verbo passa para o
plural: Ex: Não só as salas de aula, mas também os alojamentos
estavam sujos. Tanto o rapaz como a moça correram muito no TAF.

 Sujeito composto ligado por COM


Quando representar a função de conector aditivo juntando os núcleos
do sujeito, o verbo passará para o plural:

Ex: A sargento com a filha viajaram de trem.

Quando a palavra “com” serve apenas para reforçar um elemento da


frase, o verbo permanece no singular:

Ex: A instrutora, com todos os seus alunos, foi para outra sala.

 Com verbos impessoais

Os verbos impessoais, como não apresentem sujeito, são conjugados


sempre na 3.ª pessoa do singular: Havia várias pessoas esperando.
(verbo haver com sentido de existir)

Faz cinco anos que eu te conheci. (verbo fazer indicando tempo


decorrido)

Aqui onde moro, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos


atmosféricos)

 Com a partícula apassivadora se

Com a partícula apassivadora se, o objeto direto assume a função de


sujeito paciente. Assim, o verbo estabelece concordância em número
com o objeto direto: Vende-se casa. Vendem-se casas.

 Com a partícula de indeterminação do sujeito SE

Quando a partícula se atua como indeterminadora do sujeito, o verbo


fica sempre conjugado na 3.ª pessoa do singular: Precisa-se de
empregado. Precisa-se de empregados.

 Com a maioria, a maior parte, a metade,...

Com essas expressões, o verbo fica conjugado, preferencialmente, na


3.ª pessoa do singular. Contudo, já se considera aceitável o uso da 3.ª
pessoa do plural:

A maioria dos alunos vai…

A maior parte dos alunos vai…

A maioria dos alunos vão…

A maior parte dos alunos vão…

 Com pronome relativo que

O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo que:


Fui eu que pedi…

Foi ele que pediu…

Fomos nós que pedimos…

 Com pronome relativo quem

O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo quem


ou fica conjugado na 3.ª pessoa do singular:

Fui eu quem pedi…

Fomos nós quem pedimos…

Fui eu quem pediu…

Fomos nós quem pediu…

 Com o infinitivo pessoal

O infinitivo é flexionado, principalmente, quando se pretende definir o


sujeito e quando o sujeito da segunda oração é diferente do da primeira:
Isto é para nós fazermos. Vou pedir para eles fazerem tudo.

 Com o infinitivo impessoal

O infinitivo não é flexionado, principalmente, em locuções verbais e


em verbos preposicionados:

As pessoas conseguiram entender a verdade.

Foram incentivados a entender a verdade.

Foram impedidos de entender a verdade.

 Com o verbo ser

Com o verbo ser, a concordância em número é estabelecida com o


predicativo do sujeito:

Isto é brincadeira!

Isto são brincadeiras!

 Com a expressão um dos que

Com a expressão um dos que, o verbo fica sempre na 3.ª pessoa do


plural:

Um dos que foram…


Um dos que querem…

Um dos que podem…

 Com sujeito composto ligado por bem como e assim como

O Verbo estará sempre de acordo com o 1º elemento.

Exemplo: O computador, bem como as impressoras, está quebrado.

As funcionárias, bem como a gerente, não estavam contentes com a


situação.

 Com Sujeito composto ligado por OU

Quando um sujeito composto está ligado por ou, há duas


possibilidades:

Quando ou representa a ideia de exclusão, o verbo fica no singular ou


concorda com o sujeito mais próximo.

Exemplo: Alice ou Joana será a representante de sala.

Quando ou não representa a ideia de exclusão, ele passa para o plural.

Exemplo: O livro ou computador são excelentes recursos de pesquisa.

 Com Expressões como um e outro, nem um nem outro, nem…


nem

No caso destas expressões, há duas possibilidades: o verbo pode estar


no plural ou no singular.

Ex: Nem um nem outro aceitou a proposta.

Nem um nem outro aceitaram a proposta.

Obs.: Quando a frase expressar reciprocidade, o verbo passa para o


plural.

Ex: Nem um nem outro se gostam.

 Com Sujeito com núcleo precedido do pronome CADA

O verbo sempre ficará no plural.

Ex: Cada blusa, cada calça, cada camisa, apresentava um defeito de


fabricação.

 Com Sujeito formado de infinitivo


Quando o sujeito se constituir de um verbo no infinitivo, o mesmo
ficará no singular. Somente quando os verbos forem antônimos ou
forem determinados é que ele passa para o plural.

Ex: Errar e assumir é um ato de honestidade.

Dormir e acordar são dedicações diárias da vida do ser humano.

b. Concordância Nominal

A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou


pronome, ou numeral), palavra determinada e as palavras que a ele se
ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos,  pronomes adjetivos,
numerais adjetivos e particípios), palavra determinante. Basicamente,
ocupa-se  da relação entre nomes.

1. Há uma só palavra determinada

A palavra determinante irá para o gênero da palavra determinada.

Ex.: “Os bons exemplos dos pais são as melhores lições e a melhor


herança para os filhos.” (MM)

Eu estou feliz./ Eles estão felizes.

2. Há mais de uma só palavra determinada

Se as palavras determinadas forem do mesmo gênero, a palavra


determinante irá para o plural e para o gênero comum, ou poderá
concordar, principalmente se vier anteposta, em gênero e número
com a mais próxima.

Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um


termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.

A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras


gerais:

1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um


único substantivo. Por exemplo:

As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.

2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância


pode variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos:

a) Adjetivo anteposto aos substantivos:

- O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais


próximo. Por exemplo:
Encontramos caídas as roupas e os prendedores.

Encontramos caída a roupa e os prendedores.

Encontramos caído o prendedor  e a roupa.

- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o


adjetivo deve sempre concordar no plural. Por exemplo:

As impecáveis Adriana e Rosana vieram me visitar.

Encontrei os engraçados primos e primas na festa.

b) Adjetivo posposto aos substantivos:

- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos


eles (assumindo forma masculino-plural se houver substantivo
feminino e masculino). Exemplos:

A indústria oferece localização e atendimento perfeito.

A indústria oferece atendimento e localização perfeita.

A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.

A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.

Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam


que o adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses
casos, o adjetivo foi flexionado no plural masculino, que é o gênero
predominante quando há substantivos de gêneros diferentes.

- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no


singular ou plural.

A beleza e a inteligência feminina(s).

O carro e o iate novo(s).

3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:

a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for


acompanhado de nenhum modificador. Por exemplo:

Água é bom para saúde.

b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por


um artigo ou qualquer outro determinativo. Por exemplo:

Esta água é boa para saúde.


4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais
a que se refere. Por exemplo:

Juliana as viu ontem muito felizes.

5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo,


muito, tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é
usado no masculino singular.

Os jovens tinham algo de misterioso.

6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e


concorda normalmente com o nome a que se refere. Por exemplo:

Cristina saiu só.

Cristina e Débora saíram sós.

Quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem


função adverbial, ficando, portanto, invariável.

Eles só desejam ganhar a competição.

7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais


adjetivos no singular, podem ser usadas as construções:

a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do


último adjetivo.

Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.

b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo.


Por exemplo:

Admiro as culturas espanhola e portuguesa.

Veja esta construção: Estudo a cultura espanhola e portuguesa.

Note que ela provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de


uma única, espano-portuguesa? Procure evitar construções desse tipo.
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO:
a. Clareza

É aquilo que é facilmente entendido e, para isso, sendo necessário que o


que se quer informar esteja claro, com ideias ordenadas, a pontuação
correta, as palavras estejam bem dispostas na frase, as intercalações
estejam reduzidas a um mínimo e haja uma precisão vocabular. A
clareza é a expressão exata de um pensamento.

b. Coesão

“A coesão ocorre quando a interpretação de algum elemento no


discurso é dependente do outro. Um pressupõe o outro, no sentido de
que não se pode ser efetivamente decodificado a não ser por recurso ao
outro”

(Halliday & Hasan in Koch, Ingedore Villaça)

Partindo desta definição feita por Halliday & Hasan, podemos afirmar
que um texto coeso é aquele que apresenta um sequenciamento das
ideias de forma lógica, permitindo que as palavras, frases e os
parágrafos estejam entrelaçados.

c. Concisão

Qualidade do que ou de quem é conciso; brevidade e clareza no falar e


no escrever.; LACONISMO [ Antôn.: prolixidade, verbosidade. 

d. Correção Gramatical

A isenção de erros gramaticais é uma qualidade essencial em qualquer


tipo de correspondência. Escrever com correção gramatical é a
utilização do padrão culto da linguagem, sem desrespeitar as normas e
as regras para o seu perfeito uso. Ao passo que as incorreções
gramaticais põem em dúvida o conhecimento do redator em qualquer
assunto, a ausência de erros denota conhecimento, segurança e
liderança.

Para evitar cometer erros e/ou desrespeitar os fatos particulares da


língua, deve-se criar o hábito de se recorrer ao dicionário ou uma boa
gramática sempre que se tenha dúvidas.

e. Impessoalidade

Nas correspondências oficiais, quem comunica é sempre o Serviço


Público e é a finalidade pública que está presente em sua redação, pois,
o que se comunica, é sempre algum assunto relativo às atribuições do
órgão que comunica. Surgindo, portanto, a necessidade de serem
impessoais, isentas de interferências das individualidades de quem as
elabora.
Principais Regras de Ortografia

Emprego da letra H
Esta letra não tem valor fonético, mas foi conservada por etimologia. Escreve-se, por
exemplo, “hoje” porque vem do latim “hodie”. 
 Emprega-se o H:
Inicial, por questão etimológica: hábito, hélice, herói...
Medial, como integrante dos dígrafos CH, LH e NH: chave, galho, galinha.
Final e inicial em algumas interjeições: hum!, ah!
OBS:Não se usa H em palavras derivadas e compostas sem hífen: 
Exemplos: reabilitar (re + habilitar), desonesto (des + honesto), inábil (in + hábil)...
Emprego do G e J
Usa-se o G ou J não de modo arbitrário, mas conforme a origem da palavra.
Exemplos: gesso (do grego “gypsos”), jeito (do latim “jactu”).
 Escrevem-se com G:
o Substantivos terminados em agem, igem, ugem: viagem, origem,
ferrugem.
o Palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio ou úgio: plágio, colégio,
prodígio, relógio, refúgio.
o Palavras derivadas de outras que são grafadas com G: massagista (de
massagem), selvageria (de selvagem)...
 

 Escrevem-se com J:
o Palavras derivadas de outras terminadas em JA: laranja – laranjeira; loja,
lojista...
o Conjugação dos verbos terminados em JAR ou JEAR, como arranjar,
gorjear...
o Palavras derivadas de outras que são grafadas com J: nojento (nojo),
desajeitado (jeito)...
 

Emprego do S e Z
 Grafam-se com Z:
o As palavras derivadas terminadas em zal, zeiro, zinho(a): cafezal, cinzeiro,
cafezinho
o Derivadas de palavras cujo radical termina em Z: cruzeiro (cruz), enraizar
(raiz)...
o Verbos formados com o sufixo -IZAR e cognatos: fertilizar, fertilizante,
civilizar, civilização...
 

 Grafam-se com S som de Z:


o Adjetivos com os sufixos -OSO, -OSA: gostoso, teimosa...
o Substantivos com os sufixos -ESE, -ISA, -OSE: catequese, poetisa,
metamorfose...
o Verbos derivados de palavras cujo radical termina em S: analisar
(análise), atrasar (atrás)...
o Formas dos verbos pôr e querer e seus derivados: pusemos, quisemos... 
 
Sufixos ÊS e EZ
O sufixo -ês forma adjetivos derivados de substantivos concretos: montanhês (montanha),
francês (França)...
O sufixo -ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: acidez (ácido),
rapidez (rápido)...
 

Sufixos ESA e EZA


 Escreve-se -ESA:
o Substantivos cognatos de verbos terminados em -ender: defesa
(defender), presa (prender)...
o Substantivos femininos que designam títulos de nobreza: baronesa,
duquesa, princesa...
o Nas formas femininas de adjetivos terminados em -ês: montanhesa,
francesa...
 

 Escreve-se com -EZA:


o Substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e que denotam
qualidade ou estado: beleza (belo), pobreza (pobre)...
 

Verbos terminados em ISAR ou IZAR


Escreve-se -isar quando o radical dos nomes correspondentes termina em S: avisar
(aviso), pesquisar (pesquisa); caso contrário, grafa-se -izar: civilizar (civil + izar), motorizar
(motor + izar)...

X ou CH
 Usa-se X, geralmente, após ditongos: caixa, baixo, ameixa; e após a sílaba inicial
-en: enxada, enxame, enxaqueca...
 Usa-se CHem vocábulos como bucha, chuchu, fachada, flecha...

Parônimos e Homônimos

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Parônimos
Parônimos são palavras que têm:
 SOM parecido
 SIGNIFICADO e GRAFIA diferentes
Veja alguns:
ALTO (altura) – Homem alto.
AUTO (carro) – Troquei meu auto.
DESCRIÇÃO - ato de descrever.
DISCRIÇÃO - ato de ser discreto.
EMIGRANTE - alguém que sai de um país ou região.
IMIGRANTE - alguém que chega a um país ou região.
MAL – oposto de BEM.
MAU – oposto de BOM.
VIAGEM – substantivo.
VIAJEM – verbo VIAJAR conjugado na 3ª pessoa.
TRÁFEGO – trânsito.
TRÁFICO – comércio ilegal.
 

Homônimos
Homônimos são palavras que têm:
 SOM e GRAFIA iguais
 SIGNIFICADO diferente
Veja alguns:
SÃO – verbo ser conjugado na 3ª pessoa.
SÃO – adjetivo relativo a SADIO.
SÃO – relativo a SANTO (São Paulo).
SER – verbo.
SER – substantivo.
CEDO – verbo ceder.
CEDO – advérbio.
AULA 3

Uso dos porquês

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POR QUE
Início de pergunta. Exemplo:
Por que você se atrasou hoje?
 

PORQUE
Usado para respostas. Exemplo:
Atrasei-me porque tive um imprevisto.
 

POR QUÊ
Final de perguntas. Exemplo:
Você se atrasou hoje, por quê?
 

PORQUÊ
É um substantivo e equivale a MOTIVO, sendo antecedidopelo artigo O. Exemplo:
Qual o porquê de você ter se atrasado?(ou seja, “Qual o MOTIVO de você ter se
atrasado?”)
AULA 4
Mas e Mais

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MAIS
Indica INTENSIDADE, ADIÇÃO. Exemplos:

 Gosto mais de você.


 Preciso fazer mais viagens.
 

MAS
Indica uma ADVERSIDADE, ou seja, uma oposição entre dois fatos, e equivale a
PORÉM. Exemplos:

 Estudei bastante, mas fui mal na prova.


 Corri, mas não cheguei a tempo.
AULA 5

Novo Acordo Ortográfico

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Alfabeto
A partir da nova regra ortográfica, entram oficialmente para nosso alfabeto as letras K, W e
Y.
 

Trema
Com o novo acordo ortográfico o trema deixou de existir em todas as palavras da língua
portuguesa. Então:
 Ambigüidade, fica AMBIGUIDADE
 Lingüiça, fica LINGUIÇA
 Pingüim, fica PINGUIM
 Seqüestro, fica SEQUESTRO
 etc...
 

Ditongo aberto
Na Nova Ortografia, deixaram de existir os acentos nos ditongos abertos (EI e OI) das
palavras paroxítonas. Sendo assim:
 Heróico, fica HEROICO
 Européia, fica EUROPEIA
 Idéia, fica IDEIA
 Assembléia, fica ASSEMBLEIA
 etc...
 

Hiato
Deixaram de existir também os acentos circunflexos nos hiatos formados pela duplicação
das vogais E e O. Assim:
 Vôo, fica VOO
 Perdôo, fica PERDOO
 Vêem, fica VEEM
 Lêem, fica LEEM
 etc...
 

Acento diferencial
Os acentos diferenciais eram usados para distinguir duas palavras iguais, mas com
significados diferentes, como PÁRA (do verbo parar) e PARA (preposição). Porém, agora
deixam de existir tanto neste caso quanto em PÊLO (substantivo) e PELO (preposição), por
exemplo.
OBS: A nova regra não se aplica a:
 PÔDE, verbo “poder” no passado, que mantém o acento para se diferenciar de
PODE, o mesmo verbo, só que no presente;
 PÔR, verbo, que mantém o acento para se diferenciar de POR, preposição.
 

I e U tônicos
A letra U deixa de ser acentuada nas sílabas QUE, QUI, GUE e GUI de verbos como
“apaziguar” (antes APAZIGÚE, agora APAZIGUE) e “averiguar” (antes AVERIGÚE,
agora AVERIGUE). 
Além disso, as paroxítonas que têm a letra I ou U tônicas antecedidas por ditongos, como a
palavra “FEIÚRA”, também não são mais acentuadas (agora, FEIURA). 
 

Hífen (-)
Regra Geral
 Prefixo termina com a mesma letra com a qual o sufixo começa (letras iguais):
separa com hífen.
Ex: anti-inflamatório, arqui-inimigo
 
 Prefixo termina com uma letra diferente da qual o sufixo começa (letras
diferentes): junta.
Ex: semicírculo, extraoficial
Casos Particulares
 Sufixo iniciado por H, separa:
Ex: pré-história, anti-higiênico, super-homem
 
 Prefixo termina em vogal e sufixo se inicia por R ou S: junta e dobra o R ou S:
Ex: minissaia, contrarregra
OBS: Quando dois R ou S se encontrarem, permanece a regra geral - letras iguais, separa.
Ex: super-requintado                        
O Hífen Permanece
 Após os prefixos EX e VICE.
Ex: ex-namorado, vice-presidente
 
 Após os prefixos PÓS, PRÉ E PRÓ (acentuados).
Ex: pós-graduação, pré-escolar
 
 Após o prefixo PAN seguido de vogal.
Ex: pan-americano

USO DOS PRONOMES PESSOAIS

São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso.

Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós,


você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à
pessoa ou às pessoas de quem fala.

Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo
ser do caso reto ou do caso oblíquo.

Pronome Reto

Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função


de sujeito ou predicativo do sujeito. Por exemplo:

Nós lhe ofertamos flores.

Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa,


sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa
forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular: eu

- 2ª pessoa do singular: tu

- 3ª pessoa do singular: ele, ela

- 1ª pessoa do plural: nós

- 2ª pessoa do plural: vós

- 3ª pessoa do plural: eles, elas

Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-
padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui",
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na
língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".

Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso


se dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas
do verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo:

Fizemos boa viagem. (Nós)


Pronome Oblíquo

Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de


complemento verbal (objeto direto ou  indireto) ou complemento nominal. Por exemplo:

Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)

Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso
reto. Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto
marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração.

Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem,


podendo ser átonos ou tônicos.

REGÊNCIA VERBAL

1. Assistir
a) com o sentido de ver exige preposição:
Que tal assistirmos ao filme?
b) com o sentido de dar assistência não exige preposição:
Sempre assistiu pessoas mais velhas.
c) com o sentido de pertencer exige preposição:
Assiste aos prejudicados o direito de indenização.
No último quadrinho Calvin fala corretamente "assistir ao vídeo"
2. Chegar
O verbo chegar é regido pela preposição “a”:

Chegamos ao local indicado no mapa.


Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em” nas
conversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa.
3. Custar
a) com o sentido de ser custoso exige preposição:
Aquela decisão custou ao filho.
b) com o sentido de valor não exige preposição:
Aquela casa custou caro.
4. Obedecer
O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:

Obedeça ao pai!
Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça
o pai!
5. Proceder
a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:
Essa sua desconfiança não procede.
b) com o sentido de origem exige preposição:
Essa sua desconfiança procede de situações passadas.
6. Visar
a) com o sentido de objetivo exige preposição:
Visamos ao sucesso.
Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja, como
verbo transitivo direto: Visamos o sucesso.
b) com o sentido de mirar não exige preposição:
O policial visou o bandido à distância.
7. Esquecer
O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição:

Esqueci o meu material.


No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu
material.
8. Querer
a) com o sentido de desejar não exige preposição:
Quero ficar aqui.
b) com o sentido de estimar exige preposição:
Queria muito aos seus amigos.
9. Aspirar
a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:
Aspirou todo o escritório.
b) com o sentido de pretender exige preposição:
Aspirou ao cargo de ministro.
10. Informar
O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e outro com
preposição:

Informei o acontecimento aos professores.
11. Ir
O verbo ir é regido pela preposição “a”:

Vou à biblioteca.
12. Implicar
a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo não exige
preposição:
O seu pedido implicará um novo orçamento.
b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo exige preposição:
Implica com tudo!
13. Morar
O verbo morar é regido pela preposição “em”:

Mora no fim da rua.


14. Namorar
O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem sempre seguido de
preposição:

Namorou Maria durante anos.


"Namorou com Maria durante anos" não é gramaticalmente aceito.
15. Preferir
O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim:

Prefiro carne a peixe.
16. Simpatizar
O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com":

Simpatiza com os mais velhinhos.


17. Chamar
a) com o sentido de convocar não exige complemento com preposição:
Chama o Pedro!
b) com o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição:
Chamou ao João de Mauricinho.
Chamou João de Mauricinho.
Chamou ao João Mauricinho.
Chamou João Mauricinho.
18. Pagar
a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:
Paga o sorvete?
b) quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição:
Paga o sorvete ao dono do bar.
 PONTUAÇÃO
Sinais de pontuação Usos

- Nunca usar entre:

 Sujeito e verbo
 Verbo e objeto
 Nome e complemento nominal
 Substantivo e adjunto adnominal
- Casos de uso:

 Aposto explicativo
 Adjunto adverbial deslocado
Vírgula  Predicativo deslocado
 Objetos pleonásticos
 Anacoluto
 Zeugma verbal
 Vocativo
 Expressões explicativas, retificativas e conclusivas
 Conjunções deslocadas
 Orações subordinadas substantivas apositivas
 Orações subordinadas adjetivas explicativas
 Orações subordinadas adverbiais deslocadas
 Orações coordenadas, exceto as aditivas

Ponto e vírgula  Separar estruturas coordenadas com vírgulas internas


 Enumerações em tópicos

 Introduzir discurso direto


Dois-pontos
 Introduzir citação
 Introduzir comentários, explicações ou enumerações

Ponto de interrogação
 Introduzir frases interrogativas diretas

Ponto de exclamação
 Indicar exaltação na fala de personagens

 Indicar corte de trechos em citações


Reticências
 Indicar pausas ou interrupções no discurso
 Indicar que o sentido vai além do que está escrito

Parênteses  Indicar rubrica (informações cênicas no teatro)


 Indicar uma informação acessória

Travessão  Indicar discurso direto


 Dar ênfase a trechos de textos
 Citação direta
 Discurso direto
Aspas
 Neologismos
 Estrangeirismos
 Palavras em sentido figurado (conotativo)

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