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eHO-101
ALUNO
EDIÇÃO/ANO: 1/2020
CRÉDITOS:
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - EPUSP
DIRETORA: LIEDI LEGI BARIANI BERNUCCI
PP – PROFESSOR PRESENCIAL
- SÉRGIO MÉDICI DE ESTON
- LEÔNIDAS PANDAGGIS
- CRISTIANE QUEIRÓZ B. LIMA
Equipe Técnica
Equipe Administrativa
- NEUSA GRASSI DE FRANCESCO
- CRISTIANE FIDELIS SOARES RIOS
- FERNANDA GABRIELA DE CAMARGO LOPES
- RAFAEL DA SILVA CRUZ
“Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou
processo, sem a prévia autorização de todos aqueles que possuem os direitos autorais sobre este
documento”.
SUMÁRIO
i
SUMÁRIO
OBJETIVOS DO ESTUDO
das fábricas”, cuja disseminação era facilitada pelas más condições do ambiente de
trabalho e pela grande concentração e promiscuidade dos trabalhadores).
Tal dramática situação dos trabalhadores não poderia deixar indiferente a opinião
pública, e por essa razão criou-se, no parlamento britânico, sob direção de sir Robert
Peel, uma comissão de inquérito que, após longa e tenaz luta, conseguiu que em 1802
fosse aprovada a primeira lei de proteção aos trabalhadores: a “Lei de Saúde e Moral dos
Aprendizes”, que estabelecia o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho
noturno, obrigava os empregadores a lavar as paredes das fábricas duas vezes por ano,
e tornava obrigatória a ventilação destas.
Em 1830, quando as condições de trabalho das crianças ainda se mostravam
péssimas, a despeito dos diversos documentos legais, o proprietário de uma fábrica
inglesa, que se sentia perturbado diante das péssimas condições de trabalho dos seus
pequenos trabalhadores, procurou Robert Baker, famoso médico inglês, pedindo-lhe
conselhos sobre a melhor forma de proteger a saúde dos mesmos. Baker dedicava parte
do seu tempo a visitar fábricas e tomar conhecimento das relações entre trabalho e
doença, o que levou o governo britânico, quatro anos mais tarde, a nomeá-lo Inspetor
Médico de Fábricas. Assim, diante do pedido do empregador inglês, aconselhou-o a
contratar um médico da localidade em que funcionava a fábrica de modo a visitar
diariamente o local de trabalho e estudar a sua possível influência sobre a saúde dos
pequenos operários, que deveriam ser afastados de suas atividades profissionais tão
logo fosse notado que estas estivessem prejudicando a sua saúde. Surgia, assim, o
primeiro serviço médico industrial em todo o mundo.
Em 1831, uma comissão parlamentar de inquérito, sob a chefia de Michael Saddler,
elaborou um cuidadoso relatório, que concluía da seguinte maneira: “Diante desta
Comissão desfilou longa procissão de trabalhadores – homens e mulheres, meninos e
meninas. Abobalhados, doentes, deformados, degradados na sua qualidade humana,
cada um deles era clara evidência de uma vida arruinada, um quadro vivo da crueldade
do homem para com o homem, uma impiedosa condenação daqueles legisladores que,
quando em suas mãos detinham poder imenso, abandonaram os fracos à capacidade
dos fortes”. O impacto deste relatório sobre a opinião pública foi tremendo, e assim, em
1833, foi baixado o Factory Act, que deve ser considerada como a primeira legislação
realmente eficiente no campo da proteção ao trabalhador. Aplicava-se a todas as
empresas têxteis onde se usasse força hidráulica ou a vapor; proibia o trabalho noturno
aos menores de 18 anos e restringia as horas de trabalho destes, a 12 por dia e 69 por
semana; as fábricas precisavam ter escolas, que deviam ser frequentadas por todos os
trabalhadores menores de 13 anos; a idade mínima para o trabalho era de 9 anos, e um
médico devia atestar que o desenvolvimento físico da criança correspondesse à sua
idade cronológica.
Até a primeira guerra mundial, perdurou esta situação com alguns intentos isolados
para controlar os acidentes e doenças ocupacionais, sendo que a conflagração marcou o
início dos primeiros intentos científicos de proteção ao trabalhador, estudando-se as
doenças dos trabalhadores, as condições ambientais, a distribuição assim como o
desenho das máquinas e equipamentos, as proteções necessárias para evitar acidentes
e incapacidades, etc.
Este movimento prevencionista consegue a sua maturidade durante a segunda
guerra mundial, quando os países em luta compreenderam que o vencedor seria aquele
que tivesse uma melhor capacidade industrial, e para isto, conseguisse manter um maior
número de trabalhadores em produção ativa.
Como pudemos ver, o prevencionismo evoluiu lentamente através dos tempos,
caracterizando-se, inicialmente, por ações eminentemente médicas. Mesmo quando as
primeiras leis de amparo à infortunística foram decretadas, o seu objetivo foi restrito à
reparação dos danos causados pelo trabalho; surgiu toda uma legislação social de
“reparação” de danos (lesões). Dessa forma, o seguro social (Previdência Social)
realizava e realiza ações assegurando o risco de acidentes, ou melhor dizendo, o risco de
lesões.
Por outro lado, já no nosso século, iniciaram-se as ações complementares e
necessariamente básicas do prevencionismo, ou seja, era óbvio, como ainda hoje nos é,
que além de se reparar os danos causados pelos acidentes, era necessário evitar a sua
ocorrência.
1.1.2. OS ANOS 60
A preocupação com todos os tipos de acidentes e as considerações
econômicas.
Até então, a preocupação era limitada à prevenção dos acidentes-tipo, ou acidentes
pessoais, ou simplesmente acidentes, pois não havendo lesão, não existia o conceito (do
ponto de vista legal, também não existe o acidente sem acidentado).
Surgiram então, teorias que foram e ainda são importantes, mostrando que ao se
fechar os olhos para os acidentes sem lesão (apenas com danos materiais), perde-se em
prevenção, pois o que é realmente aleatório deste fato chamado acidente é o seu
resultado (só lesão, só dano material, só dano econômico ou qualquer combinação
destes).
O acidente não é aleatório na sua chance de ocorrer, pois persistindo riscos, ele
ocorrerá.
O acidente é, porém, aleatório no momento de sua ocorrência e na tipologia dos
danos consequentes.
A vantagem em se estudar todos os tipos de acidentes era justamente poder
detectar um maior espectro de riscos, e assim aperfeiçoar a prevenção.
As teorias buscavam também, com razão, atrair o empresário para a prevenção,
mostrando que as perdas materiais e econômicas dos acidentes eram muito maiores do
que se imaginava e que sua redução era possível. Mais ainda, tal redução passava pela
tecnologia da Engenharia de Segurança, aliada à nova visão que as teorias planejavam
adicionar.
As duas principais teorias surgidas na década foram:
• Controle de Danos: Em 1966, o norte americano Frank Bird Jr. concluiu um
estudo de 90.000 acidentes (75.000 com danos à propriedade), ocorridos em
uma empresa metalúrgica durante 7 anos, e que serviram de base para sua
teoria chamada “Controle de Danos”. Um programa de Controle de Danos
requer a identificação, registro e análise de todos os acidentes com danos à
propriedade, cujos custos devem ser determinados e cuja análise deve
desencadear ações preventivas. O programa tinha uma vertente forte na
mudança de cultura (ou seja, acidentes sem lesionados passariam a ser
(Análise Preliminar de Riscos), por exemplo, foi desenvolvida e tornada obrigatória após
os acidentes com o sistema de mísseis Atlas. As árvores de falhas, pelos riscos de um
lançamento não autorizado dos mísseis Minuteman.
Na área de processos, a busca por plantas mais seguras foi alavancada e
consolidada por acidentes sérios, como Flixborough, Seveso, Bhopal. As técnicas mais
importantes, que daí surgiram, foram o HAZOP (Estudo de riscos e operabilidade) e o
What If (Técnica E SE...).
É importante observar que as técnicas, especialmente as de segurança de
sistemas, foram gradualmente passando para a área “civil” de riscos já nos anos
sessenta. Os primeiros artigos em revistas de segurança do trabalho foram
provavelmente os de Recht, em 1966, na “National Safety News” norte-americana. A
forma mais técnica e estruturada de se analisar riscos, a maior objetividade e
sistematização eram um fato novo no mundo prevencionista, e, aos poucos, as técnicas
se disseminaram nas empresas. Elas também geraram variantes mais simples ou
adaptações que podem ser identificadas em estudos ocupacionais, como a ART (análise
de riscos no trabalho) e a própria “Árvore de Causas”, uma aplicação ocupacional da
técnica SR (Série de Riscos).
Observe-se que na Segurança de Sistemas há mais de 20 técnicas disponíveis,
algumas muito específicas (ver referências bibliográficas, Willie Hammer).
Em 1979, Mario Fantazzini e Francesco De Cicco lançaram pela Fundacentro a
primeira obra em língua portuguesa no Brasil sobre Segurança de Sistemas, com as
ferramentas de Análise de Riscos supracitadas e outros conceitos.
TRABALHISTA
É a que mais deve saber. Essencialmente, as Normas Regulamentadoras, mas
também na própria CLT há pontos que o dia - a - dia irá requerer atenção. As portarias da
SSST (Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho), que alteram as NR’s, devem ser
conhecidas na íntegra. Possui acesso pela Internet.
PREVIDENCIÁRIA
É a segunda mais importante, pois se relaciona (muitas vezes de forma negativa)
com a trabalhista. Define os eventos resultantes dos acidentes, as prestações
econômicas derivadas e, especialmente, a questão das aposentadorias especiais e dos
laudos a serem emitidos para tal. Em alguns casos, pode ser uma das tarefas
preponderantes do profissional. Deve-se esperar grandes necessidades de envolvimento.
AMBIENTAL
A legislação ambiental não pode passar despercebida, pois há vários pontos de
interseção. Lembrar que o ruído da empresa, após ser um problema ocupacional, escapa
aos limites da planta e vai ser um problema ambiental (por exemplo).
NÍVEIS LEGISLATIVOS
Em todos os campos, deve-se estar atento não apenas à legislação federal, mas
também às estaduais e municipais. Atenção, por exemplo, em São Paulo, com a “lei do
PSIU” – Programa de Silêncio Urbano”.
Assim, o cliente comprará meu produto, mas quer estar certo (os seus acionistas
querem saber) de que meu sistema produtivo não agride o meio-ambiente; isto pode ser
evidenciado porque eu possuo um sistema de gestão de qualidade ambiental.
Assim, a venda de qualquer produto ou serviço pode estar sendo crescentemente
condicionada a aspectos que inicialmente não aparentam ser essenciais à produção,
como a gestão ambiental. Isto já é uma realidade.
Um terceiro nível nesta questão é a demanda por Sistemas de Gestão de
Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO).
1.2. TESTES
1. Quando e onde foram escritas as primeiras referências relacionadas a
problemática dos acidentes e doenças ocupacionais?
a) 1720 a.C, Índia.
b) 1230 a.C, China.
c) 1450 a.C, Grécia.
d) 2360 a.C, Egito.
e) 2130 a.C, Prússia.
Feedback: item 1.1.1.
3. Qual o livro que delegou o título de “Pai da Medicina do Trabalho” ao seu autor?
a) De Re Metallica.
b) Papiro Seller II.
c) Dos Ofícios e das Doenças das Montanhas.
d) Acidentes e Doenças Ocupacionais.
e) De Morbis Artificum Diatriba.
Feedback: item 1.1.1.
4. Qual item não se encontrava na primeira lei de proteção aos trabalhadores: “Lei
de Saúde e Moral dos Aprendizes”?
a) Proibição do trabalho para menores de 14 anos.
b) Lavagem das paredes das fábricas duas vezes por ano.
c) Limite de 12 horas de trabalho diário.
d) Proibição do trabalho noturno.
e) Obrigatória a ventilação das fábricas.
Feedback: item 1.1.1.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Nota:
Como tônica deste texto, é importante acompanhar o desenvolvimento nos EUA,
pois coincide basicamente com o desenvolvimento da própria Higiene Ocupacional, não
só em termos de progresso, mas também como atuação técnico-legal e das organizações
públicas. Isto não retira méritos de outros países, especialmente europeus, mas,
principalmente nas primeiras décadas do século, o desenvolvimento nos EUA é uma
medida boa do andamento global da disciplina.
várias delas. Desde a criação da União Europeia, várias diretivas prevencionistas para os
ambientes de trabalho, baseadas em critérios modernos de caracterização de riscos.
A adoção também de programas de qualidade industrial, tais com ISO 9000, 18000
e outras de gestão ambiental afetou também abordagem dos riscos ocupacionais,
contribuindo para a melhoria dos ambientes de trabalho.
Hoje em dia, os esforços da Higiene Ocupacional nos EUA são guiados pela
consideração dos riscos (hazards), mais do que pelas doenças.
2.6. CONTROLE
• O controle dos riscos necessita da abordagem tecnológica, ou seja, medidas de
engenharia, complementadas por outras administrativas e pessoais;
• O conceito de controle na fonte, no ambiente (trajetória) e no trabalhador foi
introduzido pela primeira vez, de forma abrangente, por Ulrich Ellenborg, em
1473;
• A história da ventilação industrial e da proteção respiratória é de particular
interesse para os higienistas.
• Agrícola, em 1561, enfatizou a necessidade de ventilação das minas incluindo
ilustrações de dispositivos para forçar o ar terra abaixo;
• O primeiro projeto de ventilação registrado foi o de D’Arcet no início dos 1800.
Havia um captor em uma fornalha, ligado a uma chaminé alta que tinha uma
forte tiragem (vazão por diferença natural de densidade);
• A lei inglesa das fábricas de 1864 exigia ventilação “suficiente”, mas só em
1867 os inspetores tiveram poder de exigir ventiladores e outros meios
mecânicos;
• Em 1951 a ACGIH publica a primeira edição do “Industrial Ventilation”, a "bíblia"
da ventilação industrial de controle para a higiene ocupacional. Sua importância
nunca poderá ser devidamente enfatizada;
• Quanto à proteção respiratória, nota-se desde Leonardo da Vinci (1452-1519),
com a recomendação de tecidos umedecidos contra os agentes químicos de
guerra;
• Nos 1800, a compreensão das separações entre partículas e gases permitiu
avanços. Em 1814 desenvolveu-se o precursor do filtro de partículas dentro de
• A AIHA foi formada em 1939. Havia 160 membros em 1940, e mais de 13.000
em 1996. Possui 93 seções locais nos EUA e em 3 outros países. A revista
(AIHAJournal) apareceu em 1946.
• IOHA - International Occupational Hygiene Association, é uma associação de
associações, da qual faz parte a ABHO:
• ABHO – Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais. Fundada em 23 de
agosto de 1994, congrega os higienistas ocupacionais no país e é a única
organização brasileira dessa categoria profissional reconhecida pela IOHA.
2.9. TESTES
1. Qual foi o evento divisor de águas para a Higiene e a Medicina Industrial?
a) Testar riscos.
b) Reconhecer riscos.
c) Avaliar riscos.
d) Antecipar riscos.
e) Controlar riscos.
5. Qual a relação de riscos, aceita pela Corte Suprema Americana, para a morte ao
nível de um certo PEL (permissible exposure limit), durante a vida laboral, para
substâncias químicas?
a) 1 para 10.
b) 1 para 100.
c) 1 para 500.
d) 1 para 1000.
e) 1 para 10000.
OBJETIVOS DO ESTUDO
bactérias e fungos. Notar que merecem uma ação bem diversa em relação a
dos outros agentes, e que muitas formas de controle serão específicas;
• Para bem realizar a antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle
dos agentes ambientais são necessárias múltiplas ciências, tecnologias e
especialidades. Para a avaliação e o controle, é importante a engenharia; na
avaliação, também se exige o domínio dos recursos instrumentais de laboratório
(química analítica); no entendimento da interação dos agentes com o
organismo, a bioquímica, toxicologia e a medicina. A compreensão da
exposição do trabalhador (este termo é fundamental) a um certo agente passa
pelas características físicas e/ou químicas dos agentes e o uso dessas ciências
básicas;
• O reconhecimento é um alerta; a adequada avaliação deve levar a uma
decisão de tolerabilidade; os riscos intoleráveis devem sofrer uma ação de
controle;
• Para se conhecer sobre a intolerabilidade, valores de referência devem existir.
É o conceito dos limites de exposição (legalmente, limites de tolerância);
• O objetivo último da atuação em higiene ocupacional, uma vez que nem
sempre se pode eliminar os riscos dos ambientes de trabalho, é o de se reduzir
a exposição média de longo prazo (parâmetro recomendado de comparação)
de todos os trabalhadores, a todos os agentes ambientais, a valores abaixo do
nível de ação. Veja que começaram a surgir outros conceitos, que devem ser
definidos a seu tempo. Uma exposição estatisticamente definida, a um processo
razoavelmente estável, e que é avaliada e considerada abaixo do nível de ação,
é um objetivo básico na higiene (todavia, todas as exposições devam ser
mantidas tão baixas quanto razoavelmente exequível);
• Nem todos os agentes são medidos apenas por sua ação de longo prazo,
sendo também importantes as exposições agudas (curto prazo). Pode-se
perceber que devem variar aqui os objetivos e formas de avaliação da
exposição.
3.2.3. ERGONOMIA
Como também é eminentemente multidisciplinar, a ergonomia apresenta várias
interações, pois os mesmos agentes ambientais que significam risco na higiene serão
fatores de desconforto na ergonomia (ruído, calor, iluminação). Não se deseja aqui limitar
a ergonomia à questão do conforto, pois há muitas inadequações ergonômicas que
geram doenças, mas os exemplos dados evidenciam a interdisciplinaridade que existe.
OM RISCO POT
AMBIENTE DE TRABALHO
☺
exposição
alteração
☺
recuperação
(AFASTAMENTO)
tratamento
#
Texto extraído do livreto da ACGIH.
3.7.1.7. Manutenção
Rigorosamente, não se pode considerar este como um método de prevenção no
sentido estrito da palavra, mas constitui parte e complemento especialmente importante
de qualquer dos anteriores, não só quando se trata dos equipamentos de controle de
riscos ambientais, mas também de equipamentos e instalações em geral na empresa.
É frequente, devido ao pouco conhecimento do industrial de seus problemas
ambientais, que a ação das medidas adotadas se esterilize com o tempo, por falta de
3.13. TESTES
1. O texto sobre a conceituação e evolução da higiene ocupacional, de Vernon
Rose, expõe que:
a) A ação da higiene está baseada no reconhecimento da doença associada ao
trabalho e ao acionamento do médico.
b) A ação da higiene reside numa alteração deliberada do ambiente de trabalho
visando a prevenção da doença.
c) A ação da higiene reside no tratamento das doenças do trabalho e de saúde
pública.
d) A ação da higiene está focada na premissa de “acidente zero/doença zero”.
e) A ação da higiene está condicionada exclusivamente a experiência do gestor de
SSO.
Feedback: item 3.1.1.
7. Qual das alternativas abaixo não faz parte da área de atuação do Higienista
Ocupacional?
a) Tratamento de doenças ocupacionais.
b) Desenvolvimento de programas de prevenção de riscos ambientais.
c) Assessoramento de entidades de classe, patronais ou de trabalhadores, em
questões ocupacionais.
d) Docência de temas ocupacionais ligados à higiene e na formação de
profissionais ocupacionais.
e) Desenvolvimento de programas de prevenção segundo normativas corporativas.
Feedback: item 3.9.
8. Para uma determinada exposição há pessoas que podem não estar protegidas
mesmo a concentração estando abaixo do LE.
Esta afirmação é:
a) Verdadeira.
b) Falsa.
Feedback: item 3.5.1.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Nota: O conteúdo deste capítulo foi extraído do livro a ser publicado pelo professor
Sérgio Médici de Eston.
4.1.1. A CÉLULA
A célula é o tijolo fundamental da vida. É uma pequena estrutura, em geral com
diâmetro inferior a 25 m, e, portanto, muito pequena para ser vista pelo olho humano.
Formas muito simples de vida, como amebas e bactérias, são compostas de uma única
célula. Todavia o corpo é formado por trilhões de células, cada uma especializada numa
função particular.
Nota 4.1.
4.1.2.1. Inalação
A inalação é uma das formas mais comuns pela qual substâncias perigosas entram
no corpo humano e os problemas de poluição atmosférica colocaram em evidência a
necessidade de se ter mais informações básicas sobre os pulmões.
Os pulmões podem ser divididos nas seguintes áreas principais (figura 4.2):
• Sistema respiratório;
• Estrutura e tecidos conectivos;
• Macrófagos alveolares.
Nota 4.2.
relação abaixo.
4.1.2.2. Absorção
A absorção pela pele é outra forma comum de entrada de substâncias tóxicas. A
pele pode ser considerada o maior órgão do corpo e sua extensa superfície pode entrar
em contato direto com substâncias nocivas.
A pele protege os órgãos internos do ambiente externo, sendo sua camada exterior
composta de células mortas e endurecidas que são resistentes aos contatos do dia a dia.
Ela contém múltiplas estruturas que participam ativamente de uma série de mecanismos
do corpo, tais como:
• Glândulas sudoríparas, que ajudam a resfriar o corpo quando o ambiente é
muito quente;
• Glândulas sebáceas, que produzem óleos que repelem a água;
• Uma rede de vasos capilares sanguíneos que tem papel chave no controle da
temperatura corporal. Estes capilares se expandem no calor, ajudando na perda
por radiação pelo ar, contraindo-se no frio de modo a conservar calor no corpo;
4.1.2.3. Ingestão
Uma terceira e importante via de entrada de substâncias tóxicas ocorre através da
boca e do trato digestivo. O trato digestivo é um tubo contínuo que se inicia na boca e
termina no ânus, como ilustrado na figura 4.3.
4.1.2.4. Injeção
Substâncias nocivas podem penetrar no corpo humano através de injeção. Por
exemplo, trabalhadores de hospitais operando com seringas contaminadas podem
acidentalmente injetar vírus em seu próprio corpo.
O processo de imunização envolve a deliberada injeção de antígenos no corpo, de
modo que o sistema imunológico reaja produzindo anticorpos que neutralizem a invasão
e protejam o organismo da suscetibilidade de uma futura invasão pelo mesmo agente.
juntamente com o cérebro faz parte do sistema nervoso e uma parte deste, que se
estende a zonas mais externas, é chamada de sistema nervoso periférico.
Nota 4.3.
ampla gama de problemas que vão desde alterações incontroláveis de humor até
não têm origem numa fonte externa. A fadiga muscular deriva da produção de
ácido láctico.
4.1.4.1. O Fígado
O fígado pode ser considerado a fábrica química do corpo. Suas células contêm
enzimas que podem converter certas substâncias tóxicas em formas e compostos mais
fáceis de serem manipulados pelo corpo.
4.1.4.2. Os rins
Os rins agem como uma espécie de filtro para todas as substâncias do sangue.
Estão localizados nas costas, logo abaixo da cavidade torácica. Cada um tem cerca de
12 cm de comprimento por 5 cm de largura, com mais de um milhão de pequenos filtros.
Cada filtro limpa o sangue, removendo um grupo de impurezas que são depositadas na
urina. A urina passa então por pequenos dutos chamados de túbulos que compõem o
sistema tubular renal. Neste sistema são monitorados o nível de ácido e a quantidade de
água no corpo, deixando-os em equilíbrio. Dos túbulos a urina passa pelo ureter e desta
à bexiga, a qual controla a sua saída do corpo. A figura 4.5. ilustra os rins, a uretra e a
bexiga.
7. Um solvente se evaporou numa sala, gerando 51,3 litros de vapor. A sala tem
dimensões de 12 x 10 x 8 m. Assumindo que não tenham ocorrido alterações do ar
da sala, a concentração do contaminante na sala em partes por milhão é mais
próxima de:
a) 1.
b) 5.
c) 50.
d) 100.
e) 500.
Feedback: Volume = 12*10*8 = 960 m3 / 51,3 litros = 0,0513 m3 / 0,0513/960 =
53,44*10 m6
4.3.1.1. Carcinogênicos
São denominados de carcinogênicos as substâncias ou agentes físicos que podem
causar câncer em seres humanos. No Canadá, cerca de 40% da população terá uma ou
outra forma de câncer, que é a segunda causa de morte atrás apenas de doenças do
coração e ataques cardíacos.
A maioria dos tipos de câncer causa crescimento anormal da célula, o que no final
acaba causando danos às células e aos órgãos. Na célula, o DNA, que controla o
crescimento, inicialmente causa um crescimento anormal e fora de controle. As células
formam então um tumor maligno em expansão, o qual depois se espalha por outras
partes do corpo, podendo finalmente levar à morte. Alguns compostos encontrados nos
locais de trabalho têm a habilidade de alterar a estrutura do DNA e são chamados de
carcinogênicos.
Um câncer não se desenvolve usualmente após apenas uma exposição a um
agente carcinogênico. Em geral, decorre-se um tempo entre 10 a 30 anos para que o
câncer se desenvolva, mas existem casos de menos tempo. Portanto, é possível que o
processo da doença já se tenha iniciado após a exposição ao carcinogênico e que o
trabalhador não tenha consciência disto.
4.3.1.4. Inalação
A granulometria mais perigosa para partículas inaladas é de 0,5 a 7 m, pois nesta
faixa elas são pequenas demais para serem vistas e conseguem burlar os sistemas de
defesas atingindo o pulmão. Uma vez no pulmão, estas pequeninas partículas podem
causar grandes danos nos alvéolos. Forma-se uma carapaça impermeável à troca de
oxigênio, iniciando-se o processo de doença, com severa diminuição da habilidade de
respirar e do fôlego. Estas doenças apresentam nomes específicos como asbestose,
silicose e CWP (“Coal Workers Pneumoconiosis” ou pneumoconiose dos trabalhadores
de carvão). O termo geral pneumoconiose se refere a doenças pulmonares geradas por
material particulado, já que “pneumo” se refere a ar e “conio” a partículas.
Gases, vapores, névoas, neblinas e fumos podem entrar na corrente sanguínea
através dos pulmões. Além disso, fumos de solda, névoas ácidas ou gases de exaustão
de caminhões podem estimular as defesas pulmonares, forçando produção de grandes
quantidades de muco e catarro e gerando uma situação de invalidez conhecida como
bronquite crônica. As mesmas substâncias podem destruir os delicados sacos de ar do
pulmão causando enfisema.
Devido ao fato de os pulmões terem um contato tão íntimo com tantos poluentes
nos locais de trabalho, eles são o alvo principal dos carcinogênicos ocupacionais. A
tabela 4.1. apresenta materiais e agentes que causam ou são suspeitos de causar câncer
pulmonar.
4.3.1.5. Absorção
Uma substância pode ser absorvida pela pele e ser transportada para outra parte
do corpo, ou pode causar dano no próprio ponto de entrada na pele. Doenças da pele
industriais representam entre 50% e 75% de todos os pedidos de indenização por
doenças ocupacionais no Canadá.
A dermatite é uma inflamação da pele que pode ser causada por centenas de
substâncias existentes nos locais de trabalho, tais como tintas, solventes, resinas epóxi,
ácidos, materiais cáusticos e metais. Ela se apresenta como um vermelhão, ou como
coceira, ou como descascamento da pele. Existem 2 tipos de dermatite:
• Dermatite de irritação primária (dermatite de contato);
• Dermatite de sensibilização (dermatite alérgica).
A dermatite de irritação primária é causada por fricção, calor ou frio, álcalis, gases
irritantes e vapores. Um rápido contato com estes agentes em alta concentração ou
contatos repetidos e prolongados a baixas concentrações podem causar inflamação da
pele.
4.3.1.6. Ingestão
Uma terceira e importante via de entrada para substâncias tóxicas é a boca e o
trato digestivo. Materiais tóxicos podem atingir o estômago quando sólidos ou líquidos
são ingeridos, quando cigarros são fumados em áreas empoeiradas, quando não se tem
refeitórios asseados, quando os trabalhadores não lavam as mãos antes de comer ou
fumar, ou quando comida é deixada sem ser embrulhada num local com poeira.
Pó de chumbo, oriundo do esmagamento de baterias ou de impressão por linotipo,
é facilmente ingerido e pode causar sérios danos à saúde. Depois de engolidas, as
substâncias tóxicas entram no trato digestivo de onde podem penetrar na corrente
sanguínea e se deslocar para o fígado. Este e os rins tentam remover os venenos e
torná-los menos danosos, mas nem sempre são bem sucedidos.
4.3.1.7. Injeção
Usuários de drogas são susceptíveis a doenças pelo fato de utilizarem a mesma
seringa. Todavia a entrada no corpo pode ocorrer também através de uma ferida
perfurante. Um trabalhador que pise num prego saindo de uma tábua pode perfurar a
sola do pé e originar um envenenamento do sangue. A princípio, a perfuração pode
parecer pequena, mas, se não tratada, uma semana depois a infeção pode causar
inchaço, febre e dores, com afastamento do trabalho e custos de indenização.
Por isso, os trabalhadores devem ser encorajados a relatar todo e qualquer
acidente, não importa quão pequeno, de modo que possam ser tratados com um
antisséptico. Mesmo uma farpa sob a unha pode causar uma infeção. O uso comum de
agulhas é mais um problema social enquanto uma ferida perfurante é um problema de
segurança, mas esta última tem ligações com a higiene ocupacional.
Nota 4.4.
Enfermeiras e mulheres anestesistas são mais susceptíveis a abortos deste
tipo por causa de sua exposição aos gases anestesiantes. Homens expostos a
Tabela 4.5. Substâncias, compostos e agentes suspeitos de causar danos aos rins
chumbo naftaleno mercúrio
tetracloreto de carbono cádmio tetracloroetano
cromatos monóxido de carbono cobre
vapores de gasolina urânio arsênio
berílio bismuto terebintina
ácido oxálico arsina iodo
fluoreto de sódio dissulfeto de carbono calor intenso
choques de alta
vibrações perdas de sangue
voltagem
Tabela 4.6. Efeitos agudos e crônicos de materiais perigosos existentes nos ambientes.
Situação de risco Efeito agudo Efeito crônico
irritação dos olhos e garganta,
bronquite crônica e
névoas de ácidos umedecimento dos olhos, tosse,
enfisema
dor de garganta, dor no peito
moderada irritação respiratória, asbestose, câncer do
asbesto
tosse, espirros pulmão
tonturas, dores de cabeça, Pode contribuir para
monóxido de
confusão mental; em doses paradas cardíacas
carbono
muito altas, desmaio e morte (ataques do coração)
danos aos rins e fígado;
euforia, sensação de torpor
tricloroetileno possivelmente câncer de
alcoólico, dormência, tonturas
fígado
enrijecimento de juntas, artrite, tendinite, doença
vibrações
formigamento dos dedos brancos
✓ MÉTODO 1
Assume-se que existe um valor limite inferior, ou seja, um valor de concentração ou
dose de exposição abaixo do qual não ocorrem efeitos adversos à saúde. Em outras
palavras, o corpo humano tolera esta concentração ou dose, pois abaixo deste valor as
funções corporais normais anulam a toxicidade do contaminante. A mais alta
concentração da substância que não produz efeitos danosos à saúde dos animais é
dividida por um fator de segurança. Por exemplo, se 10 ppm de uma substância não
causou efeitos em animais, mas 50 ppm causou, então 10 ppm é dividido por um fator de
segurança de 10, 100 ou 1000, de modo a se obter um limite de tolerância para pessoas.
A escolha do fator de segurança é algo controverso e depende da qualidade dos
animais de teste. Um fator de 10 é usado se estão disponíveis bons dados quantitativos
de exposição humana. Um fator de 100 é usado quando se tem dados de testes de longo
período e estudos extensos com animais. Um fator de 1000 é adequado quando os
dados com animais são poucos ou inadequados. Estes fatores de segurança são
arbitrários e são julgamentos científicos tanto quanto estimativos.
✓ MÉTODO 2
Nesta metodologia, para se relacionar dados de animais com valores para seres
humanos, extrapola-se as altas exposições dadas para animais para as baixas
exposições mais típicas de contaminantes ambientais, onde se assume não existir valor
limite inferior. Ou seja, qualquer dose gera danos à saúde.
Este método é usado, por exemplo, quando se analisa possíveis carcinogênicos.
Assim, se uma dose de 100 ppm de uma substância causa câncer do fígado em 10% dos
animais, enquanto uma dose de 50 ppm causa o dano em 1% dos animais, então pode-
se estimar que uma dose de 1 ppm causaria danos em 0,000 01% dos animais.
Neste método deve-se frisar que a extrapolação é teórica, assumindo-se que
mesmo a menor dose de uma toxina pode causar danos. Ou seja, não existe risco zero e
o risco varia com o nível de exposição.
Com poucas exceções, produtos químicos conhecidos por causarem câncer em
seres humanos também causam câncer em pelo menos uma espécie de animal de teste.
Isto não prova necessariamente que estudos com animais podem ser usados para prever
os efeitos nos indivíduos. Apesar deste senão, estudos com animais são o processo mais
comum e aceito de se definir limites aceitáveis para seres humanos. Por uma razão muito
simples: não existe outro método melhor disponível.
Nota 4.5.
hidrogênio.
Nota 4.6.
Mesmo depois de uma doença ocupacional ter sido reconhecida e suas causas
estabelecidas, casos individuais podem ainda ser difíceis de diagnosticar. Assim, cerca
da metade das reclamações relativas à indenização por “pulmões pretos” nos Estados
Unidos tem sido rejeitada principalmente por causa de um teste de raios X que tem sido
considerado não confiável.
Outros fatores complicadores do reconhecimento de agentes ocupacionais
suspeitos são, por exemplo, o cigarro e a multiplicidade de causas de uma doença. O
cigarro pode ser a causa de uma série de efeitos similares a aqueles que a doença gera,
enquanto que uma certa enfermidade pode ter várias origens e apenas uma delas estar
associada ao local de trabalho.
Em resumo, não se tem uma estrutura aceitável de trabalho para coletar dados a
serem analisados adequadamente nem se têm facilidades para sua obtenção. Por outro
lado, estudos de animais em laboratório são em geral mais úteis para quantificar
estimativas de riscos, podendo algumas vezes permitir o estabelecimento de relações
causais.
Nota 4.7.
4.6.2.1. Toxicidade
Um importante ponto a lembrar é que qualquer substância pode se tornar tóxica se
a dose for aumentada acima dos limites de tolerância do corpo. Assim, o próprio oxigênio
tão essencial à vida na proporção de 21%, pode se tornar tóxico se puro (100%). Por
consequência, a intensidade da dose e o tempo de exposição associados a um produto
tóxico ou a um agente físico, podem determinar a severidade do dano.
Duas diferentes substâncias podem causar danos distintos, apesar de
apresentarem a mesma concentração e ter-se o mesmo tempo de exposição. Esta
diferença de efeitos é denominada de toxicidade, que é normalmente expressa por
quanto da substância mata 50% dos animais expostos. Esta quantidade pode ser
representada pelas siglas DL50 ou CL50, indicando dose letal a 50% ou concentração letal
a 50%. Em inglês as correspondentes siglas são LD50 ou LC50 (“lethal dose e lethal
concentration”).
4.6.2.2. Concentração
A concentração pode ser expressa em muitas unidades, tais como partes por
milhão (ppm), partes por bilhão (ppb), em miligramas por metro cúbico (mg/m3), etc. Uma
pequena concentração de uma substância altamente tóxica pode gerar muitos danos à
saúde, enquanto uma alta concentração de outra substância pouco tóxica pode causar
pequenos efeitos na saúde humana.
Nota 4.8.
3900 ppm). Cada substância é única nos seus efeitos à saúde, existindo uma
enorme variação das concentrações que podem ser toleradas pelo homem.
Como os valores TLV-TWA são valores médios, podem ser superados sob certas
condições, tendo associados os valores STEL ou os limites de digressão (“excursion
limits”). Assim, os valores STEL e de digressão estão associados a um valor TLV-TWA,
mas de modo exclusivo, aplicando-se ou um STEL ou os limites de digressão.
• Irritação;
• Dano crônico ou irreversível de tecidos;
• Narcose em grau suficiente para afetar o trabalho em termos de eficiência ou
segurança.
• Uma exposição acima do TLV – TWA e até o TLV - STEL não deve exceder 15
minutos de duração;
• Deve decorrer pelo menos 1 hora entre cada exposição entre o TLV – TWA e o
TLV – STEL
• Não se pode ter mais de 4 exposições entre o TLV – TWA e o TLV - STEL por
turno de 8 horas;
• A exposição nunca pode superar o TLV – STEL.
Além das regras relativa a concentrações entre o TLV – TWA e o TLV – STEL,
também deve-se respeitar sempre que a concentração média esteja abaixo do valor do
TLV – TWA.
A ideia, portanto, do valor STEL é a de limitar superiormente as concentrações no
local de trabalho que estejam acima do TLV -TWA, como ilustra a figura 4.6.a:
A figura 4.6.b ilustra o caso em que o valor STEL não foi ultrapassado, mas
claramente duas violações da definição do TLV – TWA ocorreram:
• A concentração média no turno estará acima do valor TLV – TWA;
• Na faixa entre o TLV – TWA e o TLV – STEL ficou-se bem que os 15 minutos
permitidos.
Figura 4.6.b Violação de algumas regras quanto ao TLV – TWA com valor STEL.
A figura 4.6.c ilustra a variação da concentração num turno de 8 horas, para uma
substância que tem um dado TLV – TWA e um associado TLV – STEL. Aparentemente
neste turno não se violou as regras deste limite pois:
1 – A concentração média parece estar abaixo do TWA;
2 – Não se excedeu o STEL em nenhum momento;
3 – Adentrou-se a faixa entre TWA e STEL apenas 2 vezes, dentro do limite de 4 vezes;
4 – A cada entrada a duração foi inferior a 15 minutos;
5 – O espaçamento entre as entradas é superior a 1 hora.
Figura 4.6.c Limite TLV – TWA com STEL respeitado em todas as regras.
4.6.3.4. TLV - C
A sigla da ACGIH é TLV-C (threshold limit value-ceiling) representa a concentração
que não deve ser nunca excedida, mesmo instantaneamente, durante o turno de trabalho.
A prática usual na higiene do trabalho, se não for factível monitoramento
instantâneo, é a avaliação deste limite via uma amostragem por 15 minutos, exceto para
substâncias que possam causar irritação imediata numa breve exposição.
Para algumas substâncias como gases irritantes, apenas uma categoria de limite de
exposição ocupacional pode ser relevante, como o TLV – C. Para outras substâncias,
dois limites podem ser aplicáveis e relevantes em função das ações fisiológicas. É
importante frisar que se um dos limites aplicáveis for excedido, assume-se que existirá
um potencial perigo decorrente da substância em questão.
A comissão responsável pelos agentes químicos é de opinião de que os TLVs
baseados em irritação física não devem ser considerados menos restritivos do que
aqueles baseados em desabilitação física. Isto porque existe crescente corpo de
evidências que a irritação física pode iniciar; promover ou acelerar danos físicos através
da interação com outros agentes químicos ou biológicos.
4.6.3.5. Distinção entre limite média ponderada (TLV – TWA) e limite nunca
superável (TLV – C)
Os valores da média ponderada permitem a superação do limite, desde que esta
seja compensada por adequada exposição abaixo do limite durante o turno de 8 horas de
trabalho. Em alguns casos específicos, pode ser possível se calcular a concentração
média numa semana (40 horas) em vez de num dia.
A relação entre o TLV - TWA e as suas permissíveis superações decorre de regras
empíricas que em certos casos podem não ser aplicáveis.
O quanto um limite de exposição ocupacional pode ser superado num breve
período de tempo, sem causar danos à saúde, depende de vários fatores:
• Da natureza do contaminante;
• Se concentrações muito altas, mesmo em curto tempo, causam envenenamento
agudo;
• Se os efeitos são cumulativos;
• A frequência com que as altas concentrações ocorrem;
• A duração da superação.
Todos estes fatores devem ser levados em consideração quando se define se uma
condição perigosa existe, e se deve-se admitir superações do limite de tolerância.
A concentração média ponderada se apresenta como o meio mais prático e
satisfatório de se monitorar contaminantes do ar quanto aos limites de exposição. Apesar
disto, existem certas substâncias para as quais ela não é adequada. São substâncias que
têm ação rápida e cujos limites de exposição são mais apropriadamente definidos em
função deste tipo de resposta. Estas substâncias são mais bem controladas por um limite
nunca superável, um valor que não deve ser nunca excedido.
Está implícito nestas definições que os modos de amostragem para se verificar
compatibilidade com as normas são diferentes em cada caso. Uma única e breve
amostragem, aplicável ao TLV - C, não é adequada para o TLV - TWA. Para este último,
faz-se necessário certo número de amostras que permitam o cálculo da média relativa a
um ciclo de serviço ou a um turno.
Enquanto o limite TLV - C caracteriza um limite definitivo, o qual a concentração da
substância não deve superar nunca, a média ponderada requer um valor superior
associado, que define uma faixa acima do limite que pode ser penetrada sob certas
condições.
Os limites de superação condicional, aplicáveis aos TLV- TWA que não possuem
STEL, devem ser determinados de acordo com as seguintes recomendações:
• Pode ocorrer exposição a mais de 3 vezes o valor numérico do TLV - TWA, mas
esta segue as regras da faixa STEL. Ou seja, não mais que 15 minutos, por até
4 vezes, espaçadas de pelo menos 1 hora.
• Sob nenhuma hipótese deve-se superar o valor de 5 vezes o TLV - TWA;
• A concentração média deve sempre respeitar o TLV – TWA;
• Quando um STEL estiver definido, este valor tem precedência sobre os limites
de digressão (3x, 5x), seja ele mais ou menos restritivo.
Agentes químicos como gases, líquidos e poeiras, têm um tipo de LT, com
características que são diferentes, por exemplo, dos limites para ruído, calor ou radiação
ionizante. Neste capítulo apresentaremos os conceitos básicos de limite de tolerância
para agentes químicos, e nos capítulos relativos a ruído, calor ou radiação ionizante
serão detalhados os correspondentes limites.
Como na ACGIH, no Brasil temos dois tipos de limite de tolerância para agentes
químicos. Estes limites são válidos para jornadas de trabalho de 48 horas semanais, para
absorção por via respiratória e na presença de oxigênio com teor no mínimo de 18%. Os
dois limites legais no Brasil são o limite de tolerância valor teto (LTvt) e o limite de
tolerância média aritmética ponderada (LTmap).
Em que:
(4.2.)
Em que:
= concentração média aritmética das concentrações medidas Cj
A aplicação do LTmap requer adicionalmente que se imponham certos limites aos
valores individuais medidos (Cj), de modo que mesmo sendo a concentração média não
superior ao LTmap, também não se tenha um valor individual acima de um dado valor
máximo (Vmax).
Este valor máximo é função do valor numérico do LTmap, sendo obtido através do
chamado fator de desvio (FD), conforme a expressão (4.3):
Tabela 4.9. Limites de tolerância média aritmética ponderada (LTmap) para alguns
agentes químicos. Quando existe LTvt, indicado na 2a. coluna por sinal de “+”, este é o
LT aplicável.
Absorção LTmap (para até 48 horas
Agentes químicos LTvt pela pele semanais) Grau de insalubridade
também ppm mg/m3
Acetaldeído 78 140 Máximo
Acetato de cellosolve Sim 78 420 Médio
Acetileno asfixiante simples
Acetona 780 1870 Mínimo
Ácido acético 8 20 Médio
Ácido cianídrico Sim 8 9 Máximo
Ácido clorídrico + 4 5,5 Máximo
Álcool n-butílico + Sim 40 115 Máximo
Amônia 20 14 Médio
Anilina Sim 4 15 Máximo
Bromo 0,08 0,6 Máximo
Chumbo 0,1 máximo
Cloreto de vinila + 156 398 máximo
Dióxido de carbono 3900 7020 mínimo
Dióxido de enxofre 4 10 máximo
Dióxido de nitrogênio + 4 7 máximo
Estireno 78 328 médio
Fenol Sim 4 15 máximo
gás sullfídrico 8 12 máximo
Metano asfixiante simples
Monóxido de carbono 39 43 máximo
Óxido de etileno 39 70 máximo
Óxido nítrico (NO) 20 23 máximo
Óxido nitroso (N20) asfixiante simples
Tolueno (toluol) Sim 78 290 médio
Quadro 4.1. Obter o LT para a amônia, especificando seu tipo. Caso seja necessário,
calcule o Vmáx.
Respostas:
Quadro 4.2. Na tabela 4.8., identificar substâncias cujo LT seja de valor teto e calcular o
Vmáx.
Obtemos as substâncias:
Resposta:
Para o caso do LT ser valor teto (indicado pelo sinal + na 2a. coluna), este se aplica
e não o LTma. Portanto não faz sentido falar em Vmáx neste caso. As substâncias
que têm LTvt são aquelas que em geral tem ação muito rápida, não sendo
Figura 4.6.e.
No caso da figura 4.6.e, o LT foi excedido, pois apesar na concentração média ser
inferior ao valor do LTmap, num dado momento a concentração superou o valor máximo
permitido (Vmax).
Figura 4.6.f.
No caso da figura 4.6.f o LT não foi excedido, pois nem a média aritmética das
concentrações superou o valor LTmap, nem, em nenhum momento, a concentração
superou o valor Vmax.
Solução:
Portanto, apesar de nenhum valor superar Vmáx, a média foi superior a 20 ppm,
Respostas:
Com a tabela 4.7: FD = 1,1. Portanto: Vmáx = 1,1 x 3 900 = 4290 ppm.
Apesar de nenhum valor superar Vmáx, a média foi superior a 3900 ppm, tendo
sido excedido o LT.
Resposta:
Para o chumbo, da tabela 4.8. obtemos: LTmap = 0,1 mg/m3.
Figura 4.7.c. O valor de [3 x TLV-TWA] foi superado 2 vezes, mas não se pode saber se
por 15 minutos ou menos cada uma. O espaçamento entre as superações parece ser
superior a 1 hora. E [5 x TLV-TWA] nunca foi superado.
Na figura 4.7.d. o LTmap (Brasil) e o TLV-TWA (ACGIH) são iguais, mas ambos
foram excedidos. O LTmap foi excedido porque o maior fator de desvio (FD) de acordo
com a tabela 4.7. é 3 e a concentração superou 3 vezes o LTmap. Já o TLV-TWA) foi
superado porque a concentração superou o valor de 3 x (TLV-TWA) por mais de 15
minutos. Se a superação tivesse sido de 15 minutos, segundo a ACGIH, o limite não
teria sido excedido.
Figura 4.9. Superou-se o valor de 3 x (TLV – TWA), mas por apenas 25 minutos,
ou seja, tempo inferior a 30 minutos (regra em 1996). Superou-se o valor do TLV-TWA
por 105 minutos, mas estando abaixo de 3 x TLV-TWA, mas isto poderia ter sido
compensado por valores abaixo do TLV-TWA, dando uma média inferior a 2 g/m3. Neste
caso o TLV – TWA não teria sido excedido.
4.7.1.1. Espirometria
Uma simples medição de espirometria envolve a determinação de quanto ar se
consegue expelir dos pulmões. Os resultados obtidos antes da contratação podem ser
comparados com testes efetuados periodicamente enquanto o trabalhador continuar na
empresa. Estes testes são também conhecidos como testes de funcionamento pulmonar
ou de capacitação pulmonar.
Certas doenças ocupacionais podem paulatinamente reduzir a capacidade de
funcionamento dos pulmões e o teste de espirometria pode ajudar a identificar esta
redução. A asbestose, a silicose e a pneumoconiose de carvão podem levar a um
funcionamento bem restrito dos pulmões, enquanto o cigarro em geral conduz a uma
obstrução pulmonar.
Os testes de capacitação pulmonar são usados para se avaliar o enfraquecimento
dos pulmões, mas o enfraquecimento não implica necessariamente em incapacitação. O
enfraquecimento é definido como a redução das funções pulmonares em comparação
com valores normais, enquanto a incapacitação é a impossibilidade de um indivíduo
desempenhar suas atividades usuais.
A avaliação da incapacitação é muito mais difícil quando a pessoa tem um passado
de fumante, devendo-se sempre considerar também o estilo de vida que ela tem. Devido
ao fato de que existem poucos conhecimentos sobre a história deste tipo de doença e
sua evolução, não se pode demonstrar cientificamente o momento exato em que a
pessoa deve ser retirada da exposição. Os problemas de diagnóstico podem ser
diminuídos por uma cuidadosa interpretação da história do trabalhador. Isto ajuda a se
recomendar a retirada do serviço ou mesmo se ele deve pedir indenização.
Existem continuados problemas para se estimar a incidência destas doenças por
causa da não uniformidade dos relatórios e a rápida rotatividade da força de trabalho.
4.7.1.2. Raios X
É comum que trabalhadores que já trabalharam em ambientes com poeiras, mas
não mais o fazem, sejam solicitados a tirar chapas de raios X com certa regularidade. O
motivo é que certos tipos de pneumoconioses continuam a se desenvolver mesmo na
ausência de fontes de material particulado.
4.7.1.3. Excreções
Metais pesados como mercúrio podem ser detectados, mesmo em pequenas
quantidades, na urina. Esta detecção indica que o indivíduo está exposto e que ações
devem ser tomadas. Várias outras substâncias podem ser detectadas pelo mesmo
método.
4.7.1.5. Audiometria
Com o tempo as pessoas diminuem sua habilidade de ouvir. A causa pode ser o
natural envelhecimento humano ou um nível excessivo de ruído no local de trabalho.
Exames periódicos da habilidade auditiva podem identificar as pessoas sob situação de
risco quanto a ruído, podendo-se tomar então medidas para eliminar ou reduzir
sensivelmente o problema.
a) Por um período de até 30 minutos por não mais de 4 vezes por dia, com pelo
menos 30 minutos entre cada exposição.
b) Por um período de até 15 minutos por não mais de 6 vezes por dia, com pelo
menos 45 minutos entre cada exposição.
c) Por um período de até 60 minutos por não mais de 2 vezes por dia, com pelo
menos 120 minutos entre cada exposição.
d) Por um período de até 15 minutos por não mais de 4 vezes por dia, com pelo
menos 60 minutos entre cada exposição.
e) Por um período de até 15 minutos por não mais de 4 vezes por dia, com pelo
menos 15 minutos entre cada exposição.
Feedback: item 4.6.3.3., primeiro parágrafo.
21. 3. O limite de tolerância para uma poeira é 5 mg/m3 e tem uma designação
associada de valor teto. Isto significa que:
22. Num turno de 8 horas, um monômero de vinil cloreto contaminou uma amostra
de ar colhida numa vazão de 20 cm3 por minuto, fornecendo 200 g do composto. A
concentração média temporal ponderada era:
a) 21 mg/m3.
b) 0,21 mg/m3.
c) 210 mg/m3.
d) 21 g/m3.
e) 0,21 g/m3.
Feedback: 20 cm3 por minuto = 1200 cm3 por hora = 9600 cm3 por dia (8 horas).
Concentração = 200 g / 9600 cm3 = 0,021 g / cm3 = 21 mg / m3.
23. Um soldador, trabalhando com aço galvanizado, fica exposto a uma
concentração atmosférica de 6,4 mg/m3 de fumos de óxido de zinco. Quando não
está soldando, fica exposto a um nível de fundo de 0,8 mg/m3 de fumos do mesmo
tipo. Se o tempo de soldagem é 3 horas num turno de 8 horas, então a
concentração média ponderada no turno é:
a) 4,3 mg/m3.
b) 3,6 mg/m3.
c) 2,9 mg/m3.
d) 1,8 mg/m3.
e) 0,9 mg/m3.
24. A massa de particulado coletada por um amostrador, operando com uma vazão
de 10 L/min por 100 minutos, foi de 10 mg. O material particulado continha 10% de
diborane. O limite de tolerância deste composto é de 0,1 mg/m3.
Figura 4.10. Molécula do etileno e do óxido de etileno (base das resinas epóxi). Um
anel epóxi é o triângulo de 2 carbonos e um oxigênio. A ligação de vários anéis, pela
retirada de 1 hidrogênio, forma um polímero
Figura 4.11. Polímero linear com 4 anéis de epóxi. Polímeros maiores podem se expandir
tridimensionalmente e por outros átomos
4.11.2.3.2. N-butil-acetato
A exposição ocorre via aerossóis e vapores, podendo causar dores de cabeça e
tonturas e afetar olhos, nariz e pele.
4.11.2.4.2. Bisfenol
É um irritante da pele e afeta o sistema reprodutivo.
Tabela 4.11. Limites de tolerância para componentes da resina epóxi aderente (2-ACGIH)
Componente Limite de tolerância Observações
não existe TLV-TWA da ACGIH
não existe PEL – permissible exposure
limit da OSHA – Occupational Health
grupo epóxi não existe (*)
and Safety Administration
não existe OEL – occupational exposure
limit da força aérea
2,4,6,tris fenol não existe
Trietilenotetramina não existe
polietileno
não existe
poliamina
TLV-C = 152 mg/m3
n-butanol (vapor) PEL = 300 mg/m3 (8 “skin notation”(**)
horas)
TLV-TWA = 713 mg/m3
n-butil-acetato
TLV-STEL = 950 mg/m3
Epicloridrina TLV-TWA = 7,6 mg/m3 “skin notation”(**)
Bisfenol não existe
Cromo TLV-TWA = 0,5 mg/m3
Cromato de
TLV-TWA = 0,000 5 mg/m3
estrôncio
Ferro TLV-TWA = 1 mg/m3
(*) nem para esta resina específica nem para resinas epóxi em geral.
(**) para a ACGIH, indica que a rota de entrada pela pele e mucosas é significante.
Este limite pode ser usado então para comparação com as concentrações medidas
nos locais de trabalho.
A divisão da massa molecular 190 g pela massa 44 g nos dá uma indicação do
número de grupos epóxi no polímero da resina, no caso 4,3. O número fracionário é
comum em polímeros epóxi, significando na realidade 4 grupos epóxi e alguns outros
componentes como amina.
4.11.4.2. Aminas
Para os vapores dos 2,4,6 tris fenol não existem metodologias de amostragem e
análise da NIOSH ou da OSHA. A coleta do material foi feita em tubos de sílica gel, e sua
presença qualitativa foi feita para as amostras do ar. As concentrações das aminas nos
aerossóis foram feitas a partir das concentrações dos grupos epóxi não reagidos.
4.11.4.3. Solventes
Para o vapor de N-butanol foi usada a metodologia NIOSH 1401 e para o vapor de
N-butil-acetato foi usada a norma NIOSH 1450.
Todavia não existe metodologia aceitável para se medir a concentração dos
solventes na fase aerossol.
4.13.4.4. Metais
Amostrou-se na fase aerossol os seguintes metais: Cr, Al, Sb, As, Ba, Be, Cd, Co,
Cu, Pb, Mg, Mn, Mo, Ni, K, Se, Ag, Va e Zn, com a metodologia NIOSH 7 300.
O aerossol foi coletado com filtro de 37 mm de diâmetro, montado de forma paralela
ao corpo do trabalhador.
4.11.5. RESULTADOS
Para o grupo epóxi mediu-se uma concentração de 0,288 miliequivalentes de
grupos epóxi livres por metro cúbico de uma dada área de operação.
Portanto pode-se escrever para a concentração média da resina epóxi aderente:
EEq
C(REA) = 0,288 10 −3
m3
Portanto:
mg
C(REA) = 0,288 10 −3 190 10 −3
m3
C(REA) = 54,7 mg/m 3
Deste modo para esta área a concentração excedeu o limite de tolerância que fora
estimado em 7,8 mg/m3.
A tabela 4.12. resume alguns dos resultados.
28. Qual desses fatores não influi na forma como uma substância tóxica afeta o
indivíduo?
a) Susceptibilidade individual.
b) Concentração.
c) Toxicidade.
d) Massa específica (densidade).
e) Tempo de exposição.
Feedback: 4.6.2.
29. Gás altamente inflamável, apresenta alta afinidade com a água e limite inferior e
superior de explosividade de 2,7% e 28,6%, respectivamente. Estas características
apresentadas referem-se ao:
a) Óxido de zinco.
b) Óxido de etileno.
c) Vapor de n-butil-acetato.
d) Vapor de n-butanol.
e) Bisfenol.
Feedback: 4.11.1.
30. Produtos que contém cromato de estrôncio são inibidores de corrosão. Assinale
se a afirmativa é falsa ou verdadeira.
Resposta: Verdadeira.
Feedback: 4.11.2.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Neste capítulo são abordados a coleta e o tratamento de dados associados a
condições perigosas nos ambientes de trabalho. São dados exemplos e apresentadas
diversas teorias de amostragem e medição. O tratamento de dados decorrentes de
grandezas medidas envolve o uso de ferramentas estatísticas. Como os dados podem
ser interpretados de várias formas, a apresentação dos valores medidos deve seguir
rígidas definições de modo que outras pessoas possam tentar extrair o mesmo
significado dos mesmos resultados. Se não apresentados adequadamente, pode-se
chegar a conclusões errôneas e a resultados paradoxais.
5.1.1.1. Média
Existem vários tipos de média, como a aritmética, a geométrica, a harmônica e a
ponderada, cada uma útil em uma situação específica. Quando não adjetivada estamos
sempre nos referindo à média aritmética.
A média aritmética é obtida pela adição dos valores individuais e dividindo-se a
soma pelo número de valores adicionados. Ela indica onde os valores do grupo
considerado estão “centrados”, e este valor central também se denomina de valor médio.
Nota 5.1.
Os filtros usados para se coletar material particulado são pesados numa balança e
as massas de poeira são obtidas depois de se subtrair a massa do filtro inicialmente
limpo. Numa amostragem se obteve os seguintes 9 valores numa usina de
beneficiamento de minério: 11,33, 11,27, 11,38, 11,30, 11,29, 11,30, 11,34, 11,31 e
11,32 mg. Determinar a média dos valores.
Resposta:
não pode ser maior que o número de algarismos significativos dos dados de
11,32 mg.
5.1.1.2. Mediana
Se os valores de um grupo de dados forem ordenados em ordem crescente, a
mediana será o valor do meio, ou seja, aquele valor para o qual metade dos dados está
acima e metade abaixo.
Nota 5.2.
Determinar a mediana dos dados da nota 5.1.
Resposta:
11,27, 11, 29, 11,30, 11,30, 11,31, 11,32, 11,33, 11,34, 11,38
O quinto valor, 11,31 mg, é a mediana pois tem-se quatro valores antes e
5.1.1.3. Moda
A moda de um grupo de dados é o valor que se apresenta com a maior frequência.
Alguns grupos de dados podem ter apenas uma moda enquanto outros podem ter duas
ou mais modas. Quando se tem apenas uma moda diz-se que o conjunto de dados é
unimodal e quando se tem mais de uma moda se diz que o conjunto é multimodal.
Nota 5.3.
Determinar a moda da nota 5.1.
Resposta:
Neste grupo o valor 11,30 aparece duas vezes e todos os outros apenas
uma vez.
Nota 5.4.
Determinar a moda do seguinte conjunto de dados: {5, 2, 4, 12, 10, 12, 5, 8}.
Resposta:
todos os outros surgem apenas uma vez. Portanto temos um conjunto bimodal
Nota 5.5.
Determinar a “média” do conjunto: {2,0, 4,0, 8,0.}
Resposta:
geométrica será:
3
2 4 8 = 4,0
5.1.2. DISPERSÃO
A média dos números 3, 4 e 5 é 4, que é a mesma média dos números 1, 4 e 7.
Todavia, os conjuntos são claramente diferentes e esta diferença está relacionada à
dispersão dos dados. Para se caracterizar esta dispersão existem alguns parâmetros
como o intervalo de variação, a variância e o desvio padrão.
Nota 5.6.
Calcular o domínio de variação da nota 5.1.
Resposta:
é:
5.1.2.2. Variância
Ela indica a “quantidade de dispersão” dos valores individuais de um conjunto com
relação à média do conjunto. Um dos modos de se calcular a variância é:
• Quadrar a diferença entre a média e cada valor individual;
• Adicionar as diferenças quadráticas;
• Dividir esta soma pelo número de valores somados.
Nota 5.7.
Calcular a variância para os valores da nota 5.1.
Resposta:
maior precisão para a média, caso contrário a variância poderá apresentar grandes
média (ou às vezes até mais). A tabela 5.1 apresenta os cálculos básicos.
valor do quadrado da
diferença (= valor – média) quadrado da diferença
diferença
11,33 – 11,31 555 556 = (0,01 444 444) 2 0,21 x 10 -3
11,27 – 11,31 555 556 = (- 0,04 555 566) 2 2,08 x 10 –3
11,38 – 11,31 555 556 = (0,06.444.444) 2 4,15 x 10 –3
11,30 – 11,31 555 556 = (- 0,01 555 556) 2 0,24 x 10 –3
11,29 – 11,31 555 556 = (- 0,02 555 556) 2 0,65 x 10 –3
11,30 – 11,31 555 556 = (- 0,01 555 556) 2 0,24 x 10 –3
11,34 – 11,31 555 556 = (0,02 444 444) 2 0,60 x 10 –3
11,31 – 11,31 555 556 = (- 0,00 555 556) 2 0,03 x 10 –3
11,32 – 11,31 555 556 = (0,00 444 444) 2 0,02 x 10 -3
Nota 5.8.
Calcular o desvio padrão dos dados do exemplo 5.1.
Resposta:
d p = 0,00103
Portanto: dp = 0,03 mg
Tabela 5.1. Valores de emissão diária (kg/dia) de SO2 obtidas em chaminé industrial
66 81 88 93 97 100 102 106 112 119
71 83 89 93 98 100 102 107 112 119
71 83 89 95 98 100 102 107 113 121
72 84 89 95 98 100 102 107 113 122
73 85 90 96 98 100 103 108 114 123
74 85 91 96 98 100 103 110 114 126
76 85 92 96 99 100 103 110 115 126
77 86 92 97 99 101 104 111 117 127
80 86 92 97 99 101 105 111 118 130
81 88 92 97 99 101 106 112 118 136
30
25
20
15
10
5
0
60 70 80 90 100 110 120 130 140
emissões de SOx (kg/dia)
Nota 5.9. Há alguns anos um famoso pesquisador, Jay Gould, recebeu de seu médico
uma informação seca que dizia: “Você está com uma forma mortal de câncer, sua
expectativa de vida é de 3 meses!”. Gould ficou paralisado por cerca de 3 dias, triste
com um final de vida em torno de 40 anos e no auge da produção científica.
Resposta:
primeiro lugar, ficou curioso de como o médico podia prever com tanta exatidão
o seu tempo de vida. Descobriu que o que a ciência dispunha era, na verdade,
de uma curva de frequência de tempos de vida restante e que esta curva era
lado direito, poderia ter ainda 20 ou 30 anos de vida, ou até mais. Para quem
estava com quarenta anos e tinha três meses de vida, viver até os setenta era uma
grande notícia.
Cada uma das seguintes características tendia a levar o doente para o lado da
assimetria positiva:
• Etc.
Jay Gould percebeu que tinha todas as características favoráveis e que, portanto,
suas chances de estar na ponta da calda, bem à direita, eram boas. Quando ele escreveu
o artigo contando o caso acima, já tinha tido uma sobrevida de 15 anos (!), e dizia que
sua existência dependia do fato de não seguir uma curva de Gauss, mas sim uma
assimétrica. Em 1999, sua sobrevida chegava quase a vinte anos!!!
a) A média.
b) A mediana.
c) A moda.
d) O domínio de variação de um quartil.
e) A média geométrica.
Feedback: item 5.1.2.4.
a) A média.
b) A mediana.
c) A moda.
d) A média harmônica.
e) Uma média ponderada das frequências.
a) Domínio de variação.
b) Desvio padrão.
c) Variância.
d) Curtose.
e) Os três primeiros são igualmente úteis e usados.
Feedback: item 5.1.2.3.
a) O desvio padrão.
b) O domínio de variação.
c) A variância.
d) A curtose.
e) Nenhum dos acima.
Feedback: item 5.1.2.1
7. A medida de dispersão, definida como a soma dos desvios com relação à média
dividida pelo número N de valores é:
a) O domínio.
b) O desvio médio.
c) O desvio padrão.
d) O quadrado da variância.
e) Nenhum dos anteriores.
Feedback: item 5.1.2.
a) 40.
b) 36.
c) 32.
d) 28.
e) 15.
Feedback: item 5.1.2
a) 4,00.
b) 1,63.
c) 16,00.
d) 3,27.
e) 2,73.
Feedback: item 5.1.2.3
a) 11,25.
b) 15,00.
c) 214,00.
d) 26,00.
e) 12,25.
Feedback: item 5.1.2.2
11. A medida de dispersão que não tem a mesma unidade que os valores medidos
é:
a) O desvio padrão.
b) A variância.
c) O domínio.
d) Nenhum destes.
e) Os 2 primeiros.
Feedback: item 5.1.2.2.
a) A distribuição é simétrica.
b) A distribuição é assimétrica.
c) A distribuição é normal.
d) A moda está no centro da distribuição.
e) A curva é anormal.
Feedback: item 5.1.2.7
a) A distribuição é simétrica.
b) A distribuição é assimétrica.
c) A distribuição é normal.
d) Existem pelo menos duas modas.
e) Tem-se uma curtose acentuada.
Feedback: item 5.1.2.7
15. Qual desses itens indica um resumo do quanto estão dispersos os dados em
relação à média?
a) Agrupamento de dados.
b) Amplitude.
c) Quartis e percentis.
d) Variância.
e) Desvio padrão.
Feedback: item 5.1.2.3
16. Qual das curvas apresentam o valor da mediana maior que o da média?
a) Bimodal simétrica.
b) Unimodal assimétrica negativa.
c) Unimodal simétrica.
d) Unimodal assimétrica positiva.
e) Unimodal simétrica mesocúrtica.
Feedback: item 5.1.2.7
Quadro 5.1.
Por outro lado, poder-se-ia recolher um dado volume de ar num frasco e coletar a
poeira deste volume numa superfície adesiva especial. Esta superfície poderia ser
5.3.2. ERROS
Qualquer dado medido apresenta algum erro. Algumas vezes a fonte predominante
de erro é um instrumento inadequadamente ajustado, ou o uso de uma fórmula errada ou
a aplicação de uma metodologia imprópria. Os erros decorrentes destas causas são
denominados de erros consistentes.
Não se consegue eliminar completamente a introdução de erros consistentes num
conjunto de dados medidos, mas a probabilidade de sua introdução pode ser diminuída
usando-se cuidadosas técnicas de medição. Algumas vezes, um erro consistente pode
ser detectado ao se medir um valor conhecido, considerado como um valor de checagem.
Dados obtidos cuidadosamente em geral apresentam erros consistentes mínimos,
mas existe um outro tipo de erro que sempre estará presente em qualquer medição. Este
erro, denominado de aleatório, sempre está presente em maior ou menor grau. Ele
Quadro 5.2.
é de 1 ohm. Foram obtidos os seis seguintes valores: 0,983, 1,008, 1,027, 0,991,
1,003, 0,986 ohms. Se calcularmos a média dos valores medidos, obteremos 1,000
ohm. Portanto, a média apresenta exatamente o valor nominal com até 3 casas
• Tempo de resposta;
• Sensibilidade;
• Alteração de origem da escala.
5.3.3.3. Calibração
A principal diferença entre ajustar e calibrar é que no ajuste se modifica o
instrumento fisicamente, para que forneça um resultado “correto”. Uma calibração analisa
o desempenho do instrumento e pode fornecer uma curva de calibração, com a qual ao
se ler um valor se pode comparar com o valor “correto”. Mas não se modifica
mecanicamente o instrumento. Calibrar significa comparar com um padrão de maior
confiança.
Nota 5.10.
Instrumentos podem ser precisos e inexatos, mas podem também ser exatos e
imprecisos. Ilustrar estes casos graficamente.
Resposta:
esquerda é altamente preciso, mas é inexato, pois seus lances estão todos bem
próximos uns dos outros, mas em média bem longe do centro (lance correto ou
pelo alvo, mas na média estaria bem próximo ao centro. Ou seja, os desvios
analíticas para se calcular a média geométrica (MG). Por 5.1.a. ela é dada pelo
antilogaritmo da média dos logaritmos dos valores. Por 5.1.b. ela é dada pela enésima
raiz do produto dos n valores.
MG = e n
(5.1.a)
MG = n C1 C 2 C3 (5.1.b)
Onde:
Cj = medidas individuais
n = número de medidas
ln = logaritmo natural ou neperiano
e = representa a função exponencial (ex)
O desvio padrão geométrico (dpg) para a distribuição log normal pode ser calculado
pela expressão analítica dada na fórmula (5.2.):
(ln Ci −ln MG ) 2
( n −1)
dpg = e (5.2.)
10
9
8
7
freqüência
6
5
4
3
2
1
0
0,01 0,03 0,05 0,07 0,09 0,11 0,13 0,15 0,17 0,19
3
ponto médio do intervalo (mg/m )
Como se tem poucas amostras, dois intervalos não possuem nenhum valor. Se
mais amostras tivessem sido obtidas, eventualmente haveria valores nestes intervalos.
Se muitas mais amostras tivessem sido colhidas e os pontos médios dos intervalos
fossem unidos por uma linha, obteríamos uma curva log normal típica, como ilustrado na
figura 5.7.
Usando os parâmetros estatísticos de uma distribuição log normal e um programa
como o Excel, desenhe a curva correspondente à exposição de sílica pelos mineiros.
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 5.7. Exposição de mineiros à poeira de sílica, representada por curva log normal
Esta curva é assimétrica para o lado direito, com a inclinação sendo mais
acentuada na região dos valores menores. Isto indica que um grande número de medidas
se encontra do lado dos menores valores e que as medidas não se distribuíram
homogeneamente. Este tipo de curva é denominado de assimétrica para a direita
(“skewed to the right”).
Como os valores reais não foram dados, não é possível calcular a média aritmética
e a média geométrica a partir da tabela 5.4. Estas seriam respectivamente 0,051 e
0,036 mg/m3. A média aritmética é influenciada demais por alguns poucos valores altos e
considera-se a média geométrica uma melhor medida de tendência central para este tipo
de distribuição. No próximo exemplo serão explicitadas todas as etapas numéricas dos
cálculos de média geométrica e desvio padrão geométrico.
Tabela 5.5. Cálculos numéricos iniciais para obtenção da média geométrica e desvio
padrão
Concentração Cj
ln Cj [ln Cj - ln MG ]2
(mg/m3)
0,02 - 3,91 [(- 3,91) - (- 3,238) ]2 = 0,452
0,09 - 2,41 [(- 2,41) - (- 3,238) ]2 = 0,685
0,13 - 2,04 [(- 2,04) - (- 3,238) ]2 = 1,435
0,04 - 3,22 [(- 3,22) - (- 3,238) ]2 = 0,00032
0,01 - 4,61 [(- 4,61) - (- 3,238) ]2 = 1,882
------- total: - 16,19 total: 4,458
------- MG = exp [- 16,19 / 5] = 0,039
(ln Ci −ln MG )
2
4 , 458
( n −1) mg
dpg = e = dpg = e 4
= 2,87
m3
Portanto:
MG = 0,039 mg/m3
dpg = 2,87 mg/m3
Se todos os valores medidos fossem iguais, a média geométrica seria igual a eles,
a diferença dos logaritmos seria zero e, portanto o desvio padrão geométrico seria igual a
1,00.
À medida que o espalhamento dos dados aumenta, o desvio padrão geométrico
também aumenta. Um valor de 2,87 é considerado alto. No presente caso, os resultados
estão espalhados e é difícil interpretar os valores. Mais medidas ajudariam a aumentar a
confiança nos dados.
Duas regras merecem destaque e podem agora ser resumidas como:
• Para uma distribuição log normal, a média geométrica é uma melhor medida de
tendência central que a média aritmética;
• Para uma distribuição log normal, o desvio padrão geométrico é uma melhor
medida da dispersão que o desvio padrão.
Os parâmetros, média geométrica e desvio padrão geométrico podem ser usados
como indicadores iniciais para a determinação da frequência de amostragem e do
número de amostras.
Um programa de amostragem desenvolvido pela ALCOA e adotado pela ONRSA –
“Ontário Natural Resources and Safety Association” - é resumido nas tabelas 5.6 e 5.7.
Estas tabelas podem servir de guia para determinar o número mínimo de amostras e,
depois de calcular o dpg, avaliar se mais amostras precisam ser colhidas.
Alguns laboratórios podem apresentar certos valores como sendo zero, mas zero
não pode ser utilizado para se calcular a média geométrica. O valor nulo apresentado por
um laboratório significa que, se presente, a quantidade é inferior ao limite de detecção.
Para valores inferiores ao limite de detecção, deve-se usar nos cálculos a metade do
limite de detecção e não o valor zero. Todo bom laboratório deve ser capaz de informar
seu limite de detecção.
400
Vmédia = 90 km / h
4,1667
Se usarmos a média harmônica teremos:
2 2 2 80 120
MH = = = = 96 km / h
1 1 120 + 80 200
( + ) ( )
80 120 120 80
A média harmônica é dada pelo inverso da média aritmética dos inversos e é útil
quando se tem valores que representam taxas de variação. Neste exemplo, as taxas de
variação são as velocidades, que representam taxas de variação da distância no tempo.
Inferência
População
Amostra
Probabilidades
Figura 5.8. Relação entre amostra e população
Obter medidas de interesse não é tão simples quanto possa parecer e pode
envolver diversas operações dentre as quais:
• Seleção do local de amostragem;
• Definição da estratégia de amostragem;
• Escolha do método de amostragem (como os elementos das amostras serão
coletados);
• Determinação da frequência de medição (frequência de coleta de elementos da
amostra);
• Definição de quantos elementos serão coletados (tamanho da amostra);
• Execução da amostragem;
• Transporte e cuidados com a amostra;
• Preparação das amostras;
• Análise das amostras;
• Interpretação dos dados;
• Apresentação cuidadosa dos resultados.
tabelas de números aleatórios, de modo que se obtenha uma amostra imparcial. A figura
5.9. ilustra a amostragem aleatória simples.
Quadro 5.3.
tivessem o maior potencial de exposição aos níveis mais altos de poeira. Estes
Quadro 5.4.
amostra correta.
dpa =
(C i − MA)
2
(população)
n
s=
(C i −X)
2
(amostra)
(n − 1)
Onde:
Cj = medidas/valores individuais
n = número de medidas
a) 70.
b) 74.
c) 75.
d) 76.
e) 80.
Feedback: (20*70 + 30*80) / 50 = 76
a) 5 trabalhadores.
b) 7 trabalhadores.
c) 9 trabalhadores.
d) 11 trabalhadores.
e) 12 trabalhadores.
Feedback: tabela 5.10.
25. Uma distribuição na qual tem-se mais valores baixos do que altos, resultando
numa cauda maior à direita, é dita:
a) Assimétrica positiva.
b) Assimétrica negativa.
c) Mesocúrtica.
d) Platicúrtica.
e) Leptocúrtica.
Feedback: item 5.4.1.
a) Mesocúrtica.
b) Negativamente assimétrica.
c) Positivamente assimétrica.
d) Platicúrtica.
e) Leptocúrtica.
Feedback: item
OBJETIVOS DO ESTUDO
6.1. INTRODUÇÃO
Entre todas as atividades humanas, o trabalho é a principal. A vida do indivíduo é
estruturada em função de seu trabalho, de maneira que a relação estabelecida entre o
indivíduo e sua ocupação será um determinante para a sua qualidade de vida. Toda a
organização da sociedade é definida por relações de trabalho, sendo os valores sociais
do trabalho um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Isso posto, é natural
que em todas as normas e regulamentos formulados e aplicados com o intuito de
disciplinar a convivência social e a relação entre os homens, tenhamos aspectos que
tocam o mundo do trabalho.
A Revolução Industrial, que teve, entre outros marcos, a invenção da máquina de
fiar (roda de fiar composta, capaz de produzir oito fios simultaneamente), por James
Hargreaves, em 1767 e do tear mecânico, pelo Rev. Edmundo Cartwright, em 1785,
implicou a mecanização da agricultura, a aplicação da força motriz à indústria, o
desenvolvimento do sistema fabril, grande impulso nos transportes e nas comunicações
e, por último, mas não menos importante, considerável acréscimo do controle capitalista
sobre quase todos os ramos da atividade econômica. As mudanças que a humanidade
vivenciou na sua estrutura, com as transformações do trabalho advindas da Revolução
Industrial, provocaram a necessidade de estabelecer padrões mínimos de relação entre o
homem, ambiente e os meios de produção que fossem compatíveis com a condição
humana.
Historicamente, o Direito à Saúde do Trabalhador vem evoluindo desde as
primeiras anotações sobre doenças do trabalho e sua relação com o ambiente, na Roma
antiga, no Renascimento, na Alemanha, na Itália em 1700 com Ramazzini, com
descrições detalhadas de pneumoconioses, estresse, neuroses e lesões por esforços
repetitivos, entre outras. Durante a Revolução Industrial, a concepção à época era a de
que as lesões, acidentes e enfermidades eram subprodutos da atividade empresarial e a
prevenção era responsabilidade do próprio trabalhador. Em 1802, a Inglaterra aprovou a
primeira lei de proteção aos trabalhadores, a Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes, que
estabelecia limite de 12 (doze) horas por dia, proibia trabalho noturno, obrigava os
empregadores a lavar as fábricas e tornava a ventilação obrigatória.
O “Factory Act”, de 1833, aplicava-se a todas as empresas da Inglaterra e proibia
mais de 69 (sessenta e nove) horas semanais; exigia escolas para menores de 13 (treze)
anos; exigia idade mínima de 9 (nove) anos para o trabalho e já obrigava a existência de
um atestado médico para o trabalho.
A Igreja, com a Encíclica "De Rerum Novarum", de 1891, interessa-se pela
condição de trabalho dos operários, e surgem, a partir de 1884, na Alemanha, as
primeiras leis de acidente do trabalho, estendendo-se a outros países, até chegar ao
Brasil em 1919, com o Decreto Legislativo Nº 3.724.
As grandes manifestações referentes à organização das sociedades que a
humanidade vivenciou no século XX, a atuação da Organização Internacional do
Trabalho e a luta direta dos trabalhadores em seus locais de trabalho, especialmente na
Itália, foram elementos fundamentais para as transformações que levam à caracterização
do conceito técnico e jurídico da Segurança e Saúde do Trabalhador. Incorpora-se ao
Direito a noção ética de que o ambiente de trabalho está inserido no meio ambiente, na
sua acepção mais ampla, de modo que é impossível alcançar qualidade de vida sem
contar com qualidade de vida no trabalho.
Quando, na sociedade capitalista, o indivíduo vende sua força de trabalho a outro,
está transacionando apenas sua capacidade de trabalho; a saúde do ser humano não
pode ser considerada como simples material de consumo ou passível de ser valorada.
Embora exista a incidência dos diversos ramos do Direito no mundo do trabalho,
dado seu caráter social, naturalmente aquele que mais impacta e comparece na prática
da Segurança e Saúde no Trabalho é o Direito Trabalhista. É sobre esse ramo que
devemos adquirir os conceitos básicos do ordenamento jurídico, ao longo da hierarquia
das normas legais. Nesse propósito, destacamos os tópicos de interesse para a relação
de trabalho presentes na Constituição Federal e na legislação ordinária, entendida como
tal a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
As especificidades da área estão disciplinadas em Portaria própria, cujo texto
original foi publicado por meio da Portaria Nº 3.214 em 8 de junho de 1978, assinada pelo
então Ministro de Estado do Trabalho, Arnaldo Prieto.
6.3. DEFINIÇÕES
6.3.1. DIREITO
Trata-se do conjunto harmônico de regras de organização e comportamento que,
consagrado pelo Estado, se impõe coativamente, no intuito de disciplinar a convivência
em sociedade.
Considerando a área de atuação, divide-se o Direito em Direito Público e Direito
Privado. O Direito Público pode ser externo (Internacional Público) ou interno
(Constitucional, Administrativo, Tributário, Criminal, processual civil ou criminal).
O Direito Privado pode ser dividido em Civil, Comercial, Trabalhista e Internacional
Privado.
6.3.2. LEI
Norma geral e abstrata, emanada do poder competente e provida de força
obrigatória.
É norma geral porque se dirige a todos e não a pessoas ou grupos específicos.
É abstrata por tratar-se de formulação intelectual, um modelo que visa equacionar
uma situação vivida em sociedade. A Lei é produzida no campo das ideias, por isso pode
ser entendida como uma construção abstrata.
Deve ser emanada de Poder Competente, para que tenha todos os atributos de
validade e eficácia, devendo ser elaborada segundo procedimento estabelecido por
normas de hierarquia superior.
É provida de força obrigatória por representar a vontade geral, legítima dentro da
organização social e política do país.
Artigo 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
I. relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa,
nos termos da lei complementar, que preverá indenização compensatória, entre outros
direitos;
II. seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III. fundo de garantia de tempo de serviço;
IV. salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim;
V. piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI. irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII. garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII. décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX. remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X. proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI. participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII. salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº. 20, de 15/12/98)
XIII. duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento salvo negociação coletiva;
XV. repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por
cento à do normal;
XVII. gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que
o salário normal;
XVIII. licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
cento e vinte dias;
XIX. licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX. proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos,
nos termos da lei;
XXI. aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,
nos termos da lei;
XXII. redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXIII. adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei;
XXIV. aposentadoria;
XXV. assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5
(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Inciso alterado pela Emenda Constitucional
nº 53, de 19/12/2006);
XXVI. reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII. proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII. seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX. ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
28, de 25/05/2000);
XXX. proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI. proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critério de
admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII. proibição de distinção entre o trabalho manual, técnico e intelectual ou entre
os profissionais respectivos;
XXXIII. proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e
de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98);
XXXIV. igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso;
Artigo 23º. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
II. cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;
VI. proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
Artigo 195º. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições
sociais:
I. do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98);
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único modificado para § 1º pela Emenda
Constitucional nº. 29, de 13/09/00)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos
a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os art. 158 e 159, inciso I, alínea
b e § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 3º. Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:
(Parágrafo incluído pela Emenda Constitucional nº. 29, de 13/09/00)
I – Os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 86, de 2015);
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas
esferas federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de
2000)
Artigo 200º. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
I. controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;
II. executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;
III. ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV. participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico;
V. incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico
e a inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015);
VI. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e água para consumo humano;
VII. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos
proventos do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 1998)
§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. 42,
142 e 143 e o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime
próprio de previdência social terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou
aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre as receitas de contribuição
referentes aos militares e as receitas de contribuição aos demais regimes. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades
de economia mista e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente,
observado o cumprimento do tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima
de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
ARTIGO 1º
O Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei Nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação:
CAPÍTULO V
Da Segurança e da Medicina do Trabalho
Seção I
Disposições Gerais
ARTIGO 154
A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capítulo, não
desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, em relação à
ARTIGO 155
Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e
medicina do trabalho:
I. estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos
preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no Artigo 200;
II. coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais
atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho, em todo o território
nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do trabalho;
III. conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das
decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho em matéria de segurança e
medicina do trabalho.
ARTIGO 156
Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua
jurisdição:
I. promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do
trabalho;
II. adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste
Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam
necessárias;
III. impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes
deste Capítulo, nos termos do artigo 201.
ARTIGO 157
Cabe às empresas:
I. cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II. instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a
tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais;
III. adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente;
IV. facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
ARTIGO 158
Cabe aos empregados:
I. observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções
de que trata o item II do artigo anterior;
II. colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do
artigo anterior;
b) ao uso de equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.
ARTIGO 159
Seção II
Da Inspeção Prévia e do Embargo ou interdição
ARTIGO 160
Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e
aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria
de segurança e medicina do trabalho.
§ 1º. Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas
instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar,
prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho.
§ 2º. É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia Regional
do Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações.
ARTIGO 161
O Delegado Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico do serviço competente
que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar
estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra,
indicando na decisão tomada com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências
que deverão ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho.
§ 1º. As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às
medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.
§ 2º. A interdição ou embargo poderá ser requerido pelo serviço competente da
Delegacia Regional do trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por
entidade sindical.
§ 3º. Da decisão do Delegado regional do Trabalho poderão os interessados
recorrer, no prazo de dez dias, para o órgão de âmbito nacional competente em matéria
de segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito suspensivo ao
recurso.
§ 4º. Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem,
após determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de máquina ou equipamento, ou
o prosseguimento de obra, se, em consequência, resultarem danos a terceiros.
§ 5º. O Delegado Regional do Trabalho, independente de recurso. E após laudo
técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição.
§ 6º. Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou embargo,
os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.
Seção III
Dos órgãos de segurança e de medicina do trabalho nas empresas
ARTIGO 162
ARTIGO 163
Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos
estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.
Parágrafo único. O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a
composição e o funcionamento das CIPA.
ARTIGO 164
Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de
acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o
parágrafo único do Artigo anterior.
§ 1º. Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles
designados.
§ 2º. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
§ 3º. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida
uma reeleição.
§ 4º. O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões
da CIPA.
§ 5º. O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o
Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.
ARTIGO 165
Os titulares da representação dos empregados nas CIPA não poderão sofrer
despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar,
técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de
reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos
mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.
Seção IV
Do Equipamento de Proteção Individual
ARTIGO 166
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de
proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.
ARTIGO 167
O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do trabalho.
Comentário: As disposições legais determinam como obrigações do empregador,
quanto ao fornecimento do equipamento de proteção individual-EPI: adquirir o tipo
adequado ao risco ao qual estaria sujeito o trabalhador no desempenho de suas
atividades; adquirir somente aqueles aprovados pelo Ministério do Trabalho; Promover o
treinamento do trabalhador para ensiná-lo a usar corretamente o EPI, convencendo-o da
obrigatoriedade do uso; substituir desde logo o EPI danificado; promover a higienização e
manutenção periódica do EPI; fiscalizar o EPI fornecido, denunciando ao Ministério do
Trabalho qualquer irregularidade, por exemplo, na qualidade do material utilizado.
Quando o danificado o EPI, tendo sido esse dano provocado conscientemente pelo
empregado (dolo) será lícito o desconto em salário, conforme o artigo 462 da
Consolidação das Leis do Trabalho.
“Artigo 462. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do
empregado, salvo quando...
§1º. Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, na
ocorrência de dolo do empregado.”
Quando restar comprovada a desídia, poderá resultar na qualificação de “falta
grave”, a ensejar a dispensa por justa causa, de acordo com o firmado pelo artigo 482 da
Consolidação das Leis do Trabalho.
“Artigo 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho:
e) Desídia no desempenho das respectivas funções;”
Seção V
Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho
ARTIGO 168
Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições
estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo
Ministério do Trabalho: (redação dada pela Lei nº 7.855/89)
I. na admissão;
II. na demissão;
III. periodicamente.
§ 1º. O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão
exigíveis exames:
a) por ocasião da demissão;
b) complementares.
§ 2º. Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para
apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que
deva exercer.
§ 3º. O Ministério do trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o
tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos.
§ 4º. O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à
prestação de primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade.
§ 5º. O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será
comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica.
§ 6º Serão exigidos exames toxicológicos, previamente à admissão e por ocasião
do desligamento, quando se tratar de motorista profissional, assegurados o direito à
ARTIGO 169
Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em
virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de
conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Seção VI
Das Modificações
ARTIGO 170
As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam perfeita
segurança aos que nela trabalhem.
ARTIGO 171
Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, três metros de pé direito, assim
considerada a altura livre do piso ao teto.
Parágrafo único. Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as
condições de iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho,
sujeitando-se tal redução ao controle do órgão competente em matéria de segurança e
medicina do trabalho.
ARTIGO 172
Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem depressões
que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.
ARTIGO 173
As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que impeçam a queda
de pessoas ou de objetos.
ARTIGO 174
As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores, coberturas
e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições de segurança e de
higiene do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-se em perfeito
estado de conservação e limpeza.
Seção VII
Da Iluminação
ARTIGO 175
Seção VIII
Do Conforto Térmico
ARTIGO 176
Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço
realizado.
Parágrafo único. A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não
preencha as condições de conforto térmico.
ARTIGO 177
Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude de
instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta adequada
para o trabalho em tais condições ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento
térmico e recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as
radiações térmicas.
ARTIGO 178
As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser mantidas dentro
dos limites fixados pelo Ministério do trabalho.
Seção IX
Das Instalações Elétricas
ARTIGO 179
O Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança e as medidas
especiais a serem observadas relativamente às instalações elétricas em qualquer das
fases de produção, transmissão, distribuição ou consumo de energia.
ARTIGO 180
Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar
instalações elétricas.
ARTIGO 181
Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem
estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.
Seção X
Da Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
ARTIGO 182
ARTIGO 183
As pessoas que trabalharem na movimentação de materiais deverão estar
familiarizadas com os métodos racionais de levantamento de cargas.
Seção IX
Das Máquinas e Equipamentos
ARTIGO 184
As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e
parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho,
especialmente quanto ao risco de acionamento acidental.
Parágrafo único. É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso
de máquinas e equipamentos que não atendam o disposto neste artigo.
ARTIGO 185
Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas
paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste.
ARTIGO 186
O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e medidas
de segurança na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à
proteção das partes móveis, distância entre elas, vias de acesso às máquinas e
equipamentos de grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua adequação e
medidas de proteção exigidas quando motorizadas ou elétricas.
Seção XII
Das caldeiras, Fornos e Recipientes sob Pressão
ARTIGO 187
ARTIGO 188
As caldeiras serão periodicamente submetidas a inspeções de segurança, por
engenheiro ou empresa especializada, inscritos no Ministério de Trabalho, de
conformidade comas instruções que, para esse fim, forem expedidas.
§ 1º. Toda caldeira será acompanhada de “Prontuário”, com documentação original
do fabricante, abrangendo, no mínimo: especificação técnica, desenhos, detalhes, provas
e testes realizados durante a fabricação e a montagem, características funcionais e a
pressão máxima de trabalho permitida (PMTP), esta última indicada em local visível na
própria caldeira.
§ 2º. O proprietário de caldeira deverá organizar, manter atualizado e apresentar,
quando exigido pela autoridade competente, o Registro de Segurança, no qual serão
anotadas, sistematicamente, as indicações das provas efetuadas, inspeções, reparos e
quaisquer outras ocorrências.
§ 3º. Os projetos de instalação de caldeiras, fornos e recipientes sob pressão
deverão ser submetidas à aprovação prévia do órgão regional competente em matéria de
segurança do trabalho.
Seção XIII
Das Atividades Insalubres ou Perigosas
ARTIGO 189
Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados à agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
ARTIGO 190
O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres
e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de
tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição
do empregado a esses agentes.
Parágrafo único. As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do
organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos,
irritantes, alergênicos ou incômodos.
ARTIGO 191
A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
ARTIGO 192
O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por
cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e
mínimo.
ARTIGO 193
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012)
I - Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
II - Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
§ 1º. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
§ 2º. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe
seja devido.
§ 3º. Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza
eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído pela Lei nº
12.740, de 2012)
§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em
motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014)
ARTIGO 194
O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará
com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e
das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
ARTIGO 195
A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as
normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do
Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
ARTIGO 196
Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou
periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos
quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11. (Art.
11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017))
ARTIGO 197
Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais
de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua
composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente,
segundo a padronização internacional.
Parágrafo único. Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas
neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com
advertência quanto aos materiais e substâncias perigosas ou nocivas à saúde.
Seção XIV
Da prevenção da Fadiga
ARTIGO 198
É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que o empregado pode remover
individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e
da mulher.
Parágrafo único. Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de
material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou
quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos,
fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos dos empregados serviços superiores as
suas forças.
ARTIGO 199
Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta ao
trabalhador, capazes de evitar posições incômodas ou forçadas, sempre que a execução
da tarefa exija que trabalhe sentado.
Seção XV
Das outras Medidas Especiais de Proteção
ARTIGO 200
Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às
normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou
setor de trabalho, especialmente sobre:
I. Medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual em
obras de construção, demolição ou reparos;
II. Depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e explosivos,
bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas;
III. Trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo quanto
à prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos e soterramentos, eliminação de
poeiras, gases, etc. e facilidades de rápida saída dos empregados.
IV. proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com
exigências ao especial revestimento de portas e paredes’, construção de paredes contra
fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores
de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização;
V. proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a
céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento e profilaxia de
endemias;
VI. proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações
ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao
ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação, ou
atenuação desse efeitos, limites máximos quanto ao tempo de exposição, a intensidade
da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos
obrigatórios, limites de idade, controle permanente dos locais de trabalho e das demais
exigências que se façam necessárias;
VII. higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, instalações
sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestuários e armários
individuais, refeitórios ou condição de conforto por ocasião das refeições, fornecimento
de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execução,
tratamento de resíduos industriais;
VIII. emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de perigo.
Parágrafo único. Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as normas a
que se refere este artigo serão expedidas de acordo com as resoluções a respeito
adotadas pelo órgão técnico.
Seção XVI
Das Penalidades
ARTIGO 201
As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do trabalho serão
punidas com multa de 3 (três) a 30 (trinta) vezes o valor de referência previsto no artigo
Artigo 2º. As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão dirimidos pela Secretaria
de Segurança e Medicina do Trabalho (). (atual Subsecretaria de Inspeção do Trabalho
do Ministério da Economia)
Artigo 3º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
CAPÍTULO I
DO CONSELHO NACIONAL DO TRABALHO
Art. 2º O Conselho Nacional do Trabalho, órgão colegiado de natureza consultiva,
integrante da estrutura organizacional do Ministério da Economia, é composto de forma
tripartite, observada a paridade entre representantes dos trabalhadores e dos
empregadores.
Art. 3º Compete ao Conselho Nacional do Trabalho:
I - Propor políticas e ações para modernizar as relações de trabalho;
II - Estimular a negociação coletiva e o diálogo social como mecanismos de solução
de conflitos;
III - promover o entendimento entre trabalhadores e empregadores e buscar
soluções em temas estratégicos relativos às relações de trabalho;
IV - Propor diretrizes para a elaboração dos planos, dos programas e das normas
sobre políticas públicas em matéria trabalhista, de competência do Ministério da
Economia, com base em informações conjunturais e prospectivas das situações política,
econômica e social do País;
V - Propor estudos e analisar instrumentos legislativos e normas complementares
que visem a aperfeiçoar as condições e as relações de trabalho; e
VI - Pronunciar-se sobre outros assuntos que lhe sejam submetidos, na sua área de
competência.
Art. 4º O Conselho Nacional do Trabalho será composto por dezoito
representantes, sendo:
I - Seis do Poder Executivo federal;
II - Seis dos empregadores; e
III - seis dos trabalhadores.
§ 1º Cada membro do Conselho Nacional do Trabalho terá um suplente, que o
substituirá em suas ausências e seus impedimentos.
CAPÍTULO II
DA COMISSÃO TRIPARTITE PARITÁRIA PERMANENTE
Art. 10. A Comissão Tripartite Paritária Permanente, órgão colegiado de natureza
consultiva, é composto de forma tripartite, observada a paridade entre representantes dos
trabalhadores e dos empregadores.
Art. 11. Compete à Comissão Tripartite Paritária Permanente:
I - Propor ações nas áreas de segurança e saúde no trabalho;
II - Propor medidas de compatibilização entre a proteção ao trabalhador e o
desenvolvimento econômico do País;
III - estimular o diálogo entre trabalhadores e empregadores de forma a melhorar as
condições de trabalho;
IV - Elaborar estudos e, quando solicitado, participar do processo de revisão das
normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho; e
V - Elaborar estudos e acompanhar pesquisas e eventos científicos relativos à
prevenção de acidentes e doenças do trabalho.
Art. 12. A Comissão Tripartite Paritária Permanente será composta por dezoito
representantes, sendo:
I - Seis do Poder Executivo federal;
II - Seis dos empregadores; e
III - seis dos trabalhadores.
§ 1º Cada membro do colegiado terá um suplente, que o substituirá em suas
ausências e seus impedimentos.
§ 2º Os seis membros de que trata o inciso I do caput e respectivos suplentes
serão indicados pelos titulares dos seguintes órgãos:
I - Cinco membros do Ministério da Economia, sendo:
a) três da Secretaria do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho,
um dos quais a presidirá;
b) um da Secretaria de Previdência da Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho; e
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 18. A Secretaria-Executiva do Conselho Nacional do Trabalho e da Comissão
Tripartite Paritária Permanente será exercida pela Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia.
Art. 19. Os membros do Conselho Nacional do Trabalho, da Comissão Tripartite
Paritária Permanente e das respectivas comissões temáticas e grupos de trabalho que se
encontrarem no Distrito Federal se reunirão presencialmente e os membros que se
encontrem em outros entes federativos participarão da reunião por meio de
videoconferência ou de outros meios telemáticos.
Art. 20. A participação no Conselho Nacional do Trabalho, na Comissão Tripartite
Paritária Permanente, nas respectivas comissões temáticas e grupos de trabalho será
considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.
Art. 21. O Conselho Nacional do Trabalho e a Comissão Tripartite Paritária
Permanente deverão elaborar relatório anual de suas atividades, que conterá a avaliação
da produção e dos resultados alcançados.
Parágrafo único. Os relatórios de que trata o caput serão encaminhados ao
Secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia no prazo de
trinta dias após a data de realização da última reunião anual do Conselho Nacional do
Trabalho e da Comissão Tripartite Paritária Permanente.
Art. 22. Ficam revogados:
I – o Decreto nº 4.796, de 29 de julho de 2003;
II – os itens IX a XII do Anexo ao Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011; e
III – o Decreto nº 9.028, de 6 de abril de 2017.
Art. 23. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 30 de julho de 2019; 198º da Independência e 131º da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Paulo Guedes
VI - Aprovação;
V - Inovações tecnológicas.
I - Os pressupostos da proposta;
IV - O cronograma de trabalho.
Art. 5º O texto técnico básico será elaborado por Grupo Técnico - GT, a ser
constituído pelo DSST e composto por Auditores-Fiscais do Trabalho.
Art. 6º O DSST poderá, ouvida a CTPP, constituir Grupo de Estudo Tripartite - GET,
com finalidade de aprofundar os estudos sobre o tema a ser regulamentado, previamente
à constituição do GT.
§1º O GET será constituído de forma paritária por 2 (dois) a 6 (seis) membros de
cada bancada, indicados pelas entidades que compõem a CTPP.
§2º A primeira reunião do GET poderá ocorrer, ainda que a composição do Grupo
não esteja completa.
Art. 7º O texto técnico básico será disponibilizado para consulta pública com o
objetivo de dar publicidade à proposta de regulamentação e de possibilitar a análise e o
encaminhamento de sugestões por parte da sociedade.
§1º Cabe ao DSST, ouvida a CTPP, definir o prazo da consulta pública que pode
variar de 30 (trinta) a 120 (cento e vinte) dias.
§4º O DSST, ouvida a CTPP, pode decidir pela não submissão à consulta pública
de determinada proposta.
§1º O GTT deve ser composto por 02 (dois) a (06) seis membros de cada bancada,
indicados pelas entidades que compõem a CTPP.
§2º A primeira reunião do GTT poderá ocorrer, ainda que a composição do Grupo
não esteja completa.
Art. 11. Recebida a proposta apreciada pela CTPP, cabe ao DSST encaminhá-la à
SIT para que esta decida sobre a questão que permanecer controversa e enviar o texto
final para publicação.
Art. 12. Os grupos GT, GET e GTT poderão recomendar ao DSST a realização de
audiências públicas, seminários, debates, conferências ou outros eventos, como forma de
promover a ampla participação da sociedade no processo de elaboração ou revisão de
NR.
Art. 13. O funcionamento dos grupos GT, GET e GTT é regido pela Portaria SIT n°
186, de 28 de maio de 2010, e deve observar os seguintes termos:
III - funcionar pelo tempo de atividade a ser definido pelo DSST, a partir de
avaliação do plano de trabalho.
Parágrafo único. Os Grupos referidos no caput podem ser assessorados por até 2
(dois) técnicos por bancada.
§1º O DSST, ouvida a CTPP, poderá, em conformidade com a Portaria SIT n.º 186,
de 28 de maio de 2010, criar Comissão Nacional Tripartite Temática - CNTT, para
acompanhar a implementação da regulamentação.
§3º A revisão crítica será realizada pela CNTT, quando existir, ou GT constituído
para esse fim.
§5º A CNTT poderá desempenhar as atribuições dos grupos GT, GET e GTT, no
procedimento de revisão de NR.
Art. 15. A participação na CTPP ou em qualquer dos grupos citados nesta Portaria
não dará ensejo à percepção de remuneração específica pelos seus integrantes.
Art. 17. Revoga-se a Portaria MTE n.º 1.127, de 02 de outubro de 2003, publicada
no DOU de 03/10/2003, Seção 1, pág. 100.
6.9. TESTES
1. Avalie a veracidade das assertivas seguintes a respeito da evolução histórica da
legislação aplicada à saúde dos trabalhadores e assinale a alternativa correta.
I. A Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes foi a primeira lei de proteção aos
trabalhadores publicada na Inglaterra.
II. O "Factory Act" publicado na Inglaterra em 1833 proibia jornadas semanais de
trabalho superiores a 69 horas.
III. O Decreto Legislativo nº. 3.724, de 1919, constitui um marco dentro da história
da legislação brasileira dedicada às condições de trabalho da classe operária.
a) V-F-V-F.
b) F-V-F-V.
c) V-V-F-F.
d) V-F-F-V.
e) V-V-V-F.
Feedback: item 6.3.
a) F-V-V-V.
b) V-V-V-F.
c) F-F-V-V.
d) F-V-F-V.
e) V-V-F-F.
Feedback: item 6.4.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Até 1967 vigia no Brasil o sistema indenizatório segundo o qual o empregador, por
ser responsável pelo risco de acidente, era o responsável primário pelo dever de reparar
o infortúnio incapacitante. A indenização era tarifada. Não se indagava mais, como se
exige no Código Civil, a demonstração de conduta culposa, por parte do empregador, a
responsabilidade era objetiva. Só a conduta dolosa do empregado excluía a reparação
acidentária. Tornou-se obrigatória a constituição do seguro de acidentes do trabalho,
realizado por companhias seguradoras privadas, que se sub-rogavam nas obrigações do
empregador. Todavia, a partir de 1967, ocorreu radical transformação no sistema
infortunístico do trabalho, no Brasil. O acidente do trabalho passou a ser, por
determinação constitucional, mais um benefício previdenciário. Adotou-se o risco social,
passando o INSS a ser o órgão autárquico encarregado do pagamento dos benefícios e
auxílios acidentários.
Na prática, se benefícios maiores ocorreram para os empregados vitimados, que
passaram a ter reabilitação profissional e assistência médica com maior elasticidade,
recebendo menos, mas sempre, por outro lado, os empregadores, com louváveis
exceções passaram a se omitir no tocante às normas de segurança e saúde no trabalho,
previstas como garantias mínimas para os trabalhadores.
O homem que produz e gera a riqueza nacional, continua em seu ambiente de
trabalho, no qual passa a maior parte de sua existência, aspirando poeira de sílica livre,
sujeitos à ação de ambientes e trabalhos organizados de maneira não ergonômica, além
de expostos a agrotóxicos e a toda gama de aerodispersóides nocivos à saúde, a
agentes como benzeno, cloro, mercúrio, chumbo, manganês e outros causadores de
doenças profissionais e do trabalho, em verdadeira epidemia, como se tem visto no caso
das Lesões dos Esforços Repetitivos - LER nos grandes centros urbanos ultimamente.
Existe enorme legião de inválidos cadastrados e não cadastrados na previdência social,
em flagrante desigualdade jurídica, que para poderem gozar do meio ambiente que a lei
preceitua, se mortos não estiverem, necessitam ingressar individualmente, com ações
reparatórias de dano, para além de obterem indenizações das incapacidades laborativas,
compelirem os empregadores, indiretamente, ao cumprimento das normas de segurança
e saúde no trabalho. Isto sem falar na quantidade preocupante de acidentes tipo,
causadores de lesões súbitas e violentas, identificáveis de imediato, como se constata
em quedas na construção civil, pelo não cumprimento por parte das construtoras das
normas de segurança, em perdas de dedos e mãos nas serrarias e prensas, sem
qualquer proteção e orientação adequadas, nos desmoronamentos em minas, em razão,
também, da ineficácia parcial da fiscalização e sua quase inoperância, ante as falhas na
legislação vigente.
De acordo com o Artigo 931, “Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os
empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos
danos causados pelos produtos postos em circulação”.
Na hipótese de menor, ainda que não exerça trabalho remunerado, é indenizável o
acidente, nos termos da Súmula nº. 491 do Supremo Tribunal Federal - STF: “É
indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho
remunerado”.
A responsabilidade civil abarca todos os acontecimentos que extravasam o campo
de atuação do risco profissional. Quando a empresa não cumpre a obrigação implícita
concernente à segurança do trabalho de seus empregados tem o dever de indenizar por
inexecução de sua obrigação. Aqui a culpa é de natureza contratual. É a que “se revela
por meio de falta inescusável, no tocante à segurança do empregado, ou a sua exposição
a perigo no desempenho do serviço”. “O acidentado sofreu em virtude de imprudência do
empregador. Não foi o risco que ele corria no trabalho. O ressarcimento do dano há de
consistir, em virtude da inexecução de sua obrigação, por culpa grave”.
Assim, determinando o empregador ou prepostos a um determinado setor de
mecânica de manutenção a remoção de pesadíssima peça sem o equipamento técnico
adequado e as cautelas necessárias, de sorte que o deslizamento ocorreu, ocasionando
no operário, epilepsia pós-traumática que lhe acarretou incapacidade total e permanente
para o trabalho, o fato era perfeitamente previsível, gerando inexecução de sua obrigação
de proteger o trabalhador, ensejadora do ressarcimento.
Configura-se, por outro lado, o ilícito civil quando a conduta do empregador ou
preposto “revela negligência e imprudência, omissão de precauções elementares,
despreocupação e menosprezo pela segurança do empregado, dando causa ao
acidente”, segundo a regra geral da responsabilidade subjetiva, prevista no artigo 186 do
Código Civil, presumindo-se a culpa do patrão por ato culposo do empregado ou preposto
(Súmula nº. 341 do Supremo Tribunal Federal - STF).
Exemplos concretos: age com culpa grave o empregador que permite, ou exige, o
trabalho:
• Em prensas sem proteção, em máquinas defeituosas e perigosas;
• No setor siderúrgico, a mestres ou fiscais arriscado procedimento na retirada de
cargas de sucata, acarretando explosão das caçambas que transportavam
escória liquefeita em alta temperatura;
• Na construção civil, em soldagem de chaminés sem condições de segurança;
• Em soldagem de tanque de álcool;
• Ao simples carpinteiro, exercer atividade de operador de máquina de rebocar
paredes, ou fazer reparos em caldeira que aquecia água;
• Ao pedreiro que foi chamado pelo mestre-de-obras para ser operador de
máquina elétrica;
• A superintendente que exige de empreiteiro o esgotamento de tanque de
combustível com bomba movida a motor de gasolina;
• Ao novato trabalhar como operador de máquina com sistema elétrico danificado
e que funcionava, há dias, com ligação direta;
• Em edifício em construção no décimo nono andar, executar serviço altamente
perigoso, sem usar cinto de segurança;
Artigo 950. Se dá ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o
seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além
das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá
pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da
depreciação que ele sofreu.. As perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do
que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 951. O disposto nos art. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização
devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência,
imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe
lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
Código Penal
Artigo 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente
Pena estipulada: detenção de três meses a um ano, se o fato não constitui crime
mais grave.
7.1.4. JURISPRUDÊNCIA
7.1.4.1. Legítima Defesa
Trabalhador pode recusar tarefa por falta de segurança
Ademais, vige desde 1940, o artigo 132 do Código Penal Brasileiro que reza:
"Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente". Pena: detenção, de três
meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
A exposição de motivos do Código Penal Brasileiro esclarecia a objetividade
jurídica do dispositivo penal em análise. Evitar expor o operário ao risco de grave
acidente.
A recusa por parte dos trabalhadores, como enfatizado na Carta Paulista, de
interromper suas atividades, em condições de risco grave e iminente, encontra sinonímia
na legítima defesa, prevista no Artigo 21 do Código Penal. É causa excludente de
antijuridicidade. É comportamento lícito não apenas na esfera penal, mas também na
civil, nos termos do artigo 65 do Código de Processo Penal e na esfera acidentária do
trabalho, notadamente após o advento da Lei nº. 8.213/91, nitidamente preventiva.
José Luís Dias Campos.
Artigo extraído da Revista Proteção de dezembro de 1995
Fato gerador – Em junho de 1985, a Revista LTr. Vol. 49, nº. 6, publicava artigo de
Marco Aurélio Mendes de Farias Mello, então ministro de Tribunal Superior do Trabalho,
onde se lia: "O fato gerador do direito ao adicional de insalubridade é a prestação de
serviço em ambiente nocivo à saúde do empregado, ou seja, a persistência do quadro
maléfico, em que se pese a adoção de medidas visando situar o local de trabalho dentro
dos limites de tolerância e a utilização de equipamentos de proteção individual. É o que
se depreende dos preceitos dos artigos 191 e 192 da Consolidação das Leis do Trabalho,
consignando este último, como pressuposto do direito ao adicional, o simples exercício
do trabalho em condições insalubres".
Assim, restou bem claro que o adicional de insalubridade é devido pelo simples
exercício do trabalho em condições insalubres. Não bastam esforços para situar o local
de trabalho dentro dos limites de tolerância ou apenas fornecendo equipamentos de
proteção ou, ainda, sua efetiva utilização, se demonstrando, no caso concreto, a
ineficácia dos fornecidos. Nem mesmo o descumprimento, por parte do empregado, de
ordens de serviço, emanadas do poder de comando do empregador, pode servir de
argumento para elidir o pagamento da remuneração por insalubridade.
É que, persistindo o fato gerador, há o dever de pagar o aludido adicional, devendo-
se o empregador servir-se dos meios punitivos postos ao seu alcance pelo legislador.
Ademais, sua omissão em considerar o ato do empregado relapso como faltoso é fator
que faz implodir toda e qualquer campanha de prevenção de acidentes do trabalho.
Péssimo exemplo é constatar a indisciplina ou insubordinação do empregado faltoso e
quedar-se inerte o chefe, o encarregado e o supervisor, não o advertindo por escrito,
suspendendo-o e até mesmo demitindo-o.
José Luís Dias Campos, advogado, ex-promotor e procurador de Justiça do
Ministério Público de São Paulo.
Artigo extraído da Revista Proteção de setembro de 1995.
atuar em empresas que estejam alinhadas com este propósito e que forneçam as
condições necessárias para tal.
O profissional que atua na área da Higiene Ocupacional deve:
• Manter-se em constante aperfeiçoamento sobre os conhecimentos técnicos e
científicos referentes;
• Conhecer detalhadamente os locais de trabalho sob estudo e manutenção;
• Conhecer os diversos riscos existentes nos ambientes de trabalho e os meios
mais eficazes para eliminá-los ou reduzi-los;
• Manter-se atualizado com a legislação vigente relativa ao trabalho, bem como
acompanhar as tendências internacionais;
• Informar aos trabalhadores, em conjunto com a empresa, sobre os riscos
ocupacionais aos quais possam estar expostos, sem ocultar dados,
apresentando as medidas corretivas e preventivas, certificando-se de que os
trabalhadores compreendem as condições de trabalho;
• Estar capacitado a estabelecer prioridades e recomendar medidas de
prevenção e controle de riscos, tecnicamente fundamentadas e viáveis
economicamente para serem efetivadas em sua totalidade;
• Saber lidar com informações consideradas segredos industriais ou comerciais
por parte das organizações, embora em nenhum momento possa ocultar
informações relacionadas com os riscos à saúde dos trabalhadores e outros que
interagem com a empresa;
• Conhecer a descrição do cargo ou atividades que exerce na empresa, bem
como o código de ética da sua categoria profissional.
Em casos onde a empresa na qual o profissional trabalha recusa-se a aplicar
medidas adequadas para resolver ou evitar riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores, recomenda-se que o profissional deve expressar por escrito a sua
preocupação, ressaltando as evidencias objetivas da situação, apresentando
embasamento científico e enfatizando a necessidade de providencias para correção.
7.3. TESTES
1. Avalie quanto à veracidade as afirmações seguintes sobre a responsabilidade
civil e criminal pelo acidente de trabalho e escolha, a seguir, a alternativa correta:
I. Segundo o Código Civil, a responsabilidade civil é independente da criminal, mas
não se pode questionar no processo civil sobre a existência de crime ou de quem
seja o seu autor, quando essas questões já estiverem decididas no processo penal.
II. A indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou
culpa grave do empregador.
III. A jurisprudência firmada nas ações de acidente de trabalho, por ser de natureza
alimentar, é indenizatória e a de responsabilidade civil é compensatória, visando
restabelecer a situação existente anterior ao dano.
2. A obrigação à reparação, nos termos do Código Civil, imposta àquele que por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, causar prejuízo a outrem,
estende-se solidariamente:
a) Aos tios pelos atos dos sobrinhos desde que inexistente a figura dos pais.
b) Aos pais pelos filhos maiores que estiverem em sua companhia e incorrerem em
culpa grave.
c) Ao patrão por seus empregados no exercício do trabalho que lhes competir, ou
por ocasião dele.
d) Aos irmãos maiores pelos atos dos irmãos menores, desde que sejam
declarados hipossuficientes pela Justiça.
e) Aos irmãos menores, que deveriam ter tido mais responsabilidade para não
causar este tipo de problema.
Feedback: item 7.1.2.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Quadro 8.1. O que representam as convenções da OIT e qual é a sua principal finalidade
para cada Estado-Membro?
Resposta:
normativo, que podem ser ratificadas sem limitação de prazo por qualquer dos
Estados-Membros.
A Convenção nº. 174 sobre Prevenção de acidentes maiores foi aprovada pelo
Brasil por meio do Decreto legislativo nº. 246 de junho de 2001, ratificada em 02/08/2001
e promulgada pelo Decreto nº. 4085 de 15 de janeiro de 2002.
Foi desenvolvida para aplicação em instalações sujeitas a riscos de acidentes
maiores. Não é dirigida para instalações nucleares e usinas que processem substâncias
radioativas, instalações militares e transporte fora das instalações distinto do transporte
por tubulações.
Pontos principais:
Pontos principais:
Pontos principais:
Pontos principais:
Pontos principais:
Pontos principais:
Pontos principais:
Pontos principais:
PARTE I
Campo de Aplicações e Definições
ARTIGO 1
1. A presente Convenção aplica-se a todos os ramos de atividade econômica.
2. Todo Membro que ratifique a presente Convenção, depois de consultar as
organizações representativas de empregadores e trabalhadores interessados, se tais
organizações existirem, poderá excluir de sua aplicação os ramos de atividade
econômica em que tal aplicação apresente problemas especiais de certa importância.
3. Todo Membro que ratifique a presente Convenção poderá enumerar, no primeiro
relatório que apresente sobre a aplicação da Convenção, de acordo com o Artigo 22 da
Constituição da Organização Internacional do Trabalho, os ramos que houvessem sido
excluídos em virtude do parágrafo 2 deste Artigo, explicando os motivos da referida
exclusão, e indicando em relatórios subsequentes o estado da legislação e da prática
sobre os ramos excluídos e o grau em que se aplica ou se propõe a aplicar a Convenção
a tais ramos.
ARTIGO 2
1. Todo Membro poderá, em consulta com as organizações representativas de
empregadores e de trabalhadores, se tais organizações existirem, aceitar separadamente
as obrigações previstas nesta Convenção, no que diz respeito:
a) À contaminação do ar;
b) Ao ruído;
c) Às vibrações.
ARTIGO 3
Para fins da presente Convenção:
a) A expressão “contaminação do ar” compreende o ar contaminado por
substâncias que, qualquer que seja seu estado físico, sejam nocivas à saúde ou
contenham qualquer outro tipo de perigo;
b) O termo “ruído” compreende qualquer som que possa provocar uma perda de
audição ou ser nocivo à saúde ou contenha qualquer outro tipo de perigo;
c) O termo “vibrações” compreende toda vibração transmitida ao organismo
humano por estruturas sólidas e que seja nociva à saúde ou contenha qualquer
outro tipo de perigo.
PARTE II
Disposições Gerais
ARTIGO 4
1. A legislação nacional deverá dispor sobre a adoção de medidas no local de
trabalho para prevenir e limitar os riscos profissionais devidos à contaminação do ar, ao
ruído e às vibrações, e para proteger os trabalhadores contra tais riscos.
2. Para a aplicação prática das medidas assim prescritas poder-se-á recorrer à
adoção de normas técnicas, repertórios de recomendações práticas e outros meios
apropriados.
ARTIGO 5
1. Ao aplicar as disposições da presente Convenção, a autoridade competente
deverá atuar em consulta com as organizações interessadas mais representativas de
empregadores e de trabalhadores.
2. Os representantes dos empregadores e dos trabalhadores estarão associados na
elaboração das modalidades de aplicação das medidas prescritas de acordo com o
Artigo 4.
3. Na aplicação das medidas prescritas em virtude da presente Convenção, deverá
ser estabelecida colaboração mais estreita possível, em todos os níveis entre
empregadores e trabalhadores.
4. Os representantes do empregador e os representantes dos trabalhadores na
empresa deverão Ter a possibilidade de acompanhar os agentes de inspeção do trabalho
no controle da aplicação das medidas prescritas de acordo com a presente Convenção, a
menos que os agentes de inspeção julguem, à luz das diretrizes gerais da autoridade
competente, que isso possa prejudicar a eficácia de seu controle.
ARTIGO 6
1. Os empregadores serão responsáveis pela aplicação das medidas prescritas.
2. Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades no
mesmo local de trabalho, terão o dever de colaborar para aplicar as medidas prescritas,
sem prejuízo da responsabilidade de cada empregador quanto à saúde e à segurança
dos trabalhadores que emprega. Nos casos apropriados, a autoridade competente deverá
prescrever os procedimentos gerais para efetivar essa colaboração.
ARTIGO 7
1. Deverá obrigar-se aos trabalhadores a observância das normas de segurança
destinadas a prevenir e a limitar os riscos profissionais devidos à contaminação do ar, ao
ruído e às vibrações no local de trabalho, e a assegurar a proteção contra tais riscos.
2. Os trabalhadores ou seus representantes terão direito a apresentar propostas,
receber informações e orientação, e a recorrer a instâncias apropriadas, a fim de
assegurar a proteção contra riscos profissionais devidos à contaminação do ar, ao ruído e
às vibrações no local de trabalho.
PARTE III
Medidas de Prevenção e de Proteção
ARTIGO 8
1. A autoridade competente deverá estabelecer os critérios que permitam os riscos
da exposição à contaminação do ar, ao ruído e às vibrações no local de trabalho, e a
fixar, quando cabível, com base em tais critérios, os limites de exposição.
2. Ao elaborar os critérios e ao determinar os limites de exposição, a autoridade
competente deverá tomar em consideração a opinião de pessoas tecnicamente
ARTIGO 9
Na medida do possível, dever-se-á eliminar todo risco devido à contaminação do ar,
ao ruído e às vibrações no local de trabalho:
a) Mediante medidas técnicas aplicadas às novas instalações e aos novos
métodos de sua elaboração ou de sua instalação, ou mediante medidas
técnicas aduzidas às instalações ou operações existentes, ou quando isto não
seja possível;
b) Mediante medidas complementares de organização do trabalho.
ARTIGO 10
Quando as medidas adotadas em conformidade com o Artigo 9 não reduzam a
contaminação do ar, o ruído e as vibrações no local de trabalho a limites especificados de
acordo com o Artigo 8, o empregador deverá proporcionar e conservar em bom estado o
equipamento de proteção pessoal apropriado. O empregador não deverá obrigar um
trabalhador a trabalhar sem o equipamento de proteção pessoal previsto neste Artigo.
ARTIGO 11
1. O estado de saúde dos trabalhadores expostos ou que possam estar expostos
aos riscos profissionais de contaminação do ar, ao ruído e às vibrações no local de
trabalho deverá ser objeto de controle, a intervalos apropriados, segundo as modalidades
e nas circunstâncias fixadas pela autoridade competente. Este controle deverá
compreender um exame médico anterior ao emprego e exames periódicos, conforme
determine a autoridade competente.
2. O controle previsto no parágrafo 1 do presente Artigo não deverá implicar
despesa para o trabalhador.
3. Quando, por razões médicas, seja desaconselhável a permanência de um
trabalhador em uma função sujeita à exposição à contaminação do ar, ao ruído ou às
vibrações, deverão ser adotadas todas as medidas compatíveis com a prática e as
condições nacionais para transferi-lo para outro emprego adequado ou para assegurar-
lhe a manutenção de seus rendimentos, mediante prestações da previdência social ou
por qualquer outro meio.
4. As medidas tomadas para aplicar a presente Convenção não deverão afetar
desfavoravelmente os direitos dos trabalhadores previstos na legislação sobre a
previdência social ou seguros sociais.
ARTIGO 12
A utilização de processos, substâncias, máquinas ou materiais, que serão
especificados pela autoridade competente, que impliquem exposição dos trabalhadores
aos riscos profissionais devidos à contaminação do ar, ao ruído e às vibrações no local
de trabalho, deverão ser comunicadas à autoridade competente, a qual poderá, conforme
o caso autorizá-la, de conformidade com as modalidades determinadas, ou proibi-la.
ARTIGO 13
Todas as pessoas interessadas:
a) Deverão ser apropriadas e suficientemente informadas sobre os riscos
profissionais que possam originar-se no local de trabalho devido à
contaminação do ar, ao ruído e às vibrações;
b) Deverão receber instruções suficientes e apropriadas quanto aos meios
disponíveis para prevenir e limitar tais riscos, e proteger-se dos mesmos.
ARTIGO 14
Deverão ser adotadas medidas, tendo em conta as condições e os recursos
nacionais, para promover a pesquisa no campo da prevenção e limitação dos riscos
devidos à contaminação do ar, ao ruído e às vibrações no local de trabalho.
PARTE IV
Medidas de Aplicação
ARTIGO 15
Segundo as modalidades e nas circunstâncias fixadas pela autoridade competente,
o empregador deverá designar pessoa competente ou recorrer a serviço especializado,
comum ou não a várias empresas, para que se ocupe das questões de prevenção e
limitação da contaminação do ar, do ruído e das vibrações no local de trabalho.
ARTIGO 16
Todo Membro deverá:
a) Adotar, por via legislativa ou por qualquer outro método conforme a prática e as
condições nacionais, as medidas necessárias, incluído o estabelecimento de
sanções apropriadas, para dar efeito às disposições da presente Convenção;
b) Promover serviços de inspeção apropriados para velar pela aplicação das
disposições da presente Convenção ou certificar-se de que se exerce uma
inspeção adequada.
ARTIGO 17
As ratificações formais desta Convenção deverão ser comunicadas ao Diretor-Geral
da Oficina Internacional do trabalho para registro.
ARTIGO 18
1. Esta Convenção será obrigatória apenas para aqueles membros da Organização
Internacional do Trabalho cujas ratificações tenham sido registradas junto ao Diretor-
Geral.
2. Esta Convenção entrará em vigor doze meses após a data em que tenham sido
registradas junto ao Diretor-Geral as ratificações de dois Membros.
3. A partir de então, esta Convenção entrará em vigor para cada Membro, doze
meses após a data em que sua ratificação tenha sido registrada.
ARTIGO 19
1. Todo Membro que tenha ratificado esta Convenção poderá, no término de um
período de dez anos, a partir da data em que entrou em vigor pela primeira vez,
denunciar a Convenção em seu conjunto ou uma ou várias das categorias de riscos a
que se refere o Artigo 2, através de um ato comunicado ao Diretor-Geral da Oficina
Internacional do Trabalho, para registro. Tal denúncia surtirá efeito um ano depois da
data em que tenha sido registrada.
2. Todo Membro que tenha ratificado esta Convenção e que não exerça, durante o
ano seguinte à expiração do período de dez anos mencionado no parágrafo anterior, o
direito de denúncia previsto neste Artigo, estará obrigado por outro período de dez anos
e, a partir de então, poderá denunciar esta Convenção ao término de cada período de
dez anos, nos termos previstos neste Artigo.
ARTIGO 20
1. O Diretor-Geral da Oficina Internacional do Trabalho deverá comunicar a todos
os Membros da Organização Internacional do Trabalho o registro de todas as
ratificações, declarações e denúncias comunicadas pelos Membros da Organização.
2. Ao comunicar aos Membros da Organização o registro da Segunda ratificação, o
Diretor-Geral chamará a atenção dos Membros para a data em que a Convenção entrará
em vigor.
ARTIGO 21
O Diretor-Geral da Oficina Internacional do Trabalho comunicará ao Secretário-
Geral das Nações Unidas, para fins de registro e de conformidade com o Artigo 102 da
Carta das Nações Unidas, uma informação completa sobre todas as ratificações,
declarações e atos de denúncia registrados por ele, de acordo com os termos dos Artigos
precedentes.
ARTIGO 22
Toda vez que julgue necessário, o Conselho de Administração da Oficina
Internacional do Trabalho apresentará à Conferência um relatório sobre a aplicação da
Convenção e examinará a conveniência de ser colocada na Agenda da Conferência a
questão da sua revisão total ou parcial.
ARTIGO 23
1. Caso a Conferência adote nova Convenção que modifique total ou parcialmente
a presente Convenção, então, a menos que a nova Convenção determine em contrário:
a) A ratificação por um Membro da nova Convenção modificativa implicará, ipso
jure, na denúncia imediata da presente Convenção, não obstante as
determinações do Artigo 19, quando a nova Convenção modificativa tenha
entrado em vigor;
b) A partir da data da entrada em vigor da nova Convenção modificativa, a
presente Convenção deixará de estar aberta à ratificação pelos Membros.
2. Esta Convenção entrará em vigor, em sua forma e conteúdo originais, para
aqueles Membros que a tenham ratificado, mas que não tenham ratificado a Convenção
modificativa.
ARTIGO 24
As versões em inglês e francês do texto desta Convenção são igualmente
autênticas.
Quadro 8.2.
concorrentemente à União, aos estados (Artigo 24, inciso XII) e suplementarmente, aos
municípios (Artigo 30, inciso II).
A Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1990, chamada de Lei Orgânica da Saúde
que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde; a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências
definem no seu Capítulo I, artigo 3°, Saúde do Trabalhador como:
”um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância
epidemiológica1 e vigilância sanitária2, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de
trabalho, abrangendo:
I. assistência ao trabalhador vítima de acidente do trabalho ou portador de doença
profissional e do trabalho;
II. participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em
estudos e pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde
existentes no processo de trabalho;
III. participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), de
normalização, fiscalização e controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de
máquinas, e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
IV. avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde do trabalhador;
V. informação ao trabalhador e a sua respectiva entidade sindical e as empresas
sobre os riscos do acidente de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os
resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão,
periódicos, e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;
VI. participação na normalização, fiscalização, e controle nos serviços de saúde do
trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII. revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de
trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
VIII. “a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a
interdição de máquinas de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando
houver exposição a risco iminente para a vida ou a saúde dos trabalhadores”.
Neste entendimento e na perspectiva da atenção integral à saúde, de acordo com
as realidades locais e regionais, a Portaria nº. 3.908/98 Norma Operacional de Saúde
do Trabalhador (NOST), vem com o objetivo de orientar e instrumentalizar as ações de
saúde do trabalhador urbano e rural pelo Ministério da Saúde, pelos estados e pelos
municípios, habilitados nas condições de gestão previstas na Norma Operacional Básica
do SUS - NOB-SUS 01/96.
1
Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual
e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos.
2
Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à
saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação dos
bens e da prestação de serviços de interesse da saúde o controle de bens de consumo e o controle da
prestação de serviços.
3A Comissão Intergestores Tripartite é composta por representantes dos seguintes órgãos: Ministério da
Saúde; Conselho Nacional dos Secretários Estaduais da Saúde; e Conselho Nacional dos Secretários
Municipais da Saúde.
QUADRO 8.3
QUADRO 8.5
A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora alinha-se com o
conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das
ações de saúde do trabalhador e o trabalho como um dos determinantes do processo
saúde-doença e trazendo os seguintes princípios e diretrizes:
I - Universalidade;
II - Integralidade;
III - Participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social;
IV - Descentralização;
V - Hierarquização;
VI - Equidade;
VII - Precaução.
De acordo com o Art. 201, da Constituição Federal, redação dada pela Emenda
Constitucional no.103, de 2019, a previdência social deve ser organizada sob a forma do
Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observando critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial do poder público e
deve atender:
I - Cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o
trabalho e idade avançada;
II - Proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de
baixa renda;
V - Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou
companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.
Cabe destacar que a Emenda Constitucional no.103, de 2019, manteve a
possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição para concessão das
aposentadorias especiais por agentes nocivos, ou seja, em favor dos segurados cujas
atividades sejam exercidas com efetiva exposição aos agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização
por categoria profissional ou ocupação.
Conforme disposto na Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho –
PNSST, publicada pelo Decreto Nº 7.602/2011, compete ao Ministério da Previdência
Social, atualmente Secretaria da Previdência:
Resposta:
saúde do trabalhador;
interesse nacional.
A CAT deverá ser emitida pela empresa ou pelo próprio trabalhador, por seus
dependentes, pela entidade sindical, pelo médico ou por autoridade (magistrados,
membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União, dos estados e do
Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do
Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar). O formulário preenchido tem que ser entregue
em uma Agência da Previdência Social pelo emitente ou encaminhado via online.
A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho ocorrido com seu
empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte
ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena
de multa variável entre o limite mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição,
sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada na forma do Artigo 286
do Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº. 3.048, de
06/05/1999.
Na unidade de atendimento da Previdência Social, ou mediante Internet, a CAT é
considerada "Inicial" quando corresponder ao registro do evento acidente do trabalho,
típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho. É considerada de "Reabertura"
quando correspondente ao reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de
lesão de acidente do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado
anteriormente ao INSS e de "Comunicação de Óbito" a correspondente ao falecimento
decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, ocorrido após a emissão
da CAT inicial.
As CAT de reabertura e de comunicação de óbito vinculam-se, sempre, às CAT
iniciais, a fim de evitar-se a duplicação na captação das informações relativas aos
registros.
8.4.3. AUXÍLIO-DOENÇA
3
O termo acidentário é quando a prestação ou benefício tem relação com o trabalho e
previdenciário quando não.
4
Perfil Profissiográfico é o documento com o histórico laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo
INSS, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o nome dos
responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais.
8.4.5. AUXÍLIO-ACIDENTE
A Lei no. 8.213, de 1991, considera auxílio-acidente o benefício pago ao
trabalhador que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua capacidade de
trabalho que habitualmente exercia. É concedido para segurados que já recebiam auxílio-
doença.
Têm direito ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, inclusive o doméstico, o
trabalhador avulso e o segurado especial. O contribuinte individual e o facultativo não
recebem o benefício.
Para concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo mínimo de contribuição,
mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de
continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da
Previdência Social.
8.5. TESTES
Feedback: 8.4.
Bibliografia consultada:
BRASIL, Lei nº. 8.080, 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providencias.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm> Acesso em
9/06/2020.
BRASIL. Lei nº. 8.213, de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em 10/06/2020.
OBJETIVOS DO ESTUDO
4.2.2 As empresas que possuam mais de 50% (cinquenta por cento) de seus
empregados em estabelecimentos ou setor com atividade cuja gradação de risco
seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em
função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
risco, de acordo com o Quadro II, anexo, e o subitem 4.2.2. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.1 As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina ficam
obrigadas a elaborar e submeter à aprovação da Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho, até o dia 30 de março, um programa bienal de segurança e
medicina do trabalho a ser desenvolvido. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27
de outubro de 1983)
4.3.1.1 As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de março de cada exercício
poderão constituir o serviço único de que trata o subitem 4.3.1 e elaborar o
programa respectivo a ser submetido à Secretaria de Segurança e Medicina do
Trabalho, no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua instalação. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.5.2 Quando a empresa contratada não se enquadrar no Quadro II, anexo, mesmo
considerando-se o total de empregados nos estabelecimentos, a contratante deve
estender aos empregados da contratada a assistência de seus Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, sejam
estes centralizados ou por estabelecimento. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de
27 de outubro de 1983)
4.5.3 A empresa que contratar outras para prestar serviços em seu estabelecimento
pode constituir SESMT comum para assistência aos empregados das contratadas,
sob gestão própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de
Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.5.3 deve ter seu funcionamento
avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes da empresa
contratante, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho,
ou na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de
Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.11 Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da instalação e
manutenção dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.14.3.1 O SESMT comum pode ser estendido a empresas cujos estabelecimentos não
se enquadrem no Quadro II, desde que atendidos os demais requisitos do subitem
4.14.3. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1º de agosto de 2007)
4.14.4.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.4 deve ter seu funcionamento
avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das
empresas, dos sindicatos de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho,
ou na forma e periodicidade previstas nas Convenções ou Acordos Coletivos de
Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1º de agosto de 2007)
4.15 As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de instituição oficial ou
instituição privada de utilidade pública, cabendo às empresas o custeio das
despesas, na forma prevista no subitem 4.14.1. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33,
de 27 de outubro de 1983)
4.16.1 O ônus decorrente dessa utilização caberá à empresa solicitante. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.17 Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão regional do MTb.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.17.1 O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão regional do MTb e o
requerimento deverá conter os seguintes dados: (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33,
de 27 de outubro de 1983)
Artigo 1°. Alterar a Norma Regulamentadora –NR 5, que dispõe sobre Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, aprovada pela Portaria n°. 3214, de 08 de
junho de 1978, de acordo com o disposto no Anexo a esta Portaria.
Artigo 2°. O Grupo de Trabalho Tripartite – GTT/CIPA, instituído pela Portaria
SSST/MTb n°. 12, de 20 de junho de 1996, acompanhará a implementação das
disposições contidas na nova redação da Norma Regulamentadora, pelo prazo de um
ano a contar do início da vigência desta Portaria.
Artigo 3°. A SSST receberá, até 15 de abril de 1999, as propostas de alterações do
dimensionamento previsto no Quadro I, anexo à Norma Regulamentadora nº. 5,
formuladas pelo GTT/CIPA ou por instâncias bipartites permanentes de negociação.
§ 1º. As propostas serão apreciadas pela Comissão Tripartite Paritária Permanente,
instituída pela Portaria SSST nº. 2, de 10 de abril de 1996, antes da manifestação
conclusiva da SSST.
§ 2º. Transcorrido o prazo estabelecido neste artigo os critérios para recepção das
propostas de alterações relativas a NR 5 seguirá o estabelecido em portaria específica.
Artigo 4°. As alterações da NR 5, aprovadas por esta Portaria, entrarão em vigor
no prazo de noventa dias.
Artigo 5°. Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ZUHER HANDAR
Secretário
DO OBJETIVO
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção
da saúde do trabalhador.
DA CONSTITUIÇÃO
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular
funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,
órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações
recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam
trabalhadores como empregados.
DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de
acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as
alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles
designados.
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida
uma reeleição.
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para
cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem
suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro
estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos
primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil
após o término do mandato anterior.
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu
substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso
necessária a concordância do empregador.
5.14.1 A documentação indicada no item 5.14 deve ser encaminhada ao Sindicato dos
Trabalhadores da categoria, quando solicitada. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de
12 de julho de 2011)
5.14.2 O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos membros
titulares e suplentes da CIPA, mediante recibo. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de
12 de julho de 2011)
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não
poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus
membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto
no caso de encerramento das atividades do estabelecimento. (Alterado pela Portaria
SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
DAS ATRIBUIÇÕES
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança
e saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de
Prevenção da AIDS.
DO FUNCIONAMENTO
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento
de cópias para todos os membros.
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando
faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por
suplente, obedecida a ordem de colocação decrescente que consta na ata de
eleição, devendo os motivos ser registrados em ata de reunião. (Alterado pela
Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
5.31.3 Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve
realizar eleição extraordinária, cumprindo todas as exigências estabelecidas para
o processo eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela
metade. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
DO TREINAMENTO
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e
suplentes, antes da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de
trinta dias, contados a partir da data da posse.
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito
horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.
5.35 . O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal,
entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre aos temas
ministrados. (Revogado pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019)
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata,
cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o
treinamento.
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação
ou a realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data
de ciência da empresa sobre a decisão. (Revogado pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de
julho de 2019)
DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos
empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do
mandato em curso.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias,
a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do processo eleitoral.
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.
DISPOSIÇÕES FINAIS
5.52 (Revogado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
QUADRO I
Dimensionamento da CIPA
n.º de
Empregados
no Estabele- Acima de
* GRU- cimento 0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 10.000
POS a a a a a a a a a a a a a para cada
N.º de 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10000 grupo
Membros de 2.500
da Cipa acrescentar
Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-1
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 3 4 7 9 12 2
Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-1a
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 5 8 9 12 2
Efetivos 1 1 2 2 3 4 4 5 6 7 10 11 2
C-2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 7 9 1
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 10 10 2
C-3
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 8 8 2
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-3a
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 1 1 1 2 2 2 3 5 6 1
C-4
Suplentes 1 1 1 1 1 2 2 2 3 4 4 1
Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 4 6 9 9 11 2
C-5
Suplentes 1 1 2 3 3 3 4 4 5 7 7 9 2
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 6 7 1
C-5a
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 2 3 3 4 5 5 6 8 10 12 2
C-6
Suplentes 1 1 2 3 3 3 4 4 4 6 8 10 2
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-7
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 4 1
n.º de
Empregados
no Estabele- Acima de
* GRU- cimento 0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 10.000
POS a a a a a a a a a a a a a para cada
N.º de 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10000 grupo
Membros de 2.500
da Cipa acrescentar
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 8 9 10 2
C-7a
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 8 2
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 1
C-8
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 4 5 6 8 1
Efetivos 1 1 1 2 2 2 3 5 6 7 1
C-9
Suplentes 1 1 1 2 2 2 3 4 4 5 1
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 4 5 8 9 10 2
C-10
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 4 6 7 8 2
Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 5 6 9 10 12 2
C-11
Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 4 7 8 10 2
Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 5 7 8 9 10 2
C-12
Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 6 6 7 8 2
Efetivos 1 1 3 3 3 3 4 5 6 9 11 13 2
C-13
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 5 7 8 10 2
Efetivos 1 1 2 2 3 4 4 5 6 9 11 11 2
C-14
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 7 9 9 2
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-14a
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 1
Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 5 6 8 10 12 2
C-15
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 4 6 8 10 2
n.º de
Empregados
no Estabele- Acima de
* GRU- cimento 0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 10.000
POS a a a a a a a a a a a a a para cada
N.º de 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10000 grupo
Membros de 2.500
da Cipa acrescentar
Efetivos 1 1 2 3 3 3 4 5 6 8 10 12 2
C-16
Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 4 6 7 9 2
Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
C-17
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 10 2
Efetivos 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
C-18
Suplentes 2 2 3 3 3 4 5 7 8 10 2
Efetivos 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-18a
Suplentes 3 3 3 3 3 4 5 7 9 12 2
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-19
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 1
Efetivos 1 1 3 3 3 3 4 5 5 6 8 2
C-20
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 4 5 6 1
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-21
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 4 6 8 10 12 2
C-22
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 3 5 6 8 9 2
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-23
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
C-24
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 7 8 10 2
n.º de
Empregados
no Estabele- Acima de
* GRU- cimento 0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 10.000
POS a a a a a a a a a a a a a para cada
N.º de 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10000 grupo
Membros de 2.500
da Cipa acrescentar
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-24a
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 4 1
Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-24b
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 3 4 7 9 12 2
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-25
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1
Efetivos 1 2 3 4 5 1
C-26
Suplentes 1 2 3 3 4 1
Efetivos 1 1 2 3 4 5 6 6 1
C-27
Suplentes 1 1 2 3 3 4 5 5 1
Efetivos 1 1 2 3 4 5 6 6 1
C-28
Suplentes 1 1 2 3 4 5 5 5 1
Efetivos 1 2 3 4 5 1
C-29
Suplentes 1 2 3 3 4 1
Efetivos 1 1 1 2 4 4 4 5 7 8 9 10 2
C-30
Suplentes 1 1 1 2 3 3 4 4 6 7 8 9 1
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-31
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-32
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
n.º de
Empregados
no Estabele- Acima de
* GRU- cimento 0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 10.000
POS a a a a a a a a a a a a a para cada
N.º de 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10000 grupo
Membros de 2.500
da Cipa acrescentar
Efetivos 1 1 1 1 2 3 4 5 1
C-33
Suplentes 1 1 1 1 2 3 3 4 1
Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
C-34
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 9 2
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-35
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1
* As atividades econômicas integrantes dos grupos estão especificadas por CNAE nos QUADROS II e III.
QUADRO II
Agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades
Econômicas-CNAE (versão 2.0), para dimensionamento de CIPA
(Dado pela Portaria SIT n.º 14, de 21 de junho de 2007)
Grupo C1 Minerais
05.00-3 06.00-0 07.10-3 07.21-9 07.22-7 07.23-5 07.24-3 07.25-1 07.29-4 08.10-0
08.91-6 08.92-4 08.93-2 08.99-1 09.10-6 09.90-4 19.10-1 23.20-6 23.91-5
C-11 - Borracha
22.11-1 22.12-9 22.19-6
QUADRO III
Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE (Versão 2.0),
com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA (Dado pela
Portaria SIT n.º 14, de 21 de junho de 2007)
9.4. TESTES
Feedback: i
OBJETIVOS DO ESTUDO
10.1. INTRODUÇÃO
A Lei nº. 6.514, de 22 de dezembro de 1977 alterou o capítulo V do título II da
consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho que
vigorava desde 1943, por meio do Decreto no. 5.542, de 1º.de maio de 1943. Determinou
ao órgão de âmbito nacional responsável em matéria de segurança e medicina do
trabalho que estabelecesse normas de aplicação das ordens previstas nesse mesmo
texto, a respeito de:
- Competências institucionais;
- Responsabilidades de empregadores e empregados;
- Inspeções;
- Serviços especializados de segurança e medicina do trabalho;
- Constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
- Fornecimento e uso de Equipamentos de Proteção Individual;
- Exames médicos por conta do empregador;
- Requisitos de segurança em edificações;
- Requisitos sobre iluminação adequada;
- Requisitos sobre conforto térmico;
- Requisitos de segurança em instalações elétricas;
- Critérios de segurança na movimentação, armazenagem e manuseio de
materiais;
- Requisitos de segurança de máquinas e equipamentos;
- Requisitos de segurança das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão;
- Caracterização de atividades insalubres e perigosas;
- Critérios para Prevenção da Fadiga; e
- Requisitos de proteção contra incêndios, acidentes, calor, frio, umidade e ventos,
sobretudo no trabalho a céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável,
alojamento profilaxia de endemias;
- Requisitos de proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas radiações
ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao
ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação ou
atenuação desses efeitos limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade
da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos
obrigatórios, limites de idade controle permanente dos locais de trabalho e das demais
exigências que se façam necessárias, incluindo higiene nos locais de trabalho, com
discriminação de instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios,
vestiários e armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das
refeições, fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e
modo de sua execução e tratamento de resíduos industriais; e ainda
- Emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de perigo.
4.. Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico deve emitir o
Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, que deve ser comprovadamente
disponibilizado ao empregado, devendo ser fornecido em meio físico quando solicitado.
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de riscos ocupacionais; e
e) demissional.
NOTA: O texto anterior da NR 09, publicado pela Portaria SSST no. 25, de 29 de
dezembro de 1994, previa a elaboração do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais - PPRA. A elaboração e implantação deste programa tinha como
objetivo o desenvolvimento de ações de antecipação, reconhecimento, avaliação e
controle dos riscos ambientais, devido às exposições a agentes físicos, químicos e
biológicos que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo
de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
O texto da norma que previa o PPRA determinava a elaboração de um documento
base que contivesse um planejamento anual com estabelecimento de metas,
prioridades e cronograma de ações, formas de registros e divulgação dos dados e
forma de avaliação anual do programa como um todo. A norma também trazia
diretrizes para reconhecimento e avaliações das exposições ocupacionais a agentes
físicos, químicos e biológicos e para implantação de medidas de controle. Texto
disponível em:
<https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_normas_regulamentadoras/NR-
09-atualizada-2019.pdf > Acesso em 17/06/2010.
O texto da NR 09 publicado pela Portaria SEPRT no. 6.735, de março de 2020, veio
a estabelecer os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a
agentes químicos, físicos e biológicos, a partir da identificação de riscos no
programa de gerenciamento de riscos – PGR, proposto na NR 01 – Disposições
gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais, publicado pela Portaria SEPRT no.
6730, de 09 de março de 2020. Sendo assim, não será mais necessário a
elaboração do PPRA.
Todos os requisitos que tratam do desenvolvimento de um programa de prevenção
e gerenciamento de riscos ocupacionais, antes proposto pela NR 09, foram
dispostos no texto da NR 01, permanecendo na NR 09 apenas os critérios e as
diretrizes para avaliação das exposições ocupacionais dos agentes ambientais
físicos, químicos e biológicos que devem subsidiar o PGR.
- O anexo III – Calor, defini critérios para prevenção dos riscos à saúde dos
trabalhadores decorrentes das exposições ocupacionais ao calor.
7 – O Anexo no. 5, Radiações Ionizantes, atualizado pela Portaria MTb n.º 1.084,
de 18 de dezembro de 2018, determina que nas atividades ou operações onde
trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os
princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio
ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela radiação ionizante, são os
constantes da Norma CNEN-NN-3.01: "Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica", de
março de 2014, aprovada pela Resolução CNEN n.º 164/2014, ou daquela que venha a
substituí-la.
15 – O Anexo no. 12, incluiu pela Portaria DNSST n.º 08, de 05 de outubro de
1992, o limite de tolerância para exposição à poeira contendo manganês e seus
compostos de 5 miligramas por metro cúbico de ar (mg/m3), para jornada de 8 horas por
dia. Para atividades referentes à metalurgia de minerais de manganês, fabricação de
baterias e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso de
eletrodos de solda, fabricação de produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras
operações com exposição a fumos de manganês ou de seus compostos o limite de
tolerância é de 1mg/m3 de ar, para jornada de até 8 horas por dia. Sempre que os limites
são ultrapassados o grau de insalubridade é máximo. O pagamento do adicional de
insalubridade por parte do empregador não o desobriga da adoção de medidas de
prevenção e controle que visem a minimizar os riscos dos ambientes de trabalho.
8
LT =
%quartzo + 2
19 – O Anexo no. 13-A, incluído pela Portaria SSST n.º 14, de 20 de dezembro de
1995, com pequenas alterações pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011, traz
orientações que regulamentam ações, atribuições e procedimentos de prevenção da
exposição ocupacional ao Benzeno. Considera o benzeno substância cancerígena e
deve ser aplicado a todas as empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam
ou manipulam benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais de
volume e aquelas por elas contratadas, no que couber.
10.5. TESTES
a) 1 fibra/cm3.
b) 2 fibras/cm3.
c) 10 fibras/cm3.
d) 20 fibras/cm3.
e) 22 fibras/cm3.
Feedback: Tabela 10.4. - 14. – O anexo 12
5.
Na avaliação qualitativa da exposição a agentes biológicos a insalubridade de grau
máximo é caracterizada para trabalhos ou operações onde haja contato
permanente com:
BIBLIOGRAFIA