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eHO-102
AGENTES FÍSICOS I
ALUNO
EDIÇÃO/ANO: 1/2020
CRÉDITOS:
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - EPUSP
DIRETORA: LIEDI LEGI BARIANI BERNUCCI
Equipe Técnica
Conversores Presencial para distância (CPD)
- CAROLINA COSTA BATISTA
- LUCAS BICUDO TING
- KARLA JULIANE DE CARVALHO
Equipe Administrativa
- NEUSA GRASSI DE FRANCESCO
- CRISTIANE FIDELIS SOARES RIOS
- FERNANDA GABRIELA DE CAMARGO LOPES
- RAFAEL DA SILVA CRUZ
“Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, sem a
prévia autorização de todos aqueles que possuem os direitos autorais sobre este documento”.
Sumário
i
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS ......................................1
1.1. CONCEITUAÇÃO ........................................................................................2
1.2. CLASSIFICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................2
1.3. TESTES.......................................................................................................5
CAPÍTULO 2. AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
AO RUÍDO .........................................................................................................................6
2.1. INTRODUÇÃO.............................................................................................7
2.2. GRANDEZAS, UNIDADES E EMBASAMENTO TEÓRICO INICIAL ............7
2.2.1. SOM .....................................................................................................7
2.2.2. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – DECIBEL ........................................8
2.2.3. GRANDEZAS E DEFINIÇÕES ASSOCIADAS AO SOM/RUÍDO ........11
2.2.4. "COMBINANDO" VALORES EM DECIBEL .........................................11
2.2.5. AUDIBILIDADE / SENSAÇÃO SONORA ............................................13
2.2.6. RESPOSTAS DINÂMICAS .................................................................15
2.2.7. VALOR EFICAZ (RMS) .......................................................................15
2.2.8. DETERMINAÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDO DE FONTE EM PRESENÇA
DE RUÍDO DE FUNDO ............................................................................................16
2.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO......................17
2.3.1. ASPECTOS TÉCNICO-LEGAIS .........................................................17
2.3.2. DOSE DE RUÍDO ...............................................................................19
2.3.3. NÍVEL MÉDIO (LAVG) ...........................................................................23
2.3.4. DOSIMETRIA DE RUÍDO ...................................................................24
2.4. EXERCÍCIOS ............................................................................................25
2.5. NORMA BRASILEIRA NBR 1051 – CONTEXTO E APLICAÇÃO ..............28
2.5.1 EFEITOS .............................................................................................28
2.5.2. ASPECTOS LEGAIS...........................................................................29
2.5.3. PRINCIPAIS ASPECTOS DA NBR 10151 ..........................................32
2.5.3.4. DETERMINAÇÃO DO NÍVEL CORRIGIDO – LR ..........................34
2.5.3.5. CONTEÚDO NECESSÁRIO PARA O RELATÓRIO DE ENSAIO .34
2.6. ATENUAÇÃO DE PROTETORES AURICULARES ...................................36
2.6.1. O MÉTODO DO RC/NRR ...................................................................36
2.6.2. O MÉTODO DO RC/NRR - QUAL O DBC A USAR? .........................37
2.6.3. CORREÇÕES PARA O USO REAL DOS PROTETORES ..................37
2.6.4. USO DO DBA AO INVÉS DO DBC .....................................................38
2.6.5. O NRRSF............................................................................................39
2.6.6. CÁLCULO DE ATENUAÇÃO AO RUÍDO............................................39
2.7. ESCLARECIMENTOS E DÚVIDAS SOBRE O AGENTE RUÍDO ..............45
2.7.1. PARA COMEÇO DE CONVERSA ......................................................45
2.7.2. MEDINDO O NÍVEL DE PRESSÃO SONORA ....................................47
2.7.3. CALIBRAÇÃO E AFERIÇÃO ..............................................................48
2.7.4. FAZENDO A DOSIMETRIA ................................................................49
2.7.5. ATENUAÇÃO DE PROTETORES ......................................................50
2.7.6. DÚVIDAS INICIAIS .............................................................................51
2.7.7. ALGUMAS CURIOSIDADES ..............................................................52
Sumário
ii
2.8. TESTES.....................................................................................................54
CAPÍTULO 3. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ÀS VIBRAÇÕES MECÂNICAS ....57
3.1 PRÉ-REQUISITOS .....................................................................................58
3.2 MODELO MECÂNICO SIMPLIFICADO DO CORPO HUMANO .................58
3.3 CLASSIFICAÇÃO, OCORRÊNCIAS E EFEITOS DA EXPOSIÇÃO ............59
3.4 PARÂMETROS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ........................................59
3.5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A
VIBRAÇÃO ..................................................................................................................60
3.5.1. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A
VIBRAÇÃO EM MÃO E BRAÇOS ............................................................................61
3.5.1.1. MEDIÇÃO TRIAXIAL (ISO 5349-2: 2001) ....................................64
3.5.2. VIBRAÇÕES DE CORPO INTEIRO ...................................................68
3.5.2.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A ISO 2631-1:1997 - VIBRAÇÃO
MECÂNICA E CHOQUE – AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO HUMANA À VIBRAÇÃO
DE CORPO INTEIRO. ..........................................................................................71
3.5.2.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE A DIRETIVA 2002/44/EC DA
COMUNIDADE EUROPEIA .................................................................................77
3.6 MEDIDAS PREVENTIVAS .........................................................................77
3.7 EXPOSIÇÃO À VIBRAÇÃO E A APOSENTARIA ESPECIAL .....................77
3.9. EXERCÍCIOS ............................................................................................80
CAPÍTULO 4. ILUMINAÇÃO ...............................................................................83
4.1. A CIÊNCIA DA ILUMINAÇÃO ....................................................................84
4.1.1. A NATUREZA FÍSICA DA LUZ ...........................................................84
4.1.2. GERAÇÃO, PROPAGAÇÃO E PERCEPÇÃO DA LUZ .......................86
4.1.3. INCANDESCÊNCIA E LUMINESCÊNCIA ...........................................86
4.1.4. REFLEXÃO, TRANSMISSÃO E ABSORÇÃO .....................................88
4.1.5. REFLEXÃO LUMINOSA .....................................................................88
4.1.6. TRANSMISSÃO LUMINOSA ..............................................................88
4.1.6.1. TRANSPARÊNCIA E TRANSLUCIDEZ .......................................89
4.1.6.2. DIFUSÃO .....................................................................................89
4.1.6.3. TRANSMISSÃO SELETIVA .........................................................90
4.1.6.4. ESPALHAMENTO RETROATIVO ................................................91
4.1.6.5. TRANSMITÂNCIA E TRANSMISSIVIDADE .................................91
4.1.7. REFRAÇÃO ........................................................................................91
4.1.8. ABSORÇÃO .......................................................................................96
4.1.9. CURVA ESPECTRAL DE EFICIÊNCIA LUMINOSA ...........................96
4.1.9.1. CORES ........................................................................................97
4.1.9.2. BRILHO........................................................................................97
4.1.10. GRANDEZAS E UNIDADES FOTOMÉTRICAS ................................99
4.1.11. FLUXO RADIANTE .........................................................................101
4.1.12. FLUXO LUMINOSO ........................................................................101
4.1.13. EFICÁCIA LUMINOSA ....................................................................102
4.1.14. EFICIÊNCIA GLOBAL DE UMA LÂMPADA ....................................103
4.1.15. INTENSIDADE LUMINOSA DE FONTE PONTUAL ........................104
4.1.15.1. ÂNGULO SÓLIDO ...................................................................104
Sumário
iii
OBJETIVOS DO ESTUDO
Conceituar e apresentar a classificação dos agentes físicos e do espectro
eletromagnético.
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos 2
1.1. CONCEITUAÇÃO
Em última análise, todos os agentes físicos representam formas de energia,
dispersas no ambiente por sua geração inerente associada a sistemas ou equipamentos,
ou ainda por desvios ou vazamentos deles (controláveis ou não), que venham a interagir
com o homem em seu trabalho.
o
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Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos 3
Todos os agentes serão detalhados nos assuntos subsequentes, mas uma exceção
deve ser feita quanto às pressões anormais, pois não são em verdade do ofício da
higiene ocupacional. Essas exposições ocorrem em ambientes hipobáricos e hiperbáricos
(sendo mais frequentes e graves os do último caso).
Os ambientes hiperbáricos são aqueles representados por trabalhos em tubulões
ou caixões pneumáticos, ou ainda no mergulho subaquático. Pressões da ordem dos 4
kgf/cm2 (primeiros casos) até dezenas de kgf/cm2 (no mergulho profundo) submetem o
organismo a riscos de doenças específicas e acidentes descompressivos (com risco de
fatalidades). Todavia, não são do ofício da higiene no sentido que não existe o processo
de reconhecimento, avaliação e controle do agente na forma tradicional.
As variações de pressão são impostas pelo processo, e o controle dos tempos e
gradientes de pressão (compressivos e descompressivos) são a chave do controle, além
da grande supervisão médica necessária. São, portanto, medidas de controle
operacional, administrativo e médico que predominam, e a ação sobre o agente é
bastante relativizada. São em verdade um caso à parte nos agentes físicos.
Vale ainda comentar que em muitos “membros” das famílias de radiações existe
conhecimento ainda por se consolidar, e áreas polêmicas quanto a efeitos nocivos como
as linhas transmissão de alta tensão, os telefones celulares e suas antenas rádio base.
Neste último caso, é bom lembrar do alerta da OMS/IARC sobre o risco aumentado
de alguns tumores de cérebro vinculados à exposição a telefones celulares. Veja em
www.iarc.fr. Também há zonas de penumbra nos casos das reais potencialidades
carcinogênicas dessas radiações não ionizantes para outras situações.
Finalmente, vale lembrar que muitos dos membros dessas famílias não apresentam
qualquer estímulo sensorial por ocasião da exposição, o que torna seu reconhecimento
difícil, aliado ao fato de muitos equipamentos industriais não apresentarem informações
“explícitas” sobre sua possível emissão.
o
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Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos 4
o
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Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos 5
1.3. TESTES
1. Qual dessas é uma Radiação Eletromagnética Ionizante?
a) Radiação Infravermelha.
b) Radiação Ultravioleta.
c) Radiação gama.
d) Laser.
e) Micro-ondas.
Feedback: item 1.2.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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OBJETIVOS DO ESTUDO
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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2.1. INTRODUÇÃO
O ruído é um dos principais agentes físicos presentes nos ambientes de trabalho,
em diversos tipos de instalações ou atividades profissionais. Por sua enorme ocorrência e
visto que os efeitos à saúde dos indivíduos expostos são consideráveis, é um dos
maiores focos de atenção dos higienistas e profissionais voltados para a segurança e
saúde do trabalhador.
Esta variação de pressão pode ser representada sob a forma de ondas senoidais,
com as seguintes grandezas associadas:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
8
P
L = 20.log
Po
Sendo:
L = nível de pressão sonora (dB)
Po = pressão sonora de referência, por convenção, 20 Pa
P= Pressão sonora encontrada no ambiente (Pa)
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Para pensar:
Quantos dB seriam indicados para uma pressão sonora de 20 Pa? (limiar
aproximado da audição).
Quantos seriam lidos para uma pressão sonora de 200 Pa? (limiar de audição
acompanhada de dor).
A
Nota 2.1. Usando a equação básica: dB 10 log , exprimir em dB a atenuação
A0
que a tela protetora da porta do forno de micro-ondas oferece, se o valor atenuado (após
a tela) é 100.000 vezes menor que o valor interno, sendo este a referência.
Resposta:
10 5 A
dB 10 log 50 dB
A0
micro-ondas).
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Para uma maior agilidade na combinação de níveis em dB, utiliza-se a tabela 2.1.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Tabela 2.1. Diferença entre níveis e a quantidade a ser adicionada ao maior nível.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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95 & 95 = 98 dB
95 & 90 = 96,2 dB
95 & 85 = 95,4 dB
95 & 75 = 95 dB
Aspectos Práticos:
Cada 3 dB a mais ou a menos no nível significam o dobro ou a metade da
potência sonora;
Fontes mais de 10 dB abaixo de outras (num certo ponto de medição) são
praticamente desprezíveis;
A fonte mais intensa é a que "manda" no ruído total em um certo ponto.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Destas curvas, a curva “A” é a que melhor correlaciona Nível Sonoro com
Probabilidade de Dano Auditivo. Portanto é a comumente utilizada em avaliação de ruído
industrial.
Observar: o dB "compensado" funciona como uma avaliação "subjetiva" ou do risco
ao homem; o dB (linear) é uma avaliação objetiva do ruído no ambiente e é importante
para se conhecer uma fonte de ruído.
Quadro 2.2. Um tom puro de 100 Hz é medido por um medidor nos circuitos A, B, C e
linear. Que valores serão lidos?
Resposta:
C) MESMO VALOR
B) -5dB
A) -20dB
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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O mesmo vai ser feito para um tom puro de 1000 Hz. Que valores serão lidos?
Resposta:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
16
Para uma senóide, o valor RMS é 0,707 do valor de pico. O valor de pico, 1,414
vezes o RMS (raiz de 2). Em dB, o valor de pico está 3 dB acima do valor RMS. Estas
relações só valem para sons senoidais (tons puros). Para um ruído qualquer, a relação
deve ser medida (não pode ser prevista). Notar ainda: Os aparelhos de medição
convencional sempre estão medindo o valor RMS corrente. Este valor pode apresentar
máximos (dependendo da fonte de ruído) e mínimos. Esse máximos não devem ser
chamados de "picos", pois o valor de pico é uma designação específica, o maior valor da
pressão sonora ocorrido no intervalo de medição (há medidores especiais para isso).
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Aspectos práticos:
Se desligada a fonte, o ruído total se altera pouco, ela é pouco importante;
Se desligada a fonte, o ruído total cai muito, a fonte é quem "manda" no ruído
total (naquele ponto de medição).
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
18
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 08 minutos
115 * 07 minutos
*As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou
intermitente, superiores a 115 dB (A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
Quadro 2.3. Se em um dado ponto o ruído de fundo é de 82 dBA, qual o máximo valor
de uma nova fonte a ser colocada nesse ponto, sem que se exceda o nível permissível
para 8 horas diárias?
Lembrete: A soma de duas fontes com níveis iguais resulta sempre num
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Aspectos práticos.
A dose de ruído diária é o verdadeiro limite de tolerância (técnico e legal);
A dose diária não pode ultrapassar a unidade ou 100%, seja qual for o tamanho
da jornada;
A dose de ruído é proporcional ao tempo: sob as mesmas condições de
exposição, o dobro do tempo significa o dobro da dose, etc.;
Quanto mais alto o nível de um certo ruído e quanto maior o tempo de
exposição a esse nível, maior sua importância na dose diária;
Devemos reduzir os tempos de exposição aos níveis mais elevados, para
assegurar boas reduções nas doses diárias;
Toda exposição desnecessária ao ruído deve ser evitada.
Deve ser ressaltado que em casos de avaliação de doses em tempos inferiores aos
da jornada, o valor da dose pode ser obtido através de extrapolação linear simples (regra
de três), como no exemplo:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Resposta:
6 2
D 1,25 ou 125%
8 4
Portanto:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Resposta:
Pela tabela 2.2., temos que o limite para 85, 90 e 95 dB são, respectivamente,
8, 4 e 2 horas. Assim:
4 2 1
D 1,5 ou 150%
8 4 2
NOTA: Nos cálculos de dose só são levados em conta valores iguais ou superiores
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Nota 2.4.
A) O mecânico de manutenção possui o seguinte perfil de exposição:
Resposta:
Pela tabela 2.2, temos que o limite para 85, 95 e 100 dB são, respectivamente,
8, 2 e 1 horas:
6 0,5 1
D 2 ou 200%
8 2 1
Resposta:
8
D 2
4
Ou seja, 200%
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Quadro 2.4. Se um trabalhador fica exposto por 5 horas a 86 dBA, qual o tempo
máximo que poderá ficar exposto a 97 dBA, sem exceder a dose diária?
Resposta:
5 𝑥
𝐷= + =1
7 1,51
x = 0,43 horas ou
x = 26 minutos
Quadro 2.5. A fórmula do tempo permitido a um certo nível de ruído (Anexo 1 da NR 15)
é dada por
16
Tempo permitido L 80
( )
2 5
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Resposta:
Tempo permitido
Tempo permitido
(9 horas e 11 minutos)
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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de dados relativos aos tempos de exposição correspondentes. Para se obter uma dose
representativa, torna-se necessário o uso de um dosímetro.
Em suma, o dosímetro é um instrumento que será instalado em determinado
indivíduo e fará o trabalho de obtenção da dose (integração no tempo), acompanhando
todas as situações de exposição experimentadas pelo mesmo, informando em seu
"display" o valor da dose acumulado ao final da jornada, bem como vários outros
parâmetros, tais como Nível Médio (Lavg), Nível Máximo etc.
2.4. EXERCÍCIOS
1) A fórmula do tempo permitido a um certo nível de ruído (Anexo 1 da NR 15) é
dada por:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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2) Se um trabalhador fica exposto por 5 horas a 86 dBA, qual o tempo máximo que
poderá ficar exposto a 97 dBA * , sem exceder a dose diária? Se sua jornada é de 8
horas, a dose seria ultrapassada?
Resposta:
D = 5/7 + x/1,25 = 1 >>>> x=0,36 h ou 21 min
*Obs: deve ser aproximado para 98 dBA para ter maior segurança.
COMO A DOSE FOI ATINGIDA (1) ÀS 5H 21MIN DE JORNADA, SE A
JORNADA TOTAL É DE 8 HORAS A DOSE SERÁ ULTRAPASSADA.
3) Qual o nível médio de exposição que um trabalhador está submetido se a
dosimetria de jornada é de 344% e sua jornada é de 6 horas?
Resposta:
Lavg = 80 + 16,61 Log (0,16 . CD/TM)
Lavg = 80 + 16,61 Log (0,16 . 344 / 6) ≈ 96 dBA
4) Qual o nível médio permissível para uma exposição que respeite o limite de
tolerância, em uma jornada de 6 horas? E de 7 horas? E de 4 horas? Quais as
doses máximas permitidas nesses casos? O que se conclui?
Resposta:
6h - 87 dBA
7h - 86 dBA
4h - 90 dBA
EM TODOS OS CASOS A DOSE MÁXIMA PERMISSÍVEL É DE 100 %
PARA QUE O NÍVEL MÉDIO SEJA REPRESENTATIVO DA EXPOSIÇÃO, É
NECESSÁRIO CONHECER A DURAÇÃO DA JORNADA.
NO CASO DA DOSE, NÃO É NECESSÁRIO, POIS A DOSE É UM INDICADOR
ABSOLUTO.
6) Um tom puro de 100 Hz é medido por um medidor nos circuitos A, B,C e linear.
Que valores serão lidos?
Resposta:
LINEAR - VALOR REAL (OBJETIVO)
C - MESMO VALOR
B - -5 .dB
A - -20 .dB
VEJA AS CURVAS DE COMPENSAÇÃO.
7) O mesmo vai ser feito para um tom puro de 1000 Hz. Que valores serão lidos?
Resposta:
TODOS OS VALORES SERÃO IGUAIS.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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o
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o
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o
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o
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o
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insalubre podendo ocasionar perda auditiva, caso sejam excedidos os limites previstos na
NR-15.
A Legislação Brasileira considera como insalubres as atividades ou operações que
impliquem em exposições a níveis de ruído contínuo ou intermitente por tempos
superiores aos limites de tolerância fixados pela Norma Regulamentadora NR-15(7),
anexo I, da Portaria nº 3214 de 08/06/1978, da SSMT/MTE (Ministério do Trabalho e
Emprego).
o
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o
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Tabela 2.3. NBR-10151 - Limites de níveis de pressão sonora em função dos tipos de áreas
habitadas e do período.
Os limites de horário para período diurno e noturno da tabela podem ser definidos
pelas autoridades de acordo com os hábitos da população. Porém, o período noturno não
deve começar depois das 22h e não deve terminar antes das 7h (domingo ou feriado até
às 9 h).
Onde:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Nota 2.5. Motivada pela reclamação de um morador, uma empresa vizinha avaliou os
níveis de ruído segundo os procedimentos da NBR 10151 no interior da habitação.
Os níveis medidos e demais informações estão apresentados na tabela 2.4.
Resposta:
compor s níveis corrigidos LR, já que também foi constatado que o ruído possui
zoneamento (tipo de área), que neste caso corresponde a uma área mista, com
conforto da comunidade.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
37
Observe que tem que ser o dBC, pois o método prevê assim. No próximo tópico,
vamos discutir qual seria este dBC, que passa a ser o indicador do espectro, e que vai
ser usado na fórmula.
Para Pensar:
Quais os conceitos relativos aos "dB" compensados? O que é dBA? O que é
dBC? Volte ao primeiro módulo, se necessário.
Para Pensar:
O que se busca é um nível atenuado menor que 85 dBA, para jornadas de 8h. E se
a jornada for de 12 horas, qual será esse nível?
É importante discutirmos este dBC que será utilizado na fórmula. Ele deve
representar a exposição do trabalhador que está sendo protegido. Uma representação fiel
da exposição, sobretudo quando os níveis são muito variáveis, só é possível com
dosimetria. Da dosimetria, obtém-se o nível médio da jornada. Porém, esse nível deve
ser obtido na curva de compensação C, e não A, como se trabalha usualmente.
Observe-se, portanto, que o dosímetro deverá operar em circuito C.
Os dosímetros atuais permitem isso, e não é por outro motivo que possuem o
circuito C. Se não for possível fazer uma dosimetria C, deve-se eleger um nível em dBC
que represente a jornada. Neste caso, não há alternativa a não ser a escolha do máximo
nível dBC da jornada, ou seja, da máxima fonte em dBC das situações de exposição.
Esta é uma consideração a favor da segurança, mas também certamente
excessivamente coservadora em muitos casos, pois o tempo de permanência sob tal
nível pode ser mínimo. Do exposto, a melhor opção será a dosimetria C, obtendo-se o
nível médio Lavg (C).
Nossa próxima discussão deve abordar os descontos a serem aplicados ao NRR,
de forma que seu valor reflita adequadamente as situações de uso real. Isto porque o
NRR é obtido em condições ideais de laboratório, dificilmente reprodutiveis no dia-a-dia
das empresas.
Para Pensar:
Qual o conceito de nível médio (Lavg)?O que o diferencia do Nível Equivalente
(Leq)?
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
38
NRRa = NRR - 7
Feito isto, o restante das considerações, descontos e fórmulas vistas ficam válidos,
mas, pelo conceito da correção (ela se aplicaria ao dBA, "levando-o" a um dBC de pior
caso), observe que é necessário ANTES corrigir o NRR e depois aplicar o (-7).
Para Pensar:
Por que C-A é um indicador do espectro do ruído? Podemos identificar a frequência
de um tom puro, com as leituras A e C?
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
39
2.6.5. O NRRSF
O que temos falado até agora diz respeito ao NRR que chamaremos de
"tradicional". Isto, para se contrapor ao NRRsf, que é uma proposta relativamente nova,
mas já posta em prática inclusive no país. Vários fabricantes já possuem seus protetores
ensaiados para esse fim, e sabem quais são os NRRsf dos mesmos. Nós vimos que
devem ser feitos descontos nas atenuações dos NRR "tradicionais", devido às grandes
diferenças de performance entre o laboratório e o campo. Ora, os pesquisadores
verificaram que, se os ensaios de laboratórios fossem feitos com sujeitos "ingênuos"
quanto à proteção auditiva, que apenas leriam as instruções das embalagens, colocando
então os protetores para fazer o teste, então os dados obtidos se aproximariam do
desempenho (real) de campo. Trata-se da Norma ANSI S 12. 6 / 97 B.
Não é necessário fazer nenhuma outra correção, com exceção da devida ao tempo
de uso real.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
40
Para Pensar:
Os maiores valores de NRR tradicional estão ao redor dos 30. Como sempre, pelo
menos uma correção de 0,7 vai existir, os maiores valores necessários na tabela estão
entre 20 e 25. OK!
Se tenho valores intermediários aos da tabela, tanto em termos de NRR como em
termos de tempo real de uso (tempo de não uso diário), qual a abordagem a favor da
segurança?
Finalizando, segue um roteiro para os casos de uso do NRR tradicional, para todos
os tipos de protetores, levando em conta os descontos recomendados pelo NIOSH e a
correção para o tempo real de uso. Notar que o NRR vai sendo gradualmente corrigido
(NRR*, NRR**, NRR***), segundo o tipo de protetor, o dado ambiental utilizado e o tempo
real de uso.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
41
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
42
Para Pensar:
Complete este roteiro introduzindo o NRR sf. Adicione as linhas necessárias, sem
perder a lógica da tabela. Teste o resultado.
Caso 2
grande motor diesel;
100 dBA, 103 dBC;
NRR= 20;
dBA = dBC – NRR;
dBA=103-20=83dBA;
redução em dBA= 100-83 = 17 dBA;
NOTA (1): são 2 ruídos com o mesmo valor em dBA, mas que terão atenuações diferentes
em dBA, pois são espectralmente diferentes. Isto é conseguido pois se parte do valor
ambiental em dBC. Uma grande sacada do NIOSH !
NOTA(2): O NRR NÃO PRECISA SER CALCULADO (já é fornecido pelo fabricante), MAS
PODE SER CALCULADO A PARTIR DOS DADOS DE ATENUAÇÃO POR
FREQUÊNCIA DE UM PROTETOR, COMO SERÁ MOSTRADO ADIANTE.
Quadro 2.6. Para um protetor com NRR=29 , tipo espuma de expansão lenta, que não
é usado por 30 minutos na jornada, qual o NRR corrigido (uso real e tempo real de
uso)?
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
43
Resposta: 12,5
Qual a atenuação final de uma exposição cujo Lavg(C)= 102, usando-se um protetor
circum-auricular com NRR=21 e uso de 100% do tempo da jornada?
Não teremos NRR**, pois o protetor foi utilizado por toda a jornada.
Não teremos NRR**, pois o protetor foi utilizado por toda a jornada.
Como nâo existe atenuação negativa (-2,8), fica registrado que o médoto nâo
evidencia proteção.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
44
Qual o máximo dBC para o qual um protetor de espuma de expansão lenta com
NRR=28, se usado 100% do tempo, dará proteção, se a jornada é de 8 horas?
Não teremos NRR**, pois o protetor foi utilizado por toda a jornada.
85 = dBC – 14
dBC = 85 + 14 = 99 dBC
Resposta: 99 dB(C)
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
45
Nota 2.6.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
46
2.7.1.4. E O dBA?
O dBA é uma sigla que indica que foi feita uma determinação da pressão sonora
em decibéis, e que o aparelho aplicou uma correção de medição segundo um padrão,
chamado curva A de compressão (isto também é universalmente padronizado). Ou seja,
o aparelho processou sua medição compensando-a segundo a curva A e, portanto, o
valor passa a ser um dB diferente, o dBA. Quando não há “sobrenome” no dB, infere-se
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
47
que não houve compensação nenhuma, e a leitura é dita “linear”. A curva A é uma curva
padronizada que busca compensar a leitura originalmente “imparcial” ou linear do
aparelho por uma que tenha relação com a audição humana. São feitas correções nas
frequências, de forma a simular a resposta do ouvido humano. Apesar de inicialmente
aplicar-se a sons de baixa intensidade, hoje ela é universalmente aceita para essa
compensação, independentemente da intensidade do ruído. A medição em dBA é
mundialmente considerada na avaliação de ruído contínuo e intermitente.
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
48
uma área. Neste caso, não faz muito sentido tirar uma média, de qualquer natureza, pois
os valores se referem a pontos de medição diferentes no espaço. Eu não recomendaria
essa prática.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
49
novo valor de referência será indicado para uso daí em diante. É também importante
lembrar que isso pode ocorrer a qualquer tempo, se houver desconfiança (choques
mecânicos, campos eletromagnéticos muito intensos e extremos de frio e calor).
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
50
o
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51
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
52
de igual energia e dos valores-limite de exposição que forem definidos. Já o valor de q=5
é uma consideração que vem dos anos 60, foi baseada em algumas evidências que mais
tarde não se mostraram as mais adequadas, mas foi usado mundialmente por longo
tempo. Já foi abandonado na Europa há muitos anos, e as entidades técnicas da área,
notadamente a ACGIH (e no Brasil a Fundacentro) já recomendam que se passe para
q=3.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
53
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
54
2.8. TESTES
3. Para uma jornada de trabalho de 8 horas, qual o valor máximo em dBA que o
trabalhador pode estar exposto continuamente, de acordo com as normas
brasileiras?
a) 70.
b) 75.
c) 80.
d) 85.
e) 90.
Feedback: item 2.3.1. Tabela 2.2.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
55
a) L= 10.log(P/P0).
b) L= 15.log(P/P0).
c) L= 20.log(P/P0).
d) L= 30.log(P/P0).
e) N.d.a.
Feedback: item 2.2.2.
6. Qual é a larga faixa de frequência que o ouvido humano responde (faixa audível):
a) 16-20Hz a 16-20kHz.
b) 16-20Hz a 16-20MHz.
c) 16-20kHz a 16-20MHz.
d) 16-20MHz a 16-20GHz.
Feedback: item 2.2.5.
9. Em um ambiente aberto, cada vez que dobramos nossa distância inicial à fonte
sonora, o nível cairá?
a) 4 dB.
b) 3 dB.
c) 5 dB.
d) 6 dB.
e) N.d.a.
Feedback: item 2.7.2.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
56
2.9. EXERCÍCIOS
1) Para um protetor com NRR=29, tipo espuma de expansão lenta, que não é usado
por 30 minutos na jornada, qual o NRR corrigido (uso real e tempo real de uso)?
Resposta: 12,5
2) Qual a exposição final de uma situação com Lavg(C)= 102, usando-se um protetor
circum-auricular com NRR= 21 e uso de 100% do tempo da jornada?
Resposta: 86,25 dB(A)
5) Qual o máximo dBC para o qual um protetor de espuma de expansão lenta com
NRR=28, dará poroteção, se usado 100% do tempo? Considerar jornada de 8 horas.
Resposta: 99 dB(C)
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
57
OBJETIVOS DO ESTUDO
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
58
3.1 PRÉ-REQUISITOS
Para participação neste módulo, o aluno deverá ter conhecimentos prévios sobre
análise de frequência, curvas e filtros de ponderação e sua aplicação. Neste sentido, é
fundamental que o aluno tenha participado previamente dos módulos que tratam sobre a
exposição ocupacional ao ruído e sobre as Normas Regulamentadoras NR 15 e NR 09.
Figura 3.1. Modelo simplificado do corpo humano. [Fonte: Brüel & Kjaer, 1988]
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
59
Figura 3.2. Parâmetros para expressar a vibração. [Fonte: Brüel & Kjaer, 1988]
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
60
A análise preliminar tem por objetivo reunir elementos que permitam enquadrar as
situações analisadas em três distintas possibilidades, quais sejam:
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
61
sendo:
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
62
Resposta:
sendo:
T = tempo de duração da jornada diária de trabalho, expresso em horas
ou minutos;
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
63
A parte 1 da Norma ISO 5349: 2001 que trata dos requisitos gerais para medição
e avaliação da exposição humana à vibração transmitida às mãos não define limites de
exposição. Em seu anexo C de caráter informativo apresenta uma relação dose resposta
(Figura 3.3) onde Dy é o nº de anos necessários para surgimento de lesões vasculares
(dedos brancos), P é a porcentagem de incidência em 10% da população exposta à VMB
e aren corresponde à aceleração em m/s2, a qual equivale à notação A(8) utilizada pela
norma ISO 5349.
No entanto, dependendo do tipo de ferramenta e condições de trabalho essa
relação dose resposta pode superestimar ou subestimar os efeitos da exposição ao
agente segundo alguns pesquisadores.
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
64
ahv ahwx
2
ahwy
2
ahwz
2
ahw
2
, measured ahw, measured ahw, measured
2 2
(3.2)
,measured 1,73 ahw,measured 1,7 ahw,measured
2
3ahw
(3.3)
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
65
Resolução:
Pela NR15 e NR 09, deve-se determinar a aren. Neste caso não são
fornecidos os valores para os demais eixos, mas estes podem ser estimados
segundo a ISO 5349:2001. Para ferramentas de percussão a vibração nos eixos
secundários são em geral iguais ou inferiores a 30% do valor correspondente
ao eixo principal. Ou seja, se ax = 12,9 m/s2, ay = az = 0,3.ax Portanto:
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
66
7
6
5
a (h,w) [m/s2]
4
3
2
1
0
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
t (h)
Resposta:
Pelo livreto da ACGIH de 2014 que contém os valores limites de
exposição (TLVs e BEIs) tem-se duas abordagens. A primeira (em vigor em
2014) considera um limite de 4m/s2, correspondente a aceleração dominante
para durações totais da exposição diária entre 4 horas e menos de 8 horas. A
segunda abordagem corresponde a “Nota de alteração pretendida”, onde o
limite de exposição à VMB se iguala ao limite da Diretiva Europeia de 5 m/s 2
(resultante dos três eixos). Para primeira abordagem determinamos a
aceleração equivalente para o tempo total de contato com a vibração para o
eixo predominante (eixo x).
3.4
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
67
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
68
Resposta:
Neste caso, pela ISO 5349:2001, a medição em um único eixo pode ser
suficiente para fornecer uma estimativa da exposição à vibração representativa
da aceleração resultante (total):
Neste caso não foi fornecida a jornada diária, no entanto para determinação da
aren pode-se utilizar o valor de amr e o tempo total diário de operação.
problemas gastrointestinais;
no sistema reprodutivo;
no sistema visual e vestibular;
nos discos intervertebrais;
degenerações da coluna vertebral, entre outros.
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
69
da legislação brasileira (Anexo 8 da NR 15) até 1997. A edição da ISO 2631:1997 além
de cancelar e substituir a edição anterior suprimiu os limites de exposição. A ACGIH
constitui outra importante referência no âmbito da legislação brasileira, sendo
referendada na Norma Regulamentadora NR 9 que trata dos Programas de Prevenção
de Riscos Ambientais (PPRA). Os limites de exposição da ACGIH para VCI até 2015
tinham por base a ISO 2631: 1985. Em 2016 a ACGIH mudou seus limites de exposição
com base na zona de cautela dada pelo Anexo B da ISO 2631-1:1997/AMD 2010.
Para cada eixo, é necessário efetuar uma análise espectral (Fourier) em bandas
de terço de oitavas (1 a 80 Hz) para comparação com as curvas (Figuras 3.4 e
3.5) que estabelecem os limites para cada banda de frequência (eixo z e eixos
x, y).
Para cada ponto de medição deve ser obtida a aceleração rms contínua e
simultânea nos três eixos ortogonais, registrada por pelo menos um minuto junto
às coordenadas biodinâmicas.
O limite de exposição é válido para fatores de crista (FC) de vibração iguais ou
inferiores a 6. Quando o fator de crista exceder 6, o limite subestimará os efeitos
da VCI, devendo, portanto, ser usado com cuidado. O fator de crista é definido
como a relação entre a aceleração de pico e a rms (raiz média quadrática),
medida na mesma direção, em um período de um minuto, para qualquer um dos
eixos ortogonais X, Y e Z.
Se a aceleração nos eixos de vibração tem magnitudes similares, o movimento
combinado dos três eixos pode ser maior que qualquer um dos componentes e
possivelmente afetará o desempenho do operador do veículo. A resultante Awt
pode ser determinada. O fator de (1,4), multiplicando os valores dos totais de
aceleração rms ponderada dos eixos X e Y, é a razão entre o valor longitudinal
e os transversais das curvas de igual resposta, nas faixas de maior
sensibilidade de resposta humana.
3.5
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
70
Deve ser observado que com a publicação da Portaria N.º 1.297 de 13 de agosto
de 2014 os limites da ACGIH para VMB e VCI não se aplicam para fins do anexo 8 da
NR 15 e anexo 1 da NR 9.
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
71
aw 1
T
2
aw t dt
(3.6)
0
Método alternativo quando FC>9
Valor de Dose da Vibração - quarta potência, utilizado quando existem choques
ocasionais que possam gerar dúvidas quanto a aplicabilidade do método básico, sendo
mais sensível a picos do que o método básico. Expresso em m/s 1,75 ou rad/s1,75.
1
T 4
VDV a w t 4 dt
(3.7)
0
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
72
4
VDVtotal VDVi
(3.8)
i
Experiências sugerem que os métodos adicionais de avaliação serão
importantes no julgamento dos efeitos da vibração no homem quando a razão a
seguir for excedida:
Eixo x – W d, K =1,4
Eixo y – W d, K =1,4
Eixo z – W k, K =1
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
73
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
74
1
aw,
2
aw 2
i Ti
(3.10)
Ti
onde:
aw, = magnitude da vibração equivalente (aceleração rms em m/s2);
aw, i = magnitude da vibração (aceleração rms em m/s2) para a duração da
exposição Ti.
Alguns estudos indicam uma magnitude de vibração diferente dada pela expressão:
1
aw,
4
aw i Ti
4
T i
(3.11)
Essas duas magnitudes equivalentes têm sido utilizadas no guia para saúde de
conforme figura 3.6. Em alguns estudos têm-se utilizado valores de dose da vibração
estimativos, quando FC<6:
1
eVDV 1,4 a w T 4 (3.12)
onde:
a w - Corresponde a aceleração ponderada em frequência rms;
Tabela 3.1
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
75
O N.A e o L.E listados acima são válidos para vibrações com fatores de crista (FC)
iguais ou inferiores a 9 (ISO, 1997). Para FC> 9 recomenda o uso do VDV. Neste caso o
VDV não deve exceder 17 ms–1,75 a fim de evitar riscos à saúde. Recomenda também
que ações para mitigação da vibração sejam empreendidas para reduzir qualquer VDV
situado entre 8,5 a 17,0 ms–1,75. O método do VDV não deve ser aplicado a exposições
com duração superior a 8 horas.
Quais conclusões podem ser formuladas à partir dos dados fornecidos, tendo em conta a
relação dose-resposta da norma citada e o critério legal vigente?
Resposta:
Considerando-se o anexo B da referida norma, verificamos que para o eixo Z
vale a relação expressa na Figura 3.6 ou seja, a w1.T11/2= aw2.T21/2
Quando aw1 = 3 m/s2 implica T1 = 10min logo para T2= 5 horas (300 min) temos:
3x10 =aw2x3001/2 → aw2 = 0,54 m/s2 como o valor medido foi awz = 0,55 m/s2
1/2
observa-se que este recai interface da zona B, portanto, dentro da área de cautela
em relação aos riscos potenciais à saúde.
Em relação aos eixos x, y, o guia cita que existe experiência limitada na
aplicação das zonas de precaução para pessoas sentadas. De qualquer modo os
valores de aceleração medidos nesses eixos recaem na região A onde os efeitos à
saúde não têm sido claramente documentados e/ou observados de forma objetiva.
Embora não seja insalubre segundo o anexo 8 da NR 15, o nível de ação está
superado segundo o anexo 1 da NR 09, exigindo ações preventivas.
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
76
Resposta:
Obtenção de Awt(8):
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
77
Diretiva da CE
H/A WB
A (8) A (8) VDV
2 2 1,75
[m/s ] [m/s ] [m/s ]
Limite de
5 1,15 21
exposição
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
78
Art. 283. A exposição ocupacional a vibrações localizadas ou no corpo inteiro dará ensejo
à caracterização de período especial quando:
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
79
3.8. TESTES
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
80
3.9. EXERCÍCIOS
Ciclo determinado:
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
81
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
82
Resposta:
Para avaliação e caracterização do risco, a Legislação Brasileira estabelece
por meio da Norma Regulamentadora NR-15 - Anexo 8, com redação dada pela
PORTARIA N.º 1.297 DE 13 DE AGOSTO DE 2014, os critérios para caracterização
da condição de trabalho insalubre decorrente da exposição às Vibrações de Corpo
Inteiro (VCI). Os procedimentos técnicos para a avaliação quantitativa da VCI são
os estabelecidos na Norma de Higiene Ocupacional da FUNDACENTRO a NHO 09.
2.2 Caracteriza-se a condição insalubre quando forem superados quaisquer dos
limites de exposição ocupacional diária a VCI:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2;
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.
Resposta:
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 4. Iluminação
83
CAPÍTULO 4. ILUMINAÇÃO
Prof. Prof. SÉRGIO MÉDICI DE ESTON
JOAQUIM GOMES PEREIRA
OBJETIVOS DO ESTUDO
o
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1 ciclo de 2020.
Capítulo 4. Iluminação
84
A luz pode ser caracterizada por diversos parâmetros e os mais importantes são o
comprimento de onda e a frequência:
a) comprimento de onda (): é a distância percorrida espacialmente enquanto um
ciclo se repete.
b) frequência (f): é dada pelo número de ciclos na unidade de tempo, normalmente
num segundo. O inverso da frequência é o período (T) que representa o tempo para que
um ciclo se repita. O período pode ser definido como a "distância temporal" percorrida
para que um ciclo se complete.
Sendo a distância percorrida pela onda durante um ciclo, e f o número de ciclos
por segundo, então o produto (·f) representa a distância percorrida pela onda em um
segundo. Ou seja, a velocidade de propagação da onda é dada por:
v = x f (4.1)
o
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Capítulo 4. Iluminação
85
-9
Figura 4.1. Espectro de radiação eletromagnética. Um nm corresponde a 10 m. A
24
frequência vai de 10 Hz para os raios cósmicos até cerca de 1 Hz para transmissões de
potência. A luz visível compreende apenas a pequena faixa de 380 a 780 nm.
o
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Capítulo 4. Iluminação
86
r + t + a = 1 (4.2)
Alguns objetos têm transmitância nula, mas nenhum objeto real apresenta
qualquer um destes parâmetros como unitários. A absorbância atua no sentido de
sempre diminuir a quantidade de energia luminosa que sai da superfície.
Quando a luz atinge o olho humano o processo de percepção visual é
desencadeado e pode ser interpretado com base em dois parâmetros da luz:
comprimento de onda e nível energético. A composição de diversos comprimentos de
onda é interpretada como cor, enquanto que a combinação de comprimentos de onda e
níveis energéticos é interpretada como brilho.
o
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Capítulo 4. Iluminação
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o
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88
o
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Capítulo 4. Iluminação
89
4.1.6.2. DIFUSÃO
O fluxo luminoso pode ser controlado direcionalmente por meio de materiais com
a propriedade de gerar um certo grau de espalhamento. Esta difusão pode ser obtida de
vários modos tais como o riscamento da superfície, a incorporação no material de
partículas difusoras, pela aplicação de um revestimento superficial, etc.
O objetivo da difusão é fazer com que a fonte luminosa pareça maior e menos
brilhante, sendo uma técnica importante para a redução do ofuscamento e melhoria do
conforto visual. Estes aspectos são importantes na mineração principalmente nas minas
com camadas pouco espessas (galerias estreitas e com pequena altura), onde as
lâmpadas são colocadas na altura dos olhos dos mineiros.
Para 2 lâmpadas incandescentes comuns, uma com bulbo de vidro limpo e outra
com bulbo fosco, a de bulbo fosco faz com que a lâmpada pareça maior, reduzindo a
percepção do brilho por unidade de área. Em termos de ordem de grandeza média, o
bulbo de vidro limpo tem um brilho por unidade de área cerca de sete vezes maior.
A difusão sempre implica numa diminuição da energia transmitida e, portanto, numa
diminuição da eficiência da instalação luminosa. Técnicas de projeto de luminárias
permitem a redução desta perda através do fenômeno da inter-reflexão.
o
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Capítulo 4. Iluminação
90
As superfícies difusoras não são lisas, mas "ásperas", e podem ser usadas para
melhorar problemas de ofuscamento. No caso de difusão perfeita temos no espaço uma
esfera que no desenho bidimensional está representada por uma circunferência. Fatores
como textura e comprimento de onda influenciam a refletância.
o
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Capítulo 4. Iluminação
91
tu = t / d (4.3)
4.1.7. REFRAÇÃO
A velocidade da luz no vácuo é uma constante e independe do comprimento de
onda considerado. Em qualquer outro meio, a velocidade é diferente (menor) que no
vácuo e varia com o comprimento de onda considerado. Deste modo, em qualquer meio
que não o vácuo, raios luminosos monocromáticos violeta e vermelho terão velocidades
distintas, fenômeno conhecido como dispersão. O quociente entre as velocidades no
vácuo (c) e num meio qualquer (v) define, para um dado comprimento de onda, o índice
de refração do meio (n):
n = c / v (4.4)
o
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Capítulo 4. Iluminação
92
desta tabela são para sólidos e líquidos, e alguns valores para gases e vapores são os
seguintes (1 atmosfera):
Quando uma luz monocromática atinge a interface de dois meios que apresentam
índices de refração diferentes, uma parte é refletida e outra parte é refratada, penetrando
no segundo meio. A Figura 4.3 mostra os raios incidentes, refletidos e refratados e as leis
da ótica aplicáveis a cada um deles. Para o raio refratado é válida a lei de Snell-
Descartes dada por:
o
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Capítulo 4. Iluminação
93
Figura 4.3. Refração da luz na interface de dois meios com índices de refração n e n .
o
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Capítulo 4. Iluminação
94
Ao sair do prisma, a luz branca se espalha num leque e dizemos que ela se
dispersou num espectro. Esta dispersão pode ser quantificada por dois parâmetros, a
dispersão angular e o desvio. A dispersão angular é dada pela separação angular entre
os raios vermelho e violeta, enquanto que o desvio médio de todo o feixe com relação à
direção de incidência pode ser medido pelo desvio da luz amarela. Assim, o desvio do
espectro é controlado pelo índice de refração da luz amarela enquanto que a "abertura"
do feixe depende da diferença entre os índices de refração do vermelho e do violeta. A
Tabela 4.3 apresenta alguns índices de refração para vários comprimentos de onda e
vários tipos de vidro.
Os parâmetros desvio e dispersão são importantes no estudo de certas
propriedades como o brilho e a "luminosidade" de certas gemas e cristais. O diamante e
os cristais de Murano, Itália, apresentam brilho especial em parte devido às suas altas
dispersões. Na Tabela 4.3. podemos observar que o vidro "flint" apresenta razoável
dispersão e desvio, mas a fluorita, por exemplo, os tem pequenos. Isto é, a fluorita tem
pequeno desvio para a luz amarela e pequena diferença de índices de refração entre o
violeta e o vermelho.
A velocidade da luz em um gás é aproximadamente igual à no vácuo, e a dispersão
é muito pequena. Para o ar em condições normais tem-se:
o
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Capítulo 4. Iluminação
95
Figura 4.4. Dispersão de feixe policromático devido aos diferentes índices de refração.
(*) vidros compõe-se de variadas proporções de SiO 2 (48 a 67%), Na2O, PbO e BaO.
(**) borossilicato contendo SiO 2, K2O, B 2O3, BaO e Na2O.
o
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Capítulo 4. Iluminação
96
4.1.8. ABSORÇÃO
Quando um objeto absorve certos comprimentos de onda permitindo que outros
sejam refletidos ou transmitidos, diz-se que ele apresenta propriedades absorventes
seletivas. A absorção seletiva altera a composição de comprimentos de onda da luz
refletida (ou transmitida), e esta alteração é percebida como cor do objeto. Um objeto
visto como vermelho quando iluminado por luz branca contém moléculas (pigmentos) que
absorvem comprimentos de onda da região verde-azul do espectro, ao mesmo tempo em
que refletem comprimentos de onda da região do vermelho.
Se um objeto que praticamente só reflete luz da região do vermelho for iluminado
por uma luz composta basicamente por comprimentos da região do verde-azul do
espectro, ele surgirá "sem cor", sem "brilho" e muito escuro. Isto demonstra que o olho
humano só percebe cores que já existiam na luz incidente. A percepção de cor é um
processo subtrativo, isto é, a mistura de cores na luz refletida é um subconjunto da
mistura de cores da luz incidente.
As propriedades de absorção são úteis na seleção de fontes de luz onde a
discriminação de cores é importante como nos códigos de sinalização para fiações e
tubulações, e zonas especiais de tráfego.
No garimpo subterrâneo de esmeraldas de Campos Verdes, Goiás, foi feita uma
tentativa de minimização de furto de pedras nas frentes de lavra em subsolo
empregando-se na iluminação das galerias apenas lâmpadas que não emitiam
comprimento de onda da região do verde. Deste modo, ficava muito difícil se distinguir as
gemas brutas da rocha encaixante talco-xisto. As gemas, que eram esverdeadas,
apresentavam então cor cinza semelhante ao xisto.
o
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Capítulo 4. Iluminação
97
4.1.9.1. CORES
Cores são os nomes especiais dados a determinados comprimentos de onda ou a
várias combinações destes. Percebe-se que comprimentos de onda da faixa entre 380nm
e 400 nm caracterizam a cor violeta, enquanto que a faixa ao redor de 600 nm caracteriza
a cor amarela.
Quando se tem uma mistura de comprimentos de onda de todo o espectro visível a
luz se apresenta como branca, enquanto o preto não é uma cor, mas a ausência total de
luz (refletida ou emitida). O sol e certas lâmpadas produzem misturas mais ou menos
"balanceadas" de todo o espectro visível e, portanto, emitem uma luz "natural". Outras
proporções relativas de comprimentos de onda produzem diversos tipos de luz
denominadas de “cores brancas".
Certas combinações de comprimentos de onda podem ser percebidas pelo olho
como de uma dada cor, sendo na realidade uma composição de apropriados
comprimentos de onda. Por exemplo, a mistura de amarelo e azul é percebida como
sendo a cor verde.
4.1.9.2. BRILHO
A percepção do "brilho" de um objeto depende entre outras coisas de 2
características da luz, a energia luminosa e a mistura de comprimentos de onda. Para um
dado comprimento de onda, quanto maior a energia atingindo o olho, maior a sensação
de brilho.
Todavia o olho humano não responde igualmente a todos os comprimentos de onda
do espectro visível, e isto é ilustrado na Figura 4.5. A curva representa a resposta do olho
aos brilhos relativos de vários comprimentos de onda, referenciados ao comprimento de
555 nm (luz verde, para o qual o olho é mais sensível). Esta curva é denominada de
curva espectral de eficiência luminosa, sendo uma curva média obtida experimentalmente
a partir das curvas individuais de muitas pessoas.
A curva espectral de eficiência luminosa surge nas definições das principais
unidades fotométricas, sendo incorporada em instrumentos que medem estas grandezas.
Estes instrumentos possuem sistemas de filtros internos que selecionam comprimentos
de onda de modo a reproduzir esta curva.
o
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Capítulo 4. Iluminação
98
Figura 4.5. Curva espectral de eficiência luminosa para fluxos radiantes monocromáticos
e sua percepção pelo olho humano. O valor de máxima eficiência do olho (f=1) corresponde à luz
verde amarelada de 555 nm.
o
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Capítulo 4. Iluminação
99
Figura A
Figura B
Figura 4.6. Medidas radiométricas (energia radiante) e medidas fotométricas (energia
luminosa). Instrumentos fotométricos levam em consideração a curva espectral de eficiência
luminosa, de modo que a luz de comprimento de onda de 550 nm (Figura A) origina, neste
exemplo, uma medida fotométrica de intensidade cerca de 10 vezes maior que a de 650 nm
(Figura B). Todavia, ambos os feixes transportam a mesma energia radiante, medida em watts.
o
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Capítulo 4. Iluminação
100
= r / Pel (4.7)
o
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Capítulo 4. Iluminação
101
r (W) l (lm)
perdas
e
Figura 4.8. Uma parte do fluxo radiante (r) corresponde ao fluxo luminoso l, o qual é
capaz de sensibilizar o olho e cuja unidade é o lúmem (e não o watt).
Dos exemplos acima se percebe que o watt não é adequado para quantificar fluxo
luminoso, e o que se precisa é de uma unidade que exprima a capacidade da radiação
provocar sensações visuais subjetivas de brilho. O instrumento básico de medida é o olho
humano e a ciência que estuda e compara quantidades de luz e seus efeitos na
iluminação de objetos, tendo por base as sensações visuais, chama-se fotometria.
Os sistemas de unidades fotométricas são muito particulares, porque aplicam uma
função de ponderação humana às medidas físicas de energia. Ou seja, eles ponderam as
energias medidas com a curva espectral de eficiência luminosa. Esta é uma diferença
essencial entre unidades radiométricas e fotométricas; as primeiras são usadas para
radiações não visíveis e não incluem esta ponderação humana.
As principais grandezas consideradas em projetos de iluminação são: potência
elétrica (Pel), fluxo radiante (Φr), fluxo luminoso (Φl), eficácia luminosa (e), intensidade
luminosa (I), iluminância (E), luminância (L) e refletância (r).
o
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Capítulo 4. Iluminação
102
unidade de tempo tanto quanto outras unidades como o watt, o cavalo-vapor, a caloria
por segundo, etc. Definido o lúmem e utilizando-se considerações geométricas é possível
se definir as demais unidades que quantificam a distribuição da luz no espaço e sobre
objetos.
Com um instrumento como um fotômetro de cintilação, pode-se comparar a
sensação subjetiva de brilho causada pela fonte padrão com a sensação provocada pela
luz de qualquer cor. Se o olho fosse igualmente sensível a todo o espectro
eletromagnético, então o fluxo luminoso Φl seria igual ao fluxo radiante Φr e ambos
seriam medidos em watts. Mas o olho só é sensível a uma pequena faixa de radiações
(entre 380 e 780 nm), e mesmo dentro desta faixa a sensibilidade varia como indicado
pela curva espectral de eficiência luminosa. No pico da curva espectral (luz verde com
= 555 nm) obtém-se que 1 watt de fluxo radiante monocromático corresponde a 685
lúmens de fluxo luminoso. Para fluxos radiantes monocromáticos de outras cores
(portanto não mais no pico da curva espectral), 1 watt de fluxo radiante corresponde a
menos que 685 lúmens de fluxo luminoso.
e = l / r (4.8)
o
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Capítulo 4. Iluminação
103
Resposta:
Portanto:
g = (e x r) / Pel = ( f x 685 x r ) / Pel
g = f x 685 x ( x Pel ) / Pel
o
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Capítulo 4. Iluminação
104
Finalmente:
g = f x x 685 (lm/W) (4.13)
= S/R2 (4.14)
I = dl / d (4.15)
onde:
dl = fluxo luminoso, em lúmens;
d = ângulo sólido, em esterorradianos;
I = intensidade luminosa em candelas (lúmens por esterorradianos) na direção do ângulo
sólido considerado.
Como não existem na realidade fontes pontuais, uma fonte real pode ser tratada
como pontual quando sua maior secção transversal for igual ou inferior a 1/20 da
distância da qual ela é observada. Aproximações mais grosseiras são feitas para a
relação 1/10. Assim, uma chama de vela de 2 cm pode ser considerada pontual a mais
o
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Capítulo 4. Iluminação
105
l = I d = (4) A lúmens
Im = l / (4.16)
É uma intensidade média para todo o ângulo sólido e uma área sobre uma esfera
centrada na fonte pontual. À medida que o ângulo sólido é subdividido em ângulos
menores a variação da intensidade com a direção pode ser melhor avaliada. No limite a
intensidade numa certa direção é dada por:
I = dl / d (4.17)
Para áreas infinitesimais dA que não estejam sobre a superfície de uma esfera, ou
seja para áreas infinitesimais cujas normais não contenham o vértice do ângulo sólido,
temos a seguinte expressão para o ângulo sólido:
d = dAproj / R2 (4.18)
o
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Capítulo 4. Iluminação
106
E = l / S (4.19)
onde:
E = iluminância média na superfície S, dado em lm/m2 ou lux, símbolo lx;
l = fluxo luminoso total incidindo na superfície.
A Figura 4.10 ilustra um fluxo luminoso atingindo uma superfície, e notamos que
neste conceito não há não há nada que distinga os raios luminosos quanto a origem ou
direção. Além disso, o fluxo total pode ser de mais de uma fonte, valendo o princípio da
superposição.
o
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Capítulo 4. Iluminação
107
Resposta:
Se todos os pontos de uma área forem igualmente iluminados, a área é dita sob
iluminância uniforme e escrevemos:
E = E(P) = E (4.21)
o
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Capítulo 4. Iluminação
108
Resposta:
Consideremos uma parede branca na qual incide a luz de dois faróis com
luminosidade 0,077 2). As iluminâncias produzidas por cada cor seriam distintas e
Logo:
E (amarela) = 0,765 6 x (685 lm/W) x (50 W/m2) = 26 221,8 lm/m2 = 26 222 lux
E (vermelha) = 0,077 2 x (685 lm/W) x (50 W/m2) = 2 644,1 lm/m2 = 2 644 lux
Ou seja, a região iluminada pelo feixe amarelo tem iluminância cerca de dez
teríamos:
o
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Capítulo 4. Iluminação
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o
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110
o
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Capítulo 4. Iluminação
111
o
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Capítulo 4. Iluminação
112
Das considerações anteriores pode-se perceber que existe uma correlação entre
luminância e percepção de brilho, mas que esta correlação não é absoluta. Ela é válida
apenas quando se tem as mesmas condições de observação visuais, o que pode ser
ilustrado do seguinte modo. Se olharmos para vários objetos sob um mesmo nível de
iluminação de fundo, poderemos ordená-los segundo nossa percepção de brilho.
Esta ordenação coincidiria com aquela que seria obtida se medíssemos
experimentalmente as luminâncias. Por outro lado, se observarmos uma lanterna de
capacete mineiro numa galeria escura (sem iluminação de rede) e a céu aberto num dia
claro, ela não parecerá tão brilhante na superfície, mas sua luminância é a mesma nos
dois locais.
O que acontece é que os estados de adaptação do olho humano aos níveis de
iluminação em subsolo e a céu aberto são distintos, ocorrendo, portanto, uma alteração
da correlação entre percepção de brilho e luminância.
4.1.18. REFLETÂNCIA
A refletância é uma medida da eficiência de uma superfície em devolver a luz
incidente; se for nula toda a luz é absorvida e se for unitária toda luz é refletida.
Um espelho praticamente reflete toda a luz incidente e sua refletância pode ser
considerada para fins práticos como unitária. O chamado corpo negro perfeito (radiador
integral) absorve toda a radiação que nele incide e tem então uma refletância nula. Uma
boa aproximação deste corpo negro pode ser obtida com um orifício numa caixa pintada
de preto por dentro, pois praticamente toda luz que entra pelo orifício não sai mais.
o
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Capítulo 4. Iluminação
113
Tabela 4.4. Refletâncias obtidas em minas de carvão canadenses, próximas a Sidney, Nova
Escócia.
Onde:
E(P) = iluminância no ponto P considerado, contido num plano perpendicular com relação
a reta definida por P e a fonte pontual, em lux;
I = fluxo luminoso da fonte na direção do ponto P, em lúmens (lm);
RP = distância entre a fonte pontual e o ponto P, em m.
Esta lei é aplicável para fontes pontuais, com luz atingindo diretamente o ponto
considerado e não havendo absorção atmosférica. Ela serve como boa aproximação
quando se tem ar limpo, as refletâncias das superfícies são bem baixas, as medidas são
efetuadas a uma certa distância da fonte e as lâmpadas possam ser aproximadas por
fontes pontuais. Como em geral os valores medidos são relativos a um plano horizontal
o
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Capítulo 4. Iluminação
114
de trabalho e a luz o atinge obliquamente, deve-se introduzir a correção expressa pela lei
do cosseno. A fórmula (4.23) se torna:
Onde:
E(P,) = iluminância no ponto P do plano de trabalho inclinado de com relação a
direção unindo a fonte ao ponto P, em lux;
= ângulo entre a normal ao plano de trabalho e a direção fonte-ponto P.
A medida da distância Rp nem sempre é fácil e numa via de altura h pode ser
mais conveniente se medir distâncias horizontais. A Figura 4.24 (apresentada e explicada
mais detalhadamente no item 4.8.2.) exemplifica uma fonte luminosa colocada na linha
do teto de uma galeria de mina.
Da geometria temos:
o
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Capítulo 4. Iluminação
115
o
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o
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