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RESUMO EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

O Empreendedorismo no Brasil e em todo mundo têm servido de mola para o


desenvolvimento. Empreendedores em todos os países costumam ser pessoas mais
criativas, mais arrojadas, movidas por uma ideia central de sucesso, que as
impulsionam em busca de novas oportunidades. Nesse movimento, geram renda,
empregos, receita tributária e novas demandas. O Empreendedorismo ganha um
grande impulso na sua proposta de sucesso quando forma uma aliança com a
inovação, seja na tecnologia utilizada, no processo de trabalho, seja no marketing de
divulgação do serviço ou produto.

É interessante que vários autores do Empreendedorismo tentam definir


algumas características que são essenciais a essa figura do Empreendedor de
sucesso. Embora essas características por si só não sejam fatores condicionantes do
sucesso, o fato é que uma delas você pode vislumbrar na figura desses
empreendedores que hoje obtém sucesso no mercado. O empreendedor é aquela
pessoa que enxerga sempre uma melhor forma de se fazer alguma coisa. Dentre
essas concepções é muito interessante também a ideia do empreendedor ser uma
pessoa "significativa", uma pessoa que pensa em ideias que tornam o mundo um lugar
melhor, que melhora a qualidade de vida das pessoas, que são capazes de solucionar
problemas graves da atualidade, como tecnologias que proporcionam inclusão social
para pessoas com determinadas limitações, por exemplo. Algumas características da
figura do empreendedor, é que ele é motivado, visionário, sonha alto e que sabe da
necessidade de se correr riscos para obter sucesso, é uma pessoa que planeja muito
bem as suas ações.

As habilidades de um empreendedor são diversas assim como as


características. Podem ser ensinadas, partindo do princípio da criatividade. As
técnicas e características são algumas como:

- Ouvir as pessoas;

- saber captar informações;

- Ser bom em oratória;


- Ser organizado;

- Saber liderar;

- Saber trabalhar em equipe;

- Ser bom negociador;

- Ser disciplinado;

- Saber assumir riscos;

- Ser persistente; entre outras características.

Inclusive, segundo Filion, o empreendedorismo pode ser aprendido. Não há


dúvida de que algumas pessoas já nascem com perfil empreendedor e por sinal, tinha-
se como crença no passado que apenas as pessoas dotadas de aptidão para negócio
tinham sucesso como empreendedores. Mas hoje está provado que se aprende a ser
empreendedor, sendo, para isso, necessário o desenvolvimento das características e
habilidades que compõem o perfil empreendedor.

As Teorias da Administração começaram a perdurar a partir do século XX,


acompanhando as ideias de Taylor e Fayol (Teoria Clássica), entre outros, bem como
os movimentos socioeconômicos daquele período.

No ponto de vista de Filion, o ato de empreender é o ato de também inovar. A


Inovação é uma renovação ou uma novidade que é colocada em prática.

Do ponto de vista de Schumpeter, o desenvolvimento econômico inicia-se a


partir de inovações, ou seja, por meio da introdução de novos recursos ou pela
combinação diferenciada dos recursos produtivos já existentes.

E de acordo com Dornelas, empreendedor é aquele que vê uma oportunidade


e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.

De acordo com os estudos do projeto Global Entrepreneurship Monitor - GEM,


o empreendedorismo é qualquer criação de um projeto, empresa ou expansão de um
projeto já existente.
Com a criação do Sebrae e a Softex na década de 1990, o empreendedorismo
começa a aparecer no Brasil, durante a abertura que o povo teve para a economia e
o país começou a ser palco para diversos projetos empreendedores.

O Processo Empreendedor se inicia quando Fatores Ambientais, Sociais e


Pessoais ou um somatório de todos eles aliados às aptidões pessoais do
empreendedor surgem possibilitando o início de um novo negócio.

As Fases do Processo Empreendedor se dão após a decisão de tornar-se


empreendedor, composta de uma sequência de quatro fases para efetivação do
processo empreendedor. São elas:

- Inovação;

- Desenvolvimento do Evento Inicial;

- Implementação;

- Crescimento.

Tendo visto uma visão da história do empreendedorismo, das características


do empreendedor e dos processos de um empreendimento, vemos agora o processo
de identificação de oportunidades e inovação. A Inovação é a criação ou adoção de
algo novo ou significativamente melhorado e que tenha a possibilidade de trazer
ganhos econômicos para a empresa. Diferente do que muita gente pensa, uma ideia
não significa uma oportunidade de negócio. Empreendedores sem sucesso
confundem ideia com oportunidade. A ideia causa fascínio. O empreendedor deve
aprender a ver sua ideia com distanciamento emocional, de modo a fazer uma análise
detalhada dela.
Dolabela diz que existem diversos pré-requisitos para se identificar uma
oportunidade, como:

- Identificação de desejos e recursos ou quando se procuram problemas e


soluções;

- As oportunidades estão presentes em todos os lugares;

- As oportunidades exigem grandes esforços;

- As oportunidades possuem hora certa para ocorrer;

- As oportunidades devem se ajustar ao empreendedor; entre outras.

A criatividade é uma das fontes geradoras de oportunidade e pode ser


aprendida e desenvolvida, fazendo com que as pessoas transformem seus sonhos
em oportunidades reais. A atividade empreendedora realmente se inicia quando o
empreendedor tem um sonho. Neste caso, os sonhos são aqueles em que se sonha
acordado, onde se imagina algo específico no futuro, algo que o faz ter motivação
para desenvolver e torná-lo realidade. Para se tornar concreto, o sonho deve se
transformar em uma visão, um projeto de ação, uma ideia de empreendimento. A visão
é originada por causas circunstanciais, influenciadas por múltiplos fatores. É formada
por tudo que envolve a vida do indivíduo, pelas transformações etárias, aquisição de
conhecimento, maturidade, relações, crenças, valores, variações na forma de
representação do mundo, e que devem ser influenciadas por diversos educadores ao
passar da vida do indivíduo.

Investir na abertura de um negócio e ser seu próprio chefe é uma ideia que atrai
bastante as pessoas. Entretanto, os desafios se apresentam logo no início do
processo: diante de tantos modelos de negócios, como escolher a opção ideal?

Para que uma empresa prospere, certos investimentos em inovação não


podem ser negligenciados pelos gestores. Independentemente da opção do
empresário dentre os vários modelos de negócios, o primeiro pensamento deve ser o
de trazer diferencial para o seu segmento. O empreendedor deverá escolher qual o
segmento, o tipo de empreendimento que ele aplicará seu tempo e seus esforços.
Pode ser no ramo de agronegócios, construção, consultoria, franquias, hospitalidade,
manufatura, serviços terceirizados, entre outros. E após essa definição, o
empreendedor deverá buscar mais informações sobre o ramo escolhido, assim como
buscar informações sobre:

- Estoque;

- Os custos envolvidos no processo (mão de obra, materiais, equipamentos,


energia);

- Distribuição desses produtos ou serviços, etc.

Existem vários tipos de estoque, como: materiais auxiliares (não são


incorporados no produto final mas devem ser mantidos); matéria prima (compõem o
produto final); produtos em processo (em linha de produção); produtos acabados
(disponíveis para comercialização).

O preço de venda é composto por custos, despesas e mais uma margem que
se baseia no percentual de lucro desejado.

Essas informações ditas acima são extremamente importantes, pois dessa


forma o empreendedor entende sobre a empresa e o ramo escolhido, sabendo como
ela funciona e evitando perdas.

A ideia de Plano de Negócios é transformar o seu negócio, a sua ideia, em algo


palpável antes de você começar a empreendê-la e assim obter sucesso. É
indispensável no início de uma empresa, pois é um relatório onde você irá documentar
todas as etapas, todo o dia-a-dia, a ideia, o concorrente, mesclando tudo numa
documentação para que você tenha números em que se basear. Através dele, antes
mesmo de montar a empresa você já saberá quanto investir, onde investir e qual será
o prazo de retorno. Seu objetivo é estruturar a formação de uma organização e
diminuir o alto índice de mortalidade das micro e pequenas empresas. Existem
diferentes etapas que devem ser abordados num Plano de Negócios, como na
imagem abaixo:
- Sumário Executivo: é um resumo do Plano de Negócio. É uma maneira de
apresentar as principais informações do plano, principalmente indicadores de
viabilidade. Irá despertar a atenção dos leitores para o plano de negócios.

- Resumo da Empresa / Análise de Mercado: devem ser colocados os dados


de identificação da empresa, como CNPJ, onde será a empresa, missão da empresa
(o porquê ela existe), visão (o que se espera dela), descrição de seus
produtos/serviços, estratégias de entrada e crescimento.

- Plano de Marketing: demonstração de como alcançar clientes, expondo


mercado alvo, produtos/serviços oferecidos, preços, distribuição até o mercado alvo,
vendas, publicidade, previsão de vendas.

- Plano Operacional: descrição detalhada de como funciona o negócio, dizendo


quais são os fornecedores, prazos, custos da empresa, e permanência no mercado.
É feito de forma simples para que se tenha uma ideia do fluxo operacional do negócio.

- Plano Financeiro: revela os números do seu negócio. Quanto de capital será


necessário para iniciar o negócio e mantê-lo funcionando até que comece a dar lucro.
Já quando falamos em Inovação, é a criação ou adoção de algo novo ou
significativamente melhorado e que tenha a possibilidade de trazer ganhos
econômicos para a empresa. A inovação é um processo. Esse processo possui como
participação vários atores e sofre a influência de inúmeras variáveis. Nesse contexto,
o empreendedorismo como essa arte de se propor o novo, ele é materializado através
da própria figura do empreendedor. Então, é impossível pensar em inovação sem
considerar o espírito empreendedor. Embora a recíproca não seja verdadeira, pois
existe a possibilidade de se empreender sem inovar.

Schumpeter observava que a inovação tecnológica cria diferenciação para as


empresas, representando um papel central no desenvolvimento de uma empresa e
consequentemente numa região ou país.

O Processo da Inovação é dividido em três fases:

- Invenção: se refere à criação de um processo, técnica ou produto inédito e ter


uma aplicação comercial efetiva.

- Inovação: acontece com a aplicação prática de uma invenção.

- Difusão: aplicação de produtos e processos pelo mercado, se a invenção for


aceita pelo mesmo.
Nos Estudos da Inovação, existem seus conceitos, como exibidos na imagem
abaixo:

-Inovação de Produtos: está dentro da concepção, por exemplo, da inovação


de bens e serviços.

-Inovação de Processos: adição de incrementos a um determinado produto ou


processo. Seriam pequenas melhorias em processos e produtos, como por exemplo,
CD duplo em relação ao CD single.

-Inovação Radical: transformação completa de um produto ou serviço. Muda


paradigmas, por exemplo, a evolução do vinil para o CD.

-Inovação de Marketing: novas estratégias de marketing no mercado.

-Inovação Organizacional: relacionada à forma de organizar o negócio.

Esses conceitos de Inovação são também abordados no que diz respeito à


legislação brasileira, na própria Lei da Inovação, então, para o pequeno
empreendedor é interessante que ele conheça esses conceitos de inovação porque
em muito dos casos o gozo de diversos benefícios e captação de recursos via
subvenção econômica, além, é claro, de permitir que a empresa seja reconhecida por
seus clientes por meio dos produtos/serviços comercializados/prestados.

Lembrando que a inovação está altamente ligada à criatividade.


A Educação Empreendedora se dá através do contato com família, escola,
amigos, trabalho, cultura, sociedade e vai favorecendo o desenvolvimento de alguns
talentos e características de personalidade e bloqueando ou enfraquecendo outros.
Isso acontece ao longo da vida, muitas vezes ao acaso, pelas diversas circunstâncias
enfrentadas.

O empreendedor é um ser social, e assim sendo é fruto da relação constante


entre os talentos e características individuais e o meio em que vive. Ser empreendedor
não é fruto do nascimento ou de herança genética, mas resultado de trabalho, talento
e reserva econômica.

O ensino do empreendedorismo constrói o aprendizado num longo prazo,


aprendendo com o ambiente, com o ser humano e com os erros e dessa forma,
favorecendo a organização.

As metodologias tradicionais de ensino não enfocam o desenvolvimento da


cultura empreendedora e possuem suas diferenças, como por exemplo, a cultura
empreendedora foca em:

- Ênfase no processo ao invés de ênfase no conteúdo;

- Possui instrutores e participantes facilitadores ao invés do repasse apenas de


conhecimento;

- Possui sessões flexíveis e voltadas às necessidades ao invés de currículos e


sessões programadas;

- Possui prioridade para a auto-imagem que gera desempenho ao invés da


prioridade no desempenho;

- Encorajamento à influência da comunidade ao invés da resistência a mesma;


erros como fonte de conhecimento ao invés de erros não aceitos; etc.

Com a Pedagogia Empreendedora, segundo Dolabela, os professores e alunos


das séries inicias adquirem conhecimentos relativos aos sonhos, necessidade de
estimular o sonho, de expressar nossas ideias, de ser feliz, semeando o
empreendedorismo com o espírito de apreender a empreender, dando destino à vida,
conquistando a liderança com qualidades de líder, sendo este necessário para ajudar
grupos de pessoas a buscarem seus sonhos.
Com a Oficina do Empreendedor, segundo Dolabela, faz com que as pessoas
que não estão relacionadas à área do empreendedorismo mas que desejam mudar
de carreira ou professores que querem estimular seus alunos, possam expandir seus
horizontes e a verem o empreendedorismo como ele realmente é. Os professores
podem seguir algumas estratégias, como, por exemplo:

- Focar na realidade, em filmes, livros, sites que permitem gerar oportunidades


de aprendizagem empreendedoras;

- Estabelecer conexões com outros empreendedores; convidar pessoas a


falarem sobres seus sonhos;

- Estimular auto-avaliação;

- Tomar os sonhos como central na aprendizagem; etc.

Tanto a Oficina do Empreendedor como a Pedagogia Empreendedora, ajudam


o empreendedor acrescentar valor na sociedade. O empreendedor não se dedica ao
enriquecimento individual, mas sim na consciência social. Questiona qual é a causa
que apoia, com enfoque nos seus sonhos, na auto-avaliação, estimulando-os. Quanto
mais próximos das situações do dia-a-dia, maior é a assimilação. As escolas devem
adotar esses métodos de forma espontânea, como fonte de mudança e transformação
e não devem ser impostas às mesmas.

A Oficina do Empreendedor trabalha com algumas fases e métodos, como:

- Estratégias para identificação de oportunidades (conceito de si, formação de


sonho, foco em necessidades não satisfeitas, capacidade de criar algo novo);

- Ideia inicial do plano de negócios (avaliação da ideia da empresa, elaboração


do plano de negócios, técnicas de negociação e apresentação);

- Plano de negócios ao início de operações (negociação e liderança).

Logo, torna-se evidente, portanto, que é possível ensinar o empreendedorismo,


para discentes de diferentes idades, gêneros, idades e posições sociais.
O Intraempreendedorismo trata-se de uma das categorias que derivam da
prática de empreender, porém de maneira interna, como o próprio nome já deixa claro.
Ou seja, intraempreender é quando os colaboradores de uma empresa passam a
atuar como se fossem os donos do negócio, com atitudes que ajudem a empresa a se
desenvolver. A prática é realizada por colaboradores e funcionários que têm
perspectiva de fazer o que é preciso para manter a empresa operando em capacidade
máxima e, por consequência, crescer em seu nicho de atuação no mercado. Traz aos
funcionários ganhos, como a possibilidade de empreender sem investir, colhendo
conhecimento e reconhecimento. Os intraempreendedores possuem características
como, confiança, possuem habilidades políticas e de negócios, bom relacionamento
e são inovadores.

Os líderes podem estimular um ambiente empreendedor da seguinte forma:

- Através de uma visão empreendedora bem definida do negócio;

- Sistema de recompensas e participação de resultados aos funcionários;

- Melhoria de desempenho assumindo riscos;

- Reduzir níveis hierárquicos;

- Possuir pequenas unidades organizacionais e equipe multifuncionais;

- Encorajamento interno;

- Voz do consumidor dentro da organização; etc.

O Intraempreendedorismo ocorrerá com sucesso se houver comprometimento


dos empregados em todos os níveis da organização, principalmente nos cargos
maiores, pois a partir dali que ocorrem mudanças culturais nas empresas.

Hoje, o principal motivo de falência das empresas, é por exemplo, falta de


capital de giro, o excesso da carga tributária e trabalhista, a burocracia, falta de
capacitação, dificuldade de acesso ao crédito, preço de financiamento, ausência de
financiamento. Mesmo com todos os procedimentos ditos acima e outros como, por
exemplo, o processo de Incubação de Empresas (que é um dos grandes responsáveis
pela manutenção de mercado de empresas nascentes. A incubação de empresas é
todo um processo de apoio técnico, gerencial e financeiro à pequenos
empreendimentos. Então vamos imaginar que você seja um pequeno empreendedor
que não visualiza naquele momento recursos para iniciar a sua atividade, você pode
submeter o seu projeto à um processo de incubação de empresa, então sendo
aprovado o seu projeto, você terá todo um apoio técnico, gerencial e financeiro para
dar os primeiros passos no sentido da caminhada empreendedora), a taxa de
mortalidade dessas empresas ainda é muito alta.

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