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Agronegócio
Prof. Pablo Rodrigo Bes Oliveira
2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof. Pablo Rodrigo Bes Oliveira
658.71
O48lOliveira, Pablo Rodrigo Bes
Logística do agronegócio / Pablo Rodrigo Bes Oliveira: UNIASSELVI,
2017.
187 p. : il.
ISBN 978-85-515-0094-1
1.Logística Empresarial.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Queridos acadêmicos e acadêmicas, gostaria de comentar que este
livro didático foi construído baseado nas obras clássicas que hoje tratam da
Logística Empresarial e da Gestão das Cadeias de Abastecimento, escritas por
autores nacionais e internacionais que se dedicam aos assuntos em questão.
III
Desejo a todos um ótimo aprendizado e que as teorias selecionadas,
aliadas às nossas problematizações, bem como os esquemas, gráfico, tabelas,
imagens, textos e leituras complementares possam estimular e proporcionar
uma aprendizagem significativa a todos.
O autor.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE I – A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL ....................................... 1
VII
2.3.1.1 Sistemas Mecanizados ...................................................................................................... 53
2.3.1.2 Sistemas Semiautomatizados . ......................................................................................... 58
2.3.1.3 Sistemas Automatizados . ................................................................................................. 59
2.3.1.4 Sistemas Orientados pela Informação ............................................................................ 63
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................. 64
RESUMO DO TÓPICO 3 ..................................................................................................................... 66
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 67
VIII
UNIDADE 3 – CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES
LOGÍSTICAS .............................................................................................................. 129
IX
X
UNIDADE 1
A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA
EMPRESARIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos encontra-se dividida em três tópicos
de conteúdos. Ao longo de cada um deles, você encontrará sugestões e dicas
que visam potencializar os temas abordados, e ao final de cada um estão
disponíveis resumos e autoatividades que visam fixar os temas estudados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONHECENDO A LOGÍSTICA
EMPRESARIAL
1 INTRODUÇÃO
Queridos acadêmicos e acadêmicas, estaremos explorando, nesta
unidade, conceitos iniciais acerca da área da logística empresarial que, dentro do
entendimento contemporâneo, se reveste de grande importância e aplicabilidade
a todos os níveis/tipos de organizações, inclusive as relativas ao agronegócio.
2 CONCEITUANDO A LOGÍSTICA
É importante começarmos entendendo que já existiam, há muito tempo,
processos semelhantes ao que hoje conhecemos como logística, remontando aos
primórdios das civilizações antigas, aqui compreendendo o Egito, a Grécia, a China
e a Mesopotâmia. Se começarmos a refletir sobre todas as áreas que aprendemos
durante nossa vida escolarizada e também nas relações com inúmeros campos
sociais em que nos envolvemos durante a vida, iremos identificar algumas
conexões com alguns pontos que remetem ao conceito de logística.
3
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
4
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Ressaltamos que este conceito tão importante e potente hoje para o sucesso
das organizações empresariais é um conceito recente, tendo em torno de duas
décadas, sobretudo no Brasil. Antes disto, eram ensinados/aprendidos conceitos
sobre estoques, materiais e transportes de forma isolada e, normalmente, de
forma equivocada, a logística era associada somente ao transporte, o que sabemos
hoje ser um grande erro, pois reduz em muito a grandiosidade de processos que
envolvem a logística.
NOTA
5
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
6
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
NOTA
Você sabe o que são materiais? O termo materiais envolve todos os insumos
(que serão processados na empresa), bem como as matérias-primas utilizadas para atender
às linhas de produção das organizações. O setor da Administração de Materiais tem
fundamental importância na seleção de fornecedores e acompanhamento da qualidade e
das especificações dos materiais que a empresa irá utilizar.
7
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
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TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
9
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
1 - processamento de pedidos;
2 - estoques;
3 - transportes;
4 - armazenamento, manuseio de materiais e embalagens, e;
5 - rede de instalações.
Mais uma vez reforçamos a ideia de que estas cinco áreas devem ser vistas
operando de forma integrada e inter-relacionada para o cumprimento de suas
atividades, conforme visualizamos na imagem a seguir:
10
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
2.2.2 Estoques
A quantidade/necessidade de estoques de uma empresa está diretamente
relacionada à rede de instalações que esta possui e ao nível de serviço que se deseja
para este cliente. Não é comum uma empresa estocar todos os seus possíveis
produtos a serem vendidos junto a cada unidade de comercialização, pois isso
aumentaria em muito o custo de tal operação.
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
FONTE: O autor
12
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
NOTA
2.2.3 Transportes
Hoje é comum que todas as empresas, grandes ou pequenas, possuam
algum gestor responsável pelo transporte, uma vez que, segundo Bowersox et
al. (2014, p. 39), “o transporte é uma área essencial da logística, responsável pela
movimentação e por posicionar geograficamente o estoque das empresas”.
13
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
NOTA
14
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
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TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
MANUTENÇÃO DE ESTOQUES
Muitas vezes, não é possível entregar o produto ao cliente assim que acaba
sua fabricação. Da mesma forma, não é possível receber todos os suprimentos no
exato momento em que eles são necessários na produção, embora muito se tenha feito
dentro dos conceitos de “just in time”. A armazenagem torna-se necessária quando,
por alguma razão, temos que guardar uma matéria-prima, componente ou produto
acabado até a sua utilização. Os estoques agem então como amortecedores entre a
oferta e a demanda. A manutenção dos estoques pode atingir de um a dois terços
dos custos logísticos, o que torna a manutenção de estoques uma atividade-chave
da logística. Enquanto o transporte adiciona valor de lugar ao produto, o estoque
agrega valor de tempo. Para agregar este valor, o estoque deve ser posicionado
próximo aos consumidores ou aos pontos de manufatura. A administração de
estoques envolve manter seus níveis tão baixos quanto possível, ao mesmo tempo
em que provê a disponibilidade desejada pelos clientes. Os custos de processamentos
de pedidos tendem a ser pequenos quando comparados aos custos de transporte ou
de manutenção de estoques. Contudo, o processamento de pedidos é uma atividade
logística primária. Sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em
termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. É também uma
atividade primária que inicializa a movimentação de produtos e a entrega de serviços.
18
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
19
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
20
AUTOATIVIDADE
21
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2
O PRODUTO LOGÍSTICO
1 INTRODUÇÃO
Caros alunos! Neste tópico iremos explorar o que chamamos de produto
logístico. Este produto envolve as operações logísticas e também os serviços sobre
os quais elas se referem. Conhecer o que compõe o produto logístico é essencial para
que as organizações possam melhor gerir o mesmo e adequar suas estruturas para
um melhor atendimento de seus clientes. Também é essencial para o relacionamento
estabelecido entre os fornecedores e empresas parceiras nos processos de entrega/
distribuição dos produtos que compõem o mix das empresas.
Sendo assim, iremos estudar neste tópico muitos dos aspectos que
se relacionam com os produtos e serviços relativos às atividades logísticas
empresariais, e que, se bem administrados, podem garantir uma eficácia
nos negócios. Dentro do agronegócio, sobremaneira, também destacamos a
importância destes cuidados relacionados aos produtos, uma vez que podemos
ter questões como a perecibilidade e a própria sazonalidade, que repercutirão
diretamente nestas operações. Vamos imaginar, por exemplo, o transporte
de flores pelo Brasil afora, que necessita, na maioria das vezes, de um veículo
refrigerado para esta finalidade. Estas questões compõem o planejamento das
operações logísticas e devem ser dimensionadas.
23
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Segundo Juran (1989 apud BALLOU, 2006, p.73), ”um produto é o fruto,
ou resultado, de qualquer atividade ou processo. O produto é composto por uma
parte tangível e outra intangível, que juntas completam a oferta total de produtos
de uma empresa”. Na parte física (tangível) se encontram as características como
peso, volume e durabilidade. Já na intangível da oferta de produtos podemos
considerar o suporte pós-vendas, a reputação da empresa, a comunicação destinada
a proporcionar informação correta e atualizada (por exemplo, rastreamento de
uma encomenda). Nesta lógica, a oferta total de produtos de uma empresa pode
ser definida como um misto de características físicas e de serviços.
FONTE: O autor
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TÓPICO 2 | O PRODUTO LOGÍSTICO
25
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
27
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Produtos que são densos, isto é, que têm alto quociente peso-volume
(por exemplo, aço laminado, materiais de impressão e alimentos
enlatados), mostram uma boa utilização do equipamento de transporte
e instalações de armazenagem, com ambos os custos tendendo a ser
baixos. Contudo, para produtos de baixa densidade (por exemplo,
bolas de praia infladas, barcos, batatas fritas e abajures), o volume de
capacidade do equipamento de transporte é totalmente utilizado antes
que se atinja o limite de peso transportável. Da mesma forma, os custos
de manuseio e de espaço, baseados no peso, tendem a ser elevados em
relação ao preço de venda dos produtos (BALLOU, 2006, p. 80).
28
TÓPICO 2 | O PRODUTO LOGÍSTICO
2.2.3 Substituibilidade
Produtos são considerados altamente substituíveis quando os clientes
podem facilmente estabelecer comparações entre as empresas concorrentes e
optar facilmente entre as marcas oferecidas. Ou seja, conforme Ballou (2006, p. 81),
“o cliente muito facilmente se disporá a comprar uma marca secundária quando
não houver disponibilidade imediata daquela que é a sua primeira escolha”. A
substituibilidade é muito percebida nos produtos do varejo, e sobretudo na área
da alimentação, onde existe a incidência de produtos oriundos do agronegócio.
Este fator é percebido na existência de inúmeras marcas ofertadas com produtos
muito semelhantes no interior de grandes redes de supermercados.
29
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
O autor da citação acima destaca a importância que deve ser dada aos
produtos compreendidos na área do agronegócio, citando as frutas frescas,
evidenciando os aspectos da refrigeração necessária, o que representa um custo
a ser ajustado e calculado. Imaginem o prejuízo de perder uma carga de frutas
ao ser transportada entre vários estados dentro do mercado nacional, ou ainda,
ao ser exportada para outros países, por não ter sido previstos cuidados relativos
aos riscos envolvidos?
30
TÓPICO 2 | O PRODUTO LOGÍSTICO
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
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TÓPICO 2 | O PRODUTO LOGÍSTICO
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
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TÓPICO 2 | O PRODUTO LOGÍSTICO
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma flor, em buquê ou vaso, é um presente delicado para o Dia das Mães.
Nas lojas Pão de Açúcar e Extra, a procura por estes itens é tão grande que a
companhia estrutura, todos os anos, uma operação de peso para atender à demanda.
O GPA vende cerca de 300 itens diferentes, entre vasos e flores cortadas. No
Dia das Mães, são vendidas 1,25 milhão de unidades de flores e plantas em vaso e
250 mil unidades de flores em maço e buquês. As flores preferidas são orquídeas,
tulipas, crisântemos, lírios, violetas, kalanchoes, astromélias, rosas e buquês.
São quase 470 lojas no Brasil inteiro, das marcas Extra e Pão de Açúcar,
que contam com esses produtos, afirmou o diretor de logística do Grupo Pão de
Açúcar, Edison Sales Junior. Esse ano, a expectativa é que as vendas cresçam 10%
em relação ao mesmo período do ano passado.
Por dia, passam pelo centro cerca de 600 carrinhos com vasos e flores. No
período que antecede o Dia das Mães, essa quantidade cresce 150%, podendo
chegar a 1.500 carrinhos.
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
em média, 36 horas depois de terem sido recebidas no CD, para manter a qualidade
e o frescor, diz Sales Júnior. Para atender à demanda crescente, a empresa dobra o
número de trabalhadores no CD com a contratação de temporários. A equipe, que
chega a 30 pessoas, trabalha de maneira ininterrupta do dia 01/05 a 12/05.
36
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• Um dos fatores que incide sobre os produtos e que, apesar de não ser possível
seu controle pelo gerente de logística, diz respeito à sua substituibilidade por
demais produtos concorrentes que são vendidos no comércio e apresentam
inúmeros produtos concorrentes complementares. Esta substituibilidade pode
incidir sobre o ciclo de vida do produto, acelerando a chegada ao seu declínio.
37
AUTOATIVIDADE
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E
MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, iremos compreender como ocorrem os processos de
suprimento, armazenagem e movimentação de materiais, sua importância e
inter-relação com a logística empresarial.
Embora estas três operações tenham relação direta entre si, iremos estudá-
las de forma separada, para efeitos didáticos, procurando compreender suas
características principais.
2 CONTEXTUALIZANDO
As grandes mudanças econômicas pelas quais as nações do mundo
inteiro passaram – advindas, sobretudo, com a última onda da globalização e das
mudanças nas tecnologias que atuam nos processos inerentes às empresas e nas
comunicações – também acabam reconfigurando a forma como a logística passa
a ser vista e considerada no interior das organizações.
39
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Temos que destacar, neste momento, que o comércio eletrônico, por sua
vez, também irá influenciar este cenário, afinal todos os inúmeros produtos que
são negociados nos sites e páginas das empresas precisam ser entregues em tempo
hábil, o que reflete diretamente na estocagem e na movimentação dos produtos.
2.1 SUPRIMENTOS
Todas as organizações, sejam industriais, varejistas ou atacadistas, efetuam
compras de serviços e matérias-primas para apoiar as suas operações e processos.
Segundo Bowersox et al. (2014):
40
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
NOTA
41
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
São muitas as implicações que envolvem o JIT. Uma delas diz respeito
ao nível de qualidade e consistência requerido dos fornecedores, uma vez que
seus componentes irão diretamente para o produto final. Também é exigido que
se tenha na empresa um desempenho logístico confiável, que possa reduzir ou
eliminar a necessidade de estoques de reserva.
42
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Ainda segundo Bowersox et al. (2014, p. 100), para fazer o JIT funcionar,
deve haver cooperação e comunicação muito próximas entre o fabricante e os
fornecedores.
43
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
2.2 ARMAZENAGEM
O primeiro conceito que devemos pensar sobre a armazenagem é de
que ela não ocorre isolada, mas integrada como etapa posterior ao processo de
embalagem e manuseio dos produtos.
44
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Poderíamos neste momento nos questionar: por que estocar? Para que
serve a armazenagem?
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
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TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
NOTA
48
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
NOTA
49
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
50
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
51
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
NOTA
Você sabe o que significa layout? A palavra layout tem vários significados, porém
a maioria deles remete à ideia de projeto, arranjo ou esquema. Dentro das empresas, e mais
especificamente na produção e na área da logística, refere-se à distribuição física, ao arranjo
de máquinas e equipamentos dentro da planta industrial. Este arranjo também irá dispor os
estoques e o pessoal que trabalha (mão de obra) na empresa. É necessário que o layout seja
planejado e muito bem estudado para evitar “gargalos” na produção e demais setores. Por
gargalos entendemos quando a linha de produção para esperando que uma das máquinas
termine a sua etapa dentro do processo produtivo, o que é muito ruim, significa aumento nos
custos e pode ser evitado com uma disposição acertada do arranjo físico do layout.
52
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Na escolha de equipamentos de manuseio, a razão entre peso morto e carga útil deve ser
minimizada.
Sempre que for prático, o retorno da gravidade deve ser incorporado ao projeto do sistema.
53
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
• Empilhadeiras
Cabe fazermos uma ressalva sobre o uso da empilhadeira, estas não são
muito econômicas quando analisamos a movimentação horizontal em longas
distâncias, pois apresentam alta proporção de mão de obra (operador) por
unidade transferida. O mesmo operador transporta uma unidade de cada vez e,
com isso, acaba “engessando” aquela empilhadeira. Essa problemática tem feito
com que empresas especializadas procurem investir nas empilhadeiras “sem
condutor”, que veremos no manuseio semiautomatizado.
54
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Muito comum nas plantas industriais, este transporte puxado via cabos
de aço é normalmente instalado onde existe a necessidade de movimentação
de materiais cotidiana dentro do processo produtivo. São necessários estudos
minuciosos sobre o leiaute da fábrica para a instalação dos mesmos, uma vez que
sua remoção ou mudança é muito dispendiosa. Os mesmos podem ser colocados
no chão ou aéreos. Sobre esta modalidade de movimentação, Bowersox et al.
(2014, p. 263) comenta que:
55
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
• Veículos de reboque
56
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
• Esteiras rolantes
• Carrosséis
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
• Potencial de automação
Já os autores Bowersox et al. (2014) irão destacar que uma das grandes
desvantagens da automação é a dependência de redes de tecnologia de informação
proprietárias. Para diminuir esta dependência, atualmente estes sistemas estão
usando os recursos de computação em nuvem.
60
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
• Separação de pedidos
FIGURA 24 – CROSS-DOCKING
61
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
NOTA
• Estocagem/coleta automatizadas
Segundo Gaither e Frazier (2001 apud HARA, 2011), o AS/RS serve para
o recebimento automático de pedidos de materiais e mercadorias em qualquer
parte de suas operações, coletando-os dentro do armazém, normalmente com
transelevadores e entregando-os às estações de trabalho.
63
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
A média das exportações da terceira semana chegou a US$ 951,5 milhões, 3,3% acima
da média de US$ 921,3 milhões até a segunda semana | Foto: Ivan Bueno/APPA
Comparação
64
TÓPICO 3 | SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
65
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
• O JIT, por sua vez, consiste em dispor no momento necessário o item que está
sendo necessário, ou seja, economizando recursos em estocagem com estas
técnicas.
66
AUTOATIVIDADE
67
68
UNIDADE 2
APROFUNDANDO OS
CONHECIMENTOS SOBRE OS
SISTEMAS LOGÍSTICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos encontra-se dividida em três tópi-
cos de conteúdos. Ao longo de cada um deles, você encontrará sugestões e di-
cas que visam potencializar os temas abordados, e ao final de cada um estão
disponíveis resumos e autoatividades que visam fixar os temas estudados.
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70
UNIDADE 2
TÓPICO 1
OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
LOGÍSTICAS
1 INTRODUÇÃO
Queridos acadêmicos e acadêmicas, na Unidade 2 estaremos nos
aprofundando um pouco mais sobre alguns aspectos importantes da Logística e
que poderão, se corretamente aplicados, conduzir as organizações empresariais à
eficácia de seus negócios, atingindo os melhores resultados possíveis.
2CONCEITUANDOOSISTEMADEINFORMAÇÕESLOGÍSTICAS
Atualmente temos observado o mundo onde existe um engajamento
e esforço globais das organizações de todos os tipos e segmentos, em torno da
busca por um mercado comum e flexível. Neste mercado altamente competitivo,
a informação passa a receber local de destaque, pois pode significar uma grande
vantagem competitiva e um grande diferencial para a empresa que a obtiver na
hora certa e com a qualidade e confiabilidade necessárias.
71
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
72
TÓPICO 1 | OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
FONTE: O autor
73
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
Uma visão crítica do uso das tecnologias da informação, por parte das
empresas, é que normalmente se pensa sobre a tecnologia para colocar algo em
funcionamento/executar a busca pelas estratégias elaboradas e não para ajudar
a moldar as mesmas. A tecnologia também deve fazer parte das atividades de
análise e dos processos decisórios que a empresa venha a tomar e não para a mera
execução de tarefas.
Partindo desta ideia, a tecnologia devia deixar de ser vista somente com
este enfoque de execução e ser utilizada de forma proativa, com informações que
pudessem dar suporte à elaboração e definição do modelo do negócio (missão da
empresa) e na elaboração de suas estratégias (caminhos a serem seguidos) para
alcançar os objetivos organizacionais.
74
TÓPICO 1 | OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
Precisamos pensar, por exemplo, nas pessoas que irão utilizar esta rede,
quem terá autonomia para utilizar estes dados, ou melhor, quais dados serão
disponibilizados para quais colaboradores? Essa questão se traduz no grande
desafio da gestão da informação, fornecer o dado certo/necessário, na hora
oportuna e para a pessoa que necessita daquela informação.
Izidoro (2016) irá comentar que dois caminhos são necessários para que se
atinja uma boa gestão da informação:
2. A garantia de que as pessoas estejam bem treinadas para utilizar com maior
eficiência possível os recursos do sistema.
Destes dois itens citados pelo autor, reforçamos a ideia de que deve existir
treinamento das pessoas que irão ocupar as funções de transcrição destes dados e
sua transformação em informações úteis ao processo logístico. Mesmo se tratando
de programas de computador que são utilizados nos sistemas de informação,
estes precisam ser operados pelas pessoas, e isto exige capacitação e treinamento.
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TÓPICO 1 | OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
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UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
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TÓPICO 1 | OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
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UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
Devemos destacar que o SGP não fica isolado em relação aos demais
sistemas de informação da empresa, pelo contrário, para prestar seu serviço de
forma eficiente deve compartilhar suas informações entre os demais setores e
vice-versa.
80
TÓPICO 1 | OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
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UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
Vamos detalhar agora o que compõe cada uma das etapas ou elementos
que fazem parte deste sistema:
82
TÓPICO 1 | OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
De acordo com Ballou (2006), o SGA, com suas regras internas de tomada
de decisões, ao receber um pedido costuma decompô-lo em grupos de itens que
exigem diferentes tipos de processamento e operação. Os itens são agrupados
de acordo com a localização dos pontos de estocagem. Alguns itens exigirão a
separação em quantidades menores, dispersas, enquanto outros serão separados
em caixas ou paletes completos. Há ainda alguns que podem ser separados de
áreas isoladas e seguras do armazém.
O SGA também irá utilizar como critério para divisão dos itens da área de
separação a busca pelo equilíbrio da carga de trabalho, ou seja, itens destinados
a um determinado empregado podem ser sequenciados de modo que levem em
conta a distância a ser percorrida, a força e o cansaço envolvidos na operação. Essas
ações, quando planejadas, acabam refletindo positivamente no tempo da operação.
83
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
84
TÓPICO 1 | OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
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UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
86
TÓPICO 1 | OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
87
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Gilson Neida
Para mostrar como a tecnologia pode ser uma grande aliada nessa etapa,
preparei uma lista com os seis erros na logística de distribuição que podem ser
evitados a partir do uso de sistemas tecnológicos. Acompanhe abaixo:
88
TÓPICO 1 | OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
89
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
• O sistema de gestão de pedidos tem seu foco nas ações que vão desde o
preenchimento do pedido no ato da venda ao cliente, sua análise de crédito,
verificação das disponibilidades de estoque e faturamento e cobrança do
mesmo.
• Ambos os sistemas devem trabalhar de forma integrada, uma vez que suas
informações se inter-relacionam e proporcionam o melhor controle dos
processos que envolvem estas áreas essenciais da logística empresarial.
91
AUTOATIVIDADE
92
UNIDADE 2 TÓPICO 2
SISTEMAS DE TRANSPORTE E
ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO
1 INTRODUÇÃO
Para que as operações logísticas se efetivem com sucesso é necessário que
se planejem e adéquem os modais apropriados para os mais diversos tipos de
utilizações possíveis, desde a entrega de produtos prontos para os clientes até os
mais diversos transportes entre fornecedores e armazéns, centros de distribuição
e o próprio varejo.
Essas decisões são importantes, uma vez que o transporte representa uma
parte significativa dos custos que recaem sobre a logística, dessa forma, agindo
sobre eles pode-se minimizar os custos totais logísticos, o que influenciará a
cadeia de valor da empresa e proporcionará maior lucratividade da empresa.
Entendendo a sua importância no contexto das inúmeras operações e atividades
do produto logístico, estaremos nos focando em analisar o sistema de transporte
de forma mais detalhada neste tópico que iniciamos agora.
93
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
94
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE E ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO
96
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE E ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO
Como estes cinco modais citados podem ser utilizados dentro de várias
combinações, o transporte apresenta muitos ajustes possíveis a serem realizados e, da
mesma forma, serviços a serem utilizados para estas operações. Cabe à organização
analisar sobre a possibilidade de transporte próprio ou terceirizado para suas entregas
e distribuição de seus produtos no mercado nacional e internacional.
NOTA
Sobre o preço, nem precisamos comentar muito, pois não somente nas
decisões sobre o transporte sempre se busca um preço mais atrativo. Porém,
cabe destacar que incidem diretamente sobre o preço do transporte os custos
que envolvem o combustível, a manutenção dos veículos, os salários dos
motoristas/pilotos/operadores, as depreciações possíveis de ocorrerem os custos
administrativos de tais operações.
97
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
98
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE E ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO
FONTE: O autor
2.3.1 Ferroviário
O transporte via ferrovias se caracteriza pelas longas trajetórias e pela
baixa velocidade utilizada. Normalmente é empregado o transporte ferroviário
para deslocar matérias-primas, como carvão, madeira e produtos químicos.
99
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
Ballou (2006, p. 155) ainda destaca que as ferrovias oferecem uma diversidade
de serviços aos embarcadores, desde o transporte de granéis, como carvão e cereais,
até mesmo o transporte em vagões especiais para produtos refrigerados e automóveis
novos que exigem cuidados e equipamentos diferenciados. Existem também os
chamados serviços de urgência, com garantia de entrega relacionada ao prazo e a
possibilidade de carga e descarga durante as várias escalas a serem realizadas.
2.3.2 Aéreo
Embora o transporte aéreo seja considerado o mais caro, em torno de
mais de duas vezes superior em relação ao rodoviário, e 16 vezes maior que o
ferroviário, ainda assim tem aumentado o número de embarcadores que fazem
uso dele, uma vez que sua grande vantagem é a rapidez da origem do produto
embarcado até o seu destino, principalmente se considerarmos grandes distâncias.
100
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE E ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO
101
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
2.3.3 Rodoviário
O transporte rodoviário é muito utilizado para transporte de produtos
prontos e semiacabados, apresentando sempre menores cargas se comparado
com o ferroviário, conforme já mencionamos.
102
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE E ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO
103
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
NOTA
104
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE E ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO
2.3.5 Dutoviário
A possibilidade de uso deste modal ainda é muito limitada, sendo mais
utilizado para o transporte de petróleo cru e outros derivados. Está sendo
pesquisada, porém, segundo indica Ballou (2006), a possibilidade de transporte
de produtos sólidos que seriam suspensos em líquidos, tipo uma pasta fluida ou
contidos em cilindros a serem deslocados no interior dos dutos.
Vamos acompanhar o que comenta Ballou (2006, p. 157) sobre este tipo de
modal:
105
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
106
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE E ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO
Isso ocorre porque o país ainda está longe de atingir todo o potencial
produtivo das áreas já abertas. Grosso modo, dos 850 milhões de hectares do país,
550 milhões ainda estão sob a forma de vegetação nativa, em áreas protegidas,
terras indígenas, assentamentos, propriedades privadas e algumas porções
significativas na Amazônia ainda não destinadas.
107
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
108
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
109
AUTOATIVIDADE
110
UNIDADE 2 TÓPICO 3
A LOGÍSTICA REVERSA
1 INTRODUÇÃO
Estudar sobre a logística reversa é acompanhar a evolução do mercado
e da preocupação crescente com as questões ambientais que se fazem presentes
nas atividades empresariais nas últimas décadas. Hoje, além das motivações
normais em relação à produção, marketing, comercialização de seus produtos e
acompanhamento da concorrência, uma organização precisa ter um foco que vai
além e traduz-se em responsabilidade com o meio ambiente planetário.
111
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
além, conforme define Stock (1998, p. 20): “Logística reversa: em uma perspectiva
de logística de negócios, o termo refere-se ao papel da logística no retorno de
produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reúso de
materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura [...]”.
NOTA
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Pet (2012): PET é uma sigla que
significa Poli Tereftalato de Etileno, sendo um poliéster ou polímero termoplástico. PET é
considerado como o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas, frascos e
embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, medicamentos, cosméticos,
produtos de higiene e limpeza, destilados, isotônicos, cervejas, entre vários outros, pois
proporciona alta resistência mecânica (impacto) e química, suportando o contato com
agentes agressivos. Possui excelente barreira para gases e odores. Por isso é capaz de conter os
mais diversos produtos com total higiene e segurança – para o produto e para o consumidor.
112
TÓPICO 3 | A LOGÍSTICA REVERSA
Elegemos este trecho como o nosso conceito de logística reversa por nos
trazer as associações com diversas áreas que consideramos muito importantes
para as organizações nos tempos atuais, além do aspecto econômico envolvido.
113
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
114
TÓPICO 3 | A LOGÍSTICA REVERSA
116
TÓPICO 3 | A LOGÍSTICA REVERSA
O conceito nos inspira a pensarmos em como existem bens que vão sendo
desembaraçados, conforme cita o autor, ou seja, vão sendo passados adiante,
trocados ou vendidos pelos seus antigos proprietários, e sua vida útil acaba se
estendendo muito além da que foi calculada e contabilizada no momento da sua
produção. Isso faz com que aumentem consideravelmente os bens de pós-consumo,
possíveis ou não de serem reinseridos novamente nas cadeias produtivas.
Automóveis,
Embalagens,
eletrodomésticos,
brinquedos, materiais Baterias de veículos,
eletroeletrônicos,
para escritório, óleos lubrificantes,
máquinas,
suprimentos de baterias de celulares,
equipamentos
informática, artigos computadores e seus
Produtos industriais,
cirúrgicos, pilhas, periféricos, revistas
edifícios, aviões,
fraldas, jornais, revistas especializadas etc.
construções civis,
etc.
navios etc.
117
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
118
TÓPICO 3 | A LOGÍSTICA REVERSA
Estes dados citados são interessantes para nossa análise, pois evidenciam
como uma ação conjunta entre as empresas privadas, produtores agrícolas
e o governo federal pode surtir bons efeitos numa área que já foi muito
problemática em nosso país. Merece destaque a atuação do Instituto Nacional
de Processamento de Embalagens Vazias – INPEV –, órgão federal criado em
2001 para regular esta atividade.
A coleta de embalagens de óleos lubrificantes recolheu 99 milhões de
unidades em 2015, segundo o mesmo relatório, aumentando em mais de 20%
em relação ao ano anterior o recolhimento de embalagens destes produtos que
tiveram destinação adequada. Os pneus inservíveis, que muito preocupam pela
sua quantidade e poluição propiciada quando não reaproveitados, tiveram um
incremento significativo em seus pontos de coleta em 2015. Segundo o relatório,
“até o final de 2014 foram coletados e corretamente destinados 3 milhões de
toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 600 milhões de pneus de passeio”
(ABRELPE, 2015, p. 81).
119
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
120
TÓPICO 3 | A LOGÍSTICA REVERSA
121
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
122
TÓPICO 3 | A LOGÍSTICA REVERSA
123
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
Outro tipo comum que compõe estes retornos não contratuais diz respeito
aos erros no momento da expedição dos produtos, que costumam ser comuns
dentro das atividades empresariais. Observa-se que algumas mercadorias são
devolvidas no mesmo momento do transporte e das novas entregas de produtos
realizadas. Este fato ocorre muito na entrega de frutas, legumes e verduras, onde,
ao abastecer o varejo de novos produtos, o fornecedor recolhe aqueles que já não
se encontram mais em condições de serem vendidos.
124
TÓPICO 3 | A LOGÍSTICA REVERSA
LEITURA COMPLEMENTAR
125
UNIDADE 2 | APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS LOGÍSTICOS
126
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
127
AUTOATIVIDADE
128
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos está dividida em três tópicos de
conteúdos. Em cada um deles você encontrará sugestões e dicas para poten-
cializar os temas abordados, e ao final de cada um estão disponíveis resumos
e autoatividades que visam fixar os temas estudados.
129
130
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Queridos acadêmicos e acadêmicas, nesta Unidade 3 estaremos
consolidando os estudos que viemos fazendo até agora e entrando em novos
conceitos que se fazem importantes para o melhor entendimento da logística
como um todo, uma vez que esta se encontra presente, operando e fazendo parte
importante dentro de uma cadeia de suprimentos.
131
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
132
TÓPICO 1 | A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Uma coisa podemos afirmar, o cliente acaba sendo sempre essencial para
a empresa, e atendê-lo bem alia-se diretamente à sobrevivência e sucesso no
mercado onde a empresa opera. Acompanhe o que nos afirma Chopra (2003, p.
4) sobre isto:
Segundo Chopra (2003, p. 7), nesta fase “as empresas devem incluir a
incerteza na demanda, nas taxas de câmbio e na competição neste período de tempo
vislumbrado em suas decisões”. Ao planejar a curto, médio ou longo prazo, sempre
se faz necessária a criação de cenários pessimistas, realistas e otimistas, procurando
mapear as possíveis tendências e comportamentos do mercado e analisando,
também, o histórico das vendas realizadas em anos anteriores pela empresa. Como
tratam-se de planejamentos de curto prazo, a flexibilidade é exigida e devem ser
previstas etapas de conferência e ajustes que se fizerem necessários.
135
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
136
TÓPICO 1 | A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
FONTE: O autor
137
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
Vamos entender como funciona cada uma destas etapas. Quando atende
à demanda de seus clientes, a empresa varejista percebe que seu estoque precisa
ser reposto, completado. Então, precisa planejar uma política de reabastecimento
que garanta que não fique sem o produto para atender à expectativa de compras
futuras. Procurando manter este equilíbrio entre os estoques e as vendas, o
varejista aciona o pedido de reabastecimento, que se materializa no próprio
pedido de reabastecimento encaminhado ao distribuidor dos itens ou ao fabricante
propriamente dito. O atendimento ao pedido do varejista costuma envolver
volumes muito maiores se comparado aos pedidos dos clientes, mas funciona da
mesma maneira, seu principal objetivo é reabastecer os estoques. No recebimento
do pedido pelo varejista devem ser feitas, com a chegada dos novos itens que
irão recompor os estoques, os devidos controles e registros nos inventários da
empresa. Com essa operação realizada eficazmente, a empresa não corre o risco
de ficar sem os produtos disponíveis em suas prateleiras para a venda.
138
TÓPICO 1 | A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
139
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
140
TÓPICO 1 | A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
141
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
Vamos acompanhar o que nos diz Chopra (2003, p. 27) sobre estas estratégias:
142
TÓPICO 1 | A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Isso quer dizer que quanto maior for o número dessas habilidades
atendidas pela cadeia de suprimentos da empresa, mais responsiva a mesma será.
Podemos perceber que a responsividade e a eficiência da cadeia de suprimentos
possuem uma relação muito estreita e que deve ser equilibrada.
143
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
FONTE: O autor
NOTA
Lead times correspondem à relação do tempo entre o pedido realizado pelo cliente
e a entrega real do produto em estoque, sendo um dado muito importante, por exemplo, para
prever o reabastecimento (reposição) dos níveis de estoque que se fazem necessários.
LEITURA COMPLEMENTAR
Várias iniciativas estão em curso para lidar com essa verdadeira epidemia
global. Uma é a excelente "Save Food Brasil", iniciativa original da FAO que reúne
instituições e empresas em torno de projetos para combater o desperdício de
alimentos. Ela se soma a uma série de programas bem-sucedidos, como o Mesa
Brasil, do Sesc, e uma rede de 220 bancos de alimentos, públicos e privados, que
distribuem alimentos de qualidade preservada, que não foram comercializados,
para entidades assistenciais. São 44 bancos sediados em centrais de abastecimento,
maior índice mundial.
145
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
FONTE: JANK, Marcos Sawaya. As perdas de alimentos e o Brasil. Avicultura Industrial. Maio
2017. Disponível em: <https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/as-perdas-de-
alimentos-e-o-brasil/20170529-134343-Q371>. Acesso em: 13 jul. 2017.
146
RESUMO DO TÓPICO 1
147
AUTOATIVIDADE
I - Entre as decisões que são tomadas na cadeia de suprimentos, uma delas diz
respeito à estratégia e o projeto da mesma.
II - O objetivo de toda a cadeia de suprimentos costuma ser minimizar o valor
gerado, aumentando assim a lucratividade.
III - A cadeia de suprimentos inclui as funções envolvidas no pedido do cliente,
desenvolvimento de novos produtos, marketing, operações de produção,
distribuição, finanças e o serviço de atendimento ao cliente.
IV- Nas decisões do planejamento da cadeia de suprimentos são definidas as
políticas operacionais que norteiam as atividades de longo prazo.
V - Os processos (fluxos) que atuam na cadeia de suprimentos envolvem o
dinheiro, os produtos em si e as informações.
É correto o que se afirma em:
a) As assertivas I e III, apenas.
b) As assertivas I, III, IV e V, apenas.
c) As assertivas I, III e V, apenas.
d) As assertivas I e V, apenas.
e) A assertiva I, apenas.
148
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
As atividades logísticas, quando são desenvolvidas dentro de um país,
acabam contribuindo para o próprio desenvolvimento dessa nação, uma vez
que suas atividades irão repercutir além das questões econômicas envolvidas
na geração do fluxo monetário, que incidem sobre impostos, receitas, salários,
empregos diretos e indiretos, também na própria reestruturação e incentivo
dos negócios em si, em todos os segmentos, ou seja, existindo uma estrutura
territorial que permita operações de logística bem estabelecidas, todos ganham,
não somente os empresários, mas a sociedade como um todo.
Nosso objetivo neste tópico é analisar algumas destas políticas que incidem
sobre a logística empresarial e sobre a cadeia de suprimentos como um todo,
repercutindo sobre os negócios de modo geral e também sobre o agronegócio. Para
darmos conta desta análise, utilizaremos o Plano Nacional de Logística e Transporte
(PNLT) do Ministério de Transporte, Portos e Aviação Civil, bem como os Programas
de Aceleração do Crescimento (PAC) colocados em prática no Brasil nos últimos anos.
149
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
Esta definição do próprio PNLT é interessante para ser analisada, pois nos
remete às questões sobre os cuidados ambientais e relativos à sustentabilidade
que se encontram sempre presentes na atualidade e, dessa maneira, também
constituem boa parte das políticas públicas dos países. O plano também destaca
a participação de inúmeros stakeholders que são afetados pelos sistemas de
transporte na sua construção.
150
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LOGÍSTICA
Amazonas
Equador
Amazônia
Centro Nordeste
Norte Setendrional
Peru
Nordeste
Meridional
Pacífico
Norte
Leste
Centro
Bolívia sudeste
Paraguai
Oceano
Sul Atlântico
Argentina
Prata
Chile
FONTE: O autor
NOTA
Por stakeholders definimos todos aqueles que de alguma maneira afetam ou são
afetados por alguma empresa ou operação. São as partes interessadas que tanto influenciam
quanto são influenciadas por esta organização ou operação. No caso do PNLT são citados
como stakeholders os usuários, universidades, operadores de transportes, setores produtivos
(agricultura, indústria, comércio etc.), governos estaduais, governo federal, associações,
entidades, órgãos, entre outros.
151
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
NOTA
152
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LOGÍSTICA
FONTE: O autor
NOTA
154
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LOGÍSTICA
155
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
156
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LOGÍSTICA
Essa citação do autor vai ao encontro das ideias que viemos tecendo
durante todo o corpo deste livro, de que o governo federal se interessa muito
em promover o agronegócio, e demonstra estas intenções procurando investir
em modais que possam beneficiar o setor, como no caso do modal ferroviário
analisado.
157
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
Quais obras foram realizadas nos últimos anos, segundo o mesmo relatório
do PAC – 2015-2018 na área das infraestruturas de logística? Vamos acompanhar
o que o mesmo diz:
159
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
160
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LOGÍSTICA
NOTA
NOTA
O PIB é uma medida econômica que soma todas as receitas que são geradas
dentro do território nacional, sejam de empresas de capital nacional ou estrangeiro. Serve como
uma medida classificatória do crescimento econômico das nações em nível internacional. O
Brasil atualmente ocupa a nona posição em relação a esta medida, comparado ao restante
dos países do mundo. Assim, poderíamos nos considerar a nona nação “mais rica” do mundo
em termos econômicos. É interessante ressaltar, porém, que o PIB não é um bom indicador
de qualidade de vida, pois não mede educação, alimentação, segurança, nem distribuição de
renda etc.
161
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
NOTA
Este plano opera através de cinco etapas que visam atingir este objetivo:
“sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos,
promoção comercial e comercialização” (BRASIL, 2017g, s.p.). Através de ações,
nestas cinco etapas as empresas seguem o que o plano considera como a trilha de
internacionalização de seus produtos.
162
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LOGÍSTICA
NOTA
163
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
164
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LOGÍSTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
165
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
166
RESUMO DO TÓPICO 2
• As políticas públicas sempre são instituídas para que exista um bem comum
que favoreça a coletividade.
167
AUTOATIVIDADE
168
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Queridos acadêmicos, nosso objetivo com a escrita deste tópico, que
finaliza o livro didático de Logística do Agronegócio, é poder retomar alguns
dos inúmeros assuntos que viemos estudando, que envolvem a cadeia de
abastecimento e a logística empresarial integrada, e aproximá-los do agronegócio.
169
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
Média
Produto Unidade 2014 2015 2016
Histórica
Trigo R$/Ton 546,84 679,37 655,61 762,24
Libra peso de
Algodão 143,54 188,12 208,17 252,79
pluma
170
TÓPICO 3 | INOVAÇÕES E IMPACTOS DA LOGÍSTICA NO AGRONEGÓCIO
171
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
3 MODERNIZANDO O AGRONEGÓCIO
É conveniente destacarmos que as iniciativas governamentais em relação
ao agronegócio não se resumem somente em anúncios veiculados na mídia,
conforme comentamos anteriormente, mas também em políticas que incidem
efetivamente sobre o setor. É o que percebemos, por exemplo, no Plano Agrícola e
Pecuário (PAP) 2017-2018, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
173
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
174
TÓPICO 3 | INOVAÇÕES E IMPACTOS DA LOGÍSTICA NO AGRONEGÓCIO
Para Tidd et al. (2005 apud ZILBER et al., 2008, p. 77), a inovação pode
acontecer de várias formas, tais como:
Um dos casos que podemos citar, que aproxima a ideia de inovação desta
observação do mercado aliada à necessidade dos clientes no Brasil, é o caso da
avicultura, mais especificamente quando existe o oferecimento ao mercado do
frango seccionado em pedaços, substituindo a lógica da venda do frango inteiro, que
era a prática que dominava durante muitos anos a comercialização deste item no
varejo. Oferecendo novas opções de cortes de frango, aumentou-se o seu consumo,
e hoje possuímos inúmeras possibilidades de consumo deste gênero alimentício.
175
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
Segundo Botter, Tacla e Hino (2006, p. 26), para que o transporte logístico
colaborativo ocorra, precisamos “juntar os participantes da mesma cadeia
logística ou embarcadores que ofereçam cargas complementares, ou seja, cargas
compatíveis com o equipamento de transporte disponível na rota complementar,
gerando a carga de retorno”.
A questão que fica latente então seria: como fazer deste procedimento
algo que pudesse ter aplicação prática dentro da logística do agronegócio?
176
TÓPICO 3 | INOVAÇÕES E IMPACTOS DA LOGÍSTICA NO AGRONEGÓCIO
Para esta pesquisa dos autores foram analisados dados de mais de 450
mil viagens de transporte de cargas de soja e fertilizantes, “buscando conjugar
as cargas realizadas em rotas cruzadas (entende-se por “rota cruzada” aquela
em que o mesmo ponto geográfico é origem para um itinerário e o destino para
o outro, encerrando um ciclo de rota principal e de retorno)” (BOTTER; TACLA;
HINO, 2006, p. 29). Os autores destacam ainda que “a apuração dos resultados é
obtida pela diferença da conta frete original, pela nova conta frete obtida com a
conjugação de cargas” (BOTTER; TACLA; HINO, 2006, p. 29).
177
UNIDADE 3 | CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES LOGÍSTICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Agricultura digital
Pesquisas agrícolas
179
RESUMO DO TÓPICO 3
180
AUTOATIVIDADE
181
182
REFERÊNCIAS
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org.br/index.html?method=mostrarInstitucional&id=81>. Acesso em: 17 jun.
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183
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Nacional de Logística e Transporte. 2017. Disponível em: <http://www2.
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______. SISCOMEX. Programa Portal Único de Comércio Exterior. 2017g.
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Siscomex/programa-portal-unico-de-comercio-exterior>. Acesso em: 8 jul. 2017.
COSTA, Marcos Aurélio da. Como o modal rodoviário resiste no Brasil? 2015.
Disponível em: <http://www.logisticadescomplicada.com/como-o-modal-
rodoviario-resiste-no-brasil/>. Acesso em: 17 jun. 2017.
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1998.
JURAN, Joseph M. Juran on Leadership for Quality. New York: The Free Press,
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NOGUEIRA, Arnaldo. Cross-docking. 2015. Disponível em: <http://
portallogistico.com.br/2015/04/27/cross-docking-39781/>. Acesso em: 4 jun. 2017.
187