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2.

OBJETIVO

Desenvolver práticas experimentais que permitam identificar e descrever


as mudanças de estado envolvidas, verificar o comportamento da temperatura
durante a mudança de estado, determinar o calor latente de fusão do gelo e
identificar o fenômeno da crioscopia.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O trabalho realizado por um gás que se expande é dado por
vf

W =∫ pdV
vi

Vamos considerar o caso em que a pressão permaneça constante,


enquanto o volume sofre uma variação infinitesimal. Então
vf vf

W =∫ pdV = p∫ dV
vi vi

W =p (V f −V i )

Onde p é constante dado em pascal (Pa).


Calor latente é a grandeza física relacionada à quantidade de calor que
uma unidade de massa de determinada substância deve receber ou ceder para
mudar de fase mantendo a temperatura constante ou seja, para variar apenas
o seu estado de agregação. Com isso:
Q cal J
L= [ ]
m g
no CGS ou[ ]
Kg
no SI

O calor latente pode assumir tanto valores positivos quanto negativos.


Se for positivo quer dizer que a substância está recebendo calor, se negativo
ela está cedendo calor.
Quando o calor é transferido para uma amostra sólida ou liquida nem
sempre a temperatura da amostra aumenta. Em vez disso, a amostra pode
mudar de fase (ou de estado). Fundir um sólido significa fazê-lo passar do
estado sólido para o estado líquido. O processo requer energia porque os
átomos ou moléculas dos sólidos devem ser liberados de sua estrutura rígida.
A fusão de um cubo de gelo para formar água é um bom exemplo.
Para que uma amostra mude totalmente de fase é chamada de calor de
transformação e é representada pela letra L. Assim, quando uma amostra de
massa m sofre uma mudança de fase a energia total transferida é:
Q=Lm

A quantidade de energia por unidade de massa que deve ser transferida em


forma de calor. Quando a mudança é da fase sólida para a fase líquida (caso
em que a amostra absorve calor) ou da fase líquida para a fase sólida (caso em
que a amostra libera calor), o calor de transformação é chamado de calor de
fusão.

Sendo o calor latente do gelo é 80 c

al/g, significa que são necessárias 80 cal para fundir 1,0 g de gelo.
Unidade de calor latente – Sistema Internacional de Unidades:

U(L) = 1 J / kg

3. MATERIAL

 Calorímetro;
 Béquer;
 Manta aquecedora;
 2 termômetros;
 Gelo;
 Toalha descartável;
 Sal de cozinha;
 Pipeta;
 Tubo de ensaio;
 Suporte;
 Pinça de dois braços com mufa girante.

4. PROCEDIMENTO DO EXPERIMENTO

Deu-se início a primeira parte do experimento medido a massa do


calorímetro vazio ( M C ) e com uma certa quantidade de água ( M a), também se
verificou a temperatura ambiente da água (T a).

Em seguida, aqueceu-se a água de massa ( M 1), em um béquer na


manta térmica, em aproximadamente 5°C acima da temperatura ambiente,
despejou-se novamente a água no calorímetro e aferiu-se novamente a
temperatura (T 2).

E por fim, colocou-se 5 pedras de gelo, com temperatura ( T 3), no


calorímetro vazio, tomando cuidado para que as pedras de gelo não entrassem
em contato com a pele, para isso foram usadas tolhas de papel. E mediu-se a
massa do sistema (m3) e a temperatura de equilíbrio(T f ).

Os dados obtidos nessa primeira etapa estão dispostos na tabela


abaixo.

M C (g) M a(g) m 1(g) m3(g) M g (g) (massa do gelo)

15,81 121,5 105,19 146,82 131,01

T a°C T 1=T a+5 ° C T 2°C T 3°C T f °C

26° 31° 30,7° -0,3° 10,5°

Deu-se seguimento na segunda parte do experimento pipetando 2mL de


água em um tubo de ensaio, e colocou-se em termômetro (A) no tubo de
ensaio com o auxílio da haste de suporte, de maneira que este estivesse em
contato apenas com a água, posteriormente assentou-se esse sistema dentro
de um béquer.

Cuidadosamente colocou-se gelo picado no béquer até que este


estivesse cheio, além disso, também foi acrescentado ao béquer outro
termômetro (B).

Após três minutos, anotou-se a leitura termométrica (T 1), dos dois


termômetros A e B, e adicionou-se 10g de sal de cozinha no gelo picado.
Nesse momento pode ser observado que tanto a temperatura do termômetro A,
quanto a do termômetro B, diminuíram.

Misturou-se delicadamente com o termômetro B o sal e o gelo e depois


de três minutos anotou-se a leitura termométrica (T 2) dos termômetros A e B.
As leituras termométricas observadas estão expostas na tabela abaixo.

T 1(°C) T 2(°C)
Termômetro A 1,7 -2
Termômetro B -2 -1,5

O passo seguinte foi retirar a mistura de sal e gelo do sistema


suavemente e a limpeza cuidadosa e rápida do tubo de ensaio.

Finalmente, anotou-se em 300 segundos 16 temperaturas do


termômetro A, em intervalos de 20 segundos. As temperaturas encontradas
estão na tabela seguir.

Termômetro A
Tempo (s) Temperatura (°C)
0 -1
20 0
40 0
60 0
80 0
100 0
120 1,7
140 2,9
160 4,1
180 6
200 7,1
220 8
240 8,8
260 9,1
280 9,9
300 10,2

5. TRATAMENTO DOS DADOS

1. Na parte 1, qual o valor da massa de gelo Mg?

A massa do gelo é 131,01 g.


2. Qual a diferença entre T 1−T 2 e por que deu essa diferença?
Justifique.

T 1=31° C e T 2=30,7 ° C , logo a diferença é igual a 0,3°C. A diferença foi


causada pela perda de calor da água para o sistema.

3. Quando pode-se afirmar que os dois corpos (água e gelo) em


contato entram em equilíbrio térmico?

Quando ambos possuírem a mesma temperatura.

4. Analise a veracidade das seguintes afirmações:

-“Dois corpos em equilíbrio térmico possuem a mesma


temperatura”

A afirmação acima é verdadeira, pois a temperatura é definida pela


grandeza física que indica a quantidade da agitação térmica, e quando os dois
possuem o mesmo, logo a temperatura será a mesma.

-“Dois corpos em equilíbrio térmico com um terceiro, estão em


equilíbrio térmico entre si”. Como é conhecida essa afirmação?

Lei Zero da Termodinâmica, que diz que se dois corpos A e B estão


separadamente em equilíbrio térmico com um terceiro corpo C, então A e B
estão em equilíbrio térmico entre si.
5. Qual a diferença entreT a e T 2? Houve troca de calor? O calor se
“deslocou” em qual sentido?

T a=26 ° C e T 2=30,7 ° C ,portanto a diferença é igual a 4,7°C. Sim, o calor


se “deslocou” no sentido da maior temperatura para a menor.

6. Segundo o observado na parte 2, a mistura de sal com gelo


moído, goza de uma propriedade. Que propriedade é esta?

O sal diminui o ponto de fusão do gelo, e esta propriedade se chama de


Abaixamento Crioscópico.

7. Utilizando os dados da tabela 2. O quanto de calor foi trocado


entre a mistura refrigerante e a água dentro do tubo de ensaio?
8. Que tipo de mudança de estado ocorreu quando foi acrescentado
o sal?

Fusão, já que o sal tem a capacidade de diminuir o ponto de fusão do


gelo.

9. Qual é a quantidade de calor necessária para a mudança de


estado?

10. Segundo os dados da tabela 3, faça o gráfico temperatura x


tempo, e fite sua curva.

11.
Qual o significado físico da função obtida pelo gráfico?

12. Houve mudança de estado? De que tipo?


Sim, houve uma mudança de estado físico, sendo essa de sólido para
líquido.

13. Ao observar o tubo de ensaio por fora (parte 2, procedimento 5),


como você justificaria o ocorrido? De onde surgiu esta água líquida? Que
mudança de estado ocorreu neste caso?

O ocorrido justifica-se pela diferença de temperatura entre a parte


interna e externa do tubo de ensaio. Como a parte externa possuía gelo, logo,
a temperatura era menor. Dessa forma, a água liquida que estava contida no
becker foi parcialmente solidificada, ocorrendo então, uma mudança de estado
físico do líquido para o sólido.

14. Que tipo de mudança de estado ocorreu? Quanto de calor


necessário para ocorrer a mudança de estado?

Ocorreu uma mudança física, sendo essa denominada por fusão.

15. Analisando o gráfico, em quais instantes o calor foi sensível e


em quais o calor foi latente?

Os pontos demarcados por vermelho são os instantes sensíveis, e os


pontos marcados por preto são latentes.
6. CONCLUSÃO

O sétimo experimento da disciplina de Laboratório de Física II,


descreveu o fenômeno crioscopia e de mudança de fases físicas da matéria
observados em experimento, com isso pode conclui-se que na mudança de
fase da matéria a temperatura não varia até que a mudança esteja completa.

Referencial Teórico

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos da Física 2. Rio


de Janeiro: LTC, 2009. 2 v.

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