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Defesa Prévia

Conceito: são as alegações escritas que o réu apresenta logo após o


interrogatório.
Finalidade:  o acusado poderá alegar tudo o que interesse à sua defesa,
oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
Destinatário: A petição arrolando as testemunhas, será dirigido diretamente ao
tribunal competente.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA ___ VARA


CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXXXXXXXXXX DO ESTADO
XXXXX.

URGENTE: RÉUS PRESOS


Código: 000000

ACUSADOS: XXXXXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXX, XXXXXXXX,
XXXXXXXXXXXX já devidamente qualificados nos autos em epígrafe, por
intermédio de seu advogado Dr. XXXXXXXXXXX, inscrito na OAB sob o nº
00000/O com escritório na Avenida XXXXXXXXXXX, nº 000, XXXXX,
XXXXXXXXXX – XX, vem, respeitosamente, à honrosa presença de Vossa
Excelência, apresentar DEFESA PRÉVIA, com fulcro no artigo 55 da Lei
nº 11.343/2006, nos seguintes termos:

I) DOS FATOS

Muito que bem, inicialmente os acusados foram presos em flagrante delito


no dia 26/11/2018 por supostamente terem praticado os crimes descritos no artigos 33 e
35 da Lei Antitóxicos e art. 244-B do ECA.

Em audiência de custódia realizada no dia 00/00/0000 a defesa técnica


constituida pelos acusados para o ato, requereu a liberdade provisória sem suscitar as
questões preliminares suscetíveis de nulidade do APF.

A denúncia foi oferecida e os réus devidamente notificados a apresentarem a


defesa prévia, conforme fls. 87.

É o necessário relatório.

II) DAS PRELIMINARES

A) Da ausência de justa causa para a deflagração da Ação Penal pela


inviolabilidade do domicílio, cominando a nulidade absoluta do
processo por derivação, conforme a doutrina: fruits of the poisonous
tree.

Vossa Excelência, é sabido a partir do entendimento jurisprudencial que a


nulidade dentro do processo penal se faz necessário a efetiva comprovação do prejuízo
ao réu, salvo em casos in re ipsa (nulidade absoluta) ou seja, quando o próprio dano por
si só já configura uma afronta ao Direito Constitucional prescrito no rol taxativo do
artigo 5° de nossa Carta Magna.
No caso in tela há patente prejuízo aos acusados, pois nota-se a flagrante
ilegalidade perpetrada pela PJC ao adentrar o domicílio dos acusados sem ordem
judicial expressa e sem o consentimento dos mesmos, conforme prescreve o artigo
240 e ss. do CPP, tendo vista, que em seu próprio relatório nas fls. 60/70 e 78/82, relata
que os acusados já estavam sendo investigados. Diante disso, a PJC teve tempo e
elementos hábeis para requerer a medida assecuratória em juízo. Leiamos:
“Como o intuito de angariar provas para reforçar a nossa
linha de investigação, esta equipe realizou ao longo de quase
um mês, diversas diligências e monitoramento da residência
da família XXXXXXX no intuito de abordar e visualizar a
movimentação do local” fls. 60, 3º Parágrafo – relatório da
PJC.

Vossa Excelência, punir é um ato civilizatório, mas desde que seja garantido
os direitos fundamentais que são inerentes à Pessoa Humana insculpidos em nossa
CF/88. E isso é o marco de uma sociedade civilizada, caso contrário, retroagiremos a
Idade Média das barbáries.
Deve-se analisar em que medida o ingresso na esfera domiciliar dos
acusados se deu; Ou foi para apreensão de drogas representando uma intervenção
restritiva legítima do ponto de vista constitucional ou uma violação do direito
fundamental dos acusados para dar efetividade para atuação policial?
E no caso em comento, no entender da Defesa, a segunda alternativa é
assertiva.
Insigne Julgador, trago à baila o depoimento da Policial Civil condutora dos
acusados, a Sra. XXXXXXXXX, aonde relata na fls. 13 que a PJC tinha ciência que a
casa onde moravam os acusados já foi ponto para venda de drogas, quando ainda sua
Genitora XXXXXXX residia lá, como também resolveram adentrar a casa na referida
data da apreensão da droga. Leiamos;
“...Trata-se de local bastante conhecido pela Polícia e que
esse ponto de venda de drogas era gerido pela matriarca da
família XXXXXXXX e que já havia sido presa alguns meses
atrás, porém era sabido que o comércio de drogas continuou
a ser feito pelos seus filhos XXXXXXX, XXXXXX e
XXXXX, inclusive tendo vários Boletins de Ocorrência
registrados sobre denúncias sobre o tráfico de drogas no
local; Que na data de ontem resolveram abordar o local e
conseguiram localizar vários apetrechos e drogas prontas a
comercialização conforme apreensão.” Fls. 13 - Termo de
depoimento nº 2869/2018.

Confirma também a mesma versão apresentada pela PC XXXXXXXXXX,


que participou da operação policial. Leiamos;
“Que na data de ontem, 00/00/0000, após várias denúncias e
sendo de conhecimento da Polícia, entraram no local e se
depararam com droga espalhadas e escancaradas, por
praticamente a casa todo” - Fls. 15 – Depoimento nº
0000/0000.

Vossa Excelência, resta claro também que o boletim de ocorrência nº


0000.000000 – fls. 37/43 - confeccionado após à prisão em flagrante dos acusados,
faz referências há outros B.O com denúncias anônimas de outras datas, bem
anteriores a operação policial que deflagrou a prisão dos acusados. Leiamos;

BO – 0000.000000 – data da comunicação: 00/00/0000 às


23:23hs - fls. 37/43 – “Diante de denúncias a respeito da
“XXXXXXXXXXX”... conforme boletins de ocorrência – nº
0000.000000 e 0000. 000000 – esta equipe policial diligenciou
e logrou êxito...”

BO - 0000.000000 – data da comunicação: 00/00/0000 às


16:00hs – fls. 48/49 – “A denunciante procurou esta
especializada para relatar as ações da “XXXXXXXXX”
referente a tráfico de drogas...”

BO – 0000. 000000 - data da comunicação: 00/00/0000 às


18:14hs – fls. 51 – “Denúncia Anônima de que a boca da
XXXXXXXXXXX está funcionando...”
“O presente caderno investigativo foi iniciado através de
prisão em flagrante efetuada pela PJC, conforme Boletim de
Ocorrência nº 0000.000000 que narra que mediante
denuncia a respeito sobre uma boca de fumo, localizada no
bairro XXXXXX, nomeada como “XXXXXXXXXX”, dando
referência a XXXXXXXXXXXX. Após as informações, uma
equipe se deslocou ao local. Com o intuito de averiguar a
situação”. – Fls. 79 –parágrafo 2 - Relatório 000/0000.

Diante disso Vossa Excelência, é indubitável que a PJC teve tempo e


elementos suficientes para requerer um mandado de busca e apreensão junto a
este Juízo.
Ademais, a operação policial que adentrou a casa dos acusados no dia
00/00/0000 não foi precedida de indícios flagranciais para aquele momento, pois os
B.Os que deram ensejo a ação policial são de 00/00/0000 e 00/00/0000 conforme
acima mencionados. E também nenhuma das testemunhas encontradas no interior
da casa foi encontrada na posse de drogas, tampouco afirmaram que estavam lá
comprando ou usando drogas. Diante disso, não há nenhum elemento que
justificaria previamente a entrada forçada na residência dos acusados, o que
validaria a ação no entendimento de nossa Corte Superior no RE 603.616 em 5 de
outubro do 2015, leiamos;

Recurso extraordinário representativo da controvérsia.


Repercussão geral. 2. Inviolabilidade de domicílio – art. 5º, XI,
da CF. Busca e apreensão domiciliar sem mandado judicial em
caso de crime permanente. Possibilidade. A Constituição
dispensa o mandado judicial para ingresso forçado em
residência em caso de flagrante delito. No crime
permanente, a situação de flagrância se protrai no tempo. 3.
Período noturno. A cláusula que limita o ingresso ao período do
dia é aplicável apenas aos casos em que a busca é determinada
por ordem judicial. Nos demais casos – flagrante delito, desastre
ou para prestar socorro – a Constituição não faz exigência
quanto ao período do dia. 4. Controle judicial a posteriori.
Necessidade de preservação da inviolabilidade domiciliar.
Interpretação da Constituição. Proteção contra ingerências
arbitrárias no domicílio. Muito embora o flagrante delito
legitime o ingresso forçado em casa sem determinação
judicial, a medida deve ser controlada judicialmente. A
inexistência de controle judicial, ainda que posterior à
execução da medida, esvaziaria o núcleo fundamental da
garantia contra a inviolabilidade da casa (art. 5, XI, da CF)
e deixaria de Documento assinado digitalmente conforme
MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número
10915894. Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do
Acórdão - Página 1 de 63 Ementa e Acórdão RE 603616 /
RO proteger contra ingerências arbitrárias no domicílio
(Pacto de São José da Costa Rica, artigo 11, 2, e Pacto
Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, artigo 17, 1). O
controle judicial a posteriori decorre tanto da interpretação da
Constituição, quanto da aplicação da proteção consagrada em
tratados internacionais sobre direitos humanos incorporados ao
ordenamento jurídico. Normas internacionais de caráter judicial
que se incorporam à cláusula do devido processo legal. 5. Justa
causa. A entrada forçada em domicílio, sem uma
justificativa prévia conforme o direito, é arbitrária. Não será
a constatação de situação de flagrância, posterior ao
ingresso, que justificará a medida. Os agentes estatais devem
demonstrar que havia elementos mínimos a caracterizar
fundadas razões (justa causa) para a medida. 6 . Fixada a
interpretação de que a entrada forçada em domicílio sem
mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando
amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a
posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de
flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e
penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos
praticados. 7. Caso concreto. Existência de fundadas razões para
suspeitar de flagrante de tráfico de drogas. Negativa de
provimento ao recurso. RE 603.616 em 5 de outubro do 2015
-Ministro GILMAR MENDES Relator.
O que se apreende dessa situação fática é que houve a conspurcação da
inviolabilidade do domicílio dos acusados, quando a PJC entra forçadamente na
casa, pois nenhum dos acusados ou testemunhas presentes relataram que houve
algum tipo de permissão para entrada na residência pelos policiais.
Outrossim, reitero, restou claro que houve tempo e elementos suficientes
para que a autoridade policial requeresse a medida assecuratória de busca e apreensão
em juízo, para assim, validar a operação policial, mas assim, não o fez. Como também
não há nenhum elemento que justificaria previamente a entrada forçada na
residência dos acusados. Cometendo a ululante ilegalidade de violar o domicílio dos
acusados.
Mister relatar que a justificativa do tráfico de drogas ser crime
permanente não desautoriza a autoridade de obter o devido mandado de busca e
apreensão nos termos do artigo 240 e ss. do CPP para ingressar no domicilio
alheio, inclusive por não estar em situação flagrancial nesse dia, conforme se extrai
do BO lavrado após a prisão em flagrante (BO – 0000.000000), momento que fica claro
que a operação policial foi deflagrada com base em denúncias anônimas anteriormente
feitas (0000.000000 e 0000. 000000), bem como, a equipe de investigação já estava há
quase um mês diligenciando aos arredores da casa fls. 60, 3º Parágrafo – relatório da
PJC, período mais que necessário para o requerimento da medida assecuratória em
juízo.
Com supedâneo em nossa Carta Magna, a casa é inviolável, sendo assim,
no caso em concreto, houve a conspurcação dessa garantia Constitucional. Leiamos:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela


podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso
de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de
2015) (Vigência

E por desdobramento lógico, a denúncia está amparada em provas


alcançadas por meio de uma ação ilícita, sem a devida busca e apreensão judicial
para a entrada na casa dos acusados, inadmissíveis para o Processo Penal garantidor
conforme depreendemos nos termos do artigo 157 do CPP.
Com efeito, nos termos do artigo 157, 573 §1 (fruits of the poisonous tree),
e 395, III do CPP c/c o artigo 55 e ss. Da Lei 11.343/2006, requer o não recebimento da
denúncia e a extinção da presente Ação Penal em favor dos acusados.

DO MÉRITO

Cuida-se de Ação Penal proposta pelo Ministério Público do Estado de


Mato Grosso, na qual imputou aos acusados as práticas dos crimes de TRÁFICO DE
DROGAS, ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E CORRUPÇÃO DE MENORES PARA
A PRÁTICA DE CRIMES.

Considerando a complexidade do crime ora imputado, e ainda, aliado a


negativa de autoria, os acusados se reservam a fazer a defesa sobre os fatos narrados na
peça acusatória, durante a instrução processual, momento este oportuno para demonstrar
a realidade fática do presente caso em deslinde.

Sendo assim, protesta pela produção de prova testemunhal arroladas


em comum acordo com o Ministério Público, requerendo que sejam intimadas por
Vossa Excelência.

III) DOS PEDIDOS


a) Que seja recebida a presente DEFESA PRÉVIA, para que surta os
efeitos legais;

b) Pleiteia-se pelo RECONHECIMENTO DA NULIDADE arguida em


preliminares e por consequência o NÃO RECEBIMENTO DA
DENÚNCIA E A EXTINÇÃO da presente Ação Penal nos termos do
nos termos dos artigos 157, 573 §1 (fruits of the poisonous tree), e 395,
III do CPP c/c o artigo 55 e ss. Da Lei 11.343/2006, bem como o
ALVARÁ DE SOLTURA expedido a favor dos acusados.

c) Protesta provar o alegado por todas as provas em direito admitidas,


especialmente a oitiva das testemunhas arroladas todas em comum
acordo com o Ministério Público, sem prejuízo a juntada de novos
documentos e o próprio depoimento do acusado.

Aproveito o ensejo para elevar os votos de estima e consideração por esta


Egrégia Vara Criminal na pessoa deste nobre Magistrado, ao ilustre Parquet
Ministerial e toda serventia judicial.

Nestes termos, pede e espera deferimento.

(LOCAL, DATA E ANO).

NOME DO ADVOGADO
Nº DA OAB

Resposta à acusação
Conceito: é o meio processual de defesa do denunciado, após o recebimento
da denúncia pelo juiz e citação do denunciado para responde-la por escrito.
Finalidade: alegar a defesa do acusado, bem como arrolar testemunhas e
especificar provas.
Destinatário: A petição será dirigida diretamente a autoridade competente.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA ____
CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXXXXXXX DO ESTADO
XXXXXXXXXX.

Ação Penal nº: 0000-00.0000.000.0000- Código: 000000


ACUSADO: XXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, já
devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de seu
advogado Dr. XXXXXXXXXXXXXXXXX, inscrito na OAB sob o nº 00000/O
com escritório na XXXXXXXXXXXXXXX, nº000, XXXXXX, XXXXXXXXXXX –
XX, com endereço eletrônico para ser intimado dos andamentos processuais:
XXXXXXXXXXXXX@gmail.com, vem respeitosamente, à honrosa presença de
Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA ACUSAÇÃO, com fulcro no artigo
396 do Código de Processo Penal nos seguintes termos:

IV) DOS FATOS


Muito que bem, inicialmente o acusado foi preso em flagrante delito
no dia 05/06/2017 por supostamente ter praticado os crimes descritos no
artigos 180 caput, 311 caput e 304 c/c 297 todos do Código Penal.

O MP ofereceu a denúncia constantes na fls. 04/05.

O MMº recebeu preliminarmente a denúncia, abrindo prazo de 10


(dez) dias (fls. 53) para a Defesa apresentar a defesa técnica, sendo
apresentado a resposta acusação nesse momento.

É o necessário relatório.

V) DAS PRELIMINARES

Requer preliminarmente a nulidade dos atos processuais até o


momento por incompetência do juízo na forma do artigo 564, inciso IV do
Código de Processo Penal, vez que a é da Justiça Federal a competência
para processar e julgar o uso de documento falso apresentado em órgãos
federais, conforme depreendemos da súmula 546 do STJ:

“Súmula 546-STJ: A competência para processar e


julgar o crime de uso de documento falso é firmada
em razão da entidade ou órgão ao qual foi
apresentado o documento público, não importando a
qualificação do órgão expedidor.”

Conforme verifica-se na denúncia o acusado no dia 05/06/2017


no KM 287 da BR 000 fez uso, vez que apresentou o documento (CRVL)
para a PRF, fixando a partir disso a competência federal para a apreciação
desse processo.

Outrossim, conforme previsão do artigo 78, inc. V do CPP,


havendo o conflito de competência entre crimes de justiça estadual e
federal, a fixação da competência se dará pela especial, leiamos:

“Art. 78. Na determinação da competência por


conexão ou continência, serão observadas as
seguintes regras:
 ...IV - no concurso entre a jurisdição comum e a
especial, prevalecerá esta”.
Diante disso, requer o reconhecimento da incompetência
jurisdicional desse Juízo para apreciação desse processo.

VI) DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS

(OBS: SEM DISCUTIR O MÉRITO, ESTRATÉGIA DA DEFESA).

Cuida-se de Ação Penal proposta pelo Ministério Público do Estado


de XXXXXXXXXXXXX, na qual imputa ao acusado a suposta prática dos
crimes descritos no artigos 180 caput, 311 caput e 304 c/c 297 todos do Código
Penal.

Considerando a complexidade do crime ora imputado, o acusado se


reserva a fazer a defesa sobre os fatos narrados na peça acusatória, durante a
instrução processual, momento este oportuno para demonstrar a realidade
fática do presente caso em deslinde.

Sendo assim, protesta pela produção de prova testemunhal


arroladas em comum acordo com o Ministério Público, requerendo que
sejam intimadas por Vossa Excelência, bem como a juntada dos referidos
documentos em anexo por se tratarem de suma importância ao processo.

ROL DE TESTEMUNHAS

 XXXXXXXXXXXXXX, residente na Rua XXXXXXXXXXX,


quadra 00, lote 00, XXXXXXXXXXXXXX na cidade de
XXXXXXX – XX – contato: (00) 0 0000-0000.

VII) DO PEDIDO

Pelo exposto:

1. Requer preliminarmente a nulidade dos atos processuais realizados,


devido a incompetência do juízo na forma do artigo 564, inciso IV do Código de
Processo Penal, c/c os artigos 567 do CPP e artigo 78, inc.IV do CPP, vez que
o juiz competente para processar e julgar o fato aduzido pelo MP na exordial
acusatória é da Justiça Federal, devendo os autos ser remetido para o Juízo
competente.

2. Que seja recebida a presente A RESPOSTA ACUSAÇÃO, para que


surta os efeitos legais.
Aproveito o ensejo para elevar os votos de estima e consideração por esta
Egrégia Vara Criminal na pessoa deste nobre Magistrado, ao ilustre Parquet
Ministerial e toda serventia judicial.

Nestes Termos, pede e espera deferimento.

(LOCAL, DATA E ANO)

NOME DO ADVOGADO
Nº DA OAB

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